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Sumário
NEONATOLOGIA ......................................................................................................... 5
CARACTERÍSTICAS FISIOLÓGICAS DO RECÉM-NATO...................................... 6
INTERAÇÕES ENTRE O NEONATO E O AMBIENTE .......................................... 19
PADRÕES CARACTERÍSTICOS DE SONO E ATIVIDADE .................................. 22
ANAMNESE E EXAME FÍSICO DO RECÉM-NASCIDO ....................................... 26
MODELO DE ANAMNESE DE ENFERMAGEM .................................................... 28
ANTECEDENTES FAMILIARES: ............................................................................. 29
CONDIÇÕES DE SAÚDE DA MÃE: ......................................................................... 29
HISTÓRIA GESTACIONAL ....................................................................................... 29
EXAME FÍSICO DO RN ............................................................................................. 30
SINAIS VITAIS ........................................................................................................... 44
MEDIDAS ANTROPOMÉTRICAS ............................................................................ 44
SISTEMA NERVOSO ................................................................................................. 44
SISTEMA RESPIRATÓRIO ........................................................................................ 46
SISTEMA CARDIOVASCULAR ............................................................................... 47
SISTEMA GASTROINTESTINAL ............................................................................. 48
ACESSO VASCULAR................................................................................................. 48
COLUNA VERTEBRAL ............................................................................................. 49
AVALIAÇÃO DO PESO E IDADE GESTACIONAL ............................................... 49
MATURIDADE FÍSICA .............................................................................................. 52
APNEIA DA PREMATURIDADE .............................................................................. 53
TAQUIPNEIA TRANSITÓRIA DE RECÉM-NASCIDO .......................................... 58
PNEUMONIA NEONATAL ........................................................................................ 59
SÍNDROME DE ASPIRAÇÃO MECONIAL ............................................................. 60
CRIANÇAS COM QUADRO CLÍNICO DE ASPIRAÇÃO DE MECONIO GRAVE:62
HIPERTENSÃO PULMONAR .................................................................................... 63
SÍNDROME DO DESCONFORTO RESPIRATÓRIO (SDR) - DOENÇA DE
MEMBRANA HIALINA ......................................................................................................... 65
DISPLASIA BRONCOPULMONAR .......................................................................... 70
ANEMIA DA PREMATURIDADE ............................................................................ 71
POLICITEMIA ............................................................................................................. 73
OSTEOPENIA DA PREMATURIDADE .................................................................... 78
ICTERÍCIA................................................................................................................... 79
INFECÇÃO NO RECÉM-NASCIDO .......................................................................... 83
SEPSE NEONATAL .................................................................................................... 85
CHOQUE SÉPTICO..................................................................................................... 89
ENCEFALOPATIA HIPOXIA-ISQUÊMICA ............................................................. 91
CONVULSÕES NO PERÍODO NEONATAL ............................................................ 95
HEMORRAGIA INTRACRANIANA ......................................................................... 97
ENTEROCOLITE NECROSANTE ........................................................................... 100
INSUFICIÊNCIA RENAL ......................................................................................... 103
PATOLOGIAS CIRÚRGICAS .................................................................................. 106
CARDIOPATIAS CONGÊNITAS............................................................................. 119
ATENDIMENTO AO RN NA SALA DE PARTO ................................................... 124
PROCEDIMENTOS DE ROTINA PARA PREMATUROS ESTÁVEIS
CLINICAMENTE .................................................................................................................. 128
OXIGENOTERAPIA ................................................................................................. 129
VENTILAÇÃO COM PRESSÃO POSITIVA (VPP) ................................................ 130
MASSAGEM CARDÍACA ........................................................................................ 132
TRANSPORTE DO RECÉM-NASCIDO .................................................................. 132
ASSISTÊNCIA AO RECÉM-NASCIDO SADIO NO BERÇÁRIO ......................... 137
ADMISSÃO DO RN EM UTI NEONATAL ............................................................. 144
LAVAGEM DAS MÃOS ........................................................................................... 145
REANIMAÇÃO CARDIOPULMONAR................................................................... 146
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NA CATETERIZAÇÃO UMBILICAL ....... 155
CURATIVO DO CATETER UMBILICAL ............................................................... 156
CURATIVO OCLUSIVO DE CATETER VENOSO CENTRAL ............................. 156
SONDAGEM VESICAL NO RN............................................................................... 157
FOTOTERAPIA ......................................................................................................... 159
EXSANGUINOTRANSFUSÃO ................................................................................ 161
SURFACTANTE ........................................................................................................ 163
COLHEITA DE SANGUE CAPILAR ....................................................................... 164
PROTOCOLO DE INTERVENÇÃO MÍNIMA ........................................................ 169
BANHO ...................................................................................................................... 173
LIMPEZA CONCORRENTE DA INCUBADORA .................................................. 177
ALTA DO PACIENTE NEONATAL ........................................................................ 178
DESINFECÇÃO TERMINAL DA UNIDADE ......................................................... 180
TRATAMENTO DA DOR EM UNIDADE NEONATAL ........................................ 180
HUMANIZAÇÃO EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA NEONATAL ....... 182
BIOÉTICA NA PRÁTICA NEONATAL .................................................................. 185
MANEJO DA MORTE EM UNIDADE NEONATAL.............................................. 187
SISTEMATIZAÇÃO DA ASSITÊNCIA DE ENFERMAGEM ............................... 188
REFERÊNCIAS.......................................................................................................... 190
NEONATOLOGIA
Adaptação do Neonato
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Imediatamente após o nascimento, o neonato precisa assumir as funções vitais
realizadas pela placenta, período denominado de período de transição que engloba as
primeiras 24 horas.
O processo de transição da vida intra para a vida extrauterina é muito complexo, pois
envolve alterações anatômicas e funcionais que, se não forem devidamente compreendidas,
avaliadas e acompanhadas poderão aumentar o risco de morbidade neonatal.
Sistema cardiovascular
A conversão da circulação fetal para neonatal ocorre quando há o clampeamento do
cordão umbilical e o neonato tem sua primeira respiração. O volume sanguíneo do RN a
termo varia de 80 a 90 ml/Kg de peso corporal, em contraste com o volume do RN prematuro,
que varia de 90 a 105ml/Kg.
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FONTE: OLIVEIRA, 2005.
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atividade, postura, estado de alerta e sucção.
Sistema Respiratório
Sistema Hematopoiético
Tal como os outros sistemas corporais, o sistema hematopoiético não está totalmente
desenvolvido após o nascimento e as características hematológicas que garantiram a
oxigenação tissular adequada intraútero precisam ser substituídas por alguns elementos mais
maduros após o nascimento.
A principal determinante do volume sanguíneo nos primeiros dias de vida é a
transfusão placentária, que depende das contrações uterinas, da posição do recém-nascido em
relação à placenta e do momento do clampeamento umbilical.
Um importante aspecto da adaptação hematológica diz respeito aos fatores de
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coagulação. O recém-nascido possui uma deficiência de vitamina K e dos fatores vitamina –
K dependentes (II, VII, IX,X), e se tal deficiência não for corrigida logo após o nascimento
com a administração de tal vitamina pode levar ao aparecimento da Doença Hemorrágica do
Recém– nascido.
HEMÁCEAS:
Sistema Hepático
O sistema hepático no neonato é imaturo, a bilirrubina é pigmento biliar amarelo e
subproduto da degradação das hemácias. À medida que envelhecem, as hemácias tornam-se
frágeis e eventualmente são eliminadas da circulação pelo sistema fagocitário mononuclear
que removem as porções de ferro e proteínas e as reciclam para uso posterior. Após deixar o
sistema fagocitário mononuclear, a bilirrubina se liga à albumina plasmática e é chamada de
bilirrubina indireta (não conjugada).
A bilirrubina indireta precisa ser conjugada (convertida em bilirrubina direta) para ser
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excretada, a conjugação ocorre no fígado quando a bilirrubina se junta ao ácido glicurônico.
Com a assistência da enzima glicuronil transferase o resultado é uma bilirrubina
hidrossolúvel. O urobilinogênio e o estercobilinogênio são compostos bilirrubínicos que
resultam da degradação e podem ser excretados na urina e nas fezes.
Se a bilirrubina não conjugada (indireta) se acumular mais rapidamente do que o
fígado pode eliminar, o recém-nascido pode desenvolver uma coloração amarela conhecida
como icterícia. Alguns fatores podem aumentar o risco de hiperbilirrubinemia no recém-
nascido como: asfixia e estresse por frio e hipoglicemia.
Tipos de icterícia:
Metabolismo
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energético e para síntese metabólica. Com o nascimento há uma brusca interrupção do
fornecimento de glicose, fazendo com que durante as primeiras horas de vida o recém-nascido
atinja os menores níveis de glicemia.
Sistema Renal
O Rim desempenha um importante papel na transição da vida fetal para a vida pós-
natal, uma vez que o fluxo sanguíneo renal corresponde a cerca de 6% do débito cardíaco. Ao
fim da primeira semana de vida e a 15% ao final do primeiro mês de vida. A urina é formada
pelo feto a partir da décima semana de gestação, contribuindo para a formação do líquido
amniótico. Em média 12% dos recém-nascidos eliminam sua primeira urina na sala de parto e
com 24 horas de vida 97% já tiveram sua primeira eliminação. Nos dias subsequentes ao
nascimento ocorre um aumento do débito urinário com perda de 5 a 10% do peso corpóreo,
ocasionado pela perda de líquido, a função renal estabiliza-se em poucos dias, mas somente
durante o primeiro ano de vida é que o rim da criança iguala-se ao do adulto.
Sistema Digestório
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nascido de digerir nutrientes depende da atividade enzimática e da acidez gástrica, sendo que
a digestão do leite começa no estômago e continua no intestino delgado.
A síntese da vitamina K por meio da atividade bacteriana é outra função gastrintestinal
importante embora de início seja estéril. O trato gastrintestinal estabelece uma colônia
bacteriana normal dentro da primeira semana após o nascimento, permitindo uma síntese
adequada da vitamina K.
A alimentação deve ser iniciada logo que o recém-nascido esteja fisicamente estável e
exiba coordenação adequada dos reflexos de sucção e deglutição. Uma longa demora para
iniciar a alimentação pode esgotar as reservas limitadas de glicogênio do neonato, já bastante
exigidas pelo aumento da demanda energética do período de transição, isso pode resultar em
hipoglicemia (refletida por um nível de glicose sérica abaixo de 35mg/dl), colocando em risco
o cérebro altamente dependente de glicose.
Inicialmente o intestino do recém-nascido contém mecônio, uma substância fecal
espessa, verde-escura e inodora que consiste em líquido amniótico, bile, células epiteliais e
cabelo (da queda de lanugem no útero os pelos finos e macios que recobrem os ombros e as
costas do recém-nascido). Geralmente, o recém-nascido elimina o primeiro mecônio dentro de
24 horas após o nascimento.
Depois da presença de alimento no intestino, a cor, o odor e a consistência das fezes se
alteram, para marrom-esverdeado e o teor de água é maior do que no mecônio. O tipo de
alimentação determina as características das fezes subsequentes, o neonato alimentado com
fórmulas lácteas, às fezes são pastosas, amareladas e de odor forte já o neonato alimentado
com leite materno às fezes são amarelo-vivo, mais liquefeitas e de odor adocicado.
Sistema Imunológico
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imunoglobulinas que são proteínas sintetizadas pelas células B, as imunoglobulinas
específicas reagem com o antígeno ativando o sistema complemento e uma série de reações
químicas que remove o antígeno do corpo. A imunidade humoral é mais importante contra
reinfecções bacterianas e virais.
Imoglobulina G (IgG) é a imunoglobulina mais abundante e é sintetizada em resposta
as bactérias, vírus e fungos. A IgG materna, transferida para o feto por meio da placenta,
confere imunidade passiva adquirida (uma imunidade de curta duração na qual não há
produção de anticorpos), já a IgG fetal apareça em torno da 12º semana de gestação e os
níveis crescem significativamente no último trimestre. A IgG é ativa contra cocos Gram-
positivos (pneumococos e estreptococos).
O recém-nascido tem proteção contra a maioria das doenças infantis desde que a mãe
tenha anticorpos contra essas doenças, como a IgG não age contra bacilos Gram-negativos
(Escherichia coli e Enterobacter), o neonato é mais suscetível a infecções por esses agentes. E
em torno de três meses, a IgG da mãe se esgota. Imunoglobulina IgM) é a primeira
imunoglobulina produzida pela estimulação antigênica, a IgM é o principal anticorpo na
incompatibilidade do tipo sanguíneo e em infecções por bactérias Gram-negativas. A IgM
materna não atravessa a placenta e em torno da 20ª semana de gestação o feto produz IgM em
resposta à exposição ao antígeno ela também provê uma imunidade ativa ou seja uma
imunidade permanente resultante da estimulação antigênica por meio de inoculação ou da
imunidade natural, níveis elevados de IgM no neonato podem indicar infecção perinatal.
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ao neonato pelo aleitamento materno.
As infecções congênitas são aquelas adquiridas ainda no útero e resultam da exposição
a vírus como citomegalovírus, rubéola, hepatite B, herpes simples, herpes-zoester, varicela e
Epstein-Barr ou agentes nas virais como: toxoplasmose, sífilis, tuberculose, tripanossomíase e
malária, coletivamente esses agentes são denominados de TORCH. As infecções por TORCH
podem causar uma ampla faixa de sequelas, desde aborto espontâneo e morte fetal até
infecções explícitas ou assintomáticas ao nascer. O feto pode ser infectado por organismo que
chegam à bolsa amniótica por meio da cérvice materna ou pela placenta. Um neonato
infectado pode estar gravemente enfermo ao nascer.
Sistema Neurológico
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mantendo um movimento coordenado suave. Os reflexos neonatais classificados como
alimentares, protetores, posturais e sociais incluem reflexos primitivos como a sucção e o
reflexo de procura (que leva o recém- nascido a se virar em direção ao mamilo e procurá-lo).
Cruciais para a sobrevivência, esses reflexos servem de base ao exame neurológico do recém-
nascido, a persistência de reflexos neonatais, além da idade em que eles comumente
desaparecem pode indicar anormalidades neurológicas.
Adaptação Térmica: A manutenção da temperatura corporal é essencial para uma
adaptação extrauterina bem-sucedida; ela é regulada por interações complexas entre a
temperatura ambiental e a perda e produção de calor corporal. A compreensão e o uso
adequado da termorregulação foram um dos primeiros avanços da neonatologia, prevenindo e
diminuindo a morbidade e a mortalidade neonatal. O neonato tem uma capacidade
termorreguladora limitada, obtida por mecanismos de aquecimento e esfriamento corporal,
quando o recém-nascido não pode mais manter a temperatura corporal ocorre o resfriamento
ou superaquecimento e a exaustão do mecanismo de termorregulação leva à morte.
A prevenção da hipotermia está entre os objetivos mais importantes nos cuidados de
enfermagem neonatal, tal como apresenta a figura, a hipotermia não tratada pode ter sérias
consequências culminando em morte.
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FIGURA - HIPORTEMIA
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• Uma grande superfície corporal em relação à massa;
• Deposição limitada de gordura subcutânea para prover isolamento;
• Instabilidade vasomotora;
• Capacidade metabólica limitada.
A perda de calor, que começa no parto, pode ocorrer por quatro mecanismos
evaporação, condução, radiação e convecção.
Evaporação: a perda de calor por evaporação ocorre quando fluidos (água insensível,
perspiração visíveis e fluidos pulmonares) tornam-se vapor no ar seco. Quanto mais seco o
ambiente, maior a perda de calor por evaporação a perda acentuada de calor por evaporação
que ocorre com o parto pode ser minimizada secando-se imediatamente o recém-nascido e
removendo-se os campos molhados.
Condução: esta forma de perda de calor ocorre quando a pele entra em contato direto
com um objeto mais frio, por exemplo, uma bancada ou balanças frias, portanto qualquer
superfície sobre a qual o recém-nascido será colocado deve ser forrada.
Radiação: uma superfície sólida mais fria sem contato direto com o neonato pode
causar perda de calor através de radiação. Fontes comuns de perda de calor radiante incluem
as paredes e janelas da incubadora, ocorrendo mesmo a temperaturas quentes, a perda de calor
radiante pode ser minimizada pelo uso de uma cobertura de calor termoplástica.
Convecção: a perda de calor da superfície corporal para o ar circunjacente mais frio
ocorre pela convecção, ela é maior em ambientes resfriados assim a sala de parto resfriada
para o conforto da equipe de saúde pode causar perda significativa de calor convectivo no
recém- nascido.
Em um ambiente frio ou em outras circunstâncias estressantes o recém-nascido se
defende contra a perda de calor por meio de controle vasomotor, do isolamento térmico, da
atividade muscular e da termogênese sem tremor de frio. O estímulo nervoso periférico ativa
o controle vasomotor e os processos metabólicos para regular o controle térmico. O recém-
nascido conserva o calor por meio de vasoconstrição periférica e dissipa calor pela
vasodilatação periférica. O isolamento térmico fornecido pela gordura subcutânea (branca), o
isolamento térmico protege contra a perda rápida de calor. A quantidade de gordura
subcutânea determina o grau de isolamento térmico (a gordura subcutânea é responsável por
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11 a 17% do peso recém-nascido a termo), e ela não se desenvolve até a 26ª à 30ª semana
gestacional, comprometendo assim a capacidade do neonato prematuro de manter ou
estabilizar a temperatura. A atividade muscular aumenta a produção de calor inicialmente, o
recém-nascido reage ao ambiente frio com um aumento dos movimentos (frequentemente
percebidos como irritabilidade).
A termogênese não espasmogênica é definida como a produção de calor pela lipólise
da gordura marrom, trata-se do mecanismo de produção de calor mais eficaz do recém-
nascido porque aumenta minimamente a taxa metabólica. Um tipo de tecido adiposo, a
gordura marrom responde por até 1,5% do peso total do recém-nascido a termo, assim
chamada devido sua cor marrom. Como resultado do seu rico suprimento vascular, do
conteúdo vascular denso e das inúmeras terminações nervosas, a gordura marrom é depositada
em torno do pescoço, da cabeça, do coração, dos grandes vasos, dos rins, das glândulas
suprarrenais, entre as escápulas, atrás do esterno e nas axilas.
O cérebro, o fígado e os músculos esqueléticos tomam parte na termogênese não
espasmogênica em resposta à perda de calor, os nervos simpáticos estimulam a liberação de
norepinefrina, o principal mediador da termogênese levando a um aumento da produção de
calor. A produção de calor pela oxidação da gordura marrom é distribuída no corpo pelo
sangue, que absorve o calor ao passar pelo tecido gorduroso.
