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Sumário~
FIBRAS RETICULARES..........................................................................................................12
PELE..........................................................................................................................................15
EPIDERME ...............................................................................................................................15
DERME .....................................................................................................................................16
BAÇO .......................................................................................................... 22
TIMO ........................................................................................................... 23
AMÍDALAS ................................................................................................. 23
LINFA .......................................................................................................................................24
CAPILARES LINFÁTICOS......................................................................................................25
‘
PRÉ-COLETORES LINFÁTICOS ............................................................................................26
DUCTOS LINFÁTICOS................................................................................. 28
LINFONODO................................................................................................ 29
CIRCULAÇÃO LINFÁTICA....................................................................................................29
EDEMA .....................................................................................................................................33
LINFEDEMA ............................................................................................................................36
INDICAÇÕES ...........................................................................................................................42
CONTRAINDICAÇÕES ...........................................................................................................44
ANAMNESE .............................................................................................................................50
EXAME FÍSICO........................................................................................................................51
PERIMETRIA ...........................................................................................................................52
VOLUMETRIA .........................................................................................................................53
‘
AUTOPREPARAÇÃO ..............................................................................................................55
RELAXAMENTO .....................................................................................................................56
O AMBIENTE ...........................................................................................................................56
DRENAGEM DO PÉ ..................................................................................... 82
PRESSOTERAPIA ....................................................................................................................83
‘
TÉCNICAS DE APLICAÇÃO ..................................................................................................88
PRECAUÇÕES .........................................................................................................................89
GLOSSÁRIO ...........................................................................................................................100
REFERÊNCIAS ......................................................................................................................108
‘
TECIDO EPITELIAL
TECIDO EPITELIAL
EPITÉLIO DE REVESTIMENTO
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corpo, que cobre todos os tipos de cavidades. Quando os tecidos epiteliais são formados
somente por uma camada de células, podem ser classificados como epitélios simples ou
uniestratificados. Os epitélios formados por mais de uma camada de células são
chamados estratificados. Ainda existem epitélios que, apesar de formados por uma
única camada celular, têm células de diferentes alturas, o que dá a impressão de serem
estratificados. Por isso, eles costumam ser denominados pseudoestratificados.
Quanto à forma das células, os epitélios podem ser classificados em:
pavimentosos, quando as células são achatadas como ladrilhos; cúbicos, quando as
células têm a forma de cubo; ou prismáticos, quando as células são alongadas, em forma
de coluna. No epitélio que reveste a bexiga, a forma das células é originalmente cúbica,
mas elas se tornam achatadas quando submetidas ao estiramento causado pela dilatação
do órgão. Por isso, esse tipo de epitélio é denominado epitélio de transição.
EPITÉLIO GLANDULAR
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• exócrinas – glândulas com ducto excretor que transportam a secreção
glandular para a superfície do corpo ou para o interior de um órgão.
Quanto à função, as glândulas podem ser:
• holócrinas – quando as células são eliminadas juntamente com os
produtos de secreção. As células eliminadas são substituídas a partir de células-fonte
existentes na glândula;
• apócrinas – quando as células eliminam, juntamente com os produtos de
secreção, parte do citoplasma no qual a secreção fica acumulada;
• merócrinas – quando as células eliminam somente o produto de
secreção, permanecendo o restante da célula intacto.
TECIDO CONJUNTIVO
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TECIDO CONJUNTIVO
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Enquadram-se nesse grupo os tecidos adiposo, elástico, reticular, mucoso,
cartilaginoso e ósseo.
O tecido adiposo apresenta células adiposas (adipócitos), que armazenam
gordura. Essas células possuem um vacúolo central (pode aumentar ou diminuir de
acordo com o metabolismo do indivíduo). A quantidade de gordura difere nas partes do
corpo. Suas principais funções são de isolante térmico, de proteção dos órgãos contra
choques mecânicos e de reserva energética.
O tecido elástico é formado por fibras elásticas grossas, por fibras colágenas
finas e por fibroblastos. Também é um tecido pouco frequente, sendo encontrado nos
ligamentos da coluna vertebral e no ligamento suspensor do pênis.
O tecido reticular é formado por fibras reticulares e por células reticulares. É um
tecido muito delicado que forma uma rede para sustentar as células. Encontra-se nos
órgãos que formam as células do sangue (medula óssea).
O tecido mucoso tem aspecto gelatinoso, e é o principal constituinte do cordão
umbilical. Também é encontrado na polpa dental jovem. Nesse tecido há predominância
de substância fundamental amorfa e poucas fibras.
O tecido cartilaginoso é formado por células denominadas condroblastos e
condrócitos. Os condroblastos produzem grande quantidade de fibras proteicas; quando
sua atividade metabólica diminui, passam a ser denominados condrócitos. O tecido
cartilaginoso é desprovido de vasos sanguíneos e de nervos; é nutrido pelo tecido
conjuntivo denso que o envolve.
O tecido ósseo é o principal componente dos ossos. É bem mais resistente que o
cartilaginoso, pois é constituído de uma matriz rígida (formada basicamente por fibras
colágenas e sais de cálcio), e composto por vários tipos de células: osteoblastos,
osteócitos e osteoclastos.
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substância incolor, transparente e homogênea que representa uma barreira à penetração
de partículas estranhas no interior dos tecidos. Apresenta-se como um elemento não
fibroso da matriz, em que as células e outros elementos estão mergulhados.
Fibras colágenas
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• tipo V – associa-se ao colágeno do tipo I para formar as fibrilas e é
sintetizado pelos fibroblastos;
• tipo VI – encontrado junto com o colágeno do tipo II e produzido pelos
condroblastos.
Fibras reticulares
Fibras elásticas
Fibras delgadas, que se distinguem facilmente dos outros tipos de fibras por não
apresentar estriações longitudinais. Possuem cor amarelada e são sintetizadas por
diversas células (condrócitos, fibroblastos e células musculares lisas). Seu principal
componente é a elastina, que é bem mais resistente que o colágeno, mas é facilmente
hidrolisada pela elastase (enzima pancreática). Essas fibras cedem facilmente a trações
mínimas, porém retornam rapidamente à sua forma original, tão logo cessem as forças
deformantes.
As fibras elásticas são formadas por fibrotúbulos com 10 nm de espessura,
envolvendo uma parte central amorfa (constituída de elastina). O sistema elástico
apresenta ainda as fibras elaunínicas, encontradas na pele (formadas de fibrotúbulos e
elastina), e as oxitalânicas (só fibrotúbulos), encontradas no ligamento periodontal e nos
tendões.
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formação das fibras e do material intercelular amorfo. Eles sintetizam colágeno,
mucopolissacarídeos e fibras elásticas. São dotados de certa mobilidade. Quando
inativo, o fibroblasto passa a se chamar fibrócito.
O fibroblasto tem prolongamentos citoplasmáticos, seu núcleo é claro, grande,
de forma ovoide, com cromatina e nucléolo evidente. É rico em retículos
endoplasmáticos rugosos e o complexo de Golgi é bem desenvolvido. Já o fibrócito é
menor, tende a ser fusiforme com menos prolongamentos. Seu núcleo é menor,
alongado e escuro; seu citoplasma é acidófilo, deficiente em retículos endoplasmáticos
rugosos e complexo de Golgi. Contudo, mediante estímulos de cicatrização, o fibrócito
reassume aspecto de fibroblasto. Nos adultos, os fibroblastos não se dividem com
frequência, entrando em mitose apenas quando há lesão do tecido conjuntivo.
O miofibroblasto é uma célula com características entre o fibroblasto e a célula
muscular lisa (tem actina e miosina), sendo responsável pelo fechamento das
feridas.
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SISTEMA TEGUMENTAR
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PELE
Epiderme
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substituídas por células oriundas das camadas mais profundas da epiderme.
Logo abaixo, está a camada granulosa, caracterizada pela presença de células
poligonais com núcleo central, nitidamente achatadas, em cujo citoplasma são
observados grânulos grosseiros e basófilos. São os grânulos de querato-hialina, que
contribuem para a constituição do material interfilamento da camada córnea.
Esses grânulos são expulsos das células e formam uma camada de substância
intercelular que age vedando essa camada de células, impedindo a passagem de
compostos, inclusive a água, entre elas. As células da camada granulosa e também as da
parte mais alta da camada espinhosa apresentam uma camada proteica, elétron-densa,
com 10 nm de espessura, presa à superfície interna da membrana celular. Esse material
proteico confere grande resistência à membrana celular.
Abaixo da camada granulosa, está a camada espinhosa, constituída por quatro a
oito fileiras de células poligonais cuboides ou ligeiramente achatadas, de núcleo central
com pequenas expansões citoplasmáticas que contêm tonofibrilas partindo de cada uma
das células adjacentes. Essas expansões se aproximam e se mantêm unidas pelos
desmossomas, o que dá à célula um aspecto espinhoso.
