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A teoria atómica

Fig. 1 - A ideia de átomo foi evoluíndo


ao longo de muitos séculos

Nem sempre o homem pensou que o átomo é como o conheces atualmente.


Foi uma ideia que evoluiu ao longo dos anos. Apesar do primeiro modelo
atómico ter sido apresentado já no séc. XIX, a ideia de que a matéria é feita de
pequeníssimos corpúsculos surgiu há muito, muito tempo.

Na Grécia Antiga, século V a.C., o filósofo grego Leucipo e seu discípulo


Demócrito imaginaram a matéria como sendo constituída por pequeníssimas
partículas indivisíveis - os átomos, como lhes chamaram. Concluiram que a
matéria não poderia ser infinitamente divisível. Se a partíssemos variadas
vezes, chegaríamos a uma partícula muito pequena, indivisível e impenetrável a
que se denominou átomo.

Esta é uma palavra de origem grega que deriva de "a + thomos" , que
significa "sem divisão".

Era uma ideia muito avançada para esta altura, mas não havia possibilidade
de fazer observações que a pudessem apoiar.

Só muito mais tarde, com a evolução da tecnologia é que foi possível obter
evidências experimentais.

Assim, esta ideia de que os átomos seriam pequenas partículas


indivisíveis perdurou durante mais de vinte séculos!

Foi então no princípio do século XIX que o químico inglês John


Dalton retomou a ideia de átomo, ignorada durante todo este tempo.

Já no século XX, começaram a surgir evidências experimentais da existência


dos átomos. E foi então que se descobriu que afinal de contas, o átomo não era
uma partícula indivisível, como se pensou ao longo muito, muito tempo.
Afinal de contas, os átomos têm uma estrutura interna e são formados por
protões, eletrões e neutrões, que se encontram no interior do átomo.

A forma atual da teoria começou assim precisamente com John Dalton, que
estabeleceu os seus princípios, recebendo várias contribuições nos anos
seguintes.

Dalton publicou a sua teoria em 1808, em "New System of Chemical


Philosophy".

Os fundamentos da teoria atómica foram as experiências realizadas pelos


químicos, a partir de Antoine Lavoisier, que indicaram que toda a substância é
formada por pequenas partículas de matéria elementar. Estas partículas podiam
ser unidas ou separadas, mas não podiam ser quebradas em partes mais
pequenas. Por causa disto, estas partículas foram chamadas de átomos.

A teoria é pois a generalização destas experiências: assim como todas


substâncias que foram testadas experimentalmente foram demonstradas de
serem compostas de átomos, supôs-se que todas as substâncias seriam
igualmente compostas por átomos.

Segundo Dalton, como os pesos relativos de todos elementos podem ser


determinados experimentalmente, seria possível, a princípio, determinar o peso
de cada átomo. Inicialmente, o peso destes átomos não foi determinado, porém
conseguiu-se provar que o hidrogénio era o átomo de menor peso, e foi
possível determinar o peso relativo de cada átomo em relação ao hidrogénio.
Por exemplo, o carbono tinha peso doze vezes maior que o hidrogénio.

O texto de Dalton trazia, no final, uma tabela com os trinta e sete supostos
elementos então conhecidos, com os seus símbolos apropriados, e com seus
pesos relativos calculados. Em 1810, Dalton publicou outro volume, em que
confirma as suas ideias pela análise de compostos de oxigénio com hidrogénio,
azoto, carbono, enxofre e fósforo. Os trabalhos de Berzelius e Thompson
confirmaram estes resultados para todos os compostos.

A teoria de Dalton tem dois pontos fundamentais: a primeira é que a reação


entre substâncias segue proporções bem definidas, e a segunda é que a
matéria é formada de átomos.

A evolução do modelo atómico


Fig. 1 - A ideia de átomo foi evoluíndo
ao longo de muitos séculos

Nem sempre o homem pensou que o átomo é como o conheces atualmente.


Foi uma ideia que evoluiu ao longo dos anos. Apesar do primeiro modelo
atómico ter sido apresentado já no séc. XIX, a ideia de que a matéria é feita de
pequeníssimos corpúsculos surgiu há muito, muito tempo.

Na Grécia Antiga, século V a.C., o filósofo grego Leucipo e seu discípulo


Demócrito imaginaram a matéria como sendo constituída por pequeníssimas
partículas indivisíveis - os átomos, como lhes chamaram. Concluiram que a
matéria não poderia ser infinitamente divisível. Se a partíssemos variadas
vezes, chegaríamos a uma partícula muito pequena, indivisível e impenetrável a
que se denominou átomo.

Esta é uma palavra de origem grega que deriva de "a + thomos" , que
significa "sem divisão".

Era uma ideia muito avançada para esta altura, mas não havia possibilidade
de fazer observações que a pudessem apoiar.

Só muito mais tarde, com a evolução da tecnologia é que foi possível obter
evidências experimentais.

Assim, esta ideia de que os átomos seriam pequenas partículas


indivisíveis perdurou durante mais de vinte séculos!

