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SUMÁRIO

SONDA NASOGÁSTRICA (LEVINE) .......................................................................... 7


Materiais: ................................................................................................................... 8
Procedimento ............................................................................................................. 8
SONDA NASOENTÉRICA ............................................................................................ 9
Materiais: ................................................................................................................. 10
Procedimento ........................................................................................................... 11
SONDA DE MOSS ........................................................................................................ 12
SONDA DE SENGSTAKEN – BLAKEMORE ............................................................ 12
SONDA RETAL ............................................................................................................ 13
GASTROSTOMIA......................................................................................................... 13
CATETERISMO VESICAL .......................................................................................... 14
Indicação ................................................................................................................. 16
Materiais .................................................................................................................. 17
Materiais: ................................................................................................................. 17
Procedimento ........................................................................................................... 18
Materiais .................................................................................................................. 19
Procedimento ........................................................................................................... 19
CUIDADOS NA MANUTENÇÃO DA SONDAGEM VESICAL ............................... 19
PROCEDIMENTOS NA SONDAGEM DE ALÍVIO FEMININA .............................. 20
PROCEDIMENTO NA SONDAGEM DE DEMORA FEMININA ............................. 21
PROCEDIMENTO NO CATETERISMO MASCULINO ............................................ 21
SONDA DE MALECOT ............................................................................................... 22
DRENOS ........................................................................................................................ 23
SONDA TRAQUEAL COMUM (NELATON) E COM VÁLVULA DE PRESSÃO
NEGATIVA ................................................................................................................... 25
CATETER DE OXIGÊNIO TIPO SONDA .................................................................. 26
CATETER DE OXIGÊNIO TIPO ÓCULOS ................................................................ 26
DRENAGEM TORÁCICA (PLEURAL OU MEDIASTINAL) ................................... 27
Descrição ................................................................................................................. 27
O SISTEMA DE ASPIRAÇÃO CONTÍNUA ............................................................... 31
PREVENINDO INFECÇÕES E CAUTELAS NA UTILIZAÇÃO DE PRODUTOS
PARA ANTISSEPSIA ................................................................................................... 36
CUIDADOS ESPECIAIS COM PACIENTES IDOSOS .............................................. 38
OS CUIDADOS NA ADMINISTRAÇÃO DA DIETA POR OSTOMIAS SÃO OS
MESMOS DO USO DE SONDAS NASOGÁSTRICAS/NASOENTÉRICAS ............ 40
CUIDADOS ESPECIAIS COM CATETERES DURANTE PROCEDIMENTOS ...... 52
3- Alterações na superfície da pele .............................................................................. 58
4- Estado catabólico alterado na doença crônica ......................................................... 58
5- Veias com escleroses graves ................................................................................... 58
7- Paciente obeso ......................................................................................................... 58
8- Insuficiência renal ................................................................................................... 59
9- Paciente edematoso ................................................................................................. 59
10- Inserção de cateter venosos periférico na emergência ......................................... 59
Pós-procedimento .................................................................................................... 72
CUIDADOS DE ENFERMAGEM COM CATETERES EPIDURAIS PARA
CONTROLE DA DOR .................................................................................................. 76
CUIDADOS DE ENFERMAGEM E MANEJO DE EFEITOS ADVERSOS .............. 79
AVALIAÇÃO DA EFICÁCIA DA ANALGESIA ....................................................... 80
AVALIAÇÃO E MANEJO DE EFEITOS ADVERSOS .............................................. 80
AVALIAÇÃO PARA POSSÍVEIS COMPLICAÇÕES DA PRESENÇA DO CATETER
PERIDURAL ................................................................................................................. 82
CUIDADOS COM CATETER PERIDURAL ............................................................... 83
ORIENTAÇÕES AOS PACIENTES E FAMÍLIA........................................................ 84
REGISTROS DE ENFERMAGEM ............................................................................... 84
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SONDAS E DRENOS

Sondagem é processo de inserção de sondas para acesso aos diversos órgãos, seja
pela utilização dos orifícios naturais do organismo ou por meio da abertura da pele.
A realização de sondagens pode ser indicada para:

➢ Extrair líquidos retidos ou ingeridos acidentalmente em órgãos que


possuem atividade de reserva e eliminação, mas que por razões variadas apresentam
algum distúrbio no desempenho desta função. Um exemplo dessa aplicação é a realização
de sondagem gástrica para esvaziamento do estômago quando ocorre ingestão acidental
de substâncias tóxicas ou venenos.
➢ Extrair líquidos ou materiais para realização de exames ou em
procedimentos diagnósticos e cirurgias. Um exemplo deste tipo de aplicação é a
sondagem para coleta de material para realização de cultura e pesquisa de infecções.
➢ Introduzir substâncias, tanto destinadas a procedimentos diagnósticos,
como alimentos ou, ainda, antagonistas de agentes tóxicos ingeridos acidentalmente. Um
exemplo desse tipo de aplicação é a alimentação por meio de sonda.

As sondas são tubos confeccionados em materiais derivados do látex (borracha),


PVC ou silicone, que devem ser atóxicos, semirrígidos, de superfície lisa e terem baixo
poder aderente às secreções e flexibilidade adequada; são de secção cilíndrica e
comprimentos variáveis para atingir órgãos em várias profundidades, sendo disponíveis
em tamanhos para neonatos, crianças e adultos.
Os tamanhos padronizados dos diâmetros externos dos cateteres, sondas e da
maioria dos instrumentos endoscópicos são fornecidos de acordo com a escala francesa
de Charriére (unidades de 0,33 mm = 1 French [F] ou 1 Charriére [Charr]). Assim, 3F é
igual a 1 mm de diâmetro.
No Brasil, existem normas e padrões para a confecção destes materiais, para que
possam ser seguros para utilização nos seres humanos, e cabe à enfermagem verificar
todas as especificações do material quanto à:
➢ Procedência: só devem ser utilizados materiais fornecidos por fabricantes
que apresentem registros nos órgãos competentes e estejam dentro dos padrões de
qualidade exigidos;
➢ Esterilidade: devem ser observados os prazos de validade, condição das
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embalagens e armazenamento e o manuseio deve ser feito de forma a manter tais


condições;
➢ Atoxicidade: devem ser observadas especificações quanto à isenção de
toxicidade e potencial de provocar hipersensibilidade;
➢ Uso único, não reaproveitável de acordo com as normas vigentes.

Atenção – Alergia ao látex: muitas sondas e drenos, assim como as luvas de


borracha utilizadas nos procedimentos, podem ser confeccionados com derivados do
látex, aos quais muitas pessoas, tanto profissionais, como pacientes, podem ser alérgicos.
Por isso, é muito importante que seja feita uma investigação sobre a alergia ao
látex, para que se faça substituição destes materiais por outros isentos de látex em sua
composição.

SONDAS VESICAIS, DE BORRACHA, COM DUAS E TRÊS VIAS

http://www.geocities.ws/xiturmamed/aulas/Imagem1.jpg
COMPETÊNCIAS NECESSÁRIAS E RESPONSABILIDADES
TÉCNICAS E LEGAIS DA ENFERMAGEM NOS CUIDADOS A PESSOAS COM
SONDAS, DRENOS E CATETERES

ASPECTOS TÉCNICOS E PROTOCOLOS DE ENFERMAGEM

Sondagem gastrointestinal

As sondas são usadas em diversos contextos para possibilitar a retirada de líquido


de uma das cavidades corporais e instilar líquido ou soluções de nutrientes.
As sondas gastrointestinais podem ser:
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- Nasogástrica;
- Orogástrica.

• Indicações: descompressão do estômago e intestino


delgado, administração de medicações, administração de nutrição enteral e
lavagem gástrica.

http://www.silmagbrasil.com.br/imagens/A passagem de sonda gastrointestinal é


a inserção de uma sonda plástica ou de borracha, flexível, podendo ser curta ou longa,
pela boca (orofaríngea) ou nariz (nasofaríngea), com a finalidade de:
- Descomprimir o estômago e remover gases e líquidos;
- Diagnosticar a motilidade intestinal;
- Administrar medicamentos e alimentos;
- Tratar uma obstrução ou um local com sangramento;
- Obter conteúdo gástrico para análise.

São condições ou necessidades que requerem utilização de sonda:


- Preparação pré-operatória com dieta elementar;
- Problemas gastrointestinais com dieta elementar;
- Terapia para o câncer;
- Cuidado na convalescença;
- Coma, semiconsciência*;
- Condições hipermetabólicas;
- Alcoolismo, depressão crônica, anorexia nervosa*;
- Debilidade*;
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- Cirurgia maxilofacial ou cervical;


- Paralisia orofaríngea ou esofagiana*;
- Retardo mental*.

(*) Devido à possibilidade de regurgitação ou eliminação de vômito, aspirando à


fórmula administrada. Assim sendo, cada caso deve ser considerado individualmente.

SONDA NASOGÁSTRICA (LEVINE)

É uma das mais usadas, existindo no mercado tanto tubos de plástico como de
borracha com orifícios laterais próximos à ponta, são passadas normalmente pelas
narinas.
Apresenta uma única luz. A sonda é usada para remover líquidos e gases do trato
gastrointestinal superior, obter uma amostra do conteúdo gástrico para estudos
laboratoriais e administrar alimentos e medicamentos diretamente no trato
gastrointestinal.

http://www.geocities.ws/xiturmamed/aulas/Imagem4.jpg

A acomodação da sonda deve ser checada depois de colocada aspirando-se o


conteúdo gástrico e checando-se o pH do material retirado. O pH do aspirado gástrico é
ácido (+-3); o pH do aspirado intestinal (+-6,5), e o pH do aspirado respiratório é mais
alcalino (7 ou mais). Uma radiografia é o único meio seguro de se verificar a posição da
sonda.

TÉCNICA USADA PARA COLOCAÇÃO DA SONDA NASOGÁSTRICA

- Lavar as mãos;
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- Explicar o procedimento ao paciente;


- Selecionar a sonda adequada, e reunir todo o material necessário.

• Materiais:
- Sonda gástrica LEVINE (mulher 14 a 16, homem 16 a 18);
- Seringa de 20 ml;
- Copo com água;
- Gaze;
- Benzina;
- Toalha de rosto;
- Xilocaína gel;
- Fita adesiva;
- Estetoscópio;
- Biombo, se necessário;
- Luvas de procedimento;
- Sacos para lixo.

Realizar as demarcações dos pontos de orientação para inserção:


- Marcar com fita adesiva 50 cm na sonda nasogástrica, a partir da
extremidade distal, denominando um primeiro ponto;
- A extremidade distal da sonda é colocada na ponta do nariz e estendida até o
trago (ponta da orelha) e a seguir estende-se a sonda novamente até o ponto do apêndice
xifoide, marcando o segundo ponto com fita adesiva;
- Para localizar na sonda o ponto máximo de introdução, que aqui chamamos
de terceiro ponto, devemos encontrar o meio do caminho entre o primeiro e segundo
ponto, garantindo uma colocação ótima no estômago.

• Procedimento
- Elevar a cabeceira da cama (posição Fowler – 45º) com a cabeceira inclinada
para frente ou decúbito dorsal horizontal com cabeça lateralizada;
- Apoiar e orientar o paciente durante todo o procedimento;
- Proteger o tórax com uma toalha e limpar as narinas com gaze;
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- Limpar o nariz e a testa para retirar a oleosidade da pele e facilitar a


fixação;
- Conferir as marcações da sonda;
- Calçar luvas;
- Lubrificar a sonda com xilocaína;
- Introduzir a sonda através da narina escolhida, progredindo lentamente,
solicitando que o paciente faça movimentos de deglutição, até atingir o terceiro ponto
marcado previamente;
- Observar sinais de cianose, dispneia e tosse.

Para verificar se a sonda está no local:


➢ Injetar 20 ml de ar na sonda e auscultar com estetoscópio, na base do
apêndice xifoide, para ouvir ruídos hidroaéreos;
➢ Ver fluxo de suco gástrico aspirando com a seringa de 20 ml;
➢ Colocar a ponta da sonda no copo com água e verificar se há borbulhamento,
caso sim, a sonda está na traqueia e deve ser retirada;
➢ Fixar a sonda utilizando fita apropriada que será fixada próxima à narina e
fixada no dorso do nariz e na fronte do paciente;
➢ Toda vez que a sonda for aberta, para algum procedimento, dobrá-la para
evitar a entrada de ar;
➢ Fechá-la ou conectá-la ao coletor.

A sonda nasogástrica aberta tem a finalidade de drenagem e a fechada tem a


finalidade de alimentação.

SONDA NASOENTÉRICA

- Doobhoff: alimentação;
- Cantor e Gowan: desobstrução intestinal (intestinais longas).

• Indicações: administração de nutrição enteral, administração de


medicações e descompressão do intestino delgado.
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As sondas de alimentação são de poliuretano ou borracha de silicone, possuem


diâmetros pequenos, ponta de tungstênio e algumas tem lubrificantes ativados pela água.
Deve ser feito controle de raio x após a passagem da sonda.
A sonda nasoentérica, ou sonda longa, é introduzida através do nariz e passada
pelo esôfago e estômago até o trato intestinal. As sondas nasoentéricas podem ser usadas
tanto para alimentação quanto para aspiração e descompressão.

http://www.medicinageriatrica.com.br/wp

A sucção é necessária pelas seguintes razões:


- Evacuar líquidos e flatos, de forma a evitar vômito e reduzir a tensão ao longo
da linha de incisão;
- Reduzir edema, que pode causar obstrução;
- Aumentar o fluxo sanguíneo para a linha de sutura, dessa forma, fornecendo
nutrição ao local cirúrgico.

• Materiais:
- Sonda enteral Doobbhoff, com fio guia (mandril);
- Seringa de 20 ml;
- Copo com água;
- Gaze;
- Benzina;
- Toalha de rosto;
- Xilocaína gel;
- Fita adesiva;
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- Estetoscópio;
- Biombo, se necessário;
- Luvas de procedimento;
- Sacos para lixo.

• Procedimento
- Elevar a cabeceira da cama (posição Fowler – 45º) com a cabeceira inclinada
para frente ou decúbito dorsal horizontal com cabeça lateralizada;
- Proteger o tórax com a toalha e limpar as narinas com gaze;
- Limpar o nariz e a testa para retirar a oleosidade da pele;
- Medir a sonda do lóbulo da orelha até a ponta do nariz e até a base do
apêndice (acrescentar mais 10 cm);
- Marcar com adesivo;
- Calçar luvas;
- Injetar água dentro da sonda (com mandril);
- Mergulhar a ponta da sonda em copo com água para lubrificar;
- Introduzir a sonda em uma das narinas pedindo ao paciente que degluta,
introduzir até a marca do adesivo;
- Retirar o fio guia após a passagem correta;
- Aguardar a migração da sonda para duodeno antes de administrar
alimentação (até 24 horas) confirmada pelo raio x;
- Observar sinais de cianose, dispneia e tosse.

Para verificar se a sonda está no local:


- Injetar 20 ml de ar na sonda e auscultar com estetoscópio na base do apêndice
xifoide, para ouvir ruídos hidroaéreos;
- Colocar a ponta da sonda no copo com água e verificar se há borbulhamento,
caso sim, a sonda está na traqueia e deve ser retirada;
- Toda vez que a sonda for aberta, para algum procedimento, dobrá-la para
evitar a entrada de ar;
- Fechá-la ou conectá-la ao coletor;
- Fixar a sonda não tracionando a narina;
- Colocar o paciente em decúbito lateral direito para que a passagem da sonda
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até o duodeno seja facilitada pela peristalse gástrica.


➢ As sondas podem permanecer por um tempo até que a peristalse retorne.
➢ Somente estará aberta se estiver infundido.
➢ Somente usada para alimentação.

ONDA DE MOSS

A sonda de Moss é uma sonda utilizada para descompressão gástrica com


aproximadamente 90 cm de comprimento, três luzes e somente um balão que fixa a sonda
ao estômago quando inflado. Este cateter de descompressão serve tanto para aspiração
gástrica como para aspiração esofagiana e também para lavagem. Sua terceira luz é uma
via utilizada para alimentação duodenal.