As tonofibrilas e os desmossomas têm importante função na manutenção da
coesão das células da epiderme e, consequentemente, na sua resistência ao atrito.
Observa-se que, quanto maior a ação de pressões e fricções sobre a epiderme, maior é a
sua camada espinhosa.
A camada germinativa (basal) é a mais profunda da epiderme e apresenta intensa
atividade mitótica gerando novas células. É responsável pela constante renovação da
epiderme, fornecendo células para substituir as que são perdidas na camada córnea.
Nesse processo, as células partem da camada germinativa e vão sendo deslocadas para a
periferia até a camada córnea, num período de 21 a 28 dias. É constituída por células
prismáticas ou cuboides que repousam sobre a membrana basal que separa a epiderme
da derme. Os queratinócitos e os melanócitos são as células dessa camada que repousam
em fileira única.
Derme
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Está conectada com a fáscia dos músculos subjacentes por uma camada de tecido
conjuntivo frouxo, a hipoderme. Na derme há fibras elásticas, reticulares e muitas fibras
colágenas. Apresenta vasos sanguíneos, linfáticos e inervações. Contém glândulas
especializadas e órgãos dos sentidos. Sua superfície externa é muito irregular e varia de
região para região.
Em contraste com a epiderme, a derme desenvolve-se a partir da mesoderme
embrionária, assim como os músculos e o esqueleto. A espessura da derme varia em
diferentes locais, mas em média é de cerca de 2 mm. É composta de duas camadas
indistintamente separadas: camada papilar e camada reticular.
A mais externa é a camada papilar, constituída por tecido conjuntivo frouxo. É
assim denominada porque as papilas dérmicas constituem sua parte mais importante. A
função das papilas é aumentar a zona de contato da derme com a epiderme, trazendo
maior resistência à pele. Estende-se pouco abaixo das bases da papila, onde se une à
camada reticular. Apresenta rico suprimento sanguíneo. A camada reticular é a mais
espessa, constituída por tecido conjuntivo denso, e é assim denominada devido ao fato
de que os feixes de fibras colágenas que a compõem entrelaçam-se como uma rede.
Tecido sobre o qual a pele repousa, formada por tecido conjuntivo que varia do
tipo frouxo ao denso nas várias localizações e nos diferentes indivíduos. A hipoderme
não faz parte da pele, porém a fixa às estruturas subjacentes. Pode ter uma camada
variável de tecido adiposo dependendo da região do corpo. Além da função de
reservatório energético, a hipoderme apresenta a função de isolamento térmico,
modelagem da superfície corporal, absorção de choques e preenchimento para a fixação
de órgãos. Em algumas regiões, como no abdome e na nádega, o acúmulo de gordura no
tecido subcutâneo pode ser muito amplo. A hipoderme é bem suprida de vasos
sanguíneos e terminações nervosas.
Compõe-se por duas camadas: a superficial é chamada de areolar e possui
adipócitos globulares e volumosos, e é ricamente irrigada; a mais profunda é chamada
de lamelar e é onde ocorre aumento de espessura no ganho de peso.
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ANEXOS DA PELE
Sensibilidade: as sensações cutâneas como tato, dor, calor e frio são captadas
por receptores especializados. Os receptores para dor são terminações nervosas livres
situadas abaixo da epiderme. As sensações táteis são dadas pelos corpúsculos de Paccini
e de Meissner, a sensação de frio pelos corpúsculos de Krause e a de calor pelos de
Ruffini.
Proteção: a pele cobre o corpo e fornece uma barreira física que protege os
tecidos subjacentes de abrasão física, invasão bacteriana, desidratação e radiação UV.
Regulação da temperatura corporal: a pele desempenha um papel importante
na regulação da temperatura corporal. O calor é perdido através da pele pelos processos
de radiação, convecção, condução e evaporação. A sudorese é um processo útil somente
quando o suor pode evaporar. As alterações no fluxo sanguíneo na pele também
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auxiliam a regular a temperatura corporal.
Excreção: a pele contém dois tipos de glândulas sudoríparas – as glândulas
écrinas, que são glândulas sudoríparas pequenas, e as apócrinas, ou glândulas
sudoríparas grandes. As glândulas estão distribuídas por todo o corpo e são as
verdadeiras secretoras que produzem o suor transparente e aquoso, responsável pela
regulação térmica.
Imunidade: certas células da epiderme (células de Langerhans) são
componentes importantes do sistema imunológico, que expulsa os elementos invasores
do corpo.
Absorção percutânea: é referente à penetração de substâncias através da pele, o
que permite que elas entrem na corrente sanguínea. O estrato córneo é a principal
barreira à difusão.
Síntese de vitamina D: a exposição da pele à radiação ultravioleta (UV) auxilia
na produção de vitamina D, uma substância que ajuda na absorção de cálcio e fósforo
no sistema digestório, e na circulação sanguínea.
SISTEMA LINFÁTICO
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• Promover o retorno de líquido dos tecidos para a circulação – cerca
de 10% do líquido que extravasa dos capilares para o tecido retorna para a circulação
por meio dos capilares linfáticos. A linfa da parte inferior do corpo flui pelo canal
torácico e retorna à circulação nas grandes veias do pescoço (jugular interna esquerda e
subclávia). A linfa do lado esquerdo do corpo também entra no canal torácico. A linfa
do lado direito flui pelo canal linfático direito e retorna à circulação na junção da veia
subclávia direita e da veia jugular interna direita;
• Promover a remoção de proteínas e outras substâncias de alto peso
molecular do Líquido Extracelular (LEC) – os vasos linfáticos têm paredes finas e
com extremidades fechadas (em dedo de luva). A borda de uma célula endotelial
sobrepõe-se à borda da célula adjacente, formando uma válvula que se abre para o
interior do capilar. As substâncias de alto peso molecular penetram nos linfáticos por
essas aberturas;
• Transportar lipídios do intestino para a circulação sanguínea – os
lipídios absorvidos na forma de quilomicrons são lançados diretamente na circulação
linfática, ao contrário dos outros nutrientes, que caem direto na circulação sanguínea;
• Destruir bactérias e remover outras partículas por filtração nos
linfonodos, além de participar de reações imunológicas de defesa.
O sistema linfático não possui um elemento de bombeamento como o sistema
circulatório sanguíneo. A circulação linfática acontece por meio de contrações do
sistema muscular ou de pulsações de artérias próximas aos vasos linfáticos.
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DISTRIBUIÇÃO DO SISTEMA LINFÁTICO
ÓRGÃOS LINFOIDES
Os órgãos linfoides são o baço, timo e tonsilas (amídalas). Tais órgãos não
possuem associação direta com os vasos do sistema linfático ou com a linfa, mas fazem
parte do sistema imune do organismo. A produção de linfócitos é a principal função dos
tecidos linfoides e órgãos linfáticos.
Os linfócitos têm importante papel no desenvolvimento das respostas
imunológicas, produção de anticorpos e reações imunes. A ação dos tecidos linfáticos
servindo como filtros em certas condições patológicas deram origem à teoria de
barreira, segundo a qual esses tecidos desempenham importante papel nos mecanismos
de defesa do corpo. Partículas inertes, como o carbono, bactérias, vírus, células
cancerosas e hemácias, são retidas nos tecidos linfáticos.
Os tecidos linfáticos, no entanto, só são barreiras até certo ponto, pois os seus
vasos aferentes podem permitir a disseminação de infecções e neoplasias malignas para
outros órgãos e tecidos.
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O baço é um órgão linfoide situado no lado esquerdo da cavidade abdominal,
junto ao diafragma, ao nível das nona, décima e décima primeira costelas. Apresenta
duas faces distintas, uma relacionada com o diafragma (face diafragmática) e outra
voltada para as vísceras abdominais (face visceral). Na face visceral localiza-se o hilo
do baço, por onde penetram vasos e nervos.
BAÇO
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TIMO
AMÍDALAS
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LINFA
A rede linfática é formada pelos capilares linfáticos, que desembocam nos pré-
coletores, que, por sua vez, desembocam nos vasos coletores e por fim nos troncos
linfáticos. Os vasos linfáticos estão ausentes: no sistema nervoso central, músculo
esquelético, medula óssea, polpa esplênica e cartilagem hialina.
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ESTRUTURA DO SISTEMA LINFÁTICO
Capilares linfáticos
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Pré-coletores linfáticos
Coletores linfáticos
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VÁLVULAS LINFÁTICAS
Troncos linfáticos
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DUCTOS LINFÁTICOS
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conjuntivo, que se dispõem ao longo dos vasos do sistema linfático. Pesquisadores
afirmam existir entre 400 e 600 linfonodos no homem (entre superficiais e profundos),
os quais geralmente estão dispostos em cadeia. O número de linfonodos varia entre as
regiões e os indivíduos, e seu volume também é variável, ocorrendo um importante
aumento com a idade, em decorrência dos processos patológicos ou agressões que a área
de drenagem tenha sofrido.
