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SUMÁRIO
A HISTÓRIA.................................................................................................................. 7
A EVOLUÇÃO .............................................................................................................. 9
ENFERMEIRO............................................................................................................. 11
PARECERES ............................................................................................................... 12
EPIDERME .................................................................................................................. 13
DERME ........................................................................................................................ 14
FISIOPATOLOGIA ..................................................................................................... 42
CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS .............................................................................. 42
CONDUTAS ................................................................................................................ 49
TERAPIA ..................................................................................................................... 49
DOR .............................................................................................................................. 49
ÚLCERA DIABÉTICA................................................................................................ 51
DIABÉTICO................................................................................................................. 55
PÉ DE CHARCOT ....................................................................................................... 55
DEFINIÇÃO................................................................................................................. 59
PATOGÊNESE ............................................................................................................ 60
TRATAMENTO........................................................................................................... 63
DEFINIÇÕES ............................................................................................................... 65
A AVALIAÇÃO .......................................................................................................... 73
Antibiótico .................................................................................................................... 74
CICATRIZES ............................................................................................................... 82
CELULITE/INFLAMAÇÃO ....................................................................................... 83
DOCUMENTAR .......................................................................................................... 83
A HISTÓRIA
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No período medieval, Galeno (século II d.C), que era médico do grande
imperador Marco Aurélio, instaurou a teoria da secreção purulenta. Nessa teoria
acreditava-se que a formação da secreção era fundamental para a cicatrização.
Usava na sua terapêutica:
• Água do mar, do mel, tinta de caneta e barro.
• As lesões ulceradas eram ligadas com figos (que contêm Papaína).
• Teia de aranha.
Já os médicos árabes foram os inventores da ligadura de gesso.
Chegando a era do Misticismo, temos a Teoria dos Miasmas, nesta teoria os
corpos deviam ser incinerados e após, deveria ser feita a defumação do local com
incenso.
A igreja contribuiu, e muito, para a divulgação dessa teoria e proibiu a
dissecação e métodos cirúrgicos impedindo a evolução das técnicas. Já Teodorico de
Lucca e Henri de Mondeville utilizaram pensos embebidos em arnica e vinho (ação
antisséptica). E observaram que havia diminuição da formação de secreção e aumento
da cicatrização.
Ao relembrarmos a história do tratamento de feridas não podemos nos esquecer
de Hipócrates (300 a.C), considerado o pai da medicina moderna que foi o primeiro a
implementar os princípios da assepsia, no tratamento das feridas.
Não acreditava que a formação de pus fosse essencial para a cicatrização (teoria
que existiu por séculos) e quando a ferida infeccionava, utilizava emplastos para
drenagem de secreção e que esta deveria ser lavada com água limpa.
Fez uso de ervas medicinais, mel, leite e vinagre. Aconselhava desbridamentos e
cauterizações. Avançando ainda mais na história, chegamos à Revolução Industrial,
marco da história mundial. No século XVIII, alguns prisioneiros se dedicavam a
confecção de pensos. Esses eram feitos de trapos velhos, estopa de linho e estopa (corda
velha desfiada).
Os pensos eram utilizados e depois lavados e reutilizados, já que esse processo
tornava-os mais macios e absorventes. Com a revolução industrial aconteceu a
mecanização desse processo de confecção. Infelizmente, com a evolução dos tempos
começaram as guerras locais e mundiais.
Com a guerra da Crimeia deu-se a introdução da pólvora no mundo ocidental.
As feridas causadas por pólvora eram venenosas e era necessária a remoção da parte
lesada (amputação) e para cauterizar o coto era utilizado óleo fervente.
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Entretanto nessa época houve uma grande escassez de óleo, o que possibilitou a
substituição por gema de ovo e óleo de rosa, o que aumentou a taxa de sobrevida da
população.
A EVOLUÇÃO
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• A partir de 1980 estudos em larga escala começaram a ser realizados nos
Estados Unidos e em vários países da Europa, visando o aperfeiçoamento dos das
técnicas para realização dos curativos.
• Em 1982 as coberturas à base de Hidrocoloides são lançadas nos EUA e
Europa, porém somente em 1990 chegaram ao Brasil com elevado custos dificultando o
seu uso pela população brasileira.
Apesar de todos esses avanços de tecnologias, produtos e técnicas para o
desenvolvimento do tratamento de feridas, a incidência das úlceras crônicas em nosso
meio ainda é bastante elevada. E embora várias descobertas já tenham sido feitas ainda
existe muito a ser pesquisados e muitos mitos a serem quebrados para aperfeiçoar estes
recursos.
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Capítulo I: Dos princípios fundamentais
Art. 1°: A enfermagem é uma profissão comprometida com a saúde do ser
humano e da coletividade. Atua na promoção, proteção, recuperação da saúde e
reabilitação das pessoas, respeitando os preceitos éticos legais.
Art. 4°: O profissional da enfermagem exerce suas atividades com justiça,
competência, responsabilidade e honestidade.
Art. 5°: O profissional de enfermagem presta assistência à saúde visando a
promoção do ser humano como um todo.
Art. 7°: recusar-se a exercer atividades que não sejam de sua competência legal.
Art. 14°: Atualizar seus conhecimentos técnicos, científicos e culturais.
ENFERMEIRO
Lei nº 7.498/86 em seu Artigo 11, Alínea j:
É privativo do enfermeiro: A prescrição da assistência de enfermagem.
TÉCNICO DE ENFERMAGEM
Lei 1498/1986, Artigo 10, Parágrafo II:
Executar atividades de assistência de enfermagem, excetuadas as privativas do
enfermeiro e as referidas no artigo 9° deste decreto.
AUXILIAR DE ENFERMAGEM
Lei 7.498/1986, Artigo 11, Parágrafo III:
Executar tratamentos especificamente prescritos, ou de rotina, além de outras
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atividades de enfermagem, tais como: Alínea c, fazer curativos.
O artigo 159 do Código Civil enuncia que "aquele que, por ação ou omissão
voluntária, negligência ou imprudência, violar direito, ou causar prejuízo a outrem, fica
obrigado a reparar o dano".
PARECERES
COREN-SP: Parecer (1998) sobre a prescrição de curativo e criação da comissão
de curativos. Parecer (1999) sobre o desbridamento de feridas.
COREN-MS: Parecer 001/2005, sobre o desbridamento de feridas.
“O desbridamento cirúrgico pode ser realizado pelo enfermeiro, desde que não
atinja tecido muscular e que não necessite de narcose ou anestesia.”
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• Sua principal função é revestir e proteger;
• Auxiliar na manutenção da temperatura (termorregulação);
• Percepção;
• Metabolismo.
EPIDERME
DERME
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FONTE: Disponível em: <www.theses.ulaval.ca>.
TECIDO SUBCUTÂNEO
CLASSIFICAÇÕES E DEFINIÇÕES
CLASSIFICAÇÃO DA LESÃO
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• Quanto ao tamanho, comprimento, largura, profundidade e formação de
túneis;
• Aspectos do leito da ferida e pele circunjacente;
• Drenagem, cor e consistência;
• Dor ou hipersensibilidade e temperatura.
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FONTE: Anjos do norte
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FONTE: Anjos do norte
GRAU DE CONTAMINAÇÃO
LIMPAS
Sem presença de infecção. Lesão sem exsudato ou com pequena quantidade de
exsudato de cor clara ou transparente.
CONTAMINADAS
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INFECTADAS
Presença e a multiplicação de bactéria e outros microorganismos associado a um
quadro infeccioso já instalado, há presença dos sinais flogísticos.
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FONTE: Disponível em: <www.iqb.es>.
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BOLHA: Lesão circunscrita, com coleção de líquido claro, com diâmetro maior
que 1cm.
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FONTE: Disponível em: <www.iqb.es>.
CROSTAS: Lesão formada por uma coleção de soro, sangue ou pus, que junto
aos restos epiteliais, desidrata a superfície da pele.
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FISSURAS: São fendas cutâneas, formato linear que podem acometer a
epiderme e derme.
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TECIDO NECRÓTICO
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• ESCARA: de coloração marrom ou preta, é descrita como uma capa de consistência
dura e seca
• ESFACELO: de cor amarelada ou cinza; descrita de consistência mucoide e
macia; pode ser frouxo ou firme a sua aderência no leito da ferida; formado por fibrina
(concentração de proteína).e fragmentos celulares
ESCARA ESFACELO
http://enfermagem-a-arte-de-cuidar.blogspot.com/2014/10/feridas-curativos-e-
coberturas.html
TECIDO DE GRANULAÇÃO
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http://enfermagem-a-arte-de-cuidar.blogspot.com/2014/10/feridas-curativos-e-
coberturas.html
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EPITELIZAÇÃO
http://enfermagem-a-arte-de-cuidar.blogspot.com/2014/10/feridas-curativos-e-
coberturas.html
SECA: Fundo pálido, gaze seca gruda na ferida com pequena hemorragia, para
a repitelização.
ÚMIDA: Fundo brilhante de cor vermelho vivo, a gaze fica por 24 horas úmida.
Tem borda ativa
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https://slideplayer.com.br/slide/10372987/
MUITO EXSUDATIVA: Vermelho vivo, tecido próximo umedecido, gaze
troca no período de 24 horas. Borda lesionada e ou macerada.
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https://slideplayer.com.br/slide/10372987/
• Úlceras tropicais:
Ex.: Leishmaniose: mucosa e cartilagem.
Incubação: 1 a 3 meses
http://www.scielo.br/pdf/abd/v85n3/a02v85n3.pdf
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Úlceras arteriais:
Característica: Edema, ausência de pulso arterial, não possui pelos devido a
danos causados em órgãos anexos da pele, apresenta alteração de temperatura do órgão
lesado.
• Úlceras mistas: Presença de lesão venosa e arterial associadas.
• Úlceras neuropáticas: Presença de lesão em terminações nervosas periféricas,
principalmente em membros inferiores.
• Úlceras diabéticas:
Característica: Ferida contaminada apresenta desidrose – estase com hipóxia,
ressecamento dá área circunjacente.