Sistema tegumentar
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(acrocianose é uma condição comum e não deve ser confundida com cianose central, que
reflete troca gasosa comprometida). Ao contrário a pele do recém-nascido prematuro é frágil,
transparente, com veias visíveis e sem lanugem e o verniz caseoso também está ausente.
Sistema Musculoesquelético
Sistema reprodutor
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Visão
Audição
O recém-nascido pode ouvir ao nascer, de fato a audição começa até mais cedo, o feto
pode ouvir sons extrauterinos (por exemplos, vozes ou música), bem como ruídos que se
originam nos sistemas corporais maternos, inclusive sons variáveis de baixa frequência do
sistema cardiovascular materno e do sistema digestório. A audição é bem estabelecida após a
aeração das trompas de Eustáquio e drenagem de sangue, verniz caseoso, fluido amniótico e
muco do ouvido externo. Logo após o nascimento, o recém-nascido se vira em direção a sons
e se assusta com ruídos altos como: campainha do telefone, a queda de objetos e o bater de
uma porta. Capaz de distinguir sons com base na frequência, na intensidade e no padrão, o
recém- nascido responde mais rapidamente a sons abaixo de 4.000Hz. (A fala humana em
geral está entre 500 e 900 Hz). O neonato responde de maneira variada a diferentes tons de
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vozes. A maioria das mulheres tem voz de maior frequência quando fala com um bebê, uma
voz de alta frequência atrai a atenção do recém-nascido, que se vira em direção ao som com
maior agilidade em contraste, a voz masculina de baixa frequência parece ter um efeito mais
calmante.
Toque
O recém-nascido tem uma percepção tátil bem desenvolvida, que serve como um
estímulo para a primeira respiração às áreas corporais mais sensíveis inclui: a face
(especialmente em torno da boca), as mãos e as plantas dos pés. As vias da dor e os centros
corticais e subcorticais cruciais à percepção da dor são bem desenvolvidos e os sistemas
neuroquímicos à transmissão da dor estão intactos e funcionais. As alterações fisiológicas
associadas à dor no neonato incluem aumento da pressão arterial e frequência cardíaca
durante e após os procedimentos dolorosos.
Durante os procedimentos dolorosos o nível de PaCO2 do neonato flutua amplamente
e a sudorese palmar aumenta, pesquisadores também documentam acentuadas alterações
hormonais, incluindo aumento dos níveis de renina plasmática logo após punção venosa e
níveis de cortisol plasmático. Estímulos dolorosos produzem respostas motoras simples
(flexão e adução das extremidades), expressões faciais distintas (dor, tristeza e surpresa) e
choro característico. Alguns estudos preliminares sugerem que os recém-nascidos têm
memória para a dor, bem como para a percepção da dor. O estímulo cutâneo agradável por
outro lado, induz o relaxamento muscular e é outro fator importante na ligação entre pais e
filhos à medida que a mãe se familiariza com o neonato. Tocando-lhe levemente a face às
extremidades e o tronco, o tônus muscular, os movimentos do neonato diminuem e o choro
para ou reduz de intensidade reforçando o elo materno.
O manuseio do recém-nascido proporciona estimulação sensorial a partir de
movimentos e do toque, produzindo vigilância e respostas de atenção e de orientação, que por
sua vez influenciam o desenvolvimento neonatal e a interação entre pais e o recém-nascido;
contudo o recém-nascido pode ficar cansado se for muito manuseado. Com o bebê prematuro
o contato pele a pele proporciona uma oportunidade para o toque, as pesquisas têm mostrado
queo uso do toque resulta em estabilidade dos sinais vitais, padrões de crescimento positivo e
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termorregulação.
Paladar
Olfato
Embora tenham sido feitas poucas pesquisas a respeito da olfação neonatal, sabe-se
que o neonato reage a odores fortes ou nocivos, afastando a cabeça do odor e a sensibilidade
aos estímulos olfatórios aumenta nos primeiros quatro dias após o nascimento.
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estresse que afetam o recém-nascido podem influenciar a duração de um dado período.
Começando logo após o nascimento, esse período dura grosso modo 60 minutos, nessa
fase de intensa atividade e consciência de estímulos externos, o neonato está alerta e atento ao
ambiente e pode exibir atividade vigorosa, choro e frequência cardíaca e respiratória rápidas.
O recém-nascido tem um forte desejo de sugar nesse período, de modo que a amamentação
pode ser iniciada e aos poucos o recém-nascido torna-se menos alerta e menos ativo e dorme.
As adaptações neonatais durante esse período inicial são reguladas, sobretudo pelo
sistema simpático, respirações irregulares, taquipneia e abertura nasal sem relação com
estresse podem ocorrer. Outras características visíveis nesse período incluem sustos
espontâneos, o reflexo de Moro (no qual o neonato se estende e move os membros para longe
do corpo quando a cabeça cai subitamente para trás). Caretas, movimentos de sucção, choro
súbito que cessa abruptamente, tremores finos do queixo ou das extremidades, piscar dos
olhos e movimentos oculares. Nesse primeiro período de reatividade é o momento ideal para
promover a interação entre os pais e o recém-nascido, a enfermeira pode melhorar o vínculo,
permitindo que a mãe e o neonato permaneçam juntos nesse período (desde que o recém-
nascido seja saudável). A temperatura precisa ser monitorada e mantida cuidadosamente
durante esse período para prevenir o estresse por frio.
Estágio de Sono
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Segundo Período de Reatividade
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• Tentando retirar-se emocionalmente (por exemplo, desviando-se do estímulo ou
dormindo);
• Chorando ou fazendo ruídos, em um esforço de interromper o estímulo.
Sono Profundo
Sono Leve
Durante o período de sono leve os olhos do neonato estão fechados e ocorrem REMs,
padrões respiratórios variáveis movimentos aleatórios e movimentos de sucção caracterizam o
sono leve e estímulos externos podem acordar o recém-nascido nesse estado.
Estado de Sonolência
Estado de Vigília
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No estado de vigília ou alerta os olhos estão abertos, brilhantes e o recém-nascido
focaliza a fonte de estímulos consciente, é responsivo ao ambiente, faz movimentos
propositais e mostra uma boa coordenação dos olhos com as mãos. O recém-nascido tenta
atingir e manter esse estado. É um ótimo momento para iniciar a amamentação.
Estado Ativo
Estado de choro
ANAMNESE
QUADRO -ANAMNESE
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Identificação do RN • Nome da mãe, idade, procedência, grau de
instrução,estado civil, residência, registro da mãe e do RN
(quando estiver internado).
Antecedentes familiares • Familiares: doenças geneticamente transmissíveis,
infectocontagiosas e consanguinidade.
• Mãe: condições de saúde da mãe (diabetes, doenças
infecciosas, hipertensão arterial, nefropatias, cardiopatias,
distúrbios metabólicos, glandulares, neurológicos e uso de
drogas).
HISTÓRIA GESTACIONAL
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• Data e hora do nascimento, nível de atenção
(primária, secundária e terciária), profissional que
atendeu o parto e o RN
SALA DE PARTO
Líquido amniótico
• Aspecto (claro, meconial,
sanguinolento) odor e
quantidade.
IDENTIFICAÇÃO DO RN:
NOME DA MÃE:
IDADE:
PROCEDÊNCIA:
INSTRUÇÃO:
ESTADO CIVIL:
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ANTECEDENTES FAMILIARES:
( ) DOENÇAS GENETICAMENTE TRANSMISSÍVEIS
( ) INFECTOCONTAGIOSA ( ) CONSANGUINIDADE
HISTÓRIA GESTACIONAL
GESTA: ABORTOS: NATIMORTO:
Nº DE FILHOS VIVOS: Nº DE FILHOS MORTOS:
GESTAÇÃO ATUAL:
DUM: I.G: Nº DE CONSULTAS DE PRÉ-NATAL:
GRUPO SANGUÍNEO: ( ) AMEAÇA DE PARTO PREMATURO
HEMORRAGIAS
( ) 1º TRIMESTRE
( ) 2º TRIMESTRE ( ) 3° TRIMESTRE
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TRABALHO DE PARTO:
()
SANGUINOLENTO
( ) PELVI- ( )CÓRMICA
PODÁLICA
( ) FACE
( ) FORCÉPS ( ) CIRCULAR
CORDÃO DE
RECÉM-NATO:
APGAR 1º MINUTO: SEXO: REANIMAÇÃO:
5º MINUTO: ( ) O2 INALATÓRIO ( ) MÁSCARA
( ) VPP ( ) INTUBAÇÃO
( ) USO DE MEDICAÇÃO
EXAME FÍSICO DO RN
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Sinais vitais:
Medidas Antropométricas:
Peso: realize a pesagem antes e não após a alimentação, com o recém-nascido despido.
Antes de pesar coloque uma ou duas folhas de papel descartável sobre a balança para prevenir
estresse por frio, quando estiver realizando a pesagem mantenha uma das mãos diretamente
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acima do recém-nascido, contudo evite tocar o recém-nascido o que poderia afetar a exatidão
da pesagem. O peso ao nascer de um recém-nascido a termo varia de 2.500 A 4.000G.
FIGURA -PESAGEM
Material:
1. Lavar as mãos;
2. Tarar a balança com o papel toalha;
3. Calçar as luvas;
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5. Aferir e anotar o peso em impresso próprio.
Estatura: coloque o recém-nascido em posição de supina, com as pernas estendidas, e
meça da cabeça ao calcanhar, o comprimento varia de 45 a 53 cm.
FIGURA - ESTATURA
Material:
• Régua móvel;
• Mesa (superfície plana e rígida);
• Lençol;
• Luva de procedimento.
Procedimento:
1. Lavar as mãos;
2. Calçar as luvas;
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3. Deslocar o cursor da régua até os pés do RN;
4. Deixar O RN em ângulo reto;
5. Fazer leve pressão sobre os joelhos;
6. Ler a cifra situada sobre a régua;
7. Aferir e anotar a medida em impresso próprio.
Material:
• Luva de procedimento;
• Fita métrica.
Procedimento:
1. Lavar as mãos;
2. Calçar as luvas;
3. Envolver a fita métrica em torno do crânio, passando os três polos
proeminentes: occipital, parietal e frontal;
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4. Ler a cifra no ponto de encontro das duas partes da fita;
5. Aferir e anotar a medida em impresso próprio.
Perímetro torácico: faça a medida após o recém-nascido ter inspirado, antes do início
da expiração, o perímetro torácico em geral mede cerca de 2 cm menos que o perímetro
cefálico, em média 30 a 33 cm.
Material:
• Luva de procedimento;
• Fita métrica.
Procedimento:
1. Lavar as mãos;
2. Calçar as luvas;
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3. Envolver a fita em torno do tórax, passando sob as axilas no nível dos mamilos;
4. Ler a cifra situada no ponto de encontro das duas partes da fita métrica;
5. Aferir e anotar o valor em impresso próprio.
Perímetro abdominal:
Material:
• Luva de procedimento;
• Fita métrica.
Procedimento:
1. Lavar as mãos;
2. Calçar as luvas;
3. Envolver a fita em torno do abdômen, acima do coto umbilical;
4. Ler a cifra situada no ponto de encontro das duas partes da fita métrica;
5. Aferir e anotar o valor em impresso próprio.
Obs.: realizar limpeza da balança, régua e fita métrica a cada 24h com água e sabão, e
após cada procedimento com álcool a 70%.
Altura ombro-umbigo: tem objetivo para avaliar o comprimento da inserção dos
cateteres umbilical venoso e arterial. Tal valor é colocado em uma tabela em que teremos em
valores numéricos o comprimento exato dos cateteres umbilical.
Material:
• Luva de procedimento;
• Fita métrica.
Procedimento:
1. Lavar as mãos;
36
2. Calçar as luvas;
3. Posicionar uma das pontas da fita métrica em cima da clavícula, seguindo sentido
transversal até o coto umbilical;
4. Ler a cifra e anotar o valor em impresso próprio.
37
Milium sebáceo Pequenos pontos branco-amarelados localizados no nariz, na
face, na testa e no queixo.
38
perímetro torácico.
Avaliar a presença de
macrocefalia ou
microcefalia.
Fontanelas O tamanho é variável, a fontanela anterior tem forma de
losango e mede 2 cm nos dois sentidos (variação de 1 a 5
cm), a posterior é triangular e puntiforme.
Suturas Podem estar afastadas ou com cavalgamento, e deve ser
diferenciado da cranioestenose, responsável por
deformidades do crânio com hipertensão intracraniana já o
afastamento grande de suturas está associado a perímetro
cefálico aumentado e ocorre em hidrocefalia.
Bossa É uma massa mole, mal limitada, edemaciada e equimótica
serossanguínea localizada ao nível da apresentação que desaparece nos
primeiros dias de vida.
Céfalo-hematoma É um derrame sanguíneo subperióstico que apareça como
uma coleção de consistência cística, volume variável,
limitando-se ao osso atingido. Pode-se calcificar e a
regressão é espontânea, podendo demorar semanas ou
meses para ser reabsorvido e ainda pode ser causa de
hiperbilirrubinemia.
Alterações ósseas A craniotables é uma zona de tábua óssea depressível, com
consistência diminuída, comparada à de uma bola de
pingue- pongue, encontrada em RN normais,
principalmente no prematuro.
Olhos Observar: sobrancelhas, cílios, movimentos palpebrais,
edema, direção da comissura palpebral (oblíqua e
transversal), afastamento de pálpebras e epicanto.
39
de uma fenda inferior da íris), tamanho da pupila (midríase
e miose), igualdade (isocoria ou anisocoria), glaucoma
congênito e reação à luz.
Permeabilidades de coanas.
40
Presença de dentes.
Conformação do palato
(ogival). Presença de fenda
palatina.
Fissura labial (lábio leporino).
41
PESCOÇO Detectar a presença de bócio, fístulas, cistos, restos de arcos
branquiais, hematoma do esternocleidomastoídeo.
Palpar as clavículas (fraturas).
Explorar a mobilidade e o
tônus.
TÓRAX Assimetria pode ocorrer por malformações de coração,
pulmões, coluna ou arcabouço costal.
42
Observar a localização do meato urinário: terminal
(normal), ventral (hipopádia) ou dorsal (epispádia).
43
dedo prega palmar única e falta de uma prega no dedo
presença de S. de Down.
COLUNA Examinar especialmente a área sacrolombar, percorrendo
VERTEBRAL com os dedos a linha média em busca de espinha bífida,
mielomeningacele e outros defeitos (sinus sacral acima do
promontório).
SINAIS VITAIS
T: Fc: Fr: P.A: Spo2:
MEDIDAS ANTROPOMÉTRICAS
Peso: Estatura: PC: PT: PA:
SISTEMA NERVOSO
Fontanelas: Suturas: Tono: Cabeça:
( ) normotensa ( ) tensa ( ) normal ( ) separadas ( ) normal ( ) hipotônico ( )
bossa
44
( ) abaulada ( ) deprimida ( ) sobrepostas ( ) flácido
( ) hipertônico Fraturas: Anormalidades:
PELE
Condições: Turgor:
Local:
OLHOS BOCA FOSSAS NASAIS
45
Esclera: Palato:
Pupilas:
( ) completo ( ) incompleto
Malformação:
( ) isocóricas ( ) anisocóricas
Lábio Leporino:
( ) presente ( ) ausente
Reflexo à luz:
( ) presente ( ) ausente
SISTEMA RESPIRATÓRIO
Secreção vias
( ) bradipneia
aéreas
( ) sim ( ) não
46
Necessidade de oxigênio:
( ) ar ambiente ( ) ventilador
( ) caixa de hood ( ) CPAP nasal ( ) CPAP endotraqueal
( ) tubo endotraqueal nº Fixado nº
SISTEMA CARDIOVASCULAR
Pulso apical: Sopro:
( ) ritmo regular ( ) arritmia ( ) ausente ( ) presente
Edema:
( ) cianose central ( ) ausente ( ) pés ( ) mãos ( ) olhos ( ) generalizado
Pulso:
Braquial: ( ) presente ( ) igual ( ) ausente
( ) cheio/amplo ( ) filiforme
Femoral: ( ) presente ( ) igual ( ) ausente
( ) cheio/amplo ( ) filiforme
Radial: ( ) presente ( ) igual ( ) ausente
( ) cheio/amplo ( ) filiforme
( ) ausente Pedial:
( ) presente ( ) igual ( ) ausente
( ) cheio/amplo ( ) filiforme ( ) ausente
47
EXTREMIDADES
SISTEMA GASTROINTESTINAL
( ) evacuou ( ) não observado
SISTEMA GENITURINÁRIO
Urina: Genitais:
( ) espontânea ( ) sonda vesical ( ) normal ( ) edemasiada
( ) claro ( ) turva ( ) genitália ambígua ( ) hidrocele
( ) hematúria ( ) concentrada ( ) outros
( ) distocia de ombro ( ) lesão de plexo braquial ( ) luxação
ANORMALIDADES:
ACESSO VASCULAR
( ) AVP: local: aspecto
( ) AVC: local: aspecto
( ) cateter umbilical venoso aspecto
( ) cateter umbilical arterial aspecto
48
COLUNA VERTEBRAL
Anormalidades:
Data: Hora: Enf ª:
MÉTODO DE CAPURRO
49
Capurro e cols. Utilizam apenas cinco parâmetros somáticos e dois neurológicos,
porém a verificação desses parâmetros em crianças deprimidas, doentes ou de difícil acesso
fica limitada às variáveis somáticas.
➢ FORMA DA ORELHA
0 = chata, disforme, pavilhão não encurvado.
➢ SINAL DO XALE
50
0 = o cotovelo alcança a linha axilar anterior do lado oposto.
6 = o cotovelo situado entre a linha anterior do lado oposto e a linha média.
12 = o cotovelo situado ao nível da linha média.
16 = o cotovelo situado entre a linha média e a linha axilar anterior do mesmo lado.
51
MATURIDADE FÍSICA
-1 0 1 2 3 4 5
despeladas despelada
Superfície Calcanhar- > 50 mm Marcas Somente Pregas 2/3 Pregas
plantar Dedo< 40- Nenhuma Vermelhas Pregas anteriores Sobre Toda
50 mm: -1 prega descoradas Transversas sola
< 40 mm: -2 anteriores
52
Genitália Escroto Escroto Testículos Testículos Testículos Testículos
Masculin Vazio, semCheio, no CanalDescendo Baixo, boas Pendulares
a rugas rugas Superior Poucas rugas rugas Rugas
escuras Poucas profundas
rugas
Genitália Clitóris Clitóris Clitóris Grandes eGrandes Grandes
feminina Proeminente Proeminen Proeminente Pequenos Lábios Lábios
, Lábios te Pequenos Lábios Maiores Cobrem
achatados Pequenos Lábios proeminente Pequenos Clitóris e
Lábios aumentados s Lábios Pequenos
menores menores lábios
SCORE -10 -5 0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50
I.G 20 22 24 26 28 30 32 34 36 38 40 42 44
53
problema tende a se desaparecer por volta da 35ª a 36ª semanas de idade gestacional
corrigida.