SONDA DE SENGSTAKEN – BLAKEMORE

É indicada em casos em que o paciente apresenta hemorragia de varizes


esofageanas, hemorragias de fundo varicoso, combinação de hemorragias de varizes do
esôfago e do fundo varicoso.
O paciente deve estar na posição vertical, enrolar os balões à volta do cabo do
tubo, introduzir a sonda pelas vias nasais, inserindo-a ao longo da zona nasal. O paciente
deve auxiliar engolindo e respirando fundo.
Inserir a sonda a um comprimento de aproximadamente 50 cm, encher o balão
gástrico com a quantidade de ar previamente determinada e depois fechar o funil do lúmen
de enchimento.
Retirar o tubo até que o balão gástrico se ajuste corretamente à cárdia (a posição
correta é indicada pela resistência ressaltada quando é efetuado um ligeiro puxão).
Realizar a fixação da sonda assim que estiver corretamente posicionado.
Caso houver simultaneamente uma hemorragia do fundo varicoso, a sonda deverá
ser fixada com a aplicação de tensão moderada. Encher o balão para esôfago até que este
atinja uma pressão ideal (30-40 mmHg), verificando a pressão do balão interno para
garantir uma estabilidade no decorrer do tratamento, iniciando o processo de sucção e
irrigação.
Se após 12 horas não ocorrer hemorragia, esvaziar o balão, para evitar danos na
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mucosa causados pela pressão, e retirar a sonda cuidadosamente.

http://img.medscape.com/pi/emed/ckb/clinical_

SONDA RETAL

Indicada para aliviar a tensão provocada por gazes e líquidos no intestino grosso,
para retirada de conteúdo fecal por meio do reto. Possui um orifício lateral e um orifício
frontal (extremidade aberta). A abertura frontal dará um melhor resultado na sucção do
material sólido, trabalho que o orifício lateral responderia com eficiência, mas não com
eficácia.

GASTROSTOMIA
• Indicação
- Abertura de acesso para drenagem do estômago, administração de medicações e
administração de nutrição enteral.
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JEJUNOSTOMIA

• Indicação
• Administração de medicações ou administração de nutrição enteral.

CATETERISMO VESICAL

É a introdução de um cateter estéril através da uretra até a bexiga, com o objetivo


de drenar a urina. Deve-se utilizar técnica asséptica no procedimento a fim de evitar uma
infecção urinária no paciente.
São suas finalidades:
➢ Esvaziar a bexiga dos pacientes com retenção urinária;
➢ Controlar o volume urinário;
➢ Preparar para as cirurgias, principalmente as abdominais;
➢ Promover drenagem urinária em pacientes com incontinência urinária;
➢ Auxiliar no diagnóstico das lesões traumáticas do trato urinário.

No entanto, nos casos de incontinência urinária, a sondagem vesical só é


aconselhada em casos especiais, preferindo-se usar absorventes, calças plásticas ou o
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dispositivo de incontinência urinária, denominado URIPEN, utilizado somente por


homens.
O URIPEN é um tipo de preservativo adaptado externamente ao pênis, ligado a
uma extensão e este ao coletor de urina. E ainda, nos casos de retenção urinária, quando
as medidas para estimular a micção forem ineficazes.

http://www.gibaaluguel.com.br/site/admin/galeria/101/uripen.jpg>.

Devemos verificar se é um caso de retenção urinária ou anúria. Se houver


hipertensão dolorosa da bexiga é retenção urinária, podendo optar por medidas tais como:
abrir torneira próximo ao paciente, despejar água morna na região perineal ou ainda,
colocar bolsa de água quente na região abdominal.
A presença de sonda vesical no paciente significa possibilidade de infecção
hospitalar, com risco de bacteriúria de até 5% por dia de sondagem. Assim sendo, a
indicação da sonda vesical deve ser feita apenas na impossibilidade dos métodos
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alternativos, revisando regularmente a necessidade de manutenção da cateterização,


removendo-a logo que possível.

CATETERES URINÁRIOS

Suprapúbico

http://www.ecomed.com/imagens/produtos

Sonda Foley

• Indicação
- Para medida precisa do débito urinário, para o alívio de retenções urinárias e
para irrigação vesical.

• Luz Tríplice ou três vias: uma das vias para insuflar o cuff, uma para
drenagem urinária e uma via para infundir líquidos. Muito utilizada para irrigação no
período pós-operatório.

Para Mulher: tamanho 14 a 16;


Para Homem: tamanho16 a 18.
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Sonda vesical de alívio

Esta sonda não possui cuff e é utilizada para drenagem do conteúdo urinário sem
a necessidade de permanência do dispositivo após o completo esvaziamento vesical.

• Materiais
Pacote ou kit para cateterismo vesical com:

• Campo estéril;
• Cuba redonda ou cúpula;
• Cinco bolas de algodão ou gaze;
• Pinça Pean;
• Cuba rim;
• Sonda vesical ou Nelaton;
• PVPI tópico;
• Luva estéril;
• Saco para lixo;
• Recipiente para coleta de urina;
• Recipiente estéril para coleta de amostra de urina;
• Seringa 20 ml;
• Biombo, se necessário.

Sonda vesical de demora

Utilizada para drenagem do conteúdo urinário, porém a sonda permanece no


interior da bexiga do paciente. Possui um cuff para possibilitar a fixação da sonda e
impedir o extravasamento de urina ao redor do cateter.

• Materiais:
✓ Gaze estéril;
✓ Seringa de 20 ml ou 10 ml;
✓ Agulha de 40x20;
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✓ Ampola de água destilada 10 ml;


✓ Xilocaína gel lacrada;
✓ Coletor de urina estéril (sistema fechado);
✓ Micropore;
✓ Comadre;
✓ Sonda Foley;
✓ Se o paciente for homem utilizar uma seringa de 20 ml a mais.

• Procedimento
✓ Colocar o paciente em posição (mulher: ginecológica; homem:
pernas estendidas);
✓ Biombo e foco de luz, se necessários;
✓ Lavar as mãos;
✓ Abrir o coletor e fixá-lo na cama, colocar a ponta da conexão sobre
o campo fixando-o com adesivo;
✓ Abrir o pacote de sondagem (cateterismo vesical) sobre o leito, no
sentido diagonal, colocando uma das pontas sob a região glútea;
✓ Colocar PVPI na cuba redonda, que contém as bolas de algodão;
✓ Abrir a sonda e o resto do material sobre o campo (gaze, agulha,
seringa);
✓ Colocar xilocaína na gaze;
✓ Abrir a ampola de água;
✓ Calçar as luvas;
✓ Testar o cuff da sonda (fazer o balão inflar);
✓ Aspirar 10 ml de água destilada sem tocar na ampola;
✓ Lubrificar cinco cm da sonda;
- Homem: preparar seringa com 10 ml de xilocaína;
- Conectar a sonda ao coletor;
- Fazer a antissepsia:
- Mulher: duas bolas de algodão entre a vulva e os grandes lábios, duas bolas
de algodão entre os pequenos lábios, uma bola de algodão no meato urinário;
- Homem: afastar o prepúcio e expor a glande, fazer antissepsia em
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movimentos circular ou, do meato em direção a glande, elevar o pênis


perpendicularmente ao corpo do paciente, injetar 10 ml de xilocaína no meato;
- Fazer o controle da irrigação.

http://3.bp.blogspot.com/_y84NMtqsBSw/S1Zq_vd

Retirada de sonda

• Materiais
o Saco de lixo;
o Luva de procedimento;
o Seringa.

• Procedimento
✓ Verificar a bolsa coletora (volume, cor, aspecto da urina);
✓ Calçar luvas de procedimento;
✓ Aspirar à água destilada do cuff (mesmo volume que foi colocado);
✓ Retirar a sonda;
✓ Desprezar no lixo.

CUIDADOS NA MANUTENÇÃO DA SONDAGEM VESICAL


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O risco de infecção relacionada à cateterização reduz de 97% para até 8% quando


empregamos sistemas fechados de drenagem. Deve-se evitar a abertura deste sistema e,
quando for manipulado, devem-se lavar as mãos e utilizar luvas de procedimento.
A sonda deve ser trocada apenas quando necessário, não existindo vantagens na
sua troca periódica.
O refluxo da urina é associado com infecção, por isso o saco coletor deve ser
adequadamente posicionado, abaixo do nível da bexiga do paciente, evitando seu contato
com o chão, devendo ser frequentemente esvaziado para manter o fluxo urinário.

PROCEDIMENTOS NA SONDAGEM DE ALÍVIO FEMININA

➢ Primeiramente, devemos explicar à paciente o que será feito e, após, reunir


o material;
➢ Pacote de cateterismo vesical esterilizado contendo: cuba rim, cuba
redonda, bolas de algodão e pinça pean ou similar;
➢ Sonda Uretral Vesical (Nelaton nº 8 a 12) ou sonda Uretral. (nº 10 a 14);
➢ Luvas estéreis e frasco com PVP-I tópico;
➢ Tubo de ensaio para coletar amostra se necessário;
➢ Cercar a cama com biombo;
➢ Encaminhar a paciente para higiene íntima ou fazê-la, se necessário;
➢ Colocar a paciente em posição ginecológica, protegendo-a com um
lençol;
➢ Abrir com técnica asséptica o pacote de cateterismo sobre a cama entre
as pernas da paciente;
➢ Colocar na cuba redonda o antisséptico e o lubrificante na gaze;
➢ Abrir o invólucro da sonda vesical, colocando-a na cuba rim;
➢ Colocar a luva com técnica asséptica;
➢ Afastar os pequenos lábios com o polegar e o indicador da mão esquerda, e
com a mão direita fazer antissepsia no períneo com as bolas de algodão embebidas na
solução antisséptica, usando a pinça pean. A antissepsia deverá ser no sentido púbis -
ânus; na sequência: grandes lábios, pequenos lábios, vestíbulo; usar a bola de algodão
uma vez e desprezá-la;
➢ Afastar com a mão direita a cuba redonda e a pinça;
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➢ Continuar a manter, com a mão esquerda, exposto o vestíbulo e, com a mão


direita, introduzir a sonda (a mais ou menos 10 cm ou até ocorrer retorno da urina),
colocando a outra extremidade na cuba rim para receber a urina drenada;
➢ Retirar a sonda (quando terminar a drenagem urinária);
➢ Controlar o volume urinário, colher amostra da urina, guardá-la para o
controle de diurese, ou ainda, desprezá-la;
➢ Fazer as devidas anotações no prontuário da paciente.

PROCEDIMENTO NA SONDAGEM DE DEMORA FEMININA

➢ Reunir o material: idêntico ao de alívio, substituindo a sonda de polivinil


pela sonda de demora (Foley nº 08 a 24), acrescentando seringa de 10 ml, ampola de água
destilada de 10 ml, adesivo para fixação, bolsa coletora de sistema fechado.
➢ Repetir a técnica da sondagem vesical de alívio.
➢ Após a passagem da sonda, insuflar o balãozinho com soro fisiológico, por
meio da válvula existente na extremidade da sonda e puxá-la até sentir a ancoragem do
balão no trígono vesical.
➢ Conectar a sonda na extensão do coletor e prendê-lo na grade da cama.
➢ Retirar as luvas.
➢ Fixar a sonda com uma tira de esparadrapo na coxa da paciente saindo por
cima da mesma.
➢ Acoplar o coletor de sistema fechado à extremidade da sonda, fixando-o ao
leito sem exercer tração. Manter o sistema aberto, fazendo o controle da diurese conforme
prescrito. Deverão ser observados e anotados: o volume, aspecto, coloração, odor e
presença de elementos como sangue.

PROCEDIMENTO NO CATETERISMO MASCULINO

Repetir a técnica do cateterismo feminino com as seguintes diferenças:


➢ Colocar o paciente em decúbito dorsal e com as pernas afastadas.
➢ Enluvar as mãos, colocar 8 ml de geleia anestésica na seringa com auxílio
de outra pessoa; segurar o pênis com uma gaze (mão esquerda), mantendo- o
perpendicular ao abdome.
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➢ Fazer a antissepsia afastando o prepúcio com o polegar e o indicador da mão


esquerda, e, com a pinça montada, fazer a antissepsia do meato uretral para a periferia.
➢ Injetar a geleia anestésica na uretra com a seringa esterilizada, pressionar a
glande por 2 a 3 minutos, a fim de evitar refluxo da geleia; introduzir a sonda até a sua
extremidade (18-20 cm) com movimentos para baixo, com o pênis elevado
perpendicularmente e baixar o pênis lentamente para facilitar a passagem na uretra bulbar.
➢ Recobrir a glande com o prepúcio, a fim de evitar edema da glande.
➢ Fixar a sonda na coxa ou na região hipogástrica (profilaxia de fístulas
uretrais).

<http://www.sistemanervoso.com/images/temas/som_03.jpg>.

SONDA DE MALECOT

Utilizada em procedimentos que proporcionam acesso direto ao estômago para


alimentação integral prolongada, suporte medicamentoso e descompressão gástrica,
podendo ser temporária ou permanente.
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http://www.geocities.ws/xiturmamed/aulas/Imagem10.jpg>.

DRENOS

São usados em diversos contextos para possibilitar o escapamento de líquido de


uma cavidade corporal específica. As indicações para colocação de controle de drenos
são específicas de cada tipo de dreno.
Podem ser classificados em:

- Dreno aberto, ex.: penrose;


- Dreno de sucção fechada;
- Dreno de reservatório;
- Cateteres para drenagem de abscesso.

DRENO DE PENROSE

É um dreno de borracha, tipo látex, utilizado em cirurgias que implicam em


possível acúmulo local de líquidos infectados, ou não, no período pós-operatório. Seu
orifício de passagem deve ser amplo e ser posicionado à menor distância da loja a ser
drenada, não utilizando o dreno por meio da incisão cirúrgica e, sim, por meio de uma
contraincisão.
Para evitar depósitos de fibrina que possam obstruir seu lúmen, o dreno de penrose
deve ser observado e mobilizado a cada 12 horas, ou seja, tracionado em cada curativo
(exceto quando contraindicado), cortado seu excesso e recolocado o alfinete de segurança
estéril, usando luva esterilizada. O orifício de saída deve ser ocluído com gaze estéril,
devendo este curativo ser substituído sempre que necessário.

DRENO DE SUCÇÃO (PORTOVAC)

É composto por um sistema fechado de drenagem pós-operatória, de polietileno,


com resistência projetada para uma sucção contínua e suave.
Possui uma bomba de aspiração com capacidade de 500 ml, com um cordão de
24

fixação, uma extensão intermediária em PVC com pinça corta-fluxo e um conector de


duas ou três vias, e um cateter de drenagem com agulha de aço cirúrgico (3,2 mm, 4,8
mm ou 6,4 mm) utilizada para perfurar o local de passagem do dreno.
É usado para drenagem de líquido seroso ou sanguinolento, de locais de dissecção
ou da área de anastomoses intraperitoneais. Seu objetivo é facilitar a coaptação dos
tecidos adjacentes e impedir o acúmulo de soro e a formação de hematoma. Uma das
principais complicações são a erosão do dreno em órgãos ou vasos circunvizinhos e a
ruptura do cateter ao ser retirado.

http://www.medicalbrasil.com.br

DRENO DE ABRAMSOM

São tubos de grande calibre e luz múltipla e têm as seguintes finalidades:


- Irrigação e aspiração contínua;
- Usado mais comumente para drenar espaços intra-abdominais que se espera
drenar grande volume de líquido.
25

DRENO DE KERR

É introduzido nas vias biliares extra-hepáticas, sendo utilizado para drenagem


externa, descompressão, ou ainda, após anastomose biliar, como prótese modeladora,
devendo ser fixado por meio de pontos na parede duodenal lateral ao dreno, tanto quanto
na pele, impedindo sua saída espontânea.