• Úlcera por pressão:
É o tipo mais comum de úlcera, encontrada em larga escala nas unidades de
internação hospitalar e domiciliar. Além de ser uma enfermidade cutânea é considerado,
também, um indicador de qualidade da assistência de enfermagem.
É caracterizada por uma área localizada de perda de pele e dos tecidos
subcutâneos causadas por pressão, tração, fricção ou de uma combinação desses fatores.
FISIOLOGIA DA CICATRIZAÇÃO
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Nós podemos ajudar ou atrapalhar. Depende do nosso conhecimento, da técnica
e dos produtos que usamos em cada situação.
A FISIOLOGIA
FASE INFLAMATÓRIA
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a ruborização e o aumento da temperatura local, presente em muitas feridas.
Existe, portanto, uma reação inflamatória local e essa reação ativa os
mecanismos de defesa do corpo.
Células presentes nessa fase:
• Macrófagos;
• Linfócitos;
• Neutrófilos;
• Mastócitos;
• Plaquetas, dentre outras.
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FASE PROLIFERATIVA
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2ª - Fibroplasia: é a formação da matriz, que é uma coleção de elementos
celulares como fibroblastos, fibronectina, colágeno, dentre outros. Essa matriz é a base
para a formação do tecido de granulação.
3ª - Angiogênese: como todo processo de reparação exige um gasto grande de
energia existe a necessidade de um aumento no aporte sanguíneo para o local da lesão.
Esse aumento circulatório se dá pela formação de novos vasos sanguíneos, ou seja, a
neo angiogênese.
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Em resumo:
FASE DE MATURAÇÃO
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três semanas, 20% da força original do tecido, cinco semanas depois 40%, ao final de
oito semanas, 70%, sendo, entretanto, que a força original jamais será alcançada ou
recuperada.
O tecido de granulação muda de avermelhado para branco pálido,
avascularizado.
Isso se dá devido a dois processos que ocorrem de forma simultânea que é a
síntese de tecido, realizada pelos fibroblastos e a lise do colágeno, coordenada pela
colagenase. Esta fase dura de 20 dias a 1 ano.
https://pt.slideshare.net/Andreadcss/curativos-e-coberturas-39902852
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FONTE: Disponível em: <www.eerp.usp.br>.
TIPOS DE CICATRIZAÇÃO
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• Existe pouca perda de tecido;
• Pouco ou nenhum exsudato.
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FONTE: Disponível em: <www.eerp.usp.br>.
COMPLICAÇÕES DA CICATRIZAÇÃO
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▪ Fístula: comunicação anormal entre dois órgãos e superfície do corpo.
PSICOSSOCIAL
Sendo a nossa pele o maior órgão do corpo humano podemos considerá-la, além
de barreira protetora o nosso “cartão-postal”, sendo a primeira coisa observada e vista
em todos os indivíduos.
Atualmente, com a evolução da medicina estão se aperfeiçoando meios cada vez
mais avançados de tratamentos estéticos, comprovando, mais uma vez, a importância
estética da pele.
Se olharmos a pele também pelo ângulo da estética, qualquer tipo de lesão nela
encontrada é causa de intenso desconforto para quem a possui. E esse desconforto é
evidenciado pela baixa autoestima que em muitas vezes possam levar o indivíduo à
depressão.
A baixa autoestima, a depressão, dentre outros problemas pode levar a pessoa a
diminuir a produção de inúmeras substâncias endógenas, que auxiliam ou são
responsáveis pelo processo de cicatrização.
PERFUSÃO E OXIGENAÇÃO
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deficiência ou incapacidade das hemácias em transportar este importante componente da
cicatrização.
Portanto, é importante na cicatrização o aumento no suporte de oxigênio para
acelerar o processo.
NUTRIÇÃO E HIDRATAÇÃO
A NUTRIÇÃO
A HIDRATAÇÃO
O nosso corpo é constituído de 70% de água que é utilizada para a manutenção
da volêmica, da temperatura corporal, dentre outras funções.
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A sua redução, quando falamos no tratamento de feridas, causa diminuição do
volume circulante e consequente hipotensão arterial. Aumenta o edema dos tecidos,
além de reduzir a difusão do oxigênio e dos nutrientes às células.
INFECÇÃO
MEDICAMENTOS
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IDADE
MOBILIDADE DO PACIENTE
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Citamos diversos tipos de úlcera, dentre eles estão: úlceras por pressão,
encontradas nos ambientes hospitalares e nas internações domiciliares; as úlceras
tropicais, muito encontradas em nosso país, e as úlceras de perna, sejam elas venosas
arteriais ou mistas. As úlceras de pernas constituem um sério problema médico e
socioeconômico, elas podem ocorrer na faixa etária de 20 a 40 anos. Pesquisas da OMS
revelam que a frequência dessas úlceras é equivalente a do câncer e diabetes.
• Nos EUA a percentagem é de 0,3 % da população geral.
• Na Dinamarca é de 3,9%, e na Inglaterra é de 0,4%.
• No Brasil, estima-se que gire em torno de 3,0% (2 milhões de pacientes).
• As úlceras de perna são, sem dúvida, um importante fator de morbidade,
com grande repercussão socioeconômica.
FORMAÇÃO DA ÚLCERA
• Isquemia tecidual;
• Espessamento das fibras musculares;
• Comprometimento arterial;
• Necrose do tecido gorduroso;
• Formação de fibrina nos vasos capilares.
ÚLCERA VENOSA
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FONTE: Manual Merck.
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FONTE: Disponível em: <www. sbacvrj.com.br>.
FATORES PREDISPONENTES
• Hereditariedade;
• Idade;
• Sexo;
• Obesidade;
• Postura predominante de trabalho;
• Varizes.
VARIZES:
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É a dilatação de uma veia transportadora do retorno venoso.
FISIOPATOLOGIA
CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS
• Geralmente localizada na região maleolar medial, por ser a área de maior
hipertensão venosa e além de haver perfurantes insuficientes ao nível de tornozelo.
• Abaulamento do tornozelo quando as pernas estão ligeiramente
pendentes;
• Descoloração no tornozelo;
• Edema de tornozelo e pé, não depressível;
• Pulsos presentes;
• Pode estar presente uma lipodermatoesclerose (regiões esbranquiçadas,
próximas à lesão);
▪ Dermatite venosa (hiperpigmentação);
▪ Exsudato purulento em 80% das úlceras;
▪ Incidência elevada de erisipela, devido ao comprometimento, da rede
linfática;
▪ Não há claudicação;
▪ Desconforto moderado devido à úlcera aliviado por elevação.
▪ Úlceras superficiais com bordas irregulares em fase de evolução.
CARACTERÍSTICAS PRINCIPAIS
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Edema, Atrofia branca (lipodermatoesclerose) e Hiperpigmentação.
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hemácias e diapedese das hemácias no interstício (tecidos), com a deposição da
hemosiderina (resultado final do metabolismo do ferro) e o aumento dos melanócitos
aparecem alguns micros trombos, caracterizando as manchas escuras e pontos de
pigmentação em meio à atrofia branca.
Anamnese e Histórico
• Patologia familiar de caráter hereditário;
• Estilo de vida e condição particular;
• Doença, intervenções, trauma pregresso;
• História da formação da úlcera;
• Diabetes;
• Varizes em membros inferiores;
• Dislipidemias;
• Doenças cardiovascolares.
CONDUTAS:
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5- Meias-calças elásticas são poucas usadas pela não praticidade aos idosos
e necessitam de uma cobertura primária e devem ser substituída por no máximo seis
meses.
6- Consultar uma equipe multiprofissional clínico, intervencionista e
cirúrgico, para tratar a causa, a conseqüência e a reabilitação da insuficiência vascular
circulatória e manter um cuidador constantemente orientado sobre o prognóstico,
tratamento e o tempo que estas úlceras levam para melhorar e ou cicatrizar.
ÚLCERA ARTERIAL
CARACTERÍSTICA:
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FONTE: E. RICCI, et al. Atualização do tratamento local das úlceras, 1999.
PATOGÊNESE:
• Embolia cardíaca;
• Vasculopatia periferica obstrutiva;
• Inativação do mecanismo arteriolar e capilar de compensação;
• Aumento da resistencia periferica; Redução do fluxo hemático > 50%;
• Vasculopatia inflamatoria.
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Características clínicas
• Claudicação intermitente aliviada pelo repouso;
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• Dor noturna, aliviada por uma posição pendente;
• Dor em repouso, no ponto da úlcera;
• Pés frios e unhas dos pés espessadas;
• Pulsos ausentes ou diminuídos;
• Atrofia cutânea (fina e lustrosa);
• Perda de pelos da extremidade inferior;
• Rubor quando pendente;
• Palidez por elevação;
• Possível gangrena.
Fatores predisponentes
• Tabagismo;
• Hiperlipidemia;
• Diabetes Mellitus;
• Hipertensão.
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Localização da úlcera
• Cabeças das falanges;
• Calcanhar;
• Maléolo lateral;
• Pré-tibial;
• Extremidades dos dedos do pé ou entre os dedos do pé.
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FONTE: E. RICCI, et al. Atualização do tratamento local das úlceras, 1999.
CARACTERÍSTICAS DA ÚLCERA:
▪ Pálida com bordas regulares (como se cortado com uma forma);
▪ Leito da ferida pálido, ressecado;
▪ Mínima secreção;
▪ Aparência de perfuração;
▪ Poderá não ter sangramento;
▪ Poderá apresentar tecido necrótico negro;
▪ Área perilesional pálida;
▪ Pequenas quantidades de tecido de granulação pálido.
O QUE INVESTIGAR?
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• Pés frios;
• Pulsos ausentes ou diminuídos;
• Atrofia cutânea (fina e lustrosa);
• Perda de pelos da extremidade inferior;
• Rubor quando pendente;
• Palidez por elevação;
• Unha dos pés espessa;
• Possível gangrena.
CONDUTAS
TERAPIA
• Terapia farmacológica;
• Terapia angioradiológica;
• Terapia cirúrgica;
• Terapia contra a dor.
DOR
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Sinais físicos
• Modificação da pressão arterial;
• Mudança na frequência cardíaca e respiratória;
• Modificações tróficas;
• Sintomas neurológicos.