A apneia pode ser primária (idiopática, típica do prematuro, relacionada à imaturidade)
ou secundária (por causas diversas).
Fisiopatologia da Apneia Primária: decorre principalmente da imaturidade do centro
respiratório, localizado no Sistema Nervoso Central, que estimula os músculos responsáveis
pelos movimentos respiratórios. A apneia da prematuridade pode refletir a resposta final
comum de organização e interconexão incompleta dos neurônios diante dos múltiplos
estímulos aferentes, atualmente acredita-se que vários mecanismos fisiopatológicos estejam
envolvidos, além da imaturidade do centro respiratório, são eles:
➢ Imaturidade do Desenvolvimento: pode estar relacionada com a imaturidade
da função do tronco cerebral e com a irregularidade da frequência respiratória durante o
período do sono.
➢ Resposta dos Quimiorreceptores: o recém-nascido prematuro pode em
situação de hipóxia não responder ao aumento da concentração de CO², sugerindo que a
prematuridade predisporia ao controle anormal da respiração pelos quimiorreceptores.
Diferentemente do neonato a termo que apresenta hiperventilação em situações de diminuição
de oxigênio tecidual.
➢ Atividade Reflexa: o recém-nascido prematuro tem facilmente contração da
faringe posterior causada por estímulos mecânicos, como por exemplo, a passagem da sonda
gástrica. Essa contração causaria obstrução do fluxo de ar para os pulmões, levando à
hipoxemia e consequentemente à apneia.
➢ Músculos Respiratórios: os músculos responsáveis pela inspiração
(intercostais e diafragmático) e os músculos que contraem a entrada de ar (músculo da
laringe e faringe) podem apresentar atividade irregular devido à imaturidade,
consequentemente levar à incoordenação da frequência respiratória.
Em função desses mecanismos fisiopatológicos atualmente classifica-se os episódios
de apneia também pela presença ou ausência de obstrução de fluxo de ar durante os episódios
de pausa respiratória, essa classificação acontece da seguinte forma:
➢ Apneia Central: o esforço respiratório cessa totalmente, sem associação com
causas obstrutivas de fluxo aéreo.
54
➢ Apneia Obstrutiva: caracterizada pela presença de esforço inspiratório,
porém, devido a mecanismos obstrutivos como a flexão do pescoço, a queda da língua e a
obstrução de coanas por sonda, não ocorre entrada de ar.
➢ Apneia Mista: pausa no centro respiratório, precedida ou seguida de
obstrução de fluxo de ar.
Causas da Apneia Secundária do Recém-Nascido
55
episódio pode resultar em parada cardíaca, aconselha-se que todo prematuro com menos de
1800g ou de 34 semanas de idade gestacional corrigida seja monitorizado por pelo menos 10 a
14 dias.
Como confirmar: o diagnóstico é feito pela observação clínica e pela monitorização da
FC e da saturimetria. Pode-se também monitorizar a respiração por impedantimetria torácica
e, mais raramente, por sensor de fluxo nasal, a apneia deve ser distinguida da respiração
periódica do recém-nascido. Quando típica, a respiração periódica é a intercalação de 10 a 15
segundos de respiração normal com pausas de 5 a 10 segundos, e ocorre principalmente
durante o sono e geralmente é seguida de 10 a 15 de taquipneia, sem bradicardia associada.
Geralmente não há alteração de cor ou queda significativa da frequência cardíaca, alguns
prematuros apresentam queda da frequência sem apneia, geralmente por estímulo vagal, com
recuperação espontânea.
Conduta na crise: iniciar com estímulos táteis enquanto se posiciona a criança e se
observa se existe esforço respiratório (apneia obstrutiva). A estimulação tátil e um aumento
transitório da FIO2 podem ser suficientes nos casos leves e intermitentes, enquanto se
providencia a correção de eventuais fatores agravantes ou precipitantes. Se não há resposta
com a estimulação, oxigenação e posicionamento adequado iniciam-se a ventilação com ambú
e máscara (FIO2 de 40% ou igual à anterior). Se o paciente não se recupera com a ventilação
com ambu e máscara e não se encontra uma causa que possa ser imediatamente contornável,
deve- se entubá-lo e colocá-lo em ventilação assistida.
Exames: superada a crise, considerar todas as alternativas etiológicas listadas acima,
uma revisão da evolução clínica recente, dos dados vitais e de enfermagem e um exame
clínico detalhado ajudam a determinar as principais hipóteses e direcionar os pedidos de
exame subsidiários. Geralmente pede-se hemograma, plaquetas, proteína C, hemocultura,
glicemia, íons, cálcio e magnésio, gasometria e raio X de tórax e dependendo do caso pode ser
indicado ultrassom transfontanela ou TC crânio.
TRATAMENTO
Medidas Gerais:
56
➢ Aquecer e melhorar o controle de temperatura;
➢ Posicionar em decúbito ventral com o pescoço em posição de leve extensão.
Aspirações cuidadosas da faringe.
➢ Corrigir anemia, mantendo a hemoglobina acima de 12g/dl.
➢ Nos prematuros < 750g de peso de nascimento, não forçar a retirada de todo o
oxigênio enquanto houver episódios de apneia: manter fluxo mínimo na incubadora suficiente
para saturimetria em torno de 92-94% (e menor que 95%).
▪ CPAP nasal: com pressão de 3-6 cm H2O e uma FIO2 inicial de 30 a 40%,
ajustada depois pela saturimetria. O CPAP reduz a frequência de apneia nos casos associados
à dificuldade respiratória, na apneia obstrutiva ou mista.
▪ Ventilação mecânica: indicada na apneia persistente quando mesmo com uso
57
de CPAP, drogas estimulantes ou com apneias que se apresentam em um período curto de
tempo. E geralmente toleram ventilação com parâmetro baixo: PPI= 10 A 15, PEEP= 3-4, TI=
0,35-0,4; FR= 0-30; fluxo=6L/min.
Fatores de risco:
➢ Cesárea eletiva;
➢ Nascimento prematuro;
➢ Sedação materna excessiva;
➢ Sobrecarga hídrica materna;
➢ Clampeamento tardio do cordão umbilical > 45 segundos;
➢ Asfixia perinatal;
➢ Filho de mãe diabética;
➢ Macrossomia.
58
de até 120/minuto, batimento de asas nasais, respiração gemente, tiragem intercostal e cianose
em graus variáveis. Frequentemente, o diâmetro anteroposterior do tórax se encontra
aumentado. A ausculta pulmonar é normal, evidenciando boas trocas gasosas, sem estertores
ou roncos.
Diagnóstico radiológico:
PNEUMONIA NEONATAL
59
agalactiae, Escherichia coli, Klebsiella, Listeria, Estreptococcus do grupo D e Pneumococcus.
Fatores de risco: febre materna, asfixia perinatal, prematuridade, baixo peso de
nascimento, ventilação mecânica e amniorrexe prematura.
Clínica: as manifestações clínicas incluem em instabilidade térmica, hipotonia,
hipoatividade, crises de apneia, distenção abdominal, cianose, taquipneia e esforço
respiratório progressivo.
Diagnóstico Radiológico:
➢ Infiltrados pulmonares assimétricos com hiperinsuflação pulmonar. Manejo
terapêutico:
➢ Manter temperatura ambiental em média em 34° C.
➢ Iniciar dieta apenas após melhora do desconforto respiratório.
➢ Antibioticoterapia: os antibióticos de primeira escolha são ampicilina e gentamicina
por via endovenosa por um tempo de 10 a 14 dias, caso haja piora do quadro clínico será
necessário uma avaliação clínica e laboratorial e também a troca de terapia antimicrobiana;
➢ Oxigenoterapia e suporte ventilatório;
➢ Uso de drogas inotrópicas é indicado caso haja sinais de baixo débito e má perfusão
periférica associada.
60
graves, que exigem ventilação assistida, as repercussões se prolongam e a mortalidade é alta.
A hipertensão pulmonar persistente é a complicação mais frequente e ocorre em metade dos
casos.
Fatores de Risco:
➢ Pós-maturidade e oligo-hidrâmnio.
➢ Exames pré-natais sugerindo sofrimento fetal.
➢ Bebês acima de 36-37 semanas gestacionais em que o líquido amniótico está tinto
de mecônio.
➢ Volume meconial grande ou mecônio espesso em crianças com dificuldade
respiratória precoce, com taquipneia importante, esforço, gemido expiratório e hipoxemia.
➢ Crescimento intrauterino retardado.
➢ Gestação de alto risco, diabetes, DHEG.
➢ Apresentação pélvica e macrossomia.
➢ Apgar < 6 no primeiro minuto. Quadro Clínico:
➢ Hiperinsuflação com abaulamento e aumento do diâmetro torácico.
➢ Cianose.
➢ Gemido expiratório.
➢ Taquidispneia;
➢ Estertoração difusa grosseira e média na ausculta pulmonar;
➢ Pele, unhas e cordão umbilical impregnadas de mecônio.
➢ Raio X com opacificações irregulares e grosseiras e áreas com atelectasia.
➢ Pode ocorrer pneumotórax e pneumomediastino.
➢ A gasometria mostra hipóxia, hipercapnia e acidose, proporcionais à gravidade da
doença.
Manejo terapêutico:
61
mecônio por ocasião da primeira respiração;
➢ Realizar laringoscopia e aspiração do mecônio antes de serem ventilados ou
estimulados;
CRIANÇAS ESTÁVEIS COM HISTÓRIA DE LÍQUIDO MECONIAL E SOB
SUSPEITA DE TER ASPIRADO MECÔNIO:
➢ Observar evolução do esforço respiratório, saturimetria e monitorizar PA;
➢ Evitar e corrigir rapidamente hipoxemia, hipercapnia, acidose e hipotermia;
➢ Aquecer e evitar manipulação excessiva;
➢ Fisioterapia respiratória;
➢ Aspiração de orofaringe sempre que necessária;
➢ Realização de raio X torácico;
➢ Passar sonda gástrica e aspirar ao conteúdo gástrico;
➢ Coletar gasometria, hemograma, íons, hemocultura, Ca e glicemia;
➢ Corrigir acidose.
➢
CRIANÇAS COM QUADRO CLÍNICO DE ASPIRAÇÃO DE MECONIO GRAVE:
neonatal;
➢ Providenciar acesso venoso rápido, geralmente cateterismo umbilical;
➢ Estabilizar hemodinâmica;
➢ Restringir líquidos;
➢ Iniciar antibioticoterapia, pois a aspiração de mecônio favorece a
pneumonia
➢ Corrigir a hipóxia, pois a mesma leva a hipertensão pulmonar que agrava a
hipoxemia e a acidose;útil.
62
HIPERTENSÃO PULMONAR
É uma complicação grave que ocorre em um de cada 500 a 1500 nascidos vivos e que
se caracteriza pela persistência da hiper-resistência pulmonar normal na vida intrauterina (que
é dez vezes maior que a pós-natal), com manutenção do shunt direita→esquerda pelo forame
oval ou por um canal arterial persistente, levando a hipoxemia grave e de difícil tratamento.
A hipoxemia e a acidose resultante produzem mais vasoconstrição e pioram a
hipoxemia. A mortalidade varia de 20 a 50% e as sequelas são frequentes.
A hipertensão pulmonar pode ser secundária a um evento agudo (asfixia, hipóxia e
sepse), a um evento crônico intraútero (insuficiência placentária, hiperplasia muscular lisa
pulmonar) ou a uma anomalia do desenvolvimento do pulmão ou vasculatura pulmonar.
Fatores de Risco:
63
➢ Displasia capilar alveolar familiar.
Fatores Agravantes:
Manifestações Clínicas:
Tratamento:
64
➢ Instalar ventilação mecânica para corrigir a hipóxia e a acidose, geralmente mantém
a PO2 mais alta entre 80 a 150 mmHg nos RN a termo e nos prematuros entre 80 a 85mmHg;
➢ Manter o RN aquecido e evitar manuseio e dor;
➢ Corrigir distúrbios hidroeletrolítico e hipoglicemia;
➢ Uso de drogas inotrópicas se necessário como: dopamina e dobutamina;
➢ O pH deve ser mantido entre 7,45 e 7,55 com hiperventilação (PCO2 em torno de
35 mmHg) e administrar bicarbonato para corrigir a acidose;
➢ O hematócrito deve ser mantido acima de 40%;
➢ Manter o RN sedado para evitar a competição com o respirador;
➢ Já os RN que não respondem ao tratamento convencional e persistem com um
índice de oxigenação > 25 são candidatos ao tratamento com óxido nítrico, porém ainda é
tratamento experimental.
Fatores de Risco:
➢ Intensidade da prematuridade;
➢ Parto cesárea antes do início do trabalho de parto;
➢ Asfixia perinatal;
➢ Diabetes materno;
➢ Gestação múltipla;
➢ DMH em irmão;
➢ Sexo masculino;
➢ Choque, hipotensão;
65
➢ Hipovolemia, hipotermia;
➢ Corioaminionite.
Fatores de Proteção:
Complicações:
➢ Pneumotórax;
➢ Pneumomediastino;
➢ Enfisema intersticial;
➢ Sequelas de intubação prolongada;
➢ Hemorragia pulmonar;
➢ Obstrução ou deslocamento do tubo traqueal.
66
Complicações Associadas:
➢ Displasia broncopulmonar;
➢ Infecção (sepse, pneumonia);
➢ Hemorragia intracraniana;
➢ PCA;
➢ Enterocolite;
➢ Anemia.
Quadro Clínico:
Tratamento:
67
➢ Correção da hipotermia;
➢ Correção da hipóxia, pela oxigenoterapia adequada;
➢ Correção da hipoglicemia;
➢ Correção da hipotensão e hipoperfusão;
➢ Prevenção de infecções;
➢ Uso de surfactante exógeno;
➢ Aporte hidroeletrolítico;
➢ Aporte nutricional;
➢ Manipulação mínima.
O surfactante pode ser indicado profilático ou com uso terapêutico para a SDR já
instalada (resgate).
INDICAÇÕES DE SURFACTANTE PARA USO TERAPÊUTICO OU DE
RESGATE: mmHg;
➢ Peso de nascimento menor ou igual a 2200gr;
➢ Idade gestacional menor que 34 semanas;
➢ Diagnóstico clínico e radiológico de SDR;
➢ Necessidade de FiO² maior ou igual a 0,6 para manter PaO² entre 55 e 60
➢ Ausência de malformações;
➢ Momento de uso: entre 2 e 15 horas de vida;
➢ Dosagem inicial: 100mg/kg de peso;
➢ Número de doses: duas, com intervalo de 12 horas.
68
Complicações da SDR:
➢ Pneumotórax;
➢ Enfisema intersticial;
➢ Atelectasia;
➢ Hemorragia intracraniana;
➢ Hemorragia pulmonar;
➢ Hiperbilirrubinemia;
➢ Distúrbios metabólicos;
➢ Persistência do canal arterial. Complicações Iatrogênicas:
➢ Pneumotórax;
➢ Pneumomediastino;
➢ Pneumopericárdio;
➢ Enfisema intersticial;
➢ Retinopatia da prematuridade;
➢ Displasia broncopulmonar;
➢ Infecção;
➢ Desidratação ou hiper-hidratação;
➢ Complicações advindas do uso de cateter umbilical.
Prevenção:
Prognóstico
69
tratamento e ao prognóstico satisfatório na SDR.
O prognóstico em longo prazo deve ser avaliado em relação às sequelas neurológicas,
cardiopulmonares e oftalmológicas. O peso de nascimento e a idade gestacional têm
influência muito maior sobre o desenvolvimento do prematuro do que a presença ou
gravidade da SDR.
DISPLASIA BRONCOPULMONAR
É uma doença pulmonar típica do prematuro, secundária a múltiplos fatores
principalmente aos efeitos nocivos da oxigenação e da ventilação sobre o pulmão imaturo e se
caracteriza por uma interrupção do desenvolvimento pulmonar (alveolização e
vascularização), associado a um processo inflamatório obstrutivo crônico. E isso leva a uma
dependência prolongada ou crescente de oxigenoterapia e/ou ventilação mecânica.
Fatores de risco:
➢ Intensidade da prematuridade;
➢ Toxicidade pelo oxigênio;
➢ Ventilação assistida com PPI (pressão inspiratória) elevada, tempo inspiratório
prolongado e fluxo alto, podendo causar barotrauma e volutrauma;
➢ Uma PEEP moderada tem um papel protetor, PCO2 baixa é um marcador de risco
aumentado: documenta que os parâmetros estão desnecessariamente elevados;
➢ Manutenção de ventilação por tempo prolongado, independente dos níveis de
pressão e FiO² usados;
➢ Infecção pré ou pós-natal, que direta ou indiretamente produza inflamação do
tecido pulmonar;
➢ Pneumotórax e enfisema intersticial;
➢ PCA com sinais de ICC;
➢ Nutrição insuficiente ou progressão muita lenta;
➢ Hiper-hidratação nos primeiros cinco dias ou ausência de perda de peso fisiológico
nos primeiros dias pode ser considerada um sinal de hiper-hidratação.
➢ História familiar de asma;
70
➢ Deficiência de vitamina A e E;
➢ Gravidade da pneumopatia de base.
Tratamento:
ANEMIA DA PREMATURIDADE
Os recém-nascidos de muito baixo peso são predispostos a desenvolver anemia
durante os primeiros meses de vida, principalmente pela menor taxa de hemoglobina ao
nascimento. A deficiência de fatores hormonais que estimulam a eritropoiese, a produção
inadequada de fatores nutricionais e a espoliação sanguínea a que são submetidos durante a
internação em unidades neonatais.
Na anemia da prematuridade, o recém-nascido apresenta em geral sinais clínicos de
anemia em torno da 3ª a 12ª semanas de vida, antes de completar 40 semanas de idade pós-
conceptual, ou seja, durante o período de estabilidade clínica, em que ocorre o crescimento
rápido do prematuro.
Fisiopatologia:
71
➢ Espoliação sanguínea;
➢ Hemodiluição que ocorre na fase de crescimento rápido do prematuro;
➢ Menor sobrevida das hemáceas;
➢ Produção inadequada de eritropoietina.
A quantidade de ferro não tem relação com a anemia da prematuridade, ou seja, a
reserva de ferro durante este tipo de anemia pode estar normal, diminuída ou aumentada.
A reserva diminuída de ferro na prematuridade indica apenas o estado natural do
prematuro e mostra que há necessidade de melhorar suas reservas, porém a administração de
ferro não corrige a anemia da prematuridade.
