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CURSO DE DIREITO
Rio de Janeiro
2022
Ana Beatriz Rocha Madeira, Juliana Gregório Ferreira Patricio,
Júlio César Costa de Carvalho, Luci Helen de Souza, Roshana
Sousa de Oliveira
Rio de Janeiro
2022
INTRODUÇÃO
O presente estudo traz uma breve análise e reflexão sobre as causas e consequências da
Violação de Direitos, especificamente, daqueles decorrentes do Tráfico de Pessoas e o
dimensionamento da importância da atuação de instituições públicas e privadas na
prevenção, repressão e punição do tráfico de pessoas - em especial, Mulheres e Crianças -
protegendo e ajudando-as. Nisso inclui: acolhimento e cuidado dessas vítimas, bem como a
reinserção aos respectivos ciclos de convivência e o acesso às garantias e direitos individuais
ao trabalho, à saúde, à educação, dentre outros.
Adotam-se, como parâmetros para a pesquisa, a previsão formalmente regulamentada
pelo Protocolo de Palermo, ratificado pelo Brasil e de cujo cumprimento integral é
estabelecido e observado em todo o território nacional. Além da atuação de entidades não
governamentais como o “Projeto Resgate” com sede em Zurique (Suíça), mas, atuação em
muitos países das Américas (dentre estes o Brasil), da Europa, África, Ásia e Oceania.
Essa atividade busca trazer, de forma concisa e objetiva, o que é o tráfico de pessoas
(sua principal motivação, extensão e consequências) e a importante atuação de todos os atores
sociais. Neste caso, como referências, as instituições que têm por missão uma sociedade sem
exploração de pessoas, sobretudo por meio da indústria do sexo e do tráfico humano.
O respectivo conteúdo não tem a pretensão de ser exaustivo no conceito sobre o tema,
nem tão pouco sobre as formas de sua manifestação e consequências. Antes, são
exemplificativos e tem por objetivos despertar na sociedade, em geral, o interesse em relação
a matéria com a finalidade de que haja o engajamento de todos contra tal forma de violação de
direitos e em amparo às vítimas.
A projeto final foi organizado em CINCO partes: A INTRODUÇÃO que se segue; O
DESENVOLVIMENTO dividido em três seções: apresentações de três instituições que
acolhem e cuidam de vítimas desse crime, bem como o estudo de caso de uma delas (“Projeto
Resgate”) e a apresentação de dois eventos acadêmicos; A DISCUSSÃO JURÍDICA (Fontes
do Direito); As CONSIDERAÇÕES FINAIS; E as REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
(metodologia utilizada).
DESENVOLVIMENTO
O projeto resgate, foi fundado por um casal que, ao viajar para a Suíça,
testemunharam brasileiras vivendo em situações deploráveis. Eles descobriram que elas
eram vítimas do tráfico humano e de outros diversos tipos de abusos, e logo se
solidarizaram por elas. No primeiro momento, o casal tentou ajuda governamental, mas
não obtiveram retorno. Então decidiram se mudar para a Suíça e inaugurar o projeto em
2006. Eles fornecem ajuda médica, jurídica e psicológica, além do treinamento regular,
apoio educacional e a introdução no mercado de trabalho. Com isso, mais de 1.000
pessoas foram reintegradas à sociedade e retornaram para a sua terra natal. O projeto
conta com o apoio de parceiros e doações, e já atua em quase 30 países. Em 2018, a
organização foi eleita para fazer parte do Comitê Nacional de Enfrentamento ao Tráfico
de Pessoas (Conatrap) por dois anos.
Fundada em 2005, CAMI é uma organização que atua contra o trafico de pessoas,
também como a prevenção do trabalho escravo e proteção dos direitos humanos
undamentais, igualdade de gênero e muitas outras coisas. Eles agem contra o tráfico de
pessoas ajudando na imigração de refugiados e de outras pessoas na chegada ao país e
promovendo os direitos para que não haja nenhum crime contra eles e ajudando eles a ser
introduzido na sociedade e fortalecendo a identidade e diversidade cultural, se tornou uma
OSCIP (Organização social de interesse público) em 2013 pelos destaques nas ações de
combate ao tráfico de pessoas.
O objetivo da organização é ser referência em defesa dos direitos humanos dos
refugiados e imigrantes, no mundo todo.