Apresentam variações na forma, tamanho e coloração, ocorrendo normalmente
em grupos e desempenham em geral o papel de reguladores da corrente linfática, cuja
função é filtrar impurezas da linfa e produzir linfócitos, células de defesa especializadas.
Estão geralmente situados na face anterior das articulações, ao longo do trajeto dos
vasos sanguíneos, como ocorre no pescoço e nas cavidades torácicas, abdominal e
pélvica. Na axila e na região inguinal são abundantes, sendo inclusive palpáveis.
O linfonodo é formado por uma cápsula conjuntiva periférica que se adere ao
tecido adiposo. É constituído por dois tipos de células: as células reticulares, cuja
atividade primordial é a fagocitose e a pinocitose; e as células linfoides, que são muito
especializadas, contêm a memória imunológica e que, portanto, são essenciais no
mecanismo das reações imunológicas, podendo reagir diretamente, ou por meio de
anticorpos, contra um único tipo de antígeno.
LINFONODO
CIRCULAÇÃO LINFÁTICA
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pelos capilares sanguíneos, e as grandes partículas alcançam a circulação por meio do
sistema linfático. Entretanto, mesmo macromoléculas passam para o sangue via
capilares venosos, sendo que o maior volume do fluxo venoso faz com que, no total, o
sistema venoso capte muito mais proteínas que o sistema linfático. Contudo, a pequena
drenagem linfática é vital para o organismo ao baixar a concentração proteica média dos
tecidos e propiciar a pressão tecidual negativa fisiológica que previne a formação do
edema e recupera a proteína extravasada.
Ao fluir pelos capilares, pré-coletores e coletores, o fluxo linfático proveniente
de várias regiões do corpo desemboca nos dois principais ductos coletores do corpo
humano: o canal linfático direito e o ducto torácico. Os ductos coletores transportam a
linfa, em direção às cadeias ganglionares.
O transporte da linfa pode ser explicado pela hipótese de Starling sobre o
equilíbrio existente entre os fenômenos de filtração e reabsorção que ocorrem nas
terminações capilares. A água, rica em elementos nutritivos, sais minerais e vitaminas,
ao deixar a luz do capilar arterial, desemboca no interstício, onde as células retiram os
elementos necessários ao seu metabolismo e eliminam os produtos de degradação
celular. Em seguida, o líquido intersticial, pelas pressões exercidas, retoma a rede de
capilares venosos.
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pressão hidrostática sanguínea impulsiona o fluido pela membrana capilar, em direção
ao interstício. A pressão osmótica sanguínea tende a movimentar o fluido do interstício
em direção ao capilar. A pressão de filtração surge da relação entre as pressões
hidrostáticas e osmóticas. A pressão tissular é a pressão exercida sobre o fluido livre nos
canais tissulares.
Já os intrínsecos são:
• Contractilidade dos vasos linfáticos – os vasos linfáticos realizam
contrações rítmicas que independem dos movimentos respiratórios e da pulsação
arterial. A linfa é conduzida na direção centrípeta, e quanto maior é a contratilidade dos
vasos, maior será a propulsão da linfa;
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• Vias acessórias de fluxo – geralmente surgem em condições patológicas
como queimaduras e processos inflamatórios, facilitando o transporte da linfa. Em
condições normais, essas vias estão inativas;
• Presença e localização das válvulas que evitam o refluxo da linfa – as
válvulas são constituídas por filamentos contráteis, se encontram no interior dos vasos,
se abrem quando a linfa passa, e se fecham logo após essa passagem. Esse mecanismo
impede que o fluxo que está em direção contra a gravidade retorne, facilitando seu
trajeto. O fluxo da linfa ocorre de acordo com contrações rítmicas ao longo dos vasos
coletores e pré-coletores, os quais são constituídos por músculo liso. A propulsão da
linfa é determinada pelos seguintes mecanismos: dilatação das paredes; fechamento e
abertura da válvula; fluxo linfático.
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EDEMA
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o sinal de Godet, não sendo, dessa forma, possível deslocá-lo por meio de pressões.
FISIOPATOLOGIA DO EDEMA
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A pressão oncótica está ligada à presença de proteínas em oposição à filtração
capilar, exercendo, em condições normais, uma pressão de aproximadamente 25 mmHg.
Qualquer diminuição das proteínas “circulantes” terá como consequência a diminuição
da pressão oncótica que se opõe à filtragem. Disso resulta que a diminuição das
proteínas plasmáticas aumenta a filtragem e diminui a reabsorção.
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proteínas, uma pequena quantidade de albumina passa para o espaço intersticial
juntamente com a troca de líquido entre os compartimentos vascular e intersticial. Com
a obstrução linfática, nem a pequena quantidade de líquido perdida do compartimento
intravascular, nem a proteína de dentro do líquido intersticial consegue sair, assim
reduzindo a pressão osmótica efetiva do sangue. Desse modo surge o linfedema.
LINFEDEMA
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A presença de proteínas gera também fibrose, tornando o edema mais duro e
menos responsivo a drenagem postural. Estudos indicam que o linfedema é o resultado
de uma combinação de fatores, e não de uma única causa. Podem ser classificados
quanto à:
➢ origem – podem ser primários ou secundários. Quando primários, são
subdivididos em precoce e congênito. O linfedema precoce é de etiologia
desconhecida, ocorre nos membros inferiores, podendo ser decorrente de desequilíbrios
hormonais ou falhas no desenvolvimento dos vasos linfáticos. O linfedema congênito
aparece ao nascimento, sendo caracterizado por uma estrutura inadequada dos vasos
linfáticos. São secundários quando decorrem de causas externas (lesões teciduais;
patologias como a filariose, insuficiência venosa, erisipela, linfangites ou celulites;
quadros infecciosos e inflamatórios e efeitos colaterais de tratamentos oncológicos);
instalação e aos achados clínicos – podem ser classificados como: agudos, os
linfedemas moderados e transitórios que ocorrem nos primeiros dias após a cirurgia
como resultado da incisão dos canais linfáticos; ou crônicos, que é a forma mais
comum, sendo usualmente insidioso, com ausência de dor, não sendo associado a
eritemas, normalmente, irreversível;
• intensidade – o linfedema pode ser classificado em fases de I a IV. Os
linfedemas de fase I são os que se desenvolvem após atividades físicas ou ao final do
dia e melhoram espontaneamente ao repouso e aos estímulos linfáticos. Os de fase II
são espontaneamente irreversíveis, mas podem ser controlados com terapêuticas
apropriadas. Os de fase III são irreversíveis e mais graves. Apresentam grau elevado de
fibrose linfostática com grande estagnação da linfa nos vasos e capilares. Possuem
alterações de pele importantes, tornando-se vulneráveis a erisipelas, eczemas,
papilomatoses e fistulas linfáticas. Os de fase IV são as chamadas elefantíases, sendo
irreversíveis e apresentam complicações como papilomatose, queratoses, fistulas
linfáticas e angiomas. Traduz a total falência dos vasos linfáticos;
• topografia – o linfedema de grau A ocorre em pacientes que
permanecem a maior parte do tempo sem edema, sendo portadoras de uma insuficiência
linfática crônica e compensada, apresentando todas as medidas simétricas iguais e com
ausência de edema em dorso de mão. O linfedema de grau B ocorre em pacientes
permanentemente com edemas suaves, sem modificações estruturais da pele e do tecido
celular, tendo pelo menos uma medida desigual no braço, antebraço ou mão. O
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linfedema de grau C ocorre em pacientes com modificações estruturais definitivas da
pele e tecido celular, consistindo as verdadeiras elefantíases cirúrgicas.
A MASSAGEM TERAPÊUTICA
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objetivo a ser alcançado pelo terapeuta. O conhecimento da manobra e as condições do
paciente são de fundamental importância para uma boa aplicação da massagem,
verificando-se, em cada uso, uma resposta adequada. As indicações para o uso da
massagem podem ser avaliadas somente por alguém que conhece a anatomia e a
fisiologia do corpo humano e os processos de doença e lesão; com o conhecimento de
suas limitações e dos perigos de ser usada de modo errado.
A massagem pode ser utilizada para fins de prevenção e restauração do estado
físico ou melhoramento estético. Utilizada também em atletas antes e após a
competição. Pode ser corporal e facial. A massagem deve ser realizada com cuidados,
respeitando indicações e contraindicações e não deve provocar hematomas ou dor. As
manipulações de massagem movimentam e ativam os sistemas muscular, nervoso e
circulatório. Estimulam uma melhor nutrição dos tecidos e eliminação de toxinas,
levando ao paciente um estado de bem-estar e relaxamento.
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linfática na Riviera Francesa. Observou-se sucesso no tratamento de pacientes com
estados gripais crônicos por meio de estimulação suave nos linfonodos cervicais.
