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SUMÁRIO
A EVOLUÇÃO .....................................................................................................9
ENFERMEIRO ....................................................................................................11
PARECERES .......................................................................................................12
EPIDERME .........................................................................................................13
DERME ...............................................................................................................14
EPITELIZAÇÃO .................................................................................................23
A FISIOLOGIA ...................................................................................................26
FISIOPATOLOGIA ............................................................................................39
CONDUTAS........................................................................................................46
TERAPIA ............................................................................................................47
DOR .....................................................................................................................47
PÉ DE CHARCOT ..............................................................................................53
DEFINIÇÃO ........................................................................................................56
PATOGÊNESE....................................................................................................57
TRATAMENTO ..................................................................................................62
DEFINIÇÕES ......................................................................................................64
A AVALIAÇÃO ..................................................................................................73
CICATRIZES ......................................................................................................82
CELULITE/INFLAMAÇÃO ..............................................................................83
DOCUMENTAR .................................................................................................83
HIDROGEL .......................................................................................................105
ARNICA ............................................................................................................126
BABOSA ...........................................................................................................126
CALÊNDULA ...................................................................................................127
OSTOMAS ........................................................................................................129
QUEIMADOS ...................................................................................................133
O TRATAMENTO ............................................................................................141
INDICAÇÃO TERAPÊUTICA.........................................................................141
CONTRAINDICAÇÕES ...................................................................................142
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM ..............................................................143
EVOLUÇÃO .....................................................................................................144
REFERÊNCIAS ................................................................................................144
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A HISTÓRIA
No período medieval, Galeno (século II d.C), que era médico do grande imperador
Marco Aurélio, instaurou a teoria da secreção purulenta. Nessa teoria acreditava-se que a
formação da secreção era fundamental para a cicatrização.
Usava na sua terapêutica:
• Água do mar, do mel, tinta de caneta e barro.
• As lesões ulceradas eram ligadas com figos (que contêm Papaína).
• Teia de aranha.
Entretanto nessa época houve uma grande escassez de óleo, o que possibilitou a
substituição por gema de ovo e óleo de rosa, o que aumentou a taxa de sobrevida da
população.
A EVOLUÇÃO
Art. 1°: A enfermagem é uma profissão comprometida com a saúde do ser humano
e da coletividade. Atua na promoção, proteção, recuperação da saúde e reabilitação das
pessoas, respeitando os preceitos éticos legais.
Art. 4°: O profissional da enfermagem exerce suas atividades com justiça,
competência, responsabilidade e honestidade.
Art. 5°: O profissional de enfermagem presta assistência à saúde visando a
promoção do ser humano como um todo.
Art. 7°: recusar-se a exercer atividades que não sejam de sua competência legal.
Art. 14°: Atualizar seus conhecimentos técnicos, científicos e culturais.
Capítulo III: Das responsabilidades
ENFERMEIRO
Lei nº 7.498/86 em seu Artigo 11, Alínea j:
É privativo do enfermeiro: A prescrição da assistência de enfermagem.
TÉCNICO DE ENFERMAGEM
Lei 1498/1986, Artigo 10, Parágrafo II:
Executar atividades de assistência de enfermagem, excetuadas as privativas do
enfermeiro e as referidas no artigo 9° deste decreto.
AUXILIAR DE ENFERMAGEM
Lei 7.498/1986, Artigo 11, Parágrafo III:
Executar tratamentos especificamente prescritos, ou de rotina, além de outras
atividades de enfermagem, tais como: Alínea c, fazer curativos.
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PARECERES
COREN-SP: Parecer (1998) sobre a prescrição de curativo e criação da comissão
de curativos. Parecer (1999) sobre o desbridamento de feridas.
COREN-MS: Parecer 001/2005, sobre o desbridamento de feridas.
“O desbridamento cirúrgico pode ser realizado pelo enfermeiro, desde que não
atinja tecido muscular e que não necessite de narcose ou anestesia. ”
• Metabolismo.
São três as camadas da pele:
• EPIDERME;
• DERME;
• TECIDO SUBCUTÂNEO.
EPIDERME
DERME
TECIDO SUBCUTÂNEO
CLASSIFICAÇÕES E DEFINIÇÕES
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CLASSIFICAÇÃO DA LESÃO
Comprometimento Tecidual
GRAU DE CONTAMINAÇÃO
1. LIMPAS
2. CONTAMINADAS
3. INFECTADAS
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9. CROSTAS: Lesão formada por uma coleção de soro, sangue ou pus, que
junto aos restos epiteliais, desidrata a superfície da pele.
10. FISSURAS: São fendas cutâneas, formato linear que podem acometer a
epiderme e derme.
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TECIDO NECRÓTICO
Restrito a uma área – isquemia, redução da circulação, tecido não viável.
Pode ser caracterizada por liquefação e ou coagulação produzido por enzimas que
acarretam a degradação dos tecidos isquêmicos, se diferenciam pela coloração e
consistência.
• ESCARA: de coloração marrom ou preta, é descrita como uma capa de
consistência dura e seca
• ESFACELO: de cor amarelada ou cinza; descrita de consistência mucoide
e macia; pode ser frouxo ou firme a sua aderência no leito da ferida; formado por fibrina
(concentração de proteína). E fragmentos celulares
ESCARA ESFACELO
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TECIDO DE GRANULAÇÃO
Aumento da vascularização é um tecido de cor vermelho vivo.
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EPITELIZAÇÃO
Tecido róseo.
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SECA: Fundo pálido, gaze seca gruda na ferida com pequena hemorragia, para a
repitelização.
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ÚMIDA: Fundo brilhante de cor vermelho vivo, a gaze fica por 24 horas úmida.
Tem borda ativa
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• Úlceras tropicais:
Ex.: Leishmaniose: mucosa e cartilagem.
Incubação: 1 a 3 meses
• Úlceras arteriais:
Característica: Edema, ausência de pulso arterial, não possui pelos devido a danos
causados em órgãos anexos da pele, apresenta alteração de temperatura do órgão lesado.
• Úlceras diabéticas:
Característica: Ferida contaminada apresenta desidrose – estase com hipóxia,
ressecamento dá área circunjacente.
É caracterizada por uma área localizada de perda de pele e dos tecidos subcutâneos
causadas por pressão, tração, fricção ou de uma combinação desses fatores.
FISIOLOGIA DA CICATRIZAÇÃO
A FISIOLOGIA
FASE INFLAMATÓRIA
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FASE PROLIFERATIVA
Em resumo:
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FASE DE MATURAÇÃO
TIPOS DE CICATRIZAÇÃO
COMPLICAÇÕES DA CICATRIZAÇÃO
PSICOSSOCIAL
Sendo a nossa pele o maior órgão do corpo humano podemos considerá-la, além
de barreira protetora o nosso “cartão-postal”, sendo a primeira coisa observada e vista em
todos os indivíduos.
Atualmente, com a evolução da medicina estão se aperfeiçoando meios cada vez
mais avançados de tratamentos estéticos, comprovando, mais uma vez, a importância
estética da pele.
Se olharmos a pele também pelo ângulo da estética, qualquer tipo de lesão nela
encontrada é causa de intenso desconforto para quem a possui. E esse desconforto é
evidenciado pela baixa autoestima que em muitas vezes possam levar o indivíduo à
depressão.
A baixa autoestima, a depressão, dentre outros problemas pode levar a pessoa a
diminuir a produção de inúmeras substâncias endógenas, que auxiliam ou são
responsáveis pelo processo de cicatrização.