Os valores que eles mostram ter são Transparência, Solidariedade, Ética, Autonomia dos
imigrantes e refugiados, Justiça Social, Valorização da Diversidade, Direitos Humanos,
Participação Democrática e Sustentabilidade.
Alguns dos prêmios que eles ganharam pelo trabalho contra o tráfico de pessoas foram: a
segunda melhor prática no enfrentamento ao tráfico de pessoas do ministério da justiça e da
UNODC em 2014. Foram eleitos membros do CONATRAP (Comitê Nacional de
Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas) Prêmio Simone Borges Filho Do Ministério da
Justiça.
Eles fazem outros eventos como Rodas de Conversas, Oficinas e ações de base em bairros
de periferias.
Projeto Resgate
O projeto resgate, foi fundado por um casal que, ao viajar para a Suíça, testemunharam
brasileiras vivendo em situações deploráveis. Eles descobriram que elas eram vítimas do
tráfico humano e de outros diversos tipos de abusos, e logo se solidarizaram por elas. No
primeiro momento, o casal tentou ajuda governamental, mas não obtiveram retorno, então
decidiram se mudar para a Suíça e inaugurar o projeto em 2006.
O projeto como principal objetivo ajudar as vítimas de tráfico humano,
principalmente as mulheres em situação de exploração sexual. Eles não só auxiliam as vítimas
no retorno ao seu lugar de origem, como também na reintegração à sociedade, para obterem
sua cidadania, a fim de reduzir, ou quem sabe aniquilar por completo sua reincidência. Para
isso eles oferecem todo tipo de assistência, como: alimentação, aluguel, assistência médica,
educação, financiamento para cursos, etc. O projeto resgate atua em três áreas, são elas:
Auxílio às Vítimas de Tráfico Humano; de Prostituição; e, em Estado de Miséria.
Organizações internacionais apoiam financeiramente o projeto Resgate, que, por sua vez, dá
amparo a essas pessoas na reintegração em seu país de origem.
Atua em importantes regiões. Os países em que vidas foram resgatadas são:
Alemanha, Bélgica, Dinamarca, Espanha, França, Grécia, Holanda, Inglaterra, Itália, Portugal,
Suécia, Suíça, Suriname, Turquia e Estados Unidos. Já, os principais países de reintegração
são: África do sul, Brasil, Argentina, Bolívia, Bulgária, Chile, Colômbia, Costa Rica,
Equador, Moldávia, Peru, República Dominicana, Ucrânia, Hungria e Venezuela. No site do
projeto, são encontrados os relatórios anuais sobre as suas atuações, eles tem como parceria as
seguintes instituições: Aliena, ACT212, Caritas internacional, serviço social internacional
suíço, trafficking, AESCO, Landkreis Lorrach, IOM, refugee action, solwodi, Accem, Cir
refugiat, Europen commission, governo federal do Brasil, Errin, schweizerisches rotes Kreuz,
now transforming travel, FRONTEX, etc. O site da Associação contém artigos com
entrevistas com SWI e o BBC Brasil. Ao longo de 2019 o artigo swissinfo.ch entrevistou o
brasileiro Vicente Medeiros, pastor em Zurique, que dirige o projeto de resgate de vítimas no
país. Ele e seu parceiro de trabalho no Brasil, Marco Aurélio de Souza, lidam diretamente
com o caso todos os dias e colecionam momento difíceis. Marco Aurélio de Souza toma conta
do Programa no Brasil. Sediado em Goiânia, ele recebe as vítimas e coordena a rede de ajuda
em território brasileiro.
O Projeto Resgate tem uma grande importância de atuação na luta contra o tráfico de
pessoas, cuja finalidade seja prostituição. Mas, infelizmente, a violação de direitos, dá-se de
outras formas nas quais a instituição tem limitação para a atuação. Muitas vítimas desse crime
são enganadas e levadas para outros países com a falsa promessa de que irão mudar de vida
financeira e ajudar os seus familiares. Na maioria das vezes, são pessoas em situações de
extrema pobreza e que buscam um meio para sair dessa condição. Contudo, ao chegarem aos
países para onde foram conduzidas são postas para trabalhar de uma forma incessante e
torturante; sem nenhuma proteção dos seus direitos trabalhistas; e com uma dívida a pagar aos
seus “patrões”. De uma forma geral, esse tipo de trabalho é análogo à escravidão. Nesse
modelo de acolhimento e cuidado o Projeto Resgate não atua.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS