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FUNDAMENTOS DE

ENFERMAGEM

Profa: Lorena B. Feijó


ANAMNE
SE
• Trata-se de uma entrevista realizada com o objetivo de conhecer o
histórico relativo à saúde física e mental do paciente.

• A finalidade da anamnese é promover um intercâmbio das informações


entre o paciente e a enfermagem e assim identificar os principais sinais e
sintomas e a causa do problema.
ANAMNE
SE
Para uma boa anamnese, é importante:

 Motivar o paciente a falar com perguntas abertas;


 Deixá-lo falar sem interromper a conversa antes que ele termine;
 Observar detalhes como: aparência, humor, fala.
 Evitar tranquilizar o paciente antes de identificar o problema;
 Demonstrar interesse e compreensão pelo que o paciente diz através de sua
expressão facial, movimentos corporais e tom de voz.
ANAMNE
Estrutura da Anamnese
SE
1 - Identificação ou dados bibliográficos

Reconhecer quem é o paciente e a que possíveis doenças ele está exposto.

Coletar:
• Data e hora da entrevista;
• Nome;
• Endereço, Telefone, Idade, Raça, religião;
• Estado civil;
• Profissão.

Repita as informações para verificar a exatidão.


ANAMNE
SE
 Estrutura da Anamnese

2 - Queixa principal e duração

Motivo pelo qual foi buscado o atendimento.

• Por que você procurou o hospital? (Motivo imediato pelo qual o paciente
procurou o serviço de saúde);
• Há quanto tempo essa preocupação existe? (Estabeleça o momento exato
do início da queixa).
ANAMNE
 Estrutura da Anamnese SE
3 - História da doença atual

Ampliar a descrição da queixa principal e relacioná-la com outros sintomas.

• Modo como começou a doença (os sintomas), se súbito ou gradativo;


• Duração e frequência dos sintomas atuais;
• História de uma crise típica e com sintomas associados;
• Perguntar sobre tratamentos prévios e prescrições médica.
ANAMNE
SE
 Estrutura da Anamnese

4 - História patológica pregressa:

• Perguntas sobre a saúde do cliente antes da doença, muitas vezes a


queixa é uma complicação de uma doença que já existia;
• Que doenças você sabe que possui? Desde quando?
• Já teve alguma doença infecciosa? (Sarampo, caxumba, pneumonia,
tuberculose...) quais vacinas você já tomou?
• Já fez alguma cirurgia? Quando? Por quê?
• Já teve algum traumatismo, lesão?
ANAMNE
 Estrutura da Anamnese SE
5 - História Familiar

História familiar do cliente, pois há doenças com reconhecido fator genético


importante, outras em que a convivência com pessoas afetadas aumenta a chance
de contágio.
Por isso perguntar sempre sobre:

• Estado de saúde dos pais e avós, ou causas de suas mortes;


• Doenças em filhos, irmãos e irmãs;
• Casos de doenças cardiovasculares, hipercolesterolemia, hipertensão
arterial, diabetes e câncer na família.
ANAMNE
SE
 Estrutura da Anamnese

6 - História social

rotina do seu cliente, gostos, dúvidas, relação com familiares, situação


profissional e planos; além de fortalecer a relação com o paciente, alguns
desses problemas podem ter grande impacto sobre a saúde do paciente.

• Ao fim, pergunte se há algo que o cliente queira dizer ou perguntar.


TÉCNICAS DE EXAMES FÍSICOS
• Terminada a anamnese, passa-se a realização do exame físico.

• Contudo, isso não quer dizer que o examinador esteja proibido de


continuar suas indagações.
• Pelo contrário, haverá sempre oportunidade para completar um ou outro
ponto que não ficou bem esclarecido.

• O exame físico deve ser realizado na direção cefalopodal (da cabeça aos
pés), considerando os sistemas e vísceras nas diferentes regiões que
devem ser avaliadas.
TÉCNICAS DE EXAMES FÍSICOS
• Princípios gerais: o exame deve ser feito
em local tranquilo e bem iluminado,
respeitando a privacidade do cliente.

• Como em outros procedimentos, peça


autorização do cliente e forneça
informações do porquê e como será
realizada cada etapa do exame.
MATERIAIS:

Esfigmomanometro
Estetoscopio
Termometro
Fita métrica
Lanterna
Otoscopio
Oftalmoscopio
Algodão
Abaixador de língua
TÉCNICAS DE EXAMES FÍSICOS

METODOS PROPEDÊUTICOS
METODOS PROPEDÊUTICOS
• INSPEÇÃO:

• Consiste no processo de observação, um exame visual das partes do corpo.


• Observar o aspecto geral da área examinada e das características específicas
em relação ao tamanho, forma, posição anatômica, textura, movimento e
simetria.

• Devemos observar a postura, os movimentos corporais, condições de


higiene e padrão de fala.
• A prática leva o profissional a perceber as variações de uma pessoa para a
outra.
METODOS PROPEDÊUTICOS
• PALPAÇÃO

• Muitas vezes não podemos ver determinadas estruturas corporais, mas, com o
toque podemos identificar alguma alteração como, por exemplo: tireoide ou
linfonodos aumentados.

• ATENÇÃO: ao examinar o abdome, a ausculta deve ser feita antes da palpação e


da percussão, para evitar alterações nos sons intestinais.
METODOS PROPEDÊUTICOS
• PALPAÇÃO

• Descrever
• volume normal, aumentado ou diminuído;
• consistência endurecida ou pétrea (como de osso)
• cística (macia, ao aspecto de uma bexiga cheia de líquido)
• mobilidade, se fixa ou móvel, aderida ou não às adjacências;
• sensibilidade, se dolorida ou indolor
• temperatura, mais quente ou mais fria que outras partes do corpo;
• quanto à textura, com característica lisa ou rugosa
METODOS PROPEDÊUTICOS
METODOS PROPEDÊUTICOS
• PERCUSSÃO

• consiste em golpear a superfície do corpo com a ponta dos dedos para


produzir som, avaliar o tamanho e consistência dos órgãos, bem como
para descobrir líquidos nas cavidades corporais.