Em 1967, foi criada a Sociedade de Drenagem Linfática Manual, incorporada
em 1976 à Sociedade Alemã de Linfologia. Muitos grupos aderiram à técnica e
passaram a difundi-la, acrescentando contribuições individuais, porém mantendo os
princípios preconizados por Vodder.
Na década de 60, Foldi estudou as vias linfáticas da cabeça e suas relações com
o líquor cerebroespinhal. Ele e sua equipe desenvolveram a terapia complexa
descongestiva, associando cuidados higiênicos, o uso de bandagens compressivas e
exercícios linfomiocinéticos à drenagem linfática manual, principalmente no tratamento
clínico do linfedema.
Em 1977, os professores Albert e Oliver Leduc adaptaram o método do
professor Foldi e do doutor Vodder, demonstrando, por radioscopia, o efeito de
aceleração do fluxo linfático mediante drenagem linfática manual.
Em 1978, num Congresso Internacional da Associação para Drenagem Linfática
Manual, na Áustria, comprovou-se a eficácia da drenagem linfática manual em
pacientes pósmastectomizadas.
Atualmente, a técnica de drenagem linfática manual difundiu-se por todo o
mundo e é utilizada em diversos serviços de saúde para o tratamento de muitas
patologias.
CONCEITOS GERAIS
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executar a drenagem linfática manual é preponderante observar aspectos como o ritmo,
a característica e a pressão das manobras, a harmonia dos movimentos e o sentido
orgânico do fluxo linfático. Se corretamente executada, a drenagem pode estimular a
abertura dos linfáticos iniciais e aumentar o volume do fluxo da linfa em até 20 vezes.
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• aumento da quantidade de líquido excretado – a drenagem linfática
favorece o escoamento de líquidos congestionados nos tecidos;
• melhora da nutrição celular – a drenagem linfática aumenta a captação
de oxigênio pelos tecidos, favorecendo a nutrição celular;
• melhora da oxigenação tecidual – a drenagem linfática reduz o edema,
facilitando o aporte de sangue arterializado;
• desintoxicação dos tecidos intersticiais – a retirada de líquido
intersticial acumulado favorece a troca e o aporte de substâncias importantes ao
organismo, possibilitando a renovação do líquido intersticial nos tecidos que sofreram
influência da drenagem linfática;
• eliminação de ácido lático da musculatura esquelética – a drenagem
linfática manual acelera o fluxo linfático, colaborando com a excreção do ácido lático
acumulado em músculos fatigados, diminuindo o tempo de dor;
• absorção dos nutrientes pelo trato digestivo – os alimentos ingeridos e
processados sofrem o processo de reabsorção de gorduras através do sistema linfático.
INDICAÇÕES
É indicada para:
• edemas e linfedemas – a drenagem linfática age ativando a circulação
sanguínea propiciando a redução do linfedema e regeneração do sistema linfático. A
depender do estágio da disfunção podem ser necessárias medidas auxiliares como o uso
de enfaixamento compressivo e contenções elásticas;
• fibro edema geloide e lipoesclerose – a drenagem linfática auxilia a
evacuação de líquidos proteicos e toxinas que tornam o tecido acometido pela patologia
edemaciado e com aderências, normalizando o pH intersticial e favorecendo a nutrição e
a oxigenação tissular;
• insuficiência venosa crônica – a incontinência valvular, com estase ou
refluxo, leva a rede linfática a se revelar insuficiente para drenar o líquido intersticial
excessivo. Juntamente com esse excesso de líquido intersticial, há uma aglomeração
anormal de proteínas e um aumento do número de leucócitos. A drenagem linfática
auxilia na redução do edema de forma eficaz e rápida, eliminando o excesso de líquido
do meio tissular para os vasos venosos e linfáticos;
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• cefaleias e nevralgias – a cefaleia do tipo tensional é a mais frequente
entre todos os tipos. Essa modalidade de cefaleia tem como mecanismo fisiopatogênico
a seguinte sequência de eventos: uma problemática psicológica desencadeia uma
contração muscular que aliada a vasoconstrição leva à produção de catabólicos
algogênicos, dando a dor como resultado final. A drenagem linfática manual aumenta a
circulação local, além de promover relaxamento e sedação geral, contribuindo para a
redução da dor e do espasmo muscular;
• edemas gestacionais – durante o período gestacional ocorrem inúmeras
modificações no organismo feminino para proporcionar ao feto o máximo de
desenvolvimento e independência, o que põe à prova todo organismo da gestante, e que
poderá levá-la a relatar inúmeras queixas. O edema de membros inferiores faz parte das
queixas mais frequentes, e é acompanhado por vários ajustes secundários de outros
sistemas. Seu surgimento está ligado à circulação linfática: seja diretamente, em
consequência do aumento de aporte de líquido; ou indiretamente, em consequência de
uma patologia linfática específica. A drenagem linfática manual é um recurso valioso
para a prevenção e o tratamento dessa condição;
• síndrome pré-menstrual – a sintomatologia característica da síndrome
da tensão pré-menstrual, como cefaleia, mastalgia, fadiga, dores nas pernas e
desconforto pélvico, irritabilidade e ansiedade desse período, podem ser amenizadas
pela drenagem linfática;
• tratamento pós-cirurgia plástica – na recuperação pós-cirúrgica, a
técnica de drenagem linfática manual é empregada para drenar edemas, favorecer e
acelerar a regeneração tecidual e aliviar quadros álgicos. Quanto mais precoce for o
início da realização da drenagem linfática manual melhor e mais rápida a recuperação
do paciente. A drenagem atua tanto na regressão do edema como na uniformização do
tecido que está cicatrizando por baixo da pele, evitando ondulações e a formação de
nódulos na região. A execução da massagem de drenagem no pós-operatório deve
obedecer a alguns princípios: ser suave, para evitar possíveis lesões teciduais; evitar
movimentos de deslizamento; seguir o trajeto das vias que não foram comprometidas
pelo ato cirúrgico; elevação do segmento a ser drenado; ser realizada de modo que não
promova um maior tensionamento na incisão cirúrgica, fixando-a com uma das mãos;
• tratamento coadjuvante de cicatriz hipertrófica e queloideana;
• enfermidades crônicas das vias aéreas como rinites, sinusites, faringites.
43
CONTRAINDICAÇÕES
44
• menstruação abundante – a drenagem linfática tende a aumentar o
fluxo menstrual, portanto, nesse período, convém evitar estimulação direta sobre a área
abdominal;
• asma brônquica e bronquite – deve-se evitar estimular a região esternal
para não potencializar as crises;
• hipotensão arterial – pacientes portadores de hipotensão arterial devem
ser monitorados quanto à pressão, antes, durante e após os atendimentos de drenagem
linfática;
• afecções da pele – não massagear diretamente as áreas acometidas;
• estados febris – a aceleração do fluxo linfático pode disseminar
processos infecciosos.
Há regras na drenagem linfática manual que devem ser respeitadas para que seus
efeitos positivos sejam obtidos.
➢ Pressão
Na drenagem linfática manual procura-se atuar nos tecidos mais periféricos, por
possuírem 70% dos capilares linfáticos existentes no corpo, forçando, por pressão, o
líquido intersticial a tornar-se linfa que acabará impulsionando a linfa já existente no
capilar linfático e nos vasos linfáticos mais profundos.
Portanto, a pressão exercida deve ser suave o suficiente para alcançar os
capilares linfáticos superficiais, sem atingir o tecido muscular, o que significa um valor
aproximado de 40 mmHg. Como é difícil dimensionar esse valor, pode-se basear no
aspecto da pele, que não deve apresentar hiperemia. A pressão deve ser bem menor do
que a usada na massagem terapêutica tradicional.
➢ Direção
A drenagem linfática manual deve sempre ser iniciada pelo segmento proximal,
pelas manobras que facilitem a evacuação, feitas nos linfonodos regionais, e só então
deve seguir para as manobras de reabsorção e captação. Realizadas ao longo das vias
linfáticas e nas regiões de edemas, obtendo assim um esvaziamento prévio das vias
45
pelas quais a linfa terá que fluir.
➢ Ritmo e frequência
Os movimentos da massagem devem ser feitos de forma rítmica e lenta. A mão
do terapeuta deve percorrer a área tratada lentamente com pressão suficiente para
produzir os efeitos desejados sem causar lesão tecidual, num ritmo constante, sendo a
direção do movimento centrípeta. O ritmo deve ser uniforme, regular e sempre adaptado
ao tecido tratado. A cada movimento de bombeamento deve corresponder um intervalo
de tempo de, no mínimo, um segundo.
➢ Repetição
As manobras devem ser repetidas de quatro a seis vezes em cada local, havendo
uma concentração maior de tempo, nos locais onde o edema for maior.
