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COLÉGIO TÉCNICO

SÃO BENTO
“Tradição em formar Profissionais com Qualidade”
TÉCNICO EM ENFERMAGEM

MÓDULO PROFISSIONAL IIl

ANO: 2013

Avenida XV de Novembro, 413-Centro - Ferraz de Vasconcelos –SP-CEP: 08500-405


Tel.: (11) 4678-5508- colegiosaobento@uol.com.br
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"Tradição em formar Profissionais com Qualidade”

Caro Aluno (a)

O Colégio Técnico São Bento está no mercado de trabalho desde 1996, tendo
como objetivo promover a formação integral do aluno. Parabéns pela decisão em
continuar seus estudos procurando um curso Técnico Profissionalizante.
Colocamos nossa equipe a inteira disposição para atendê-lo da melhor maneira
possível.

É importante o uso da apostila nas aulas, facilitando assim seu aprendizado,


assim se sentirá preparado para executar a prática de laboratório e
posteriormente o estágio supervisionado.

Todos os direitos do conteúdo da apostila são reservados ao Colégio Técnico


São Bento Ltda. Nenhuma parte desta edição pode ser utilizada ou reproduzida
em qualquer meio ou forma, seja mecânica, eletrônica, fotocópia, gravação etc.,
nem apropriada em sistema de banco de dados sem expressa autorização.

Mantenedores

Suzi Rybachi Cabral

Marcelo Teixeira Cabral

Nome do aluno (a):


Endereço:
Cidade:
Telefone: Residencial Celular:

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Horário de atendimento ao público (Secretaria) - 08:00 às 21:00 hs.
Os professores do Colégio Técnico São Bento são profissionais da mais alta competência nas suas
respectivas especialidades.
Você terá aulas teóricas e práticas (a mesma em laboratório específico do curso), onde disponibilizamos
aos professores vídeos, DVDs, transparências, com o intuito de que o aprendizado seja completo,
abrangendo a todos de forma nivelar.
Disponibilizamos aos alunos do Colégio técnico São Bento sala de internet, de uso gratuito para
pesquisa, o uso é liberado fora do horário de aula para a realização de trabalhos, pesquisas e currículos.
Temos um acervo de livros para pesquisa, para utilizá-los basta solicitar na secretaria.
Lembrete: Os boletos serão emitidos mensalmente e deverão ser retirados na secretaria antes do
vencimento do mesmo. Caso não receba até 24hs antes do vencimento favor entrar em contato com a
secretaria.

CONTROLE DE ACOMPANHAMENTO DE NOTAS - MÓDULO PROFISSIONAL I


Disciplinas Avaliação Trabalho Avaliação Avaliação Avaliação Recuperação Média Final Faltas
Escrita Escrita Prática Substitutiva

1. Enfermagem em ____,__ ____,__ ____,__ ____,__ ____,__ ____,__ _______


Grandes Queimados ____,__ __/__/__
__/__/__ __/__/__ __/__/__ __/__/__ __/__/__ __/__/__ __/__/__
Pf:_____
Pf:_____ Pf:_____ Pf:_____ Pf:_____ Pf:_____ Pf:_____ Pf:_____

2. Enfermagem em ____,__ ____,__ ____,__ ____,__ ____,__ ____,__ _______


____,__ __/__/__
Oncologia __/__/__ __/__/__ __/__/__ __/__/__ __/__/__ __/__/__ __/__/__
Pf:_____
Pf:_____ Pf:_____ Pf:_____ Pf:_____ Pf:_____ Pf:_____ Pf:_____

3. Enfermagem em ____,__ ____,__ ____,__ ____,__ ____,__ ____,__


____,_ __/__/__ _______ _/__/_
Pacientes Graves __/__/__ _/__/__ __/__/__ __/__/__ __/__/__ __/__/_
Pf:_____ Pf:_____
Pf:_____ Pf:_____ Pf:_____ Pf:_____ Pf:_____ Pf:_____

4. Enfermagem em ____,__ ____,__ ____,__ ____,__ ____,__ ____,__


____,_ __/__/__ _______ _/__/_
Obstetrícia __/__/__ _/__/__ __/__/__ __/__/__ __/__/__ __/__/_
Pf:_____ Pf:_____
Pf:_____ Pf:_____ Pf:_____ Pf:_____ Pf:_____ Pf:_____

5. Enfermagem em UTI ____,__ ____,__ ____,__ ____,__ ____,__ ____,__


____,_ __/__/__ _______ _/__/_
Neonatal __/__/__ _/__/__ __/__/__ __/__/__ __/__/__ __/__/_
Pf:_____ Pf:_____
Pf:_____ Pf:_____ Pf:_____ Pf:_____ Pf:_____ Pf:_____

6. Enfermagem em ____,__ ____,__ ____,__ ____,__ ____,__ ____,__ ____,__ ____,__


Urgência e Emergência ll __/__/__ _/__/__ __/__/__ _/__/__ _/__/__ _/__/__ _/__/__ _/__/__
Pf:_____ Pf:_____ Pf:_____ Pf:_____ Pf:_____ Pf:_____ Pf:_____ Pf:_____

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Administração
Aplicada à
Enfermagem

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Sumário

Administração na Humanidade...........................................................................01

O Inicio da Administração...................................................................................01

Noções de Administração....................................................................................05

O Planejamento Hospitalar e o Serviço de Enfermagem....................................06

Gerenciamento da Enfermagem..........................................................................10

Planejamento de Assistência de Enfermagem.....................................................15

Sistematização da Assistência de Enfermagem..................................................15

Recursos Humanos.............................................................................................17

Legislação Trabalhista........................................................................................21

O Hospital...........................................................................................................27

Ambiente Hospitalar...........................................................................................29

Organização e funcionamento do hospital.........................................................30

Recursos Materiais.............................................................................................33

A Qualidade nos Serviços de Saúde...................................................................34

Gráficos Representativos...................................................................................36

Importância da descrição dos cargos e funções.................................................40

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Ações Organizacionais......................................................................................44

Terminologias.................................................................................................44

Manuais Administrativos e técnicos...............................................................46

Comunicação na área da saúde.......................................................................48

Tipos de Comunicação...................................................................................52

A instituição de saúde e suas relações com a Enfermagem...........................55

Recursos da instituição de saúde...................................................................55

Referências Bibliográficas e Agradecimentos..............................................58

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Administração na Humanidade

Em nossa vida utilizamos muitas técnicas de administração, principalmente no nosso dia-a-


dia, como por exemplo: as tarefas domésticas, nosso trabalho profissional, estudos, filhos, ou
simplesmente participar de um jogo de xadrez. Um objeto largamente utilizado por muitas
pessoas para administrar o seu dia-a-dia é a agenda. Outro fator muito importante é o
planejamento, é através dele que estudamos possibilidades de ação, traçamos metas,
objetivos e conseguimos administrar o nosso tempo para a realização de todas as nossas
tarefas.

Nesta unidade, conheceremos um pouco da história da administração e como surgiu.

Bons estudos!

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O Início da Administração

A administração na história do homem é tão antiga quanto sua própria origem. Infelizmente não há
registros que comprovem o primeiro administrador no mundo.

A população espalhada na terra buscava meios de viver em grupos e se proteger dos animais maiores
e, para isso, havia sempre um líder no grupo que, geralmente, era o mais forte e o mais experiente,
onde este traçava estratégias de ataque e caça com o seu grupo. Aos poucos surgiram mais e mais
grupos, desenvolvendo mais líderes, e, com a evolução humana surgiram às organizações militares que
futuramente constituiriam os povos, reinos e nações.

Dentro deste contexto a evolução histórica da administração é dividida em duas importantes fases:

A fase empírica da administração: que é caracterizada por dois períodos distintos:

 O período democrático – onde a forma de governo dos povos era “dirigida por
deuses” ou um “Deus”. Aqui podemos relembrar como foi na história de Moisés:
“No dia seguinte assentou-se Moisés para julgar o povo; e o povo estava em pé junto de Moisés desde
a manhã até a tarde. Vendo, pois, o sogro de Moisés tudo o que ele fazia ao povo, perguntou: Que é
isto que tu fazes ao povo? por que te assentas só, permanecendo todo o povo junto de ti desde a
manhã até a tarde? Respondeu Moisés a seu sogro: É por que o povo vem a mim para consultar a
Deus.” (Êxodo 18:13-27)

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"Tradição
Além de Moisés, os faraós egípcios e outros povos também governavam desta maneira.

 O período dos percussores da administração científica – aqui a administração

Aconteceu sob forte influência de grandes pensadores da humanidade, como por exemplo:

 Aristóteles (384 a.C. a 322 a.C.): Filósofo grego que defendeu a divisão do
trabalho e a união de esforços dos trabalhadores. Em seu livro “Política”, apresentou três
formas de Governo: monarquia,
monarquia aristocracia e democracia.

 Plantão (429 a. C. a 347 a.C.): filósofo grego nasceu em Atenas, expôs seu
ponto de vista sobre a forma democrática de governo e da administração dos negócios
públicos. Sua principal obra foi “A
“ República”.

 Sócrates (470 a.C. a 399 a.C.):


a. filósofo grego, nascido em Atenas,
considerou a administração como uma habilidade pessoal, separada do conhecimento técnico e
da experiência.

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Aristóteles Platão Sócrates

Observaremos agora as finalidades os modelos de governo criados por Sócrates:

 Monarquia: Forma de governo na qual o poder supremo é exercido por um


monarca, ou seja, monarquia é um sistema de governo em que o monarca (rei) governa um
país como chefe de Estado. A transmissão de poder ocorre de forma hereditária (de pai para
filho), portanto não há eleições para a escolha de um monarca, este governa até morre ou
abdicar a sua posição política.
 Aristocracia: Tipo de organização social e política em que o governo é
monopolizado por um número reduzido de pessoas privilegiadas, isto é, um grupo constituído
por integrantes de camadas sociais com grande poder político e econômico. Esta camada
social era típica do período em que a monarquia existiu em grande parte das nações européias.
Portanto, muitos aristocratas faziam parte da nobreza.
 Democracia: Do grego demo= povo e cracia=governo, ou seja, governo do
povo. É um sistema em que as pessoas de um país podem participar da vida política. Esta
participação pode ocorrer através de eleições, plebiscitos e referendos. Dentro de uma
democracia, as pessoas possuem liberdade de expressão e manifestações de suas opiniões. A
maior parte das nações do mundo atual segue o sistema democrático. Embora tenha surgido na
Grécia Antiga, à democracia foi pouco usada pelos países até o século XIX. Até este século,
grande parte dos países do mundo usavam sistemas políticos que colocavam o poder de

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decisão nas mãos dos governantes. Já no século XX, a democracia passou a ser predominante
no mundo.

Durante séculos, a filosofia deixou nomes que contribuíram para a formação de conceitos e princípios
de administração, apesar de um intervalo improdutivo que vai da idade antiga até a idade moderna.
Mais tarde surgem nomes como Francis Bacon, René Descartes, Thomas Hobbes, Jean Jacques,
Rousseau e Karl Marx.

E não foram só os filósofos que contribuíram, além deles, a administração sofreu várias influências de
diversos campos de conhecimento e da organização cultural e social, passando por períodos históricos.

Como todos sabem, a Igreja Católica teve uma grande influência no destino de muitos povos – e
principalmente a administração deles – decorrente de seu modelo de estrutura organizacional.

Fase da Administração Científica: Estudo do método científico, ou seja, a utilização de experiências


testadas em processos de “causa e efeito”, nas funções de previsão, organização, comando,
coordenação e controle. É dividida em três períodos:

 Clássico: principal característica a gerência do trabalho. Seus maiores


representantes foram Frederick Winslow Taylor, Frank B. Gilbreth, Henri Fayol, James D.

Mooney, Henry Lawrence Gantt.

 Neoclássico: caracterizou-se por enfatizar as relações humanas e os fundamentos do


behaviorismo (comportamento humano na organização).

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 Moderno: destacou-se por ressaltar a teoria organizacional e a análise de sistemas.

Agora, após estas breves considerações históricas, faremos um estudo sobre os aspectos fundamentais,
conceitos, princípios e características das principais teorias da administração.

Os estudos iniciais das teorias podem ser considerados sintéticos, mas têm a preocupação de
identificar, isolar e analisar os componentes da administração que tenham aplicações nas atividades de
enfermagem.

Noções de Administração

Administração é a interpretação dos objetivos da instituição transformado-os em ação através de


cinco funções: prever, organizar, comandar, coordenar e avaliar.