Sinais visíveis
ÚLCERA NEUROPÁTICA
As úlceras neuropáticas são lesões de pele bastante comuns e que têm incidência
elevada na nossa população. São decorrentes, principalmente, da falta de sensibilidade
local que leva às deformidades e consequentemente à formação de lesões de pele.
Dentre as úlceras neuropáticas, a mais comum e a mais conhecida, é o pé
diabético, encontrado em larga escala nas Unidades Básicas de Saúde e que acomete
uma grande parcela da população idosa do País.
Outra neuropatia bastante conhecida é a causada pela Hanseníase, também
comumente encontrada nos Postos de saúde de todo Brasil, e com grande incidência no
estado do Mato Grosso do Sul.
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acarreta diminuição ou perda de sensibilidade nos membros, além do comprometimento
dos filetes nervosos e alguns anexos da pele, como os folículos pilosos, glândulas
sudoríparas e sebáceas.
ÚLCERA DIABÉTICA
O Diabetes Mellitus é uma doença que acomete grande parte da população idosa
no Brasil, sendo considerada, juntamente com a hipertensão arterial, a doença crônica
de maior repercussão socioeconômica no nosso meio.
Além de todos os sintomas já conhecidos, causados pelo Diabetes
descompensado, outro agravante que, atualmente preocupa as autoridades em saúde são
as úlceras de pé, que acometem alguns portadores dessa patologia. Essas úlceras são
decorrentes de alterações neurológicas associadas, geralmente a um quadro infeccioso.
O surgimento dessa úlcera acontece de duas maneiras:
1. PERDA DA SENSIBILIDADE:
2. DOENÇA VASCULAR:
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O paciente diabético tem uma maior propensão às doenças do coração e à
hipertensão arterial, uma vez que a glicemia aumentada por um tempo prolongado leva
ao endurecimento e ao estreitamento das artérias e arteríolas. Além dessas patologias,
temos também, as vasculopatias periféricas, que é o comprometimento dos vasos
periféricos.
Esse comprometimento leva a alguns sinais clínicos característicos, em seu
portador sendo:
Características da úlcera:
• Profundas, podendo apresentas túneis;
• Pálidas, com bordas uniformes;
• Pode estar presente tecido de granulação;
• Pode existir calosidade ao redor;
• Localizada geralmente nos pés (área plantar), sendo as áreas mais
comuns as cabeças dos metatarsos e os pontos de pressão.
CLASSIFICAÇÃO DA PROFUNDIDADE
0 – Neuropatia Ausente Orientação do paciente, exames periódicos,
Pé “sob risco”: úlcera pregressa ou calçados e solas internas apropriados.
neuropatia com deformidade, que podem Avaliação anual.
causar uma nova úlcera.
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• Grau 0: pé em risco;
• Grau 01: úlcera superficial não infectada clinicamente;
• Grau 02: úlcera mais profunda, frequentemente infectada, sem
osteomielite;
• Grau 03: úlcera mais profunda, formação de abscesso, osteomielite;
• Grau 04: gangrena localizada (dedo, parte dianteira do pé ou calcanhar);
• Grau 05: gangrena de todo o pé.
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CLASSIFICAÇÕES DA PROFUNDIDADE E ISQUEMIA DA LESÃO
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DIABÉTICO
PÉ DE CHARCOT
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FONTE: E. RICCI, et al. Atualização do tratamento local das úlceras, 1999.
Condições do paciente:
• Verificar os sapatos e as meias, quanto a cerzidos e furos;
• Examinar ambos os pés e pernas comparando a aparência da pele e
alterações;
• Examinar a pele, verificar se está seca, rachada ou com cor alterada;
• Examinar os pulsos e presença de deformidades nos pés.
Orientações ao paciente:
• Verificar os pés diariamente;
• Lavar e secar os pés, hidratar até a perna;
• Verificar a temperatura da água antes do banho;
• Cuidado com as unhas, corte em quadrado;
• Verifique os calçados quanto à presença de corpos estranhos;
• Nunca ande descalço, não corte calosidades ou calos.
CALÇADOS ADEQUADOS:
O sapato não deve ser muito apertado nem muito folgado; a sua parte interna
deve ser de 1 a 2 cm maior do que o próprio pé; a largura interna do sapato deve ser
igual a do pé tomando como referência a face lateral das articulações dos metatarsos, e a
altura com espaço suficiente para os dedos. Os calçados devem ser experimentados com
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o paciente em pé, de preferência no final do dia. Se ficarem muito apertados devido às
deformidades ou se há sinais de pressão anormal do pé, como hiperemia, calos,
ulceração, a prescrição e confecção de palminhas ou órteses, sapatos especiais devem
ser efetuados.
GUIA DE DIFERENCIAÇÃO
na face
DISCROMIA anteromedial, de cor
marrom violeta.
Pequena, poco Dimensão variável, Pequena, Pequena, pouco
secernente, mas múltiplas, com profunda, fundo róseo.
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FONTE: E. RICCI, et al. Atualização do tratamento local das úlceras, 1999.
ÚLCERA DE PRESSÃO
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DEFINIÇÃO
FATORES DESENCADEANTES:
INTERNOS:
• Doença e estado do paciente;
• Desnutrição;
• Idade;
• Mobilidade;
• Incontinência urinária e fecal.
EXTERNOS
• Pressão;
• Fricção;
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• Cisalhamento.
Sendo assim, os indivíduos mais propensos à formação desse tipo de lesão de
pele são aqueles com alterações na mobilidade, alterações sensoriais e da circulação
periférica, alteração do nível de consciência, disfunção de esfíncteres, desnutridos e
imunodeprimidos.
PATOGÊNESE
Causas da hipóxia
• Compressão;
• ObstruçãoRedução fluxo arterial; sanguíneo
• Estase venosa e linfática;
• Déficit daIsquemia;
• Microcirculação;
• Congestão venosa;
• Trombose venosa;
• Necrose.
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FONTE: E. RICCI, et al. Atualização do tratamento local das úlceras, 1999.
B) POSICIONAMENTO
• Pressão;
• Atrito;
• Cisalhamento;
• Umidade.
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CLASSIFICAÇÃO DAS ÚLCERAS DE PRESSÃO
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FONTE: E. RICCI, et al. Atualização do tratamento local das úlceras, 1999.
TRATAMENTO
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CUIDADOS COM A PELE DO PACIENTE
DIMINUIÇÃO DA PRESSÃO
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Luvas de procedimentos com ar ou água e rodilhas (almofadas com orifício) de
ar ou de ataduras. Essas são falsas medidas de diminuição de pressão que se utilizadas
constantemente, acabam por aumentar ainda mais a área de isquemia piorando o quadro
do paciente.
EXISTEM DIVERSOS MÉTODOS PARA REDUZIR A PRESSÃO DE
APOIO E QUE SE ADAPTAM AOS DIVERSOS MOMENTOS DO PACIENTE.
MAS NINGUÉM PODE SUBSTITUIR A INTERVENÇÃO HUMANA E A
MUDANÇA HABITUAL DE DECÚBITO.
FERIDA INFECTADA
A infecção é a complicação mais comum das lesões de pele crônicas e, pode ser
considerada a mais grave e importante complicação, uma vez que pode deixar de ser
local para se tornar sistêmica o que implica em uso de antibioticoterapia sistêmica,
muitas vezes endovenosa, o que requer internação em ambiente hospitalar causando
estresse ao paciente e familiares, e aumentando, consequentemente, o tempo de
tratamento desta lesão além dos custos com medicamentos e curativos.
Dessa forma é importante lembrar que toda lesão de pele pode torna-se infectada
se não houver a atenção e um cuidado terapêutico adequado, o qual deve partir de
avaliações criteriosas e diárias das condições de pele de cada paciente, evitando
complicações sistêmicas que podem evoluir desde uma simples perda de tecido até o
óbito do paciente. Salientando e afirmando que o exame físico realizado em equipe
pelos profissionais da enfermagem e a sistematização da assistência pelo Enfermeiro é
de suma importância e primordial na prevenção e tratamento de lesão de pele.
DEFINIÇÕES
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FONTE: E. RICCI, et al. Atualização do tratamento local das úlceras, 1999.
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A BACTÉRIA E A LESÃO
Não existe uma úlcera crônica estéril. Em uma única ferida podemos encontrar
diversas bactérias, entretanto, isto não significa que a úlcera esteja infectada.
A infecção causa várias reações de estruturas anatômicas e funcionais do
indivíduo, alterações estas localizadas e sistêmicas que clinicamente identificam o início
do processo infeccioso.
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Sistêmico
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• Celulite (rubor, calor, tumor, dor).
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• Tipo de ferida.
• Profundidade.
• Localização.
• Nível de perfusão tecidual.
• Tecido desvitalizado e/ou material necrótico.
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• Estadia pré-operatória prolongada e tempo de cirurgia (p/ pacientes
cirúrgicos).
• Presença de corpo estranho.
• Eficácia antimicrobiana.
• Infecção remota.
Exsudatos:
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• Purulento.
• Fibrinoso.
• Reação mista.
71
forma uma liga com o tecido de limpeza e a lesão.
FIBRINA: proteína insolúvel, formada a partir do fibrinogênio pela ação
proteolítica da trombina, durante a coagulação do sangue, é aderente aos tecidos e tem
coloração esbranquiçada ou amarelada, que chamamos de esfacelo.
Exsudato misto: serossanguinolento, seropurulento, serofibrinoso ou
fibrinopurulento.
Coloração do exsudato:
Odor do exsudato:
O QUE OBSERVAR?
72
IDENTIFICAÇÃO DO AGENTE ETIOLÓGICO
Coleta de material:
A AVALIAÇÃO
Como avaliamos a lesão com infecção?
• Eritema perilesional.
• Sinais clássicos de inflamação.
• Pele brilhante.
• Tumefação local.
73
• Dor importante.
• Características da drenagem.
• Exsudação elevada e odor da drenagem.
• Tecido de granulação pobre e desvitalizado.
• Maceração do tecido perilesional e borda.
• Alterações laboratoriais de glicose em pacientes diabéticos.
Antibiótico
É qualquer substância proveniente de um microorganismo e letal para outro tipo
de microorganismo. A função antibacteriana do antibiótico é voltada ao metabolismo
ativo da bactéria.
