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Atividades Práticas Supervisionadas

Adaptação
“Modelo Atômico”

Nome: Hiago Pinto Lobo RA: T727286


Turma: 10/TT0P48
Sumário
Introdução ........................................................................................................................................ 3
Revisão Bibliográfica ........................................................................................................................ 5
Antiguidade – O Atomismo .............................................................................................................. 5
As Primeiras Teorias Cientificas ....................................................................................................... 6
O Modelo Atômico de Dalton .......................................................................................................... 6
A Descoberta do Elétron e o Modelo Atômico de Thomson ........................................................... 7
O modelo Atômico de Rutherford ................................................................................................... 8
O modelo atômico de Bohr .............................................................................................................. 9
O modelo atômico na Mecânica Quântica..................................................................................... 10
Aplicações na ciência e na tecnologia ............................................................................................ 12
Impactos produzidos na Sociedade ............................................................................................... 14
Efeito do trabalho na formação do Aluno...................................................................................... 17
Conclusão ....................................................................................................................................... 18
Introdução

Do que é feito tudo que está à nossa volta? Essa é uma pergunta que intriga
a humanidade desde os primórdios. Hoje sabemos que tudo, inclusive nós, é
constituído de pequenas partículas, denominadas átomos.

Átomos são a unidade básica da matéria, e consistem em um núcleo central,


formado por prótons e nêutrons, envolto por uma nuvem de elétrons.

Tal nome vem da Grécia antiga, berço da civilização Ocidental. Os filósofos e


grandes pensadores gregos foram os primeiros a propor que a matéria só poderia
ser continuamente dividida até certo ponto, e deram esse nome à essas partículas, à
menor divisão, de átomos.

Infelizmente, a humanidade passou por um período obscuro para o


desenvolvimento do conhecimento e da ciência durante a Idade Média. Isso fez com
que ideias quanto a possibilidade da existência do átomo só fossem ressurgir no
século XIX, quando o estudo da Química surgiu e a descoberta de novos elementos
levou os cientistas ficarem intrigados.

Em 1808, John Dalton voltou a introduzir a ideia destas pequenas partículas,


dando origem a primeira teoria atômica Moderna. Seu objetivo era explicar o porquê
de certos gases se dissolverem melhor na água do que outros e também por quê
elementos sempre reagem em uma pequena razão de números inteiros.

Este primeiro modelo atômico, que hoje sabemos que era bem básico e incorreto,
abriu as portas para que estudos se aprofundassem cada vez mais na busca de
explicar como essas partículas surgiam, interagiam, se comportavam.

No decorrer desse desenvolvimento, vários modelos surgiram e foram


propostos, uns mais corretos que outros. Dentre todos esses, os principais foram os
Modelos atômicos de Thomson, de Rutherford e de Bohr.

Ao longo deste trabalho, será mostrada a evolução e história dos modelos


atômicos, e sua aplicação na ciência e tecnologia bem como os impactos
promovidos na sociedade.
Dentre seus benefícios, veremos que o estudo atômico possibilitou grandes
avanços para a sociedade ainda levará a muitos mais. Como exemplo, nos vemos
no início de uma mudança no perfil de geração energética utilizado na sociedade,
onde meios de geração poluentes como combustíveis fosseis vem sendo
substituídos por outros mais sustentáveis, como a energia solar. Tais placas de
captação de energia solar só foram possíveis graças ao conhecimento de como os
átomos transportam energia. Além disso, temos também a energia nuclear, que
pode ser uma alternativa mais viável no futuro.

Veremos que até hoje, há muitas coisas que ainda estão sendo descobertas e
necessitam de melhores explicações. Foram muitos estudos ao longo dos anos, com
cada nova teoria corrigindo e aprimorando o pensamento científico dominante e
abrindo novos caminhos para o desenvolvimento da tecnologia e ciências como
vemos hoje.
Revisão Bibliográfica

Antiguidade – O Atomismo

O Atomismo se desenvolveu na Grécia do século V a.C. Os seus principais


representantes foram, sucessivamente, Demócrito (cerca de 460/360 a.C.) e Epicuro
(341/270 a.C.).