Prever

Avaliar Organizar

Administrar

Coordenar Comandar 12
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Além da necessidade de conhecimentos sobre administração existem características importantes no


seu modo pessoal de agir. Para que o administrador execute com eficácia o processo administrativo
são necessárias algumas habilidades:

 Habilidade técnica: consiste em utilizar métodos, técnicas, conhecimento e


equipamentos necessários para a realização de suas tarefas.
 Habilidade Humana: consiste na capacidade para trabalhar como o ser
humano, instituição, ajustando seu comportamento de acordo com os objetivos da empresa.
Portanto administrar é decidir o que fazer ou designar ou autorizar alguém a fazê-lo, ou seja,
administrar é fazer coisas através das pessoas, trabalhar em conjunto para conseguir objetivos comuns.

O administrador (a) de um serviço de enfermagem tem uma área de autoridade muito mais elevada do
que a enfermeira da unidade, mesmo assim o fato permanece. Todos que obtém resultados elevados
através de subordinados têm basicamente as funções de administrador.

O Planejamento Hospitalar e o Serviço de Enfermagem

Com o avanço rápido da tecnologia no campo da medicina, nas instituições hospitalares, alterações
sócio-econômicas e as crescentes exigências da sociedade moderna por uma melhor assistência,
interferem na enfermagem que busca atualizar-se a fim de acompanhar tal desenvolvimento. Porém,
tais mudanças contribuem para a incerteza sobre as competências do profissional enfermeiro.

Os membros dos grupos de saúde observam o enfermeiro atuando em diferentes funções. Na visão dos
médicos, “o enfermeiro é visto como aquele que serve o médico e realiza as técnicas terapêuticas que
ele prescreve”. Já para os administradores hospitalares “vêem o enfermeiro como alguém que é capaz

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de administrar uma seção do hospital, executando todas as normas administrativas de um hospital”
(KRON, 1978).

Mesmo com diversas literaturas sobre as funções desempenhadas pelo enfermeiro, suas funções ainda
são muito diversificadas. Na maioria das vezes é a instituição de saúde que acaba determinando as
suas funções.

Acredita-se que o enfermeiro, além de possuir competência de cuidados ao cliente, seja capaz de
gerenciar e administrar com um olhar diferenciado os diversos setores de um hospital com excelência.

Planejamento

O planejamento é o lado racional de uma ação. Trata-se de um processo de tomada de decisões


abstrata e explícita que escolhe e organiza ações, antecipando os resultados esperados. Esta tomada de
decisões busca alcançar, da melhor forma possível, alguns objetivos pré-definidos.

Algumas de nossas ações necessitam de planejamento, já outras não. Em nossas atividades diárias,
estamos sempre agindo, antecipando assim os resultados de nossas ações, mesmo que não estejamos
cientes desta antecipação.

A ação é muito mais freqüente do que o planejamento: poucas vezes temos consciência de estarmos
executando um processo de tomada de decisões antes da ação. Assim que nos damos conta da ação, ou
quando executamos comportamentos bem treinados, nos quais possuímos planos previamente
armazenados, ou quando o curso de uma ação pode ser adaptado enquanto está sendo executada,
portanto, agimos e adaptamos nossas ações sem previamente planejá-las.

Quando uma atividade é premeditada, ou seja, é planejada, há a necessidade de tomadas de decisões


quando isso envolve novas tarefas, situações e objetivos complexos, ou quando conta com ações
menos familiares.

Formas de planejamento

Uma vez que existem vários tipos de ações, porventura também existirão vários tipos de
planejamentos, como por exemplo, planejamento de caminho e movimento, planejamento de

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percepção e obtenção de informação, planejamento de navegação, planejamento de manipulação,
planejamento de comunicação e várias outras formas de planejamento social e econômico.

Planejamento de caminho está relacionado está relacionado com a síntese de um caminho geométrico
de uma posição inicial no espaço a um objetivo de uma trajetória de controle ao longo deste caminho
que aponta variáveis de estados no espaço de configuração de um sistema móvel, como um carro, um
braço mecânico, ou uma personagem virtual.

O planejamento de movimento leva em consideração o modelo do ambiente e as limitações do


movimento mecânico e a dinamicidade de um sistema móvel.

O planejamento de percepção está relacionado com planos que envolvem ações sensíveis no acúmulo
de informações. Ele se manifesta em tarefas como modelagem de ambientes ou objetos, identificação
de objetos, localização através de um sistema móvel, ou mais usualmente, na identificação do estado
atual de um ambiente.

O planejamento de navegação combina movimento e percepção a fim de alcançar um objetivo ou


explorar uma área, ou seja, ele sintetiza um plano de ação que combina localizações e movimentos
primitivos baseados em sensores; por exemplo, seguir visualmente uma estrada até alcançar um marco
divisório.

O planejamento de manipulação está relacionado com o manuseio de objetos, como por exemplo,
construção. As ações incluem primitivas e senso-motoras que envolve força, toque, visão, amplitude, e
outras informações sensoriais.

O planejamento de comunicação manifesta-se através de diálogos e em problemas de cooperação entre


vários agentes, sejam eles humanos ou artificiais. Levanta questões como quando e como solicitar
informações necessárias, e qual feedback deverá ser fornecido.

Organização

Segundo Maximiniano (1992) “uma organização é uma combinação de esforços individuais


que tem por finalidade realizar propósitos coletivos. Por meio de uma organização torna-se possível
perseguir e alcançar objetivos que seriam inatingíveis para uma pessoa. Uma grande empresa ou um

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apequena oficia, um laboratório ou um corpo de bombeiros, um hospital ou uma escola são todos
exemplos de organizações”.

A importância da organização

Podemos ter uma idéia porque uma organização é importante compreendendo que um dos primeiros
passos para uma empresa implantar um processo TQM – gerenciamento total da qualidade (total
quality management). Esse primeiro passo tem início no uso dos conhecidos 5S, que significam, a
partir das palavras japonesas:

 SEIRI: eliminar o desnecessário separando-o do necessário.


 SEITON: limpeza, eliminação da sujeira, acabando com as fontes de problemas.
 SEIKETSU: asseio, padronização, higiene, e também o estágio onde se evita que as
etapas anteriores voltem a acontecer.
 SHITSUKE: disciplina, com o cumprimento rigoroso de tudo o que foi estabelecido
pelo grupo.
Os 5S somente terão sucesso se forem praticados de forma sistemática e contínua, bem como sejam
resultado do consenso do grupo envolvido nesse processo.

O que é e como funciona o 5S

O 5S é uma metodologia de origem japonesa para a organização de quaisquer ambientes,


principalmente os de trabalho. É composta de cinco princípios ou sensos, cujas palavras transliteradas
para o nosso idioma, iniciam-se com a letra “S”. O 5S pode ser aplicado em qualquer ambiente,
inclusive espaços ao ar livre, residências, pequenos ambientes e até na organização de apenas um
armário ou bolsa.

Os propósitos da metodologia 5S são de melhorar a eficiência através da destinação adequada de


materiais (separar o que é necessário do desnecessário), organização, limpeza e identificação de
materiais e espaços e a manutenção e melhoria do próprio 5S.

Os principais benefícios da metodologia 5S são:

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 1. Maior produtividade pela redução da perda de tempo procurando por objetos. Só ficam no
ambiente os objetos necessários e ao alcance da mão.
 2. Redução de despesas e melhor aproveitamento de materiais. O acúmulo excessivo de
materiais tende à degeneração.
 3. Melhoria da qualidade de produtos e serviços
 4. Menos acidentes do trabalho.
 5. Maior satisfação das pessoas com o trabalho.

A metodologia 5S foi adotada em várias organizações, desde pequenas empresas até as grandes
corporações. Toda a implementação do 5S visa a melhorar a produtividade e o desempenho. Peterson,
Jim & Smith, Roland dão exemplos de usos do 5S no contexto de negócios. Tais organizações e seus
resultados incluem:

 Melhorou os níveis de qualidade da comunicação e troca de informações


 Redução do ciclo de treinamento para novos empregados
 Redução de reclamações
 Redução do tempo de atendimento por cliente

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Gerenciamento da Enfermagem

Apontado em muitas instituições, a estrutura diretiva de enfermagem é constituída de auxiliares,


técnicos de enfermagem e enfermeiros. Este último com cargo assistencial e/ou gerencial. O
enfermeiro gerencial atua como líder desta equipe, responsável pela unidade e ao mesmo tempo
intermediário entre direção e equipe de enfermagem.

Acredita-se em um processo de trabalho geral da Enfermagem, que ocorre de forma não socializada
apesar de possui três áreas distintas: Cuidar, Educar e Gerenciar.

O processo de trabalho Cuidar é o trabalho identificador da profissão, no qual a atuação da


Enfermagem tem como finalidade atender diretamente as necessidades relacionadas à saúde do ser
humano.

O processo de trabalho Educar é dirigido para sensibilizar a conscientização de assuntos de saúde,


individual e coletivamente. Este é diferenciado por considerar e respeitar crenças, hábitos, valores e
conhecimentos dos envolvidos. Destaca-se assim a comunicação como uma ferramenta extremamente
importante que deve ser planejada, conforme os indivíduos a que se destina – objeto de trabalho – para
desenvolver o ensino.

O processo de trabalho Gerencial é privativo do Enfermeiro, tenho como características atividades


provedoras de recursos humanos, físicos e materiais no desenvolvimento do cuidado e/ou da educação,
que o objeto de trabalho do gerenciamento é a organização em si.

Processo de tomada de decisão

Chiavenato (1999, p.211) afirma que: “A teoria de decisão nasceu com Hebert Simon, que a utilizou
como base para explicar o comportamento humano das organizações”. O autor afirma que a teoria
comportamental desenvolve a organização como um sistema permeado de decisões em que cada
pessoa participa racional e conscientemente, da escolha, tomando decisões individuais. Define ainda o

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processo decisório como a “análise de escolha, entre alternativas disponíveis, do curso de ação que a
pessoa deverá seguir”.

Assim, percebe-se que em determinadas situações da vida do ser humano, profissional ou pessoal, o
processo decisório está envolvido. E na instituição hospitalar, o sistema de decisões é uma atividade
de todos os funcionários, em seu respectivo âmbito de atuação.

O Enfermeiro gerencial atua como mediador entre equipe, a coordenação de Enfermagem e a direção
da instituição. Por isso, possuem inúmeras e diversificadas situações que envolvem o processo
decisório. Muitas dessas envolvem diretamente seres humanos, trabalhadores, clientes ou ainda
familiares. Desse modo, àquelas requerem do enfermeiro conhecimentos em diversas áreas a fim de
clarificar a problemática, discernir entre vários fatores e optar pela solução adequada no momento.

Para simplificar a complexidade do processo de tomada de decisão, Chivenato (1999), apresenta os


seguintes elementos envolvidos:

 Tomador de decisão: é a pessoa que faz uma escolha ou opção entre várias
alternativas de ação. É o agente que está frente a alguma situação.
 Objetivos: são as finalidades que o tomador de decisão pretende alcançar com suas
ações.
 Preferências: são os critérios que o tomador de decisão pode usar para fazer a sua
escolha pessoal.
 Estratégia: é o curso de ação que o tomador de decisão escolhe para melhor atingir os
seus objetivos. O curso de ação é o caminho escolhido. Depende dos recursos que
dispõe e da maneira como percebe a situação.
 Situação: são os aspectos do ambiente que envolve o tomador de decisão, muitos dos
quais são do seu controle, conhecimento ou compreensão e que afetam a sua escolha.
 Resultado: é a conseqüência ou resultante de uma dada estratégia.
A partir desses elementos, entende-se que o tomador de decisão está inserido em um individual, único,
delineia objetivo a serem alcançados, possui conhecimentos e preferências pessoais, e ainda segue
estratégias, conforme a situação apresentada, para buscar a solução adequada para o momento.

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Chivenato (1999) ainda propõe outro modelo de tomada de decisões com sete etapas:

1) Percepção da situação que envolve algum problema;


2) Análise e definição do problema;
3) Definição de objetivos;
4) Procura de alternativas de solução ou de curso de ação;
5) Avaliação e comparação dessas alternativas;
6) Escolha (seleção) da alternativa mais adequada ao alcance dos objetivos;
7) Implementação da alternativa escolhida.
Percepção do problema

Perceber que algo fora da normalidade está acontecendo. Durante o plantão da manhã no dia
12/08 uma das pacientes internadas na Unidade de Clínica Médica começou a apresentar dispnéia,
cianose, bradicardia entrando em Parada Cárdio Respiratória (PCR). Detectando o problema o Técnico
de Enfermagem chamou a equipe médica e trouxe o carrinho de emergência, à medida que eram
solicitados os medicamentos e outros materiais, verificou-se que estavam em falta ou eram
inadequados, causando sérios prejuízos à assistência prestada ao doente.