Antisséptico
É uma substância capaz de inibir o crescimento do agente infeccioso, sobre uma
superfície corpórea. A função antibacteriana do antisséptico é voltada para a
citotoxicidade direta contra o microorganismo ou a sua toxina
CUIDADO!!!!!!!!
Tratar uma lesão infectada não significa usar indiscriminadamente terapia antibiótica
tópica! O uso indiscriminado de antibiótico tópico é a principal causa do aparecimento
de importantes resistências bacterianas.
Porque utilizar?
Porque o propósito da medicação é, neste caso, a redução da função bacteriana e,
por consequência, acelerar o processo de cura, o qual tende a desacelerar e finalizar a
cronicização, na presença de infecção local.
74
que de qualquer modo, implica uma certa agressividade também contra o hospedeiro.
Ou seja, o antisséptico exerce ação capaz de induzir citotoxicidade na lesão.
Dentre os antissépticos alguns são certamente citotóxicos: independentemente da
sua ação antisséptica e uma vez feita esta comprovação, não podemos jamais pensar em
utilizá-lo.
TRATAMENTO GERAL
• Correção da patologia associada e intercorrências;
• Reequilíbrio geral do paciente;
• Tratamento da infecção sistêmica;
• Nutrição adequada.
Essas medidas globais são importantes uma vez que todo processo infeccioso
acarreta um aumento do consumo metabólico e um aumento da necessidade hídrica,
necessitando, portanto, não apenas de tratamento local, mas de um tratamento global
visando a reestruturação total do quadro clínico do paciente.
TRATAMENTO LOCAL
AVALIAÇÃO DA FERIDA
COMEÇANDO A CUIDAR
75
otimizar a assistência. Essa flexibilidade provém de interação, não só com o indivíduo,
mas também com o profissional, em adaptar-se com o meio em que o indivíduo vive.
IMPLICAÇÃO PSICOSSOCIAL
O QUE AVALIAR?
O Paciente
76
• O processo de cicatrização requer maior gasto de energia e
consequentemente maior aporte calórico.
• Idade: quanto maior a idade, menor a velocidade da cicatrização o que é
causada pela diminuição da quimiotaxia das células e do metabolismo energético.
Diminuição da produção de colágeno e elastina, diminuindo, assim, a elasticidade da
pele.
• Presença de doenças crônicas associadas, como o Diabetes mellitus e a
hipertensão arterial, que quando não controladas prejudicam o processo de cicatrização.
• Medicamentos: uso de corticosteroides, imunossupressores e
quimioterápicos, uma vez que essas medicações diminuem o processo inflamatório, a
quimiotaxia das células, prejudicando de forma importante a primeira fase da
cicatrização, a fase inflamatória.
Mobilidade
Toda e qualquer lesão precisa de energia para se fechar, e os nutrientes com o
oxigênio necessários, são conduzidos até o local da lesão pela corrente sanguínea, sendo
que o aporte sanguíneo diminuído às áreas de compressão, as quais são causadas pela
imobilidade, dificulta e retarda o processo de cicatrização. Além de retardar a cura, a
imobilização e compressão constantes aumentam o risco para a formação de novas
lesões.
Portanto é importante identificar possíveis fatores que poderão interferir no
processo de cicatrização:
• Alimentação;
• Doença de base;
• Imobilização no leito;
• Medicamentos que utiliza.
Inspeção geral:
✓ Aspecto
da lesão;
✓ Cor;
77
✓ Temperatura local;
✓ Umidade;
✓ Ressecamento;
✓ Localização anatômica;
✓ Exsudato.
Inspeção especial
Palpação:
Localização anatômica:
✓ Feridas em cabeça e pescoço possuem maior irrigação
sanguínea;
✓ Abdominais: Drenagem elevada;
✓ Região sacral: risco de infecção.
78
FONTE: Disponível em: <www.eerp.usp.br>.
Anamnese:
✓ Doença de base;
✓ Tipo de ferida;
✓ Evidência clínica de infecção sistêmica;
✓ Tempo de antibiótico.
Inspeção clínica:
• FC;
• Temperatura;
• Pressão arterial;
• Presença e tipo de exsudato;
• Extensão;
• Bordas:
• Bordas difusas;
• Bordas aderidas;
79
• Não aderida;
• Enrolada para baixo, espessada;
• Hiperqueratosa;
• Fibrótica, com cicatriz.
ALGUMAS DEFINIÇÕES
PELE ÍNTEGRA
80
93
PELE LESADA
PELE DESIDRATADA
81
94
PELE MACERADA
CICATRIZES
82
É o novo tecido formado através do acúmulo de células e colágeno no leito da
ferida.
CELULITE/INFLAMAÇÃO
Processo inflamatório das células epiteliais.
96
DOCUMENTAR
• Os dados levantados sobre o paciente (doença de base, patologia
associada, medicação.)
• Dados levantados sobre a ferida após uma primeira avaliação e após as
avaliações subsequentes.
83
• Controle da evolução da lesão.
Documentar é preciso.
TÉCNICA DE CURATIVO
Definição
TIPOS DE CURATIVOS
84
1. Abertos: Utilizados em algumas feridas agudas.
2. Semioclusivos: Curativos comumente utilizados em feridas cirúrgicas.
Absorvem e isolam o exsudato, permitem exposição da ferida ao ar.
3. Oclusivos: Têm como finalidade vedar e impedir a perda de fluidos, bem
como proporcionar isolamento térmico. A vedação é feita por meio de gazes, faixas e
espuma.
4. Compressivos: Reduzem o fluxo sanguíneo e promovem a hemostasia.
Aproxima as bordas da ferida.
O meio úmido tem algumas vantagens em relação aos curativos secos. Estimula
a epitelização, a formação do tecido de granulação e maior vascularização. Facilita a
remoção do tecido necrótico e impede a formação de espessamento de fibrina. Promove
a diminuição da dor, evitando traumas na troca do curativo, além de manter a
temperatura corpórea.
NORMAS DE ASSEPSIA:
85
• Lavar as mãos com solução antisséptica antes e após a realização do
curativo;
• Utilizar material e luvas estéreis para manipular a lesão;
• Limpar a lesão com solução estéril;
• Utilizar cobertura estéril;
• Recomendada a utilização exclusiva da técnica para tratamento
hospitalar.
Técnica limpa:
• Lavar as mãos com água e sabão;
• Utilizar material limpo para a manipulação da lesão;
• Limpar a lesão com água limpa e tratada;
Observações importantes:
• Retirar anéis, relógios e pulseiras;
• Não encostar na pia;
• Utilizar sabão líquido;
• Não é indicado uso de toalhas de pano e coletivas;
• Utilizar creme hidratante de uso único e de pote individual para as mãos.
86
MATERIAL PARA CURATIVOS
Pacote de curativo
O pacote de curativo deve obedecer a princípios de assepsia e esterilização,
podendo ser descartável ou não. É importante lembrar que o pacote nunca deve ser
utilizado caso haja suspeita que ele não tenha sido esterilizado.
• Soro fisiológico 0,9% ou água destilada
• Deve ser aquecido próximo a temperatura de 37º C quando utilizado em
tecido de granulação e epitelização, em temperatura inferior a essa ocorrerá um choque
térmico, e a pele levará de 03 a 04 horas para voltar a temperatura normal.
• Técnica do jato de soro
• Técnica utilizada para higienização do tecido de granulação. Nesta
técnica pode-se utilizar o próprio frasco de soro ou uma seringa de 20 ml, e agulha
40X12 mm, para exercer a devida pressão (04 a 15 pps).
Além do tecido de granulação essa técnica é utilizada para limpeza de cavidades
e pontos subtotais, áreas de difícil acesso apenas com gaze úmida.
Os pontos subtotais são pontos que abrangem todas as camadas da parede
abdominal, da pele até o peritônio. Eles são confeccionados com equipo de soro e fio
tipo cordonê. Para proceder a limpeza desses pontos, deve-se lavar todos os pontos
introduzindo soro fisiológico 0,9% com auxílio de uma seringa com agulha 40X12 mm
no interior de cada ponto, colocando uma gaze no lado oposto para reter a solução.
Continuar a limpeza de todo o restante da lesão, com o auxílio de uma pinça,
utilizando a técnica asséptica. Realizar a limpeza de dentro pra fora e de cima pra baixo,
utilizando as duas faces da gaze sem voltar ao início da incisão.
87
Pontos subtotais.
Fita adesiva
A fita adesiva sempre deve ser retirada molhando-a com SF 0,9%, para evitar a
lesão da pele do paciente por trauma local. Se possível priorizar a utilização das fitas
indicadas pelo fabricante, como hipoalergênicas e nunca deve ser utilizada fita crepe
adesiva direto à pele do paciente.
Princípios básicos para a realização dos curativos. Esses princípios, por serem
básicos podem e devem ser adaptados e empregados de acordo com o tipo de curativo.
Tendo sempre o cuidado de evitar as infecções cruzadas.
88
• Começar a limpeza do local de incisão, com movimentos de dentro para
fora;
• Nunca passar o lado sujo da gaze duas vezes sobre a lesão;
• O centro da ferida asséptica é sempre mais limpo que as bordas, pois está
mais protegido de contaminação.
PRECAUÇÕES PADRÃO
90
Antissepsia é um processo de desinfecção das camadas superficiais ou profundas
da pele, inativando, destruindo ou removendo os microorganismos, mediante a
aplicação de antissépticos.
ANTISSÉPTICOS
Vantagens e indicações:
• Antisséptico de amplo espectro;
• Ativo no combate de bactérias gram positivas e gram negativas;
• Esporicida e fungicida;
• Na ausência de matéria orgânica a grande maioria das bactérias é
destruída ao fim de 10 segundos por solução a 1%.
• Indicado em todas as formas de infecção clinicamente presentes ou de
colonização;
• Mantém ação germicida residual.
