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Escola Secundária Geral Eduardo Mondlane

Química
11ª Classe G/B T/B Sala 13

Tema:
Historial da estrutura atómica

Discente: Docente:
Cicilia Guidione Carlos António Professor: Sumila

Quelimane, abril de 2023


Índice
1. INTRODUÇÃO .................................................................................................................. 3

2. HISTORIAL DA ESTRUTURA ATÓMICA ..................................................................... 4

2.1. Modelos atómicos: Dalton, Thomson, Rutherford e Bohr........................................... 7

2.1.1. Modelo Atômico de Dalton .................................................................................. 7

2.1.2. Modelo Atômico de Thomson .............................................................................. 8

2.1.3. Modelo Atômico de Rutherford ......................................................................... 10

2.1.4. Modelo Atómico de Bohr ................................................................................... 13

3. Conclusão .......................................................................................................................... 16

4. Referências Bibliográficas ................................................................................................ 17


1. INTRODUÇÃO

Os modelos atômicos surgiram a partir da necessidade de explicar a estrutura dos


átomos. Quando novas evidências sobre a constituição dos átomos eram apresentadas um novo
modelo atômico tentava esclarecer as descobertas.

Os filósofos gregos Demócrito e Leucipo no século V a.C. chamaram de átomo, do


grego ατoμoν, a partícula indivisível e a menor parte da matéria.

No decorrer do trabalho modelos de estrutura atómica de alguns cientistas foram


abordados e explicados como foi que surgiu cada um deles, partindo do pressuposto de que
cada cientista elabora a sua teoria com base na teoria do seu antecessor.

Começou-se por ter ideia do átomo na Grécia antiga, quando Demócrito expõe a sua
ideia sobre a estrutura do átomo, embora desacreditado, séculos depois foi essa mesma ideia
que levou Dalton a investigar mais, daí começa-se a ter mais noção da estrutura atómica.

O trabalho aborda a forma como Dalton formulou a sua teoria e seus postulados,
consequentemente, anos depois, entra o cientista Thomson que com base na ideia do Dalton
também fórmula a sua, assim dando força ao Rutherford a conduzir um experimento que por
sua vez será desenvolvido a rigor por Bohr.

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2. HISTORIAL DA ESTRUTURA ATÓMICA

Um grande passo rumo ao desenvolvimento da Química como ciência foi a evolução do


entendimento a respeito da estrutura atômica. Por exemplo, foi possível entender o que constitui
a matéria, prever determinados comportamentos dos materiais, entender e manipular a
radioatividade, produzir produtos de nossos interesses e assim por diante.

Mas, para que chegássemos até a ideia atual da estrutura atômica, foi preciso o
pensamento de filósofos, que levantaram hipóteses, isto é, suposições que na época não podiam
ser comprovadas, sobre a constituição da matéria. Entre eles estavam os dois filósofos gregos
Demócrito e Leucipo que, em meados de 450 a.C, levantaram a hipótese de que tudo seria
formado por pequenas partículas indivisíveis, que eles denominaram de átomos. Essa palavra
vem do grego a, que significa “não”, e tomo, “parte”, ou seja, “sem partes” ou “indivisível”.
Isso significa que se fôssemos dividindo sucessivamente um corpo, chegaríamos num momento
em que isso não seria mais possível, porque chegaríamos à menor parte que compõe a matéria.

No entanto, suas ideias não foram bem aceitas pelos filósofos da época e elas foram
substituídas por outras, como as ideias de Aristóteles que perduraram por séculos à frente.

Foi somente no século XIX que a ideia dos átomos foi retomada, pois agora os cientistas
podiam testar as suas hipóteses por meio de experimentos para comprová-los ou para refutar
ideias de outros cientistas. Logo mais abaixo, temos alguns dos principais cientistas que
contribuíram para o estudo da constituição do átomo.

Embora algumas ideias não estivessem totalmente corretas, todas as contribuições dadas
foram importantes, pois foi a partir da ideia de um cientista que o outro pode desenvolver o
próximo modelo.