PERFUSÃO E OXIGENAÇÃO
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NUTRIÇÃO E HIDRATAÇÃO
A NUTRIÇÃO
A HIDRATAÇÃO
INFECÇÃO
Como vimos, a fase inflamatória, primeira fase do processo, é onde acontece, além
da hemostasia, a limpeza da lesão pelas células de defesa.
Sendo assim, na presença de infecção as células de defesa trabalham em maior
número, necessitam de uma maior demanda metabólica e gasto energético o que prolonga
a duração desta fase e retarda o processo de cicatrização.
MEDICAMENTOS
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IDADE
MOBILIDADE DO PACIENTE
FORMAÇÃO DA ÚLCERA
• Isquemia tecidual;
• Espessamento das fibras musculares;
• Comprometimento arterial;
• Necrose do tecido gorduroso;
• Formação de fibrina nos vasos capilares.
ÚLCERA VENOSA
A função da veia é levar o sangue de retorno ao coração, após ter cumprido a
função de trocas metabólicas e térmicas ao nível dos tecidos. No sistema venoso existem
três sistemas de veias diferentes em posições anatômicas e funções, sendo esses sistemas
denominados: superficial, profundo e perfurante.
As veias desses sistemas possuem inúmeras válvulas, que servem para direcionar
a corrente sanguínea impedindo seu refluxo. Este fluxo tem que vencer, além da pressão
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FATORES PREDISPONENTES
• Hereditariedade;
• Idade;
• Sexo;
• Obesidade;
• Postura predominante de trabalho;
• Varizes.
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VARIZES:
É a dilatação de uma veia transportadora do retorno venoso.
FISIOPATOLOGIA
O processo de retorno venoso ao coração é feito pelas válvulas, que impedem que
o refluxo sanguíneo de volta à periferia. Quando elas apresentam problema no seu
funcionamento o sangue reverte seu curso, voltando para baixo, enfraquecendo a veia.
O sangue venoso, pobre em oxigênio e nutrientes, permanece nos tecidos
causando dilatações, edema e impedindo que o sangue arterial nutra os tecidos. Esses
necrosam, dando origem a eczemas e úlceras.
CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS
• Geralmente localizada na região maleolar medial, por ser a área de maior
hipertensão venosa e além de haver perfurantes insuficientes ao nível de tornozelo.
• Abaulamento do tornozelo quando as pernas estão ligeiramente pendentes;
• Descoloração no tornozelo;
• Edema de tornozelo e pé, não depressível;
• Pulsos presentes;
• Pode estar presente uma lipodermatoesclerose (regiões esbranquiçadas,
próximas à lesão);
▪ Dermatite venosa (hiperpigmentação);
▪ Exsudato purulento em 80% das úlceras;
▪ Incidência elevada de erisipela, devido ao comprometimento, da rede
linfática;
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▪ Não há claudicação;
▪ Desconforto moderado devido à úlcera aliviado por elevação.
▪ Úlceras superficiais com bordas irregulares em fase de evolução.
CARACTERÍSTICAS PRINCIPAIS
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Anamnese e Histórico
• Patologia familiar de caráter hereditário;
• Estilo de vida e condição particular;
• Doença, intervenções, trauma pregresso;
• História da formação da úlcera;
• Diabetes;
• Varizes em membros inferiores;
• Dislipidemias;
• Doenças cardiovascolares.
CONDUTAS:
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ÚLCERA ARTERIAL
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CARACTERÍSTICA:
A lesão arterial periférica é descrita em várias referências literárias como um
acúmulo de gordura na parede das artérias (aterosclerose) e pelo endurecimento desta por
processos degenerativos (arteriosclerose) acometidos por doenças crônicas degenerativas
(Diabetes e Hipertensão Arterial sistêmica).
Essa lesão é progressiva, inicialmente ocorre uma redução de fluxo ocorrendo a
isquemia, e consequentemente se não corrigido a causa, ocorre a obstrução do vaso de
pequeno a grosso calibre com a perda total de tecidos por necrose e ou gangrena. Com
característica de ser uma lesão de membros inferiores que denominamos como Úlcera de
Perna, com sinais clínicos iniciais que vai de uma simples arterite de pequenos vasos a
uma obstrução parcial ou total de um grande vaso comprometendo todo um membro e até
a vida deste indivíduo.
PATOGÊNESE:
• Embolia cardíaca;
• Vasculopatia periferica obstrutiva;
• Inativação do mecanismo arteriolar e capilar de compensação;
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Características clínicas
• Claudicação intermitente aliviada pelo repouso;
• Dor noturna, aliviada por uma posição pendente;
• Dor em repouso, no ponto da úlcera;
• Pés frios e unhas dos pés espessadas;
• Pulsos ausentes ou diminuídos;
• Atrofia cutânea (fina e lustrosa);
• Perda de pelos da extremidade inferior;
• Rubor quando pendente;
• Palidez por elevação;
• Possível gangrena.
Fatores predisponentes
• Tabagismo;
• Hiperlipidemia;
• Diabetes Mellitus;
• Hipertensão.
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Localização da úlcera
• Cabeças das falanges;
• Calcanhar;
• Maléolo lateral;
• Pré-tibial;
• Extremidades dos dedos do pé ou entre os dedos do pé.
CARACTERÍSTICAS DA ÚLCERA:
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O QUE INVESTIGAR?
• Pés frios;
• Pulsos ausentes ou diminuídos;
• Atrofia cutânea (fina e lustrosa);
• Perda de pelos da extremidade inferior;
• Rubor quando pendente;
• Palidez por elevação; Unha dos pés espessa;
• Possível gangrena.
CONDUTAS
• Tratar causa subjacente (cirurgia ou farmacoterapia); melhorar perfusão
tecidual;
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TERAPIA
• Terapia farmacológica;
• Terapia angioradiológica;
• Terapia cirúrgica;
• Terapia contra a dor.
DOR
Sinais físicos
• Modificação da pressão arterial;
• Mudança na frequência cardíaca e respiratória;
• Modificações tróficas;
• Sintomas neurológicos.
Sinais visíveis
• Modificação na posição corporal;
• Expressão do rosto e da voz;
• Mudança no estado emocional;
• Anorexia, insônia e etc.
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ÚLCERA NEUROPÁTICA
As úlceras neuropáticas são lesões de pele bastante comuns e que têm incidência
elevada na nossa população. São decorrentes, principalmente, da falta de sensibilidade
local que leva às deformidades e consequentemente à formação de lesões de pele.
Dentre as úlceras neuropáticas, a mais comum e a mais conhecida, é o pé
diabético, encontrado em larga escala nas Unidades Básicas de Saúde e que acomete uma
grande parcela da população idosa do País.
Outra neuropatia bastante conhecida é a causada pela Hanseníase, também
comumente encontrada nos Postos de saúde de todo Brasil, e com grande incidência no
estado do Mato Grosso do Sul.
ÚLCERA DIABÉTICA
O Diabetes Mellitus é uma doença que acomete grande parte da população idosa
no Brasil, sendo considerada, juntamente com a hipertensão arterial, a doença crônica de
maior repercussão socioeconômica no nosso meio.
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1. PERDA DA SENSIBILIDADE:
2. DOENÇA VASCULAR:
Características da úlcera:
• Profundas, podendo apresentas túneis;
• Pálidas, com bordas uniformes;
• Pode estar presente tecido de granulação;
• Pode existir calosidade ao redor;
• Localizada geralmente nos pés (área plantar), sendo as áreas mais comuns
as cabeças dos metatarsos e os pontos de pressão.