➢ Etapas
Ao final de cada etapa (cinco manobras de movimentos circulares em cada local
de uma região), procede-se à drenagem da linfa para o local de início da manobra,
seguindo-se ao mesmo caminho inicial.
➢ Caminho
A pressão exercida deve seguir sempre o sentido fisiológico da drenagem. O
trajeto das manobras segue a anatomia do local, orientado pelas vias linfáticas que
estabelecem continuidade entre si, sempre tendo em suas extremidades um grupamento
ganglionar. Há a necessidade de se drenar um local mais proximal para se avançar a um
local mais distal. A massagem deve iniciarse pelas manobras que facilitem a evacuação,
objetivando descongestionar as vias linfáticas, para isso, é de vital importância o
conhecimento das vias de drenagem para o sucesso da terapia.
➢ Tempo
A drenagem linfática é uma técnica lenta e que induz ao relaxamento, portanto,
demanda certo tempo para ser aplicada. O tempo médio para drenagem de cada
segmento é de cerca de 20 minutos; considerando-se variações como a presença de
edema ou linfedema severo, condições nas quais pode ser necessário um tempo maior.
46
➢ Produtos
Existe um deslocamento natural da pele durante as manobras de drenagem
linfática. Esse deslocamento é um importante componente na ativação do sistema
linfático. Dessa forma, o uso de produtos deslizantes pode impedir ou dificultar a
realização de algumas manobras. Em casos de ressecamento extremo da pele podem-se
aplicar algumas gotas de óleo apenas para lubrificação cutânea.
➢ Manobras de evacuação
O objetivo dessas manobras é proporcionar um aumento do fluxo linfático na
região proximal, deixando-a descongestionada e preparada para receber a linfa de
regiões mais distais. Ao esvaziar essas vias, não haverá sobrecarga maior a esses vasos
quando da realização das demais manobras.
Nessa etapa, as manobras de drenagem linfática devem ser realizadas da região
proximal para a distal. A região proximal corresponde à raiz do membro e a região
distal corresponde ao seu extremo inferior. Por exemplo, a região proximal do membro
inferior é a virilha e a região distal é o pé.
A drenagem do membro inferior inicia com o descongestionamento dos
linfonodos inguinais. Segue-se da região proximal da coxa até os linfonodos inguinais,
sendo que cada manobra na coxa reinicia um pouco menos proximal até os linfonodos
inguinais, sendo a última manobra da coxa, da região mais distal até os linfonodos
inguinais.
Segue-se para o joelho, parte-se da mais proximal da perna até os linfonodos do
joelho, para enfim chegar a mais distal até os linfonodos do joelho. Depois, para a parte
mais proximal do pé até o tornozelo, para enfim chegar à sua região mais distal, até o
tornozelo. Segue-se para os dedos do pé, sempre se iniciando da proximal até a
articulação metatarso-falangeana, para enfim chegar a mais distal até a articulação
metatarso-falangeana. Nesse ponto, termina a evacuação e começa a captação.
➢ Manobras de captação
O objetivo das manobras de captação é absorver os líquidos excedentes das
regiões com estase linfática e transportá-los pelos vasos em direção à circulação venosa.
Nessa etapa, as manobras devem ser realizadas da região distal de cada membro para a
proximal, sempre no sentido da circulação de retorno.
No membro inferior, inicia-se na região distal dos dedos até a articulação
47
metatarsofalangeana; segue-se para o pé, inicia-se na região distal do pé até o tornozelo;
segue-se para a perna, inicia-se na região distal até o joelho; segue-se para o joelho,
inicia-se na região distal até a proximal e após descongestiona-se os linfonodos; segue-
se para a coxa; inicia-se na região distal até a virilha e, depois, descongestiona-se os
linfonodos.
48
anastomoses linfolinfáticas. Essas anastomoses, em situações de necessidade, podem ser
estimuladas por meio de manobras manuais, isto é, por drenagem reversa, que
encaminham a linfa para a direção pretendida.
A drenagem linfática reversa deve ser realizada até a reconstituição dos vasos,
fato que ocorre cerca de 30 dias após a intervenção cirúrgica.
49
DRENAGEM LINFÁTICA
ANAMNESE
50
• menopausa/método contraceptivo – a paciente deve ser questionada
em relação à utilização de hormônios que possam ser desencadeadores de edemas
linfáticos; sintomatologia – a sintomatologia dos edemas linfáticos pode incluir
fadiga, astenia, sensação de peso nos membros, tensão, dores espontâneas e à palpação;
• história cirúrgica (caso o linfedema seja decorrente de dissecção
axilar/mastectomia ou cirurgia plástica) – questionar a respeito do tipo e data do
procedimento, inclusão ou não de prótese, nome do cirurgião responsável, tempo de
internação e tipo de anestesia, medicamentos em uso, recomendações médicas e
restrições, intercorrências cirúrgicas, localização e aparência da cicatriz, sensibilidade
local e sinais clínicos;
• história obstétrica – se paciente do sexo feminino, questionar a respeito
de gestações anteriores (ganho de peso, uso de cinta, alterações posturais, surgimento de
estrias e flacidez); se gestante, questionar a respeito do tempo gestacional e possível
intercorrência e sintomatologias presentes;
• história do período menstrual – se paciente do sexo feminino,
questionar a respeito da presença de sintomatologia dolorosa e incômodo durante o
período menstrual (cefaleia, mastalgia, fadiga, dores nas pernas e desconforto pélvico,
irritabilidade e ansiedade);
• tratamentos anteriores (tipo, duração, objetivos, resultados) – é
importante questionar o paciente em relação às suas experiências anteriores e
expectativas para que todos os pontos do tratamento possam ser suficientemente
esclarecidos e todas as dúvidas sanadas.
EXAME FÍSICO
51
seu estado normal aumentado ou diminuído.
Avaliar sinais clínicos – peso, altura, IMC, pressão arterial, frequência cardíaca.
PERIMETRIA
PERIMETRIA CORPORAL
52
Em todos esses pontos de referência, o avaliado deverá estar em pé, de lado para
o avaliador, com os pés um pouco afastados, distribuindo o peso do corpo igualmente
sobre os membros inferiores. As medidas devem ser feitas com a fita métrica bem
ajustada sobre a parte a ser medida, não muito apertada a ponto de criar uma endentação
na gordura, nem frouxa para que a fita deslize. A redução do edema (RE) pode ser
avaliada por uma comparação que quantifica a variação obtida entre as medidas
tomadas do mesmo membro, antes e após o tratamento:
VOLUMETRIA
53
Nome: ________________________________________________________
Idade: ________________ Sexo: ________________ Raça: _______________
Diagnóstico clínico: _______________________________________________
Queixa: _______________________________________________________
História clínica
Patologias (histórico): _____________________________________________
Alergias: ________________________________________________________
Medicamentos em uso: ____________________________________________
Estresse/ansiedade ( ) Sim ( ) Não
Qualidade do sono: ( ) Bom ( ) Regular ( ) Ruim
Prática regular de atividade física ( ) Qual: ____________________________
Menopausa: ( ) Sim ( ) Não
Método contraceptivo: ____________________________________________
Tratamentos anteriores (tipo, duração, objetivos, resultados):
_______________________________________________________________
História obstétrica (ganho de peso, cinta, postura, estrias, flacidez):
_______________________________________________________________História
menstrual (cefaleia, mastalgia, fadiga, dores nas pernas e desconforto pélvico,
irritabilidade, ansiedade):
______________________________________________________
História cirúrgica (tipo e data do procedimento, inclusão ou não de prótese, cirurgião
responsável, tempo de internação e tipo de anestesia, medicamentos em uso,
recomendações médicas e restrições, intercorrências cirúrgicas, localização e aparência
da cicatriz, sensibilidade local e sinais clínicos)
_______________________________________________________________
Exame físico
Peso: ________________kg / Altura: __________cm/ IMC: ______________
Pressão arterial: ___________mmHg / Frequência cardíaca: __________bpm
Inspeção/Palpação geral
Posição antálgica: ( ) Sim ( ) Não Qual(is)? ____________________________
54
Aspecto da pele: __________________________________________________
( ) Atrofias: ______________________________________________________
( ) Edemas: _________________________________Cacifo ( ) Sim ( ) Não
( ) Dor. Locais: _______________________________________________
( ) Seroma. Locais: ____________________________________________
( ) Cicatrizes: _________________________________________________
( ) Hematomas: _______________________________________________
( ) Equimoses: ________________________________________________
( ) Sulcos/depressões: __________________________________________
( ) Aderências: ________________________________________________
( ) Alterações de sensibilidade: ___________________________________
AUTOPREPARAÇÃO
55
importante, portanto lave as mãos antes e depois de cada atendimento. Mantenha as
mãos em temperatura agradável, sempre usando água morna para lavá-las.