Manifestações Clínicas:
➢ Palidez mucosa-cutânea;
➢ Apneia;
➢ Taquipneia;
➢ Taquicardia;
➢ Bradicardia;
➢ Baixo ganho ponderal;
➢ Letargia;
➢ Hipoatividade;
➢ Aparecimento de sopro cardíaco;
➢ Sucção débil.
Tratamento:
72
➢ Uso de eritropoietina recombinante;
➢ Indicação criteriosa de transfusão sanguínea;
➢ Manutenção de reserva de ferro para garantir a eritropoiese após o período de
“anemia da prematuridade”.
POLICITEMIA
Manifestações Clínicas:
Exames laboratoriais:
➢ Hiperviscosidade;
➢ Trombocitopenia;
73
➢ Reticulocitose;
➢ Hipoglicemia e hipocalcemia.
Tratamento:
➢ Hidratação;
➢ Monitorização da glicemia;
➢ Monitorização de bilirrubina;
➢ Observação de aparecimento de sintomas;
➢ Realizar sangria preferencialmente pela veia umbilical e infundir
concomitantemente o mesmo de soro fisiológico por veia periférica.
➢ Doença hemorrágica;
➢ Coagulação intravascular disseminada;
➢ Plaquetopenias;
➢ Hemorragia digestiva Aguda.
Tratamento:
➢ Evitar o uso injeções IM e punções venosas e arteriais, assim como a realização de
outros procedimentos invasivos;
74
➢ Nos casos de sangramento gástrico, fazer lavagens gástricas com SF a 0,9%
(temperatura ambiente), até o retorno de líquido claro;
➢ Administrar vitamina K;
➢ Se o sangramento for intenso deve ser administrado plasma fresco ou/e plaquetas
para repor os fatores de coagulação e concentrado de hemácias, quando hemoglobina for
menor que 12g/dl;
➢ Vigilância do débito urinário;
➢ Monitorizar os sinais vitais;
➢ Oxigenoterapia;
➢ Aquecimento;
➢ Suporte nutritivo e hidroeletrolítico.
HIPOGLICEMIA
Definida como duas dosagens no sangue total inferiores a 20 mg/dl no neonato pré-
termo e duas dosagens inferiores a 30mg/dl no sangue total de neonatos a termo, dentro de 72
horas de vida.
Porém a conduta mais prudente deve ser a de considerar as dosagens de glicose
menores de 40 mg/dl independente do peso e idade pós-natal, como suspeitas merecedoras de
investigação mais profunda.
Etiologia:
Manifestações Clínicas:
75
➢ Hipotonia;
➢ Sucção débil;
➢ Gemência;
➢ Choro fraco;
➢ Irritabilidade;
➢ Cianose;
➢ Instabilidade térmica;
➢ Hipotonia;
➢ Taquipneia;
➢ Taquicardia;
➢ Letargia;
➢ Sudorese;
➢ Tremores de extremidades;
➢ Apneia;
➢ Convulsões.
Tratamento:
➢ Iniciar dieta precoce (leite materno);
➢ Realizar glicemia capilar conforme a necessidade;
➢ Realizar reposição de glicose via EV;
➢ E em casos graves administrar “push” de glicose;
➢ Manter os níveis de glicose entre 40 a 100mg/dl.
HIPERGLICEMIA
Etiologia:
76
➢ Oferta excessiva de glicose exógena;
➢ Drogas como teofilina, cafeína, corticoide e fenitoína;
➢ Prematuro extremo;
➢ Infecção;
➢ Hipóxia grave.
Tratamento:
HIPOCALCEMIA
Fatores de risco:
➢ Prematuridade;
➢ Filho de mãe diabética. Estresse perinatal;
➢ Após exsanguinitrasfusão;
➢ Uso de bicarbonato;
➢ Ingesta insuficiente;
➢ Uso de diuréticos.
Manifestações Clínicas:
➢ Tremores finos;
77
➢ Abalos musculares;
➢ Hipertonia;
➢ Apneia;
➢ Arritmias cardíacas;
➢ Convulsões.
Tratamento:
HIPOMAGNESEMIA
➢ Manifestações Clínicas:
➢ Tremores;
➢ Hipertonia;
➢ Hiper-reflexia;
➢ Convulsões generalizadas ou focais. Tratamento:
➢ Nos casos leves utilizam manutenção com magnésio via EV ou IM;
➢ Nos casos graves administrar reposições de magnésio.
OSTEOPENIA DA PREMATURIDADE
78
Etiologia:
Fatores de risco:
Manifestações Clínicas:
➢ Redução do crescimento;
➢ Dificuldade em ganho de peso;
➢ Dor à manipulação;
➢ Fraturas principalmente em escápulas, costelas e ossos longos.
➢ Tratamento:
ICTERÍCIA
Etiologia:
79
➢ Doença hemolítica por incompatibilidade sanguínea materno-fetal;
➢ Deficiência de enzima eritrocitárias (glicose 6-fosfato desidrogenase);
➢ Defeitos estruturais dos eritrócitos;
➢ Policitemia;
➢ Síndrome de Down;
➢ Atresia de vias biliares;
➢ Obstrução biliar extrínseca;
➢ Hepatite;
➢ Infecções;
➢ Nutrição parenteral prolongada;
➢ Retardo na eliminação de mecônio, demora no início da alimentação;
➢ Íleo paralítico, obstrução intestinal e aporte calórico reduzido.
Icterícia Fisiológica:
Ocorre quando há uma maior produção de bilirrubina, imaturidade enzimática e maior
circulação êntero-hepática.
80
A avaliação clínica da icterícia:
Depende de uma avaliação física, laboratorial, história materna e da idade gestacional.
Tratamento:
A fototerapia é a terapêutica que utiliza a energia luminosa na transformação da
bilirrubina em produtos hidrossolúveis, por meio de dois mecanismos:
➢ Fotoisomerização: pela ação da luz, a molécula de bilirrubina dá origem a dois
isômeros que são excretados pela bile e pela urina;
➢ Foto-oxidação: pelo processo de oxidação, ocorre a formação de complexos
pirólicos que são excretados na urina.
Eficácia da fototerapia:
➢ Concentração sérica inicial de bilirrubina – quanto mais alto é o nível sérico inicial
de bilirrubina, maior e mais rápida é a queda, já com concentrações sérica igual ou inferior a 5
mg%, é mínima a eficácia da fototerapia;
➢ Superfície corporal exposta à luz – quanto maior a área irradiada, maior a eficácia
da fototerapia;
➢ Distância entre a fonte luminosa e o paciente – tem se recomendado uma distância
de 30 cm entre o paciente e a fototerapia convencional e 50 cm entre o paciente e a fototerapia
com lâmpadas halógenas (devido o risco de queimaduras);
➢ Dose de irradiância - irradiância é quantidade de energia liberada pelo aparelho de
fototerapia e isso depende do tipo de aparelho. Os aparelhos convencionais usam 4mw/cm/nn,
enquanto que os bilispot usam 10mw/cm/nn. E de acordo com a irradiância podemos dividir
os aparelhos de fototerapia em três tipos:
81
- Alta intensidade (entre12 e 40mw/cm/nn).
➢ Luz azul.
➢ Luz verde.
Tipos de fototerapia:
retina;
Proteger os olhos com cobertura radiopaca, pois pode causar danos irreversíveis à
➢ Retirar a fralda do RN, pois para aumentar a área de exposição, e porque o
comprimento de onda da fototerapia penetra apenas 2-3 mm na pele não atingindo as gônadas;
➢ Utilizar sempre a placa de acrílico próximo às lâmpadas de fototerapia para evitar
acidentes;
➢ Medir a irradiação da fototerapia, para evitar subtratamento;
➢ Nunca utilizar substâncias oleosas em recém-nascidos submetidos à fototerapia,
pelo risco de queimadura;
➢ Controle de temperatura;
82
➢ Hidratação adequada.
Efeitos colaterais:
➢ Alteração do equilíbrio hídrico;
➢ Erupção cutânea nas áreas expostas à luz;
➢ Hipertermia;
➢ Choque;
➢ Queimaduras;
➢ Bronzeamento – observado em criança negra devido à absorção de raio
ultravioleta com indução da síntese de melanina;
➢ Efeitos sobre o trânsito intestinal, levando à formação de fezes diarreicas.
Encefalopatia Bilirrubínica:
Classificação:
➢ Estágio inicial – onde as crianças ficam letárgicas, hipotônicas, com sucção débil;
➢ Estágio intermediário - estupor moderado, irritável, tônus um pouco aumentado;
➢ Estágio avançado – estupor profundo à coma, hipertonia, convulsão, perda da
audição e até paralisia cerebral.
INFECÇÃO NO RECÉM-NASCIDO
Epidemiologia:
83
Em UTI neonatal, as infecções continuam sendo a principal causa de mortalidade.
Fatores de risco:
➢ Trabalho de parto prolongado;
➢ Ruptura prematura de membranas;
➢ Asfixia perinatal;
➢ Infecção materna;
➢ Coriamnionite;
➢ Prematuridade.
Manifestações Clínicas:
➢ Hipoatividade;
➢ Alterações da perfusão periférica;
➢ Alterações respiratórias;
➢ Intolerância alimentar;
➢ Hipo ou hipertermia;
➢ Icterícia;
➢ Distúrbios metabólicos.
Diagnóstico laboratorial:
84
➢ Outros exames podem ser realizados para indicar, confirmar ou especificar o tipo
de infecção como: raio X, punção lombar e antibiograma.
SEPSE NEONATAL
Classificação:
Fatores de risco:
OBSTÉTRICOS MAIORES:
85
OBSTÉTRICOS MENORES:
➢ Febre materna;
➢ Gemelaridade;
➢ Prematuridade;
➢ PIG, peso menor que 1500gr;
SEPSE TARDIA:
Diagnóstico:
O roteiro diagnóstico inclui como avaliação conjunta – história clínica, exame físico,
exames laboratoriais (bacteriológicos, testes auxiliares) e evolução clínica.
Deve-se suspeitar de sepse neonatal em todo recém-nascido que apresente sinais de
infecção, não evoluam bem, ou tenha piora súbita de sua evolução. A suspeita e a vigilância
86
devem ser maiores se existem fatores de risco, entretanto cerca de um terço dos casos de sepse
precoce ocorre em recém-nascidos que não apresentam nenhum desses fatores.
Manifestações Clínicas:
SINAIS PRECOCES:
➢ Instabilidade térmica;
➢ Piora do estado geral;
➢ Palidez;
➢ Pele moteada;
➢ Hipoatividade;
➢ Taquipneia;
➢ Apneia;
➢ Crises de insaturação;
➢ Esforço respiratório;
➢ Taquicardia;
➢ Estase gástrica;
➢ Vômitos;
➢ Diarreia;
➢ Intolerância à dieta;
➢ Acidose metabólica. SINAIS TARDIOS:
➢ Hipotermia grave;
➢ Hipoatividade intensa;
➢ Hipotonia;
➢ Letargia;
➢ Escleredema;
➢ Crises graves de apneia e insaturação;
➢ Piora acentuada do esforço respiratório;
➢ Respiração acidótica;
➢ Hipotensão;
87
➢ Choque;
➢ Bradicardia;
➢ Distensão abdominal;
➢ Hepatomegalia;
➢ Colestase;
➢ Aparecimento de petéquias ou púrpura;
➢ Esplenomegalia;
➢ Icterícia;
➢ Hemorragias;
➢ Acidose grave.
88
Tratamento:
centrais;
➢ Antibioticoterapia;
➢ Estabilização hemodinâmica;
➢ Correção da acidose;
➢ Correção de distúrbios hidroeletrolíticos;
➢ Suporte respiratório;
➢ Correção de distúrbio de coagulação;
➢ Em casos de sepse tardia com cultura positiva, deve-se remover os cateteres
➢ Profilaxia de sepse precoce por Streptococcus B.
CHOQUE SÉPTICO
É uma síndrome clínica de alta mortalidade, caracterizada por baixo débito e
insuficiência circulatória, com hipóxia tecidual, isquemia e lesão progressiva dos tecidos e
órgãos.
No choque séptico ocorre uma soma de fenômenos que alteram o débito cardíaco e a
má distribuição deste fluxo sanguíneo, com hipovolemia absoluta, por extravasamento de
líquido plasmático pelo endotélio lesado ou formação do terceiro espaço; e hipovolemia
relativa, devido à vasodilatação arterial e venosa.
Quadro Clínico:
Uma das habilidades mais importantes e que precisa ser treinada à exaustão, é saber
reconhecer o choque em poucos segundos quando chega perto de um paciente grave. Os sinais
mais importantes são os pulsos finos e de difícil palpação, a perfusão periférica diminuída,
com tempo de preenchimento capilar maior que 3 segundos e extremidades frias. Esses sinais
têm intensidade proporcional à gravidade do choque.
SINAIS PRECOCES:
➢ Taquicardia inexplicada;
➢ Pulso fino, fraco e difícil de palpar; extremidades frias; tempo de preenchimento
89
capilar maior que 3 segundos;
➢ Diurese diminuída e sensação de sede;
➢ Palidez;
➢ Cianose;
➢ Pele moteada;
➢ Sudorese fria.
SINAIS TARDIOS:
➢ Taquipneia;
➢ Taquidispneia;
➢ coma;
➢ Respiração acidótica;
➢ Alterações do SNC (irritabilidade, agitação, confusão, sonolência, torpor e
Tratamento:
➢ A administração de fluidos na 1ª hora é determinante da sobrevida e da
90
➢ Antibioticoterapia;
➢ Corticoterapia;
➢ Avaliar e tratar CIVD;
➢ Mobilização de líquidos acumulados;
➢ Tratamento de situações associadas específicas.
➢ Reavaliar continuamente o paciente.
ENCEFALOPATIA HIPOXIA-ISQUÊMICA
91
inapropriada de ADH, nas primeiras 72 horas de vida caracterizadas por oligúria, edema e
hiponatremia.
➢ Infecção: devido ao maior manuseio do RN asfixiado e pela maior permanência
hospitalar, ele se torna mais suscetível a infecções.
Manifestações Clínicas:
12 A 24 HORAS DE VIDA:
92
24 a 72 HORAS DE VIDA:
ESTÁGIO 1 (LENTO):
➢ RN hiperalerta;
➢ Irritado;
➢ Extremamente sensível a estímulos externos;
➢ Reflexos normais ou um pouco exaltados;
➢ Apresenta taquicardia;
➢ Midríase;
➢ Tremores;
➢ ECG normal;
➢ Os sintomas duram menos de 24 horas. ESTÁGIO 2 (MODERADO):
➢ Letargia;
➢ Hipotonia;
➢ Reflexos diminuídos;
➢ Bradicardia;
93
➢ Miose;
➢ Apneia ocasional e hipersecreção;
➢ Nesse estágio 70% dos RN apresentam convulsão;
➢ ECG é anormal;
➢ A duração dos sintomas pode persistir até 14 dias. ESTÁGIO 3 (GRAVE):
➢ RN torporoso;
➢ Comatoso;
➢ Flácido;
➢ Reflexos ausentes;
➢ ECG está sempre anormal com atividade cerebral diminuída e/ou suprimida;
➢ O estado clínico pode durar semanas.
Tratamento:
94
quadro de insuficiência renal e neste quadro a restrição hídrica deve ser mais rigorosa;
➢ Aporte nutricional adequado: nos casos de asfixia grave, deve-se suspender a dieta
e optar por uma alimentação parenteral até que o RN tenha condição de utilizar uma dieta
enteral;
➢ Corrigir distúrbios metabólicos e eletrolíticos: rastrear a glicemia já que flutuações
da glicemia são prejudiciais ao cérebro;
➢ Manter a temperatura corpórea adequada;
➢ Manuseio mínimo: evitar manipulação excessiva do RN e o uso de sedação, às
vezes, faz-se necessário.
Etiologia:
A etiologia das convulsões neonatais está associada com insultos ao sistema nervoso
central que podem ocorrer no período intraútero, ao nascimento ou no pós-parto.
95
Classificação:
Causas:
96
erro inato do metabolismo;
➢ Cardiorrespiratório: hipoxemia;
➢ Outras: refluxo gastroesofágico.
Tratamento:
HEMORRAGIA INTRACRANIANA
Fisiopatologia:
97
A ocorrência de HPIV em RN prematuros é explicada pela presença de matriz
germinativa nestas crianças. Esta estrutura localiza-se no sulco tálamo-caudado no assoalho
dos ventrículos laterais e está muito desenvolvida durante o desenvolvimento cerebral,
constituindo- se no sítio de proliferação neuronal e origem do tecido de sustentação cerebral.
Sua irritação é feita por um rico e frágil leito capilar que se rompe facilmente devido,
principalmente, as alterações de fluxo sanguíneo cerebral.
➢ Fatores vasculares: estrutura frágil dos vasos e da matriz germinativa, sua
vulnerabilidade à agressão hipoxia-isquêmica e necessidade de alto metabolismo oxidativo;
➢ Fatores intravasculares: flutuação do fluxo sanguíneo cerebral (ventilação
mecânica), aumento do fluxo sanguíneo cerebral (hipertensão arterial pneumotórax,
convulsões, PCA, infusão de coloides, manipulação do RN), ou da pressão venosa central
(uso de oxigenação de membrana extracorpórea, insuficiência cardíaca, asfixia e trabalho de
parto traumático), diminuição do fluxo sanguíneo cerebral (hipotensão), distúrbios da
coagulação;
➢ Fatores extravasculares: a matriz germinativa encontra-se em local com suporte
extravascular deficiente.
Classificação de volpe:
98
Diagnóstico:
Tratamento:
Complicação:
99
ENTEROCOLITE NECROSANTE
Incidência:
Fatores de Risco:
100
➢ Uso de cocaína pela mãe;
➢ Uso de dieta (fórmula);
➢ Aumento muito rápido da dieta;
➢ Uso de indometacina;
➢ Persistência do canal arterial com sintomas;
➢ Ruptura precoce de membranas;
➢ Cateterismo de artéria umbilical;
➢ Exsanguineotransfusão;
➢ Policitemia;
➢ Anomalias gastrointestinais congênitas;
➢ Cardiopatias ducto-dependentes.
Fisiopatologia:
Manifestações Clínicas:
SISTÊMICAS:
101
➢ Alterações da cor, palidez, moteamento;
➢ Piora da atividade, letargia ou irritabilidade;
➢ Instabilidade térmica;
➢ Intolerância à dieta, instabilidade da glicemia;
➢ Piora da perfusão, choque, hipotensão;
➢ Oligúria;
➢ Acidose persistente;
➢ Distúrbios hemorrágicos, CIVD.
GASTRINTESTINAIS:
Diagnóstico:
ASPECTOS LABORATORIAIS:
102
Do ponto de vista laboratorial assemelha-se a uma sepse com acidose significativa,
hiperglicemia, leucocitose ou leucopenia, desvio à esquerda, PCR, plaquetopenia.