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GRAU/DEFINIÇÃO INTERVENÇÃO
CLASSIFICAÇÃO DA
PROFUNDIDADE
0 – Neuropatia Ausente Orientação do paciente, exames
Pé “sob risco”: úlcera pregressa ou periódicos, calçados e solas internas
neuropatia com deformidade, que podem apropriados.
causar uma nova úlcera. Avaliação anual.
1 – Neuropatia presente Úlcera Redução da pressão externa: fôrma
superficial sem infecção. moldada de contato total, imobilização
para caminhar, calçados especiais, etc.
Avaliação semestral.
2- Neuropatia presente e/ou Desbridamento cirúrgico, cuidados com a
deformidades, proeminências e/ou ferida, redução da pressão se a lesão
isquemia: fechar e passar ao grau 1 (antibióticos se
Úlcera profunda com exposição de um necessário).
tendão ou articulação (com ou sem Avaliação trimestral por equipe
infecção superficial). especializada.
3- Úlcera e/ou amputação Desbridamentos cirúrgicos, amputação
Úlcera extensa com exposição de osso dos dedos ou de parte do pé, antibióticos,
e/ou infecção profunda, ou seja, redução da pressão se a ferida passar para
osteomielite ou abcesso. o grau 1.
Avaliação 1 a 3
meses por equipe
especializada.
4- Gangrena da parte externa do pé Avaliação e reconstrução vasculares,
amputação parcial do pé.
5- Gangrena total do pé Avaliação vascular, amputação ampla da
extremidade com possível reconstrução
vascular proximal.
ESCALA DE RISCO:
• Grau 0: pé em risco;
• Grau 01: úlcera superficial não infectada clinicamente;
• Grau 02: úlcera mais profunda, frequentemente infectada, sem
osteomielite;
• Grau 03: úlcera mais profunda, formação de abscesso,
osteomielite;
• Grau 04: gangrena localizada (dedo, parte dianteira do pé ou
calcanhar);
• Grau 05: gangrena de todo o pé.
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PÉ DE CHARCOT
Condições do paciente:
• Verificar os sapatos e as meias, quanto a cerzidos e furos;
• Examinar ambos os pés e pernas comparando a aparência da pele e
alterações;
• Examinar a pele, verificar se está seca, rachada ou com cor alterada;
• Examinar os pulsos e presença de deformidades nos pés.
Orientações ao paciente:
• Verificar os pés diariamente;
• Lavar e secar os pés, hidratar até a perna;
• Verificar a temperatura da água antes do banho;
• Cuidado com as unhas, corte em quadrado;
• Verifique os calçados quanto à presença de corpos estranhos;
• Nunca ande descalço, não corte calosidades ou calos.
CALÇADOS ADEQUADOS:
O sapato não deve ser muito apertado nem muito folgado; a sua parte interna deve
ser de 1 a 2 cm maior do que o próprio pé; a largura interna do sapato deve ser igual à do
pé tomando como referência a face lateral das articulações dos metatarsos, e a altura com
espaço suficiente para os dedos. Os calçados devem ser experimentados com o paciente
em pé, de preferência no final do dia. Se ficarem muito apertados devido às deformidades
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GUIA DE DIFERENCIAÇÃO
ÚLCERA DE PRESSÃO
DEFINIÇÃO
Área localizada de perda de pele e dos tecidos subcutâneos causados por pressão,
tração, fricção ou de uma combinação destes fatores.
FATORES DESENCADEANTES:
1. INTERNOS:
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2. EXTERNOS
• Pressão;
• Fricção;
• Cisalhamento.
Sendo assim, os indivíduos mais propensos à formação desse tipo de lesão de pele
são aqueles com alterações na mobilidade, alterações sensoriais e da circulação periférica,
alteração do nível de consciência, disfunção de esfíncteres, desnutridos e
imunodeprimidos.
PATOGÊNESE
O nosso organismo precisa de energia e nutrientes para manter a vida, da mesma
forma o nosso tecido precisa de nutrientes e oxigênio para se manter vivo. Qualquer
injúria ou alteração que acarrete interrupção desse suprimento de energia pode levar ao
sofrimento tecidual e consequentemente morte das células.
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No caso da úlcera de pressão, a isquemia é causada pela pressão das partes duras
do corpo, as proeminências ósseas, no tecido muscular. Essa pressão leva a uma
diminuição ou um bloqueio da circulação arterial, que é responsável pelo fornecimento
de nutrientes e oxigênio, com isso existe a formação de uma área isquêmica e por
consequência, a morte das células e o aparecimento da úlcera de pressão.
Causas da hipóxia
• Compressão;
• Obstrução Redução fluxo arterial; sanguíneo
• Estase venosa e linfática;
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• Déficit da Isquemia;
• Microcirculação;
• Congestão venosa;
• Trombose venosa;
• Necrose.
B) POSICIONAMENTO
• Pressão;
• Atrito;
• Cisalhamento;
• Umidade.
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ESTÁGIO 1: neste estágio a pele ainda está integra, entretanto, existem algumas
alterações que são indicativas de isquemia, tais como; mudança na temperatura local (seja
calor ou frio), mudança na consistência do tecido, podendo aparecer desde áreas
amolecidas ou endurecidas, ao edema. Além dessas alterações pode aparecer também
uma área avermelhada, chamada eritema, que não desaparece depois de retirada a pressão.
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TRATAMENTO
DIMINUIÇÃO DA PRESSÃO
PROIBIDO
Luvas de procedimentos com ar ou água e rodilhas (almofadas com orifício) de ar
ou de ataduras. Essas são falsas medidas de diminuição de pressão que se utilizadas
constantemente, acabam por aumentar ainda mais a área de isquemia piorando o quadro
do paciente.
EXISTEM DIVERSOS MÉTODOS PARA REDUZIR A PRESSÃO DE APOIO
E QUE SE ADAPTAM AOS DIVERSOS MOMENTOS DO PACIENTE. MAS
NINGUÉM PODE SUBSTITUIR A INTERVENÇÃO HUMANA E A MUDANÇA
HABITUAL DE DECÚBITO.
FERIDA INFECTADA
A infecção é a complicação mais comum das lesões de pele crônicas e, pode ser
considerada a mais grave e importante complicação, uma vez que pode deixar de ser local
para se tornar sistêmica o que implica em uso de antibioticoterapia sistêmica, muitas
vezes endovenosa, o que requer internação em ambiente hospitalar causando estresse ao
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DEFINIÇÕES
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A BACTÉRIA E A LESÃO
Não existe uma úlcera crônica estéril. Em uma única ferida podemos encontrar
diversas bactérias, entretanto, isto não significa que a úlcera esteja infectada.
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Sistêmico
• Mudança de temperatura: Hipertermia (sinal precoce) e Hipotermia (sinal
tardio de infecção severa).
• Taquicardia.
• Hiperventilação.
• Dor (dependente sensibilidade do local afetado).
• Desorientação e obnubilação.
• Intolerância à glicose.
• Maior consumo metabólico e um aumento da necessidade hídrica.
• Anemia mais frequente.
• Aumento da dor.
• Mudança no tecido de granulação.
• Celulite (rubor, calor, tumor, dor).
• Eficácia antimicrobiana.
• Infecção remota.
Exsudatos:
São fluidos extravasados dos vasos sanguíneos, material proveniente de células
mortas de dentro ou redor da ferida, fatores de crescimento e da divisão da matriz
extracelular. E ainda quando o microrganismo presente na lesão é degradado e seu
derivado compõe esta exsudação, são esses que definem a coloração desta secreção. Seus
aspectos podem ser:
• Seroso.