RELAXAMENTO
O AMBIENTE
A palpação é uma habilidade adquirida pela prática. Ela requer que suas mãos
56
estejam relaxadas, em contato firme, porém confortáveis e cientes do que está sob elas.
O profissional deve conhecer as estruturas que suas mãos estão tocando e estar pronto
para identificá-las, observando possíveis alterações.
PREPARAÇÃO DO PACIENTE
Peça ao paciente para despir-se, a fim de que a parte a ser tratada esteja
adequadamente descoberta. Lembre-se que algumas manipulações, para serem eficazes,
devem estender-se até os linfonodos que ficam nos espaços proximais. Mulheres podem
trajar-se de biquíni ou roupas íntimas e homens de sunga.
O posicionamento do paciente deve ser decidido de acordo com a área que vai
ser drenada, sempre se atentando para alguma restrição de movimento que o paciente
possua. É importante considerar que pacientes gestantes podem não se sentir
confortáveis em determinados posicionamentos.
Pacientes que realizaram cirurgias plásticas, especialmente abdominoplastias e
mamoplastias, também possuem restrições de posicionamento nas fases iniciais de
recuperação. Nesses casos, é fundamental o contato com o médico responsável pelo
paciente para tomar ciência de tais restrições.
As posições mais comuns para a realização da drenagem linfática manual são:
➢ deitado em decúbito dorsal (com a face voltada para o teto);
57
➢ deitado em decúbito ventral (com a face voltada para o chão);
58
➢ sentado (com as costas eretas) em um banco ou cadeira, com os membros
superiores apoiados numa pequena mesa, extremidade de uma mesa acolchoada, ou
sobre um travesseiro colocado no colo do paciente.
59
Atualmente, a drenagem linfática manual está fundamentada nas técnicas de
Leduc, Vodder, Ganância e Godoy. Todas são baseadas nos trajetos dos coletores
linfáticos e linfonodos, associando basicamente três categorias de manobras: captação,
reabsorção e evacuação. A diferença entre elas reside no local da aplicação. Alguns
autores preconizam iniciar a massagem de drenagem linfática pelo segmento proximal,
processo de evacuação, obtendo assim um esvaziamento prévio das vias pelas quais a
linfa terá que fluir.
Drenagem dos linfonodos – realizada pelo contato direto dos dedos indicador e
médio do terapeuta com a pele do paciente, posicionados sobre os linfonodos e vasos
linfáticos de maneira perpendicular. É executada com pressão moderada e de forma
rítmica, baseada no processo de evacuação. A drenagem dos linfonodos visa à
evacuação da linfa e deve ser realizada diretamente sobre as regiões ganglionares. Os
dedos estabelecem contato com a pele, e em posição quase perpendicular exercem leve
pressão no nível dos gânglios linfáticos. De acordo com a região anatômica, essa
manobra pode ser feita com os dedos indicadores e médios, com todos os dedos ou com
os dedos de uma mão sobre a outra;
60
➢ movimentos circulares com os dedos – realizados de maneira circular e
concêntrica, utilizando desde o dedo indicador até o mínimo. A manobra de círculos
fixos visa à captação de linfa, e é realizada no percurso das vias linfáticas ou em direção
a essas vias. É realizada em movimentos circulares dos dedos, a pele é deslocada sob os
dedos, ou seja, os dedos não deslizam sobre a pele. A pressão deve ser intermitente, no
início e no final do círculo, a pressão deve ser zero. A pressão maior do círculo deve
coincidir com a direção do fluxo linfático. Devem ser leves, rítmicos e obedecer a uma
pressão intermitente na área edemaciada, seguindo o sentido da drenagem fisiológica.
Recomenda-se executar de cinco a sete movimentos no mesmo local;
61
➢ Movimentos circulares com o polegar – realizada da mesma maneira
que a anterior, só que com o polegar
62
➢ bracelete – mais utilizada quando o edema atinge grandes áreas. Pode
ser feita uni ou bimanual, de acordo com a necessidade. A manobra de pressão em
bracelete visa o aumento do fluxo linfático, a ser recolhido em direção aos linfonodos
regionais. É realizada por meio de pressões intermitentes. A fase de pressão deve durar
em torno de dois segundos, segue-se relaxamento com o mesmo tempo de duração e
assim sucessivamente.
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MANOBRA DE BRACELETES
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CÍRCULOS ESTACIONÁRIOS
MOVIMENTOS DE BOMBEAMENTO
65
➢ movimento do “doador” (mobilização) – iniciado com as palmas das
mãos posicionadas perpendicularmente às vias de drenagem, sendo a técnica baseada
em manobras de arraste envolvendo uma combinação de movimentos. Primeiro toca-se
com a borda medial da mão a área a ser drenada, seguido dos movimentos de pronação
do antebraço e abdução do braço na sequência. A outra mão, com o polegar em
extensão, realiza um movimento de arraste com a borda lateral associando movimentos
de supinação do antebraço com adução do braço. O movimento é repetido novamente na
região imediatamente adjacente à região manipulada;
MOVIMENTOS DE MOBILIZAÇÃO
66
➢ movimento giratório ou de rotação – empregado em superfícies planas.
O braço é posicionado em leve abdução no plano da escápula, com o antebraço em
máxima pronação. A mão que inicia o movimento toca a superfície do segmento com a
face palmar e realiza um movimento e desvio ulnar na direção e sentido da drenagem
proposta, simultaneamente aos movimentos de supinação e adução. A outra mão terá o
mesmo posicionamento e realizará os mesmos movimentos descritos anteriormente,
tendo-se o cuidado para que os movimentos sejam sequenciais e rítmicos, alternandose
as mãos para a região imediatamente adjacente.
MOVIMENTOS DE ROTAÇÃO
MÉTODO GANÂNCIA
67
venosas e linfáticas. Para que essas vias de retorno possam conseguir abarcar o volume
suplementar líquido das sobrecargas que a drenagem linfática manual está lhes
impondo, pela mediação dos intercâmbios tecidocapilares, será necessário facilitar e
melhorar o trânsito da quantidade de líquidos figurando já dentro dessas mesmas vias.
Caso contrário, corresponderia em sobrecarregar alguns vasos, que já têm muita
dificuldade em assegurar seu próprio trânsito circulatório, por estases ou bloqueios, que
acabam aumentando as infiltrações e sobrecargas, provocando mais estase e
estabelecendo um círculo vicioso.
Por essa razão, deve-se iniciar o tratamento por manobras de facilitação de
levantamento de bloqueio e de estase, seguidas de manobras de drenagem proximais de
chamada. Com a liberação das vias de retorno circulatório, poderemos executar as
manobras que facilitam as trocas de líquidos dos tecidos em direção aos capilares
(reabsorção), pela execução de pressões locais. As pressões locais também são
efetuadas de forma proximal, a fim de reforçar a chamada e o bombeamento circulatório
de retorno.
São intercaladas uma série de drenagens após cada pressão, com o objetivo de
empurrar a quantidade de líquido reabsorvido nos capilares. Essas drenagens seguirão
com precisão o percurso dos coletores linfáticos, até os relevos ganglionares. Serão
efetuados de baixo para cima, iniciando-se sempre da região recém-pressionada. Ao
terminar a série de pressões locais com as drenagens intercaladas, se iniciará uma série
de drenagens proximais, venosas e linfáticas. Concluindo, empurraremos de forma
favorável e eficaz o caudal de retorno, inclusive as sobrecargas e o volume de líquido
intersticial reabsorvido.
68
MÉTODO GODOY
69
estímulo na região cervical como parte importante da abordagem desses pacientes.
Apenas esse estímulo isolado melhora os padrões volumétricos.
Quanto aos possíveis mecanismos de ação desse estímulo, a hipótese é que ele
interfira com a estimulação dos linfangions por meio do sistema nervoso. A técnica
sugere a eliminação dos movimentos circulares da técnica convencional e a utilização
de movimentos mais objetivos, seguindo as regras da hidrodinâmica, da anatomia e da
fisiologia do sistema linfático. Os principais cuidados referem-se aos linfonodos, que
funcionam como limitantes da velocidade de fluxo e podem ser lesados quando
abordados de maneira inadvertida.