ASPECTOS RADIOLÓGICOS:
Tratamento:
A insuficiência renal aguda (IRA) caracteriza-se por uma súbita diminuição na taxa de
filtração glomerular, determinando distúrbios hidroeletrolíticos, e na homeostase acidobásico,
assim como acúmulo do produto nitrogenado.
103
Etiologia:
As causas de IRA neonatal mais comuns são decorrentes de agressão que determinam
hipoperfusão renal e diminuição do suprimento de oxigênio; entre elas, anóxia/hipóxia, sepse,
choque, hemorragia e cirurgia cardíaca. A IRA pode ser dividida em pré- renal, renal e pós-
renal ou obstrutiva.
➢ Pré-renal: resulta de uma diminuição da perfusão dos rins, do fluxo sanguíneo
(FSR) e da taxa de filtração glomerular (TFG), com manutenção da reabsorção de água e
sódio. Suas principais causas são: choque séptico, hipóxia-isquêmica severa, ventilação
artificial com pressão alta e trombose bilateral de veia renal.
➢ Renal: pode ser causada por dano tubular, vascular ou intersticial, a necrose tubular
aguda é o dano mais frequente, podendo ocorrer também por anomalias congênitas.
➢ Pós-renal: relacionada a processos obstrutivos do trato urinário, que podem afetar
os ureteres, bexiga e uretra, sendo as causas mais comuns: válvula de uretra posterior,
estenose ou obstrução.
Fisiopatologia:
Diagnóstico:
A diurese normal da criança é de 1,5 a 4,0 ml/Kg/h, a criança bem hidratada tem em
média 2,4 ml/Kg/h e densidade urinária entre 1004 e 1008. Uma diurese menor que 1ml/Kg/h
104
deve levantar a suspeita de disfunção renal.
Oligúria é caracterizada como uma diurese menor que 0,6 ml/Kg/h e anúria menor que
1ml/Kg/dia.
Deve-se ter especial atenção às alterações que ajudam no diagnóstico e na definição da
causa da IRA, como por exemplo:
➢ Sinais de desidratação, hipovolemia ou choque (taquicardia, pulso fino, perfusão
diminuída, turgor diminuído, extremidades frias);
➢ Sinais de congestão e hipervolemia (edema, taquidispneia, hepatomegalia,
ingurgitamento venoso, crepitações pulmonares, hipertensão);
➢ Sinais de doença de base (rush, artrite, hematúria, cólica renal, dor abdominal,
impetigo, dermatite, sinais oftalmológicos, massa abdominal, vasculite).
Tratamento:
hídrico);
Afastar rapidamente as causas pré-renais;
➢ Afastar causas obstrutivas;
➢ Realizar balanço hídrico rigoroso;
➢ Peso corporal a cada 12 horas;
➢ Restrição hídrica;
➢ Adequação da nutrição (oferecer calorias suficientes com o menor aporte
➢ Corrigir distúrbios hidroeletrolíticos (hiperpotassemia,
hiponatremia,hipocalcemia, hiperfosfatemia);
➢ Corrigir acidose metabólica;
➢ Corrigir hipertensão.
sangue;
Comprometimento grave do estado geral e piora clínica progressiva;
➢ Uremia grave;
105
➢ Hipervolemia e congestão grave;
➢ Hiperpotassemia grave;
➢ Hipercalcemia grave sintomática;
➢ Hipertensão grave refratária ao tratamento ou relacionado à hipervolemia;
➢ Acidose grave em hipervolemia;
➢ Hiperuricemia e intoxicação por drogas dialisáveis;
➢ Remoção de líquidos para permitir aporte nutricional adequado ou transfusão de
➢ Intoxicações específicas ou erros inatos do metabolismo;
➢ Síndrome hemolítica urêmica.
PATOLOGIAS CIRÚRGICAS
ATRESIA DE ESÔFAGO
Tipos:
106
da base pulmonar e pneumonia subsequente. A fístula traqueoesofágica distal facilita o
refluxo da secreção gástrica diretamente para a árvore traqueobrônquica, causando
pneumonite química, que pode complicar com pneumonia bacteriana.
Sinais clínicos:
➢ Desconforto respiratório;
➢ Salivação aerada;
➢ Sufocação com tentativas de alimentação oral;
➢ Impossibilidade de passar sonda naso ou orogástrica;
➢ Distensão abdominal.
Outros exames podem ser realizados para confirmar o diagnóstico como raio X
simples ou com contraste radiopaco.
Tratamento Inicial:
➢ Posicionar o paciente em decúbito elevado, a 45º;
➢ Instalar sonda naso ou orogástrica e manter em aspiração contínua;
➢ Não alimentar;
➢ Instalar venóclise, mantendo o equilíbrio hidroeletrolítico e mantendo aporte
calórico adequado;
➢ Iniciar antibioticoterapia venosa;
➢ Manter aquecimento e oxigenoterapia, se necessário.
Tratamento Pós-operatório:
107
➢ Iniciar a dieta por meio de cateter transanastomótico ou de gastrostomia quando
restabelecido o trânsito intestinal, não sendo possível até o segundo dia de pós-operatório,
iniciar com NPT;
➢ Manter analgesia vigorosa com opiáceos;
➢ Aspirar naso e orofaringe sempre que necessário;
➢ Não utilizar CPAP (risco de lesão da linha de sutura) caso seja necessário suporte
ventilatório optar pela ventilação mecânica;
➢ Nunca colocar ou recolocar sonda naso ou orogástrica;
➢ Caso o RN apresente comprometimento súbito do quadro respiratório realizar raio
X para pesquisar a presença de pneumotórax por barotrauma ou vazamento da anastomose
(necessidade de drenagem pleural).
MENINGOMIELOCELE
FIGURA - MIELOMENINGOCELE
108
FONTE: Disponível em:
<http://www.hidrocefalia.com.br/artesmedicas/am_mielo.htm>.
Acesso em: 10 jun. 2013
Diagnóstico:
109
FIGURA - MIELOMENINGOCELE
Tratamento:
110
e tomografia computadorizada;
➢ Verificar a presença de anomalias congênitas associadas;
➢ Realizar avaliação oftalmológica e auditiva;
➢ Verificar alterações dos MMII, que são frequentes;
➢ Garantir acompanhamento multidisciplinar do recém-nascido;
➢ Após a correção cirúrgica a lesão deve ser bem protegida com gaze embebida em
vaselina líquida estéril ou com ácidos graxos de cadeia média, evitando-se a manipulação ou a
compressão, manter em decúbito ventral ou lateral e nunca em decúbito dorsal;
➢ Iniciar antibioticoterapia profilática, para a prevenção de infecção do sítio
cirúrgico;
Prognóstico:
HÉRNIA DIAFRAGMÁTICA
111
Quadro clínico:
Diagnóstico:
Tratamento:
112
controle gasométrico;
A cirurgia é realizada via abdominal com redução das vísceras para a cavidade
abdominal e fechamento do orifício diafragmático. A mortalidade por insuficiência
respiratória ou hipoplasia pulmonar é alta e relaciona-se com a precocidade de instalação de
sintomas.
FIGURA – GASTROQUISE
GASTROQUISE
113
FIGURA - GASTROQUISE
Quadro Clínico:
➢ Controle de temperatura;
➢ Manter cobertura protetora (utilizar compressa estéril embebida com
soro fisiológico a 0,9% aquecido e envolver em filme de PVC);
➢ Realizar descompressão gástrica;
➢ Controle rigoroso da temperatura (facilidade para desenvolvimento de
hipotermia);
➢ Decúbito lateral direito com cabeceira elevada;
➢ Administrar vitamina K;
➢ Envolver o RN até o tórax com saco plástico estéril;
➢ Correção cirúrgica;
➢ Assistência respiratória quando necessário;
➢ Antibioticoterapia venosa.
➢ Tratamento Cirúrgico: o tratamento cirúrgico é realizado em várias
etapas de acordo com a evolução clínica do paciente.
114
FIGURA - GASTROQUISE
FIGURA - GASTROQUISE
http://anomaliasdosdembrio.blogspot.com.br/
115
122
http://curiosoebizarroo.blogspot.com.brFIGURA - GASTROQUISE
http://anomaliasdosdembrio.blogspot.com.br/
116
ONFALOCELE
Quadro Clínico:
117
FIGURA - GASTROQUISE
Diagnóstico:
Tratamento:
118
em conta o tamanho do defeito e a presença de anomalias associadas.
CARDIOPATIAS CONGÊNITAS
Classificação:
119
➢ Defeito do septo atrioventricular;
➢ Conexão anômala total das veias pulmonares não obstrutivas;
➢ Estenose aórtica;
➢ Dupla via de saída de ventrículo direito sem estenose pulmonar;
Fistula arteriovenosa;
Tronco arterioso comum.
➢ Taquicardia supraventricular;
➢ Bloqueio atrioventricular total;
➢ Extrassístole supraventricular e ventricular;
➢ Ritmo juncional.
➢ Inocente;
➢ Estenose de artéria pulmonar;
➢ Persistências do canal arterial;
➢ Defeito do septo ventricular;
➢ Incompetência de valva atrioventricular;
➢ Estenose pulmonar;
➢ Estenose aórtica;
➢ Fístula arteriovenosa;
➢ Comunicação interatrial.
História clínica:
120
eritematoso sistêmico (bloqueio AV total congênito);
➢ Infecções na gestação, como rubéola, que está relacionada com persistência do
canal arterial, estenose valvar pulmonar e estenose de ramos da artéria pulmonar. Infecções
por citomegalovírus, herpes-vírus e Coxsackie são suspeitas de serem teratogênicas.
Exame físico:
➢ Observar o aspecto geral da criança e lembrar que determinadas síndromes
genéticas têm associação frequente com cardiopatias, como a síndrome de Down, a síndrome
de Turner, trissomias 13 e 18 e outras;
➢ Observar cuidadosamente a frequência respiratória, presença de dispneia,
taquicardia e retração costal;
➢ Observar a coloração de pele e mucosas para detecção de cianose, palidez e lembrar
que a anemia pode mascarar a cianose;
➢ Palpar rotineiramente pulsos nos quatro membros. Pulsos amplos estão presentes na
persistência do canal arterial e fístulas arteriovenosas. Pulsos diminuídos globalmente
sugerem patologias que cursam com obstrução ao fluxo sistêmico e pulsos ausentes ou
diminuídos em membros inferiores são encontrados na coartação da aorta;
➢ Na ausculta do precórdio atentar-se para a frequência e ritmo cardíaco, bulhas e
sopros, a segunda bulha deve ser analisada cuidadosamente em relação à fonese e ao
desdobramento, a terceira bulha pode ser encontrada em criança normal, mas a quarta bulha é
sempre patológica;
➢ Ruídos de ejeção localizam-se no início da sístole e podem corresponder à dilatação
aórtica ou pulmonar ou obstrução destes vasos;
➢ No exame do abdome observar se há hepatomegalia, que pode ser um sinal de
insuficiência cardíaca.
121
O canal arterial é um segmento curto de artéria que conecta a aorta descendente à
artéria pulmonar esquerda, imediatamente após sua bifurcação. Seu papel é essencial durante
a vida fetal, sendo mantido aberto pelos efeitos relaxantes da baixa tensão de oxigênio em
combinação com a ação das prostraglandinas sintetizadas no local. Assim 90% do sangue
ventricular direito que sai pela artéria pulmonar é desviado diretamente para a aorta
descendente, devido à elevada resistência vascular pulmonar e a baixa resistência vascular
sistêmica. No momento do nascimento, ocorre um aumento do fluxo sanguíneo no leito
vascular pulmonar devido à queda em sua resistência.
Nesse processo ocorre uma maior oxigenação local e uma menor ação de
prostaglandina que determinam o fechamento, inicialmente funcional, do canal arterial. O
fechamento definitivo do canal ocorre com o passar dos dias.
Manifestações Clínicas:
Diagnóstico:
EXAMES SUBSIDIÁRIOS:
122
pulmonar;
➢ Eletrocardiograma: pode mostrar hipertrofia ventricular esquerda e,
eventualmente hipertrofia atrial esquerda.
Tratamento:
Suporte Farmacológico:
123
aumentam o relaxamento ventricular durante a diástole e nos casos de baixo débito com
disfunção miocárdica e aumento da resistência vascular sistêmica, sem hipotensão arterial
severa.
➢ Vasodilatadores - hidralazina que são bloqueadores dos canais de cálcio arteriais
já no caso dos venosos utilizam à nitroglicerina.
➢ Diuréticos – têm como objetivo a perda de água e sódio, o mais utilizado é a
furosemida.
FATORES MATERNOS
124
Nascidos de cesárea, fórceps, partos pélvicos, gemelares, distócicos e traumáticos.
Anestesia geral;
Má formação congênita;
125
ao recém-nascido.
As condições do recém-nascido são avaliadas por meio de três sinais que são:
respiração, frequência cardíaca e cor, o boletim de APGAR não deve ser utilizado para
determinar o início da reanimação e sim para avaliar a resposta do RN às manobras de
reanimação, no 1º e 5° minutos de vida e, se necessário, 10º, 15º e 20º minutos.
Boletim de APGAR
Z 1 2
ero
Frequência Ausente <100/min >10
0/min
Cardíaca
126
➢ Estetoscópio neonatal;
➢ Sondas de aspiração traqueal nº 6, 8, 10 e 12;
➢ Laringoscópio com lâmina reta (nº 0 e 1);
➢ Cânulas endotraqueais sem balão de diâmetro uniforme nº 2,5; 3,0; 3,5 e 4,0 com
linha radiopaca;
➢ Fio-guia;
➢ Material para fixação da cânula;
➢ Pilhas e lâmpadas sobressalentes;
➢ Aspirador a vácuo com fluxômetro;
➢ Adaptação para aspiração de mecônio;
➢ Máscara para RN de termo e pré-termo;
➢ Balão autoinflável com capacidade máxima de 750 ml válvula de segurança e
reservatório de 02 (para atingir FIO2 DE 90-100%);
➢ Cânula de Guedel;
➢ Seringas de 20; 10 e 1cc;
➢ Agulhas;
➢ Bureta de microgotas;
➢ Cabo de bisturi com lâmina reta;
➢ Cadarço estéril;
➢ Material cirúrgico;
➢ Luvas, compressas e gases estéreis;
➢ Ampolas de água destilada;
➢ Adrenalina;
➢ Bicarbonato de sódio a 8,4%;
➢ Expansores de volume (SF0,9% E albumina);
➢ Naloxone. ABC da Reanimação:
➢ A (Airways): manter vias aéreas permeáveis pelo posicionamento adequado da
cabeça e do pescoço, da aspiração de VAS e, se necessário da traqueia;
➢ B (Breathing): iniciar a respiração por meio da estimulação tátil e da ventilação
com pressão positiva por meio de balão e máscara ou balão e cânula traqueal;
➢ C (Circulation): manter circulação por meio de massagem cardíaca e administração
127
de medicações ou fluidos.
Imediatamente após o nascimento, a necessidade de reanimação depende da avaliação
rápida e simultânea da presença de líquido meconial, do choro ou respiração, do tônus
muscular, da cor e da duração da gestação (a termo ou pré-termo). Os procedimentos são
realizados com base na avaliação integrada de três sinais: respiração, frequência cardíaca e
cor.
128
se o neonato apresenta respiração espontânea rítmica e regular, frequência cardíaca maior que
100bpm e rosado nas extremidades, ele não necessita de outras manobras. Realiza- se então a
seguinte rotina:
➢ Laqueadura de cordão umbilical;
➢ Prevenção da oftalmia e vaginite gonocócica, instilando-se duas gotas de nitrato de
prata a 1% no saco lacrimal inferior de cada olho e duas gotas na vagina;
➢ Passagem de sonda gástrica nº 8 para detecção precoce de atresia de esôfago e
obstrução intestinal alta;
➢ Passagem de sonda retal introduzindo-a até 3 cm de profundidade para detecção de
anomalias anorretais;
➢ Identificação por meio da impressão digital da mãe e das impressões digitais e
plantar do neonato e da pulseira colocada na mãe e no neonato;
➢ Coleta de sangue materno para realização de tipagem sanguínea e reações
sorológicas;
➢ Realizar tipagem sanguínea do recém-nascido em sangue do cordão umbilical;
➢ Realizar exame físico simplificado do recém-nascido determinado, determinando-se
peso, comprimento, perímetro cefálico torácico e abdominal;
➢ Acomodação cuidadosa do pré-termo na incubadora aquecida e com fonte de
oxigênio, garantindo a manutenção da temperatura corporal e oxigenação adequadas.
OXIGENOTERAPIA
129
situações: apneia, gasping, FC menor que 100 bpm ou cianose persistente, apesar da
administração de O² inalatório indica-se a ventilação com pressão positiva por meio de balão
e máscara facial.
A ventilação efetiva deve provocar inicialmente a elevação da FC e a melhora da
coloração, seguindo-se o estabelecimento da respiração e o aumento do tônus muscular. Se o
paciente apresenta movimentos respiratórios espontâneos e regulares com FC maior que 100
bpm, pode se interromper a ventilação com balão e máscara e administrar O² inalatório, que
deve ser retirado gradativamente caso o neonato se mantenha rosado.
Considera-se falha na ventilação com balão e máscara se, após 30 segundos do início
do procedimento, o neonato apresenta expansibilidade torácica inadequada, ausência de
respiração espontânea ou FC menor que 100 bpm.
Existem algumas causas do insucesso da ventilação que podem ser facilmente
verificadas e corrigidas como: má adaptação da máscara à face, mau posicionamento da
cabeça, presença de secreção nas vias aéreas ou oferta de pressão insuficiente.
Indicação:
130
inalatório por cateter, com retirada gradual.
No caso do recém-nascido manter-se em apneias ou respiração irregular, acompanhada
de FC maior que 100 bpm, a intubação e a ventilação devem ser mantidas e o paciente
encaminhado para a unidade de terapia intensiva neonatal.
(semanas)
<28 <1 2,5
131
MASSAGEM CARDÍACA
TRANSPORTE DO RECÉM-NASCIDO
Principais Indicações:
➢ Prematuridade.
➢ Desconforto respiratório (membrana hialina, aspiração de mecônio e
pneumonia).
➢ Asfixia perinatal.
➢ Malformações congênitas que necessitem diagnóstico/tratamento.
➢ Crises convulsivas.
➢ Infecção neonatal.
➢ Condições cirúrgicas.
132
➢ Apneia recorrente.
➢ Choque.
➢ Acidose persistente.
➢ Hipoglicemia persistente.
➢ Necessidade de nutrição parenteral.
➢ Doença hemolítica perinatal.
➢ RN de mãe diabética.