• Sanguinolento.
• Purulento.
• Fibrinoso.
• Reação mista.
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Coloração do exsudato:
Odor do exsudato:
72
82
O QUE OBSERVAR?
Coleta de material:
IMPORTANTE!!
O Swab identifica somente a bactéria responsável, mas não indica a presença de
infecção!
A AVALIAÇÃO
Antibiótico
Antisséptico
Porque utilizar?
Porque o propósito da medicação é, neste caso, a redução da função bacteriana e,
por consequência, acelerar o processo de cura, o qual tende a desacelerar e finalizar a
cronicização, na presença de infecção local.
TRATAMENTO GERAL
TRATAMENTO LOCAL
AVALIAÇÃO DA FERIDA
COMEÇANDO A CUIDAR
A assistência do indivíduo deve ser realizada de forma global. Não adianta apenas
cuidar da ferida, traçar planos de assistência visando à evolução da cicatrização ou
escolher o tipo de curativo a ser utilizado. O ser humano é muito maior que tudo isso! A
ferida faz parte de um todo, pertence a um ser único e singular.
O cuidar exige flexibilidade. Estar disposto a utilizar de recursos que possam
otimizar a assistência. Essa flexibilidade provém de interação, não só com o indivíduo,
mas também com o profissional, em adaptar-se com o meio em que o indivíduo vive.
IMPLICAÇÃO PSICOSSOCIAL
O QUE AVALIAR?
O Paciente
O paciente crônico, inicialmente, não confia no terapeuta, uma vez que já convive
há muito tempo com aquele problema e conhece melhor do que ninguém a forma como
deve se cuidado.
O chamado drop-out (saltar fora) é causado por essa perda de confiança, onde o
problema mais comum é a dor. Dessa forma é importante que o cuidador dê atenção não
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apenas ao paciente, portador da lesão, e sim ao seu ambiente familiar, pois esta é uma das
formas de se ganhar a confiança e a adesão do paciente ao tratamento.
Mobilidade
Toda e qualquer lesão precisa de energia para se fechar, e os nutrientes com o
oxigênio necessários, são conduzidos até o local da lesão pela corrente sanguínea, sendo
que o aporte sanguíneo diminuído às áreas de compressão, as quais são causadas pela
imobilidade, dificulta e retarda o processo de cicatrização. Além de retardar a cura, a
imobilização e compressão constantes aumentam o risco para a formação de novas lesões.
Portanto é importante identificar possíveis fatores que poderão interferir no
processo de cicatrização:
• Alimentação;
• Doença de base;
• Imobilização no leito;
• Medicamentos que utiliza.
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Inspeção geral:
Aspecto da lesão;
Cor;
Temperatura local;
Umidade;
Ressecamento;
Localização anatômica;
Exsudato.
Inspeção especial
2. Palpação:
3. Localização anatômica:
• Feridas em cabeça e pescoço possuem maior irrigação sanguínea;
• Abdominais: Drenagem elevada;
• Região sacral: risco de infecção.
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5. Anamnese:
• Doença de base;
• Tipo de ferida;
• Evidência clínica de infecção sistêmica;
• Tempo de antibiótico.
6. Inspeção clínica:
• FC;
• Temperatura;
• Pressão arterial;
• Presença e tipo de exsudato;
• Extensão;
• Bordas:
• Bordas difusas;
• Bordas aderidas;
• Não aderida;
• Enrolada para baixo, espessada;
• Hiperqueratosa;
• Fibrótica, com cicatriz.
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ALGUMAS DEFINIÇÕES
PELE ÍNTEGRA
Tecido sem a presença de solução de continuidade.
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PELE LESADA
PELE DESIDRATADA
PELE MACERADA
CICATRIZES
CELULITE/INFLAMAÇÃO
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DOCUMENTAR
• Os dados levantados sobre o paciente (doença de base, patologia associada,
medicação.)
• Dados levantados sobre a ferida após uma primeira avaliação e após as
avaliações subsequentes.
• Controle da evolução da lesão.
Documentar é preciso.
TÉCNICA DE CURATIVO
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Como discutido anteriormente, tratar uma lesão não significa apenas aplicar um
produto ou substância, significa cuidar de um ser único, que possui suas peculiaridades e
que devem ser respeitadas na hora de escolher a forma de tratamento.
O tratamento da uma lesão com a utilização de um curativo tem várias finalidades
como limpar a ferida, proteger de traumas mecânicos e imobilizar, além de prevenir
contra infecções exógenas.
Definição
10 TIPOS DE CURATIVOS
O meio úmido tem algumas vantagens em relação aos curativos secos. Estimula
a epitelização, a formação do tecido de granulação e maior vascularização. Facilita a
remoção do tecido necrótico e impede a formação de espessamento de fibrina. Promove
a diminuição da dor, evitando traumas na troca do curativo, além de manter a temperatura
corpórea.
NORMAS DE ASSEPSIA:
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Observações importantes:
• Retirar anéis, relógios e pulseiras;
• Não encostar na pia;
• Utilizar sabão líquido;
• Não é indicado uso de toalhas de pano e coletivas;
• Utilizar creme hidratante de uso único e de pote individual para as mãos.
• Pacote de curativo
• O pacote de curativo deve obedecer a princípios de assepsia e
esterilização, podendo ser descartável ou não. É importante lembrar que o pacote
nunca deve ser utilizado caso haja suspeita que ele não tenha sido esterilizado.
• Soro fisiológico 0,9% ou água destilada
• Deve ser aquecido próximo a temperatura de 37º C quando
utilizado em tecido de granulação e epitelização, em temperatura inferior a essa
ocorrerá um choque térmico, e a pele levará de 03 a 04 horas para voltar a
temperatura normal.
• Técnica do jato de soro
• Técnica utilizada para higienização do tecido de granulação. Nesta
técnica pode-se utilizar o próprio frasco de soro ou uma seringa de 20 ml, e agulha
40X12 mm, para exercer a devida pressão (04 a 15 pps).
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Pontos subtotais.
Fita adesiva
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A fita adesiva sempre deve ser retirada molhando-a com SF 0,9%, para evitar a
lesão da pele do paciente por trauma local. Se possível priorizar a utilização das fitas
indicadas pelo fabricante, como hipoalergênicas e nunca deve ser utilizada fita crepe
adesiva direto à pele do paciente.
• Deve-se iniciar a limpeza de fora para dentro da lesão, ou seja, das bordas
para o centro, para não espalhar infecção nos tecidos ao redor da ferida.
PRECAUÇÕES PADRÃO
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ANTISSÉPTICOS
Mecanismo de ação:
• Reduz a carga bacteriana por destruição das proteínas;
• Estudos “in vivo” indicam que ele reduz a carga bacteriana da pele de 68%
a 84% em uma única aplicação, e de 92% a 96% em seis aplicações sucessivas.
Vantagens e indicações:
• Antisséptico de amplo espectro;
Desvantagens e contraindicação
• Seu emprego deve ser LIMITADO à resolução dos fenômenos infecciosos;
• É citotóxico para os fibroblastos;
• Retarda o processo de cura (epitelização);
• Seu uso deve ser restrito no caso de insuficiência renal (nefrotóxico);
• É contraindicado em mulheres que amamentam;
• NÃO previne infecção;
• Podem ocorrer fenômenos alérgicos. Quando o paciente apresenta
hipersensibilidade ao iodo, os sintomas podem ocorrer sob a forma de febre e erupções
cutâneas generalizadas.