MANOBRA DA TÉCNICA DE GODOY
DRENAGEM DA MAMA
70
da circulação linfática fisiológica. Os seguintes passos devem ser seguidos:
➢ devem ser realizados movimentos compressivos na região do terminus,
cadeia ganglionar axilar e paresternal;
BOMBEAMENTO DO TERMINUS
71
BOMBEAMENTO DA REGIÃO PARAESTERNAL
72
DRENAGEM DOS MEMBROS SUPERIORES
DRENAGEM DO BRAÇO
73
➢ movimentos de bombeamento na região medial do braço do cotovelo até
a região axilar;
➢ movimentos de bombeamento no antebraço, iniciando-se no punho. A
linfa deve ser encaminhada da região posterior até a região medial do antebraço e daí
deve ser encaminhada à cadeia epitroclear;
BOMBEAMENTO DO ANTEBRAÇO
74
➢ a drenagem das mãos é iniciada no punho, que deve ser dividido em três
linhas da região lateral para medial. Devem ser realizados movimentos estacionários,
iniciandose na parte distal da mão;
DRENAGEM DA MÃO
75
DRENAGEM DO ABDOME
76
DRENAGEM DA REGIÃO ABDOMINAL
77
➢ a região abaixo da linha glútea deve ser drenada para baixo
(medialmente), encaminhando a linfa para a região inguinal do membro drenado;
Da seguinte forma:
➢ anteriormente, a coxa deve ser dividida em três faces: anterior, medial e
lateral. A drenagem deve ser iniciada pela face medial próximo aos côndilos femorais.
78
Movimentos de bombeamento devem ser repetidos por três a cinco vezes no mesmo
ponto, ascendendo no sentido da drenagem fisiológica;
79
➢ a face lateral deve ser realizada pela técnica da mobilização, iniciando-se
distalmente ao segmento com movimentos ascendentes, encaminhando a linfa em
direção à cadeia inguinal;
80
DRENAGEM DA PERNA
DRENAGEM DO TORNOZELO
81
DRENAGEM DO PÉ
82
➢ a região do trapézio deve ser drenada em direção à região anterior do
tórax;
➢ a região abaixo da linha da cintura deve ser drenada para os gânglios
inguinais em movimentos rotatórios;
➢ a região lateral do tronco deve ser drenada com movimentos de
mobilização. As áreas localizadas acima da linha da cintura devem ser drenadas para a
região da axila homolateral. As áreas localizadas abaixo da linha da cintura devem ser
drenadas para a região inguinal homolateral.
PRESSOTERAPIA
83
que, em geral, são formados por várias zonas independentes entre si, que inflam e
desinflam de forma sequencial ou não, com a ajuda de um compressor.
Aproximadamente na década de 50, a pressoterapia começou a ser utilizada para
o tratamento do linfedema. Desde então, vem sido grande a evolução da tecnologia dos
equipamentos e compressores.
Ensaios clínicos randomizados comparando técnicas de drenagem linfática
manual e pressoterapia têm mostrado que a redução do volume do edema induzida por
pressão pneumática é essencialmente compatível com o obtido por drenagem linfática
manual, e adicional ao alcançado pela terapia física complexa (drenagem linfática
manual, bandagens elásticas, exercícios descongestivos e cuidados da pele).
84
A pressoterapia é realizada por um aparelho que insufla uma manga que envolve
o membro edemaciado. As unidades de pressão positiva se utilizam de um compressor
que introduz ar em aplicadores especiais, com o propósito de gerar estímulo
circulatório. Entre esses geradores de pressão estão: a compressão pneumática estática
e a compressão pneumática dinâmica e intermitente.
O modo como essa pressão é aplicada influencia fortemente o resultado da
terapia: o tipo de equipamento utilizado, a sequência de compressão, a intensidade da
pressão aplicada, são apenas alguns dos parâmetros que devem ser levados em conta
para assegurar uma resposta terapêutica adequada e segura para o estágio clínico da
doença e a tolerabilidade do paciente.
De acordo com o número de compartimentos (câmaras) com regulagens
individuais de pressão, nas botas ou nas luvas, podemos denominar os equipamentos de
unicompartimentais ou únicos (a pressão aplicada é uniforme na câmara, porém se
diferencia conforme o diâmetro local da área a ser tratada) ou multicompartimentais
ou múltiplos (existe uma subdivisão de compartimentos confeccionados sobrepostos
para evitar garrote entre uma câmara e outra; os compartimentos se enchem
separadamente podendo ou não ter regulagens individuais).
As câmaras do aparelho são conectadas a um sistema compressor de ar, que
realiza a compressão e descompressão em um intervalo de tempo. Quando todas as
câmaras se enchem a unidade inflável é esvaziada, enchendo depois novamente; durante
85
todo esse ciclo é gerada uma onda de pressão que atua como uma massagem, auxiliando
na drenagem linfática.
O compressor está conectado a uma unidade de controle central onde o terapeuta
pode modular a quantidade de pressão, o tempo de compressão e o tempo total do
tratamento.
Nos equipamentos multicompartimentais, a pressão pode ser intermitente com
múltiplos compartimentos que inflam de distal para proximal, reduzindo a pressão
gradualmente em cada compartimento, tentando simular os movimentos da drenagem
linfática manual. Diversos autores concordam que os equipamentos
multicompartimentais são mais seguros por oferecerem um gradiente de pressão de
distal para proximal em forma de onda.
A compressão estática praticamente não é mais empregada por gerar altas e
constantes pressões no membro tratado, podendo promover o colapso dos vasos
linfáticos residuais e prejudicar o sistema venoso.
EFEITOS FISIOLÓGICOS
86
• efeito analgésico e relaxante – pela compressão pneumática sobre o
segmento tratado;
• deslocamento proximal dos fluidos – caso haja alguma obstrução ou
lesão de linfáticos, o líquido é levado para áreas onde haja linfáticos normais, que
possam absorver o líquido que se encontra no espaço intersticial;
• efeitos metabólicos – as forças de tensão e de extensão que são geradas
na área pressurizada determinam como resposta fisiológica das células endoteliais, a
liberação de substâncias de ação antitrombolíticas, fibrinolíticas e vasodilatadoras.
➢ Indicações:
• edemas linfáticos primários e secundários;
• fibro edema geloide;
• insuficiência venosa crônica;
• paralisia das extremidades superiores e inferiores;
• inatividade muscular por um longo tempo;
• recuperação da elasticidade cutânea;
• distúrbios vasculares;
• úlceras estáticas com a presença de líquido intersticial;
• amputações nas quais o coto tende a tornar-se edematoso;
• insuficiência renal e arterial;
• profilaxia de trombose venosa profunda no pós-operatório, decorrente de
inatividade.
➢ Contraindicações:
• tromboflebite aguda;
• insuficiência cardíaca congestiva;
• edema agudo de pulmão;
• erisipela (doença febril aguda com sinais e sintomas sistêmicos);
• trombose venosa profunda instalada;
• neoplasias malignas ou indeterminadas;
• inflamações agudas;
• infecções cutâneas;
• fraturas recentes;
• síndrome compartimental;
87
• transtornos de tensão arterial;
• alterações de sensibilidade no membro a ser tratado;
• intolerância à compressão.
TÉCNICAS DE APLICAÇÃO
Pressão de insuflação
88
Há muitas variações nos protocolos de tratamento em relação aos tempos ligado
e desligado. Em alguns aparelhos, esse ajuste é fixo, limitando a ação do profissional. A
pressão intermitente pode ser ajustada nos equipamentos unicompartimentais com
ciclos de compressão/descompressão que podem variar de 120 segundos de compressão
para 60 segundos de descompressão a 180 segundos de compressão para 90 segundos de
descompressão.
PRECAUÇÕES
89
pacientes farmacológicos com uma inadequada compensação.
Em pacientes com trombose venosa o aumento brusco de fluxo induzido por
pressão pode provocar embolias pulmonares. Nos doentes com infecções cutâneas, o
aumento do fluxo linfático pode ocasionar a disseminação microbiana. Em pacientes
com arteriopatias severas, a pressão aplicada à microcirculação cutânea pode induzir o
aparecimento de lesões cutâneas isquêmicas.
O uso exclusivo da bomba pneumática deve ser evitado. Vários autores
condenam o seu uso por diversas razões: o bombeamento não favorece a evacuação dos
fluidos na região superior do membro afetado, e sim a congestiona; não é indicado no
tratamento do linfedema nas fases II e III, devido à presença de fibrose e cicatriz
tecidual; traumatiza e danifica os vasos linfáticos superficiais, favorecendo a formação
de fibroses linfáticas; pode levar a formação de linfedema nas regiões adjacentes; caso
não haja uma compressão do membro entre as sessões, o edema retorna de forma mais
acentuada; pode provocar fístulas na conexão proximal da bomba, favorecendo a
entrada de bactérias, provocando processos inflamatórios e infecciosos.
Outros cuidados:
➢ deve-se assegurar-se das indicações e contraindicações do tratamento
para cada paciente individualmente;
➢ informar ao paciente sobre o procedimento e o que ele irá sentir;
➢ inspecionar a pele e verificar a pressão arterial do paciente, antes da
terapia;
➢ mensurar e registrar a medida de circunferência da área a ser tratada;
➢ remover joias, relógios, etc.;
➢ como medida de higiene, aconselha-se cobrir a área a ser tratada com
uma malha tubular, tomando cuidado para não deixar áreas enrugadas;
➢ posicionar o paciente de forma que ele sinta-se confortável;
➢ conectar o aparelho à unidade de compressão, ajustar o tempo de
insuflação/desinsuflação, a pressão de insuflação e o tempo total de tratamento;
➢ iniciar o enchimento dos artefatos de compressão observando as reações
iniciais do paciente, atentando para a ocorrência de desconforto ou dor;
➢ é importante que o profissional permaneça junto ao paciente durante o
tratamento, observando suas reações;
➢ antes da aplicação da pressoterapia, é interessante que se realize a
liberação dos linfonodos por meio de manobras de drenagem linfática manual.