Meios de Transporte:
133
➢ Sensor de temperatura corporal;
➢ Cilindro de oxigênio;
➢ Cilindro de ar comprimido;
➢ Sistema de umidificação para gases;
➢ Máscara facial;
➢ Caixas de hood;
➢ Respirador;
➢ Bombas de infusão;
➢ Aspirador elétrico;
➢ Incubadora de transporte;
➢ Sistema gerador de energia;
➢ Ambu infantil de silicone com reservatório;
➢ Laringoscópio com lâminas 0 e 1;
➢ Tubo traqueal;
➢ Cateteres intravenosos;
➢ Estetoscópio neonatal;
➢ Sistema de drenagem torácica;
➢ Equipos, torneiras e conexões venosas;
➢ Eletrodos e sensores para oximetria;
➢ Coletor de urina;
➢ Lâmpadas e pilhas reservas;
➢ Sondas gástricas e de aspiração;
➢ Material cirúrgico e campos estéreis;
➢ Material de assepsia e gaze estéril; agulhas e seringas de tamanhos variados;
➢ Micropore, esparadrapo e fita adesiva;
➢ Luvas estéreis e de procedimento;
➢ Termômetro;
➢ Lanterna;
➢ Equipamento para realização de glicoteste.
Medicamentos Necessários:
➢ Adrenalina;
134
➢ Atropina;
➢ Bicarbonato de sódio;
➢ Gluconato de cálcio;
➢ Lidocaína;
➢ Água destilada;
➢ Soro fisiológico a 0,9%;
➢ Soro glicosado 5 % e 10%;
➢ Cloreto de potássio;
➢ Vitamina K;
➢ Furosemida;
➢ Albumina;
➢ Hidantoína;
➢ Fenobarbital;
➢ Midazolam;
➢ Diazepam;
➢ Fentanil;
➢ Dobutamina;
➢ Dopamina;
➢ Succinilcolina;
➢ Pancurônio;
➢ Dipirona;
➢ Heparina;
➢ Morfina;
➢ Naloxone;
➢ Prostim;
➢ Surfactente.
135
➢ Estabilização da temperatura corpórea;
➢ Sondagem e esvaziamento gástrico;
➢ Obtenção de acesso venoso, seguro, estável e de calibre adequado;
➢ Fixação adequada de sondas, cânula endotraqueal, cateteres, eletrodos e
sensores;
➢ Controlar quadro de agitação e ou convulsões;
➢ Garantir a permeabilidade de vias aéreas;
➢ Aspirar cânula traqueal;
➢ Elaboração de um resumo detalhado, mas sucinto, possibilitando para a
equipe de transporte uma visão objetiva do caso, facilitando o manejo de eventuais
complicações durante o transporte.
➢ Estabelecer comunicação adequada entre equipe de transporte, equipe de
médicos do hospital de origem e equipe do hospital de destino do RN.
➢ Mostrar, sempre que possível, o RN aos pais antes do transporte, a fim de
minimizar o trauma da separação.
➢ Esclarecer a família sobre as condições do RN, bem como seu destino e
motivos da transferência e o transporte deve sempre ser autorizado pela família.
➢ Encaminhar cópia: da anamnese materna, os dados do RN (condições de
nascimento e evolução da doença atual), dos exames laboratoriais e dos raio X.
➢ Enviar amostras de sangue materno (em tubo com anticoagulante) e do
cordão umbilical (em tubo seco).
➢ Coletar hemocultura e iniciar antibioticoterapia, se indicado.
136
Posicionar RN em decúbito dorsal ou lateral.
➢ Mielomeningocele: proteção da área exposta.
➢ Atresia de esôfago e fístula traqueosofágica: manter permeabilidade das vias
aéreas e sonda de aspiração contínua a vácuo nº 8 de múltiplos orifícios com outra
sonda nº 4 no interior desta para prevenir aspiração de mucosa. Colocar RN em posição
semissentada ou decúbito elevado.
➢ Obstrução intestinal: colocar sonda gástrica mantendo-a aberta.
➢ Cardiopatias congênitas cianóticas: evitar utilização de O2 na suspeita de
cardiopatias canal-dependentes pela possibilidade de desencadear fechamento do canal
arterial e iniciar infusão de prostaglandina E1.
➢ Pneumotórax: drenagem de emergência deve ser efetuada e o procedimento é
realizado após antissepsia e introdução de abocath nº 14 ou 16 no 3º ou 4º espaço
intercostal, na linha axilar anterior e conectá-lo a uma torneira de três vias com seringa
de 20 ml para aspiração e tubo de drenagem sob selo d’ água.
➢ Malformações;
➢ Doenças infecciosas;
➢ Problemas genéticos;
➢ Problemas metabólicos;
➢ Problemas neurológicos;
➢ Icterícia inapropriada.
Devemos nos certificar que o recém-nascido está fazendo uma boa transição da
vida fetal para a neonatal, especialmente pela avaliação da: respiração,
137
função cardíaca,alimentação, micção e evacuação. A interação pai/mãe/bebê e a
dinâmica da família devem ser avaliadas para analisar a habilidade da família em cuidar
do recém-nascido.
No período subsequente deve-se medir o peso diariamente, anotar a hora e o
volume de fezes e urina, bem como frequência cardíaca, respiratória e temperatura, pelo
menos a cada 08 horas.
Alimentação: o aleitamento materno é sempre preferível e deve ser iniciado
ainda durante a primeira hora de vida.
Posição de Dormir: deve ser em decúbito lateral nos primeiros dias de vida. O
bebê deve dormir em um colchão firme. Recomenda-se que os pais permitam que o
bebê, quando acordado, passe alguns períodos na posição ventral, pois permite o uso da
musculatura do pescoço e dos ombros.
Família: a assistência focalizada na família inclui a assistência do bebê e da mãe
realizada pelo mesmo membro da equipe de enfermagem. O bebê deve ser mantido em
alojamento conjunto o máximo possível.
Avaliação de Enfermagem: inclui revisão do histórico materno, incluindo uma
revisão ultrassonográfica pré-natal, imunidade contra rubéola, antígeno da hepatite B,
tuberculose, gonorreia, clamídia e sífilis. Deve-se também levar em conta assistência
pré-natal, histórico de aborto e história médica e social, incluindo potencial para
depressão puerperal. Indicar imunização para hepatite B no bebê.
Tratamento da Dor: preconiza-se oferecer 1 ml de solução de glicose via oral
para o bebê sugar 5 minutos antes da realização de procedimentos dolorosos.
NASCIMENTOS MÚLTIPLOS
138
risco em gêmeos monozigóticos é aproximadamente 2,5 vezes maior que gêmeos
dizigóticos ou fetos únicos. Defeitos estruturais específicos para gêmeos monozigóticos
são: malformações precoces que compartilham uma origem comum com o processo
gemelar e síndrome de ruptura vascular. Gestações gemelares devem ser avaliadas para
anomalias fetais por ultrassonografia ou outros procedimentos mais invasivos quando
indicado.
A morte de um feto em gestações múltiplas é um evento comum durante o
primeiro trimestre (> 20%) e frequentemente não é reconhecida. As causas possíveis
incluem nidação anormal, anormalidades cromossômicas e malformações fetais. O
prognóstico para o segundo gêmeo costuma ser excelente.
A prevalência de Paralisia Cerebral em gêmeos é de 7,4%, comparada a 1% dos
fetos únicos. Isso está relacionado com o risco aumentado de prematuridade e de baixo
peso ao nascer em gestações múltiplas.
TERMORREGULAÇÃO NO RECÉM-NASCIDO
139
A lesão neonatal por frio ocorre em RN de baixo peso ao nascer e RN a termo
com distribuição do SNC, podendo haver palidez central ou cianose, a pele pode
mostrar edema ou escleredema. A temperatura central está frequentemente abaixo de
32,2 ºC e os sinais podem incluir: hipotensão, bradicardia, respiração irregular, lenta e
superficial, atividade diminuída, reflexo de sucção débil, resposta diminuída aos
estímulos, reflexos diminuídos e distensão abdominal ou vômitos. Estão presentes
também: acidose metabólica, hipoglicemia, hipercalemia, azotemia e oligúria, às vezes,
existe sangramento generalizado, incluindo hemorragia pulmonar.
A hipertemia, definida como uma temperatura corporal central elevada pode ser
causada por um ambiente relativamente quente, infecção, desidratação, disfunção do
SNC ou medicamentos.
Em recém-nascidos sadios a perda de calor pode ser evitada ou minimizada
secando-se adequadamente o neonato após o nascimento e o envolvendo em campos
aquecidos. Examinando o bebê na sala de parto sob fonte de calor radiante, utilizando
touca para prevenir perda de calor por meio do couro cabeludo e manutenção do bebê
em berço aquecido e coberto.
Já os recém-nascidos enfermos devem ser adequadamente secos e transportados
em incubadoras aquecidas, deve-se utilizar fonte de calor radiante durante a realização
de procedimentos. Bebês enfermos ou prematuros precisam de um ambiente
termoneutro para minimizar o dispêndio de energia.
ALEITAMENTO MATERMO
140
A composição do leite varia com a fase da lactação, a hora do dia, o momento da
ingestão e no decorrer da própria mamada, com a nutrição da mãe e fatores nutricionais.
A composição do leite de mães que deram a luz a crianças prematuras é diferente
daquelas que tiveram seus filhos a termo. Demonstrou-se que o conteúdo de nitrogênio
do leite das mães de prematuros é maior, e que tem concentrações elevadas de Na e Cl.
Os agentes de defesa do leite humano merecem considerações especiais. Além
dos componentes nutricionais aí presentes, o leite ainda contém uma grande variedade
de agentes bioativos heterogêneos de grande importância para a saúde da criança,
protegendo-a de um grande número de infecções e doenças. Embora os principais locais
de atuação desses agentes sejam as mucosas do trato gastrintestinal e respiratório,
podem também exercer efeito sistêmico, ou na própria mama, protegendo-a quanto a
mastite. O efeito contra infecções é ainda muito importante na alimentação de crianças
prematuras.
Portanto, o leite materno é o alimento de primeira escolha para alimentação das
crianças, em função de seus componentes nutricionais, anti-infecciosos, imunológicos,
seus efeitos psicológicos e no desenvolvimento, com importante vantagem para o
estabelecimento do vínculo mãe-filho.
141
8. Ministrar medicamentos.
9. Fazer curativos.
10. Oxigenoterapia.
11. Nebulização.
12. Aplicação de calor e frio.
13. Prestar cuidados de enfermagem no pré e pós-operatório.
14. Pesar e mensurar o paciente.
15. Realizar procedimentos de desinfecção e esterilização.
16. Prestar cuidados de higiene e conforto.
17. Zelar pela limpeza e ordem do material e equipamentos da unidade.
18. Fazer orientação para alta hospitalar.
19. Fazer orientações sobre aleitamento materno.
20. Realizar procedimentos pós-morte.
21. Proceder anotações de enfermagem.
22. Executar atividades de apoio tais como: preparo de ambientes, disposição do
material para exames, tratamentos, intervenções cirúrgicas e atendimento obstétrico.
23. Prevenir e controlar sistematicamente a infecção hospitalar.
Norma:
Material:
Materiais de consumo:
➢ Sonda gástrica;
➢ Sonda de aspiração n° 8 ou 10;
➢ Luvas de procedimentos;
➢ Luvas estéreis para aspiração;
➢ Eletrodos;
➢ Esparadrapo;
➢ Micropore;
➢ Fita crepe;
➢ Gazes (compressas);
➢ Álcool a 70%;
➢ Seringas e agulhas de tamanhos variados;
➢ Folha de controle de sinais vitais.
143
ADMISSÃO DO RN EM UTI NEONATAL
Normas:
A UTI – NEONATAL admite pacientes de 0 a 28 dias.
➢ A admissão será feita após contato prévio com o médico intensivista, para
pacientes extremos deverá também ser contatada a Central de Regulação Médica;
➢ O encaminhamento do paciente só acontecerá após a liberação da vaga pela
enfermeira;
➢ Certificar-se que o leito está montado;
➢ A admissão é feita pelo médico e a equipe de enfermagem;
Procedimentos:
estatura;Lavar as mãos;
➢ Calçar as luvas de procedimentos;
➢ Pesar o paciente;
144
➢ Posicionar o paciente em decúbito dorsal com coxim na região subescapular;
➢ Aspirar vias aéreas superiores se necessário;
➢ Monitorizar a criança;
➢ Avaliar SSVV;
➢ Introduzir ou trocar SOG, conforme prescrição;
➢ Aquecer o paciente; Mensurar o RN: perímetro cefálico, abdominal, torácico
e
➢ Fazer dextro;
➢ Puncionar veia periférica se necessário;
➢ Fixar um coletor de urina;
➢ Lavar as mãos;
➢ Preencher folhas de controle de SSVV e relatório de enfermagem.
Norma:
É uma medida simples que visa a remoção das células descamativas, sujidades,
oleosidades, comum também as bactérias transitórias e algumas residentes.
➢ Deve ser feita antes e após manipular o paciente.
➢ Deve ser feita antes e após qualquer procedimento. Procedimento:
➢ Retirar anéis, pulseiras e relógios antes de iniciar a lavagem das mãos.
➢ Abrir a torneira.
➢ Ensaboar as mãos usando sabão líquido antisséptico, friccionar as mãos por
aproximadamente 15 a 30 segundos, atingindo:
1. Palma das mãos;
2. Dorso das mãos;
3. Espaços interdigitais;
4. Polegares;
5. Articulações das mãos;
6. Unhas e extremidades dos dedos;
7. Punhos;
145
➢ Enxaguar as mãos, retirando totalmente o resíduo do sabão;
➢ Enxugar com papel toalha;
➢ Fechar a torneira com papel toalha.
REANIMAÇÃO CARDIOPULMONAR
Norma:
Material:
146
➢ Luvas estéreis e de procedimento.
Procedimentos:
147
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NO CATETERISMO VENOSO
CENTRAL
Rotinas:
Material:
Procedimentos:
148
➢ Recolher o material e recompor a unidade;
➢ Proceder à anotação de enfermagem.
Para o neonato que necessita de terapia venosa central durante 1 até 6 meses, ou
que necessita de acesso venoso repetidas vezes, a melhor opção pode ser um cateter
central de inserção periférica (PICC).
Feito de silicone ou poliuretano, o PICC é macio e flexível, com grande
biocompatibilidade. Quanto ao diâmetro pode variar de 16G a 23G, e o comprimento
vai e 40,5 a 61 cm.
O PICC está sendo cada vez mais utilizado por proporcionar acesso seguro e
confiável, podendo-se utilizar o mesmo cateter durante todo o período de tratamento, o
que representa maior conveniência e redução de custos.
A terapia pelo PICC funciona mais adequadamente quando introduzida no início
do tratamento, não devendo ser considerada como último recurso para clientes cujas
veias estão esclerosadas ou foram submetidas a repetidas punções.
A resolução nº 258 do COFEN regulamenta a inserção da PICC pela enfermeira.
Estabelecendo que para que a enfermeira adquira a competência de inserção do cateter,
recomenda-se um curso intensivo de 8 horas, depois do qual deverá realizar três
inserções bem- sucedidas.
Material:
149
➢ Curativo estéril semipermeável transparente;
➢ Garrote;
➢ Luvas estéreis;
➢ Avental estéril;
➢ Máscara;
➢ Óculos de proteção;
➢ Luvas de procedimento.
Inserção do PICC:
➢ Lave as mãos;
➢ Aplique o garrote no braço e avalie a fossa antecubital;
➢ Escolha o local de inserção;
➢ Retire o garrote;
➢ Determine o local de inserção da ponta do cateter ou o ponto que irá repousar
a ponta do cateter, depois da inserção;
➢ Meça a distância desde o local de inserção até o ombro, e do ombro até a
incisura esternal. Em seguida, acrescente 7,6 cm à medida obtida;
➢ Ajude o cliente a se deitar em posição supina, o braço fazendo um ângulo de
90º com o corpo;
➢ Abra a bandeja do PICC e coloque o restante dos itens estéreis sobre o campo
estéril. Vista o avental, máscara, óculos protetores e luvas estéreis;
➢ Usando a fita métrica estéril, corte a extremidade distal do cateter conforme
as recomendações e orientações específicas do fabricante, usando o equipamento
fornecido pelo fabricante.
➢ Adotando a técnica estéril, retire 5 ml de soro fisiológico a 0,9% e irrigue o
equipo de extensão e a tampa;
➢ Retire a agulha da seringa. Conecte a seringa ao cubo do cateter e faça
sua irrigação;
➢ Faça antissepsia do local de inserção com três bolinhas de algodão
embebidas em álcool a 70% ou outra solução antimicrobiana. A partir do local de
inserção do cateter faça movimentos circulares por cerca de 15 cm. Deixe a área secar.
150
Certifique-se de não ter tocado o local em que deverá ser efetuada a inserção;
➢ Retire a luva e aplique o garrote cerca de 10 cm acima da fossa antecubital;
➢ Calce um novo par de luvas estéreis. Em seguida coloque o campo fenestrado
estéril. Aplique uma gaze sobre o garrote;
➢ Estabilize a veia do paciente. Insira o introdutor do cateter a um ângulo de
10º, diretamente na veia;
➢ Depois da penetração bem-sucedida da veia, verifique o refluxo do sangue na
câmara de refluxo. Sem mudar a posição da agulha, avance suavemente a bainha
plástica do introdutor, até a certeza de que a agulha está bem no interior da veia;
➢ Cuidadosamente, recue a agulha, enquanto mantém imóvel o introdutor. Para
reduzir ao mínimo a perda de sangue, faça pressão com o dedo sobre a veia em um local
imediatamente além da extremidade distal da bainha do introdutor;
➢ Usando uma pinça estéril, insira o cateter na bainha introdutora, avançando-o
por cerca de 5 a 10 cm no interior da veia;
➢ Retire o garrote usando compressa de gaze;
➢ Quando o cateter já tiver avançado até o ombro, vire a cabeça do paciente na
direção do braço, puncionado e fazer com que o queixo repouse no peito. Essa manobra
ocluirá a veia subclávia;
➢ Avance o cateter até que restem cerca de 10 cm. Em seguida, retire a bainha
introdutora fora da veia, afastando-a do local da venipunção;
➢ Segure as aletas da bainha introdutora, flexionando-as na direção da
extremidade distal, para partir a bainha;
➢ Tracione as aletas (em um movimento de afastamento) para longe do cateter,
até que a bainha tenha sido completamente separada. Descarte a bainha;
➢ Continue a avançar o cateter até que tenha sido completamente inserido. Lave
com SF 0,9% seguido de solução de heparina;
➢ Com o braço do paciente abaixo da altura do coração, retire a seringa.