1. Definição do problema:

 Falta e/ou inadequação de materiais no carro de emergência;


 Questionar: há material no hospital?
 Distribuição é adequada?
 Controle e manutenção existem?
 Quem faz? Por que faz? E o que aconteceu
 É comum acontecer este fato?
2. Análise dos dados:

 Visualizar o problema 2: diferentes dimensões;


 Pode acrescentar ou modificar a natureza do problema;
 Procura-se chegar às causas e os fatos envolvidos na situação-problema.
3. Soluções propostas:

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 Mais importante e complicada;
 O indivíduo tomador de decisões: consulta a registros
 Experiências passadas;
 Hábitos e rotinas;
 Revisões bibliográficas;
 Consulta a pessoas.
4. Avaliação:

 Escolher as alternativas com a participação do grupo, pois será mais fácil programar-
la.
Situação 1

Você recebe o plantão e inicia suas atividades diárias. Ao chegar ao paciente do leito 101 este
pergunta a você se o remédio que está em seu criado mudo é para tomar ou não?

Após a comunicação ao seu superior imediato, como você acha que deve ser conduzida a
situação?

A partir dos conhecimentos adquiridos hoje, sobre a análise de situação, imaginem e


descrevem o que poderia ter acontecido não se esquecendo de propor soluções pelo método de “chuva
de idéias”.

Situação 2

Você recebe o plantão e inicia suas atividades diárias. Ao chegar ao paciente do leito 204 este
se encontra caído no chão, com sangramento do Intracath (soltou o soro) e sem o cateter de oxigênio.
Quando você o ajuda, percebe que ele está bem confuso e seu leito não havia grades de proteção.

A partir dos conhecimentos adquiridos hoje, sobre a análise de situação, imaginem e


descrevam o que poderia ter acontecido não se esquecendo de propor soluções pelo método de “chuva
de idéias” (a cada participante diz o que pensa sobre o tema ou o problema).

Análise de situação

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Para se analisar uma situação, devemos conhecer os aspetos que envolvem o processo de
decisão, ou seja, a escolha entre uma ou mais alternativas para se alcançar um resultado desejado.

1. Problema – A causa do acontecimento

2. Coleta de dados: como?

: Observação

: Registro, etc.

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3. Análise de dados – Procura-se chegar às causas e aos fatores envolvidos na situação problema.

- Pode-se redefinir o problema a partir das novas informações.

4. Soluções propostas – Existem várias maneiras de se chegar às soluções ex:

- Dinâmica de grupo

- Chuva de idéias ou brainstorming – a cada participante diz o que pensa sobre o tema ou o
problema.

- Técnica de duplas, etc.

5. Escolha ou decisão

- Entre as escolhas propostas, são escolhidas algumas mais viáveis de se implantar.

6. Avaliação

- Depois do processo decisório e da implementação das soluções possíveis, a avaliação nos


mostrará se houver solução do problema e qual a implicação futura deste processo.

Bloqueio à Criatividade

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Planejamento de assistência de enfermagem: recursos materiais em
enfermagem

No planejamento de assistência de enfermagem sempre deve conter a sistematização com a


obrigatoriedade de permanência de Enfermeiros em todos os setores e plantões durante todo o horário
de funcionamento de acordo com a regulamentação – DECISÃO COREN-SP/DIR/008/99 e
obedecendo sempre que possível à quantidade adequada de colaboradores (Enfermeiros, Técnicos e
Auxiliares de Enfermagem) de acordo com o preconizado pelo COREN.

Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE) e RH

Compreende as fases de histórico (entrevista e exame físico), diagnóstico, prescrição e


implementação da assistência e evolução de enfermagem. Torna-se imprescindível que o enfermeiro
esteja ciente de que estas ações são privativas, não devendo em hipótese alguma ser delegado a outros
profissionais.

O Técnico de Enfermagem e o Auxiliar de Enfermagem participam da execução do processo


de enfermagem naquilo que lhe couber, sob a supervisão e orientação do Enfermeiro.

Modelo de SAE (Prescrição de Cuidados de Enfermagem)

Para que o cuidado seja dispensado de modo adequado e individualizado, é necessário que o
enfermeiro responsável pelo setor desenvolva um planejamento, como o SAE, onde o mesmo irá
visitar cada leito e desenvolver as prescrições de acordo com cada cliente e diariamente.

Observaremos agora um modelo de SAE, elaborado pela Enf.ª Prof.ª Cláudia Hinoto, que
ilustra bem os cuidados planejados de modo individual e que deverá ser seguido pelos profissionais da
equipe de enfermagem (auxiliares e técnicos de enfermagem):

Data:______________________

Nome:_______________________________________________________________Idade_______anos

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Diagnóstico:________________________________________________Enfermaria:_____ Leito:_____

Higienização oral:

( ) Observar ( ) Auxiliar ( ) Executar

Higienização corporal:

( ) Aspersão ( ) Leito ( ) Cadeira

( ) Observar ( ) Auxiliar ( ) Executar

Vestuário

( ) Observar ( ) Auxiliar ( ) Executar

Cuidados cabelos, barba, unhas:

( ) Observar ( ) Auxiliar ( ) Executar

Eliminações de diurese:

( ) Espontânea ( ) Estimulada ( ) SVA ( ) SVD ( ) Fralda

Eliminações de evacuação:

( ) Espontânea ( ) Estimulada ( ) Colostomia ( ) Fralda ( ) Outros:______________________

Alimentação:

( ) Observar ( ) Auxiliar ( ) Executar ( ) VO ( ) SNG ( ) SNE

Motilidade:

( ) Deambula sem auxílio ( ) Deambula com auxílio ( ) Cadeirante ( ) Acamado

Acesso Venoso:

( ) MSD ( ) MSE ( ) MID ( ) MIE ( ) Não possui ( ) Outros:_________________________

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Mudança de Decúbito:

( )M ( )T ( )N ( ) 2/2h ( ) 3/3h

Curativos:

( ) Sim ( ) Não

( ) MSD ( ) MSE ( ) MID ( ) MIE ( ) Outros:_______________________________________

( )M ( )T ( )N

Massagem de conforto:

( )M ( )T ( )N

SSVV:

( )M ( )T ( )N

Enfermeiro/COREN:______________________________

Obs.: Nos casos de Assistência Domiciliar – Home Care - , esta prescrição deverá ser
mantida juntamente com todo o prontuário e permanecer junto ao paciente/cliente, de acordo
com o disposto no Código de Defesa do Consumidor.

Recursos Humanos

Noções de cálculos da necessidade de pessoal

Observaremos agora alguns valores que correspondem às horas de cuidados de enfermagem


dispensadas para cada cliente de diversos setores.

Índices Hora de cuidados enfermagem/paciente

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Assistência/cuidados nas 24h Adulto Criança

Mínimo 3 horas 4,5 horas

Intermediário 4,9 horas 5,5 horas

Semi-intensivo 8,5 horas 10 horas

Intensivo 15,4 horas 18 horas

Fórmula usada pelos enfermeiros para o cálculo de número de funcionários

nº de funcionários = nº de leitos X horas de cuidados de enfermagem/paciente X dias da


semana X 1,3 (IST) : por horas de trabalhos semanais. (Obs.: não é de obrigação do auxiliar e técnico
de enfermagem este cálculo).

IST – Índice de Segurança de Técnica destina-se a cobertura de ausências no trabalho,


previstas ou não (férias, folgas faltas, licenças, etc.).

Escala Diária ou Escala de Atividades ou Escala de Serviços

É a divisão de trabalho de maneira uniforme entre todos os elementos da equipe de


enfermagem durante um período.

Possui o objetivo de dividir as atividades de enfermagem diariamente de maneira uniforme


entre os funcionários da equipe de enfermagem, a fim de garantir que a assistência de enfermagem
seja prestada a todos os pacientes e de evitar sobrecarga dos funcionários.

Escala do dia 16/08/2011 – Período Noturno – Setor: Clínica Médica - Enf.ª Cláudia

Funcionário Enfermaria Leitos

Téc. Enf. Gérson 01 01 e 02

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Téc. Enf. Sarah 02 01 e 02

Aux. Enf. Iraci 03 01 e 02

Téc. Enf. Adriano 04 01 e 02

Ao elaborar uma escala, deve-se levar em conta alguns aspectos:

Número de pacientes;

Grau de dependência;

Sexo;

Volume e complexidade de cuidados para cada paciente;

Gravidade;

Qualificação dos funcionários;

Número de funcionários.

Obs.: deve ser elaborada no início do plantão, pela enfermeira ou pelo técnico de
enfermagem que foi treinado e autorizado para tal tarefa.

Método Funcional (antigo)

Distribuição do atendimento de acordo com as tarefas, e as várias categorias do pessoal de


enfermagem.

Método Integral

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É a distribuição de um ou mais pacientes para um funcionário, que dará atendimento durante o
turno de serviço. Deste modo é muito mais fácil cobrar os cuidados, pois o funcionário é responsável
pelo turno.

Escala Mensal, de Pessoal ou de Folga

É a distribuição dos elementos da equipe de enfermagem de uma unidade todos os dias do


mês, seguindo os turnos de trabalho: manhã, tarde e noite (M, T, N).

É onde são registradas as folgas, férias e licenças.

Pontos a considerar:

O funcionário pode trabalhar até 8 horas diárias (máximo de 44 horas semanais);

Tem direito há 1 dia (24 horas) de folga por semana nos hospitais privados e 2 dias de folga
por semana em hospitais públicos;

Tem direito a 1 domingo a cada 7 semanas (o ideal é 1 mês);

Considerar como folga, sábados, domingos e feriados civis e religiosos;

Serviço noturno (SN) das 19h00 às 07h00.

Elaboração da escala

Colocar nome completo do funcionário e cargo que ocupa (número funcional);

Usar códigos (M, T, N, SN, F);

Destacar a escala de sábados, domingos e feriados;

Anotar o número de folgas do mês no rodapé da escala, bem como o número de horas mensais
e número de SN;

Evitar deixar folgas para o seguinte, quando não for possível, anotar hora a mais;

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Verificar dia da última folga, para não ultrapassar 7 dias de trabalho;

Consultar o último SN do funcionário;

Procurar distribuir as folgas em domingos e feriados de forma uniforme entre os funcionários


(anotar sigla dos dias dados).

Escala Mensal - Setembro – 2011

CME - Enf.ª Cláudia

Nº Func. Func. 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 # 19 # 21 # 23 24 25 26 27 28 29 30

Xxxxxxx Sarah Harue M M M M M M M M M F F M M M M M M M F M M M M M M M F M M M

Xxxxxxx Gérson Dameão N F F N F N F N F N F N F N F N F N F N F N F N F N F N F N

Xxxxxxx Iraci Silva M M M M M M M F M M M M M M M F M M M M M M M M F F M M M M

Xxxxxxx Adriano Wilian F M M M M M M M F M M M M M M M M F M M M M M M M M M F F M

Xxxxxxx Leandro Rogério T F T T T T T T T T F F T T T T T T T T F T T T T T T T F T

Xxxxxxx Lúcio Fernado T T T T T T T T F T T T T T T T T F F T T T T T T T F T T T

Xxxxxxx Marta Santos N F N F N F N F N F N F N F N F N F N F N F N F N F N F N F

Xxxxxxx Laura Matos T T T F T T T T T T T T F F T T T T T T T F T T T T T T T F

Xxxxxxx Clara Dantas N F N F N F N F N F N F N F N F N F N F N F N F N F N F N F

Xxxxxxx Lea Souza F N F N F N F N F N F N F N F N F N F F M M M M F N F N F N

Adriano
W. 4
Folgas,
156h/mês. Clara D. 15 Folgas, 180h/mês. Gérson D. 15 Folgas, 180 h/mês.

Iraci S. 4 Folgas, 156h/mês. Laura M. 4 Folga, 156h/mês. Lea S. 15 Folgas, 180h/mês.

Leandro R. 4 Folgas, 156h/mês. Lúcio F. 4 Folgas, 156h/mês. Marta S. 15 Folgas, 180h/mês.

Sara H. 4 Folgas, 156 h/mês. Obs.: dia 7 de setembro feriado: Independência do Brasil

As injustificadas, o empregador pode reduzir o período de descanso do empregado. Nesse sentido a


CLT em art. 130 determinou um sistema de escalonamento:

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Nº de faltas injustificadas Dias de direito de férias

1 a 5 faltas 30 dias de férias

6 a 14 faltas 24 dias de férias

15 a 24 faltas 18 dias de férias

24 a 32 faltas 12 dias de férias

Acima de 32 faltas 0 dias e férias

Férias - Perda do Direito - Não fazem jus às férias o empregado que, no curso do período aquisitivo,
houver faltado ao serviço mais de 32 vezes (inteligência do art. 130, inciso IV, da CLT) (TRT 12ª R. -
RO-V 6.931/97 - Ac. 2ª T. 2.384/98 - Relª Juíza Maria Aparecida Caitano - DJSC 31.03.1998)

Legislação Trabalhista

Os recursos humanos nas Instituições de Saúde são diversificados. Existem várias categorias
profissionais, com diversificadas funções, desde as mais complexas, porém todas muito importantes
para o eficaz funcionamento da Instituição.