• Devemos observar o som e a resistência oferecida pela região golpeada.

• É uma prática que requer bastante habilidade.


METODOS PROPEDÊUTICOS
METODOS PROPEDÊUTICOS

PERCUSSÃO

São cinco os sons básicos da percussão:


 
• Timpânico: como um tambor (víscera vazia, exemplo: fundo do
estômago);
• Ressonância: oco (pulmão normal);
• Hiper-ressonante: vibrante (pulmão enfisematoso);
• Maciço: sólido (víscera cheia, ou fígado);
• Som claro (submacicez): músculo.
METODOS PROPEDÊUTICOS
• AUSCULTA:
• Consiste em escutar sons produzidos por diferentes órgãos do corpo – coração,
pulmões, intestinos

• É importante aprender primeiramente aprender os sons normais criados pelo


sistema cardiovascular, respiratório e gastrintestinal.

• Os sons anormais podem ser reconhecidos apenas depois de aprendidas as


variações normais.
• Para auscultar corretamente é necessário uma boa audição e um bom estetoscópio
(que deve ser colocado na pele sem roupas, pois o tecido abafa os sons).
METODOS PROPEDÊUTICOS
SONS PULMONARES:

Som pulmonar normal


Murmurios vesiculares

Ruídos adventícios:
Sibilos:
Roncos:
Crepitação:
METODOS PROPEDÊUTICOS
SONS CARDÍACOS

Som normal do coração

BCNF 2T s/ sopro

Sons anormais

Terceira bulha – sopro


Quarta bulha – galope
EXAME FÍSICO GERAL
• O exame físico geral constitui-se como importante ferramenta ao
raciocínio clínico e a sua realização estreita a relação entre o
profissional de saúde e o paciente/cliente.

• É fundamental que se realize de maneira completa, minuciosa e se peça


permissão ao paciente para examiná-lo, fornecendo informações do
porquê e como será realizada cada etapa do exame.
EXAME FÍSICO GERAL
• O exame físico pode ser dividido em:
• Parâmetros qualitativos (subjetivos)
• Parâmetros quantitativos (objetivos).

• Desta forma, a experiência, tanto para adquirir um padrão de


normalidade como para obter maior precisão da técnica, será um fator
que tornará o exame mais preciso.
EXAME FÍSICO GERAL
PARÂMETROS QUALITATIVOS

• Estado geral do paciente - bom, regular e mau (BEG, REG, MEG)


levando-se em conta o contexto (ambulatório ou enfermaria, por
exemplo).

• Ex: um paciente que conversa normalmente sem sinais de doença


grave, encontra-se em BEG.
• Ex: um paciente com alguma alteração de normalidade pode ser
classificado em REG
• Ex: um paciente com doença debilitante, por exemplo, que não
consiga nem se sentar, encontra-se em MEG.
EXAME FÍSICO GERAL
PARÂMETROS QUALITATIVOS

• Avaliar a coloração da pele


• Corado (normocorado)
• Pálido (hipocorado)
• Hiperemia (hipercorado)
• Anictérico
• Icterico (+/++++)
• Acianotico
• Cianotico (+/++++)
EXAME FÍSICO GERAL
EXAME FÍSICO GERAL
PARÂMETROS QUALITATIVOS

• Hidratação da pele
• Desidratado ( +/++++)
• Edema (+/++++)
• Anasarca (+/++++)
EXAME FÍSICO GERAL

Sinal de Godett ou Caçifo


EXAME FÍSICO GERAL
PARÂMETROS QUANTITATIVOS

 Os parâmetros quantitativos incluem:

 Pulso (P)
 Frequencia cardíaca (FC)
 Frequência respiratória (FR)
 Pressão arterial (PA)
 Temperatura
 Peso
 Altura
EXAME FÍSICO GERAL
PARÂMETROS QUANTITATIVOS

 Os parâmetros quantitativos incluem:

 Pulso (P)
 Frequencia cardíaca (FC)
 Frequência respiratória (FR)
 Pressão arterial (PA)
 Temperatura
 Peso e Altura – IMC
Parâmetros Quantitativos
Parâmetros Quantitativos
MÉTODO DE VERIFICAÇÃO DO PESO
• Forrar a balança com papel toalha;
• Regular ou tarar a balança;
• Solicitar ao paciente que use roupas leves;
• Auxiliar o paciente a subir na balança, sem calçados, colocando-o no centro da
mesma, com os pés unidos e os braços soltos ao lado do corpo;
• Mover o indicador de quilos até a marca do peso aproximado do paciente;
• Mover o indicador de gramas até equilibrar o fiel da balança;
• Ler e anotar o peso indicado na escala;
• Auxiliar o paciente a descer da balança;
• Colocar os mostradores em zero e travar a balança.
MÉTODO DE VERIFICAÇÃO DA ESTATURA
• Colocar o paciente de costas para a escala de medida;
• Suspender a escala métrica, fazendo com que a haste repouse sobre a cabeça
do paciente;
• Manter o paciente em posição ereta, com a cabeça em posição anatômica com
os pés unidos;
• Travar a haste;
• Auxiliar o paciente a descer da balança;
• Realizar a leitura e anotar;
• Destravar e descer a haste.

Observação: Para verificação de peso e estatura de crianças existem balança e


régua apropriada, onde a criança permanece deitada.
Dúvidas?

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