SONDA TRAQUEAL COMUM (NELATON) E COM VÁLVULA DE


PRESSÃO NEGATIVA

Usada para aspiração de secreções mais profundas nos pulmões. É indicada a


pacientes impossibilitados de eliminar as secreções e pacientes intubados e
traqueostomizados. A sucção é realizada por um equipamento apropriado. Se em vez de
conector tivermos a válvula, o próprio operador da sonda tem condição de interromper
ou diminuir o fluxo de sucção sem mexer diretamente no equipamento ou estrangulando
o tubo.
A sonda para aspiração traqueal tem dois orifícios laterais e um orifício frontal
(extremidade aberta), feita para aspirar, de regra, muco da região da traqueia; tem os
orifícios laterais unidos ao frontal que tratarão de dar o devido parâmetro de limpeza à
região. Não temos quatro orifícios laterais porque já que a sucção é realizada por aparelho
mecânico geralmente (aspirador cirúrgico), o excesso de sucção devido o número de
orifícios pode vir a colapsar a traqueia causando lesão aos tecidos no local (colapso =
estado anormal em que as paredes de um órgão, normalmente afastadas, entram em
contato).
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http://catalogohospitalar.com.br/sonda-aspiracao-traqueal-06- cvalvula.html

CATETER DE OXIGÊNIO TIPO SONDA

É indicado para aplicação de oxigênio por cateter nasal, para auxiliar na respiração
do paciente, possuindo quatro orifícios laterais evitando, desta forma, um excesso de
oxigênio que em região de mucosa causa lesão com consequente necrose de células.

https://cirurgicasaopaulo.websiteseguro.com/images/10941.jpeg

CATETER DE OXIGÊNIO TIPO ÓCULOS

É utilizado para inalação de oxigênio em pacientes com transtornos de respiração


ou com distúrbios no transporte de oxigênio. Seu material contém um tubo em Cloreto de
27

Polivinila (PVC) atóxico, flexível, podendo ser transparente e na cor verde; saída para as
narinas em PVC macio e atóxica. Há um conector universal de fácil adaptação na face do
paciente, embalado individualmente e esterilizado em óxido de etileno.

http://www.oxigenio.com/media/catalog/product/cache/1/image/154e596b9ae81
f008eff8a1a476a885

http://catalogohospitalar.com.br

DRENAGEM TORÁCICA (PLEURAL OU MEDIASTINAL)

• Indicação
Os sistemas coletores de drenagem pleural ou mediastinal (SCDPM) são
empregados em cirurgias torácicas ou cardíacas e destinam-se à evacuação de conteúdo
líquido e/ou gasoso da cavidade torácica (derrames pleurais ou pericárdicos, empiema,
sangue, pneumotórax, etc.).

• Descrição
Os SCDPM utilizam o princípio da sifonagem para manter em equilíbrio a pressão
28

intrapleural ou intrapericárdica, que é negativa em relação à atmosférica, evitando a


entrada de ar na cavidade torácica (pneumotórax aberto).
Os sistemas de frasco coletor único são os mais comumente empregados, devido
ao seu baixo custo e fácil manuseio.

http://4.bp.blogspot.com/_lpgM-

PREPARO DO FRASCO COLETOR

Verificar a capacidade do frasco coletor escolhido e colocar solução fisiológica


ou água destilada estéril no frasco coletor, de modo a atingir a marca do nível líquido
29

mínimo obrigatório, conforme a capacidade do reservatório.

PREPARO DO SISTEMA COLETOR

A tampa do SCDPM deve ser rosqueada ao frasco coletor de modo correto e firme.
Somente o correto rosqueamento possibilitará a vedação adequada quando for necessária
a aspiração contínua.

PREPARO DO MULTICONECTOR CÔNICO

O multiconector cônico permite a conexão da mangueira do SCDPM com drenos


torácicos de diversos diâmetros.
Entretanto, deve-se previamente preparar o dreno torácico e o multiconector
cônico para a conexão, com isso otimiza-se o diâmetro interno da conexão evitando
estreitamentos.
1° - Instalar cirurgicamente o dreno torácico na cavidade pleural ou no mediastino.
30

2° - Preparar o dreno torácico para conexão cortando-o transversalmente na


extremidade chanfrada distal.
3° - Verificar o diâmetro interno do dreno torácico.
4° - Cortar o multiconector cônico no maior diâmetro que possibilite conexão
firme com o diâmetro interno do dreno torácico, como indica a figura abaixo.
5° - Conectar firmemente o dreno torácico, unindo-o com o multiconector
cônico.
6° A conexão entre o dreno torácico e a mangueira do sistema de drenagem poderá
ser reforçada com fita adesiva, de modo a evitar desconexão por arrancamento.

http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/c/c3/SistemaDrenagemToracic
a.JPG

FAIXA ADESIVA DE FIXAÇÃO

A faixa adesiva de fixação é de extrema importância para o conforto do paciente


e deverá ser fixada no flanco do paciente.
Ela evita que as trações da mangueira do SCDPM sejam transmitidas ao(s)
ponto(s) de fixação cirúrgica do dreno torácico com a pele.
Dessa forma, se previne o doloroso deslocamento ou arrancamento do dreno
torácico.

http://saber.sapo.ao/w/thumb.
31

CURATIVOS: VERIFICAÇÃO DOS PONTOS CIRÚRGICOS

Ao verificar as condições do(s) ponto(s) cirúrgico(s) e da fixação do dreno


torácico durante o curativo, deve-se observar se ocorreu arrancamento parcial do dreno
torácico com deslocamento do(s) ponto(s) cirúrgico(s).
Também é necessário verificar se está ocorrendo vazamento aéreo em torno do
dreno torácico devido à folga no(s) ponto(s) cirúrgico(s).

REVISÃO DO SISTEMA DE DRENAGEM

Rever se a extremidade do tubo no interior do frasco ficou submersa cerca de 2


cm abaixo do nível líquido mínimo obrigatório. Marcar na etiqueta do frasco coletor o
nível líquido, a data e a hora da instalação do frasco coletor.Verificar se existe oscilação
ou borbulhamento no nível líquido.

ORDENHA

As manobras de ordenha são empregadas sob supervisão médica ou da


enfermagem quando ocorrer obstrução por coágulos do SCDPM. Utilizar pinça de
ordenha ou ordenhar com a mão a mangueira de drenagem e o dreno torácico de modo a
remover possíveis obstruções.

O SISTEMA DE ASPIRAÇÃO CONTÍNUA

A utilização de pressão negativa por aspiradores de pressão controlada auxilia na


evacuação dos líquidos pericárdicos ou pleurais propiciando a reexpansão pulmonar.

MECANISMO DE FUNCIONAMENTO

O sistema de aspiração contínua serve para regular e graduar o nível de aspiração


contínua que será transmitida ao sistema de drenagem pleural ou mediastinal. Com este
sistema, a pressão de aspiração não será dependente da força do aspirador, mas sim do
32

quanto o respiro se encontra mergulhado na água.


Portanto, o sistema de aspiração contínua garante uma aspiração constante e
programada.

INDICAÇÕES

A aspiração está formalmente indicada em pacientes que não conseguem aumentar


a pressão pleural por meio da tosse, ou seja, nos pacientes com neuropatias, tetraplégicos,
portadores de doenças musculares, traqueostomizados, pós-operatório imediato de
cirurgia torácica, etc.
No pós-operatório de cirurgia cardíaca, a aspiração contínua facilita a mensuração
horária das drenagens por manter a pressão negativa da cavidade pericárdica reduzindo a
incidência de coágulo intrapericárdico e a possibilidade de tamponamento cardíaco.

NÍVEL DE ASPIRAÇÃO

O nível de aspiração recomendado para recém-nascidos é de 5 cm de água, com


pressões máximas de 10 cm de água. Em crianças maiores e nos adultos recomenda-se
pressão negativa de 10 a 20 cm de água.

SISTEMA DE DRENAGEM COM MÚLTIPLAS CÂMARAS

Na figura abaixo temos um sistema de aspiração contínua acoplado ao sistema de


drenagem pleural em que o primeiro frasco é usado exclusivamente como câmara coletora
e o segundo fraco é usado como selo d'água.
33

http://upload.wikimedia.org/

ROTINA PARA O MANUSEIO E TROCA DO REFIL

➢ A frequência da troca do frasco coletor antigo por outro novo estéril deverá
ser diária, quando o mesmo estiver repleto ou a critério médico.
➢ Preparar um novo frasco antes de abrir a tampa do frasco em uso, que vai
ser desprezado.
➢ Preparo do novo frasco coletor:
➢ Verificar o estado da embalagem, o produto e o prazo de validade.
34

Abrir o novo frasco coletor de modo que o interior do mesmo permaneça estéril.

➢ Adicionar, de acordo com o volume do frasco, 250 ml ou 500 ml de


solução fisiológica estéril ou água destilada estéril no novo frasco coletor, de modo a
atingir a marca do nível líquido mínimo obrigatório.

TROCA DOS FRASCOS COLETORES

➢ Utilizar luvas e seguir as normas da comissão de infecção hospitalar.


➢ A troca do frasco antigo pelo novo deverá ser rápida e precisa, para isso, o
novo frasco deverá já estar preparado.
➢ Pinçar a mangueira de drenagem por curto período de tempo, ou seja,
somente pinçar o dreno torácico para uma rápida troca do frasco coletor.
➢ Em caso de fístula aérea (borbulhamento), o pinçamento prolongado do
dreno torácico provocará aumento do pneumotórax podendo ocasionar insuficiência
respiratória ou enfisema de subcutâneo.
➢ Abrir a tampa do frasco coletor antigo.
➢ Trocar rapidamente o frasco antigo pelo novo.
➢ Conectar o novo frasco coletor fechando corretamente a tampa do frasco.
➢ Após a troca, abrir a pinça da mangueira de drenagem.

TROCA DA MANGUEIRA DE DRENAGEM

➢ Com o passar do tempo, o interior da mangueira de drenagem poderá ser


colonizada por micro-organismos, portanto recomenda-se a sua troca a cada sete dias.
➢ Usar técnica asséptica na desconexão do dreno torácico que deverá estar
pinçado para evitar o pneumotórax aberto.
➢ Abrir a pinça do dreno torácico após a troca.

REVISÃO DO SISTEMA DE DRENAGEM


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➢ Rever se a extremidade do tubo no interior do frasco coletor ficou submersa


cerca de 2 cm abaixo do nível líquido mínimo obrigatório.
➢ Marcar na etiqueta do frasco coletor o nível do líquido, a data e a troca do
novo frasco coletor.
➢ Verificar e registrar se existe oscilação ou borbulhamento do nível líquido.
➢ Não deixar formar curvas acentuadas, dobras ou acotovelamentos na
mangueira de drenagem.

CONTROLE DO VOLUME DRENADO

Medir e anotar o volume e a cor do líquido drenado no frasco coletor de acordo


com as orientações médicas.

REAÇÕES ADVERSAS E CONTRAINDICAÇÕES

O sistema coletor de drenagem pleural ou mediastinal não entra em contato com


o organismo e é fabricado com materiais apirogênicos. Não há contraindicações absolutas
à utilização do sistema.

EMBALAGEM, DATA DE FABRICAÇÃO E VALIDADE

➢ Conservar a embalagem ao abrigo do sol, em local limpo, seco, arejado e


sem odor.
➢ Conferir a integridade das embalagens e armazenar em local de baixa
umidade entre 15 °C a 30 °C.
➢ O produto é frágil, não utilizá-lo se houver suspeita de dano por queda ou
outro motivo que provoque abertura da embalagem, devendo o fabricante ser notificado.
➢ Verifique eventuais defeitos de fabricações e os notifique ao fabricante.
➢ Verifique a data de fabricação e o prazo de validade na embalagem.

ESTERILIZAÇÃO E REESTERILIZAÇÃO

O sistema coletor de drenagem pleural ou mediastinal é esterilizado por óxido de


etileno, portanto deve-se usar o produto imediatamente após a cuidadosa abertura da
36

embalagem.

LIXO HOSPITALAR

O sistema coletor de drenagem pleural ou mediastinal é de uso único e descartável,


ou seja, não deverá ser reutilizado. Seguir rigorosamente as normas hospitalares para
desprezar ou destruir qualquer material, resíduos ou secreções potencialmente
contaminadas.

PREVENINDO INFECÇÕES E CAUTELAS NA UTILIZAÇÃO DE


PRODUTOS PARA ANTISSEPSIA

É certo que, por mais cuidadosos que sejamos nos procedimentos invasivos e na
otimização de cateteres e sondas, a colonização e subsequentes infecções tornam-se
inevitáveis, com custos acrescidos não só para a instituição prestadora de cuidados, mas
principalmente para o paciente. A natureza da infecção é multifatorial e a evidência tem
demonstrado que a boa prática não é suficiente para prevenir a infecção associada aos
procedimentos invasivos.
As taxas de infecção associadas aos diversos agentes microbianos têm aumentado
gradualmente, com o agravante do surgimento de cepas altamente resistentes, destacando-
se os cocos gram-positivos como o Staphylococus epidermis, Staphylococus aureus (entre
70 a 80% do total de infecções nosocomiais) e fungos, em especial a Candida albicans.
Buscando contornar este problema, as pesquisas passaram a focar não no meio
ambiente e nas particularidades dos indivíduos, mas sim nos dispositivos usados nos
respectivos procedimentos invasivos. Assim, surgiram os dispositivos impregnados em
antimicrobianos.
Esta ideia não é tão recente quanto parece, dado existirem inúmeros estudos
efetuados nos Estados Unidos, contudo, muitos enveredam por caminhos dúbios cujos
resultados se mostraram inconclusivos. A ideia é a mesma: impregnar os materiais com
um composto antimicrobiano que exerça esta ação enquanto esteja inserido no organismo.
Assim, alguns tipos de materiais poderão ser alvo deste procedimento:
• Acessos vasculares (CVC, acessos centrais de abordagem periférica,
acessos venosos periféricos, cateteres centrais de longa duração, cateteres de diálise,
37

cateter de Swan-Ganz e cateter arterial);


• Materiais de urologia (cateteres urinários, dispositivos urinários de longa
duração, esfíncteres urinários artificiais e próteses penianas);
• Materiais vários (enxertos vasculares, drenos, cateteres de diálise
peritoneal, marca-passos e válvulas cardíacas)
O espectro de dispositivos que são passíveis de adquirirem propriedades
antissépticas é vasto, podendo ser multiplicados pelo tipo de materiais que os constituem:
• Borracha, plástico e silicone;
• Poliuretano e polietileno;
• Teflon® (politetrafluoroetileno);
• Colágeno;
• Albumina;
• Tetrafluoreto de polietileno.

Os dispositivos utilizados e os respectivos materiais já são bem conhecidos, assim,


o que se necessita é pesquisar métodos seguros de impregnação dos mesmos com o
composto antimicrobiano que lhes garanta esta ação antisséptica, sem conduta provocar
efeito iatrogênico nos pacientes.
Outro aspecto importante, que deve ser objetivo de protocolo na instituição, é a
utilização de antissépticos tópicos para o preparo antes dos procedimentos.
O CDC de Atlanta tem alertado para o uso indiscriminado e inadequado destes
antissépticos como um dos fatores para o crescente número de infecções.

PVPI - DEGERMANTE

Produto a base de Polivinil Pirrolidona Iodo em solução degermante (1% de iodo


ativo); complexo estável e ativo que libera o iodo progressivamente. É ativo contra todas
as formas de bactérias não esporuladas, fungos e vírus. É indicado na degermação das
mãos e braços da equipe cirúrgica e na preparação pré-operatória da pele de pacientes.

PVPI - TÓPICO 1%

Produto a base de Polivinil Pirrolidona Iodo 1% em solução aquosa,


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proporcionando ação rápida e efeito prolongado mesmo em presença de matéria orgânica.


É ativo contra as formas de bactérias não esporuladas, fungos e vírus. É indicado na
antissepsia de mucosa oral e vaginal, bem como aplicação em feridas e queimaduras.
Antissepsia pré-operatória complementar (após degermação prévia) do campo operatório.
Antissepsia da pele para cateterização vesical, venosa e arterial.

PVPI - TINTURA 10%

Produto a base de Polivinil Pirrolidona Iodo 10% em solução aquosa, indicado na


antissepsia complementar e na demarcação do campo operatório. Contraindicado nas
lesões de pele de grande superfície, em razão da absorção sistêmica de iodo e mucosas.

DIGLUCONATO DE CLOREXIDINA 2%

Utilizado para profissionais da área da saúde (degermação das mãos em áreas


críticas), e/ou pacientes sensíveis aos compostos iodados. É especialmente indicado para
neonatos e crianças, pelo menor risco de toxicidade e absorção cutânea e mucosa.