Todos eles elaboram um modelo atômico, ou seja, uma representação que não
corresponde exatamente à realidade, mas que serve para explicar corretamente o
comportamento do átomo. Por exemplo, imagine que você faça um desenho idêntico a uma
caneta. Por meio deste desenho, todos conseguem identificar que se trata de uma caneta, porém
o desenho não é a caneta. De modo similar, o modelo atômico serve para entendermos o
funcionamento do átomo, suas propriedades e características. Mas, o modelo não é exatamente
igual ao átomo.

Nos finais do século XIX, o átomo foi definido com base na teoria atómica de Dalton
(1766-1844) como a unidade base de um elemento químico, que entra na combinação química.
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Ainda nessa época, Willian Crookes descobre o electrão, partícula carregada
negativamente, mas, só no início do século XX, E. A. Millikan determina o valor da sua carga
eléctrica.

Ficou estabelecido que os átomos contêm electrões, mas são eletricamente neutros.
Deste modo, cada átomo contém igual número de cargas positivas e negativas.

Em 1903, com J. J. Thomson, aparece o primeiro modelo atómico, denominado “modelo


pudim de passas”, onde o átomo ainda era considerado indivisível.

Os trabalhos de Rutherford conduziram ao abandono do modelo de Thomson e ao


aparecimento do novo modelo.

Em 1932, Chadwick descobre a existência de neutrões. As partículas subatômicas estão


descobertas.

Bohr afirmou que o átomo é uma partícula estruturada com núcleo que contém protões
e na eletrosfera giram os electrões.

Thomson afirmou que átomo é uma partícula eletricamente neutra com aspecto de uma
esfera uniforme que possui igual número de cargas positivas e negativas, que se encontram
desordenadamente distribuídas por todo o volume do átomo. Assim, segundo Thomson, o
átomo é uma partícula neutra e inteiramente sólida. Esta teoria não subsistiu durante muito
tempo, pois outro cientista inglês, Rutherford realizou uma experiência que lhe permitiu
concluir que tal modelo não correspondia a realidade. Essa experiência só foi possível realizar-
se após a descoberta da radioatividade que é a propriedade que certos elementos possuem de
emitir espontaneamente raios com efeitos físicos e fisiológicos.

Partícula Massa/g Carga eléctrica /C


electrão 9,1095 × 10−28 −1,6022 × 10−19
protão 1,67252 × 10−24 +1,6022 × 10−19
neutrão 1,67495 × 10−24 0

Rutherford, em 1899, anunciou que a radiação de urânio é composta por pelo


menos dois tipos diferentes de radiação que chamou de radiação alfa(α) e radiação beta(β).

P. Villard, um investigador francês, pouco depois, confirmou a existência de um terceiro


tipo de radiação, que é também emitida por sais de urânio e rádio, a radiação gama.
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As explicações teóricas de Niels Bohr sobre a interpretação do espectro do átomo de
hidrogénio levaram-no a apresentar um novo modelo atómico, colmatando algumas falhas
existentes no modelo de Rutherford. Os trabalhos de Schroedinger e Heisenberg revelaram
novas incongruências no modelo de Bohr.

A partir de 1932, inicia-se uma nova era da ciência e uma nova maneira de encarar o
mundo. Nasce a teoria quântica e o respectivo modelo quântico para o átomo.

O átomo é a partícula base formadora de toda matéria. Hoje temos catalogadas 118
espécies atômicas, que são representadas na tabela periódica e classificadas de acordo com as
características físico-químicas de cada uma.

A hipótese de uma partícula indivisível, substancial à matéria, foi lançada pela primeira
vez na Grécia Antiga por Demócrito, que foi desacreditado pelos seguidores de Aristóteles.
Séculos depois Dalton formulou a primeira teoria atômica, na qual afirmava que o átomo era a
menor partícula existente, sendo indivisível e indestrutível.

Depois de Dalton, várias teóricos tentaram explicar o átomo, sua estrutura e interação
com o meio. O desenvolvimento científico provou que, apesar de a palavra átomo significar
“indivisível”, hoje sabemos que existem diversas partículas subatômicas, ou seja, partículas
intrínsecas ao átomo, como quarks, léptons e mésons.