Apresentação
• É encontrado na forma de solução;
94
Cuidados na aplicação
• Por ser uma solução aquosa é passível de contaminação por gram
positivos.
• Podendo estar colonizado em 12 horas e infectado em até 48 horas.
• Manter a rotina de troca do frasco a cada 07 dias;
• Não deve ser removido da ferida.
O que é?
• É um antisséptico brando;
• É particularmente adequado para lavagem de feridas e mucosas onde haja
tecido morto, pois, a produção de gás, em virtude da ação de uma enzima (catalase)
facilita a limpeza da área ou da cavidade fechada.
Vantagens e indicação:
• Como antissépticos em úlceras com sinais de infecção;
• Sua efervescência tem uma potente ação nos materiais liberados pela
úlcera;
• Favorece a hemostasia após procedimento cirúrgico;
• Antissépticos de primeira escolha em escoriações e outras lesões
perfurocortantes, que podem facilitar a contaminação por bactérias anaeróbias
(Clostridium tetani).
Desvantagens e contraindicação:
95
Cuidados na aplicação:
• Uma vez empregado deve ser removido por uma lavagem com soro
fisiológico 0,9%.
• Abrigar a solução longe do calor e da luz, acondicionada em recipiente
opaco ou revestido com papel laminado.
SULFADIAZINA PRATA 1%
Vantagens e indicações:
• Baixa toxicidade;
• É de fácil remoção da lesão, não causa dor;
Desvantagens e contraindicações:
• Hipersensibilidade ao produto;
• Não pode ser utilizado concomitante a outros antissépticos derivados de
iodo, sódio e potássio.
Cuidados na aplicação:
• Deve ser aplicado com luvas estéreis ou com o auxílio de uma espátula;
• Aplicar o creme e manter 03 mm de espessura;
• Lavar a lesão com água corrente e/ou água destilada;
• Deve ser trocada a cada 12 horas ou quando a cobertura secundária estiver
saturada.
• Retirar o excesso de pomada a cada troca de curativo.
96
ANTISSÉPTICOS INDUSTRIALIZADOS
Descrição:
• É composto por uma almofada a base de nylon com relativa não aderência,
em seu interior tem um tecido de carvão ativado com pasta de nitrato de prata a 1%.
• É selado nos quatro lados, esterilizado e embalado individualmente.
• O tecido de carvão ativado é um material que possui poros em sua
superfície, que são capazes de capturar moléculas que ficam presas por atração elétrica
do carvão.
Ação/Características:
• Adsorção dos microorganismos e secreção purulenta no tecido de carvão,
por meio de ação magnética. Com isso as bactérias ficam presas no carvão, longe do
tecido danificado.
• O exsudato da lesão é absorvido pelo curativo secundário.
• A prata age impedindo a proliferação bacteriana.
Vantagens e indicações:
• Antisséptico e absorvente;
• Indicado em feridas exsudantes e/ou malcheirosas;
97
• Ação anti-inflamatória;
• É bactericida;
• Estimula o tecido de granulação;
• Preserva tecido epitelial;
• Reduz significativamente o tempo de troca de curativo;
• Reduz o traumatismo no ato da remoção;
• Método moderno que diminui o desconforto do paciente;
• Diminui odor.
Desvantagens e contraindicação:
• Pode causar sangramento controlável por ser aderente quando utilizados
em lesão com pouca exsudação.
Cuidados na aplicação:
• Não utilizar em áreas de granulação, doadoras de enxerto ou em
queimaduras;
• Fazer a limpeza da ferida e aplicar o produto diretamente sobre a ferida
com técnica asséptica;
• Não pode ser cortado;
• Pode ser dobrado, amassado, para ter contato direto com a ferida;
• Deve ser coberto com curativo secundário e este deve ser substituído
sempre que estiver úmido;
• Utilizar óleo de girassol para retirar o carvão ativado da ferida, evitando
sangramento e para impedir que a secreção contida no carvão retorne para o leito da
ferida.
• Na fase inicial do tratamento, deve ser trocado em intervalos de 48 a 72
horas. À medida que a secreção do curativo, pela exsudação, for diminuindo, a troca
poderá ser prolongada por até 07 dias, no máximo.
98
113
ALGINATO DE CÁLCIO
Mecanismo de ação:
O sódio presente no exsudato e no sangue interage com o cálcio presente no
curativo de alginato. A troca iônica:
• Resulta na formação de um gel que mantém o meio úmido para a
cicatrização, além de auxiliar no desbridamento autolítico.
• Aumenta capacidade de absorção e induz hemostasia.
Vantagens e indicações:
99
Desvantagens e contraindicação:
• No caso de pouca secreção, pode secar dando origem a uma crosta muito
aderente e de difícil remoção;
• Contraindicado em queimaduras.
Cuidados na aplicação:
• Umedecer a fibra com SF 0,9%;
• Não deixar que a fibra de alginato ultrapasse a borda da ferida, com risco
de prejudicar a epitelização;
• Ocluir com curativo secundário.
Troca do curativo:
• Feridas infectadas: no máximo em 24 horas.
• Feridas limpas com sangramentos: a cada 48 horas.
• Feridas limpas exsudativas: quando saturar.
• Quando o exsudato reduzir, e a frequência das trocas estiver sendo feita a
cada 03 ou 04 dias, significa que é hora de utilizar outro curativo;
100
ÁLCOOL
• Ação: antisséptico.
• Vantagens e indicações: NENHUMA.
Desvantagens e contraindicações:
• Aumenta por 06 vezes a incidência de escaras;
• Seu uso frequente causa ressecamento e liquidificação da pele por remoção
dos lipídios cutâneos.
• Modalidade de emprego
• Seu uso tem apenas valor histórico.
DESBRIDAMENTO OU DEBRIDAMENTO
Desbridamento = debridamento
Definição: É a remoção do tecido necrosado de uma lesão.
A AHCPR (Agency for Health Care Policy and Research) recomenda que
qualquer tecido necrótico observado durante a avaliação inicial ou subsequente deverá
ser desbridada, desde que a intervenção seja consistente com os objetivos globais do
tratamento e condições clínicas do paciente.
Entretanto existem algumas situações em que não é recomendado o desbridamento
de tecido desvitalizado, como em feridas isquêmicas com necrose seca. Essas necessitam
101
que sua condição vascular seja melhorada antes de ser desbridada. Neste caso, a escara
promove uma barreira contra infecção
Outra exceção se faz em pacientes fora de possibilidades terapêuticas que
possuem úlceras com presença de escaras, que ao desbridar pode promover desconforto,
dor, e devido às condições clínicas, não disporá de tempo e condições para a cicatrização.
TECIDO NECROSADO
POR ISSO
É importante que o tecido desvitalizado/necrosado seja removido das feridas, pois
o processo de cicatrização e a regeneração epitelial não são possíveis sem o
desbridamento regular e cuidadoso.
MÉTODOS DE DESBRIDAMENTO
MÉTODO CIRÚRGICO
MÉTODO MECÂNICO
119
MÉTODOS QUÍMICOS
COLAGENASE
Mecanismo de ação:
• Desbridante, fibrinolítica.
103
Vantagens e indicações:
• É indicado nas úlceras com presença de áreas necróticas com acúmulo de
fibrina no fundo da lesão;
• É indicado em feridas isquêmicas.
Desvantagens e contraindicação:
• Alta concentração de colagenase pode causar eritema e descamação nos
bordos da lesão.
• Quando em excesso e com sobras nas bordas causa endurecimento do
tecido.