Para manter o equilíbrio, entre os deveres e direitos de todo pessoal, é que existem as Leis de
Trabalho: CLT (Consolidação das Leis de Trabalho).

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Conceitos:

Empregador: Considera-se empregador a empresa, individual ou coletiva que admite,


assalaria e dirige a prestação pessoal de serviço.

Empregado: Toda pessoa física que presta serviços de natureza não eventual a empregador,
sob dependência deste e mediante salário.

Vínculo Empregatício / CLT: Consolidação das Leis do Trabalho / Público: Federal,


Estadual ou Municipal.

Direitos: Remuneração prevista, à segurança ditada pelo contrato de trabalho, a assistência


médica hospitalar, às folgas, licenças e férias remuneradas.

Deveres:

- Assiduidade, pontualidade, e permanecer no trabalho o horário contratado.

- Agir com urbanidade e educação com superiores e público.

- Lealdade e zelo nos interessem da Instituição.

- Acatar ordens de autoridades superiores hierárquicas.

- Levar ao conhecimento do superior hierárquico qualquer irregularidade que tiver ciência.

- Guardar reserva sobre o assunto sigiloso.

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- Vestir-se corretamente, manter adequada conduta moral e social.

- Submeter-se às inspeções médicas determinadas por lei.

Infrações que acarretam rescisão de contrato:

- Má conduta moral.

- Negociação habitual no recinto de trabalho.

- Condenação criminal.

- Violação do segredo da Instituição.

- Negligência no desempenho das funções.

- Ato de indisciplina ou de insubordinação.

- Embriagues habitual ou em serviço.

- Abandono de emprego.

- Prática constante de jogo de azar.

- Ausentar-se do serviço em hora de expediente sem autorização e sem motivo.

- Prática de atos atentatórios à segurança Nacional devidamente comprovado por inquérito


administrativo.

Contrato individual de trabalho: Poderá ser acordado verbalmente ou por escrito e por
prazo determinado ou indeterminado o qual não poderá ser estipulado por mais de dois anos.

Interrupção do contrato: Afastamentos em virtude das exigências do serviço militar e


encargos públicos são assegurados por ocasião de sua volta todas as vantagens que tenham sido
atribuídas à categoria.

Estágio Probatório: O contrato de experiência não poderá exceder a 90 dias.

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Treinamento: Será feito durante o expediente sob as formas de:

- Iniciação para os novos servidores


- Específicos nas especialidades
- Atualização
- Ocasional

Aviso prévio: Uma das partes deverá avisar a outra com antecedência de 8 dias se o
pagamento for efetuado por semana, 30 dias aos que recebem por quinzena ou mensal. A falta de aviso
dá direito ao salário.

Tempo de serviço: Computar-se-ão na contagem, para efeito de indenização e estabilidade, os


períodos em que o empregado estiver afastado do trabalho, por motivo de acidente de trabalho e
prestando serviço militar.

Estabilidade: Após 10 anos de serviço na mesma empresa, senão por motivo de falta grave ou
circunstância de força maior. O pedido de demissão do empregado estável só será válido com
assistência do sindicato.

Rescisão de contrato: É assegurado a todo empregado, não existindo prazo estipulado para
terminar um contrato, e quando não haja ele dado motivo para cessação das relações de trabalho, o
direito e haver do empregador uma indenização, paga na base da maior remuneração que tenha
percebido na mesma empresa.

Jornada de trabalho: No máximo 8 horas diárias, poderá ser acrescida de 2 horas


suplementares que serão remuneradas em % superior a da hora normal.

Refeições: Devem ser gratuitas no serviço noturno.

Folgas e descanso: Entre duas jornadas de trabalho haverá um período mínimo de 11 horas
consecutivas para descanso. Jornadas que excedam 6 horas são obrigatórias o intervalo de 1 hora e
máximo de 2 horas para repouso e alimentação. Não excedendo 6 horas e superior a 4 horas são
obrigatório 15 minutos de intervalo.

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Dobras e horas extras: Para atender à realização ou conclusão de serviços inadiáveis. A
remuneração será pelo menos % superior à hora de trabalho normal e o trabalho não poderá exceder
12 horas.

Marcação de ponto: Estabelecimento com mais de 10 empregados estará obrigado à anotação


da hora de entrada e saída, devendo ser assinalados os intervalos para repouso.

Atrasos: Terá tolerância de 4 atrasos por mês que não sejam superiores há 15 minutos. A
partir do 4.º atraso e 16.º minuto, a administração fará o desconto de 1/3 do salário correspondente ao
dia de atraso.

Faltas: O empregado terá direito ao abono de faltas desde que apresente comprovante:

- Casamento: 3 dias
- Falecimento: 2 dias
- Nascimento de filho: 5 dias para o pai e 120 dias p/mãe (licença maternidade)
- Tratar título de eleitor: 1 dia
- Comparecer à justiça de trabalho: de acordo com a convocação
- Doação de sangue: 1 dia a cada 12 meses

Falta grave: As injustificadas, que ocorrem nos sábados, domingos, feriados e serviço
noturno.

Punições:

- Advertência
- Suspensão por 1, 3, 5,10 e 15 dias.
- Demissão por justa causa

Saída antecipada: Por motivo justificado são toleradas 4 saídas antecipadas no decorrer do
mês.

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Permanência no setor: Não poderá ausentar-se do setor de trabalho durante o expediente sem
autorização do superior hierárquico.

Fadiga: É de 60 Kg o peso máximo que um empregador pode remover individualmente. É


obrigatória a colocação de assentos que assegurem postura correta.

Trabalho da mulher: Os mesmos preceitos aplicados ao trabalho masculino.

Lei dos 2/3: A proporcionalidade será de 2/3 de empregados brasileiros.

Contrato de experiência: Não poderá exceder de 90 dias.

Salário: O salário-hora normal corresponde ao total de salário mensal dividindo-se por 30 dias
ou 240 horas.

Serviço noturno: Remuneração de % sobre a hora noturna.

Insalubridade: Calculada sobre o salário mínimo regional em:

% máximo

% mínimo

% médio

Salário família: Ajuda na manutenção de filhos menores de 14 anos ou dependentes e


corresponde a 5% do salário mínimo regional para cada filho ou dependente.

13.º salário: Equivale a um salário completo para os que têm mais de 1 ano, ou 1/12 para os
que não têm mais de 1 ano de casa por cada mês.

Auxílio à maternidade: À segurada ou ao segurado, pelo parto de sua esposa não segurada ou
a companheira designada como dependente, pelo menos 38 dias antes do parto o valor de ½ salário
mínimo.

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Auxílio doença: Ao segurado incapacitado para o trabalho durante mais de 15 dias por motivo
de doença. Mensalidade de 70% de salário de benefício mais 1% por ano completo de atividade
abrangida pela previdência social, até o máximo de 20%.

Aposentadoria

Abono permanência: Ao segurado que tendo 30 anos de serviço, prefere continuar


trabalhando. Mensalidade: 25% do salário benefício. Início: data do requerimento.

Invalidez: Ao segurado que for considerado incapaz e insuscetível de reabilitação para o


exercício de atividade que lhe garanta a subsistência. Mensalidade: 70% do salário benefício. Início:
dia imediato ao da cessação do auxílio doença.

Velhice: 65 anos ou mais de idade. 75% do salário benefício.

Por tempo de serviço: 30 anos ou mais de serviço. Mensalidade: 80% do salário benefício
mais 4% para cada ano.

Aposentadoria especial: Segurado que contando 50 anos de idade, tenha trabalhado em


serviço considerado insalubre ou perigoso, durante pelo menos 15 anos, 20 ou 25 anos. Mensalidade:
70% salário benefício.

Pensão: Aos dependentes do segurado em virtude do falecimento deste. Mensalidade: 50% da


aposentadoria que tinha direito o segurado na data do seu falecimento.

Auxílio reclusão: Aos dependentes do segurado detento que não receba remuneração ou
aposentadoria. Mensalidade: a mesma da pensão.

Auxílio funeral: Ao executor do enterramento do segurado. Valor: o dobro do salário mínimo


se o executor for dependente e até esse limite, de acordo com as despesas se não for.

Fundo de garantia por tempo de serviço: Constitui, mediante depósito de 8% do total da


remuneração mensal do empregado. Quando indenizado disporá da importância depositada acrescida
de juros de 3% e correção monetária.

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Acidente de trabalho: Aquele que decorrer pelo exercício do trabalho, provocando lesão
corporal ou doença que cause a morte ou a perda permanente ou temporária da capacidade de trabalho.

PIS PASEP (Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público): Vínculo do


empregado é como beneficiário. Os recursos são aplicados ao desenvolvimento econômico social do
país. A retirada do saldo total é permitida em: Casamento, aposentadoria, invalidez e falecimento.

Férias: Todo servidor terá direito a: 30 dias de férias quando não tiver faltado ao serviço mais
de 5 vezes; 24 dias quando houver faltado de 5 a 14 dias e 18 dias quando houver tido de 15 a 23 dias
de faltas e 12 dias quando houver de 24 a 32 faltas.

Registro do empregado: É obrigatório ao empregador o registro dos respectivos empregados


em livro próprio ou em fichas no modelo do ministério do Trabalho. Serão anotados todos os dados
relativos à sua estada na empresa.

Anotações na carteira: serão anotados na carteira de trabalho: admissão, remuneração,


acidente de trabalho.

Segurança do trabalho: Incumbe ao órgão de âmbito Nacional coordenar, orientar, controlar


e supervisionar a fiscalização e as demais atividades relacionadas com a segurança e medicina do
trabalho.

Servidor Público tem legislação própria em cada nível: municipal, estadual ou federal.

Pela constituição, ninguém poderá ingressar no Serviço Público sem concurso.

O Hospital

O hospital é a parte integrante de um sistema coordenado de saúde, cuja função é dispensar à


comunidade completo assistência médica, preventiva e curativa, incluindo serviços extensivos à
família em seu domicílio e ainda um centro de formação dos que trabalham no campo da saúde e para
as pesquisas biossociais, segundo as definições da Organização Mundial de Saúde (OMS).

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Histórico dos hospitais

Inicialmente, os hospitais surgiram com a qualificação apenas de albergue, de hospedaria, onde os


desprotegidos da sorte eram recolhidos, cuidados e alimentados. As pessoas eram recebidas não por
estarem doentes e necessitarem de tratamentos; os que requeressem tratamentos médicos permaneciam
em suas casas, onde eram visitados pelos profissionais da época e onde eram tratados, tanto clínica
quanto cirurgicamente. Não se conhecia, na época, nada sobre esterilização, desinfecção ou anti-
sepsia.

Funções do hospital

A comissão de Especialidades da Organização Mundial de Saúde agrupou as funções que


devem ser desenvolvidas no hospital, como segue:

Função restaurativa:

– Diagnóstico: em serviço de ambulatório e internação;


– Tratamento de doenças: curativo e paliativo, envolvendo atividades médicas,
cirúrgicas e especiais;
– Reabilitação física, mental e social;
– Tratamento de emergência: acidentes e doenças.
Função preventiva:

- Supervisão da gravidez normal e do parto;


- Supervisão do crescimento normal e do desenvolvimento da criança e do adolescente;
- Controle das doenças contagiosas;
- Prevenção das doenças de longa duração;
- Prevenção da invalidez física e mental;
- Educação sanitária;
- Saúde ocupacional.

Função educativa:

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- Estudantes de medicina;
- Formação de pós-graduados: especialistas e clínicos gerais;
- Enfermeiros e obstetrizes;
- Assistentes sociais;
- Outras profissões afins.

Função pesquisadora:

- Aspectos físicos, psicológicos e sociais da saúde e da doença;


- Atividades hospitalares, técnicas e administrativas.

Classificações dos hospitais

O hospital como vimos em sua definição, é parte integrante de um sistema coordenado de saúde.

O Ministério da Saúde denomina a rede hospitalar como Rede Médico-Assistencial e a define como
um sistema de assistência integrada de saúde, planejada dentro de uma gradação hierárquica,
obedecendo a critérios progressivos e de zoneamento, visando dar cobertura médico-assistencial à
população, em correlação com as suas necessidades e disponibilidades socioeconômicas e culturais.

A rede hospitalar é constituída das seguintes unidades entrosadas, segundo o Ministério da Saúde:

- Hospital Unidade Sanitária;


- Hospital Local;
- Hospital Regional;
- Hospital de Base;
- Hospital de Ensino.

Podemos ainda classificar os hospitais sob os aspectos clínicos e administrativos.