CUIDADOS ESPECIAIS COM PACIENTES IDOSOS

O envelhecimento, durante muito tempo, foi visto como um estado patológico ou


ainda, como um período de “espera pela morte”.
Hoje há uma mudança na expectativa de vida dos idosos, como consequência do
grande avanço das ciências nas últimas décadas. Assim, é cada vez maior a população
idosa em todo o mundo, e particularmente no Brasil. Tal população apresenta uma série
de necessidades especiais de atenção à saúde, pois grande parte destes idosos alcança a
longevidade com uma série de agravos de saúde, requerendo suportes especiais para que
possam viver com qualidade e segurança.
Com base nessa nova visão, torna-se imperioso formar profissionais de saúde
especializados, que possam atuar de forma competente junto a esta população. Este tipo
de profissional precisa ter um perfil especial, pois deve não só gostar de cuidar dos idosos,
mas que também tenha boa capacidade de relacionamento com familiares, cuidadores e
39

acompanhantes, atuando em sinergia com estas pessoas, para que sejam parceiros ativos
e comprometidos com o sucesso do planejamento assistencial da equipe.
Nesse contexto, a enfermagem gerontológica ou geriátrica, ganha espaço
significativo dentro das equipes multidisciplinares.
Além de seu papel assistencial, o profissional que atua nessa área deve ter
habilidade para orientar e educar, transmitindo aos familiares e cuidadores informações
corretas, em linguagem acessível e delegando a eles tarefas que possam realizar de forma
segura e tranquila.
No ano de 1999, o Ministério da Saúde, por meio da Portaria 337 e da Resolução
63 de 2000, normatizou a Terapia Nutricional Enteral e oficializou as atribuições de cada
profissional dentro da equipe multiprofissional especializada, que obrigatoriamente deve
estar presente nas instituições que usam a prática da nutrição por meio de sondas
digestivas e cateteres venosos.
Alimentar um paciente idoso por sonda, seja por via nasal ou ostomia, necessita
de cooperação do idoso e de seus familiares, principalmente quando existe indicação
dessa terapia no domicílio.
Atualmente, existe clara distinção entre as sondas utilizadas para infundir
nutrientes e aquelas utilizadas para drenagem de secreções digestivas. As sondas de
polivinil devem ser usadas somente para drenagem gástrica e por períodos menores que
30 dias (TRONCON et al, 2000).
O uso de sondas enterais com a finalidade de se administrar alimentos deve ser
feito sempre que houver contraindicação ou impossibilidade de se utilizar a via oral
fisiológica; é de ressaltar-se, porém, que o tubo digestivo deve estar presente, com
capacidade de absorção, total ou parcial, conservada (UNAMUNO e MARCHINI, 2002).
Atualmente, estão disponíveis dois tipos genéricos de sondas para alimentação: as
utilizadas via nasogástrica e nasoentérica, e as de ostomias.
As sondas nasoentéricas têm de 50 a 150 cm de comprimento, e diâmetro médio
interno de 1,6 mm e externo de 4 mm.
Todas têm marcas numéricas ao longo de sua extensão, que facilitam a verificação
do seu posicionamento final (FERREIRA, 2005; CERIBELLI e MALTA, 2006;
MOSHE, 1990; UNAMUNO e MARCHINI, 2002).
40

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OS CUIDADOS NA ADMINISTRAÇÃO DA DIETA POR OSTOMIAS


SÃO OS MESMOS DO USO DE SONDAS
NASOGÁSTRICAS/NASOENTÉRICAS

As mais modernas, para gastrostomia, são de silicone ou de poliuretano, com


paredes finas e flexíveis, numeradas e com duas vias que facilitam a irrigação e a
administração de medicamentos, mesmo durante a infusão da dieta (BARRIAS et al,
2006; UNAMUNO e MARCHINI, 2002; COPPINI, 1995).
Atualmente, muito se tem discutido sobre os cuidados avançados na saúde, dentre
os quais a preocupação com a prevenção e capacitação do cuidador e famílias de idosos
acamados.
É cada vez mais importante que a enfermagem assuma também esta
responsabilidade em capacitar cuidadores e familiares na assistência a idosos que fazem
uso de sondas, ou outros dispositivos, sobre os cuidados e assistência necessários, com
informações que lhes tragam a possibilidade de oferecer um cuidado mais humanizado e
seguro aos idosos.
Estas orientações devem incluir:
Explicar de forma simples, objetiva e em linguagem adequada, o que é a sonda,
como foi passada e onde está localizada (usar esquemas, fotos, mostrar no corpo).
• O que fazer em caso de problemas com a sonda nasoenteral?
Em caso de obstrução (entupimento), rachadura, furo, perda ou saída parcial da
sonda, você deverá procurar a Unidade Básica de Saúde (Posto de Saúde) ou outro serviço
que lhe for indicado, levando a sonda, lavada com água e sabão, e seu guia metálico, para
que o enfermeiro verifique se podem ser reaproveitados.
• Como evitar a saída da sonda nasoenteral?
A sonda deve ser fixada à pele com uma fita adesiva hipoalergênica ou
41

esparadrapo, para evitar que seja retirada acidentalmente ou que se desloque para fora do
estômago ou intestino.
• Como trocar as fixações da sonda?

Essa fixação deve ser trocada quando estiver suja ou solta: retire a fixação antiga,
limpe o nariz com água e sabão, seque bem, sem friccionar; fixe a sonda sem passar na
frente dos olhos ou da boca. A sonda não deve ficar dobrada, nem puxar a narina. Em
caso de vermelhidão ou machucado na pele, fixar a sonda em outro local.
• Como evitar obstrução da sonda nasoenteral?
Por ser muito fina, a sonda pode entupir-se facilmente, impossibilitando a
administração da dieta enteral. Para evitar este problema: injetar, com uma seringa, 40 ml
de água filtrada, fervida e fria na sonda, antes e após a administração da dieta ou de
medicamento, observar os cuidados com a administração de medicamentos; em caso de
obstrução, injetar lentamente 20 ml de água filtrada, fervida e morna ou refrigerante tipo
cola. Atenção: a sonda pode se romper caso a pressão para injetar a água seja muito forte.
Os cuidadores precisam ainda ser orientados sobre cuidados importantes na
infusão da dieta enteral, tais como:
➢ Manter o paciente sentado ou com travesseiros nas costas formando um
ângulo de no mínimo de 15 graus para receber a dieta, nunca deitado para evitar vômitos
e aspiração da dieta para os pulmões (o que é muito perigoso);
➢ O paciente deverá ser mantido em decúbito elevado durante toda a infusão
da dieta e 30 minutos;
➢ Após o término, infundir a dieta lentamente por gotejamento (por meio de
frasco acoplado ao equipo), gota a gota (é como se fosse uma torneira quebrada que pinga
lentamente) para evitar diarreia, distensão abdominal, vômitos e má absorção. Para
facilitar a descida da dieta, o frasco pode ser pendurado em ganchos, prego ou suporte de
vasos. Deve-se fracionar a dieta durante o dia, o volume em cada horário, não
ultrapassando o volume de 350 ml e infundir água filtrada e fervida (que deverá ser
fornecida em temperatura ambiente);
➢ Após administrar cada frasco da dieta, passar pela sonda cerca de 20 ml de
água filtrada e fervida, para evitar acúmulo de resíduos e entupimento da mesma; manter
a sonda fechada quando não estiver em uso;
➢ Após o preparo da dieta caseira, essa deverá ser guardada na geladeira e
retirar somente a quantidade que for utilizar 30 minutos do horário estabelecido.
42

A dieta, portanto, deverá ser oferecida ao paciente em temperatura ambiente. Não


aquecer a dieta em banho-maria ou em micro-ondas.
➢ Caso o paciente puxe a sonda (ou ocorra um acidente na mobilização) e essa
saia, não tente recolocá-la. Lave-a com água e sabão e guarde-a em lugar seco e limpo,
pois ela pode ser reutilizada. Dependendo do tipo de sonda enteral ela pode ser utilizada
por até seis meses, desde que não obstrua, fure ou vaze.
Alguns cuidadores poderão necessitar de orientações sobre administração de
alimentação por meio de gastrostomia, orifício artificial externo no estômago para
alimentação e suporte nutricional, quando há impossibilidade ou perigo de usar a via
normal. Indicada quando o paciente possui lesão de boca, faringe e esôfago irreversível
ou que requerem tratamento prolongado, como o caso de tumores. A administração pode
ser realizada por meio de funil ou seringa.
Atentar para alguns dos cuidados a serem tomados como:
➢ Colocar o paciente em decúbito um pouco elevado;
➢ Adaptar o funil ou seringa na sonda, mantendo-a elevada e despejar a dieta
lentamente;
➢ Limpar a superfície externa da sonda com gaze se
houver extravasamento;
➢ A dieta deve ser totalmente líquida, pois do contrário poderá obstruir a
sonda;
➢ A temperatura ideal é de 37 °C e nunca retirar a sonda de gastrostomia;
caso saia acidentalmente, comunicar o médico imediatamente.

Abordar ainda sobre os cuidados com a sonda vesical de demora, utilizada por
muitas pessoas idosas, que perderam a capacidade de urinar espontaneamente, e
necessitam deste tipo de prescrição médica.
Da mesma forma, orientar que nesse método a sonda é mantida dentro da bexiga,
assim, a urina fluirá continuamente. A sonda liga-se a uma bolsa coletora que pode ser
fixada na lateral da cama, da cadeira de rodas, ou na perna do paciente (caso ele ande).
Para prevenir complicações como infecções, sangramentos e feridas frisamos a
importância de se tomar os seguintes cuidados:
➢ Lavar as mãos; limpar a pele em torno da sonda com água e sabão pelo
menos duas vezes ao dia para evitar o acúmulo de secreção;
➢ Lavar a bolsa coletora uma vez ao dia, com água e sabão ou água e cloro
43

(cândida); quando desconectar a bolsa da sonda, bloquear a sonda com uma gaze estéril,
para que a urina não vaze;
➢ Manter a bolsa coletora sempre abaixo do nível da cama, e não deixe que
ela fique muito cheia, para evitar que a urina retorne para dentro da bexiga;
➢ Não deixar a perna do paciente apoiada na sonda, porque essa estará ocluída
e a urina não sairá da bexiga;
➢ Sempre que não houver urina na bolsa coletora, verifique se não há dobras
ou obstruções no sistema e NUNCA troque a sonda vesical, esse é um procedimento de
enfermagem, e deve ser realizado com técnica específica do profissional.

Outra abordagem que pode ser necessária é a respeito dos cuidados as pessoas
com colostomia no pós-operatório.
Esclarecer aos cuidadores e familiares sobre o procedimento cirúrgico, onde se
faz uma abertura no abdome (estoma) para a drenagem fecal (fezes) provenientes do
intestino grosso (cólon). Esse procedimento é feito geralmente após a retirada de uma
parte do intestino, podendo ser temporária ou permanente. Realiza-se um corte no abdome
enquanto o paciente está sob anestesia profunda e sem dor (anestesia geral).
Depois, o tecido sadio do intestino foi preso no abdome para formar uma abertura,
uma espécie de “boca”, que é a colostomia. Em seguida, é selecionada uma bolsa adesiva
para coletar o material que vai ser eliminado. Ajudar a selecionar a bolsa adequada, que
se ajuste de forma segura e confortável.
A colostomia é feita quando a parte inferior do intestino grosso, o reto ou o ânus
está impossibilitado de funcionar normalmente ou quando necessita de um período de
repouso para as suas funções normais.
Cuidados com a pele ao redor da colostomia, que requer um cuidado especial
porque o contato prolongado com as fezes pode causar irritação. Para manter a integridade
e a aderência da pele ao dispositivo é recomendado orientar os seguintes cuidados:
➢ Nunca utilizar substâncias agressivas à pele, como álcool, benzina, colônias,
tintura de benjoim, mercúrio, merthiolate, pomadas e cremes;
➢ Explicar que estes produtos ressecam a pele,
favorecendo o aparecimento de feridas e reações alérgicas;
➢ Realizar limpeza da pele ao redor da colostomia com água e sabão neutro e
não esfregar com força ou usar esponjas ásperas;
➢ Tomar cuidado com insetos, em especial moscas.
44

Procurar o serviço de Enfermagem sempre que notar alguma anormalidade.


Explicar que anormalidades podem ocorrer, tais como: ausência de fezes ou fezes muito
líquidas, irritação na pele, alergias, problemas no estoma, sangramentos, e tudo o que
possa ocorrer e que será necessário buscar atendimento.

CUIDADOS DE ENFERMAGEM COM CATETERES PERIFÉRICOS E


CENTRAIS

A utilização de cateter venoso central (CVC), na abordagem terapêutica , é cada


vez mais uma realidade nos serviços de saúde. O cateter venoso central deixou de ser
apenas utilizado nas unidades de cuidados intensivos, serviços de hemodiálise e unidades
de oncologia, passando a ser uma constante nos diferentes contextos clínicos.
A disponibilidade de novos tipos de cateteres, cada vez mais seguros e com
melhores condições técnicas de promover o acesso venoso e também a administração de
medicações para o monitoramento da dor, exigem que a enfermagem esteja preparada
para sua correta manipulação, assegurando um cuidado com qualidade e livre de riscos.
Os cuidados de enfermagem à pessoa com um cateter venoso central exigem
conhecimentos teórico-práticos indispensáveis para a correta manipulação e manutenção
desse dispositivo, evitando complicações que poderão ser de enorme gravidade,
retardando a recuperação ou mesmo, elevando as taxas de óbito, tanto de adultos como
crianças.
A formação de coágulos e consequente obstrução do cateter surge como uma das
complicações mais frequentes. A infecção é outro fator de risco de extrema importância,
que precisa ser gerenciado de forma competente, para que sua utlização seja segura e
propricie os benefícios que se esperam com sua utilização.
Felizmente, tais complicações podem ser prevenidas, a maioria das vezes, com a
implementação de protocolos adequados, o uso de correta heparinização dos lúmens do
cateter venoso central e um conjunto de medidas para prevenção da infecção.
O acesso venoso central é cada vez mais uma importante tecnologia aplicada aos
cuidados às pessoas com doenças crônicas, em cirurgias de grande e médio porte e em
situações de urgência, tanto em hospitais, ambulatórios e serviços de emergências.
Esse tipo de acesso inclui uma grande variedade de cateteres e reservatórios,
assumindo a designação de central porque o extremo distal do cateter se posiciona na veia
45

cava superior ou inferior.


À utilização do cateter venoso central estão associadas várias complicações que
podem ser prevenidas ou minimizadas com a implementação de protocolos e cuidados
específicos para inserção, manipulação e manutenção do mesmo. Estes cuidados devem
ser pensados e adaptados aos diferentes contextos da prática, de forma a uniformizar
procedimentos e a garantir a qualidade e segurança dos cuidados.

CATETERES VENOSOS CENTRAIS

Broviac (ano apud ALBUQUERQUE, 2005) descreve o cateter venoso central


como uma estrutura tubular, de diâmetro variado, introduzido no sistema vascular com o
objetivo de manter um acesso por longo período de tempo, tanto para coleta de sangue
como administração de terapias periódicas.
Os materiais do cateter venoso central são variáveis podendo ser de silicone ou
poliuretano, mas todos possuem uma tira radiopaca que permite seu monitoramento
radiológico (KORAN e NEWBERRY, 2001). A maioria dos cateteres é flexível e macia
(URDEN, STACY e LOUGH, 2008).
Os cateteres podem ter um ou vários lumens, por exemplo, cinco. Os lumens têm
diferentes diâmetros e são classificados de acordo com a distância ao coração, em
proximal ou distal.
A escolha do material do cateter e do número de lumens do mesmo depende das
necessidades do doente e dos objetivos terapêuticos.
Indicações

São várias as indicações para a utilização de um acesso central:


➢ Administração rápida de grande volume de fluidos ou fármacos em
situações de colapso das veias periféricas (choque);
➢ A administração de fármacos irritantes e/ou agressivos, como por exemplo,
as catecolaminas ou a quimioterapia;
➢ A administração de soluções com elevada osmolariedade, por exemplo a
alimentação parentérica;
➢ A administração de fármacos de forma prolongada, durante vários dias ou
semanas;
46

➢ A realização de colheitas de sangue frequentes, em unidades intensivas e


semi-intensivas;
➢ A realização de aféreses ou tratamentos de hemodiálise;
➢ A administração de transfusões;
➢ A realização de um transplante de medula óssea;
➢ Controle da dor.