Desvantagens e contraindicação
91
• Seu emprego deve ser LIMITADO à resolução dos fenômenos
infecciosos;
• É citotóxico para os fibroblastos;
• Retarda o processo de cura (epitelização);
• Seu uso deve ser restrito no caso de insuficiência renal (nefrotóxico);
• É contra indicado em mulheres que amamentam;
• NÃO previne infecção;
• Podem ocorrer fenômenos alérgicos. Quando o paciente apresenta
hipersensibilidade ao iodo, os sintomas podem ocorrer sob a forma de febre e erupções
cutâneas generalizadas.
Apresentação
• É encontrado na forma de solução;
• PVPI degermante: É o PVPI diluído em uma solução de detergente
neutro. Pode ser usado para a antissepsia das mãos, tricotomias ou para antissepsia de
feridas sujas.
• PVPI tópico: É o PVPI diluído em solução aquosa. Pode ser utilizado
para antissepsia de feridas e mucosas.
• PVPI tintura: É o PVPI diluído em solução alcoólica a 70%, deve ser
utilizado somente em assepsia de pele íntegra.
Cuidados na aplicação
• Por ser uma solução aquosa é passível de contaminação por gram
positivos.
• Podendo estar colonizado em 12 horas e infectado em até 48 horas.
• Manter a rotina de troca do frasco a cada 07 dias;
• Não deve ser removido da ferida.
O que é?
• É um antisséptico brando;
92
• É particularmente adequado para lavagem de feridas e mucosas onde
haja tecido morto, pois, a produção de gás, em virtude da ação de uma enzima (catalase)
facilita a limpeza da área ou da cavidade fechada.
Vantagens e indicação:
• Como antissépticos em úlceras com sinais de infecção;
• Sua efervescência tem uma potente ação nos materiais liberados pela
úlcera;
• Favorece a hemostasia após procedimento cirúrgico;
• Antissépticos de primeira escolha em escoriações e outras lesões
perfurocortantes, que podem facilitar a contaminação por bactérias anaeróbias
(Clostridium tetani).
Desvantagens e contraindicação:
• Quando aplicado em lesões onde há presença de tecido de granulação, os
tecidos são destruídos por destruição das células.
Cuidados na aplicação:
• Uma vez empregado deve ser removido por uma lavagem com soro
fisiológico 0,9%.
• Abrigar a solução longe do calor e da luz, acondicionada em recipiente
opaco ou revestido com papel laminado.
SULFADIAZINA PRATA 1%
Vantagens e indicações:
• Baixa toxicidade;
• É de fácil remoção da lesão, não causa dor;
• Se aplicada imediatamente à superfície queimada reduz o nível de
infecções secundárias, diminui o tempo de internação, e queda no custo de internação
hospitalar;
• Baixo custo.
Desvantagens e contraindicações:
93
• Hipersensibilidade ao produto;
• Não pode ser utilizado concomitante a outros antissépticos derivados de
iodo, sódio e potássio.
Cuidados na aplicação:
• Deve ser aplicado com luvas estéreis ou com o auxílio de uma espátula;
• Aplicar o creme e manter 03 mm de espessura;
• Lavar a lesão com água corrente e/ou água destilada;
• Deve ser trocada a cada 12 horas ou quando a cobertura secundária
estiver saturada.
• Retirar o excesso de pomada a cada troca de curativo.
ANTISSÉPTICOS INDUSTRIALIZADOS
Descrição:
• É composto por uma almofada a base de nylon com relativa não
aderência, em seu interior tem um tecido de carvão ativado com pasta de nitrato de prata
a 1%.
• É selado nos quatro lados, esterilizado e embalado individualmente.
• O tecido de carvão ativado é um material que possui poros em sua
superfície, que são capazes de capturar moléculas que ficam presas por atração elétrica
do carvão.
Ação/Características:
• Adsorção dos microorganismos e secreção purulenta no tecido de carvão,
por meio de ação magnética. Com isso as bactérias ficam presas no carvão, longe do
tecido danificado.
• O exsudato da lesão é absorvido pelo curativo secundário.
• A prata age impedindo a proliferação bacteriana.
Vantagens e indicações:
94
• Antisséptico e absorvente;
• Indicado em feridas exsudantes e/ou malcheirosas;
• Ação anti-inflamatória;
• É bactericida;
• Estimula o tecido de granulação;
• Preserva tecido epitelial;
• Reduz significativamente o tempo de troca de curativo;
• Reduz o traumatismo no ato da remoção;
• Método moderno que diminui o desconforto do paciente;
• Diminui odor.
Desvantagens e contraindicação:
• Pode causar sangramento controlável por ser aderente quando utilizados
em lesão com pouca exsudação.
Cuidados na aplicação:
• Não utilizar em áreas de granulação, doadoras de enxerto ou em
queimaduras;
• Fazer a limpeza da ferida e aplicar o produto diretamente sobre a ferida
com técnica asséptica;
• Não pode ser cortado;
• Pode ser dobrado, amassado, para ter contato direto com a ferida;
• Deve ser coberto com curativo secundário e este deve ser substituído
sempre que estiver úmido;
• Utilizar óleo de girassol para retirar o carvão ativado da ferida, evitando
sangramento e para impedir que a secreção contida no carvão retorne para o leito da
ferida.
• Na fase inicial do tratamento, deve ser trocado em intervalos de 48 a 72
horas. À medida que a secreção do curativo, pela exsudação, for diminuindo, a troca
poderá ser prolongada por até 07 dias, no máximo.
ALGINATO DE CÁLCIO
95
Mecanismo de ação:
O sódio presente no exsudato e no sangue interage com o cálcio presente no
curativo de alginato. A troca iônica:
• Resulta na formação de um gel que mantém o meio úmido para a
cicatrização, além de auxiliar no desbridamento autolítico.
• Aumenta capacidade de absorção e induz hemostasia.
Vantagens e indicações:
• Úlceras limpas e com exsudato, dá origem a um gel e impede a adesão à
ferida e mantém um microambiente úmido.
• É indolor nas trocas.
• Pode ser usado em feridas com cavidade de difícil acesso.
• Acelera o processo de cicatrização.
• Alcança a hemostasia entre 03 e 05 minutos.
• Super absorvente, com redução das trocas e dos vazamentos.
• Desvantagens e contraindicação:
• No caso de pouca secreção, pode secar dando origem a uma crosta muito
aderente e de difícil remoção;
• Contraindicado em queimaduras.
Cuidados na aplicação:
• Umedecer a fibra com SF 0,9%;
• Não deixar que a fibra de alginato ultrapasse a borda da ferida, com risco
de prejudicar a epitelização;
• Ocluir com curativo secundário.
Troca do curativo:
• Feridas infectadas: no máximo em 24 horas.
• Feridas limpas com sangramentos: a cada 48 horas.
• Feridas limpas exsudativas: quando saturar.
• Quando o exsudato reduzir, e a frequência das trocas estiver sendo feita a
cada 03 ou 04 dias, significa que é hora de utilizar outro curativo;
96
ÁLCOOL
• Ação: antisséptico.
• Vantagens e indicações: NENHUMA.
Desvantagens e contraindicações:
• Aumenta por 06 vezes a incidência de escaras;
• Seu uso frequente causa ressecamento e liquidificação da pele por
remoção dos lipídios cutâneos.
• Modalidade de emprego: NUNCA!
• Seu uso tem apenas valor histórico.
DESBRIDAMENTO OU DEBRIDAMENTO
Desbridamento = debridamento
Definição: É a remoção do tecido necrosado de uma lesão.
A AHCPR (Agency for Health Care Policy and Research) recomenda que
qualquer tecido necrótico observado durante a avaliação inicial ou subsequente deverá
ser desbridada, desde que a intervenção seja consistente com os objetivos globais do
tratamento e condições clínicas do paciente.
Entretanto existem algumas situações em que não é recomendado o
desbridamento de tecido desvitalizado, como em feridas isquêmicas com necrose seca.
Essas necessitam que sua condição vascular seja melhorada antes de ser desbridada.
Neste caso, a escara promove uma barreira contra infecção Outra exceção se faz em
pacientes fora de possibilidades terapêuticas que possuem úlceras com presença de
escaras, que ao desbridar pode promover desconforto, dor, e devido às condições
clínicas, não disporá de tempo e condições para a cicatrização.
TECIDO NECROSADO
• Dificulta o fornecimento de sangue (oxigenação e nutrição dos tecidos);
• Atua como meio de cultura de bactérias;
• Inibe a ação dos leucócitos em controlar microorganismos invasores;
• Aumenta a possibilidade de infecção sistêmica;
97
• Inibe a migração de células epiteliais, interrompendo a segunda fase do
processo de cicatrização;
• Impede a atuação de substâncias antibacterianas administradas por via
tópica;
• A presença deste tecido pode esconder a extensão e possível penetração
da ferida.
•
POR ISSO
É importante que o tecido desvitalizado/necrosado seja removido das feridas,
pois o rocesso de cicatrização e a regeneração epitelial não são possíveis sem o
desbridamento regular e cuidadoso.
MÉTODOS DE DESBRIDAMENTO
MÉTODO CIRÚRGICO
Cuidados de enfermagem:
• Compressão no local (curativo compressivo);
• Observar sinais de choque (hipotensão, sudorese, palidez, taquicardia e
alteração do nível de consciência);
• Se a hemostasia não acontecer, será necessária a assistência médica para
avaliação e provável sutura do(s) vasos lesionados.
MÉTODO MECÂNICO
98
• É a remoção dos tecidos necróticos pela limpeza mecânica, utilizando-se
de fricção de gaze umedecida com SF 0,9% ou da aplicação da gaze umedecida sobre a
necrose e após a secagem retirá-la com consequente desbridamento.
• Técnica muito traumática;
• Lesa tecidos viáveis próximos a necrose.
MÉTODOS QUÍMICOS
COLAGENASE
Mecanismo de ação:
• Desbridante, fibrinolítica.
• É uma enzima proteolítica que consome as pontes do colágeno natural,
favorecendo a remoção da necrose.
Vantagens e indicações:
• É indicado nas úlceras com presença de áreas necróticas com acúmulo de
fibrina no fundo da lesão;
• É indicado em feridas isquêmicas.
Desvantagens e contraindicação:
• Alta concentração de colagenase pode causar eritema e descamação nos
bordos da lesão.
• Quando em excesso e com sobras nas bordas causa endurecimento do
tecido.