• Não age na presença de tecido necrótico seco (escara).
Cuidados na aplicação:
• O curativo e a troca deverão ser realizados a cada 08 ou 12 horas;
• Deve ser aplicada uma fina camada;
• Deve ser mantido um ambiente úmido para melhor efeito do produto;
• É inativada na presença de água oxigenada, algodão e ressecamento da
lesão.
• Requer um curativo secundário oclusivo.
PAPAÍNA
Descrição:
• Enzima proteolítica, bactericida e bacteriostática e de ação anti-
inflamatória.
• De origem vegetal extraída da Carica papaya. Após o seu preparo, obtém-
se um pó de cor leitosa, com odor forte e característico.
• É inativada ao reagir com agentes oxidantes como o ferro, oxigênio,
derivados do iodo, água oxigenada e nitrato de prata.
Ação:
104
Apresentação:
• É comercializada purificada na forma de pó, em diferentes concentrações,
que variam de 02% a 10%, podendo ser manipulada/preparada na forma de pomada ou
gel.
Vantagens e indicações:
• Indicadas em feridas necróticas e fibrinas;
• Preserva capilares e tecido de granulação;
• A solução de papaína pode ser utilizada em lesões muito profundas com
exposição de estrutura óssea, em deiscência cirúrgica com evisceração em fístula pleural,
em grandes queimados, entre outros.
% INDICAÇÃO
Desvantagens e contraindicação:
105
Cuidados na aplicação:
• Proteger a pele perilesional com alguma substância que forme uma
película protetora;
• Manter o produto em refrigeração;
• A limpeza da lesão deve ser feita com água destilada, para evitar a
inativação da radical sulfidrila;
• Ao utilizar o lavado de papaína, diluir a papaína pó em água destilada e
em recipiente plástico.
HIDROGEL
Composição:
Gel transparente, incolor, composto por:
▪ Água (77,7%): mantém o meio úmido;
▪ carboximetilcelulose – CMC (2,3%): facilita a rehidratação celular e o
desbridamento;
▪ Propilenoglicol – PPG (20%): estimula a liberação de exsudato.
Mecanismo de ação:
• Amolece e remove tecido desvitalizado por meio de desbridamento
autolítico.
106
Vantagens e indicações:
• Indicado na detersão de necroses e escaras;
• Indicado, também, em úlceras secas, lesões não cavitárias;
• Não adere ao fundo da ferida tornando fácil a sua remoção;
• Apresenta-se em placas transparentes que permitem frequentes controles
da úlcera sem retirar o produto.
Desvantagens e contraindicações:
• São de alto custo;
• Produzem um intenso e desagradável odor;
• Contraindicado em úlceras infectadas e hiperexsudantes;
• Pode acarretar um agravamento no caso de maceração em lesões da pele
perilesional.
Cuidados na aplicação:
• Espalhar o gel sob a ferida assepticamente;
• Ocluir a ferida com cobertura secundária estéril;
• Não usar produtos iodados;
• É aconselhável a cobertura com uma película semipermeável para prevenir
o ressecamento.
Periodicidade de troca:
• Feridas infectadas: no máximo em 24 horas;
• Necrose: no máximo em 72 horas;
• Na forma de placa: troca de 01 a 07 dias.
GAZE SIMPLES
107
Vantagens:
• Baixo custo;
• Facilidade do seu uso;
• Estão disponíveis na maioria das instituições.
Desvantagens:
• Não se deve utilizar gaze seca diretamente na lesão, exceto quando se
deseja o desbridamento;
• Tem pouca capacidade de absorção do exsudato;
• Exigem trocas frequentes, precisam de cobertura secundária e fixação e
pode provocar maceração das áreas adjacentes;
• Permeáveis a bactérias, podem soltar fios e fibras, que atuam como corpo
estranho, podendo provocar inflamação e infecção.
Descrição:
• Lipídios formados de cadeias de carbono.
• São substâncias farmacologicamente ativas.
108
TRIGLICÉRIDEOS:
Composição:
• Vitamina A: Favorece a integridade da pele e sua cicatrização.
• Vitamina E: Função antioxidante e protege a membrana celular do ataque
dos radicais livres (substâncias que destroem a célula e suas estruturas internas).
• Ácido Linoleico: Importante no transporte de gorduras, na manutenção da
função e integridade das membranas celulares, imunógeno local que auxilia na
proliferação do tecido de granulação.
• Lecitina de soja: protege e hidrata a pele.
• Ácido caprílico, cáprico e caproico:
AGE Composição
TCM 67g
Lecitina 01g
Vitamina A 2500 UI
Vitamina E 100 UI
Ação:
• São incorporadas à membrana celulares e importantes para manterem a
integridade da pele;
• Acelera o processo de cicatrização pelo estímulo a formação do tecido de
granulação, por meio de sua ação quimiotáxica e promovem diferenciação epidérmica;
109
Mecanismo de ação:
• Promove quimiotaxia (atração dos leucócitos) e angiogênese, mantém o
meio úmido e acelera o processo de granulação tecidual.
Vantagens e indicação:
• Forma uma película protetora na pele íntegra (previne lesões); por aumento
indireto da resistência tecidual;
• Reversão dos processos de hiperemia já instalados tem grande absorção,
forma uma película protetora na pele;
• Aumenta capacidade de hidratação;
• Proporciona hidratação local alta capacidade de nutrição celular;
• Indicada na prevenção de úlcera de pressão;
Contraindicação:
Cuidados na aplicação:
• Espalhar AGE no leito da ferida ou embeber gazes estéreis de contato com
a ferida o suficiente o suficiente para manter o leito da ferida úmido até a próxima troca;
• Em feridas extensas pode-se espalhar AGE sobre o leito da ferida e utilizar
cobertura primária gazes embebidas em SF 0,9%;
• Ocluir com cobertura secundária estéril;
• Trocar o curativo sempre que a cobertura secundária estiver saturada ou
no máximo a cada 12 horas;
HIDROCOLOIDE
Descrição:
São constituídos por duas camadas:
110
CAMADA EXTERNA
CAMADA INTERNA
Cama externa
Cama da Interna
132
Mecanismo de Ação:
Em contato com o exsudato o hidrocoloide forma um gel hidrofílico que mantém
a umidade do leito da lesão proporcionando o meio para:
• Estimular a angiogênese e o desbridamento autolítico;
• Acelerar o processo de granulação tecidual;
• O gel protege o leito da ferida, promovendo um meio úmido que facilita a
migração das células epiteliais, acelerando a cicatrização.
Vantagens e indicações:
• Formam uma barreira contra a contaminação bacteriana (oclusivo);
• Previne o ressecamento da ferida;
A camada externa atua como uma barreira térmica e promove barreira mecânica;
• Permite remoção sem trauma aos novos tecidos;
• Acelera a granulação e um aumento da vascularização nesse tecido;
• Reduz a dor por proteger as terminações nervosas;
• Indicada em feridas não infectadas e pouco exsudante;
111
INDICAÇÕES:
Desvantagens e contraindicações:
• Não usar em feridas infectadas ou colonizadas e fúngicas, em feridas
necróticas e em queimaduras de 3º grau;
• Possível deslocamento no caso de feridas exsudantes, nesses casos pode
ocorrer maceração de bordas e tecido perilesional;
• Odor característico, podendo ser confundido com ferida infectada.
Cuidados na aplicação:
• Realizar limpeza do leito da ferida e secar bem a pele perilesional;
112
Custo benefício:
• Não necessita de trocas diárias e não requer medicamentos adicionais;
• Reduz infecção e, com isso, o tempo de cicatrização;
• Redução do tempo de enfermagem dispensada na troca de curativos.