Átomo é a partícula microscópica que é base da formação de toda e qualquer substância.


Por muito tempo, acreditou-se que ele era a menor parte da matéria, o indivisível.

No decorrer dos anos, foram formuladas teorias atômicas, cada uma delas com uma
estrutura atômica diferente. A evolução dessas teorias foi agregando à composição do átomo
partículas ainda menores, como os protões e electrões. Hoje, apesar de se manter o nome átomo,

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já sabemos que não se trata de um elemento indivisível e que existem outras partículas menores,
chamadas de partículas subatômicas.

A última teoria atômica aceita foi o modelo atômico de Schrodinger, que propõe que o
átomo é composto por um núcleo, onde se encontram os protões (partículas positivas) e os
neutrões (partículas sem carga), rodeados por uma nuvem de electrões (partículas negativas)
chamada eletrosfera, que se mantém conectada ao núcleo por força eletromagnética. Uma
exceção a essa estrutura são os hidrogênios, que não têm neutrões, e os catiões desse elemento
não possuem electrões.

2.1.Modelos atómicos: Dalton, Thomson, Rutherford e Bohr

Os modelos atômicos são uma maneira criada por cientistas para entender como
funciona o átomo.

A partir do século XIX, os estudos sobre modelos atômicos se tornaram mais frequentes.
Nessa época, descobriu-se que os gregos estavam certos e que toda matéria é mesmo formada
por partículas pequenas, e que, ao contrário do que eles pensavam, o átomo podia se dividir.
Dessa forma, começou a acontecer a evolução dos modelos atômicos.

2.1.1. Modelo Atômico de Dalton

A primeira tentativa reconhecida de descrever os átomos partiu do cientista inglês John


Dalton (1766-1844) em um modelo que ficou popularmente conhecido como “bola de bilhar”.

Átomo de Dalton (1803): esfera maciça, indivisível e indestrutível.

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“ A matéria é formada por átomos, que são partículas minúsculas, maciças, esféricas e
indivisíveis.”

Esse modelo fazia uma analogia à estrutura de uma bola de bilhar. Todos os átomos
seriam assim, diferenciando-se somente pela massa, tamanho e propriedades para formar
elementos químicos diferentes.

2.1.1.1.Postulados da teoria atômica de Dalton

A teoria atômica de Dalton foi baseada em experimentos, mas nenhum desses experimentos
conseguiu revelar o átomo claramente. Por isso, Dalton denominava o átomo como a menor
parte da matéria.

• Os átomos são maciços e apresentam forma esférica (semelhantes a uma bola de bilhar);
• Os átomos são indivisíveis;
• Os átomos são indestrutíveis;
• Um elemento químico é um conjunto de átomos com as mesmas propriedades (tamanho
e massa);
• Os átomos de diferentes elementos químicos apresentam propriedades diferentes uns
dos outros;
• O peso relativo de dois átomos pode ser utilizado para diferenciá-los;
• Uma substância química composta é formada pela mesma combinação de diferentes
tipos de átomos;
• Substâncias químicas diferentes são formadas pela combinação de átomos diferentes.

2.1.2. Modelo Atômico de Thomson

O modelo atômico de Thomson foi proposto no ano de 1898 pelo físico inglês Joseph
John Thomson ou, J.J. Thomson. Após ter diversas evidências experimentais sobre a existência
do electrão, ele derrubou a teoria da indivisibilidade do átomo proposta por John Dalton.

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Thomson, a partir de seu modelo, confirmou e provou a existência de electrão (partículas
com carga elétrica negativa) no átomo, ou seja, o átomo possui partículas subatômicas.

Thomson propôs seu modelo atômico tendo como base descobertas relacionadas com a
radioatividade e experimentos realizados com o tubo de raios catódicos construído pelos
cientistas Geissler e Crookes.

Quando um gás rarefeito, em baixa pressão, é submetido a uma alta tensão elétrica (por
exemplo, 15000 V), produz um feixe de luz (composto por cargas elétricas) que parte do cátodo
(polo negativo) em direção ao ânodo (polo positivo).