Segundo os aspectos clínicos, os hospitais podem ser:

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a) Gerais: são os capacitados a receberem pacientes de várias especialidades clínicas ou
cirúrgicas, podendo ser limitados a um grupo etário. Exemplos: Hospital Infantil, Hospital Geriátrico;

b) Especializados: são os capacitados a receberem pacientes predominantemente de uma


especialidade, como, por exemplo: psiquiatria, oncologia etc. Atualmente a tendência é colocar os
pacientes com qualquer tipo de patologia nos hospitais gerais.
Quanto ao aspecto administrativo, de acordo com a propriedade e manutenção, os hospitais
podem ser:

c) Oficiais (governamentais):
- Federais;
- Estaduais;
- Municipais;
b) Particulares.

Ambiente hospitalar

O hospital é uma organização que tem características próprias que a diferenciam de outras instituições.
Muitas de suas áreas funcionais devem ser interdependentes e se inter-relacionarem, de forma a
propiciarem um funcionamento eficiente de todos os seus componentes e de maneira a comporem um
todo e não um somatório de partes desagregadas.

Seu principal objetivo é proporcionar assistência adequada aos pacientes dentro dos limites de
conhecimento da tecnologia médica, da organização das atividades humanas e dos limites dos recursos
institucionais, que são escassos.

O hospital deve assegurar ao paciente uma assistência eficiente através de uma melhor organização do
corpo clínico, da assistência de pessoal competente e de serviços complementares de diagnóstico e
tratamento.

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Em toda instituição deve haver um organismo, um elemento encarregado de traçar suas normas
administrativas, um indivíduo ou um grupo que planeja e dita à política que a empresa irá seguir.

O hospital é dirigido por um conselho administrativo, que tem como delegado executivo o diretor.

O diretor não tem possibilidade de executar todas as deliberações emanadas do conselho. Ele necessita
compartilhar essas atribuições com um grupo de pessoas; estas, por sua vez, delegam parte de sua
responsabilidade às diferentes chefias do hospital. Portanto, o hospital é organizado em três grandes
divisões: divisão médica, técnica e administrativa.

Divisão médica é aquela formada pelo corpo médico do hospital e é mais ou menos desenvolvida de
acordo com as finalidades da instituição e com as possibilidades da comunidade.

Fazem parte da divisão médica: clínicas médicas, clínicas cirúrgicas, clínicas especializadas, serviços
médicos auxiliares, serviços complementares de diagnóstico e tratamentos – radiologia, laboratórios,
serviço de fisioterapia, serviço de anestesia, serviço de anatomia patológica, banco de sangue.

A divisão de serviços técnicos constitui-se daqueles serviços que colaboram diretamente com o
médico, para que ele possa desempenhar com eficiência suas atribuições na instituição.

É constituída dos seguintes serviços: enfermagem, nutrição, serviço social médico, arquivo médico e
estatístico, farmácia e odontologia, sendo que os dois últimos podem pertencer à divisão médica.

A divisão de serviços administrativos contribui, no hospital, para que os serviços técnicos possam,
mais facilmente, colaborar com o médico, para ele desempenhar bem a sua função.

Integram a divisão de serviços administrativos: protocolo e arquivo, seção de pessoal, contabilidade,


tesouraria, serviço de material ou almoxarifado, lavanderia, serviço de conservação e reparos,
zeladoria ou seção de serviços gerais.

Relacionamento interprofissional

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Para se manter um bom entrosamento e relacionamento entre os vários serviços do hospital, é
necessário que as funções de cada seção sejam bem definidas e que haja estreita colaboração entre
todos que executam.

O serviço de enfermagem inter-relaciona-se, praticamente, com todos os serviços hospitalares,


devendo ser lembrado o grande valor que desempenham as reuniões administrativas periódicas das
chefias de serviços, para que se consiga manter o máximo de harmonia interna e externa do hospital.

Organização e Funcionamento do Hospital

Considerações gerais

O hospital é definido pelo Ministério de Saúde, como: uma parte integrante de uma organização
médica e social, cuja função básica consiste em proporcionar à população assistência médica integral,
curativa e preventiva, sob quaisquer regimes de atendimento, inclusive o domiciliar, constituindo-se
também em centro de educação, capacitação de recursos humanos e de pesquisa em saúde, bem como
encaminhamento de pacientes, cabendo-lhe supervisionar e orientar os estabelecimentos de saúde a ele
vinculados tecnicamente.

Para atingir seus objetivos, o hospital necessita de equipe multiprofissional especializada, capaz de
oferecer assistência qualificada; portanto, é importante que tenha uma coordenação interna eficiente.

O hospital “não pode funcionar efetivamente sem uma coordenação interna, motivação, autodisciplina
e ajustes informais e voluntários de seus membros”

Apesar de o hospital possuir materiais e equipamentos de alta resolutividade, a equipe de saúde


necessita conscientizar-se de que o paciente deve ser visto como um ser humano, pois seu tratamento
depende muito de interação entre pessoas responsáveis pelo seu cuidado.

A organização hospitalar é constituída de unidades que funcionam de forma integrada, com objetivos
gerais semelhantes. O hospital deve ter um quadro de pessoal especializado, agrupado por funções
similares, formando Seções, Serviços e Setores, que constituirão a organização do hospital.

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Todo hospital necessita de um Estatuto que defina suas finalidades, objetivos, estrutura e competência.
Deve possuir estrutura interna com suas funções bem delineadas. Seus órgãos e atividades, a exemplo
do serviço de enfermagem, também devem ter sua composição e competência bem definida, e cada
unidade funcional deve ainda possuir seu regimento próprio.

a) A estrutura organizacional do hospital pode estar assim representada:

Órgão Deliberativo do Hospital ou Conselho de Administração, Mesa administrativa, Conselho


Diretor, Diretoria Geral, Junta Administrativa. Esse órgão é encarregado de traçar a política
administrativa do hospital. Além desse órgão há o diretor, que é o encarregado de executar as
deliberações do órgão superior.

b) Divisão médica: composta pelos serviços médicos, serviços cirúrgicos, serviços médicos
auxiliares.

c) Divisão técnica: composto pelo serviço de enfermagem, serviço de nutrição, serviço social,
serviços médicos, serviço de arquivo médico e estatístico, serviço de odontologia, serviço de farmácia,
serviço de psicologia.

O serviço de enfermagem, responsável pela assistência de enfermagem, é chefiado por um enfermeiro


e constitui-se das unidades: centro obstétrico, centro cirúrgico, ambulatório, berçário, internação e
emergência.

O serviço de nutrição é responsável pelo preparo das dietas e deve ser chefiado por um nutricionista.

O serviço social encarrega-se de estudar e solucionar problemas socioeconômicos de forma ampla. É


chefiado por assistente social.

O serviço de arquivo médico e de estatística é responsável pelo prontuário do paciente. Nesse


prontuário são registradas todas as informações sobre o paciente e seu tratamento. Possui os setores de
registro geral, estatística e arquivo médico. Atualmente suas atividades estão sendo informatizadas.

O serviço de odontologia é responsável pelo tratamento odontológico no hospital.

O serviço de farmácia deve ser chefiado pelo farmacêutico.

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O serviço de psicologia é responsável pela assistência psicológica. É chefiado por um psicólogo.

Divisão administrativa: serviço de pessoal, serviço de contabilidade (financeiro), serviço de


almoxarifado, serviço de manutenção e reparos, serviços de comunicação e arquivo, serviço de
lavanderia, serviço de atividades gerais.

Serviço de pessoal: encarregado do recrutamento, admissão, orientação e acompanhamento de


funcionários.

Serviço de contabilidade: realiza a contabilidade de custos, imprescindível para o hospital.

Serviço de almoxarifado: encarregado pelo abastecimento, recebimento, guarda, controle e


distribuição do material utilizado no hospital.

Serviço de manutenção e reparos: encarregado de manter em boas condições o prédio, os


materiais, aparelhos e equipamento do hospital.

Serviço de lavanderia: responsável por todo o processamento da roupa no hospital. Possui


também o setor de costura e reparos.

Serviço de atividades gerais: Pode agrupar as atividades de transporte, limpeza, vigilância,


portaria, parques e jardins do hospital, telefones, horta, estacionamento, velório e biotério*, quando
houver.

*Biotério: Local onde são criados e conservados animais vivos destinados a experiências
biológicas.

Recursos Materiais

O objetivo básico da administração de recursos materiais consiste em colocar os recursos necessários


ao processo produtivo com qualidade, em quantidades adequadas, no tempo correto e com o menor
custo.

Os materiais são produtos que podem ser armazenados ou que serão consumidos imediatamente após a
sua chegada. Baseados neste conceito estão excluídos os materiais considerados permanentes, como

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equipamentos médico-hospitalares, mobiliário, veículos e semelhantes, medicamentos, alimentos,
material de escritório, material de limpeza, conservação reparos, produtos químicos, etc.

Por que falta material?

O diagnóstico inadequado leva a uma ação que não produzirá os efeitos desejáveis. As causas
da falta de materiais podem ser identificadas em três diferentes grupos:

Causas Estruturais: falta de prioridade política para o setor; clientelismo político; controles
burocráticos; centralização excessiva.

Causas Organizacionais: falta de objetivos; falta de capacitação e de atualização de pessoal;


falta de recursos financeiros; falta de controle; corrupção; falta de planejamento; rotinas e normas não
estabelecidas adequadamente.

Causas Individuais: diretores improvisados; funcionários desmotivados.

Requisição:

- identificar consumo médio diário;

- verificar saldo existente;

- observar rotina (dias e horário);

- conferência e/ ou testagem.

Organização do material:

- manter e controlar a ordem do material quanto a:

- arrumação

- disposição

- localização

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- acondicionamento

Auxílio no Controle:

Aspectos a serem considerados: uso guarda armazenagem.

Controle de material permanente

Controle de roupa e outros materiais: considerando avaria, quebra, desvio, depreciação, gasto.

Manutenção deve ser: corretiva e preventiva.

Inventário: Deve ser periódico: mensal, semanal, diário, por turno, dependendo do material.
Pode ser por ambiente, por elemento. Ex.: sala de curativos, rouparia, posto de enfermagem, etc. Pode
ser por classe: Ex.: aparelhos, roupas, etc.

A qualidade nos serviços de saúde

Observa-se nas últimas décadas, em vários países, uma mobilização em torno da aplicação de
programas de qualidade nas organizações hospitalares, com o objetivo de incrementar seu
gerenciamento e melhorar a eficiência destes serviços (Camacho, 1998).

Atualmente, a adoção dos programas de qualidade no setor da saúde está fortemente relacionada ao
crescimento dos custos da assistência hospitalar, quando comparados ao gasto total na saúde.

No Brasil se gasta, historicamente, pouco mais de 80 dólares per capita com saúde anualmente e com
o desperdício significativo de recursos (Medici, 1995). Este fato, aliado a crise de gestão no setor da
saúde no Brasil, que se expressa pela precariedade da assistência hospitalar (Mezomo, 1994), tem
justificando o esforço para a implantação de programas de qualidade, com o objetivo de atender pelo
apelo da promoção da melhoria dos serviços prestados e redução de desperdícios. Desta maneira,
trabalham em conjunto instituições públicas e privadas para a elaboração de instrumentos de avaliação
a partir da experiência acumulada de outros países (Schiesari, 1999).

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A institucionalização do processo de acreditação hospitalar no Brasil com a aplicação sistemática dos
manuais de acreditação é a expressão concreta deste esforço.

A noção de qualidade está intimamente ligada às ciências de saúde. Toda a formação do profissional
de saúde é orientada no sentido de melhoria – restauração da saúde do paciente ou, quando está não é
possível melhoria das suas condições de vida, na melhoria dos métodos e técnicas de diagnóstico e de
tratamento, simplificação dos procedimentos, obtenção de resultados melhores. Se pararmos para
pensar um pouco nos grandes avanços da medicina, todos eles se devem as pessoas que pensaram em
melhorias. A essência do gerenciamento pela Qualidade Total é à busca de melhorias.

Para entendermos o que é a Gestão pela Qualidade Total, precisamos refletir primeiro sobre a
finalidade do trabalho humano. Por que é que as pessoas trabalham? O que leva o plantonista do CTI,
o caixa do banco, o comissário de bordo, o patologista ou para o artista trabalhar?

Na realidade humana só tem sentido porque alguém precisa dele. Se ninguém precisa nem deseja
aquilo que eu produzo, o meu trabalho não tem o valor, o menor sentido. Por outro lado, se eu trabalho
para satisfazer as necessidades e desejos de outros, nada mais sensato do que procurar atender a estas
pessoas da melhor forma possível.

Nós da área de Saúde às vezes enxergamos as coisas de forma meio parcial achando que nós os
especialistas é que sabemos o que é melhor para o nosso paciente. É possível que tenhamos razão se
estivermos considerando apenas o ponto de vista técnico.