113
135
Hidrocoloide em Grânulos
PRÓPOLIS
Descrição:
É uma resina extraída pelas abelhas dos botões de certas flores, folhas e casca de
árvores. Após a coleta desta resina as abelhas mastigam enriquecendo com os
componentes enzimáticos existentes em sua saliva. Coloração esverdeada a marrom,
amarga, fluída e pegajosa e insolubilidade em água.
30% de cera
10% de óleos voláteis Mecanismo de ação:
• Atua na formação de anticorpos, eleva a fagocitose e acelera os processos
de regeneração celular.
• A riqueza enzimática da própolis aliada ao seu conteúdo de vitamina A,
auxilia no combate a bactérias patogênicas de difícil tratamento.
Vantagens e indicações:
• Baixo custo e facilidade de manuseio;
• Embora a própolis apresente ação no organismo, semelhante à dos
antibióticos o seu uso não apresenta efeitos colaterais comuns causados pelos
antibióticos;
• Tem atividade antibacteriana em gram positivas e gram negativas,
antifungicida.
• Possui ação antisséptica acentuada;
• Indicada em feridas vitalizadas sem necrose, exsudativas ou não.
Contraindicações:
HIDROPOLÍMERO
Composição:
Mecanismo de ação:
• É uma cobertura altamente absorvente para feridas com baixa a moderada
exsudação e que proporciona um ambiente úmido facilitando o processo de granulação e
ainda estimula o desbridamento autolítico, mas não é um desbridante químico.
• A camada de hidropolímero expande-se delicadamente à medida que
absorve o exsudato mantendo a adesão da cobertura na ferida;
Vantagens e indicações:
• Tratamento de feridas abertas não infectadas;
• Feridas exsudativas, limpas, em fase de granulação;
• Feridas superficiais e/ou feridas com cavidades;
• Promove a granulação tecidual;
• Remove o excesso de exsudato;
116
Contraindicações:
Cuidados na aplicação:
• Não requer troca diária, podendo permanecer por 7 dias na lesão;
• Anotar a hora e a data da aplicação da cobertura;
• Secar a área próximo da lesão para a melhor aderência da placa;
• Posicionar o curativo sobre o local da ferida; de forma que a almofada de
espuma fique sobre a área central da lesão;
• Remover o curativo em peles frágeis levantando um dos cantos, puxando
para trás utilizando água ou soro fisiológico para romper a vedação do adesivo;
• Não requer cobertura secundária;
• Secar cuidadosamente a pele circunjacente.
141
Composição:
• Película de poliuretano, transparente, elástica, semipermeável, aderente a
superfícies secas.
142
Mecanismo de ação:
• Proporciona um ambiente úmido favorável a cicatrização. Permeabilidade
seletiva, permitindo a difusão gasosa e a evaporação de água. Impermeável a fluidos e
microorganismos. Forma uma camada protetora da pele. Mantêm a umidade e o pH da
pele.
Vantagens e indicação:
• Mantém um microambiente úmido em temperatura constante;
• Fácil aplicação devido à elasticidade e extensibilidade;
• Indicada para lesões superficiais;
118
Desvantagens e contraindicações:
• Contraindicada em úlceras infectadas ou hiperexsudantes;
• Não utilizar em feridas com a pele adjacente macerada;
• São permeáveis a alguns agentes tópicos aquosos;
• Descolam gradativamente nas áreas já epitelizadas;
• Não devem ser usados nas primeiras 24 horas de pós-operatório, devido à
liberação de exsudato.
Cuidados na aplicação:
• Notar a hora e a data da aplicação da cobertura;
• Pode permanecer na ferida por sete dias;
• Substituir o curativo caso se solte, forme bolhas de exsudato.
COLÁGENO BIOLÓGICO
Composição:
É uma cobertura composta de colágeno e alginato que fornece apoio estrutural
para o crescimento celular e favorece a condição ideal para a proliferação celular. O
colágeno simples pode ser usado em todo tipo de ferida em fase sua fase de granulação.
145
Mecanismo de ação:
Vantagens e indicações:
• Indicado em lesões fluidas, superficiais e limpas;
• Remove o excesso de exsudato;
• Diminui a inflamação local e edema;
• Acelera o processo cicatricial.
121
Desvantagens e contraindicação:
• Contraindicado para pessoas com hipersensibilidade a derivados bovinos;
• Apresenta limitação de atividade;
• Sobre lesões secas resulta pouca eficácia;
• E nas lesões hiperexsudantes ocorre consumo rápido demais;
• Apresenta custo elevado.
Cuidados na aplicação:
• Requer medicações secundárias;
• É inativada pela água oxigenada e pelo algodão hidrófilo;
• Em feridas secas devem ser irrigadas previamente com soro fisiológico;
• Remover o exsudato e tecido desvitalizado;
122
147
Impregnadas:
• Acetato de celulose impregnada com petrolato;
123
Não impregnadas:
Vantagens e indicação:
• Queimaduras superficiais;
• Feridas com formação de tecido de granulação e áreas doadoras ou
receptoras de enxerto;
• Indicada como curativo primário de lesões planas com função de manter a
ferida úmida e proteger de traumas por aderência;
• Permite o livre fluxo de exsudatos;
• Não interfere no tecido de regeneração e evita a dor durante a troca;
• Não provoca trauma na retirada, preservando o tecido de granulação;
• Permite adaptações aos locais.
Composição:
• Tela de acetato de celulose impregnada com emulsão de petrolato solúvel
em água, não aderente e transparente, estéril.
Desvantagens e contraindicação:
• Alguns tipos de gaze não aderente são impregnados com antimicrobianos,
que podem ser tóxicos ao fibroblasto;
• Se existe pouco exsudato, não criam um microambiente apropriado a
reeptelização. Por vezes, requerem medicações frequentes;
• Feridas com cicatrização por primeira intenção;
• Produtos de hidrocarbonetos saturados derivados do petróleo podem
causar irritação e reação granulomatosas;
Cuidados na aplicação:
• Cobrir com curativo secundário;
124
CURATIVOS NATURAIS
FITOTERAPIA
Vantagens:
•Produtos naturais sem efeitos colaterais;
• Facilidade no cultivo e manipulação; Participação do paciente no
tratamento;
• Baixo custo.
Formas de uso:
• Chás, pós, pomadas;
• Há melhor extração do princípio ativo quando a planta é batida
manualmente;
• As folhas e flores devem passar por um processo de infusão.
FITOTERÁPICOS TÓPICOS
ÓLEO DE GIRASSOL
Descrição:
• É uma herbácea cujas sementes, frutos aquênios,
• Produzido no miolo das flores, são a parte mais utilizada.
Vantagens e indicações:
• Fácil acessibilidade e baixo custo;
• Auxilia na manutenção da função e integridade das membranas celulares;
• Lubrificam e agem como emoliente;
• Ácidos graxos essenciais: Linoleico e linolênico
126
ARNICA
BABOSA
• Nome científico: Aloe vera.
• Aspecto: de 60 cm a 01 metro de altura, folhas grandes e carnudas
marginadas por espinhos.
• Parte usada: Parênquima (folhas frescas).
• Indicações: lesões de pele não infectadas, queimaduras, erisipela e celulite.
• Ação: auxilia no processo de cicatrização, anti-inflamatória e bactericida.
• Contraindicações: uso interno.
• Apresentação: creme ou gel 25%.