Com esse experimento, Thomson chegou à conclusão de que, quando os átomos do


material gasoso no interior do tubo eram submetidos a uma alta tensão, seus electrões eram
arrancados e direcionados até a placa positiva.

2.1.2.1.Conclusões modelo atômico de Thomson

• O átomo é uma esfera, mas não maciça como propunha o modelo atômico de John
Dalton;
• O átomo é neutro, já que toda matéria é neutra;
• Como o átomo apresenta electrões, que possuem cargas negativas, logo, deve apresentar
partículas positivas para que a carga final seja nula;
• Os electrões não estão fixos ou presos no átomo, podendo ser transferidos para outro
átomo em determinadas condições;
• O átomo pode ser considerado como um fluido contínuo de cargas positivas onde
estariam distribuídos os electrões, que possuem carga negativa;
• Associou o seu modelo a um pudim de passas (as quais representam os electrões);
• Como os electrões que estão espalhados apresentam a mesma carga, existe entre eles
uma repulsão mútua, o que faz com que estejam uniformemente distribuídos na esfera.

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2.1.2.2.Novidades propostas ao átomo pelo modelo de Thomson.

O modelo atômico de Thomson foi o segundo proposto para o átomo. O primeiro


modelo foi formulado por John Dalton.

O modelo de Thomson tratou de novos conhecimentos sobre o átomo que até então não
haviam sido propostos por falta de embasamento cientifico, como:

• Natureza elétrica da matéria;


• Divisibilidade do átomo;
• Presença de partículas pequenas e com carga no átomo.

2.1.2.3.Problemas apontados para o átomo de Thomson

Vários físicos na época da proposta do modelo atômico de Thomson, pautados nas


teorias da Física Clássica, apontaram algumas incoerências presentes nesse modelo:

• Thomson propôs que o átomo apresentava uma estabilidade em relação à distribuição


uniforme dos electrões, o que poderia ser modificado por influência de energia. Porém,
a Física Clássica, com base no eletromagnetismo, não permite a existência de um
sistema estável pautado apenas na repulsão entre as partículas de mesma carga;
• Para Thomson, os electrões estão distribuídos uniformemente no átomo, mas eles têm a
capacidade de se deslocar de forma acelerada e, por isso, devem emitir radiação
eletromagnética em certas frequências especificas. Todavia, isso não era observado.
• O modelo de Thomson era muitas vezes ineficaz para explicar propriedades atômicas,
como sua composição e organização.

2.1.3. Modelo Atômico de Rutherford

O Modelo Atômico de Rutherford sugere que o átomo apresenta o aspecto de um sistema


planetário. Por esse motivo ele é chamado de modelo planetário ou de modelo de átomo
nucleado.

De acordo com esse modelo apresentado em 1911, os elétrons giram em torno do núcleo
(formado por prótons e nêutrons), de forma semelhante aos planetas que giram à volta do Sol.

Este modelo substituiu aquele que havia sido proposto por Thomson em 1903. Antes
desse, porém, já haviam surgido outros modelos atômicos acerca da distribuição das partículas
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atômicas. O modelo de Rutherford representa uma revolução nessa matéria e tornou-se a base
da teoria atômica.

2.1.3.1.Experiência de Rutherford

Em 1910, Rutherford (1871-1937) estava estudando a trajetória de partículas e a


interação entre a radiação alfa e os materiais. Nessa ocasião, ele detectou que havia uma
limitação no modelo atômico apresentado por Thomson, o Modelo Atômico de Thomson.

Rutherford fez uma câmera metálica fechada e nela colocou um pequeno recipiente de
chumbo com fragmentos de polônio. Na frente desse recipiente que tinha uma abertura, ele
posicionou uma lâmina de ouro bastante fina coberta por uma película de sulfeto de zinco.

Tudo isso estava conectado a um microscópio que era capaz de girar 360º em torno da
lâmina de ouro. O objetivo era analisar a incidência das partículas que penetravam através da
folha e desintegravam-se espontaneamente de elementos radioativos naturais.