Conecte o equipo de extensão no cateter;
➢ Coloque a gaze estéril diretamente sobre o local e, sobre a gaze, um curativo
semipermeável transparente estéril. Deixe o curativo no local por 24 horas;
➢ Depois das primeiras 24 horas, aplique um novo curativo semipermeável
transparente estéril diretamente sobre o cateter, não há mais necessidade da compressa
de gaze.
151
Administração de Medicamentos:
A ponta do cateter PICC deve estar localizada na veia cava. A ponta do cateter
pode ser determinada radiologicamente, devendo ser registrado o procedimento no
prontuário do cliente antes de iniciar sua utilização. Além disso, deve-se obter
intermitentemente confirmação radiológica, pois o cateter não será mais considerado
central, se estiver localizado fora da veia cava, nesse caso deve se considerar a
necessidade de acesso central e então considerar a possibilidade de retirar o cateter e
passar um novo.
➢ Tal como ocorre em todo acesso venoso, certifique-se de ter verificado o
retorno sanguíneo e lave com soro fisiológico a 0,9% antes de administrar algum
medicamento por meio do PICC;
➢ Pince o equipo e conecte a seringa vazia a tubulação. Solte a pinça e aspire
lentamente, para verificar o retorno venoso. Irrigue com 3 ml de soro fisiológico a 0,9%
em uma seringa de 10 ml. Em seguida administre o medicamento prescrito;
➢ Depois da administração do medicamento, lave novamente com 3 ml de
soro fisiológico. Lembre-se sempre de irrigar o cateter entre uma e outra infusão
medicamentosa;
Troca de Curativo:
152
➢ Calce luvas estéreis. Faça a antissepsia do local da inserção do cateter com
três
➢ Aplique cuidadosamente o curativo. Prenda o tubo à borda do curativo sobre
o esparadrapo
➢ bolinhas de algodão embebidas em álcool, iniciando no local da inserção em
movimentos circulares a partir deste ponto. Repita três vezes este procedimento com
bolinhas embebidas em iodopovidona. Deixe secar;
Remoção do PICC:
Considerações Especiais:
153
➢ Lembre-se que a enfermeira ou o médico provavelmente irá aplicar o PICC
na veia cava superior;
➢ Para os pacientes com terapia intermitente o cateter deverá ser lavado após
cada utilização com soro fisiológico a 0,9% e solução de heparina;
➢ Para cateteres que não estão sendo utilizados deve-se lavá-lo com solução de
heparina a cada 12 horas, a fim de manter o mesmo permeável;
➢ Deve-se adicionar um equipo de extensão ao cateter, de modo que possa
iniciar e interromper as infusões em um ponto afastado do local de inserção;
➢ A infusão de sangue ou outros hemoderivados deve ser realizado somente
com cateteres de pelo menos 18G;
➢ Avalie a cada 24 horas o local de inserção do cateter por meio do curativo
semipermeável transparente. Observando o cateter e o trajeto do mesmo, procurando
por sangramento, rubor, infiltração e edema.
Complicações:
Registros:
154
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NA CATETERIZAÇÃO
UMBILICAL
Rotina:
Material:
Procedimento:
155
➢ Identificar por escrito o cateter venoso e arterial, se caso for os dois;
➢ Realizar curativo aberto, caso esteja sangrante ocluí-lo;
➢ Recolher o material e recompor a unidade;
➢ Proceder às anotações de enfermagem em impresso próprio.
Norma:
➢ O curativo do cateter umbilical deve ser feito na técnica asséptica a cada troca
de fraldas. No caso de deslocamento do cateter, NUNCA REINTRODUZIR.
Material:
➢ Pacote de curativo;
➢ Álcool a 70%.
Rotina:
Norma:
156
➢ No caso de deslocamento do cateter.
➢ NUNCA REINTRODUZIR.
Rotina:
inserção;
Observar e anotar as condições da pele e/ou presença de secreção no local da
➢ Na presença de sinais de infecção, o cateter deve ser retirado e a ponta
enviada para cultura.
Material:
➢ 01 pacote de curativo;
➢ 01 frasco de solução fisiológica 0,9%;
➢ Solução antisséptica quando indicada;
➢ 01 gaze pique;
➢ Esparadrapo;
➢ Benzina;
➢ Solução de benjoim. Procedimento:
➢ Reunir o material;
➢ Lavar as mãos;
➢ Abrir o pacote com técnica asséptica;
➢ Retirar o esparadrapo com benzina;
➢ Proceder ao curativo com técnica asséptica;
➢ Ocluir o curativo e anotar a data;
➢ Reunir o material e encaminhar para o expurgo;
➢ Fazer as anotações de enfermagem.
SONDAGEM VESICAL NO RN
Normas:
157
➢ A sonda vesical de demora é trocada quando houver urocultura positiva ou
por indicação médica;
➢ O controle de urocultura do paciente sondado é feito pela observação dos
sinais clínicos do mesmo;
➢ O cateterismo vesical é realizado pelo enfermeiro. Rotina:
Material:
Procedimento:
➢ Reunir o material;
➢ Lavar as mãos;
➢ Fazer a higiene íntima;
➢ Posicionar o RN - feminino: posição litotômica; masculino: decúbito dorsal;
➢ Abrir o pacote de cateterismo vesical;
➢ Colocar o PVPI tópico na cúpula;
➢ Abrir a seringa, sonda, agulha e colocá-lo dentro do campo estéril;
➢ Calçar as luvas;
➢ Testar o balonete da sonda;
➢ Aspirar à água destilada para insuflar o balonete;
➢ Proceder à antissepsia com PVPI tópico com movimentos firmes,
unidirecionais transversos da esquerda para direita, trocando as gazes a cada
158
movimento;
➢ Proceder à antissepsia na face interna da coxa, iniciando do mais distante para
o mais próximo, de cima para baixo até a região inguinal;
➢ Feminino: afastar os grandes lábios com uma das mãos e com a outra pegar a
pinça e proceder à antissepsia nos pequenos lábios, em seguida limpar o meato urinário;
➢ Masculino: pegar o pênis com uma gaze e passar o antisséptico por todo o
corpo do mesmo, afastando o prepúcio e limpar a glande, em seguida o meato urinário;
➢ Deixar a pinça sobre o campo do pacote;
➢ Colocar o campo fenestrado;
➢ Visualizar o meato urinário;
➢ Colocar a cuba rim sobre o campo fenestrado;
➢ Lubrificar a sonda com xilocaína gel (feminino), ou injetar uma pequena
quantidade de xilocaína (masculino);
➢ Introduzir a sonda;
➢ Deixar drenar a urina;
➢ Insuflar o balonete da sonda com água destilada;
➢ Tracionar a sonda até que se encontre resistência;
➢ Conectar a extensão a bolsa coletora.
Obs.: Em RNs prematuros extremos que necessitam de uma sondagem vesical é
utilizada uma sonda de alívio no lugar da foley, por não ter uma numeração menor de
sonda, sendo improvisada com sonda de aspiração n° 4 ou 6 conforme tamanho do RN.
É utilizada como bolsa coletora o equipo de bureta. A fixação da sonda é feita com
micropore.
FOTOTERAPIA
159
início do tratamento, como a concentração inicial de bilirrubina, superfície corpórea
exposta a luz, dose de irradiância emitida e tipo de luz utilizada.
Norma:
Procedimento:
➢ Lavar as mãos;
➢ Providenciar o aparelho de fototerapia;
➢ Despir totalmente o RN,
➢ Proteger os olhos com a venda azul;
➢ Manter limpa a superfície de acrílico e a proteção do dispositivo da
fototerapia;
➢ Colocar o aparelho de fototerapia na distância de 45 cm do RN;
➢ Ligar o aparelho e medir a intensidade da luz com o radiômetro;
➢ Realizar mudança de decúbito e verificar SSVV a cada 3 horas, com atenção
especial à temperatura;
➢ Realizar balanço hídrico rigoroso;
➢ Interromper a fototerapia no período em que a mãe pode estar junto com o
bebê e durante a amamentação, removendo a proteção ocular para permitir a interação
mãe-filho;
➢ Controlar a bilirrubinemia por meio de exame de sangue a cada 12 ou 24
horas, até um dia após o término da fototerapia, a fim de detectar o efeito rebote dos
níveis de bilirrubina;
➢ Trocar as lâmpadas sempre que a irradiância estiver baixa, verificar utilizando
160
o radiômetro.
EXSANGUINOTRANSFUSÃO
Indicações:
Objetivos:
161
Material para cateterização umbilical:
162
acordo com a prescrição médica;
➢ Agitar a bolsa de sangue do doador gentilmente a cada 5 min;
➢ No final do procedimento obter uma amostra de sangue de acordo com a
prescrição;
➢ Verificar os SSVV de 30/30 min por duas horas e após este período fazer de
acordo com a rotina;
➢ Avaliar nível de glicose imediatamente após o procedimento, 1 hora, 2 horas
e 4 horas após o procedimento;
➢ Obter nível de hematócrito 4 horas após procedimento conforme solicitação
médica;
➢ Observar estado geral do paciente.
SURFACTANTE
O surfactante é uma lipoproteína, encontrada na parte distal das vias aéreas e nos
alvéolos dos pulmões normais. Este fluido contribui para a manutenção da tensão nos
pulmões, aumenta a complacência pulmonar e promove a estabilidade alveolar.
Norma:
163
➢ Conectar o ambu a rede de oxigênio;
➢ Calçar as luvas estéreis;
➢ Preparar o surfactante na seringa, conectando-a na sonda;
➢ Posicionar o paciente em decúbito ventral, introduzir a sonda no TOT até
sentir resistência, injetar o conteúdo do surfactante, manter a sonda dentro do TOT,
desconecte e reconecte a seringa injetando somente ar para empurrar a medicação;
➢ Retirar a sonda com a seringa e ventilar com ambu no mínimo por 30
segundos;
Norma:
➢ Algodão;
➢ Agulha 13/4,5;
➢ Luvas de procedimento;
➢ Aparelho de glicemia capilar. Procedimento:
➢ Lavar as mãos;
➢ Calçar as luvas;
➢ Posicionar o pé do RN;
➢ Massagear o calcanhar a ser puncionado;
➢ Puncionar, provocando o sangramento;
164
➢ Preencher a fita conforme indicação;
➢ Comprimir o local da punção e aguardar a hemostasia;
➢ Posicionar o RN no leito;
➢ Desprezar a agulha no recipiente perfurocortante;
➢ Retirar luvas e lavar as mãos;
➢ Anotar resultados na folha de controles.
Norma:
Rotinas:
➢ Lavar as mãos;
➢ Assegurar acesso venoso único, se possível, com cateter de grosso calibre. Se
não for possível, após autorização médica, assegurar acesso venoso exclusivo
interrompendo outra infusão temporariamente;
➢ Verificar e anotar SSVV anteriormente a hemotransfusão e atentar para
possíveis sinais de reações transfusionais;
➢ Conferir atentamente o rótulo da bolsa e o RN (nome, prontuário, tipo de
hemoderivado e data);
➢ O tempo de infusão varia de acordo com o estado clínico do RN e o tipo de
hemoderivado, não devendo exceder a 04 horas;
➢ Proceder às anotações cabíveis no prontuário do paciente;
165
➢ Realizar registro no livro destinado ao controle de transfusões sanguíneas
da unidade.
ISOLAMENTO
É definido como o conjunto de medidas adotadas para fazer uma barreira que
impeça a disseminação de agentes infecciosos de um paciente para outro, para os
visitantes ou para o meio ambiente. Está indicado nas doenças transmissíveis, em
situações definidas e, apenas durante o período de transmissibilidade das doenças.
Norma:
166
PRECAUÇÕES PADRÃO OU UNIVERSAL
Protocolo:
➢ Lavar as mãos;
➢ Utilizar luvas para: manipulação de sangue e outros fluidos corporais,
manipulação de membranas mucosas ou pele não íntegra, procedimentos em
equipamentos ou superfície contaminada com sangue ou outros fluidos corporais,
venopunção, punção arterial e outros pacientes de acesso vascular;
➢ Utilizar avental fechado sobre roupas de uso comum quando houver contato
direto com o paciente, principalmente se houver risco de contaminação pelo contato
com sangue ou outros fluidos corporais;
➢ Usar máscaras e óculos quando houver risco de contaminação de mucosas de
face por respingos de sangue ou outros corporais;
➢ Evitar exposição acidental a perfurocortantes.
Protocolo:
➢ Protocolo de precaução de contato;
➢ Quarto individualizado para o paciente;
➢ Equipamentos individualizados;
➢ Desinfecção e esterilização conforme a rotina.
167
PRECAUÇÕES EM TRANSMISSÃO DE VIA AÉREA:
Protocolo:
PRECAUÇÕES EMPÍRICAS
Protocolo:
168
➢ No caso de varicela deve ser mantido isolamento até que todas as lesões
transformem-se em crostas;
➢ Iniciar precauções na suspeita de tuberculose, suspender o isolamento quando
o paciente estiver em terapia efetiva, com melhora clínica e possuir três exames
bacteriológicos de escarro negativos em três dias consecutivos.
A medida preventiva mais importante na transmissão de doenças é certamente a
lavagem correta das mãos, esteja ou não o paciente infectado, seguido do conhecimento
sobre as principais rotas de transmissão das doenças, que determinarão o uso de
Equipamentos de Proteção Individual.
Indicação:
Medidas:
➢ O RN criticamente doente não deve tomar banho. A higiene deve ser feita
somente com óleo de girassol.
➢ Banho completo após a 1ª semana de vida.
➢ Peso 1 vez ao dia. Se o RN estiver instável não pesar.
➢ Manter o RN aninhado no leito, sempre que possível, em posição fetal.
➢ Cuidados com o ambiente:
1. A iluminação excessiva é um estímulo nocivo e pode contribuir à alteração do
padrão do sono. Quando períodos de claridade são alternados com períodos de
169
penumbra os RN são beneficiados, como mostra a curva de ganho de peso, o aumento
do tempo de sono e a diminuição do tempo de alimentação. Idealmente os RN
suscetíveis aos estímulos nocivos do meio ambiente (p. ex. hipertensão pulmonar
persistente) devem ser cuidados separadamente em sala silenciosa e com pouca luz;
2. Manter penumbra à noite e redução de ruídos externos.
➢ Evitar o uso de eletrodos e realizar a monitorização através de oximetria e
PA. A utilização de eletrodos deve ter indicação clínica precisa (ex.: monitorização de
apneia).
➢ Retirar os eletrodos e outros dispositivos com paciência, utilizando gaze e
benzina.
➢ Minimizar o uso de adesivos e esparadrapos. Sua remoção deve ser
cuidadosa com gaze umedecida com benzina.
➢ Manter o monitor de oxímetro de pulso para avaliação de episódios de
hipoxemia e hiperoxemia.
➢ Manter acesso venoso umbilical. Se o RN possuir indicação clínica realizar o
cateterismo umbilical arterial, com sua retirada após a resolução da fase aguda do
desconforto respiratório.
➢ Quando houver necessidade de colher gasometria arterial dar preferência aos
pontos periféricos de coleta (radial, tibial posterior, pediosa e braquial). Não realizar
coleta arterial em região femoral. Iniciar dieta não nutritiva com uma gaze enrolada e
embebida em glicose a 25% ou 50% sobre as papilas gustativas, 30 minutos antes da
coleta. Mantê-lo retificado e com uma das mãos próxima ao rosto, esse conjunto de
intervenções minimiza o stress.
➢ Realizar glicemia capilar (dextro) pelo sangue do cateter de artéria ou veia
umbilical a cada 6 horas nas primeiras 24 horas. Após, de 12/12 horas até a alimentação.
➢ Utilizar solução de heparina manter a permeabilidade do cateter, sempre após
sua utilização.
➢ Não aspirar rotineiramente a TOT. Aspirar a TOT somente quando
clinicamente necessário (ausculta de secreção ou visualização no TOT).
➢ Otimizar o manuseio de forma que se aproveite um momento para a
realização das medidas necessárias, minimizando ao máximo manuseio desnecessário.
Programar a cada 4 horas o manuseio do RN, realizado todos os procedimentos de
enfermagem, de coleta de exames em um mesmo horário.
170
➢ Dar preferência, sempre que possível, ao decúbito ventral.
MÍNIMO TOQUE
Agrupar cuidados de
em hora (s)
Fixar na incubadora
171
PROTOCOLO MÉTODO CANGURU
172
➢ Peso mínimo de 1.250g.
➢ Ganho de peso diário maior que 15g.
BANHO
A pele do recém-nascido em pleno processo de adaptação a um novo ambiente,
diferente do útero materno, mais suscetível às infecções, merecendo cuidados especiais
de higiene e conforto.
O primeiro banho deve ser realizado assim que os SSVV se estabilizam. Deve-se
dar atenção à termorregulação, principalmente nas primeiras horas de vida, evitando
expor o recém- nascido ao frio por tempo prolongado. Durante o banho devem ser
avaliadas a integridade e coloração da pele, tônus muscular, reflexos e malformações.
BANHO DE IMERSÃO/ASPERSÃO
173
correta da incubadora.
Material:
➢ Bolas de algodão;
➢ Hastes flexíveis de algodão;
➢ Sabonete líquido;
➢ Cuba do próprio berço ou local apropriado para o banho;
➢ Fralda e cueiros limpos;
➢ Óleo vegetal, apropriado para remoção de sujidade;
➢ Pente ou escova individual;
➢ Luvas de procedimento;
➢ Material para curativo do coto umbilical.
Procedimentos:
➢ Lavar as mãos;
➢ Preparar o material e colocá-lo próximo ao leito ou em bancada apropriada
previamente desinfetada com álcool 70%;
➢ Calçar luvas de procedimento;
➢ Regular a temperatura da água;
➢ Manter o RN envolto no cueiro segurá-lo com um dos braços, apoiando as
costas no antebraço;
➢ Iniciar a higiene pela cabeça;
➢ Higienizar a área dos olhos com algodão embebido em água, utilizando uma
para cada olho;
➢ Higienizar orifício nasal e pavilhão auricular com hastes flexíveis;
➢ Lavar a cabeça com sabonete neutro, realizando movimentos circulares e
suaves, protegendo com os dedos polegar e médio os ouvidos do RN;
➢ Colocar o RN no trocador ou bancada e despi-lo completamente, realizando a
limpeza das genitálias;
➢ Utilizar sabonete neutro e lavar todo o corpo do bebê, com movimentos
circulares e suaves;
➢ Colocar o RN no trocador sobre a toalha e secá-lo com movimentos suaves;
174
➢ Colocar o RN sobre a fralda e antes de fechá-la realizar a limpeza do coto
umbilical, utilizando gaze embebida em álcool a 70%;
➢ Vestir o RN;
➢ Secar a cuba do berço e posicioná-lo adequadamente em seu leito;
➢ Reorganizar a unidade;
➢ Lavar as mãos;
➢ Proceder às anotações cabíveis.