Implantação

A inserção de um cateter venoso central pode ser feita por meio de uma abordagem
torácica, inguinal ou abdominal. Na abordagem torácica as grandes veias do tórax
superior (subclávia, jugular ou axilar) são as mais utilizadas.
Na abordagem inguinal utiliza-se a veia femural, enquanto que na abordagem
abdominal se utiliza a veia cava inferior. A abordagem torácica é a mais utilizada, sendo
as restantes abordagens geralmente utilizadas quando as grandes veias torácicas não estão
acessíveis. A abordagem abdominal é a menos utilizada.
A veia jugular é o acesso mais usado, pois, comparado a outras veias torácicas, é
a mais fácil de canalizar, representa menor risco de pneumotórax. Contudo, tem maior
risco de contaminação local pelas secreções orais ou traqueias, especialmente se o
paciente estiver entubado ou com traqueostomia (URDEN, STACY e LOUGH, 2008).
Em contrapartida, à veia subclávia está associada uma menor taxa de infecção e
um menor desconforto para o doente, contudo, é de mais difícil acesso.
A abordagem femural, através da veia femural, permite um grande fluxo
sanguíneo, sendo indicada para aféreses ou para terapêutica de substituição renal
contínua. As suas maiores desvantagens são o aumento substancial do risco de infecção
e as restrições de movimentos impostas ao paciente.

Tipos

Além das classificações anteriores, é ainda possível distinguir os cateteres em: não
tunelizado, tunelizado e com reservatório subcutâneo.Tanto os cateteres não tunelizados
como os tunelizados podem ser de baixo ou de alto débito.
Os cateteres não tunelizados são os mais utilizados, de fácil colocação e extração,
não necessitando de cirurgia. Contudo, têm uma curta durabilidade e estão associados a
47

90% das infecções em cateteres (CABALLERO, 2006). Um dos modelos mais


conhecidos é o Arrow®.
Os cateteres não tunelizados de baixo débito são utilizados para a realização de
transplantes de medula óssea autólogos, sendo geralmente implantado na véspera do
doente ser internado para o transplante, e é extraído no momento da alta ou de uma a duas
semanas depois de ter tido alta. Em média, o cateter não fica implantado mais do que um
mês.
Os cateteres de alto débito são preferencialmente utilizados para as colheitas de
células progenitoras hematopoiéticas em sangue periférico, sendo implantados no início
do procedimento e extraídos quatro horas após o seu término.
Os cateteres tunelizados têm um trajeto subcutâneo antes da inserção a nível
venoso. Neste trajeto encontra-se uma tunelização subcutânea denominada cuff, que
permite a aderência de tecido no espaço subcutâneo por meio de uma reação fibrosa,
ajudando a manter o cateter no local e a diminuir o risco de infecção. Estes cateteres são
implantados cirurgicamente e têm uma longa durabilidade. Habitualmente, utilizam-se
com 1 ou 2 lumens, sendo o de maior calibre utilizado para colheitas de sangue ou
infusão de hemoderivados. Os modelos mais conhecidos são o Hickman® e o Broviac®.
No caso dos transplantes de medula óssea, este tipo de cateter é utilizado nos
transplantes alogênicos, sendo implantado na véspera da internação e apenas extraído
cerca de seis meses após o transplante.
Os cateteres com reservatório subcutâneo, também conhecidos como totalmente
implantáveis, são colocados cirurgicamente na parede torácica, ficando totalmente
inseridos no organismo. Para acesso ao cateter punciona-se a câmara do cateter com uma
agulha própria, de ponta biselada, para evitar danificar a membrana autovedante da
câmara.

Este tipo de cateter é de uso prolongado, sendo muito utilizado para a


48

administração de quimioterapia em ambulatório. As principais vantagens associadas a


este tipo de cateter são o menor risco de infecção, a menor periodicidade de manutenção
e o menor impacto causado na imagem corporal, o que resulta numa maior comodidade
para o utente. Um dos modelos é o Implantofix®.

Complicações associadas à utilização

A manipulação do cateter venoso central não está isenta de complicações e riscos,


são eles: flebite, trombose venosa, arritmia, embolia, infecção local, sepsis, endocardite,
deslocação do cateter ou migração da ponta do cateter, rotura do CVC, alergia ao material
do cateter, formação de coágulos e obstrução do lúmen (CABALLERO 2006;
THIBODEAU, RILEY e ROUSE 2007; URDEN, STACY e LOUGH, 2008).
Algumas dessas complicações associadas à manipulação podem ser prevenidas
respeitando técnica asséptica nos procedimentos, enquanto que a formação de coágulos
e/ou obstrução do lúmen podem ser prevenidas com a heparinização do lúmen do cateter.

Obstrução do cateter

A obstrução do cateter é umas das principais causas da perda do acesso venoso.


Consiste num bloqueio causado pela precipitação de perfusões, formação de coágulos ou
compressão anatômica, o que conduz à incapacidade de infundir ou injetar fluidos e de
aspirar sangue.
As causas de obstrução podem ser agrupadas em três grandes grupos: intrínsecas
à implantação, intrínsecas à manipulação do cateter venoso central ou intrínsecas à pessoa
(CABALLERO, 2006). As causas intrínsecas à implantação estão diretamente
relacionadas à colocação do cateter, quando a ponta do cateter fica localizada no espaço
intracardíaco, quando há a migração da ponta do cateter para outro vaso ou quando a
ponta do cateter se encontra encostada à parede do vaso.
As causas intrínsecas à manipulação do cateter venoso central englobam a técnica
de manipulação e a técnica de lavagem, a precipitação de fármacos e a atuação em caso
de obstrução parcial, ou seja, a atuação quando se suspeita de depósitos de fibrina no
interior do lúmen do cateter.
Por último, as causas intrínsecas à pessoa estão diretamente relacionadas com o
paciente englobando as alterações da coagulação, a hipertensão venosa, a presença de
49

tumores mediastínicos ou de alterações anatômicas que provoquem compressão ao longo


do percurso de inserção do cateter, bem como, a fibrose dos vasos.
No caso da obstrução do cateter por formação de coágulos, essa surge como
consequência da ativação da coagulação. Na obstrução por formação de coágulos, as
causas principais são o contato do sangue com uma superfície estranha como é o material
do cateter, a perda de endotélio vascular como dano secundário à implantação do próprio
cateter, os fármacos administrados, os episódios de infecção do cateter ou a estase venosa
no lúmen do cateter venoso central.
A utilização do cateter para colheitas de sangue repetidas aumenta a probabilidade
de formação de coágulos por meio de precipitados de fibrina. Quando a fibrina se acumula
pode conduzir à obstrução parcial ou à oclusão total do lúmen. Os depósitos de fibrina
são ainda um meio de cultura para possíveis infecções (URDEN, STACY e LOUGH,
2008).
Para prevenir a oclusão ou a obstrução do lúmen por formação de depósitos de
fibrina ou por estase de fármacos é fundamental a lavagem do lúmen com soro fisiológico
após a perfusão de um fármaco, transfusão ou colheita de sangue e a correta heparinização
do lúmen.

Heparinização

A heparinização consiste na utilização de um agente farmacológico


anticoagulante, para a manutenção de uma via de acesso venoso. Mas, para a manutenção
da via não basta heparinizá-la.
O procedimento completo engloba três passos:
1. Primeiro injeta-se 10 cc de soro fisiológico no lúmen a heparinizar, para limpá-
lo de perfusões anteriores ou de sangue. Posteriormente, injeta-se uma monodose de
heparina sódica com concentração de 20 UI/ml para preencher o lúmen com um
anticoagulante e, por fim, clampa-se o lúmen e verifica-se a válvula antirretorno para
prevenção da infecção e do refluxo.

TABELA

PROCEDIMENTO JUSTIFICAÇÃO
50

Injetar 10cc de Soro Fisiológico Lavagem de cada lúmen com flush de soro

em cada lúmen (flush). para limpeza de perfusões anteriores ou sangue.

Injetar monodose de heparina sódica Preencher o lúmen com um anticoagulante.


20 UI/ml.

Clampear o lúmen e verificar a Prevenção da infecção e do refluxo.


válvula antirretorno.

A quantidade de heparina em cada lúmen depende do tipo de cateter e do diâmetro


do lúmen. Na tabela encontra-se a relação entre os tipos de cateter e a dose de heparina
utilizada.

TABELA

TIPO DE CATETER DOSE DE HEPARINA 20 UI/ML

CVC não Tunelizado 1 ml = 20 UI

CVC de Alto Débito 1,5 ml = 30 UI

CVC Tunelizado 1,5 ml = 30 UI

CVC Subcutâneo 10F 3 ml = 60 UI

CVC Subcutâneo 4,5F 2,5 ml = 50 UI

A heparina sódica utilizada tem a concentração de 20 UI/ml não sendo necessário


diluí-la. Essa característica diminui as manipulações, consequentemente, diminui o risco
de infecção e facilita a uniformização dos procedimentos.
Quando se manipula um cateter que está heparinizado devemos respeitar uma
ordem lógica de passos a seguir para garantir a permeabilidade do cateter antes de se
iniciar o procedimento planejado.
No início, verifica-se se o lúmen do cateter reflui; se reflui avança-se com os
procedimentos planejados. Mas, se não reflui verifica-se se está permeável à entrada.
Se não está permeável comunica-se ao médico, e deve-se realizar uma radiografia
51

para confirmar o posicionamento do cateter. Se o lúmen se encontra permeável deve-se


tentar que reflua por meio de várias manobras, pedindo ao paciente para mudar de
decúbito ou para mudar de posição, para realizar inspirações e expirações profundas, para
tossir ou para realizar a manobra de valsalva.
Simultaneamente às manobras tenta-se que o lúmen reflua. Se a resposta for
positiva , avança-se com os procedimentos planejados. Caso não haja eficácia, contata-se
o médico que poderá prescrever a utilização de Recombinant Tissue Plasminogen
Activator (rTPA).

O rTPA é classificado como agente antitrombótico, sendo uma glicoproteína que


em contato com a fibrina é ativada conduzindo à dissolução do coágulo. É indicado para
infarto do miocárdio, acidentes vasculares, embolismo pulmonar e desobstrução de
CVC’s. Os efeitos secundários descritos são: tonturas, fotofobia, febre, mucosas secas,
hemiparésia, hematomas, hemorragia, dor ou edema nos membros inferiores ou
superiores, problemas respiratórios. Para a desobstrução de cateteres recomenda-se que
52

após ser reconstituido, fique com a concentração de 1mg/1ml, sendo posteriormente


fracionado em doses de 1 ml conservadas a -25 ºC com validade de seis meses
(BOERINGHER INGELHEIM, 2009).
Injeta-se 1 ml de rTPA no lúmen que não reflui e aguarda-se uma hora. Se após
uma hora o lúmen refluir, prossegue-se com os procedimentos planejados. Mas, se após
essa hora não refluir, aguarda-se mais uma hora e volta-se a verificar se não reflui. Se
continuar a não refluir o médico deve ser informado, que pode prescrever mais 1 ml de
rTPA e, assim, aguarda-se mais uma hora. Caso não consiga desobstruir o lúmen, pode-
se optar por suspender o esquema, após avaliação da equipe.

A correta manipulação e heparinização do CVC são fundamentais para que esse


se mantenha funcionante e se evitem obstruções irreversíveis. Com o protocolo de
heparinização utilizado podemos verificamos que, quer a quantidade e o tipo de heparina
utilizada quer a periodicidade da heparinização, conseguimos responder de forma muito
satisfatória às necessidades dos nossos doentes que possuem um cateter venoso central.

CUIDADOS ESPECIAIS COM CATETERES DURANTE


53

PROCEDIMENTOS

MODELOS DE PROTOCOLOS PARA CUIDADOS COM CATETERES

Protocolo de planejamento para terapia intravenosa por acesso venoso


periférico (AVP)

Objetivos gerais:
➢ Promover maior segurança ao paciente;
➢ Prevenir e reduzir a ocorrência de insucesso na punção venosa periférica na
população geral hospitalizada;
➢ Prevenir e reduzir a ocorrência de insucesso de punção venosa periférica na
população com risco (s) identificado (s);
➢ Definir padrões de prática em terapia intravenosa.

Objetivos específicos:
➢ Identificar a população de risco de insucesso para punção venosa periférica
por meio de avaliação de risco para insucesso de punção venosa periférica;
➢ Mensurar a taxa de sucesso na população geral e por faixa etária;
➢ Mensurar a taxa de insucesso na população geral e por faixa etária;
➢ Identificar a incidência e prevalência dos fatores de risco na população
estudada;
➢ Identificar a influência de fatores de risco na população estudada sobre os
resultados;
➢ Realizar busca ativa para análise crítica das ocorrências de insucesso de
punção venosa periférica;
➢ Realizar busca ativa para a mensuração da adesão aos padrões da prática.

Protocolo

A terapia intravenosa é uma área fundamental na prática clinica. A punção venosa


periférica é um dos procedimentos invasivos mais comuns na enfermagem e requer
54

conhecimentos sobre os cuidados necessários desde inserção até a manutenção e a retirada


de cateteres intravasculares.
O fato de 90% dos pacientes hospitalizados serem submetidos à punção venosa
periférica durante a hospitalização para a administração de medicamentos e soluções
reforça a preocupação com os riscos e as complicações, com ênfase nas infecções locais
(sítio de inserção) ou sistêmicas (infecções da corrente sanguínea).
A responsabilidade da equipe de enfermagem e especificamente dos enfermeiros
por prestar assistência de qualidade busca reduzir as complicações potenciais, tendo em
vista a segurança dos pacientes.
A terapia intravenosa por acesso venoso periférico é objeto de várias pesquisas
especialmente no que tange aos diferentes dispositivos para punção, cuidados necessários
com o acesso, escolha dos locais de punção, tempo de permanência dos cateteres e a
influência desses fatores sobre a ocorrência de flebites e complicações infecciosas.
Sobre os cateteres utilizados, pode-se afirmar que os produzidos com materiais
como Teflon, Vialon ou poliuretano têm sido associados com menor taxa de
complicações aos cateteres de polivinil e polietileno.
Critérios específicos de avaliação de desempenho da equipe de enfermagem no
procedimento de punção venosa periférica como orientação ao paciente e à família,
escolha e uso correto dos dispositivos, seleção apropriada do local de inserção e seu
preparo, técnica de inserção, conexão de acessórios e especialização da equipe
responsável, são relatados na literatura. Porém, a observação empírica da prática nos
mostra que na maioria das vezes a punção venosa periférica é realizada de forma
mecânica, rotineira e automatizada.
Desse modo, recomenda-se para início da terapia intravenosa planejamento
criterioso baseado na avaliação da prescrição médica de onde se obtém informações sobre
soluções e medicamentos que deverão ser administrados e tempo de terapia – informações
que auxiliarão o reconhecimento dos riscos para flebite - guia de condutas de prevenção
de flebite, no direcionamento do melhor dispositivo para a terapia intravenosa e na
escolha do profissional melhor habilitado para a punção venosa periférica.
A avaliação das condições clínicas dos pacientes também é recomendada para o
início da terapia intravenosa, pois evidenciará os riscos para insucesso na punção venosa
periférica já que a dificuldade de obtenção do acesso venoso periférico, especialmente
em população pediátrica e geriátrica, pode estar associada às condições clinicas além das
emocionais.
55

O número elevado de punções para implementar a terapia intravenosa relaciona-


se muitas vezes aos sinais e sintomas de diferentes doenças. Esta análise faz parte do
planejamento da terapia intravenosa, ferramenta utilizada para proporcionar tratamentos
diferenciados aos pacientes de acordo com os riscos identificados, para flebite e insucesso
na punção periférica em conformidade com algoritmos elaborados para apoiar a equipe
assistencial na tomada da melhor decisão.
O calibre e o tipo do cateter, local e técnica de opção também devem ser avaliados
e selecionados a fim de atender às necessidades dos pacientes, com menor risco de
complicações e adequação à terapia intravenosa prescrita.
Além disso, o cateter não deve permanecer por tempo maior que o estritamente
necessário à terapia intravenosa, devendo ser removido tão logo não seja necessário.
Dentre as recomendações que devem ser adotadas previamente aos procedimentos
de punção e manuseio dos acessos periféricos destacam-se:
➢ Importância da cuidadosa higiene das mãos com solução antisséptica ou
produto com base alcoólica por meio de vigorosa fricção das mãos por pelo menos 10
segundos;
➢ A efetividade da realização da antissepsia da pele para punção venosa
periférica, com álcool 70%;
➢ A educação da equipe e monitoração institucional das taxas de flebite e
complicações infecciosas relacionadas aos acessos venosos;
➢ A utilização de luvas de procedimento antes da punção.