O professor Kaoru Ishikawa (Kaoru Ishikawa nasceu em 1915 e se formou em Química Aplicada
pela Universidade de Tóquio em 1939. Após a guerra, ele se envolveu nos esforços primários da
JUSE para promover qualidade. Posteriormente, tornou-se presidente do Instituto de
Tecnologia Musashi. Até sua morte, em 1989, o Dr. Ishikawa foi figura mais importante no
Japão na defesa do Controle de Qualidade. Foi o primeiro a utilizar o termo Controle de
Qualidade Total e desenvolveu as "Sete Ferramentas", nas quais considerou que qualquer
trabalhador pudesse trabalhar. Ele sentiu que isso o distinguiu em relação às outras abordagens
por ele observadas, que colocavam a qualidade nas mãos dos especialistas. Recebeu muitos
prêmios durante sua vida, incluindo o Prêmio Deming e a Segunda Ordem do Tesouro Sagrado,

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uma altíssima honraria do governo japonês) afirma que “qualidade significa qualidade de trabalho,
qualidade de serviço, qualidade de informação, qualidade de processos, qualidade de divisão,
qualidade de pessoal. Porque não ouvir nosso cliente e prestar a ele o serviço que ele gostaria de
receber, levando em conta estas outras dimensões, além da qualidade técnica”.

Características da qualidade

Imagine alguém que tenha sofrido um acidente automobilístico e tenha sido levado a um determinado
hospital. Essa pessoa terá em mente algumas expectativas em relação ao serviço que vai receber. Por
exemplo: esta pessoa presume que será tratada dentro das modernas técnicas e recursos médicos, com
vistas à sua recuperação total dentro das possibilidades.

Veja sempre o cliente como alguém com direito a:

· Ser tratado de modo personalizado – ninguém deseja ser reconhecido por número ou nome
de doenças;

· Ser tratado com dignidade;

· Ter conhecimento dos procedimentos a que será submetido, o poder de opinar, se concorda
ou pode buscar outro parecer.

Revolução nos Serviços

Karl Albrecht (KarlAlbrecht (San Diego, Califórnia) é um pioneiro no desenvolvimento de novos


conceitos para negócios e efetividade individual. Em seus vinte anos de carreira como consultor de
gerenciamento ele ajudou líderes de organizações, grandes e pequenas, em todo o mundo. Ele é
Diretor Executivo do The TOS Group, uma empresa de consultoria de gerenciamento com sede em
Chicago, e autor de dezoito livros, incluindo ServiceAmerica e The Only Thing That Matters).

Gráficos Representativos

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"Tradição
Organograma

Segundo Lacombe (2003, p.103), o organograma é a representação gráfica da estrutura


organizacional que mostra seus órgãos, níveis hierárquicos e as principais relações formais entre
eles.

Organograma é uma espécie de diagrama que representa graficamente a estrutura formal de uma
organização. Ele possibilita a identificação de possíveis deficiências hierárquicas na organização.
Como exemplo, podemos
mos citar um colaborador com dois chefes no mesmo nível hierárquico.

 Definições da estrutura – devem ser consideradas: a filosofia, os objetivos, o volume e a


complexidade das atividades a serem executados, os recursos disponíveis e as características
desejáveis
jáveis na estrutura. Portanto, organograma é a representação gráfica de órgãos e relações
de autoridade existentes entre si (KURCGANT, 1991).

Diretoria de
Enfermagem

Enfermeiro CC e Educação
CME continuada

Auxiliares de Técnicos de Equipe


Enfermagem Enfermagem Multiprofissional

 Cronograma
É a representação gráfica da execução de um trabalho, no qual se indicam os prazos em que
deverão ser executadas as suas diversas fases.

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O cronograma é a disposição gráfica do tempo que será gasto na realização de um trabalho ou
projeto, de acordo com as atividades a serem cumpridas. Serve para auxiliar no gerenciamento e
controle deste trabalho, permitindo de forma rápida a visualização de seu andamento.

Data Instrutor(a) Assunto Horário Local Público

Precauções de
10/08/2011 Enf.ª Cláudia Isolamento em 9h15 14h00 Auditório 1 Enfermagem
caso de bactérias 18h00 21h00
multirresistentes
Treinamento em
11/08/2011 Enf.ª Iraci ventilação 9h15 14h00 Auditório 1 Enfermagem
mecânica 18h00 21h00
Treinamento de
12/08/2011 Enf.º Gérson Primeiros 9h15 14h00 Auditório1 Enfermagem
Socorros 18h00 21h00
Treinamento em
13/08/2011 Enf.ª Sarah PCR e RCP com e 9h15 14h00 Auditório 1 Enfermagem
sem o uso do 18h00 21h00
desfibrilador

 Fluxograma
É a representação gráfica de seqüência de uma ou mais atividades, caracterizada as fases,
operações e os agentes executores.

O fluxograma é uma ferramenta da qualidade muito útil na determinação e principalmente na


visualização das etapas de um processo.

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"Tradição
Sala de Medicação
Triagem (Equipe de Avaliação Clínica
(Equipe de
Enfermagem) (Médico)
Enfermagem)

Sala de Observação
Exames Avaliação Clínica
(Médico) (Equipe de
(laboratório)
Enfermagem)

Internação Tratamento
Alta
(Equipe (Equipe
(Médico)
Multiprofissional) Multiprofissional)

Hierarquia

m poder de caráter social, que define o poder sobre as vidas, os recursos e os destinos de
Hierarquia é um
outras pessoas conferidas por uma posição na sociedade ou em uma de suas organizações.

Um membro de uma Hierarquia sempre tem acesso a seu superior imediato e aos colegas
c de mesma
Hierarquia na organização e é normalmente obedecido por seus subordinados diretos e indiretos.
Também é respeitado pelos não-subordinados
subordinados de hierarquia inferior na mesma organização (embora
lhes ordens, a não ser persuadindo
geralmente não possa dar-lhes pe seus superiores).

Quando se faz necessário a tomada de algum tipo de decisão dentro de uma empresa, esta é realizada
através da hierarquia.. Geralmente, que decide o que será feito e como são os primeiros cargos como
o(s) presidente(s) da empresa (donos da empresa e/ou aqueles nomeados presidentes).

Direção Geral

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Direção Direção Técnica


Administrativa

Direção de Direção de Ensino, Pesquisa


Enfermagem e Extenção

Aux. E Téc. de Equipe Equipe de Estagiários e


Enfermagem Higienização Manutenção Residentes

A estrutura hierárquica de um hospital-escola, por exemplo, pode ser regida por cinco diretorias:
Direção Geral, Direção Administrativa, Direção Técnica, Direção de Enfermagem, Direção de
Ensino, Pesquisa e Extensão. Três diretorias, exceto a direção administrativa, são compostas por um
diretor e um adjunto.

Dois dos Diretores são escolhidos por eleição, o Diretor Geral, que tem a participação de todos os
funcionários, estudantes e profissionais envolvidos com o hospital, e a Direção de Enfermagem, que
tem a participação apenas dos profissionais e estudantes de Enfermagem do hospital. Os demais
membros da direção são convidados pelos dirigentes eleitos.

Alguns setores do Hospital têm responsáveis administrativos médicos e coordenadores de


enfermagem, outros, departamentos de apoio, são coordenados por funcionários administrativos. Cada

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setor está vinculado a uma das cinco diretorias e recorre a elas para resolver as questões de âmbito
administrativo maior.

Os médicos responsáveis por setores são envolvidos tanto nas questões burocráticas administrativas,
quanto no atendimento médico em suas especialidades.

Os chefes de setor da Enfermagem também permanecem com atribuições além das administrativas,
também têm obrigações com a assistência ao paciente, porém alguns dos coordenadores de
enfermagem, por serem responsáveis de gerenciar mais de um setor ao mesmo tempo são liberados das
atividades assistenciais.

Importância da Descrição dos Cargos e Funções

Localização dos funcionários na organização.

· Saber que autoridade tem para tomar decisões por sua própria iniciativa e até onde vai sua
subordinação à organização.

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A descrição de cargos e funções é a caracterização do seu conteúdo, ou seja, é a determinação do: O


quê? Como? Quem? Quando? Onde? E Quando?

Descrição de Funções

De acordo com a Lei Nº 7.498, de 25 de junho de 1986, que dispõe sobre a regulamentação do
exercício da enfermagem, fica estabelecido que:

Art. 1º - É livre o exercício da enfermagem em todo o território nacional, observadas as disposições


desta Lei.

Art. 2º - A enfermagem e suas atividades auxiliares somente podem ser exercidas por pessoas
legalmente habilitadas e inscritas no Conselho Regional de Enfermagem, com jurisdição na área onde
ocorre o exercício.

Parágrafo único - A enfermagem é exercida privativamente pelo Enfermeiro, pelo Técnico de


Enfermagem, pelo Auxiliar de Enfermagem e pela Parteira, respeitados os respectivos graus de
habilitação.

Art. 3º - O planejamento e a programação das instituições e serviços de saúde incluem planejamento e


programação de enfermagem. (...)*

Art. 6º - São enfermeiros:

I - o titular do diploma de Enfermeiro conferido por instituição de ensino, nos termos da lei;
II - o titular do diploma ou certificado de Obstetriz ou de Enfermeira Obstétrica, conferidos nos termos
da lei;
III - o titular do diploma ou certificado de Enfermeira e a titular do diploma ou certificado de
Enfermeira Obstétrica ou de Obstetriz, ou equivalente, conferido por escola estrangeira segundo as leis
do país, registrado em virtude de acordo de intercâmbio cultural ou revalidado no Brasil como diploma
de Enfermeiro, de Enfermeira Obstétrica ou de Obstetriz;

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IV - aqueles que, não abrangidos pelos incisos anteriores, obtiverem título de Enfermeiro conforme o
disposto na alínea d do art.3°. do Decreto nº 50.387, de 28 de março de 1961.

Art. 7º São Técnicos de Enfermagem:

I - o titular do diploma ou do certificado de Técnico de Enfermagem, expedido de acordo com a


legislação e registrado pelo órgão competente;
II - o titular do diploma ou do certificado legalmente conferido por escola ou curso estrangeiro,
registrado em virtude de acordo de intercâmbio cultural ou revalidado no Brasil como diploma de
Técnico de Enfermagem.

Art.8° São Auxiliares de Enfermagem:

I - o titular do certificado de Auxiliar de Enfermagem conferido por instituição de ensino, nos termos
da Lei e registrado no órgão competente;
II - o titular do diploma a que se refere à Lei no. 2.822, de 14 de junho de 1956;
III - o titular do diploma ou certificado a que se refere o inciso III do art.2° da Lei nº 2.604, de 17 de
setembro de 1955, expedido até a publicação da Lei nº 4.024, de 20 de dezembro de 1961;
IV - o titular do certificado de Enfermeiro Prático ou Prático de Enfermagem, expedido até 1964 pelo
Serviço Nacional de Fiscalização da Medicina e Farmácia, do Ministério da Saúde, ou por órgão
congênere da Secretaria de Saúde nas Unidades da Federação, nos termos do Decreto-Iei nº 23.774, de
22 de janeiro de 1934, do Decreto-Iei nº 8.778, de 22 de janeiro de 1946, e da Lei nº 3.640, de 10 de
outubro de 1959;
V - o pessoal enquadrado como Auxiliar de Enfermagem, nos termos do Decreto-lei nº 299, de 28 de
fevereiro de 1967;
VI - o titular do diploma ou certificado conferido por escola ou curso estrangeiro, segundo as leis do
país, registrado em virtude de acordo de intercâmbio cultural ou revalidado no Brasil como certificado
de Auxiliar de Enfermagem.

Art.9º São Parteiras:

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I - a titular do certificado previsto no art.1º, do Decreto-lei no. 8.778, de 22 de janeiro de 1964,
observado o disposto na Lei no.3.640, de 10 de outubro de 1959;
II - a titular do diploma ou certificado de Parteira, ou equivalente, conferido por escola ou curso
estrangeiro, segundo as leis do país, registrado em virtude de intercâmbio cultural ou revalidado no
Brasil, até 2 (dois) anos após a publicação desta Lei, como certificado de Parteira.

Art.11º - O Enfermeiro exerce todas as atividades de enfermagem, cabendo- lhe:

I - privativamente:
a) direção do órgão de enfermagem integrante da estrutura básica da instituição de saúde, pública ou
privada, e chefia de serviço e de unidade de enfermagem;
b) organização e direção dos serviços de enfermagem e de suas atividades técnicas e auxiliares nas
empresas prestadoras desses serviços;
c) planejamento, organização, coordenação, execução e avaliação dos serviços de assistência de
enfermagem;
h) consultoria, auditoria e emissão de parecer sobre matéria de enfermagem;
i) consulta de enfermagem;
j) prescrição da assistência de enfermagem;
I) cuidados diretos de enfermagem a pacientes graves com risco de vida;
m) cuidados de enfermagem de maior complexidade técnica e que exijam conhecimentos de base
científica e capacidade de tomar decisões imediatas;

II - como integrante da equipe de saúde:


a) participação no planejamento, execução e avaliação da programação de saúde;
b) participação na elaboração, execução e avaliação dos planos assistenciais de saúde;
c) prescrição de medicamentos estabelecidos em programas de saúde pública e em rotina aprovada
pela instituição de saúde;
d) participação em projetos de construção ou reforma de unidades de internação;
e) prevenção e controle sistemático de infecção hospitalar e de doenças transmissíveis em geral;
f) prevenção e controle sistemático de danos que possam ser causados à clientela durante a assistência
de enfermagem;

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g) assistência de enfermagem à gestante, parturiente e puérpera;
h) acompanhamento da evolução e do trabalho de parto;
i) execução do parto sem distocia;
j) educação visando à melhoria de saúde da população.