Era possível ver cada incidência de partículas sob a película de sulfeto de zinco através
de um ponto destacado no microscópio. Rutherford anotou a incidência de partículas nos mais
diversos ângulos de forma que pudesse analisar cuidadosamente o seu comportamento.

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A partir da sua análise, Rutherford verificou que o comportamento das partículas era
padronizado. A maior parte delas conseguia atravessar a folha (embora com alguma
dificuldade), outras ficavam bloqueadas, enquanto havia ainda algumas que nem sequer eram
afetadas. Rutherford concluiu que haviam muitos espaços vazios e que o centro do átomo era
muito menor considerando todo o seu diâmetro. Assim, ele descobriu a eletrosfera. Ou seja, o
átomo era formado por um núcleo, onde havia carga positiva concentrada, e por uma eletrosfera,
onde se concentra a carga negativa.

Rutherford não sabia do que era constituído o núcleo. Ele apenas supunha que existissem
neutrões, mas isso só foi comprovado na década de 30. Os electrões, por sua vez, já descobertos
por Thomson em 1905, localizam-se na eletrosfera e circulam ao redor desse pequeno sol
nuclear.

Para explicar o que observara, Rutherford desenvolveu um novo modelo atómico, onde
admitiu que a carga positiva dos átomos estava concentrada numa região muito pequena
comparada com o tamanho do átomo.

Chamou “núcleo” a essa concentração de cargas positivas e considerou que os electrões


ocupavam, dentro do átomo, o espaço para além do núcleo.

Para complementar o seu modelo, Rutherford imagiou que ao redor do núcleo giravam
electrões. Sendo negativos, os electrões iriam contrabalançar a carga positiva do núcleo e
garantir a neutralidade do átomo. Sendo muito pequenos, e estando muito afastados entre si, os
electrões não iriam interferir na trajetória das partículas alfa.

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2.1.3.2.Falha no Modelo de Rutherford

Apesar dos avanços, o modelo apresentava erro, o qual é apontado através da teoria do
eletromagnetismo. As partículas com carga elétrica emitem uma onda eletromagnética quando
são aceleradas. Seguindo o modelo de Rutherford é o que aconteceria com o elétron que, neste
caso, perderia energia e cairia sobre o núcleo, mas não é o que acontece.

O modelo atômico continuou em evolução e Niels Bohr completou a lacuna que havia
no modelo de Rutherford. Por esse motivo, esse modelo é chamado de Modelo Atômico de
Rutherford-Bohr.

2.1.4. Modelo Atómico de Bohr

O Modelo Atômico de Bohr apresenta o aspecto de órbitas onde existem elétrons e, no


seu centro, um pequeno núcleo.

O modelo atômico de Bohr, desenvolvido pelo físico dinamarquês Niels Bohr e


apresentado em 1913, marca a primeira vez que um modelo atômico foi construído a partir de
pressupostos quânticos. Dessa forma, o modelo de Bohr marcou a separação quanto às teorias
clássicas, abrindo caminho para uma compreensão do átomo de uma forma mais moderna,
embasada nos trabalhos de Max Planck, Johann Balmer e também no modelo planetário de
Ernest Rutherford.

Esse modelo introduziu conceitos importantes, como os estados estacionários, além das
órbitas eletrônicas, locais onde os elétrons não absorveriam ou emitiriam energia. Porém, o
modelo de Bohr só é aplicável aos átomos monoeletrônicos — um único electrão —, o que o
levou a ser suplantado por teorias mais modernas, trazidas pela mecânica quântica do físico
alemão Werner Heisenberg e do matemático austríaco Erwin Schrödinger. Contudo, a
contribuição de Bohr para a compreensão da matéria é indubitável, sendo seu trabalho uma das
maiores publicações científicas da história.

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O físico dinamarquês Niels Henry David Bohr (1885-1962) deu continuidade ao
trabalho desenvolvido com Rutherford. Ele preencheu a lacuna que existia na teoria atômica
proposta por Rutherford.

Por esse motivo, o átomo de Bohr pode também ser chamado de Modelo Atômico de
Rutherford – Bohr.