• Não age na presença de tecido necrótico seco (escara).
Cuidados na aplicação:
99
• O curativo e a troca deverão ser realizados a cada 08 ou 12 horas;
• Deve ser aplicada uma fina camada;
• Deve ser mantido um ambiente úmido para melhor efeito do produto;
• É inativada na presença de água oxigenada, algodão e ressecamento da
lesão.
• Requer um curativo secundário oclusivo.
PAPAÍNA
Descrição:
• Enzima proteolítica, bactericida e bacteriostática e de ação
antiinflamatória.
• De origem vegetal extraída da Carica papaya. Após o seu preparo,
obtém-se um pó de cor leitosa, com odor forte e característico.
• É inativada ao reagir com agentes oxidantes como o ferro, oxigênio,
derivados do iodo, água oxigenada e nitrato de prata.
Ação:
• A papaína é uma mistura complexa de enzimas proteolíticas e
peroxidases, ou seja, capaz de decompor substâncias proteicas.
• Como desbridante, liquefaz o tecido necrótico.
• Atua como anti-inflamatório, agindo ao nível das prostraglandinas.
• Fibrinolítica, provoca uma diluição na rede de fibrina dos coágulos,
podendo provocar sangramento por essa razão, não interferindo nos fatores de
coagulação;
• Efeito bactericida e bacteriostático. Rompe a parede celular de bactérias
especialmente aquelas de parede predominantemente proteica.
• Estimula o desenvolvimento de tecido de granulação e auxilia no
processo cicatricial por meio do alinhamento dos fibroblastos, reduzindo a possibilidade
de formação de queloides.
Apresentação:
100
• É comercializada purificada na forma de pó, em diferentes
concentrações, que variam de 02% a 10%, podendo ser manipulada/preparada na forma
de pomada ou gel.
Vantagens e indicações:
• Indicadas em feridas necróticas e fibrinas;
• Preserva capilares e tecido de granulação;
• A solução de papaína pode ser utilizada em lesões muito profundas com
exposição de estrutura óssea, em deiscência cirúrgica com evisceração em fístula
pleural, em grandes queimados, entre outros.
% INDICAÇÃO
Desvantagens e contraindicação:
Cuidados na aplicação:
• Proteger a pele perilesional com alguma substância que forme uma
película protetora;
• Manter o produto em refrigeração;
• A limpeza da lesão deve ser feita com água destilada, para evitar a
inativação do radical sulfidrila;
101
• Ao utilizar o lavado de papaína, diluir a papaína pó em água destilada e
em recipiente plástico.
HIDROGEL
Composição:
Gel transparente, incolor, composto por:
▪ Água (77,7%): mantém o meio úmido;
▪ carboximetilcelulose – CMC (2,3%): facilita a rehidratação celular e o
desbridamento;
▪ Propilenoglicol – PPG (20%): estimula a liberação de exsudato.
Mecanismo de ação:
• Amolece e remove tecido desvitalizado por meio de desbridamento
autolítico.
• Provoca uma hidratação compacta do tecido necrótico, favorecendo uma
rápida autólise com ativação simultânea dos processos de granulação.
• Protege as terminações nervosas expostas e diminui a dor.
102
Vantagens e indicações:
• Indicado na detersão de necroses e escaras;
• Indicado, também, em úlceras secas, lesões não cavitárias;
• Não adere ao fundo da ferida tornando fácil a sua remoção;
• Apresenta-se em placas transparentes que permitem frequentes controles
da úlcera sem retirar o produto.
Desvantagens e contraindicações:
• São de alto custo;
• Produzem um intenso e desagradável odor;
• Contraindicado em úlceras infectadas e hiperexsudantes;
• Pode acarretar um agravamento no caso de maceração em lesões da pele
perilesional.
Cuidados na aplicação:
• Espalhar o gel sob a ferida assepticamente;
• Ocluir a ferida com cobertura secundária estéril;
• Não usar produtos iodados;
GAZE SIMPLES
Vantagens:
• Baixo custo;
• Facilidade do seu uso;
103
• Estão disponíveis na maioria das instituições.
Desvantagens:
• Não se deve utilizar gaze seca diretamente na lesão, exceto quando se
deseja o desbridamento;
• Tem pouca capacidade de absorção do exsudato;
• Exigem trocas frequentes, precisam de cobertura secundária e fixação e
pode provocar maceração das áreas adjacentes;
• Permeáveis a bactérias, podem soltar fios e fibras, que atuam como corpo
estranho, podendo provocar inflamação e infecção.
Descrição:
• Lipídios formados de cadeias de carbono.
• São substâncias farmacologicamente ativas.
TRIGLICÉRIDEOS:
104
Composição:
• Vitamina A: Favorece a integridade da pele e sua cicatrização.
• Vitamina E: Função antioxidante e protege a membrana celular do ataque
dos radicais livres (substâncias que destroem a célula e suas estruturas internas).
• Ácido Linoleico: Importante no transporte de gorduras, na manutenção
da função e integridade das membranas celulares, imunógeno local que auxilia na
proliferação do tecido de granulação.
• Lecitina de soja: protege e hidrata a pele.
• Ácido caprílico, cáprico e caproico:
AGE Composição
TCM 67g
Lecitina 01g
Vitamina A 2500 UI
Vitamina E 100 UI
Ação:
• São incorporadas à membrana celulares e importantes para manterem a
integridade da pele;
• Acelera o processo de cicatrização pelo estímulo a formação do tecido de
granulação, por meio de sua ação quimiotáxica e promovem diferenciação epidérmica;
• Atua ao nível das prostraglandinas.
Mecanismo de ação:
• Promove quimiotaxia (atração dos leucócitos) e angiogênese, mantém o
meio úmido e acelera o processo de granulação tecidual.
Vantagens e indicação:
105
• Forma uma película protetora na pele íntegra (previne lesões); por
aumento indireto da resistência tecidual;
• Reversão dos processos de hiperemia já instalados tem grande absorção,
forma uma película protetora na pele;
• Aumenta capacidade de hidratação;
• Proporciona hidratação local alta capacidade de nutrição celular;
• Indicada na prevenção de úlcera de pressão;
Cuidados na aplicação:
• Espalhar AGE no leito da ferida ou embeber gazes estéreis de contato
com a ferida o suficiente o suficiente para manter o leito da ferida úmido até a próxima
troca;
• Em feridas extensas pode-se espalhar AGE sobre o leito da ferida e
utilizar cobertura primária gazes embebidas em SF 0,9%;
• Ocluir com cobertura secundária estéril;
• Trocar o curativo sempre que a cobertura secundária estiver saturada ou
no máximo a cada 12 horas;
HIDROCOLOIDE
Descrição:
São constituídos por duas camadas:
• Externa: de espuma de poliuretano, flexível, impermeável à água e outros
agentes externos.
• Interna: adesiva com partículas hidroativas, gelatina,
pectina e carboximetilcelulose sódica.
106
CAMADA EXTERNA
CAMADA INTERNA
Cama externa
Cama da Interna
132
–
FONTE: Catálogos explicativos de produtos empresas e distribuidores.
Mecanismo de Ação:
Em contato com o exsudato o hidrocoloide forma um gel hidrofílico que mantém
a umidade do leito da lesão proporcionando o meio para:
• Estimular a angiogênese e o desbridamento autolítico;
• Acelerar o processo de granulação tecidual;
• O gel protege o leito da ferida, promovendo um meio úmido que facilita
a migração das células epiteliais, acelerando a cicatrização.
Vantagens e indicações:
• Formam uma barreira contra a contaminação bacteriana (oclusivo);
• Previne o ressecamento da ferida;
A camada externa atua como uma barreira térmica e promove barreira
mecânica;
• Permite remoção sem trauma aos novos tecidos;
• Acelera a granulação e um aumento da vascularização nesse tecido;
• Reduz a dor por proteger as terminações nervosas;
• Indicada em feridas não infectadas e pouco exsudante;
107
• Economiza o tempo da enfermagem no curativo, pois aumenta o tempo
entre a troca das placas de hidrocoloide;
• Pode ser adaptado em diferentes áreas anatômicas e manter a mobilidade
do membro.
INDICAÇÕES:
Desvantagens e contraindicações:
• Não usar em feridas infectadas ou colonizadas e fúngicas, em feridas
necróticas e em queimaduras de 3º grau;
• Possível deslocamento no caso de feridas exsudantes, nesses casos pode
ocorrer maceração de bordas e tecido perilesional;
• Odor característico, podendo ser confundido com ferida infectada.
Cuidados na aplicação:
• Realizar limpeza do leito da ferida e secar bem a pele perilesional;
108
• Escolher o hidrocoloide com diâmetro que ultrapasse 3 cm a borda da
ferida;
• Aplicar o hidrocoloide segurando-o pela borda;
• Pressionar a borda na pele para perfeita aderência;
• Se necessário, fixar com fita microporosa.
• Trocar o hidrocoloide sempre que o gel extravasar ou o curativo
deslocar.
• Anotar a data e a hora da colocação da placa,
• Deve permanecer no máximo 7 dias na lesão;
HIDROCOLOIDE EM PASTA:
• Não é necessária a remoção total do gel presente;
• Devem ser aplicados até preencherem toda a cavidade da lesão;
• A troca se dá por saturação, podendo permanecer em média de 1 a 4 dias;
O curativo secundário deve ser feito com hidrocoloide em placa.
Custo benefício:
• Não necessita de trocas diárias e não requer medicamentos adicionais;
• Reduz infecção e, com isso, o tempo de cicatrização;
• Redução do tempo de enfermagem dispensada na troca de curativos.
109
135
Hidrocoloide em Grânulos
PRÓPOLIS
Descrição:
É uma resina extraída pelas abelhas dos botões de certas flores, folhas e casca de
árvores. Após a coleta desta resina as abelhas mastigam enriquecendo com os
110
componentes enzimáticos existentes em sua saliva. Coloração esverdeada a marrom,
amarga, fluída e pegajosa e insolubilidade em água.
50 A 55% de resina e bálsamo
5 a 10% de pólen, minerais, vitaminas e enzimas
30% de cera
10% de óleos voláteis
Mecanismo de ação:
• Atua na formação de anticorpos, eleva a fagocitose e acelera os
processos de regeneração celular.