O uso de luvas de procedimentos, antes da punção, faz parte do conjunto de


precauções que devem ser adotadas a fim de prevenir a exposição dos profissionais aos
patógenos sanguíneos e não excluir a higienização prévia das mãos.

Padrão da prática

Declaração específica sobre a qualidade de algum aspecto do cuidado de


enfermagem. Essa declaração contém os critérios pelos quais a efetividade desse aspecto
do cuidado poder ser avaliada. Padrões são os critérios para medir o desempenho para
alcançar um grau equivalente de excelência clínica. Padrões são formulados para
56

comunicar expectativas da prática de enfermagem.


Recomendação enunciada por entidade com autoridade para tal, promulgada pela
profissão por meio da qual a qualidade da prática do serviço ou da instrução possa ser
julgada.
Taxa de 90% de sucesso nas punções periféricas de pacientes adultos ou
pediátricos sem identificação de risco para insucesso.
Taxa de 80% de sucesso nas punções periféricas de pacientes adultos e/ou
pediátricos com identificação de risco para insucesso.

Conceituações

- Cateter Venoso Periférico: cateter de curta permanência, com ou sem abas,


usualmente inserido em veias do antebraço ou das mãos.
- Sucesso na punção venosa: obtenção de acesso venoso periférico com até
duas punções de forma a evitar trauma desnecessário ao paciente e limitar as punções
venosas.
- Insucesso na punção venosa: obtenção de acesso venoso periférico a partir
de três ou mais punções.
- Flebite: inflamação na túnica íntima de uma veia; caracterizada por
endurecimento, eritema, calor, dor no local de inserção do cateter ou à sua volta.
* Vários fatores têm sido associados ao desenvolvimento desta complicação. Tais
fatores causais são classificados em físicos, químicos e infecciosos. Essa classificação
determina a denominação da complicação em:
1- Flebite mecânica: inflamação da parede do vaso causada por estimulação
mecânica principalmente relacionada à utilização de cateteres de tamanho inapropriado
para o tamanho do vaso e fixação inadequada do cateter.
2- Flebite química: inflamação da parede do vaso decorrente da
administração de drogas com pH baixo, infusão muito rápida de substância e presença de
partículas na solução.
3- Flebite bacteriana: inflamação da parede do vaso associada à
contaminação microbiológica.

Fatores de risco para insucesso da punção venosa periférica para Pediatria


57

1- Paciente pediátrico: risco presente até o RN completar 40 semanas – idade


gestacional corrigida.
2- Peso inferior a 2.500 kg.
3- Idade = 06 meses.
4- Estado catabólico alterado na doença crônica: neuropatias neoplasias e
doenças autoimunes, doenças respiratórias obstrutivas crônicas (broncodisplasia).
5- Hipotermia: temperatura axilar menor que 36.0°C. 6- Febre: temperatura
axilar > 37,5°C.
7- Convulsão/espasmo.
8- Deficit de volume de líquido: ao exame físico observam-se sinais de
desidratação – fontanelas deprimidas em lactentes, saliva espessa, turgor subcutâneo
diminuído, volume de lágrimas diminuído ou ausente, olhos encovados, diminuição de
débito urinário.
9- Condição prejudicada de rede venosa, veias avermelhadas, lesadas e
edemaciadas.
10- Percentil = que 90% do peso.
11- Família não aceita as orientações fornecidas pela enfermeira: durante o
processo de punção venosa periférica, um conjunto de emoções – destacando-se
ansiedade –, não permite que a família reconheça a terapia intravenosa como uma terapia
de apoio, exigindo do enfermeiro, habilidades especiais na condução desse processo.
Fatores de risco para insucesso da punção venosa periférica para adulto

• Passos para orientar a avaliação do enfermeiro:


A terapia intravenosa requer ações específicas para proteção do paciente. Ao
realizar a avaliação para iniciar a terapia intravenosa, o enfermeiro deve ter consciência
das principais alterações sistêmicas relacionadas ao processo de saúde/doença dos
pacientes e terapia endovenosa prescrita (terapêutica), homeostáticas, dos sistemas,
imunológico e cardiovascular, assim como as mudanças dos tecidos conjuntivos e na pele.

1- Idade = 65 anos

O envelhecimento ocorre em todos os níveis do funcionamento corpóreo: celular,


orgânico e sistêmico. A pele é um dos primeiros sistemas a mostrar sinais de
envelhecimento. A epiderme e a derme são marcadores visíveis do envelhecimento e
58

influenciam grandemente nas colocações de cateteres periféricos. Pregas, linhas, rugas e


afrouxamento da pele aparecem com a idade.

2- Fragilidade capilar (o menor trauma pode causar sangramento)


Devido a múltiplas punções (para administração de drogas, transfusões
sanguíneas, hidratações, antibioticoterapia e coleta de sangue) de acordo com a doença
de base e tratamento proposto. Ex.: quimioterápico (ação esclerosante e irritante),
contrastes, trombocitopenias e deficiências nutricionais.

3- Alterações na superfície da pele


Rede venosa de difícil visualização devido hidratação deficiente, idade avançada,
esclerose, fibrose venosa, hematomas e flebite. Outros exemplos: lúpus eritematoso,
dermatites, lesões na pele e queimaduras.

4- Estado catabólico alterado na doença crônica


Neuropatias, neoplasias, doenças autoimunes e doenças respiratórias
obstrutivas crônicas.

5- Veias com escleroses graves


Veias endurecidas devido ao espessamento do endotélio, em resposta à
cicatrização, muitas vezes, sem retorno venoso.
Esclerose: aumento patológico de tecido conjuntivo em um órgão que ocorre em
várias estruturas como nervos, pulmões, entre outros, devido inflamação crônica ou por
razões desconhecidas.

6- Múltiplas punções (abuso de droga venosa)


Veias lesadas e edemaciadas devido a várias punções venosas; se avermelhadas,
avaliar a instalação de grau de flebite.

7- Paciente obeso
Determinar obesidade pelo IMC (índice de massa corpórea).
59

8- Insuficiência renal
Se creatinina sérica maior que 1,2 mg.

9- Paciente edematoso
Escala de edema A = 2 mm;
B = 4 mm; C = 6 mm; D = 8 mm.

10- Inserção de cateter venosos periférico na emergência


Inserção de cateter periférico, sem tempo hábil para o planejamento da terapia
intravenosa pode levar ao aumento do risco de desenvolvimento de flebite.

Considerações gerais

O Protocolo de Planejamento de Terapia Intravenosa por Acesso Periférico foi


elaborado para segurança do paciente e para auxiliar o Enfermeiro na sua prática diária
ao administrar medicamentos e soluções por via endovenosa ou intravenosa, com
finalidade terapêutica.
Planejar a terapia intravenosa significa organizar, programar e avaliar
criteriosamente a prescrição médica obtendo informações sobre as soluções e
medicamentos que deverão ser administrados ao paciente e tempo da terapia.
Imprescindível realizar o exame físico e obter sua história, para que seja possível definir
os riscos para flebite e insucesso, de modo a reunir todas as informações que subsidiarão
a tomada de decisão pelo Enfermeiro.

Treinamento
Treinamento realizado sempre que necessário e no período admissional.

Registro

Registrar toda ocorrência de flebite. Importante relatar diariamente quantidade de


pacientes em uso de Cateter Venoso Periférico.
60

PROTOCOLO DE ATUAÇÃO – PREVENÇÃO E TRATAMENTO DE


FLEBITE

Objetivo

Este protocolo visa padronizar as condutas de enfermagem, com base em


evidências científicas e propor padrões de prática.
O objetivo é prevenir o desenvolvimento de flebite em pacientes que utilizam
Cateteres Venosos Periféricos, avaliar a incidência, identificar causas, padronizar a
classificação do grau, implementar cuidados, avaliar resultados e padronizar as medidas
corretivas empregadas.
Embora pretenda melhorar a eficácia e a qualidade dos serviços, não há uma
garantia absoluta sobre os resultados. Tais recomendações constituem apenas um
direcionador de conduta, cabendo ao enfermeiro as decisões finais sobre o cuidado a ser
implementado.
Problema: flebite relacionada ao uso de cateter venoso periférico.

Aplicabilidade

• Tempo de permanência hospitalar previsto:


Este protocolo deve ser aplicado durante o período de permanência de cateteres
venosos periféricos e a avaliação deve ser feita até 72 horas da remoção do cateter ou até
a alta hospitalar.

Introdução

A flebite é caracterizada por uma inflamação na íntima de uma veia cateterizada.


Vários fatores têm sido associados ao desenvolvimento dessa complicação e são
classificados em físicos, químicos e infecciosos.
Essa classificação determina a denominação desta complicação em:
1- Flebite mecânica: inflamação da parede do vaso causada por estimulação
mecânica principalmente relacionada à utilização de cateteres de tamanho inapropriado
61

para o tamanho do vaso e fixação inadequada do cateter


2- Flebite química: inflamação da parede do vaso decorrente da
administração de substância irritantes, medicações não diluídas apropriadamente,
administração de drogas com pH baixo, infusão muito rápida de substâncias e presença
de partículas na solução.
3- Flebite bacteriana: inflamação da parede do vaso associadas à
contaminação microbiológica.

Ao cuidar de um paciente que desenvolve algum grau de flebite, o enfermeiro


deve identificar possíveis fatores causais e procurar investigar a possível classificação da
complicação.
Alguns aspectos podem influenciar o desenvolvimento de flebite como:
• Material do cateter e tamanho:
- Teflon e vialon;
- Silicone e poliuretano;
- Teflon poliuretano;
- Teflon e aço inoxidável;
- Calibre grande e calibre pequeno;
- Inserção em emergência;
- Inserção em unidade de internação.

• Tempo de permanência do cateter.

• Tipo de infusão:
- Ph baixo ou muito alto;
- Cloreto de potássio;
- Glicose hipertônica;
- Aminoácidos;
- Lipídios;
- Antibióticos (especialmente betacatânicos, vancomicina, metronidazol).

• Alta velocidade de infusão:


62

- Maior que 90 ml/hora.

• Fatores intrínsecos do paciente:


- Condição prejudicada de rede venosa;
- Inserção do cateter no braço e mão;
- Idade;
- Vulnerabilidade biológico individual.

O tempo de permanência do Cateter Venoso Periférico tem sido correlacionado


com o aumento das taxas de flebite.
Utilizamos a troca rotineira de Cateter Venoso periférico a cada 72 horas,
utilizando estudos que evidenciam e norteiam esta prática.

Critérios de inclusão

Todos os pacientes submetidos à cateterização intravenosa periférica com risco


identificado para desenvolvimento de flebite.

Critério de exclusão

Pacientes que não utilizam Cateter Venoso Periférico ou sem risco indicado para
flebite.

História

- História pregressa de complicação local relacionada ao uso de Cateter


Venoso Periférico;
- História de terapia intravenosa, relacionada ao risco de flebite, como drogas
com pH de risco para flebite química (ph < 6 ou > 8 );
- Infusão de glicose ou outras soluções hipertônicas (> 375 mOsm);
- Nutrição parenteral;
- Histórico de trombose;
63

- Histórico de fatores que possam ser associados à excessiva mobilização do


CVP como manipulação local, confusão, agitação, sudorese aumentada, entre outros
(fatores predisponentes para flebite mecânica);
- Risco de infecção.

Exame físico
Avaliar o local de inserção do Cateter Venoso Periférico quanto à presença de
eritema, dor edema, formação de cordão venoso palpável e drenagem purulenta.

Serviços diagnósticos, indicação e frequência

Não se aplica.

Diagnóstico principal

- Quebra da integridade cutânea mucosa relacionada à cateterização venosa


periférica;
- Administração de fluidos irritantes;
- Inflamação;
- Infecção;
- Mobilidade prejudicada devido à dor ou desconforto;
- Alteração de conforto;
- Risco de infecção sistêmica relacionada à flebite.

TIPO DE INTERVENÇÃO INDICAÇÃO/DURAÇÃO/FREQUÊNCIA


TERAPÊUTICA

Medidas preventivas - Implementar protocolo de cateterização venosa


Observação: periférica e manutenção de Cateter Venoso
As informações referentes à prevençãosão Periférico (I).
dirigidas mais especificamente à flebite. Para - Antes de se iniciar a terapia intravenosa deve ser
conhecer todas as condutas para complicações avaliado:
relacionadas ao uso de Cateter Venoso • Condições do acesso venoso (local e trajeto
Periférico, leia o protocolo de Cateter Venoso do vaso cateterizado);
Periférico. • Tipo de terapia intravenosa prescrita;
• Risco de infecção;
• Investigar incompatibilidades de drogas
infundidas;
64

• Avaliar os cuidados específicos a

droga a ser infundido.


- Escolher veias mais calibrosas para infusão
de soluções hipertônicas (II).
- Escolher o cateter de menor calibre para
indicação terapêutica (II).
- Iniciar a cateterização venosa periférica por
veias mais distais nos membros superiores (mãos)
(I).
- Fixar o cateter apropriadamente para
prevenir lesão endotelial do vaso

competência do profissional para


realização de punção venosa (I).
- Realizar a lavagem adequada de mãos (I).
- Em pacientes suscetíveis à infecção utilizar
filtros de linha de 0,22 micra (III).
- Conhecer o pH de drogas de risco conforme
abaixo:

Droga pH diluição adulto (ml):


Amicacina: 4.5 150 ml;
Anfotericina B: 5,0 – 7,0 100 ml
Cimetidina: 3,8 – 6,0 150 ml
Cefazolina: 4,5 – 5,5 150 ml
Doxiciclina: 2,6 200 ml
Dopamina: 3,0 - 4,5 200 ml
Gentamicina: 3,0 – 5,5 150 ml
Morfina: 3,0 – 6,0 100 ml
Norepinefrina: 3,0 – 4,5 200 ml
* Essas drogas devem ser administradas no
maior volume possível
Tolerado clinicamente pelo paciente; antes de aplicar
essas recomendações avaliar as condições
clínicas- As diluições recomendadas para faixa
etária pediátrica devem ser do paciente (III).
calculadas levando-se em consideração o tipo de
terapia prescrita, peso e condições clínicas da criança
(III);
- Quando é necessária infusão de drogas com pH
acido ou muito básico (pH <6 ou >8), ou ainda
drogas hipertônicas (>375 nOml), recomenda-se
utilizar bombas de infusão para manutenção de fluxo
constante de infusão e diluir no maior volume
tolerado pelo paciente em tempo de infusão
apropriado (III).
Soluções hipertônicas: SG10%, SG 20%, SG 50%,
NaCl 3%, NaCl 5%, SG 5% com NaCl 0,45% , SG
5% NaCl0,9%, Bic Na.
65

- A infusão de potássio no CVP recomendado é de


20 mEq por hora ou 200 mEq a cada 24 horas. Em
casos de prescrições que ultrapassem esses limites
intensificar a observação e considerar risco de
desenvolvimento de complicações (III). Cada
ampola de KCL 19,1% possui 2,56 mEq de potássio
em cada ml de solução.
Medidas de Intervenção: - Seguir a rotina de cuidados com cateter venoso
- Seguir a rotina do Hospital Santa Helena periférico (I);
quanto à manutenção do cateter venoso - Perante o risco de flebite durante a infusão
periférico. contínua de medicamentos, a equipe de enfermagem
deve avaliar o local de inserção do cateter venoso
periférico a cada quatro horas em adulto e crianças
maiores de 12 anos. Para crianças >12 anos
recomenda-se para prevenção de complicações, a
inspeção a cada duas horas (III); durante o uso
intermitente do cateter a equipe de enfermagem deve
avaliar o
local de inserção a cada 6 horas (III).
Avaliação Para avaliação da presença de flebite deve ser
- Em casos de suspeitas de flebite, o aplicada a escala de grau de flebite da Intravenous
enfermeiro deve determinar a presença e Nursing Society – 2000, conforme reproduzida
avaliar a severidade da complicação por meio abaixo
da aplicação da escala de flebite (ver tabela
de avaliação de flebite).
Tratamento instituído (1) -Profilaxia
Em grau 0 sem sinais –medidas conservativas.
Em grau 1 - Retirar o Cateter Venoso Periférico e
instalar novo cateter em outro membro,
Flebite acima Grau 1 preferencialmente não cateterizando o membro
afetado por 72-96 horas. Caso o paciente não possua
condições de instalação de outro acesso, discutir com
a equipe médica a conduta a ser tomada (II).
- Realizar a aplicação de compressas mornas
úmidas, em caso de suspeita de flebite mecânica ou
infecciosa durante 15 minutos a cada 8 horas (III).
- Encorajar o paciente a mobilizar o membro
afetado (III).
- Manter a extremidade elevada, quando o paciente
estiver em descanso (III).