BANHO NA INCUBADORA
➢ Cuba-rim;
➢ Bolas de algodão;
➢ Hastes flexíveis de algodão;
➢ Almotolia com álcool a 70%;
➢ Fralda descartável;
➢ Sabonete líquido;
➢ Luva de procedimento;
➢ Lençol e cueiros limpos;
➢ Mesa auxiliar.
Procedimento:
➢ Organizar o material;
➢ Lavar as mãos;
➢ Verificar a temperatura do RNe da incubadora;
➢ Colocar água morna na cuba-rim;
➢ Soltar o lençol do colchão;
➢ Iniciar o banho pelos olhos, utilizando algodão embebido em água, uma
para cada olho;
175
➢ Higienizar orifício nasal e pavilhão auricular utilizando hastes flexíveis;
➢ Lavar, enxaguar e secar a cabeça do RN;
➢ Utilizar algodão para lavar, enxaguar e secar o braço do RN da extremidade
para a axila;
➢ Repetir no outro braço;
➢ Lavar o tórax com movimentos circulares e suaves no sentido da cabeça para
os membros, enxaguar e secar;
➢ Colocar o RN em decúbito lateral, lavar, enxaguar e secar as costas;
➢ Voltar em decúbito dorsal e higienizar a genitália, sempre no sentido
Anteroposterior;
➢ Colocar o RN na metade do colchão, retirar a roupa de cama, limpar o
colchão utilizando álcool 70% e colocar lençol limpo;
➢ Repetir a operação na outra metade do colchão, sempre respeitando normas
de assepsia; secar;
➢ Posicionar o RN adequadamente;
➢ Limpar a incubadora por dentro, utilizando água e sabão neutro, enxaguar e
➢ Limpar a incubadora por fora, utilizando água e sabão neutro, enxaguar e
secar;
➢ Retirar o material utilizado e reorganizar a unidade;
➢
➢ Retirar as luvas;
➢ Realizar anotações cabíveis.
Somente os bebês com peso maior que 200gr e clinicamente estáveis deve
receber banho, os demais deverão ser higienizados diariamente com óleo de girassol.
Material:
➢ Luva de procedimento;
➢ Bola de algodão;
➢ Hastes flexíveis de algodão;
➢ Óleo de girassol;
176
➢ Fraldas e cueiros limpos.
Procedimento:
➢ Lavar as mãos;
➢ Preparar o material e colocá-lo próximo ao leito;
➢ Verificar o estado geral da criança e a fixação da venóclise e demais
dispositivos;
➢ Retirar a fralda da criança;
➢ Umidificar algodão, utilizando óleo de girassol;
➢ Limpar o rosto do bebê com delicadeza;
➢ Realizar a limpeza corporal do RN, no sentido cefalocaudal, trocando o
algodão sempre que necessário;
➢ Retirar a roupa suja, proceder à assepsia do colchão utilizando álcool a 70%;
➢ Forrar o colchão com lençóis e cueiros limpos;
➢ Colocar a fralda limpa na criança;
➢ Recompor a unidade;
Norma:
➢ Deverá ser feita uma vez por semana ou com maior frequência se
necessário. Material:
➢ Água;
➢ Sabão líquido;
➢ Panos de limpeza;
➢ Um balde com água, sabão e um balde com água limpa;
➢ Luvas de procedimento.
Procedimento:
➢ Lavar as mãos;
➢ Reunir o material;
177
➢ Calçar as luvas;
➢ Abrir somente as portinholas da incubadora, colocar o RN na parte proximal
do colchão, afastar a metade do lençol;
➢ Com um pano úmido em água e sabão, ensaboar a metade descoberta do
colchão;
➢ Com um pano úmido em água limpa, retirar o sabão e secar;
➢ Colocar um lençol limpo e posicionar o RN na parte distal do colchão e
retirar o lençol sujo;
➢ Repetir os itens 5 e 6, na outra metade do colchão;
➢ Limpar a cúpula, iniciando pela parte interna, se houver presença de matéria
orgânica, remover antes com papel absorvente;
➢ Com um pano úmido em água e sabão, ensaboar a cúpula;
➢ Com um pano úmido em água limpa, retirar o sabão e secar a cúpula;
➢ Proceder à limpeza da cúpula na parte externa, conforme os itens 10 e 11;
➢ Arrumar o lençol no colchão e deixar o RN confortável;
➢ Verificar se não há alguma alteração no painel da incubadora;
➢ Retirar as luvas;
➢ Organizar a unidade;
Lavar as mãos;
Proceder às anotações cabíveis.
➢ Lavar as mãos.
Obs.: O material limpo deve ser introduzido na incubadora pela portinhola que
corresponde à cabeça do RN, enquanto o material sujo deve ser retirado pela portinhola
que corresponde aos pés do RN.
178
natural o parto, maior a melhoria da qualidade; a puérpera poderia, assim, estar junto da
sua família o mais precocemente possível, incentivando e promovendo o aleitamento
materno. Contudo, o que se tem verificado nos últimos anos é que essa ideologia inicial
foi deturpada e a alta precoce de mães e filhos tornou-se uma forma de reduzir custos,
não acompanhada da melhoria na qualidade do atendimento.
Em 1995 a Academia Americana de Pediatria, estabeleceu alguns critérios
mínimos para que a alta precoce seja dada com maior segurança, são eles: nascido;
➢ Evolução pré, intra e pós-parto sem complicações para a mãe ou para o
recém
➢ RN a termo, adequado para a idade gestacional, único e parto vaginal;
➢ Sinais vitais normais e estáveis por 12 horas;
➢ Diurese e evacuações presentes;
➢ Presença de pelo menos duas mamadas bem-sucedidas;
➢ Exame físico sem anormalidades que necessitem de hospitalização;
➢ Habilidade materna aos cuidados do RN, para alimentá-lo, cuidar da pele e
do coto umbilical, aptidão em reconhecer sinais e sintomas de problemas comuns nesta
fase da infância – especialmente a icterícia, e que tenha noções de segurança da criança;
➢ Avaliação dos fatores familiares, ambientais e de risco social, ausência de
residência fixa, mãe adolescente, ausência de apoio social e violência doméstica.
➢ Pessoal de apoio disponível para a alta familiarizado com amamentação e
capaz de reconhecer icterícia e desidratação;
➢ Exames laboratoriais disponíveis e revisados, incluindo sorologia materna,
tipagem sanguínea e teste de Coombs se indicado;
➢ Vacinação contra tuberculose e hepatite B;
➢ Retorno em consulta médica marcada para 48 horas após a alta hospitalar.
179
oral, devido à amamentação inadequada. A reinternação, além de causar ônus para a
família e para a instituição e de expor o RN, muitas vezes saudável, ao ambiente
hospitalar, causa problemas emocionais e oferece risco à amamentação, sendo uma das
causas de desmame.
Dessa forma, vários fatos vêm configurando-se com sinais de alerta para que
atitudes mais firmes sejam tomadas no sentido de evitar os grandes riscos da alta
hospitalar precoce, impedindo que fatores financeiros venham a prejudicar a saúde
desses pequenos pacientes.
Norma:
➢ Álcool à 70%;
➢ Pano limpo;
➢ Água e sabão líquido;
➢ Pano limpo para secar;
➢ Balde;
➢ Um par de luvas de procedimento. Procedimento:
➢ Calçar luvas de procedimento;
➢ Desmontar e acondicionar em local apropriado bombas de infusão, monitores
e respiradores do leito;
➢ Realizar limpeza com pano embebido em álcool a 70%;
➢ Lavar com água e sabão a incubadora ou berço (no expurgo);
➢ Comunicar funcionária da limpeza para proceder à lavagem do chão e
paredes.
180
procedimentos invasivos se faz necessário para garantir a sobrevivência desses
neonatos. Então, a sobrevivência ao período neonatal tem um custo para o paciente, que
inclui a dor.
A dificuldade de avaliação e mensuração de dor no RN é o maior obstáculo de
tratamento adequado de dor nesta clientela. Devido ao caráter subjetivo da dor, métodos
multidimensionais de avaliação da dor e de suas interações com o ambiente se fazem
necessários. Dentre as várias escalas existentes, as mais estudadas são as Escalas de
Avaliação da Dor – NIPS, o Perfil de Dor do Prematuro – PIPP e o Escore para
Avaliação da Dor Pós-operatório do Recém-nascido – CRIES.
O uso de analgésico deve ser considerado em todos aqueles recém-nascidos
portadores de doenças potencialmente dolorosas e/ou submetidos a procedimentos
invasivos, cirúrgicos ou não. Dentre as principais situações nas quais se deve, ao menos,
considerar a possibilidade de analgesia, destacam-se: pacientes com enterocolite
necrosante, RN portadores de tocotraumatismo, como fraturas ou lacerações extensas,
procedimentos dolorosos como drenagem torácica, intubação endotraqueal eletiva,
colocação de cateteres, punção liquórica, procedimentos cirúrgicos de qualquer porte,
pacientes intubados, em ventilação mecânica.
Não exigem indicações absolutas para o uso de analgesia no período neonatal. A
decisão a respeito do alívio da dor deve ser individualizada, mas não esquecida.
É importante tentar minimizar as agressões sofridas pelos recém-nascidos
durante sua permanência nas unidades de terapia intensiva. O contato com os pais,
especialmente o contato físico “pele a pele”, é primordial para o bem-estar do recém-
nascido.
Recomenda-se também: controlar a incidência de luzes fortes sobre a criança,
tentar diminuir o ruído à sua volta e racionalizar a manipulação do paciente,
preservando o período do sono, agrupar coletas de sangue. Evitando múltiplas funções,
utilizar sucção não nutritiva (gaze embebida com solução de glicose oferecida 1 ou 2
minutos antes da realização de procedimentos dolorosos) como medida coadjuvante
para o tratamento da dor no recém- nascido.
A dor sentida pelo RN significa desconforto e sofrimento, podendo ter
repercussão em longo prazo em termos de interação familiar e em termos de cognição e
aprendizado. Assim do ponto de vista da saúde, ético e humanitário, a dor do recém-
nascido deve ser considerada e tratada.
181
HUMANIZAÇÃO EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA
NEONATAL
Humanizar uma unidade neonatal é transformá-la em um local onde o recém-
nascido, mesmo em incubadora, seja manipulado pela equipe multidisciplinar como um
ser humano. O processo de humanização começou em neonatologia com a implantação
do sistema de alojamento e, apesar de há muitos anos ser conhecida a necessidade de se
modificar o atendimento aos pais. Somente a bem pouco tempo os neonatologistas
convenceram-se da importância de um berçário com cuidados dirigidos também aos
pais e à família.
Na interação inicial mãe-filho é o RN que conduz a mãe e ao mesmo tempo se
“enxerga” por meio das reações maternas. Recém-nascidos a termo ou com doenças
graves levam a uma crise familiar e a desequilíbrio emocional com todas as
características de uma crise: impacto, período de retração e período pós-traumático;
nesse momento qualquer auxílio traz benefícios. A separação imediata dos pais dos
recém-nascidos pode alterar ou distorcer a ligação normal que deveria existir.
Avanços tecnológicos e equipes altamente especializadas não substituem os pais
para o RN. As unidades neonatais devem ser estruturadas com a permanente lembrança
que se lida com pequenas vidas que sentem e reagem como pessoas e que têm suas
próprias necessidades emocionais.
Existem alguns aspectos que devemos observar sempre que pensarmos em
humanização:
Modificações Ambientais
Presença da família:
182
➢ Permitir a entrada e permanência da mãe sem restrições na unidade neonatal;
➢ Ampliar sempre que possível o horário da visita para o pai;
➢ Organizar grupos de mãe para orientações sobre cuidados com o RN e
aleitamento materno;
➢ Organizar grupos de apoio para mães semanais com a presença de psicóloga e
terapeuta ocupacional;
➢ Atualizar a equipe quanto a orientações aos pais e visitantes;
➢ Referir-se ao RN pelo nome, colocando identificação com o mesmo no leito.
Aspectos Referentes ao Recém-nascido:
Finalidades do Programa:
183
Como Agir Quando o Recém-Nascido está em UTI:
➢ Orientar os pais;
➢ Explicar normas e medidas de controle de infecção aos visitantes;
➢ Explicar a função dos médicos e enfermeiros;
➢ Descrever equipamentos especializados utilizados na criança.
➢ Dizer que algo está errado com a criança assim que for feito o diagnóstico,
mesmo não sendo fácil e agradável;
➢ As mães dão muita importância à atitude dos médicos e dos enfermeiros; em
geral não se lembram do que foi dito, mas de como foi dito;
➢ As informações dadas devem ser verdadeiras, levando em conta o estado de
choque e o descrédito dos pais que muitas vezes reagirão com raiva de si próprios, da
família e inclusive da equipe de saúde;
➢ Considerar a angústia dos pais pelo medo do desconhecido, das
complicações, de extensão e do custo do tratamento;
➢ Os pais têm um forte sentimento de culpa e de responsabilidade pessoal por
terem produzido um filho imperfeito e choram a perda da criança normal;
➢ Os pais procuram informações sobre o defeito e sua causa, e devem ser bem
informados;
➢ Encorajar os pais a reconhecerem o valor humano do filho e terem confiança
em seu desenvolvimento em condições especiais.
184
Preparação para Alta:
O treinamento para alta é importante para que haja segurança e ligação com a
criança. No caso de recém-nascido pré-termo ou doente, a participação da mãe deve ser
gradual e apropriada.
A mãe deve saber antes da alta: dar banho, alimentar, manusear e vestir a
criança.
Em casos especiais, administrar medicação, cuidar de sonda ou de gastrostomia.
Iniciar o treinamento bem antes da alta para a mãe poder “digerir” as instruções
aos poucos.
Quando há risco de vida, os pais podem não aceitar a situação, por sua vez
médicos e enfermeiros poderão ter sentimento de culpa ou frustração por não serem
capazes de curar.
Notificar os pais quando a morte é iminente e facilitar sua permanência ao lado
do seu filho, são atitudes que devem sempre estar presentes na rotina da unidade.
Lembrar que nenhuma outra criança substituirá a que foi perdida.
Convencer recém-nascidos da importância do manuseio hospitalar para seu
desenvolvimento, para isso sugere-se um tocar firme e suave, uma voz doce que
transmita segurança, tão necessária em uma internação comprometida do ponto de vista
emocional.
185
apenas no pleno saber da ciência, sem questionamento e sem a participação do paciente
e seus familiares vêm dando lugar a uma nova realidade, em que o caráter das decisões
aumenta em complexidade. Decisões sobre tratamentos utilizados para manter a vida de
recém-nascidos em estado grave, principalmente em pré-termos de extremo baixo peso,
são difíceis e controversas, chamando a atenção o fato de reconhecer a significativa
influência desses valores na formação profissional e do próprio ser humano.
As principais questões bioéticas em relação à medicina são: problemas ligados
ao começo da vida, problemas ligados ao fim da vida e problemas ligados à qualidade
de viver.
A medicina perinatal vem apresentando grandes avanços nos últimos anos que se
refletiram em um grande aumento da sobrevida dos bebês prematuros e/ou
extremamente doentes sem, no entanto, apresentar grande impacto na redução das
morbidades a médio e longo prazo. A tomada de decisões em relação aos cuidados
neonatais geralmente é baseada em quatro princípios: beneficência (fazer o melhor
possível em termos de preservar a vida e aliviar o sofrimento); não maleficência (não
causar prejuízo ou pelo menos causar o mínimo sofrimento); justiça (dar chances iguais
a todas as crianças); autonomia (respeitar o maior interesse da criança). Em relação à
autonomia envolve uma questão importante, que é definir quem tem maiores condições
de determinar esse interesse: se a sociedade, os profissionais de saúde ou a família.
Existem alguns obstáculos para que os pais estejam totalmente informados a
respeito de seus filhos, pelas dificuldades que tem, muitas vezes, em compreender as
informações que lhe são transmitidas pela equipe médica, devendo-se levar em
consideração: o estado emocional dos pais no início da vida de seus filhos prematuros e
com problemas, o uso exagerado de terminologias médicas e a expectativa em torno de
decisões com repercussões em longo prazo para os pais e toda a família.
As mudanças de conduta na neonatologia têm sido muito difíceis para médicos,
pacientes, familiares e instituições porque exigem argumentação, respeito e obrigação, e
não apenas decisões autoritárias e prepotentes, algumas vezes tomadas exclusivamente
pelo médico assistente.
Sem dúvida, situações extremas como a morte nos mostram que todos os
envolvidos ainda têm muito a aprender para lidar com este momento envolto em
grandes tabus a verdade, o melhor caminho sempre se dará a partir de um diálogo
honesto e sincero com os pais e profissionais envolvidos, para assim conseguir
compreender plenamente as dificuldades que, frequentemente, apresentam-se nas
186
tomadas de decisões com recém- nascidos criticamente doentes. É importante o
esclarecimento dos pais para que eles possam entender e argumentar em determinadas
decisões, tal como incluir ou mesmo suspender uma terapia mais agressiva caso isso
seja considerado ineficaz. Por essa e outras razões, é imperativo que o médico adquira
habilidades no relacionamento com os familiares para assim ajudá-los em suas
dificuldades diante de situações adversas. O profissional de saúde estará a todo o
momento vivenciando situações que exijam conhecimento técnico, mas ao mesmo
tempo habilidades no relacionamento humano.
187
Toda UTI Neonatal deve ter um programa de acompanhamento do luto, que
providencie apoio contínuo às famílias no momento em que elas iniciam o processo de
pesar. Que avalie o seu progresso e que forneça referências para apoio na comunidade.
Cuidar de neonatos e de suas famílias no momento da morte é desafiador e
requer sensibilidade e conhecimento do processo normal do luto. Cada unidade neonatal
deve criar as suas próprias diretrizes, que incluem orientações para todos os novos
membros da equipe, assegurem a educação continuada e a realização de conferências,
que designem os antigos membros da equipe que queiram instruir os novos e que
estabeleçam diretrizes para questões éticas.
188
➢ Histórico de Enfermagem: suas atividades centralizam-se na coleta de
dados, objetivando identificar as necessidades, problemas e preocupações do paciente.
Os dados devem ser coletados de forma sistêmica, no caso do paciente neonatal devem-
se levar em conta os antecedentes maternos. Incluindo exames laboratoriais e
desenvolvimento e duração do parto, exame físico e avaliação holística das condições
do recém-nascido, sempre levando em conta o processo de doença familiar no qual o
mesmo encontra-se inserido.
➢ Diagnóstico: é o julgamento clínico das respostas do indivíduo, da família e
da comunidade ao processo de saúde atual e potencial. Na neonatologia tão importante
quanto a avaliação e tratamento clínico do paciente é o reconhecimento das questões
emocionais e sociais familiares, visando uma internação menos traumática possível.
189
REFERÊNCIAS
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