Os atomistas teorizaram que a natureza consiste em dois princípios


fundamentais: átomo e vazio. Diferentemente dos conceitos que temos hoje para
átomos, os átomos filosóficos possuíam uma variedade infinita de formas e
tamanhos cada uma delas sendo indestrutíveis, imutáveis e cercadas por um vazio
onde colidem com os outros ou se reúnem formando arranjos. O aglomerado de
diferentes formas, arranjos e posições dariam origem às várias substâncias
macroscópicas no mundo.

Apesar de Demócrito ter sido o pioneiro e realmente estar próximo da


verdade, suas ideias foram muito contestadas pelos filósofos de sua época. Alguns
destes eram Aristóteles e Platão. Inclusive os maiores registros que possuímos
sobre o trabalho de Demócrito vêm de registros feitos por Aristóteles sobre as
inúmeras discussões que tiveram a respeito do tema.

No fim das contas, a teoria que venceu e prevaleceu por toda Idade Média foi
um misto do entendimento de Aristóteles, Platão e Empédocles, ou seja, a matéria
passou a ser vista como um todo inteiro e também formada por quatro elementos
base, água, terra, fogo e ar. Platão ainda acrescentava que haveriam formas
geométricas básicas para cada um dos quatro elementos, todas baseadas no
triângulo.

Tabela 1 - Corpos geométricos, segundo Platão

Elemento Poliedro Faces Triângulos

Fogo Tetraedro 4 24

Ar Octaedro 8 48
Água Icosaedro 20 120

Terra Cubo 6 24

As Primeiras Teorias Científicas

O entendimento proposto pelos gregos perdurou por muito tempo até o


surgimento da Química. Em 1661, o filósofo naturalista Robert Boyle publicou sua
obra “The Sceptical Chymist”, em que argumentava que a matéria era constituída
por várias combinações de "corpúsculos" ou átomos, em vez dos elementos
clássicos da terra, ar, fogo e água. A obra também forneceu a primeira definição de
"elemento químico": um corpo simples e não misturado que não pode ser feito de
outro corpo. Embora esta definição tenha sido negligenciada ao longo do século
seguinte, o trabalho de Boyle é hoje considerado um marco da história da
química por separar a alquimia da química.

Ao longo do século XVIII, foram descobertos diversos elementos


químicos, tais como a platina , o níquel , o magnésio e o oxigénio. Porém, ainda não
havia sido formulada uma teoria que explicasse uma relação inequívoca entre os
átomos e os elementos químicos.

No final do século XVIII, com a sistematização da Lei das proporções


definidas por Joseph Louis Proust e a lei da conservação da massa por Antoine
Lavoisier, foi consolidado o conhecimento que permitiu ao inglês John
Dalton explicar em 1803, a partir do conceito de átomo, o motivo pelo qual os
elementos reagem sempre numa pequena razão de números inteiros e o porquê de
certos gases se dissolverem melhor na água do que outros.

O Modelo Atômico de Dalton

Em 1803 Dalton publicou o trabalho Absorption of Gases by Water and Other


Liquids, neste delineou os princípios de seu modelo atômico:

• átomos de elementos diferentes possuem propriedades diferentes


entre si;
• átomos de um mesmo elemento possuem propriedades iguais e
de peso invariável;
• átomo é a menor porção da matéria, e são esferas maciças e indivisíveis;
• nas reações químicas, os átomos permanecem inalterados;
• na formação dos compostos, os átomos entram
em proporções numéricas fixas 1:1, 1:2, 1:3, 2:3, 2:5 etc.;
• o peso total de um composto é igual à soma dos pesos dos átomos
dos elementos que o constituem.

Em 1808, John Dalton propôs a teoria do modelo atômico, onde o átomo é


uma minúscula esfera maciça, impenetrável, indestrutível, indivisível e sem cargas
elétricas. Todos os átomos de um mesmo elemento químico são idênticos. Seu
modelo atômico foi chamado de modelo atômico da bola de bilhar.

A Descoberta do Elétron e o Modelo Atômico de Thomson

Em 1897, o físico Joseph John Thomson, através do seu trabalho com raios
catódicos em tubos de Crookes, descobriu o elétron e a sua natureza subatómica, o
que destruiu o conceito de átomos enquanto unidades indivisíveis proposto por
Dalton.