• A riqueza enzimática da própolis aliada ao seu conteúdo de vitamina A,
auxilia no combate a bactérias patogênicas de difícil tratamento.
Vantagens e indicações:
• Baixo custo e facilidade de manuseio;
• Embora a própolis apresente ação no organismo, semelhante a dos
antibióticos o seu uso não apresenta efeitos colaterais comuns causados pelos
antibióticos;
• Tem atividade antibacteriana em gram positivas e gram negativas,
antifungicida.
• Possui ação antisséptica acentuada;
• Indicada em feridas vitalizadas sem necrose, exsudativas ou não.
Contraindicações:
• Avaliar o limiar de dor após aplicação, alguns pacientes relatam
intolerância após uso tópico.
Cuidados na aplicação:
• Deve-se evitar que a própolis fique em contato com a borda e tecidos
perilesionados, pois causa ressecamento;
• Trocar no máximo a cada 12 horas.
HIDROPOLÍMERO
Composição:
111
• Almofadas geralmente composta por 3 camadas sobrepostas de não
tecido uma central de hidropolímero e revestida por poliuretano.
Mecanismo de ação:
• É uma cobertura altamente absorvente para feridas com baixa a
moderada exsudação e que proporciona um ambiente úmido facilitando o processo de
granulação e ainda estimula o desbridamento autolítico, mas não é um desbridante
químico.
112
• A camada de hidropolímero expande-se delicadamente à medida que
absorve o exsudato mantendo a adesão da cobertura na ferida;
Vantagens e indicações:
• Tratamento de feridas abertas não infectadas;
• Feridas exsudativas, limpas, em fase de granulação;
• Feridas superficiais e/ou feridas com cavidades;
• Promove a granulação tecidual;
• Remove o excesso de exsudato;
• Diminuindo o odor da ferida.
Contraindicações:
• Não deve ser utilizado em feridas secas ou com pouco exsudato;
• Queimaduras de terceiro grau;
• Lesões com vasculite ativa;
• Feridas colonizadas ou infectadas, e feridas necróticas com
características de escara.
Cuidados na aplicação:
• Não requer troca diária, podendo permanecer por 7 dias na lesão;
• Anotar a hora e a data da aplicação da cobertura;
• Secar a área próximo da lesão para melhor aderência da placa;
• Posicionar o curativo sobre o local da ferida; de forma que a almofada de
espuma fique sobre a área central da lesão;
• Remover o curativo em peles frágeis levantando um dos cantos, puxando
para trás utilizando água ou soro fisiológico para romper a vedação do adesivo;
• Não requer cobertura secundária;
• Secar cuidadosamente a pele circunjacente.
113
141
FILMES TRANSPARENTES
Composição:
• Película de poliuretano, transparente, elástica, semipermeável, aderente a
superfícies secas.
114
142
Mecanismo de ação:
• Proporciona um ambiente úmido favorável a cicatrização.
Permeabilidade seletiva, permitindo a difusão gasosa e a evaporação de água.
Impermeável a fluidos e microorganismos. Forma uma camada protetora da pele.
Mantêm a umidade e o pH da pele.
Vantagens e indicação:
• Mantém um microambiente úmido em temperatura constante;
• Fácil aplicação devido à elasticidade e extensibilidade;
• Indicada para lesões superficiais;
• Podem ser empregadas como medicação secundária na fixação de outros
produtos para aumentar a eficácia;
• Empregadas também na prevenção como proteção das áreas de risco
(fixação de cateteres vasculares, proteção de pele íntegra e ferida secas);
• Agem como barreira à contaminação da ferida;
• Adapta-se aos contornos do corpo, podendo ser cortados em diversos
tamanhos;
• Permitem visualização direta da ferida e vascularização;
• Permitem banhos;
• Não requer cobertura secundária e nem troca diária;
• Proteção contra agressões externas.
Desvantagens e contraindicações:
115
• Contraindicada em úlceras infectadas ou hiperexsudantes;
• Não utilizar em feridas com a pele adjacente macerada;
• São permeáveis a alguns agentes tópicos aquosos;
• Descolam gradativamente nas áreas já epitelizadas;
• Não devem ser usados nas primeiras 24 horas de pós-operatório, devido
à liberação de exsudato.
Cuidados na aplicação:
• Notar a hora e a data da aplicação da cobertura;
• Pode permanecer na ferida por sete dias;
• Substituir o curativo caso se solte, forme bolhas de exsudato.
COLÁGENO BIOLÓGICO
116
Composição:
É uma cobertura composta de colágeno e alginato que fornece apoio estrutural
para o crescimento celular e favorece a condição ideal para a proliferação celular. O
colágeno simples pode ser usado em todo tipo de ferida em fase sua fase de granulação.
145
Mecanismo de ação:
117
Vantagens e indicações:
• Indicado em lesões fluidas, superficiais e limpas;
• Remove o excesso de exsudato;
• Diminui a inflamação local e edema;
• Acelera o processo cicatricial.
Desvantagens e contraindicação:
• Contraindicado para pessoas com hipersensibilidade a derivados
bovinos;
• Apresenta limitação de atividade;
• Sobre lesões secas resulta pouca eficácia;
• E nas lesões hiperexsudantes ocorre consumo rápido demais;
• Apresenta custo elevado.
118
Cuidados na aplicação:
• Requer medicações secundárias;
• É inativada pela água oxigenada e pelo algodão hidrófilo;
• Em feridas secas devem ser irrigadas previamente com soro fisiológico;
• Remover o exsudato e tecido desvitalizado;
147
119
Caso: Síndrome de Fournier, acometendo toda a bolsa escrotal. Há
presença de secreção e esfacelo tratada com carvão ativado em prata e a pomada de
sulfadiazina de prata por um período de 10 dias. Após a regressão do processo
infeccioso iniciou o uso de colágeno em placa, mantendo primeiramente por 24 horas,
observando já melhora da área lesada, aplicou-se novamente, mantendo-se, desta vez,
por 48 horas. Observa-se a grande aceleração do processo cicatricial recebendo alta com
o mesmo tratamento.
Impregnadas:
• Acetato de celulose impregnada com petrolato;
• Com PVPI a 10%;
• Gaze de fibras de poliéster hidrófobo impregnada com AGE;
• Impregnada com Aloe Vera.
Não impregnadas:
• Tecido de algodão ou sintético entrelaçado ou não, com maior ou menor
número de fios.
Vantagens e indicação:
• Queimaduras superficiais;
• Feridas com formação de tecido de granulação e áreas doadoras ou
receptoras de enxerto;
• Indicada como curativo primário de lesões planas com função de manter
a ferida úmida e proteger de traumas por aderência;
• Permite o livre fluxo de exsudatos;
• Não interfere no tecido de regeneração e evita a dor durante a troca;
• Não provoca trauma na retirada, preservando o tecido de granulação;
• Permite adaptações aos locais.
Composição:
120
• Tela de acetato de celulose impregnada com emulsão de petrolato solúvel
em água, não aderente e transparente, estéril.
Desvantagens e contraindicação:
• Alguns tipos de gaze não aderente são impregnados com
antimicrobianos, que podem ser tóxicos ao fibroblasto;
• Se existe pouco exsudato, não criam um microambiente apropriado a
reeptelização. Por vezes, requerem medicações frequentes;
• Feridas com cicatrização por primeira intenção;
• Produtos de hidrocarbonetos saturados derivados do petróleo podem
causar irritação e reação granulomatosas;
Cuidados na aplicação:
• Cobrir com curativo secundário;
• Requer trocas diárias.
CURATIVOS NATURAIS
FITOTERAPIA
Vantagens:
•Produtos naturais sem efeitos colaterais;
• Facilidade no cultivo e manipulação;
• Participação do paciente no tratamento;
• Baixo custo.
121
Como utilizar as plantas:
• Investigar a sua procedência e observar a dosagem;
• Dar preferência às folhas jovens, cascas e raízes sem brotos;
• Deve ser feita a colheita de manhã;
• Lavar e secar, mantê-las em lugar sem luz, calor e insetos.
Formas de uso:
• Chás, pós, pomadas;
• Há melhor extração do princípio ativo quando a planta é batida
manualmente;
• As folhas e flores devem passar por um processo de infusão.
FITOTERÁPICOS TÓPICOS
ÓLEO DE GIRASSOL
Descrição:
• É uma herbácea cujas sementes, frutos aquênios,
• Produzido no miolo das flores, são a parte mais utilizada.
Vantagens e indicações:
• Fácil acessibilidade e baixo custo;
• Auxilia na manutenção da função e integridade das membranas celulares;
• Lubrificam e agem como emoliente;
• Ácidos graxos essenciais: Linoleico e linolênico
• Auxiliam na manutenção da função e integridade das membranas
celulares;
• Facilita entrada de várias substâncias importantes no metabolismo
celular e imunológico.
Desvantagens e contraindicação:
• Não é um produto estéril;
122
ARNICA
BABOSA
CALÊNDULA
123
• Indicações: ferimentos abertos não infectados; úlcera de estase, dermatite
de contato, frieiras e herpes labial.
• Ação: auxilia no processo de cicatrização, anti-inflamatória e
antisséptico tópico.
• Contraindicação: lesão profunda e/ou extensa, lesões disseminadas e sem
diagnóstico.
• Aplicação: aplicar topicamente três vezes ao dia.
MAMÃO PAPAIA
Modo de usar: Pó
• Diluir o pó em água bidestilada, pois qualquer componente químico
altera a instabilidade da solução;
124
• Preparar a solução da papaína somente no horário da aplicação: não
armazenar.
1g 100ml 1%
1g 50ml 2%
2g 50ml 4%
3g 50ml 6%
4g 50ml 8%
5g 50ml 10%
Material:
• Mamão verde;
• Recipiente plástico para ralar o mamão;
• Água bidestilada ou água fervida para limpeza da ferida.