Foram vários os modelos atómicos propostos ao longo do tempo, e o modelo


atualmente aceite como válido chama-se modelo da nuvem eletrónica.

Vamos então ver de seguida as características de cada um desses modelos.

Modelo atómico de Dalton ou modelo da bola de


bilhar
Fig. 2 - Modelo atómico de
Dalton

John Dalton, no séc. XIX (a partir de 1803), retomou a ideia dos átomos
como constituintes básicos da matéria. Para ele os átomos seriam partículas
pequenas, indivisíveis e indestrutíveis. Cada elemento químico seria
constituído por um tipo de átomos iguais entre si. Quando combinados, os
átomos dos vários elementos formariam compostos novos.

Assim, na sequência dos seus trabalhos, concluiu que:

 Os átomos que pertencem a elementos químicos diferentes, apresentam


massas diferentes, assim como propriedades químicas diferentes.

 Os compostos são associações de átomos de elementos químicos


diferentes.

 As reações químicas podem ser explicadas com base no rearranjo dos


átomos, de acordo com a lei de Lavoisier.

Podes consultar também a biografia de John Dalton.

Modelo atómico de Thomson ou do pudim de


passas

Fig. 3 - Modelo atómico de


Thomson

Em 1897, Thomson descobriu partículas negativas muito mais pequenas que


os átomos, os eletrões, provando assim que os átomos não eram
indivisíveis.
Formulou a teoria de que os átomos seriam uma esfera com carga elétrica
positiva onde estariam dispersos os eletrões suficientes para que a carga total
do átomo fosse nula.

Podes consultar também a biografia de Thomson.

Modelo atómico de Rutherford

Fig. 4 - Modelo atómico de


Rutherford

Mais tarde, em 1911, Rutherford demonstrou que a maior parte do átomo


era espaço vazio, estando a carga positiva localizada no núcleo (ponto central
do átomo), tendo este a maior parte da massa do átomo. Os eletrões
estariam a girar em torno do núcleo.

Rutherford também descobriu a existência dos protões, as partículas


com carga positiva que se encontram no núcleo.

Este Modelo não explicava porque é que os eletrões não caem no núcleo,
devido à atração que apresentam pelas cargas positivas aí existentes.

Podes consultar também a biografia de Rutherford.

Modelo atómico de Bohr

Fig. 5 - Modelo atómico de


Bohr
Dois anos depois, em 1913, Bohr apresentou alterações ao modelo de
Rutherford:

Os eletrões só podem ocupar níveis de energia bem definidos;

Os eletrões giram em torno do núcleo em órbitas com energias diferentes.

As órbitas interiores apresentam energia mais baixa e à medida que se


encontram mais afastadas do núcleo o valor da sua energia é maior.

Quando um eletrão recebe energia suficiente passa a ocupar uma órbita mais
externa (com maior energia) ficando o átomo num estado excitado. Se um
eletrão passar de uma órbita para uma outra mais interior liberta energia.

Os eletrões tendem a ter a menor energia possível - estado fundamental do


átomo.

Podes consultar também a biografia de Bohr.

Modelo da nuvem eletrónica (modelo atual)

Fig. 6 - Modelo da nuvem


eletrónica

Este é o modelo atualmente aceite, tendo sido proposto na década de 1920,


a par do desenvolvimento da mecânica quântica.

No núcleo (centro) do átomo estão os protões e os neutrões, enquanto que


os eletrões giram em seu redor. Na figura ao lado está representada a nuvem
eletrónica de um átomo. Esta nuvem representa a probabilidade de encontrar
os eletrões num determinado local do espaço.

Os eletrões de um átomo ocupam determinados níveis de energia (o número


de eletrões em cada nível de energia é expresso pela distribuição eletrónica).

Os principais cientistas responsáveis por esta proposta foram Heisenberg,


Schrödinger e Dirac. No entanto houve também outras contribuições
importantes que permitiram que chegássemos ao modelo que hoje
consideramos como válido.
É de referir que a descoberta do neutrão é posterior a esta data, tendo
sido provada a sua existência por James Chadwick, em 1932, apesar de já
previsto por Rutherford

O que é um átomo?

Fig. 1 - A ideia de átomo foi evoluíndo


ao longo de muitos séculos

Um átomo é a partícula mais pequena que é possível obter, de um


determinado elemento químico, e que ainda caracteriza esse elemento químico.

Ele apresenta um núcleo com carga positiva que apresenta quase toda sua
massa (mais que 99,9%) e um determinado número de eletrões em volta desse
núcleo.

É também importante saberes que, num átomo, o número de protões é


sempre igual ao número de eletrões.

Assim, os átomos são eletricamente neutros!


Até ao final do século XIX, era considerado a menor porção em que se
poderia dividir a matéria. Mas nas duas últimas décadas daquele século, as
descobertas do protão e do eletrão revelaram que essa ideia estava errada.

Posteriormente, o reconhecimento do neutrão e de outras partículas


subatómicas reforçou a necessidade de revisão do conceito de átomo.

Cada elemento químico é representado por um átomo diferente.

Podes consultar também:

A evolução do modelo atómico.

A tabela periódica dos elementos químicos.