- Instituir tratamento médico prescrito e discutir


continuidade de aplicação de compressas locais (I).
- Avaliar sinais sistêmicos de complicações
infecciosas (febre, náusea, vômito e tremores) (I).
- Avaliar condições do local de
lesão a cada oito horas e anotar na documentação de
enfermagem.
- Avaliar o resultado do cuidado e tratamento
instituídos e documentar na evolução
66

multiprofissional.
- O registro deve conter obrigatoriamente dados
referentes à:
• Local da lesão;
• Intensidade da flebite de acordo com a
classificação da INS;
• Notificação do médico responsável/equipe.

Resultados Esperados - Indicadores - Manter a taxa de flebite dentro do aceitável


clínicos recomendado pela INS (Intravenous Nursing
Society);
A taxa de flebite aceitável é de 5% ou menos em
qualquer tipo de paciente (I);
- Registrar como ocorrência adversa ao paciente,
toda flebite classificada com grau 1 ou mais;
- Calcular taxa de incidência, que deve ser feita de
acordo com fórmula padronizada:

Número de flebite X 100 = % de FP

Nº total Cateter Venoso Periférico;


- Obter uma conduta 100% padronizada em casos de
flebite em paciente com Cateter Venoso Periférico;
- Obter resultados de avaliação igual a 0 (INS -
Intravenous Nursing Society) na tabela de avaliação
de flebite no momento da alta do paciente em relação
ao plano de conduta/protocolo;
- O cálculo da taxa de flebite será realizado por meio
de busca ativa da prescrição de enfermagem e
registro da ocorrência adversa ao paciente.

TABELA - ESCALA DE AVALIAÇÃO DE FLEBITE (INFUSION NURSING


STANDARDS OF PRACTICE - INS)
67

Grau Critérios Clínicos

0 Sem sintomas.
1 Eritema no local do acesso com ou sem dor.
Dor no local do acesso com eritema e ou edema.
2

Dor no local do acesso com eritema e ou edema, formação


de estria, linha, cordão venoso palpável.
3

Dor no local do acesso com eritema ou edema, formação


de estria/linha, cordão venoso palpável maior 2,5 cm de
4 comprimento, drenagem purulenta.

TABELA – FATORES ASSOCIADOS COM FLEBITE RELACIONADA À


TERAPIA INTRAVENOSA REALIZADA POR MEIO DE CATETER VENOSO
PERIFÉRICO
• Material do cateter;

• Tamanho do cateter;
• Local de inserção do cateter;

• Experiência do profissional que realiza o procedimento;

• Duração da cateterização;

• Composição da solução infundida;

• Frequência de troca de curativos;

• Infecção relacionada ao cateter;

• Preparo da pele;

• Fatores do hospedeiro;

• Inserção de emergência.

FONTE: Person: Guideline for prevention of intravascular device-related


infections. The Hospital Infection Control Practices Advisory Committee CDC, April,
1995.

TABELA – MEDICAMENTOS X FLEBITE


68

Nome do Nome comercial Flebite Incidências


princípio ativo

Aciclovir Zovirax - frasco Altas concentraçõesde Flebite passageira tem


ampola aciclovir (7 mg/ml) ocorrido em 2 de 11
eminfusão intravenosa pacientes
podem causar flebite ou imunodeprimidos com
inflamaçãono local da infusão intravenosa.
injeção
Anfotericina B Fungison frasco Pode ocorrer flebite em
Anfotericina B ampola; Ambisome Administração
liposomal Frasco ampola. terapêutica de
Anfotericina B. Pode
ser
Minimizada com
Taxas de infusão baixas
pelo menos seis horas.
Asparaginase Elspar frasco Intravenoso pode Baixa
ampola. causar flebite.

Aztreonan Azactam frasco Reações locais como 2,4 %.


ampola. inchaço, desconforto e
flebite.
Carmustina Becenum frasco Infusão intravenosa
ampola. rápida com tempo
inferior a duas horas
pode causar dor intensa
e queimação no local da
injeção.
Casponfungina Cancidas A flebite foi efeito 13%
colateral mais Comum
em pacientes com
candidíase esofagial.
Cefepima Maxcef frasco Pode ocorrer flebite em Reações locais 3%;
ampola. sua administração flebite em dois
terapêutica. dos 19 pacientes que
receberam 1g IV a
cada 12 horas.
69

Cefotaxima Claforan frasco Pode ocorrer flebite em 12 dos 2505 pacientes


ampola. sua administração que receberam a droga
quando injeção bolos. relataram flebite
Relatados casos de (0,40%). Em pacientes
flebite em pacientes pediátricos a flebite foi
pediátricos. relatada em 0,3% em
2243 pacientes.

Ceftriaxona Rocefin frasco Flebite ocorreu em 1,9% de 2640 dos


ampola. Pacientes com infusão pacientes.
IV ou IM

Cefuroxima Zinacef frasco Dados de um estudo De 3 a 10% dos


ampola. indicaram que risco de pacientes.
flebite em infusão não é
afetado
significantemente se a
administração
intravenosa é contínua
ou intermitente,
contudo, o risco tende a
diminuir com infusões
contínuas.
Dantroleno Dantrium frasco Flebite e m
ampola. administração
parenteral

Epirrubicina Farmorrubicina Relatados casos


injetável. de flebite.

Etoposido Eunodes Relatos de flebite


Vespeside química com soluções
injetável. concentradas.

Ganciclovir Cymevene injetável Flebite no local da Pacientes com Aids ou


Injeção (possível ou receptor
provável ocorrência). transplantado.
70

Ifosfamida Holoxane injetável Flebite no local da Menos de 1%.


injeção pode ocorrer
necrose superficial com
o extravasamento.
Lidocaina Xilocaína/Xilestesi Efeitos colaterais
n com ou sem cardiovasculares raros
vasoconstritor de injeção
frasco ampola. intravenosa incluíram,
entre outros, a flebite.
Propofol Diprivan/Fresofol Dor local quando Em 1465 dos
(ampola/seringa) Pequenas veias São pacientes em uso da
utilizadas, flebite e droga, 28%
trombose no pós- apresentaram dor
operatório. quando se utilizou veia
de baixo calibre.
Incidência de 0,6% de
flebite e 0.2% de
trombose em 562
pacientes nos pós-
operatórios.

Cloreto de Sódio Cloreto de Técnica inadequada de Rara.


sódio/Soro Administração pode
Fisiológico causar flebite ou
injetável trombose Venosa na
extensão do local
Da injeção (solução
muito aquecida ou
muito fria pode causar
flebite térmica).
Teicoplamina Targocide frasco Raros relatos de
ampola flebite ou tromboflebite.
Ticarcilina Timentim frasco Tromboflebite e dor são 9% ou mais para
ampola comuns no tratamento flebite e 33% para dor
+ ácido injetável. no local.
clavulânico

Vancomicina Vancocide/Vancos Elevada incidência Flebite ocorreu em 32


on frasco ampola. de flebite na terapia dos 35 locais
intravenosa. intravenosos (91%)
Tromboflebite em todos em seis Pacientes que
os pacientes que receberam 0,5 – 1 g em
receberam por meio de SG 5% com taxas de
cânula em veia infusão que não
periférica. excederam 1g /h.
É irritante ao tecido e
71

deve ser administrada


por
via intravenosa com
muito cuidado. Dor,
hipersensibilidade no
local e até necrose com
extravasamento
acidental. Administrar
lentamente mais ou
menos 60 minutos em
solução diluída e
odiziando os locais de
infusão.

Acompanhamento conjunto/Interconsulta
- Solicitar acompanhamento médico se a avaliação de enfermagem evidenciar
flebite maior que nível 1 (ver item da avaliação escala grau de flebite da INS - Intravenous
Nursing Society).
- Acompanhamento diário por meio de registro na evolução multiprofissional
direcionado à avaliação da flebite segundo os critérios clínicos constantes na tabela escala
grau de flebite INS - Intravenous Nursing Society.
- Monitoração e acompanhamento pelo indicador obtido por meio das
informações contidas no resumo de alta do enfermeiro referência.

Critérios de Admissão no Protocolo/Plano de Conduta

- Pacientes portadores de Cateter Venoso Periférico com risco para


desenvolvimento de flebite;
- Quadro de flebite instalado com grau igual ou superior a um, em relação aos
parâmetros da escala de grau de flebite da INS - Intravenous Nursing Society.
- Pacientes que apresentam sinais de flebite, após a retirada o Cateter Venoso
Periférico, caracterizando flebite pós-infusão. Esse tipo de flebite caracteriza-se por sinais
tardios de inflamação do vaso, os quais podem estar presentes até 72 horas após a retirada
do Cateter Venoso Periférico.
- A presença de flebite deve ser registrada como ocorrência adversa ao
paciente e a conduta para o tratamento de flebite deve ser instituída.
72

Critérios de Alta do Plano de Conduta/Protocolo

- Ausência de sinais de flebite na retirada do Cateter Venoso Periférico e até


72 horas;
- Controle dos sinais e/ sintomas de flebite, com resultado igual a 0 na tabela 3
no momento da alta do paciente em relação ao plano de conduta/protocolo.

ducação do paciente

Recomendações antes, durante e após o tratamento por meio de terapia Cateter


Venoso Periférico.
Antes do procedimento:
- Orientar quanto aos objetivos da terapia intravenosa;
- Orientar quanto ao risco e os aspectos que podem influenciar o
desenvolvimento de flebite;
- Orientar quanto às limitações de movimento;
- Orientar quanto à possibilidade de complicações;
- Orientar para a importância de relatar ao enfermeiro dor ou desconfortos
relacionados no local de punção.

Durante o procedimento:
- Orientar e auxiliar o paciente nas atividades de cuidado pessoal e na
deambulação;
- Solicitar relato e observação de hiperemia, edema e dor local;
- Informar sobre as intervenções para cuidados, caso
ocorra
o desenvolvimento de flebite;
- Orientar para relatar diminuição dos sintomas locais;
- Orientar para relatar ao médico ou ao enfermeiro qualquer sintoma de
desconforto local ou sistêmico.

• Pós-procedimento
73

- Orientar o paciente para relatar sinais de dor ou desconforto no local de


inserção do cateter, mesmo depois da alta do tratamento;
- O paciente não deverá apresentar sinais sistêmicos de complicações;
- Orientar para a possibilidade de sinais e sintomas de apresentação tardia, até
72 horas após a retirada do Cateter Venoso Periférico;
- Orientar o paciente para retornar ao hospital ou notificar ao médico caso
apresente: febre, náusea, vômito ou tontura;
- Fornecer o telefone do hospital.

Instruções específicas na ocasião da alta do Plano de Conduta/Protocolo

- Paciente deverá saber relatar sinais de desconforto local, citar os sinais


sistêmicos de complicações e saber a importância de observá-los dentro de 72 horas após
a retirada do cateter;
- Registrar na orientação de alta do enfermeiro preenchendo os campos de
revisão, identificação do risco, fatores de risco e resultado.

Treinamento

- Treinamento realizado sempre que necessário e no período admissional.

Registro

- Registrar toda ocorrência de flebite. Importante relatar diariamente quantidade


de pacientes em uso de Cateter Venoso Periférico.

PROTOCOLO DE COLETA DE SANGUE ARTERIAL PARA


GASOMETRIA

Definição

Consiste na obtenção de uma amostra de sangue arterial para análise.


74

Indicação

Avaliar as trocas gasosas e o equilíbrio ácido-básico. Os locais de punção são, por


ordem de prioridade, as artérias radiais, braquiais, pediosas e femorais.

Executantes

Enfermeiro e médico.

Materiais

Bandeja auxiliar contendo:


▪ Luvas de procedimento;
▪ 1 seringa descartável de 1 a 5 ml;
▪ 1 agulha descartável de calibre 13x5, 25x7, 25x8 ou dispositivo venoso
periférico (escalpe) no 21 ou 23 conforme artéria a ser puncionada;
▪ 2 swab de álcool a 70%;
▪ 1 dispositivo descartável para vedação da conexão;
▪ Heparina sódica 5000 UI/ml;
▪ 1 bola de algodão seca;
▪ Micropore;
▪ 1 saco plástico protetor da seringa para encaminhamento do exame;
▪ 1 etiqueta de identificação do paciente.

Descrição do procedimento

Lavar as mãos;
▪ Abordar o paciente e explicar as razões para a coleta do exame;
▪ Avaliar as condições clínicas do paciente;
Realizar a desinfecção do frasco de heparina sódica com swab de álcool a 70%;
▪ Escolher o calibre adequado da agulha ou do escalpe;
▪ Adaptar a agulha ou o escalpe a seringa a aspirar 0,2 ml de heparina
sódica, lubrificando a seringa em toda a sua extensão, a seguir empurrar o êmbolo
75

de volta até o fim;


▪ Calçar as luvas;
▪ Posicionar confortavelmente o paciente, apoiando o membro a ser
puncionado sobre uma superfície firme, com a musculatura relaxada;
▪ Realizar o teste de Allen: comprimir simultaneamente as duas artérias
(radial e ulmar) pedindo ao paciente que feche e abra várias vezes à mão, essa ficará com
sinais de isquemia e pálida. Em seguida, com a mão do paciente aberta, retirar os dedos
da artéria ulmar. A coloração rósea deve voltar, indicando boa circulação colateral;
▪ Palpar o pulso radial;
▪ Realizar a antissepsia do local da punção com um novo swab de álcool a
70%;
▪ Puncionar com a agulha inclinada a 45o e o bisel voltado para cima.
Observar o enchimento espontâneo de sangue na seringa ou realizar aspiração até
o volume determinado (3 ml);
▪ Retirar a agulha e pressionar o local com algodão seco por no mínimo cinco
minutos;
▪ Realizar um curativo local com algodão seco e micropore;
▪ Remover imediatamente bolhas de ar da seringa;
▪ Retirar cuidadosamente a agulha da seringa, sem jamais recolocar a tampa;
▪ Tampar a seringa com o dispositivo descartável para vedação da conexão;
▪ Realizar rotação da seringa entre as mãos;
▪ Identificar a seringa com a etiqueta do paciente;
▪ Colocar a seringa no saco plástico protetor;
▪ Recolher todo o material e deixar a unidade em ordem;
▪ Retirar as luvas e lavar as mãos;
▪ Encaminhar imediatamente a seringa ao laboratório, de preferência em
gelo;
▪ Registrar o procedimento realizado.

Registro

O enfermeiro e o médico devem registrar o procedimento na Evolução


76

Multidisciplinar relatando suas condições respiratórias no momento da coleta do exame,


bem como: respiração espontânea (FR), suplementação de oxigênio (Fluxo ou FIO2),
suporte ventilatório (tipo, FIO2, frequência, V.C.) e intercorrências, se houver.

CUIDADOS DE ENFERMAGEM COM CATETERES EPIDURAIS PARA


CONTROLE DA DOR

A utilização do cateter peridural (CPD) para analgesia é uma das ferramentas


eficazes para controle e alívio da dor pós-operatória.
A analgesia peridural promove uma analgesia segmentar prolongada e efetiva,
com pequeno ou nenhum efeito.
A coluna vertebral é constituída de sete vértebras cervicais (C1-C7), 12 torácicas
(T1-T12), cinco lombares (L1-L5), cinco vértebras sacrais (fundidas em um osso único,
o sacro) e o cóccix. Juntos, formam um canal que protege a medula, suas membranas (pia-
máter, aracnoide e dura-máter), as raízes nervosas, o tecido frouxo e os vasos sanguíneos.
A implantação do cateter peridural está representada na figura a seguir.