Parágrafo único - Às profissionais referidas no inciso II do art.6º desta Lei, incumbe ainda:

a) assistência à parturiente e ao parto normal;


b) identificação das distocias obstétricas e tomada de providências até a chegada do médico;
c) realização de episiotomia e episiorrafia e aplicação de anestesia local, quando necessária.

Art.12º - O Técnico de Enfermagem exerce atividade de nível médio, envolvendo orientação e


acompanhamento do trabalho de enfermagem em grau auxiliar, e participação no planejamento da
assistência de enfermagem, cabendo-lhe especialmente:

a) assistência à parturiente e ao parto normal;


b) executar ações assistenciais de enfermagem, exceto as privativas do Enfermeiro, observado o
disposto no parágrafo único do art. 11 desta Lei;
c) participar da orientação e supervisão do trabalho de enfermagem em grau auxiliar;
d) participar da equipe de saúde.

Art.13º - O Auxiliar de Enfermagem exerce atividades de nível médio, de natureza repetitiva,


envolvendo serviços auxiliares de enfermagem sob supervisão; bem como a participação em nível de
execução simples, em processos de tratamento, cabendo-Ihe especialmente:

a) observar, reconhecer e descrever sinais e sintomas;


b) executar ações de tratamento simples;
c) prestar cuidados de higiene e conforto ao paciente;
d) participar da equipe de saúde.

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Art.15º - As atividades referidas nos arts. 12 e 13 desta Lei quando exercidas em instituições de saúde,
públicas e privadas, e em programas de saúde, somente podem ser desempenhadas sob orientação e
supervisão de Enfermeiro.

*Obs: Os artigos e itens não citados aqui foram vetados pelo Governo Federal.

Ações Organizacionais

Atos Normativos

São documentos que estabelecem normas, regras, diretrizes básicas com o objetivo de uniformizar a
execução das tarefas de uma instituição, isto é, normatização das atividades da empresa.

São Atos Normativos:

 Estatutos: Conjunto de normas básicas que rege a instituição, definindo seus objetivos e sua
organização.
 Regulamentos: Destina-se a esclarecer e a completar o estatuto.
 Regimento: Especifica dispositivos regulamentares, interpretando e completando o
regulamento.
O maior ato normativo que a enfermagem utiliza é o Regimento.

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Terminologias

Administração

 Rotinas: é o conjunto de elementos que especifica a maneira exata pela qual uma ou
mais atividades devem ser realizadas.
 Instrução de Serviço: é a ordem escrita, a respeito do modo e forma de execução de
determinado serviço, expedido por superior hierárquico, com objetivo de orientação
sobre desempenho de atribuição.
 Portaria: é o ato administrativo interno onde expede determinações gerais ou
especiais a seus subordinados ou designa servidores/empregados para funções ou
cargos.
 Resoluções: é o ato normativo expedido por autoridade executiva, para disciplinar
matéria de sua competência específica.

Dinâmica Administrativa

 Processo: é à maneira da execução de uma função exprimindo os atos ou operações


praticadas e os meios mediante os quais a função é realizada ou o objetivo é
alcançado.
 Método: é a maneira ou modo específico de realizar um processo ou uma operação.
 Operação: é o desempenho de trabalho específico, realizado em qualquer lugar ou
fase de um processo.
 Atividade: é o conjunto de operações e movimentos independentes, que objetiva
atingir um fim determinado.
 Atestado: é a declaração escrita e assinada sobre a verdade de um fato, para servir de
documento a outra pessoa.

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 Boletim: é a publicação periódica, que em geral constitui órgão de divulgação do que
acontece na empresa.
 Circular: é o texto relativo a determinado assunto, que se quer dar conhecimento a
diversas pessoas.
 Norma: é o que se estabelece como base de medida para realização ou avaliação de
alguma coisa.

Além de considerar as necessidades dos funcionários e da unidade, a escala de férias deve considerar
também, os aspectos da legislação trabalhista.

Manuais Administrativos e Técnicos

Manual: é uma coleção de instruções em longo prazo, reunidas dentro de uma capa, classificadas,
providas de índice e preparadas para ser usada como referência no local de trabalho.

Objetivos:

 Prestar informações sobre atividades desenvolvidas pelos servidores na empresa;


 Subsídio para treinamento de empregados novos;
 Definir claramente as responsabilidades e deveres de cada categoria profissional;
 Coordenar as funções do Serviço de Enfermagem com outros departamentos e/ ou
setores;
 Normatizar e uniformizar direitos, deveres e ações dos servidores.

Horas da Verdade

Qualquer episódio no qual o cliente entra em contato com qualquer aspecto da organização e obtém
uma impressão da qualidade de seu serviço;

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A hora da verdade é o átomo básico do serviço, a menor unidade indivisível de valor entregue ao
cliente/paciente;

É a maneira de tornar concreta a idéia do “serviço” como um “produto”;

Horas da verdade são “fabricadas” no ato da entrega, e na maioria dos casos há muitos pontos de
entrega.

Comentários

· Horas da verdade críticas para o paciente podem não parecer importantes para a pessoa que
interage com ele;

· Sistema de prioridade do funcionário é muito diferente do sistema de prioridade do paciente;

· Como os administradores não podem estar em todos os lugares ao mesmo tempo é preciso
que conheçam e atentem para horas da verdade críticas em sua área de responsabilidade.

Horas da Verdade Críticas

Nem todas as horas da verdade são iguais. Uma empresa típica de alta intensidade de contato de
serviço pode ter mais de 100 horas da verdade de tipos diferentes, mas somente algumas delas, em
geral, podem ser consideradas de importância crítica para as percepções dos clientes.

Um caso instrutivo: Um cliente (paciente) está no leito de um hospital, pois acaba de ser internado
em preparação para uma cirurgia no dia seguinte. Uma mulher vestida com um uniforme branco entra
no quarto carregando uma bandeja e uma seringa hipodérmica e alguns outros implementos. O cliente
olha e percebe que a seringa é para ele. Ponha-se na pele do cliente por alguns segundos. O que estaria
passando em sua cabeça? Talvez uma série de perguntas, todas as quais se relacionam com seu senso
pessoal de bem estar.

Você está perguntando: “Quem é esta pessoa? É alguém em posição de autoridade? Ela é uma
enfermeira? Vai usar esta agulha em mim? Ela sabe o que está fazendo? Como sei que ela está no

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quarto certo, com o paciente certo, e com o medicamento certo? Vai doer? Por que está me dando uma
injeção? O que essa injeção vai fazer em mim? Será que vão explicar-me alguma coisa, ou
simplesmente vão enfiar a agulha?” Para o cliente, este é um evento psicológico importante.

Supera, em termos de impacto, muitas outras horas da verdade. Não é o mesmo que a hora da verdade
representada pelo momento em que se atravessa à porta de entrada do hospital, ou se passa pela
recepção e se é internado, ou se recebe uma bandeja com comida no quarto. Esta realmente conta. Esta
é uma das horas da verdade críticas para o cliente.

Pode não parecer muito importante para a pessoa que aplica a injeção. Seu sistema de prioridades é
muito diferente do sistema do cliente. Ela pode estar pensando: “Mais nove remedinhos a aplicar antes
de terminar meu turno. É melhor telefonar ao pessoal da limpeza para tirar aquele carrinho de roupa
suja do corredor”.

“Gostaria de saber se o Doutor X se acalmou e já superou aquela troca do medicamento de seu


paciente! Puxa, espero que eu tenha alguma chance de conseguir aquele emprego de enfermeira-chefe.
Meu Deus, meus pés estão cansados. Será ótimo quando este turno terminar”.

Temos aqui os ingredientes básicos do sucesso ou fracasso do serviço. Se a pessoa responsável pelo
serviço estiver pensando nele, ela concentrará sua atenção nos elementos importantes desta hora da
verdade e a enfrentará de maneira a maximizar o impacto positivo sobre o cliente – ou pelo menos
minimizar o impacto negativo. Quais são algumas coisas que ela pode fazer para enfrentar eficazmente
esta hora da verdade? Ela pode:

· Cumprimentar o cliente cordialmente e de modo a tranqüilizá-lo;

· Apresentar-se;

· Dar atenção total à situação enfrentada;

· Acalmar o cliente com uma conversa leve;

· Explicar a finalidade e o benefício do medicamento;

· Aplicar a injeção de uma maneira gentil e cuidadosa;

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· Certificar-se de que o cliente está confortável;

· Perguntar se há alguma necessidade ou preocupação especial.

Por outro lado, se a funcionária do serviço estiver com pressa, preocupada, fatigada, entediada ou for
simplesmente insensível, ela poderá lidar com toda essa hora da verdade de uma maneira mecânica e
impessoal, o que ocorre com freqüência excessiva em instituições de saúde. A combinação de uma
hora da verdade crítica – isto é, um momento com impacto significativo para o cliente – com uma
pessoa de serviço insensível, indiferente ou incompetente é uma receita de desastre. À distância entre
o tipo de tratamento que o cliente estava esperando e o que ele realmente experimenta cria uma
sensação particularmente negativa.

Essas horas da verdade críticas exigem cuidados e tratamento especiais. Os administradores não
podem estar em todos os lugares ao mesmo tempo, e por isso necessita escolher cuidadosamente
aqueles aspectos das operações que têm o maior impacto potencial – positivo ou negativo – sobre a
satisfação do cliente e a sua intenção de comprar novamente. Precisam manter esses aspectos especiais
do produto sob vigilância e ajudar o pessoal de prestação de serviço a lidar com eles eficazmente.

Comunicação na área de saúde

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A comunicação é um meio pelo qual a chefia de enfermagem constrói a motivação. Seu principal
objetivo é informar à Equipe as implicações nas metas programadas e, particularmente o que estas
metas exigirá de cada pessoa.

A aceitação de um objetivo não será realizada a não ser que o livre fluxo de informações ocorra entre a
administração e sua Equipe de Enfermagem.

Comunicação é um processo de transferir significado sob a forma de idéias ou informações de uma


pessoa
ssoa para outra. Portanto, comunicação é a cadeia de entendimento que liga os membros de várias
unidades de uma organização em diferentes níveis e áreas e consiste em: fazer-
fazer-se entender, passar a
informação e um sistema de comunicação.

A comunicação é um intercâmbio, para que tenha sucesso, a informação tem que fluir para frente e
para trás. Exemplo: Emissor-Receptor,
Receptor, Receptor-Emissor.
Receptor

Os canais de transmissão foram designados por alguém para alcançar um objetivo.

Existe, entretanto a Comunicação Informal que serve para:

 Satisfazer as necessidades das pessoas de relacionarem-se


relacionarem se umas com as outras;
 Procurar influenciar o comportamento dos outros.

Comunicação não formal

Muitas vezes a comunicação não verbal tem mais peso no resultado de uma mensagem do que a
comunicação verbal.

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As expressões faciais, tom de voz ou a postura do corpo podem comunicar mensagens fortes, ruidosas
ou sutis. Muitas vezes estas mensagens não verbais contrariam as verbais.

A comunicação não verbal desempenha um papel importante no processo de comunicação.

As pessoas devem estar atentas, não somente na linguagem não verbal que utilizam, mas também nas
mensagens não verbal que os outros lhe transmitem.

Barreira à comunicação efetiva

A comunicação deixa de ser efetiva devido a forças externas organizacionais e interpessoais.

Organizacionais: À medida que a mensagem encaminhada para baixo ou para cima, nos níveis
hierárquicos de uma organização, ela passa por filtros, com suas próprias percepções, motivos,
necessidades e relacionamentos. Cada nível na cadeia de comunicação pode acrescentar tirar,
modificar ou mudar a intenção da mensagem.

Barreiras interpessoais

Percepção: é o processo que damos sentido ao mundo que nos rodeia. Cada um percebe “seu
mundo” de acordo com suas expectativas e suas experiências anteriores.

Status do comunicador: é a tendência de medir, avaliar e pesar a mensagem de acordo com a


pessoa que envia especialmente sua credibilidade.

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Atitude defensiva: nesta forma faz com que nos concentremos mais na resposta que vamos
dar, do que no que estamos ouvindo ou lendo. Quando se está na defensiva, em geral distorce o que
recebe e não percebe o real motivo e o valor da mensagem.