Thomson percebeu que os raios catódicos são afetados por campos


elétricos e magnéticos, e deduziu que a deflexão dos raios catódicos por estes
campos são desvios de trajetória de partículas muito pequenas de carga negativa,
que ficaram denominadas como elétrons. Thomson acreditava que os elétrons se
encontravam distribuídos pelo átomo, com a respetiva carga elétrica equilibrada pela
presença de uma carga positiva.

Thomson então propôs seu modelo atômico, que consistia de um núcleo


positivo, com elétrons distribuídos por ele. Como os elétrons eram de carga
negativa, se repeliam mutuamente, ficando separados um do outro dentro do átomo.
Figura 1 - Modelo Atômico de Thomson, que também ficou conhecido como "pudim
de passas"

O modelo Atômico de Rutherford

Em 1909, um grupo de investigadores sob a orientação do físico Ernest


Rutherford bombardeou uma folha de outro com íons de hélio e descobriu que uma
pequena percentagem era defletida com ângulos muito maiores do que aqueles que
eram previsíveis segundo o modelo de Thomson.

Rutherford interpretou estes resultados como uma sugestão de que a carga


positiva de um átomo e a maioria da sua massa estavam concentradas num núcleo
no centro do átomo, enquanto os elétrons orbitavam à sua volta de forma
semelhante aos planetas à volta do sol.

Rutherford, inspirando-se no sistema solar, propôs seu modelo de átomo,


consistindo em um núcleo pequeno e positivo, que conteria quase toda a massa do
elétron, cercado por elétrons de carga negativa, que o orbitavam a altas velocidades.

Figura 2 - Modelo Atômico de Rutherford


No entanto, o modelo de Rutherford apresentava problemas para tentar
explicar o eletromagnetismo. Segundo um de seus conceitos, toda partícula
eletricamente carregada que é submetida a uma aceleração acaba emitindo uma
onda eletromagnética, o mesmo ocorre para o elétron. Segundo o Princípio da
conservação de energia, isto deveria fazer com que o elétron perdesse energia
cinética, caindo progressivamente sobre o núcleo. Entretanto, isto não ocorre na
prática.

Quem aperfeiçoou o modelo de Rutherford a fim de explicar tais fenômenos


foi seu aluno, Niels Bohr.

O modelo atômico de Bohr

Em 1913, Niels Bohr, buscando explicar a emissão de radiação constante


presente em um átomo, propôs um novo modelo.

Para isso, Bohr uniu o modelo atômico de Rutherford às recentes teorias da


mecânica Quântica de Max Planck e Albert Einstein.

Seu modelo foi elaborado baseando-se em quatro postulados:

• Os elétrons que circundam o núcleo atômico existem em órbitas que


têm níveis de energia quantizados.
• A energia total do elétron não pode apresentar um valor qualquer e
sim, valores múltiplos de um quantum.
• Quando ocorre o salto de um elétron entre órbitas, a diferença de
energia é emitida (ou suprida) por um fóton, que tem energia
exatamente igual à diferença de energia entre as órbitas em questão.
• As órbitas permitidas dependem de valores quantizados (bem
definidos) de momento angular orbital.
Figura 3 - Modelo Atômico de Bohr

O modelo atômico na Mecânica Quântica

O surgimento da Mecânica Quântica mudou todo o entendimento que os


físicos tinham sobre o mundo natural. Foi percebido que a Mecânica Clássica não
explicava corretamente muitos dos fenômenos e comportamentos dos átomos.

Novos experimentos mostraram um efeito chamado Dualidade Onda-


Corpúsculo, o que levou cientistas como De Broglie, Schroedinger, e Heisenberg a
propor o conceito de que um átomo se comporta como partícula e como onda. Daí
surgiram as ideias principais da Mecânica Quântica, como:

• A função onda, que constitui uma superposição de todas os possíveis


estados de um átomo
• O princípio da Incerteza de Heisenberg, onde é impossível determinar
com precisão a posição e o momento de uma partícula em um mesmo
instante. Ao se aumentar a precisão da posição, diminui-se a do
momento, e vice-versa.