Como é constituído um átomo?


Atualmente sabemos que os átomos são constituídos por três tipos diferentes
de partículas fundamentais:
protões, neutrões e eletrões.
No núcleo (centro) do átomo estão os protões e os neutrões, enquanto que
os eletrões giram em seu redor, numa zona chamada a nuvem eletrónica. A
nuvem eletrónica de um átomo representa a probabilidade de encontrar os
eletrões num determinado local do espaço.

Os eletrões de um átomo ocupam determinados níveis de energia (o número


de eletrões em cada nível de energia é expressa pela distribuição eletrónica).

As três partículas fundamentais do átomo têm as seguintes propriedades:

Partículas fundamentais do átomo

Partícula Carga elétrica Massa


Neutrão neutra aproximadamente igual à do
protão
Protão positiva aproximadamente igual à do
neutrão
Eletrão negativa 1840 vezes inferior à do
protão (ou do neutrão)

É o número de protões (número atómico) que diferencia um elemento


químico (tipo de átomo) de outro. Um átomo que tenha 10 protões pertence a
um elemento químico diferente de um outro que tenha 11 protões.

Quando um átomo ganha ou perde um ou mais eletrões, deixa de ter carga


elétrica neutra e passa a ser um ião. No caso de ganhar um ou mais eletrões
passa a ser anião (ião negativo). Se o átomo perder um ou mais eletrões passa
a ser um catião (ião positivo).

Quando os átomos se combinam entre si, dão origem a moléculas.

O modelo da nuvem eletrónica


O modelo atualmente aceite para representar o átomo chama-se modelo da
nuvem eletrónica.

Este modelo indica-nos que o átomo é formado por uma pequena região
central, chamada núcleo, onde existem dois tipos de partículas: os protões e os
neutrões. Em volta do núcleo existe uma região muito maior que se chama de
nuvem eletrónica, e é nela que se encontram os eletrões.

Observa o esquema seguinte:


Fig. 1 - Modelo da nuvem eletrónica

Apesar de os átomos serem partículas neutras (não apresentam carga


elétrica), no seu interior existem partículas com carga elétrica. Assim, o núcleo
tem carga elétrica positiva, porque os protões apresentam carga elétrica
positiva. Os neutrões, como o seu nome indica são neutros (não têm carga
elétrica). A nuvem eletrónica, por sua vez apresenta carga elétrica negativa,
pois os eletrões também têm carga elétrica negativa.

O núcleo é muito pequeno em relação ao tamanho do átomo. Se imaginares


que o átomo é do tamanho de um campo de futebol, o núcleo será do tamanho
de um berlinde no centro do campo.

Não te esqueças:

A carga nuclear é sempre positiva (igual ao número de protões) e a


carga da nuvem eletrónica é sempre negativa (igual ao número de
eletrões).

Os eletrões de um átomo ocupam determinados níveis de energia (o número


de eletrões em cada nível de energia é expresso pela distribuição eletrónica).

Os principais cientistas responsáveis por esta proposta foram Heisenberg,


Schrödinger e Dirac. No entanto houve também outras contribuições
importantes que permitiram que chegássemos ao modelo que hoje
consideramos como válido.

Pressupostos do modelo da nuvem eletrónica


 O átomo é constituído por um núcleo, onde se encontram os protões e os
neutrões. À sua volta existe a nuvem eletrónica, zona do átomo onde se
encontram os eletrões.

 A nuvem eletrónica é uma forma de representar a zona do átomo à volta


do núcleo, onde se encontram os eletrões.

 Não existem órbitas definidas para os eletrões, mas sim orbitais (zonas
mais densas que correspondem a uma maior probabilidade de encontrar o
eletrão).

 Os eletrões movem-se a grande velocidade, no espaço à volta do núcleo,


não sendo possível localizá-los.

 O átomo é neutro, pois o número de eletrões e de protões é igual.

 O volume do átomo é determinado pela nuvem eletrónica, uma vez que o


núcleo possui dimensões muito menores do que a nuvem eletrónica.

 Os átomos são partículas de dimensões muito reduzidas. Geralmente o seu


raio mede-se em picómetros.
O picómetro é um submúltiplo do metro (1 pm = 1 x 10  m).
-12

 A massa de um átomo é praticamente igual à massa do seu núcleo.

Exercício resolvido
Carga nuclear e carga da nuvem eletrónica

1. Considera um átomo de Oxigénio, constituído por oito protões, oito


eletrões e oito neutrões.

1.1. Indica:

a) O valor da sua carga nuclear

b) a carga da nuvem eletrónica

1.2. Comenta a afirmação: "O átomo é uma partícula eletricamente neutra".


Resolução
1.1. a) A sua carga nuclear é +8, pois a carga nuclear é sempre igual ao
número de protões.

1.1. b) A carga da nuvem eletrónica é -8, pois é sempre igual ao número de
eletrões.

1.2. Esta afirmação é verdadeira, porque apesar do átomo ser constituído por


partículas com carga elétrica, o número total de cargas positivas (protões) é
igual ao número total de cargas negativas (eletrões).

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