Procedimentos:
• Lavar o mamão com água e sabão;
• Ralar a polpa do mamão no ralo plástico;
• Limpar a ferida com água bidestilada ou água limpa (fervida);
• Cobrir a ferida com a polpa ralada e cobrir a lesão com gaze ou com um
pano limpo;
AÇÚCAR – SACAROSE
125
• Cobrir a superfície com o açúcar e cobrir a ferida com gaze;
• Resultados: Observa-se presença de tecido de granulação e diminuição
da secreção;
Tempo de permanência:
• Tempo de permanência no leito da ferida é bastante controverso.
• Sacarose: eliminação renal X lesão tubular, nos pacientes com lesão
renal deverá de se ter um controle rigoroso da perda pela urina da sacarose, glicosúria.
• Hiperosmolaridade ocorre em 15 minutos e decresce em 2 horas,
portanto o curativo deve ser trocado a cada duas horas no máximo. E sofrer a reposição
a cada quinze minutos.
Dificuldades:
• A dor;
• Trocas mais de uma vez ao dia.
OSTOMAS
Por vários motivos, como lesão por ferimento por arma de fogo e ou arma
branca, em situações clínicas agudas e ou em situações clínicas crônicas como no caso
de neoplasia do sistema digestório, são situações em que um indivíduo necessita ser
operado para construir um caminho para saída das fezes ou da urina. Essa intervenção
cria um ostoma ou estoma (abertura), na região abdominal, por onde irão sair fezes em
quantidade e consistência diferente assim como será eliminada a urina em forma de
gotas.
O ostoma, por suas características anatômicas, que abre parte do órgão expondo
126
a mucosa, livre de controle do sistema nervoso central e muscular, sendo desta forma
impossível controlar voluntariamente a saída de resíduos, assim será necessário a
utilização de bolsa para coletar fezes ou urina.
O aspecto de um ostoma normal é de uma coloração vermelha ou rosa, vivo
brilhante e úmido. A pele ao seu redor deve estar lisa, sem vermelhidão, coceiras,
feridas ou dor. Logo após a cirurgia o ostoma estará inchado, mas gradualmente
reduzirá seu tamanho. Apresenta um tamanho em torno de 2 a 5 cm de diâmetro e 3 a 4
cm de saliência.
Na mucosa do ostoma não existem nervos, assim podem ser tocadas, pois o
paciente não sente dor, porém é uma mucosa que pode ser facilmente ferida. Ao realizar
os cuidados com o ostoma, pode ocorrer um pequeno sangramento, mas isso é normal,
porém se o sangramento persistir deve-se comunicar ao médico.
TIPOS DE OSTOMA
127
Os cuidados com as ostomias devem ser
realizados pela enfermagem devendo também fazer a
orientação ao paciente para que ele cuide quando for
para casa.
Utilizamos para a coleta dos efluentes,
dispositivos que podem ser peça única ou duas peças,
conforme adaptação do paciente.
Material:
• Uma placa, uma bolsa, e um clipe;
• Um par de luvas de procedimento;
• Gazes;
• Um frasco 125 ml de soro fisiológico ou água corrente;
• Tesoura;
• Sabão neutro;
• Saco plástico de lixo.
Procedimento:
• Reunir o material;
• Lavar as mãos;
• Orientar o paciente sobre o que será realizado;
• Expor o local a ser manipulado;
• Calçar luvas de procedimento;
• Retirar a bolsa e placa usadas e desprezar em saco plástico;
• Utilizando, gaze, soro fisiológico e sabão realizar a limpeza da pele
periestoma e desprezá-la em saco plástico;
• Realizar a limpeza do ostoma;
• Recortar o orifício central da placa no tamanho certo do ostoma sem
deixar pele exposta, para evitar que caia efluente na região causando irritação;
• Retirar o papel protetor da placa e aplicar sobre o ostoma, fazendo uma
leve pressão, para bem aderir;
128
• Fechar a bolsa com clipe e colocar a bolsa à placa encaixando os flanges;
• Deixar o paciente confortável;
• Desprezar o material no expurgo;
• Lavar as mãos;
• Fazer anotação de enfermagem, referindo aspecto do ostoma, da pele
periestoma e qualquer anormalidade.
Modo de aplicação:
Secar ao redor dos drenos e ostomia;
129
• Aplicar a pasta na área de imperfeições e o pó nas áreas escoriadas;
• Aplica-se a placa da mesma forma que a bolsa coletora, faz se um recorte
ao centro para encaixar o estoma;
• Mantém os cuidados de enfermagem com aplicação da bolsa de
colostomia, e periodicidade de trocas e manutenção de higiene e conforto ao paciente.
QUEIMADOS
As queimaduras ainda ocupam grande lugar dentre as patologias que possuem
uma elevada morbimortalidade no ambiente hospitalar, seja por complicações
cardiopulmonares e metabólicos, seja por infecções ocasionadas pela extensa perda de
pele.
Atualmente o número de óbitos ocasionados pela Sepse ainda é bastante
preocupante, ocupando cerca de 75% das causas de morte entre os queimados. O que
torna ainda mais grave este tipo de patologia, exigindo da equipe de saúde um
conhecimento elevado acerca do tratamento das queimaduras, bem como da prevenção
de infecções.
Muito se tem estudado sobre o atendimento aos queimados, mas a queimadura
ainda apresenta condições que favorecem o desenvolvimento das infecções, como
imunodepressão e o seu foco principal, as condições da ferida, como fator predisponente
ao crescimento bacteriano.
A ferida do paciente queimado deve, portanto, ser tratada como um abscesso
plano, em decorrência da grande quantidade de material necrótico e avascular e o
exsudato que o constitui é um excelente meio para a proliferação bacteriana. Por este
motivo, saber da importância do tratamento tópico aplicado ao queimado contribui com
a sua recuperação determinando o período de internação e o prognóstico desse.
130
• Falta de um correto suporte nutricional;
• Transfusão múltipla de sangue e derivados.
MONITORIZAÇÃO DA ÁREA QUEIMADA: por método de cultura
quantitativa por meio da biópsia de várias regiões queimadas, após uma limpeza prévia
e a hemocultura associada.
• Streptococus SP;
• Staphilococus epidermidis;
• Staphilococus aureus;
• Pseudomonas aeruginosa;
• E. coli;
• Cândida albicans;
A - QUANTO A PROFUNDIDADE:
1º grau: Perda da epiderme; Eritema. Ex.: queimadura solar.
131
2ºgrau
- Comprometimento parcial;
- Perda da derme e epiderme;
- Rubor, edema, bolhas, transudação e muito dolorosa;
- PROFUNDA – semelhante ao 3 grau, não dolorosa.
3º grau
- Pele totalmente comprometida;
– Indolor;
- Esbranquiçada, dura (aspecto “couro”);
- Não cura espontaneamente.
B - QUANTO A EXTENSÃO
Grande queimado
- 3º grau maior que 10%;
- 2º grau maior que 25%.
Moderado
- 3º grau maior 3% menor 10%;
- 2º grau maior 15% menor 25%.
132
Leve
- 3º grau menor 3%;
- 2º grau menor 15%.
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM
133
• Avaliar a instabilidade hemodinâmica do paciente.
2° - Limpeza da ferida desbridamento: mecânico/químico e cirúrgico.
3º - A ferida é recoberta apenas por agente tópico (sulfadiazina de prata 1%) a
mais utilizada e mais eficaz em se tratando de curativos em queimados.
HIDROTERAPIA DIÁRIA
PREPARO DO MATERIAL:
• Banho no leito ou banho de aspersão;
• Água de torneira temperatura adequada e antisséptico;
• Roupa do paciente/balde estéril;
• Paramentação estéril para o profissional.
MÉTODO DO CURATIVO
134
monitorização com cateteres invasivos que aumentam, em grande proporção, os riscos
de infecção.
TÉCNICA DO CURATIVO
135
FONTE: Disponível em: < http://www.ohb-rio.med.br/tratamento.html>
TIPOS DE CÂMARAS
CAMARA MONOPLACE
Vantagens:
• É utilizada somente por um paciente;
• Fácil controle da pressurização e despressurizarão;
• Fácil operacionalização.
136
Desvantagens:
• Isolamento do paciente;
• Aumenta a ansiedade, principalmente nas primeiras sessões.
Desvantagens:
• Unidades bastante complexas;
• Difícil operacionalização, exigindo pessoal qualificado;
• Exposição da equipe ao ambiente hiperbárico.
O TRATAMENTO
O tratamento é realizado por meio de sessões que, de acordo com as condições
clínicas apresentadas, e com os protocolos utilizados, variam os níveis de pressão,
duração, intervalos e o número total de sessões.
INDICAÇÃO TERAPÊUTICA
Indicação médica, geralmente nas:
• Doenças que podem ser tratadas de forma exclusiva ou combinadas;
• Síndrome de Fournier;
• Pés e pernas de diabéticos;
• Úlceras crônicas venosas e/ou arteriais;
• Síndromes compartimentais;
• Isquemias agudas traumáticas;
• Osteomielite;
• Processos isquêmicos, necróticos e infectados de partes moles.
CONTRAINDICAÇÕES
137
Segundo TRIVELLATO 1995 e ESTEVES 1999, existem situações em que são
contraindicadas o uso da oxigenioterapia hiperbárica, sendo essas relativas ou absolutas.
Relativas:
• Infecções de vias aéreas;
• DPOC;
• Hipertermia;
• Cirurgia prévia do ouvido;
• Hipertensão arterial não controlada.
Absolutas:
• Gravidez;
• Pneumotórax não tratado;
• Uso de drogas (Doxirrubicin, Dissulfiram, SIS-Platinium, Mafenide
acetato).
138
utilizada:
• Excitabilidade neural, com crises focais ou convulsões generalizadas;
• Queimação retroesternal;
• Tosse seca;
• Dispneia;
• Sensação de ouvidos cheios;
• Sensação de que a voz se torna mais aguda;
• Ação tóxica pulmonar.
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM
139
• Impedir pacientes e acompanhantes de fumarem próximo à câmara;
• Manter todos os aparelhos elétricos afastados, pelo menos 1,5 m
longe da câmara.
• Ter extintores de incêndio por perto e saber como usá-los;
• Respeitar o tempo preestabelecido da sessão, evitando atrasos e o perigo
da intoxicação;
• Estar habilitado a operar a máquina corretamente;
• Realizar o relatório de enfermagem.
140
REFERÊNCIAS
141
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