Bohr conseguiu explicar como se comportava o átomo de hidrogênio, o que não era
possível mediante a teoria atômica de Rutherford. Mas, embora tenha aperfeiçoado o modelo
atômico de Rutherford, o modelo de Bohr ainda não é perfeito, uma vez que continuam havendo
lacunas por explicar.

Em 1913, Bohr promoveu experimentos que mostravam essas falhas e propunha um novo
modelo. Se o modelo proposto de Rutherford estivesse correto, ao serem acelerados, os
electrões emitiriam ondas eletromagnéticas. Na sequência, essas partículas perderiam energia e
consequentemente colidiriam com o núcleo atômico.

2.1.4.1.Postulados de Bohr

Mediante o trabalho que desenvolveu, Bohr obteve quatro princípios:

• Quantização da energia atômica (cada elétron apresenta uma quantidade específica de


energia).
• Os elétrons se movem em uma órbita, as quais são chamadas de “estados estacionários”.
Ao absorver energia, o elétron salta para uma órbita mais distante do núcleo.
• Quando absorve energia, o nível de energia do elétron aumenta saltando para uma
camada mais externa. Por outro lado, ela diminui quando o elétron emite energia.
• Os níveis de energia, ou camadas eletrônicas, acomodam um número determinado de
elétrons e são designados pelas letras: K, L, M, N, O, P, Q.

Estudos posteriores mostraram que as órbitas electrónicas de todos os átomos conhecidos se


agrupam em sete níveis de energia correspondentes aos estados estacionários. Estes níveis são
denominados K, L, M, N, O, P, Q.

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Cada nível de energia suporta um número máximo de electrões:

Níveis de Energia Número máximo de


electrões
K 2
L 8
M 18
N 32
O 32
P 18
Q 2

O modelo de Bohr estava ligado à Mecânica Quântica. Assim, a partir da década de 20, Erwin
Schrödinger, Louis de Broglie e Werner Heisenberg, especialmente, dão o seu contributo no
que respeita ao modelo da estrutura atômica.

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3. Conclusão

A estrutura atómica passos por diversas etapas de definição e experimentos até chegar
a que conhecemos hoje, vários foram os cientistas que deram as suas contribuições para o
desenvolvimento e consolidação dessa área.

Começando na Grécia antiga onde filosofos classicos já tentavam dar conceitos ou


explicações a respeito do universo e suas particularidades na mesma época cientistas como
Demócrito foram desmentidos por filosofos seguidores de Aristóteles.

Na altura, Demócrito lançou a hipótese de uma partícula indivisível, substancial à


matéria, que foi desacreditado pelos seguidores de Aristóteles. Séculos depois, volta do séc.
XIX, Dalton formulou a primeira teoria atômica, na qual afirmava que o átomo era a menor
partícula existente, sendo indivisível e indestrutível.

Depois de Dalton, várias teóricos tentaram explicar o átomo, sua estrutura e interação
com o meio. O desenvolvimento científico provou que, apesar de a palavra átomo significar
“indivisível”, hoje sabemos que existem diversas partículas subatômicas, ou seja, partículas
intrínsecas ao átomo, como quarks, léptons e mésons.

Como abordado no decorrer do trabalho, cientistas como Thomson, Rutherford e Bohr deram
continuidade a evolução da estrutura atómica, cada um acrescentando ou refutando o que o seu
antecessor havia defendido.

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4. Referências Bibliográficas

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https://www.manualdaquimica.com/quimica-geral/atomo.htm. Acesso em 15 de abril
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https://brasilescola.uol.com.br/quimica/o-atomo-thomson.htm. Acesso em 15 de abril
de 2023.

DIAS, Diogo Lopes. "Teoria atômica de Dalton"; Brasil Escola. Disponível em:
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FOGAÇA, Jennifer Rocha Vargas “Evolução dos modelos atômicos”; Mundo Educação.
Disponivel em: https://mundoeducacao.uol.com.br/quimica/evolucao-dos-modelos-
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https://www.todamateria.com.br/modelo-atomico-de-rutherford/. Acesso em 16 de
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