Má escuta: somos capazes de recordar 50% do que ouvimos imediatamente após ouvirmos e
25% no final de 2 meses. O que mostra que precisamos aprender a ouvir efetivamente.

Uso impreciso da mensagem: este é um dos maiores problemas, pois existem dificuldades
para que essa comunicação se realize corretamente.

A comunicação pode ser realizada:

 Direta: De pessoa a pessoa


 Indireta: são utilizados instrumentos denominados documentos.
Documentos administrativos visam divulgar decisões de caráter administrativo e/ ou transmitir
informações, ordens, instruções e normas relacionadas com as atividades de serviço.

Na área de saúde é fundamental saber falar com gente. A todo o momento, pelos corredores do
hospital, nos ambulatórios, salas de emergência e leitos de pacientes surgem conflitos originados de
uma atitude não compreendida ou mesmo de uma reação inesperada.

Isto acontece porque você, profissional de área da saúde, tem como base do seu trabalho as relações
humanas, sejam elas com o paciente ou com a equipe multidisciplinar. Assim não se pode pensar na
ação profissional sem levar em conta a importância do processo comunicativo nela inserida. A escrita,
a fala, as expressões faciais, a audição e o tato são formas de comunicação amplamente utilizadas no
dia-a-dia.

A tarefa do profissional de saúde é decodificar, decifrar e perceber o significado da mensagem que o


paciente envia, para só então estabelecer um plano de cuidados adequados e coerentes com suas
necessidades. Para tanto, é preciso estar atento aos sinais de comunicação verbal e não verbal emitido
por ele e por você durante a internação.

Os profissionais de saúde estão se comunicando adequadamente?

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A comunicação adequada é aquela que tenta diminuir conflitos, mal entendidos e atingir objetivos
definidos para a solução de problemas detectados na interação com os pacientes.

Já ficou comprovado que os doentes reclamam entre si e reprovam o médico que “não é franco”, “não
diz direito o que a gente tem”, “não fala o que está pensando”, além do próprio mutismo apresentado
por muitos profissionais.

Tipos de Comunicação

Comunicação Verbal: refere-se às palavras expressas por meio da fala ou escrita.

Ex. bom dia.

Comunicação não verbal: não está associada às palavras e ocorrem por meio de gestos,
silêncio, expressões faciais, postura corporal, etc.

Técnicas de comunicação

Verbal para auxiliar na expressão, clarificação e validação da mensagem (STEFANELLI,


1993; SILVA, 1996):

1. Expressão:

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· Permanecer em silêncio - tentar ouvir o que o outro tem a dizer, pois, a maioria tende a falar
demais e a ouvir de menos.

· Verbalizar aceitação – dar indução de estar prestando atenção ao que o outro diz.

· Repetir as últimas palavras ditas pela pessoa.

· Ouvir reflexivamente – estimular o outro a continuar falando balançando a cabeça, perguntar


“E depois?”

· Verbalizar interesse – usar expressões como: “interessante”, “continue...”, para demonstrar


atenção.

2. Clarificação

Estimular comparações – ajudar o paciente a se expressar, tentando entender o real significado de suas
palavras. “O senhor quer dizer que é como se fosse...”

O paciente hospitalar, por sua vez, age basicamente como uma pessoa assustada, pois esta em um
ambiente desconhecido e, em sua imaginação, nada pode acontecer. O instinto natural de autodefesa e
autopreservação falam mais alto e ele passa, então, a prestar atenção redobrada ao que acontece à sua
volta, delimita o próprio território e jamais admite a invasão arbitrária.

Como as pessoas dificilmente falam sobre os seus sentimentos, o profissional de saúde deve ficar
atento à linguagem corporal do paciente e aprenderem a distinguir em cada contexto quais são os
sentimentos deles. É comum ouvirmos, no ambiente hospitalar queixas e reclamações de funcionários
dizendo “não continuo com este grupo porque ele não me entende”, “Dei toda a orientação, não sei por
que não seguiu”, “Ela não segue o que é explicado”, “Não sei mais o que fazer, ela não colabora com
o tratamento”

Pense em quantos mal-entendidos poderiam ter sido evitados, caso você validasse as mensagens
emitidas por seus colegas no ambiente de trabalho.

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Lembra aquele dia em havia acabado de levar uma advertência do seu superior e, quando passava pelo
corredor, percebeu dois de seus companheiros de profissão “olhando e rindo de sua cara”. Mas você já
parou para pensar que motivo das gargalhadas, talvez tenha sido outro motivo.

As pessoas têm um conjunto próprio de idéias, valores, experiências, atribuindo a cada sinal um
significado não só denotativo, mas principalmente, conotativo.

O significado alternativo orienta o indivíduo na realidade e o conotativo faz transcender o contexto


mais imediatista e construir.

· Devolver as perguntas feitas – ajudá-lo a desenvolver um raciocínio sobre o assunto e a entender


melhor a necessidade que gerou a pergunta. Por Exemplo: “Em sua opinião, o que o senhor acha...?”

· Solicitar esclarecimentos de termos incomuns e de dúvidas: questionar sem constrangimento, o


significado de um termo desconhecido ou sobre o qual não sabe se tenha certeza. "O que o senhor quer
dizer com pegar peso"," gastura?”

3. Validação

· Repetir a mensagem dita;

· Pedir à pessoa para repetir o que foi dito.

Dicas para ser convincente verbalmente

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1. Seja específico – quando transmitir um dado procure focalizar, nome, data, local,
características fisiológicas;

2. Revele alguns de seus aspectos negativos;

3. Ouça com atenção e peça opinião;

4. Não camufle opiniões;

5. Seja informal;

6. Elogie com sinceridade e objetividade. “Muito bom”, “Parabéns!”

7. Reflita sobre as críticas recebidas.

Comunicação não-verbal

Expressão da comunicação não verbal

· Apenas 35% corresponde às palavras

· Apenas 7% dos pensamentos são transmitidos por palavras

· 38% são transmitidos por sinais paralingüísticos,

· 55% são transmitidos por sinais do corpo

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Para pensar!!!!!

Como tem sido a sua comunicação com os pacientes, com a equipe multiprofissional, com
familiares, com você mesma (o)?

A instituição de saúde e suas relações com a Enfermagem

A enfermagem pode ser praticada em:

 Hospitais
 Centros de atendimentos
 Consultórios
 Clinicas
 Asilos
 Domiciliar
 Ambulatórios postos de saúde
Em diversos locais, mas, a maioria dos encontros de paciente e enfermagem se dá no hospital, pois é
nos hospitais onde se podem dispensar cuidados que não se pode prestar em casa.

Com o avanço das ciências biológicas a função dos hospitais ampliou-se.

As instituições hospitalares revisam constantemente seus serviços, a fim, oferecer os melhores padrões
de atendimento hospitalar.

Antigamente havia três tipos de pessoas no hospital: pacientes, médicos e enfermagem. Com a
evolução foram surgindo outras: enfermeiro, técnico, auxiliar, psicólogo, laboratorista, fisioterapeuta,
técnico de raios-X, anestesista, farmacêutico, terapeuta ocupacional, assistente social, nutricionista,

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médico, e muitos outros. Cada um contribui com o seu trabalho para o bom funcionamento do hospital
e todos eles se relacionam com o paciente e são muitos importantes para o seu bem estar.

É a enfermagem que está presente no ambiente que cerca o paciente durante todo o tempo com a
função de cuidar o paciente e humanizar a administração.

A administração aumenta sua complexidade à medida que a instituição vai aumentando seu número de
pessoas.

Recursos da instituição de saúde

Terminologia Física utilizada na Instituição Hospitalar

Elemento: É a área ou compartimento com finalidade determinada que em conjunto,


compõem uma Unidade do Hospital.

Unidade Hospitalar: É o conjunto de elementos funcionalmente agrupados, onde são


executadas as atividades a fins, visando o melhor atendimento ao paciente, dando-lhe conforto,
segurança e facilitando o trabalho do pessoal.

Unidade de Internação ou Unidade de Enfermagem: É o conjunto de elementos destinados


à acomodação do paciente internado, e que englobam facilidades adequadas à prestação de cuidados
necessários a um bom atendimento.

Unidade de Internação Geral: É a existente nos hospitais gerais, possuindo ao redor de 25


leitos quando localizados só em quartos individuais, 32 a 40 leitos quando em quartos de até 2 leitos e
enfermarias.

Unidade Especial de Internação: É o conjunto destinado a pacientes que recebem assistência


especializada, exigindo características especiais:

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Unidade de Internação Pediátrica: É o conjunto de elementos destinados a pacientes de
idade até 14 anos, reunidos por grupo etário, possuindo não mais de 70 leitos, por unidade.

Unidade de Internação para doenças transmissíveis: É o conjunto de elementos destinados


a pacientes portadores de doenças transmissíveis, permitindo condições de isolamento, cujo número
não deve ultrapassar de 30 leitos por unidade.

Unidade de Internação para doenças mentais agudas: É o conjunto de elementos


destinados a pacientes portadores de doenças mentais agudas, cujo número não deve ultrapassar de 30
leitos por unidade.

Unidade de Berçário: É o conjunto de elementos destinados a alojar para assistência, recém-


nascidos sadios, prematuros e patológicos.

Unidade de Tratamento Intensivo – UTI: É o conjunto de elementos destinados a receber


pacientes em estado grave, com possibilidades de recuperação, exigindo assistência médica e de
enfermagem permanente, além da utilização eventual de equipamentos especializados.

Unidade de Emergência: É o conjunto de elementos que servem ao atendimento, diagnóstico


e tratamento de pacientes acidentados ou acometidos de mal súbito, com ou sem risco de vida.

Unidade de Centro Cirúrgico: É o conjunto de elementos destinados às atividades


cirúrgicas, bem como a recuperação pós-anestésica e pós-operatória imediata.

Unidade de Centro Obstétrico: É o conjunto de elementos onde são realizados os trabalhos


de parto, o parto, a cirurgia obstétrica e os primeiros cuidados com o recém-nascido.

Unidade de Centro Cirúrgico – Centro Obstétrico: É o conjunto de elementos destinados


às atividades cirúrgico-obstétricas, em uma única área, em hospitais pequenos.

Unidade de Centro de Material: É o conjunto de elementos destinados a expurgo, preparo e


esterilização, guarda e distribuição do material para as unidades do hospital.

Unidade de Lactário: É o conjunto de elementos destinados ao preparo de alimentação para


as crianças, incluindo basicamente fórmulas lácteas, sucos e dietéticos prescritos.

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Unidade de Serviços Complementares de Diagnósticos e Tratamento: É o conjunto de
elementos onde está localizada a maioria dos serviços que complementam o diagnóstico, ou auxiliam
na recuperação da saúde, tais como: laboratório, radiologia, fisioterapia e outros.

Unidade de Serviços Gerais: É o conjunto de elementos onde se realizam os serviços que


suprem roupa, alimentação, transportes, energia elétrica, vapor e todo o material necessário para o
funcionamento do hospital. Compreende entre outros os seguintes serviços: alimentação, lavanderia,
material de limpeza, oficina de manutenção, conservação e reparos, central de vapor, vestiários,
garagem e necrotério.

Unidade de Administração: É o conjunto de elementos onde está localizada a maioria dos


serviços destinados às atividades administrativas do hospital, compreendendo, basicamente, pessoal,
contabilidade, comunicações, transportes, matrícula e registro de pacientes.

Unidade de Ambulatório ou Unidade de Pacientes Externos: É o conjunto de elementos


que possibilita o atendimento de pacientes para diagnóstico e tratamento, não necessitando internação.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

CONSELHO FEDERAL DE ENFERMAGEM. Resolução n 189/96. Estabelece parâmetros


para o dimensionamento do quadro de profissionais de enfermagem nas instituições de saúde. In:
CONSELHO REGIONAL DE ENFERMAGEM.

Documentos básicos de enfermagem: enfermeiros, técnicos e auxiliares. São Paulo, 1996. p.


177-80. Daniel, I. F. A enfermagem planejada. 3ª ed. São Paulo, EPU, 1981.

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA

MOTTA, P. R. Gestão contemporânea: a ciência e a arte de ser dirigente. Rio de Janeiro.


Record. 1997.256p.

NOGUEIRA, L. C. L. Gerenciando pela qualidade total na saúde. Belo Horizonte, MG,


Fundação Christiano Ottoni, 1996. 94p.

Sites Visitados

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http://www.5s.com.br/e/a_oquee5s/a_oquee5s.htm

http://enfermagem-sae.blogspot.com/2010/11/escala-de-districuicao-de-pessoal.html

http://www.ufrgs.br/bioetica/privapoi.htm

http://pt.wikipedia.org/wiki/Direitos_humanos

Agradecimentos

Agradecemos a toda equipe do Colégio Técnico São Bento e em especial a Professora


Claudia Regina Dameão Hinoto que participou da revisão desta apostila.

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