A medula espinhal, localizada dentro dos ossos da coluna vertebral, é uma


estrutura contínua que se estende do forâmen magno até aproximadamente o primeiro ou
segundo espaço intervertebral lombar (L1-L2).
O espaço subaracnóideo da coluna espinhal, também conhecido como raquidiano
ou intratecal, é delimitado externamente pelas membranas aracnoide e dura-máter e,
77

internamente, pela pia-máter. Esse espaço contém a medula que é banhada pelo líquido
cefalorraquidiano (LCR). Analgésicos administrados no espaço subaracnóideo são
referidos como analgésicos espinhais ou intratecais.
O espaço peridural (epidural ou extradural) está localizado entre a dura- máter e o
ligamento amarelo. É um espaço virtual formado de tecido adiposo e vasos sanguíneos
que está localizado entre o ligamento amarelo da coluna vertebral e a dura-máter (PASIN
E SCHNATT, 2007).
O cateter peridural é um dispositivo de material biocompatível, descartável,
radiopaco, resistente e flexível, que se ajusta facilmente às particularidades anatômicas
da coluna vertebral. Por ser transparente, permite visualização de refluxo de sangue ou
liquor quando seu conteúdo é aspirado.
De ponta romba, com fundo cego, dificulta a canalização de vasos sanguíneos ou
a perfuração da dura-máter. Por ser multiorificial, facilita a dispersão do fármaco. Seu
comprimento varia de 90/100 cm e tem capacidade para um volume interno de 0,4 mL.
Possui marcas I, II, III e IIII que delimitam cada 5 cm de seu comprimento,
facilitando a definição da profundidade de inserção do cateter dentro do espaço peridural.
A implantação do CPD é ato médico. É introduzido por meio da punção com
agulha de Tuohy em um espaço intervertebral da coluna espinhal no ponto médio dos
dermátomos envolvidos na lesão cirúrgica. Quando a agulha alcança o espaço peridural,
o CPD é deslizado pelo seu lúmen.
Dermátomos são projeções na pele da inervação dos nervos vertebrais
correspondentes. Na extremidade distal do cateter peridural é instalado um filtro
antibacteriano para uso por 72 horas.

ANALGÉSICOS E ANESTÉSICOS LOCAIS

Os analgésicos opioides e anestésicos locais administrados no espaço peridural


difundem-se por meio das meninges e do líquido cefalorraquidiano para os receptores no
corno posterior do canal medular, provocando analgesia dose- dependente.
Os opioides usados no espaço peridural alcançam a mesma efetividade analgésica
em relação às vias sistêmicas (enteral ou parenteral), proporcionando diminuição dos
efeitos adversos.
Quando a medicação é administrada para analgesia no espaço peridural, tem a
função de servir de depósito para os analgésicos opioides e anestésicos locais.
78

As duas classes de drogas comumente usadas para analgesia peridural são os


analgésicos opioides e os anestésicos locais. Podem ser administrados em dose única ou
infusão contínua por meio da utilização de bombas de infusão específicas para analgesia
por cateter peridural.
A difusão das medicações utilizadas no peridural dá-se através da dura- máter para
o líquido cefalorraquidiano e medula espinhal, captação e absorção vascular da droga com
ligação aos receptores opioides na medula e encéfalo, e por meio da passagem da droga
do depósito de gordura para a circulação sistêmica.

ANESTÉSICOS LOCAIS

Os anestésicos locais são substâncias químicas capazes de inibir a geração e a


condução dos potenciais de ação nociceptivos bloqueando os canais de sódio, resultando
em bloqueios sensorial, autonômico e motor reversíveis .
A administração de anestésicos locais no espaço peridural provoca analgesia ou
anestesia, dependendo da concentração e volume (ml/h) utilizados. Os principais
anestésicos locais utilizados são a bupivacaína, lidocaína e ropivacaína. Se utilizados em
baixa concentração produzem adequada analgesia sensitiva com o mínimo de bloqueio
motor.
Porém, doses concentradas de anestésicos locais produzem bloqueio motor e/ou
bloqueio simpático, restringindo a deambulação e produzindo hipotensão. Pacientes
recebendo analgesia por infusão peridural necessitam monitoração da alteração de
sensibilidade e/ou motricidade dos membros inferiores e da pressão arterial.
Os efeitos adversos dos anestésicos locais são percebidos no sistema
cardiovascular, ocorrendo hipotensão arterial devido o bloqueio simpático e
vasodilatação proporcional à concentração do anestésico, local e velocidade da infusão e
volume. Estão relacionados ao bloqueio simpático e das vias sensoriais que inervam a
bexiga, podendo causar retenção urinária.
Proporcional à concentração do anestésico e ao volume total usado, o paciente
pode referir parestesia ou diminuição de força em um ou ambos os membros inferiores.
A administração inadvertida de anestésicos locais em vaso sanguíneo causa
sintomas de toxicidade ao anestésicos locais, que primariamente se manifesta por
fotofobia, tonturas, gosto metálico, zumbido e, tardiamente, por tremores, convulsões,
depressão do sistema nervoso central, depressão respiratória e hipotensão grave.
79

ANALGÉSICOS OPIOIDES

A ação da morfina e de outros opioides consiste em ligar-se aos receptores


opioides presentes no sistema nervoso e às terminações nervosas aferentes primárias,
inibindo a liberação da substância P e de outros neurotransmissores.
Os principais opioides utilizados por via periduralsão são a morfina e o fentanil.
Por ser lipossolúvel, o fentanil penetra facilmente nas membranas e nos tecidos espinhais,
promovendo um rápido início da ação analgésica, mas com duração limitada. Já a
morfina, que é hidrossolúvel, tem dificuldade em penetrar nos tecidos espinhais e se
difunde mais vagarosamente, tendo um início de ação prolongado, porém com ação
analgésica duradoura.
Os efeitos adversos dos analgésicos opioides no peridural aparecem como prurido,
principalmente no rosto, tórax e abdome –, e depressão respiratória, que é dose-
dependente e está sempre associada e precedida pela sedação.
Náuseas e vômitos estão relacionados à estimulação dos quimiorreceptores da
zona de gatilho do vômito. A retenção urinária é a causa de desconforto, bem como a
ocorrência de ileoparalítico.

CUIDADOS DE ENFERMAGEM E MANEJO DE EFEITOS ADVERSOS

ORIENTAÇÕES GERAIS

➢ Manter acesso venoso enquanto o paciente estiver recebendo analgesia por


via peridural.
➢ As medicações de uso peridural são estéreis e designadas para isso.
➢ Pacientes em analgesia contínua por cateter peridural podem deambular
com auxílio, nunca sozinhos. Avaliar a presença de bloqueio sensitivo, que impede a
adequada propriocepção.
➢ Os anestesiologistas são os profissionais que estão habilitados legalmente
para inserção, administração de medicamentos e retirada do cateter peridural. O
enfermeiro está habilitado para avaliações do paciente em relação à analgesia.
80

➢ Pelo peridural e curativos do cateter peridural.

AVALIAÇÃO DA EFICÁCIA DA ANALGESIA

A dor é avaliada e registrada como o quinto sinal vital. As escalas quantitativas


utilizadas na avaliação da dor são a escala numérica verbal (ENV), análoga visual (EAV)
e categórica verbal (ECV).
Se o paciente apresentar escala de dor > 3 (ENV/EAV) ou dor moderada (ECV),
utilizar doses analgésicas de resgate conforme prescrição médica e iniciar terapias
complementares, como abordagem comportamental e terapias físicas. Se a dor persistir >
3, comunicar o plantão médico.

AVALIAÇÃO E MANEJO DE EFEITOS ADVERSOS

SEDAÇÃO E DEPRESSÃO RESPIRATÓRIA

Monitorizar índices de sedação, conforme Escala de Sedação de Ramsay: 1=


Ansiedade, agitação;
2= Cooperativo, orientado, tranquilo; 3= Responde somente a comandos;
4= Resposta ativa ao estímulo auditivo baixo ou glabela; 5= Resposta lentificada
ao estímulo;
6= Sem resposta ao estímulo.

A incidência de depressão respiratória é precedida por sedação extrema. Se o


paciente apresentar sedação = 3 e FR < 10, parar a infusão do analgésico peridural,
verificar a saturação periférica de oxigênio (SpO2) e solicitar avaliação do plantão
médico.
Avaliar frequência respiratória (FR) e sedação em frequência horária nas
primeiras 24 horas e após, a cada quatro horas.

ATENÇÃO: O aumento do grau de sedação ocorre prioritariamente à depressão


respiratória.
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NÁUSEAS E VÔMITOS

Na ocorrência de náuseas, orientar exercícios de inspiração profunda e expiração


tranquila. Se necessário, administrar antiemético conforme prescrição médica. Se
persistirem, procurar outras causas para a ocorrência e comunicar o plantão médico.

PRURIDO

É comum ocorrer prurido após uso de opioide por via peridural ou subaracnoide,
inicialmente na face e estendendo-se, por vezes, ao tronco anterior e posterior e membros.
O tratamento é medicamentoso, com anti-histamínicos. Deverá constar na prescrição
médica e será utilizado se o prurido for intenso ou desconfortável ao paciente. Comunicar
o plantão médico.

RETENÇÃO URINÁRIA

Avaliar presença de globo vesical. Se presente, realizar manobras miccionais ou


sondagem vesical de alívio. Avalie o débito urinário: volume > 1 mL/kg/h.

HIPOTENSÃO ARTERIAL

Diagnosticar a causa da hipotensão: cirúrgica (por exemplo, perda sanguínea) ou


anestésica (por exemplo, vasodilatação periférica). Se PA sistólica < 90 mmHg,
suspender a analgesia contínua e comunicar o responsável pelo CPA. Verificar a PA a
cada quatro horas. Comunicar o plantão médico se o resultado for menor que 20% da PA
pré-operatória do paciente de causa anestésica.

PERDA OU DIMINUIÇÃO DA FUNÇÃO MOTORA OU SENSITIVA

Avaliar a função motora e sensitiva dos MMII a cada quatro horas, ou mais,
frequentemente, se ocorrerem alterações. Na ocorrência de alterações (parestesias ou
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paresias), o paciente refere formigamento ou peso em algum local dos MMII e/ou quadril.
Avaliar a motricidade por meio da escala de Bromage.
Não permitir deambulação se o paciente apresentar perda de força ou sensibilidade
em alguma região das extremidades ou tronco. Comunicar o plantão médico das
alterações da função motora ou sensitiva. Suspender a infusão contínua por cateter
peridural.
* Escala de Bromage: avaliação do bloqueio motor:

➢ Flexiona o joelho;
➢ Flexiona pouco o joelho;
➢ Flexiona apenas o pé;
➢ Não movimenta os membros inferiores.

AVALIAÇÃO PARA POSSÍVEIS COMPLICAÇÕES DA PRESENÇA DO


CATETER PERIDURAL

ABSCESSO PERIDURAL

Avaliar o local de inserção do cateter a cada turno em busca de sinais de infecção


(edema, calor local, dor, hiperemia). Verificar a ocorrência de hipertermia e diminuição
das funções motoras e sensitivas dos membros inferiores. Registrar os achados no
prontuário. Comunicar o plantão médico na ocorrência de alterações.

HEMATOMA PERIDURAL

A perda súbita ou progressiva da sensibilidade ou motricidade dos membros


inferiores, mesmo quando suspensa a infusão contínua da solução peridural, além de dor
súbita ou progressiva no local da punção, pode indicar complicação grave.
Comunicar imediatamente o plantão médico. Quanto mais precoce a inferência,
menos graves serão os danos. Pacientes em uso de anticoagulante parenteral necessitam
cuidados especiais na prevenção de hematomas peridurais.
O cateter não deve ser retirado antes de completar, no mínimo, duas horas após a
última dose de heparina e 12 horas após a última dose de heparina de baixo peso molecular
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(HBPM). Após a retirada do cateter, não administrar heparina ou HPBM por, no mínimo,
duas horas.

Causa sobredose de anestésico local ou opioide – súbita ou progressivamente,


ocorre aumento dos efeitos adversos, como sedação, perda ou diminuição da sensibilidade
ou motricidade; hipotensão, depressão respiratória e midríase. Interromper a infusão e
comunicar ao plantão médico.

MIGRAÇÃO DO CATETER PARA VASO SANGUÍNEO

Causa administração sistêmica de medicações a serem utilizadas no espaço


peridural. Avaliar se há presença de sangue na luz do cateter peridural, aspirando-o com
seringa. Avaliar a presença de dor, pois certamente a analgesia está inadequada. Avaliar
a presença de sintomas de toxicidade ao anestésico local. Interromper a analgesia e
comunicar ao plantão médico. Essa é uma situação de urgência.

CUIDADOS COM CATETER PERIDURAL

AVALIAR AS CONDIÇÕES DO CURATIVO DO CATETER


PERIDURAL

Trocar o curativo quando apresentar drenagem de sangue ou secreções pelo ponto


de inserção. Usar técnica asséptica. Para antissepsia, utilizar solução fisiológica a 0,9% e
clorexidina alcoólica 0,5%, conforme orientação da Comissão de Infecção Hospitalar.
Para fixação, utilizar curativo adesivo (filme transparente). Proteger a ponta distal com
filtro antibacteriano, compressa limpa e tarja de identificação.

AVALIAR AS CONDIÇÕES DO CATETER PERIDURAL E DO SÍTIO DE


INSERÇÃO

Os curativos do cateter peridural devem ser inspecionados a cada turno. Deve-se


inspecionar o local da inserção do cateter no mínimo uma vez por dia. Observar os sinais
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de inflamação, como edema, abaulamentos superficiais, hiperemia, dor local ou sinais de


infecção com a presença de secreção purulenta.
Registrar diariamente no prontuário as condições percebidas durante a inspeção
local e/ou na troca do curativo. Analisar as condições do cateter peridural quanto à
demarcação, tração, dobra, contaminação, vazamento e/ou obstrução.
Na ocorrência de deslocamentos ou sinais infecciosos, comunicar ao plantão
médico. Se ocorrer desconexão do cateter peridural com o filtro ou equipo, quebra do
cateter peridural ou filtro, não se deve reconectar. Proteger a ponta do cateter peridural
com tampa estéril com técnica asséptica e comunicar ao plantão médico. Lembre-se: caso
ocorra contaminação, o sistema nervoso central é atingido.

DESLOCAMENTO ACIDENTAL DO CATETER PERIDURAL

O cateter peridural está fixado à pele apenas pelo curativo adesivo. Na ocorrência
de deslocamento acidental, comunicar e guardar o cateter peridural para que o plantão
médico avalie a sua integridade.

ORIENTAÇÕES AOS PACIENTES E FAMÍLIA

O paciente e sua família devem ser informados sobre a importância do manejo da


dor. Devem ser instruídos a comunicar a presença de dor (mesmo leve) ou apenas
desconforto ao uso das escalas de dor, às diferentes vias dos efeitos colaterais. A equipe
de enfermagem deve estar ciente das expectativas do paciente e família quanto ao
tratamento analgésico.

REGISTROS DE ENFERMAGEM

Nos registros de enfermagem em folha de evolução, incluir o aspecto do sítio de


inserção do cateter peridural, a marca do cateter na pele (marca I, II, III ou IIII), bem
como as condições gerais do paciente e as relacionadas com analgesia pelo cateter
peridural descritas anteriormente.

Cuidar do paciente com analgesia por cateter peridural requer preparo da equipe
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de enfermagem relacionado aos fármacos utilizados, monitorização dos paraefeitos,


manejo das complicações e dos equipamentos.
Para que a utilização dos analgésicos seja potencializada, é imperativo o uso
complementar de terapias analgésicas não farmacológicas. Mais do que conhecimento e
habilidade, requer atitude da equipe de enfermagem para oferecer ao paciente e sua
família segurança e um cuidado amoroso, tecnicamente competente e eticamente
responsável.
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