• Aplicação: aplicar topicamente sobre o ferimento três vezes ao dia.
127
CALÊNDULA
• Nome científico: Calendula officinalis.
• Parte usada: flores secas.
• Apresentação: creme ou gel a 5%.
• Aspecto: planta anual, as flores ocorrem na extremidade e tem cerca de 04
cm de diâmetro.
• Indicações: ferimentos abertos não infectados; úlcera de estase, dermatite
de contato, frieiras e herpes labial.
Ação: auxilia no processo de cicatrização, anti-inflamatória e antisséptico tópico.
• Contraindicação: lesão profunda e/ou extensa, lesões disseminadas e sem
diagnóstico.
• Aplicação: aplicar topicamente três vezes ao dia.
MAMÃO PAPAIA
Modo de usar: Pó
1g 100ml 1%
1g 50ml 2%
2g 50ml 4%
3g 50ml 6%
4g 50ml 8%
5g 50ml 10%
Material:
• Mamão verde;
• Recipiente plástico para ralar o mamão;
• Água bidestilada ou água fervida para limpeza da ferida.
Procedimentos:
• Lavar o mamão com água e sabão;
• Ralar a polpa do mamão no ralo plástico;
• Limpar a ferida com água bidestilada ou água limpa (fervida);
• Cobrir a ferida com a polpa ralada e cobrir a lesão com gaze ou com um
pano limpo;
AÇÚCAR – SACAROSE
Material: Açúcar cristal.
Procedimentos:
129
Tempo de permanência:
OSTOMAS
Por vários motivos, como lesão por ferimento por arma de fogo e ou arma branca,
em situações clínicas agudas e ou em situações clínicas crônicas como no caso de
neoplasia do sistema digestório, são situações em que um indivíduo necessita ser operado
para construir um caminho para saída das fezes ou da urina. Essa intervenção cria um
ostoma ou estoma (abertura), na região abdominal, por onde irão sair fezes em quantidade
e consistência diferente assim como será eliminada a urina em forma de gotas.
O ostoma, por suas características anatômicas, que abre parte do órgão expondo a
mucosa, livre de controle do sistema nervoso central e muscular, sendo desta forma
130
TIPOS DE OSTOMA
Colostomia: É um ostoma realizado em porção
do cólon (intestino grosso), assim no processo de
eliminação dos restos não digeridos dos alimentos, as
159
fezes são eliminadas nessa porção do intestino, não
passando pelo reto e ânus. A consistência das fezes
eliminada e muito parecida com a anterior, pastosa. Os
gases produzidos pelo intestino são eliminados também
pela colostomia.
• Ileostomia: É um ostoma realizado na
porção do íleo (intestino delgado) assim no processo de
eliminação dos restos alimentares não digeridos, as
fezes são eliminadas nessa porção do intestino, não passando pelo cólon (intestino
grosso), reto e ânus. As fezes apresentam uma consistência líquida ou semilíquida,
devendo o paciente ingerir uma quantidade maior de líquidos. Podem também ser mais
irritante a pele periestoma, por serem mais alcalinas, assim deve-se aumentar os cuidados
de proteção da pele, evitando possíveis irritações.
• Urostomia: É um ostoma realizado após a retirada da bexiga, utilizando
uma parte do intestino delgado para conectar o ureter a uma abertura no abdômen. O
efluente que sairá é a urina, em forma de gotejamento, podendo também causar irritações
na pele, assim deve-se proteger a pele.
Os cuidados com as ostomias devem ser realizados pela enfermagem devendo
também fazer a orientação ao paciente para que ele cuide quando for para casa.
131
Utilizamos para a coleta dos efluentes, dispositivos que podem ser peça única ou
duas peças, conforme adaptação do paciente.
Material:
Procedimento:
• Reunir o material;
• Lavar as mãos;
• Orientar o paciente sobre o que será realizado;
• Expor o local a ser manipulado;
• Calçar luvas de procedimento;
• Retirar a bolsa e placa usadas e desprezar em saco plástico;
• Utilizando, gaze, soro fisiológico e sabão realizar a limpeza da pele
periestoma e desprezá-la em saco plástico;
• Realizar a limpeza do ostoma;
• Recortar o orifício central da placa no tamanho certo do ostoma
sem deixar pele exposta, para evitar que caia efluente na região causando irritação;
• Retirar o papel protetor da placa e aplicar sobre o ostoma, fazendo
uma leve
• Pressão, para bem aderir;
• Fechar a bolsa com clipe e colocar a bolsa à placa encaixando os
flanges;
• Deixar o paciente confortável;
• Desprezar o material no expurgo;
132
• Lavar as mãos;
• Fazer anotação de enfermagem, referindo aspecto do ostoma, da
pele
periestoma e qualquer anormalidade.
Modo de aplicação:
• Secar ao redor dos drenos e ostomia;
• Aplicar a pasta na área de imperfeições e o pó nas áreas escoriadas;
• Aplica-se a placa da mesma forma que a bolsa coletora, faz
se um recorte ao centro para encaixar o estoma;
133
QUEIMADOS
2° grau
- Comprometimento parcial;
135
3° grau
B - QUANTO A EXTENSÃO
Grande queimado
- 3° grau maior que 10%;
- 2° grau maior que 25%.
Moderado
3° grau maior 3% menor 10%;
2° grau maior 15% menor 25%.
Leve
3° grau menor 3%;
136
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM
HIDROTERAPIA DIÁRIA
PREPARO DO MATERIAL:
• Banho no leito ou banho de aspersão;
• Água de torneira temperatura adequada e antisséptico;
• Roupa do paciente/balde estéril;
• Paramentação estéril para o profissional.
MÉTODO DO CURATIVO
TÉCNICA DO CURATIVO
170
140
TIPOS DE CÂMARAS
• Câmara monoplace ou individual;
• Câmara multiplace ou estacionárias.
141
CAMARA MONOPLACE
Vantagens:
• É utilizada somente por um paciente;
• Fácil controle da pressurização e despressurizarão;
• Fácil operacionalização.
Desvantagens:
• Isolamento do paciente;
• Aumenta a ansiedade, principalmente nas primeiras sessões.
Desvantagens:
• Unidades bastante complexas;
• Difícil operacionalização, exigindo pessoal qualificado;
• Exposição da equipe ao ambiente hiperbárico.
O TRATAMENTO
O tratamento é realizado por meio de sessões que, de acordo com as condições
clínicas apresentadas, e com os protocolos utilizados, variam os níveis de pressão,
duração, intervalos e o número total de sessões.
INDICAÇÃO TERAPÊUTICA
Indicação médica, geralmente nas:
• Doenças que podem ser tratadas de forma exclusiva ou combinadas;
• Síndrome de Fournier;
• Pés e pernas de diabéticos;
• Úlceras crônicas venosas e/ou arteriais;
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• Síndromes compartimentais;
• Isquemias agudas traumáticas;
• Osteomielite;
• Processos isquêmicos, necróticos e infectados de partes moles.
CONTRAINDICAÇÕES
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM
EVOLUÇÃO
A cicatrização é um processo dinâmico e, por isso, requer um enfoque
multiprofissional e constantes atualizações técnicas e científicas.
A ciência não para!
Atualmente existem inúmeros estudos e vários produtos em fase de experiência e
que mais cedo ou mais tarde serão postos em uso.
Dessa forma, o processo de aprendizado torna-se contínuo e nos obriga a estar
constantemente atualizando os nossos conhecimentos.
A todos, o mesmo ponto de partida.
O ponto de chegada.
Depende de cada um.
REFERÊNCIAS