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Estudo de Caso (pré-natal de risco habitual)

20/08/2021 - AMN, 29 anos, parda, procedente de Ourinhos (SP), compareceu


à Unidade Básica de Saúde (UBS) para consulta de enfermagem em saúde da
mulher. Refere ser amasiada, com ensino fundamental completo, profissão
lavradora, gosta do serviço, porque é na sombra e o patrão paga em dia, tem
casa para morar e escola para as crianças, além de poder ficar com os filhos
enquanto trabalha. Mora em bairro da zona rural, sem água encanada ou rede
de esgoto e sem recolhimento do lixo. Suas vestes são simples, fala com clareza
e escuta atentamente. AMN menciona que tem 3 filhos vivos, de 10, 8 e 3 anos,
todos nascidos por parto normal, nenhum aborto, e que na última gravidez teve
muita naúsea. Amamentou seus filhos por cerca de três meses para poder voltar
a trabalhar. Foi casada anteriormente, mas se separou porque seu marido voltou
para o norte quando soube da sua 3ª gravidez, desde então trabalha para
sustentar os filhos menores e a si mesmo. Refere que nunca fez pré-natal e
nunca colheu exame preventivo de câncer de colo uterino. Menarca 11 anos,
Coitarca 15 anos. Relata amenorreia há algum tempo, mantendo vida sexual
ativa sem o uso de métodos contraceptivos, por achar que engordou após o uso
do anticoncepcional oral. DUM 17 de junho de 2021. Queixando de aumento no
volume e na sensibilidade mamária, alteração no apetite, náusea e vômito,
polaciúria e cefaleia. Seu companheiro atual tem 30 anos, solteiro, sem filhos,
com resultado de exame positivo para sífilis. Ela diz que ele trabalha o dia todo
e que não pode vir à UBS para tomar os medicamentos, mas se alguém levar
até ele poderá tomar. O fator Rh de Luciane é negativo e de seu companheiro é
desconhecido.

Ao exame físico AMN apresenta-se consciente, orientada, corada, hidratada,


eupneica (20 rpm), normocárdica (78 bpm), normotensa (110 x 70 mmHg),
estatura 1,49 m, peso 47,500 Kg.

Questões norteadoras:

a) Qual o principal diagnóstico clínico de AMN?

b) Qual exame deve ser solicitado na UBS para a confirmação desse diagnóstico
clínico?

c) Os sinais e sintomas apresentados por AMN são presuntivos, de probabilidade


ou de certeza de gravidez?

d) Quais as orientações que a enfermeira deve realizar mediante as queixas


apresentadas por AMN?

e) Como deve ser descrito o histórico obstétrico de AMN, segundo a


nomenclatura obstétrica?

f) Qual é a data provável do parto?

g) Qual é a idade gestacional?

h) Elabore, sucintamente, o roteiro da primeira consulta de pré-natal a ser


adotado pela enfermeira.
i) Descreva quais são os exames deverão ser solicitados para a primeira
consulta de pré-natal de risco habitual.

j) AMN poderá colher material para a colpocitologia oncótica? Qual o


procedimento indicado para gestantes?

k) Como você avalia o IMC desta cliente? Qual a recomendação para ganho de
peso na gestação?

l) Por ser o acolhimento um aspecto essencial da política de humanização, quais


as necessidades da Sra. AMN Morais que precisam ser consideradas?

m) Para quando a enfermeira deve agendar a próxima consulta pré-natal?

n) Descreva quais as vacinas que AMN deverá receber, indicando a dose e o


intervalo entre as doses.

o) Quais os diagnósticos clínicos de AMN nessa consulta e qual deve ser a


conduta da enfermeira?

p) Qual o tratamento adequado para a Sra. AMN referente aos exames


laboratoriais?

q) Descreva como a enfermeira deve proceder a avaliação obstétrica de AMN


(técnicas propedêuticas específicas para a avaliação da gestante). Apresente os
resultados esperados e anormalidades.

r) Descreva as ações educativas que podem ser realizadas com gestantes em


unidades primárias de atenção à saúde?

s) Como AMN deve ser orientada com relação ao preparo das mamas para o
aleitamento materno?

t) Quais os aspectos positivos da conduta do agente comunitário e quais


condutas que merecem esclarecimentos?

u) Traçar os diagnósticos, resultados e intervenções para o caso acima

Referência:

Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de


Atenção Básica. Atenção ao pré-natal de baixo risco [recurso eletrônico] /
Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção
Básica. 1. ed. rev. Brasília : Editora do Ministério da Saúde, 2013. Disponível
em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/cadernos_atencao_basica_32
_prenatal.pdf

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