Essas novas ideias levaram o Modelo de Bohr, com suas orbitas, a ficar
desconexo, já que não é possível determinar a localização exata do
elétron.

O que tomou lugar foi um modelo que substituiu a órbita por uma nuvem
eletrônica, onde estão presentes as probabilidades dos elétrons serem
encontrados.
Figura 4 - Nuvens eletrônicas para o átomo de hidrogênio a diferentes níveis de
energia, as regiões mais escuras são onde há maior probabilidade de se encontrar
os elétrons.
Aplicações na ciência e na tecnologia

O modelo atômico evoluiu, indo em um enorme salto de Rutherford para as


ideias de Bohr, concepções complementadas mais tarde pelas de Sommerfield.
O elétron torna-se uma entidade que ora comporta-se ora como partícula ora
como onda, e os trabalhos de Pauli, Heisenberg, Dirac, Schroedinger e muitos
outros acabaram tornando quase indefinível a nuvem eletrônica dos átomos.
Mas não importa o que realmente sejam os elétrons e de que maneira eles se
disponham no átomo.
Em certo momento, os conhecimentos sobre o comportamento dos elétrons
transferiram-se dos laboratórios para as fábricas, e o que era antes uma curiosidade
de laboratório transformou-se em instrumento de tecnologia.
O fato fundamental do modelo de Bohr, a quantização, implica na absorção
ou emissão de energia pelos elétrons, conforme eles saltem de uma órbita de
energia mais baixa para outra mais elevada, ou vice-versa, retornando a orbitas de
menor energia e emitindo radiação eletromagnética – luz de determinada frequência,
isto é, monocromática.
A cor (frequência) da luz emitida depende dos átomos cujos elétrons são
excitados.
Essa é a essência do colorido dos fogos de artifício, já conhecidos pelos
chineses há séculos. No século XIX, a descoberta das descargas elétricas em gases
rarefeitos levou à observações de que os gases se iluminavam com cores cariadas.
Imediatamente, a tecnologia desenvolveu as fontes de luzes emitidas por lâmpadas
contendo gases rarefeitos, excitados pela eletricidade.
Estas últimas emitem luz intensa e são usadas, por exemplo, em faróis de
automóveis e na iluminação de aeroportos, edifícios, monumentos, etc.
A excitação dos elétrons de certas substâncias produz emissão de luz por
fluorescência ou por fosforescência.
São as substâncias usadas no revestimento interno dos tubos de vidro das
lâmpadas chamadas fluorescentes, ou adicionadas a plásticos usados na confecção
de interruptores e tomadas elétricas.
A pesquisa de dispositivos especiais para excitação elétrica em cristais ou
gases levou à produção da luz laser. Uma tecnologia que até pouco tempo atrás era
limitada a universidades e centros de pesquisa, o laser hoje é comum, usado em
aparelhos de CD, por exemplo. Esse sistema de leitura de dados armazenados por
meio de um feixe de luz laser já avançou para a informática (CDROM), a medicina, a
indústria, etc.
Mas não é só luz que pode ser produzida pelos “saltos” dos elétrons. Se um
feixe de elétrons acelerado por um intenso campo elétrico incidir sobre átomos de
metais pesados (multieletrônicos), a decorrente excitação pode dar origem aos raios
X, descobertos por Roentgen, hoje com aplicações inestimáveis na indústria e
sobretudo, na medicina. Neste caso, a versão mais avançada desta técnica de
diagnóstico é a chamada tomografia, que consiste na obtenção de várias imagens
radiográficas, melhoradas posteriormente por técnicas de computação.
O uso de raios X em laboratórios de pesquisa de materiais levou à construção
das microssondas eletrônicas, cuja essência de funcionamento consiste na emissão
de raios X típicos (frequência específica) por átomos de materiais. A análise das
frequências dos raios X emitidos permite identificar os elementos existentes no
material.
Por outro lado, a difração de raios X provocada por substâncias cristalinas é
um método rotineiro para a análise de minerais, ligas metálicas e materiais em geral.
Por fim, os elétrons existentes nos metais, quando excitados por energia de
alta frequência, emitem radiação eletromagnética na faixa das onipresentes ondas
de rádio, portadoras dos sinais de radiotelegrafia, radiotelefonia (telefones celulares
e sem fio, por exemplo), rádio e televisão.
Impactos produzidos na Sociedade

A constituição da matéria é motivo de muita curiosidade entre os povos antigos.


Filósofos buscam há tempos a constituição dos materiais. Resultado dessa
curiosidade implicou na descoberta do fogo, o que permitiu cozinhar os alimentos, e
consequentemente implicou em grandes desenvolvimentos para a sociedade. A
partir dessa descoberta pôde-se verificar, ainda, que o minério de cobre (conhecido
na época como pedras azuis), quando submetido ao aquecimento, produzia cobre
metálico, ou aquecido na presença de estanho, formava o bronze.
A passagem do homem pelas “idades” da pedra, do bronze e do ferro, foi,
portanto, de muito aprendizado para o homem, conseguindo produzir materiais que
lhe fossem úteis.
E a partir destas, várias tecnologias foram inventadas de acordo com as
descobertas do modelo atômico.
Sabe-se que os metais possuem uma estrutura singular formada por íons
dispostos numa rede cristalina ( ou retículo cristalino). Nos espações vazios dessa
rede agitavam-se os elétrons periféricos que abandonaram os átomos e que passam
a constituir um verdadeiro gás de elétrons.
Alguns efeitos de importância tecnológica resultam da existência desse gás
de elétrons: de um fio metálico é aquecido, a intensa agitação dos elétrons faz com
que eles escapem da rede cristalina e formem uma nuvem de elétrons ao redor do
fio. Esse efeito chamado termiônico, é tão mais intenso quanto mais alta for a
temperatura do metal. Assim, só certos metais de alto ponto de fusão (platina,
tungstênio, etc.) são usados para esse tipo de filamento.
Essa excitação múltipla dos elétrons determina a emissão de luz branca ( isto
é, policromático), como ocorre nas lâmpadas incandescentes.
Nas lâmpadas elétricas comuns, o filamento é geralmente constituído de
tungstênio, sendo o sistema mantido dentro de uma ampola de vidro que contém um
gás raro (geralmente Argônio) sob pressão reduzida.
O efeito termiônico permitiu que um físico americano, Lee de Forest,
inventasse em 1906 um dispositivo chamado válvula eletrônica, posteriormente
muito aperfeiçoada. Essas válvulas permitiram o desenvolvimento da radiotelegrafia
e da radiofonia, sendo ainda hoje usadas na retificação de corrente elétrica
(passagem de corrente alternada e contínua) em fornos de micro-ondas, em
emissoras de rádio e televisão etc.

O efeito termiônico deu origem ainda a outras aplicações tecnológicas, como


os cinescópios. Neles, feixes de elétrons oriundos de um filamento aquecido são
modulados por campos elétricos ou magnéticos. Quando esses feixes atingem um
anteparo de vidro revestido de material fluorescente, produzem o desenho de
símbolos e imagens movimentadas. Descendentes dos antigos tubos de raios
catódicos, esses dispositivos constituem o equipamento essencial de aparelhos de
televisão, monitores de computadores, osciloscópios etc.

Feixes de elétrons também gerados por efeito termiônico podem ser


refratados por campos eletromagnéticos (enrolamentos ou bobinas, funcionam como
verdadeiras lentes) e, ao incidir sobre materiais devidamente preparados, geram
imagens muito ampliadas, milhares de vezes mais do que as produzidas por um
microscópio óptico.

Esse dispositivo é o microscópio eletrônico, que existem versões


altamente sofisticadas.

Outro fenômeno associado aos elétrons de certos metais (alcalinos,


alumínio, etc.) é o chamado efeito fotoelétrico, que consiste na expulsão de elétrons
de certos metais quando sua superfície é atingida por fótons de frequência muito
elevada (geralmente luz ultravioleta). Esse efeito é usado na construção de células
fotoelétricas, nas quais os elétrons são acelerados por campos elétricos, dando
origem a correntes elétricas que podem acionar alarmes, motores, campainhas, etc.

Outros dispositivos podem gerar energia elétrica pela excitação de


elétrons provocada pela incidência de luz. Esses geradores ou pilhas fotovoltaicas
representam uma maneira interessante de se aproveitar a energia da luz solar para
o acionamento de aparelhos elétricos ou eletrônicos. Seu uso já é comum em
satélites artificiais e sondas espaciais. O conhecimento da estrutura dos metais e da
natureza dos elétrons livres no interior do retículo (arranjo ordenado dos átomos do
metal) permitiu atender a corrente elétrica: um fluxo de elétrons dentro da rede
cristalina metálica, provocado pela ação de um campo elétrico ou magnético.
Não é preciso entrar em grandes detalhes para perceber o valor tecnológico
da corrente elétrica. Os condutores elétricos estão presentes em todos os
equipamentos eletrodomésticos, residências, casas de comércio, edifícios
industriais, etc. Isto permite que haja iluminação artificial, que sejam acionados os
motores elétricos que impulsionam máquinas, ônibus e trens, que funcionem os
dispositivos de comunicação e toda a parafernália elétrica, desde brinquedos até
aparelhos médicos.

Em 1934, o casal Irene e Frédéric Curie, bombardeando lâminas finas de


alumínio com partículas alfa, conseguiu produzir átomos radioativos de fósforo 30.
No ano seguinte, ganharam o Prêmio Nobel de Química por sua “síntese de novos
elementos radioativos”. Seguiu-se uma longa série de experimentos que levariam à
produção de radioisótopos de novos elementos, isto é, com número atômico acima
de 92.

Atualmente, grande número de isótopos radioativos é produzido em reatores


nucleares, expondo os elementos ao bombardeio de intensos feixes de nêutrons.

A princípio mera curiosidade científica, os radioisótopos logo passaram a ser


usados pela indústria, pela medicina e pela própria pesquisa científica. Na indústria,
são usados radioisótopos emissores de radiação gama de alta energia que em
muitas ocasiões substituem os raios X. São, então, empregados para examinar
junções e soldas de estruturas metálicas (gamagrafia), controlar a espessura de
chapas metálicas em laminadores da indústria metalúrgica etc. Radioisótopos
gasosos podem ser usados na detecção de vazamentos em tubulações
subterrâneas, cabos condutores de eletricidade, gasodutos, etc.
Efeito do trabalho na formação do Aluno

O objetivo da aprendizagem proposto que conduz o estudante através de uma


viagem no tempo, durante a qual ele pode interagir com textos e figuras, realizando
atividades que lhe permitam conhecer como foram feitas as experiências que
propiciaram as descobertas dos cientistas da época. As conclusões de cada
experiência são utilizadas, em uma perspectiva de construção interacionista do
conhecimento, para a formulação de um modelo mais refinado, seguindo-se o
processo histórico das descobertas científicas, até se chegar ao modelo atômico
quântico atual. A ênfase do objeto está na integração entre conceitos de química e
física, bem como na abordagem histórica do tema, em uma perspectiva construtiva.
Na perspectiva histórica e interdisciplinar, o mateiral elaborado caracteriza-se
pela integração entre áreas da física e química analítica com a perspectiva histórica,
na medida em que resgata o papel fundamental que a marcha analítica clássica.
Curie aos minérios de urânio teve na descoberta de dois novos elementos químicos
Conclusão

Os átomos estão presentes em todo corpo existente, é muito importante o


estudo desde. Cada vez mais há uma nova descoberta, e assim as teses do modelo
atômico vão se aperfeiçoando.
Os conhecimentos científicos estão intimamente ligados ao grande
desenvolvimento tecnológico da nossa sociedade atual. Assim pode-se dizer que o
desenvolvimento dos modelos atômicos foi um dos responsáveis pelo avanço no
ramo médio que vai desde medicamentos até os modernos aparelhos de
ressonância magnética.
São muitas teorias da estrutura de um átomo, e é por isso que vemos a
explicação de cada modelo, cada versão do átomo passada por cada cientista com
Dlaton, Thomson, Rutherford, Bohr, entre outros até chegarmos ao modelo atual.
Neste trabalho vimos os modelos atômicos, eles foram sugeridos desde a
antiguidade por gregos com Demécrito, que afirmava que a matéria era composta
por pequenas partículas.

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