90
DEPRESSODRENAGEM LINFÁTICA (DERMOTONIA)
A dermotonia é uma técnica que utiliza um aparelho de vácuo que gera pressão
negativa, conectado a bocais de diferentes formas e tamanhos e que permite a realização
de uma depressão localizada, por sucção, que pode ser contínua ou pulsada.
Trata-se de um método global de cuidados, essencialmente reflexo, partindo do
princípio das ventosas utilizadas pelos chineses há cerca de 3 mil anos. É indicada como
recurso terapêutico para o tratamento de diversas patologias e disfunções
reumatológicas, neurológicas, vasculares e dermatológicos, inclusive pós-operatórios
diversos e tratamentos estéticos.
Entre os principais efeitos fisiológicos e terapêuticos da dermotonia estão:
• favorecimento das trocas gasosas (a sucção provocada pela ventosa
modifica a permeabilidade capilar, ativando o intercâmbio gasoso entre tecidos
capilares e a drenagem do líquido extracelular);
• aumento da mobilidade dos líquidos corporais (a mobilização do
sangue dentro dos capilares cutâneos melhora o trofismo e favorece a nutrição celular);
• aumento do trofismo tissular (ocorre em decorrência do aporte de
enzimas e nutrientes, ocasionado pela sucção e pela eliminação de toxinas);
• melhora da tonificação tissular (a sucção provocada pelas ventosas
estimula a síntese de fibras colágenas e elásticas);
• ação sobre os gânglios linfáticos (ocorre à estimulação e purificação
dos gânglios linfáticos devido ao efeito reflexo, simpaticolinético).
Uma das técnicas de aplicação da dermotonia denomina-se depressodrenagem
linfática. A depressodrenagem linfática deriva da massagem mecânica
(depressomassagem), que pode ser realizada de duas formas complementares:
• pulsada – fecha e abre-se o orifício da ventosa em um período de um
segundo, percorrendo todo o trajeto desejado. A depressomassagem pulsátil, sobre
regiões tencionadas realiza um relaxamento e sua aplicação nas regiões ganglionares
realiza a desobstrução dos gânglios. Essa forma de aplicação realiza um bombeamento
da microcirculação reflexa. Normalmente, utiliza-se pressões máximas de 600 a 700
91
mmHg; contínua – com o orifício da ventosa fechado, o cabeçote deve ser deslizado
sobre a superfície cutânea de forma contínua e interrupta. Libere o orifício ao chegar o
ponto desejado, para remover a ventosa da pele de maneira segura sem que haja
rompimento de capilares e possíveis hematomas. A depressomassagem contínua tem um
efeito descongestionante, melhorando a fluidez da substância fundamental.
Normalmente, inicia-se com pressões baixas (150 a 200 mmHg), aumentando
gradativamente, sempre respeitando a sensibilidade do paciente.
DEPRESSODRENAGEM LINFÁTICA
EFEITOS FISIOLÓGICOS
92
linfáticos pela sua aplicação rítmica e precisa, aumentando a capacidade de transporte
do sistema linfático, prevenindo a formação de fibroses, estimulando o sistema nervoso
parassimpático e, consequentemente, proporcionando analgesia.
Indicações:
➢ edemas linfáticos;
➢ fibro edema geloide;
➢ pré e pós-operatório de cirurgias plásticas.
Contraindicações:
➢ tromboflebite aguda;
➢ fragilidade capilar;
➢ insuficiência cardíaca congestiva;
➢ erisipela (doença febril aguda com sinais e sintomas sistêmicos);
➢ trombose venosa profunda instalada;
➢ neoplasias malignas ou indeterminadas;
➢ inflamações agudas;
➢ infecções cutâneas;
➢ reumatismos inflamatórios;
➢ alterações de sensibilidade no membro a ser tratado;
➢ intolerância à sucção.
TÉCNICAS DE APLICAÇÃO
93
• depressomassagem pulsada sobre os linfonodos (manobra de
fechamento) – de forma semelhante à primeira manobra, a ação do vácuo promove
esvaziamento dos linfonodos.
CONCEITOS DE ELETROESTIMULAÇÃO
94
frequência encontra-se distribuída em uma corrente alternada e polifásica, de
característica senoidal ou quadrada, com pulso variando de 50 a 250 ìs.
No aparelho gerador de corrente russa é possível determinar o tempo de
estímulo, por meio de controles independentes de subida, sustentação, descida e repouso
da rampa e do controle da frequência.
Essa corrente pode ser aplicada do modo usual por eletrodos de superfície
fixados sobre a pele. O eletrodo é um material condutor, que serve como interface entre
o estimulador e os tecidos do paciente. O material de que é construído, a sua
distribuição pelo corpo e seu tamanho são considerados essenciais para o
desenvolvimento de uma contração muscular efetiva.
Os eletrodos usados na eletroestimulação são geralmente feitos de uma borracha
de silício eletricamente condutora. É necessário utilizar um agente de acoplamento
como o gel hidrossolúvel, para que seja fornecido um caminho de menor resistência à
corrente elétrica. Os eletrodos devem estar bem aderidos à superfície da pele, para que
possa haver uma condutibilidade uniforme entre a pele e o eletrodo.
Comparada com as demais correntes, a russa apresenta várias vantagens: menor
resistência à passagem, pois quanto maior a frequência, menor será a resistência
presente, e consequentemente mais agradável a corrente se tornará; a tensão muscular
eletricamente provocada é mantida por um tempo mais longo, causando, assim,
também um estímulo de crescimento muscular mais intensivo; e é possível um
treinamento isolado de importantes grupos musculares.
A estimulação elétrica é uma técnica terapêutica que tem sido utilizada em
medicina física por mais de meio século. Na década de 60 seu uso focou-se
principalmente no tratamento de atrofias de denervação de músculos estruturais e
gradualmente se desenvolveu com o uso da estimulação elétrica para controle de dor e
ativação do sistema circulatório e linfático.
A eletroestimulação por corrente russa pode ser utilizada para estimular a
circulação venosa e linfática, sobretudo de membros inferiores. Os estímulos são
efetuados de forma ascendente: desde a planta dos pés até a região abdominal, sendo
estimulada uma região de cada vez, em sequência. O próprio sistema do aparelho
permite regular a velocidade da sequência e modular a frequência dos estímulos, a fim
de alcançar o equilíbrio individual.
Quando as placas são distribuídas externamente sobre os ductos linfáticos,
provocam contrações rítmicas com intenção de transportar a linfa para os gânglios
95
linfáticos, a fim de possibilitar a drenagem dos tecidos.
A drenagem linfática sequencial desde que realizada com a assiduidade,
intensidade, tempo e frequência adequados, pode atingir resultados positivos, dentro dos
projetados para esse tipo de tratamento.
O aparelho apresenta cerca de 20 placas que são distribuídas nos membros
inferiores e na região abdominal, em pontos musculares pré-determinados, provocando
contrações rítmicas na musculatura que comprime os vasos sanguíneos e linfáticos,
realizando, desse modo, a drenagem linfática.
A intensidade pode ser ajustada em cada ponto e região, de acordo com a
sensibilidade de cada paciente.
EFEITOS FISIOLÓGICOS
96
grande auxílio ao profissional. Seu objetivo básico é drenar o excesso de fluido
acumulado nos espaços intersticiais, de forma a manter o equilíbrio das pressões
tissulares e hidrostática.
Indicações:
➢ edemas linfáticos primários e secundários;
➢ fibro edema geloide;
➢ insuficiência venosa crônica;
➢ inatividade muscular por um longo tempo;
➢ recuperação da elasticidade cutânea;
➢ distúrbios vasculares.
Contraindicações:
➢ tromboflebite aguda;
➢ insuficiência cardíaca congestiva;
➢ edema agudo de pulmão;
➢ erisipela (doença febril aguda com sinais e sintomas sistêmicos);
➢ trombose venosa profunda instalada;
➢ neoplasias malignas ou indeterminadas;
➢ inflamações agudas;
➢ fraturas recentes;
➢ alterações de sensibilidade no membro a ser tratado;
➢ intolerância à corrente elétrica;
➢ febre;
➢ dermatoses e eczemas;
➢ viroses e bacteremias;
➢ disfunções renais e cardíacas não controladas.
TÉCNICAS DE APLICAÇÃO
97
Devem ser colocadas duas placas paralelas na panturrilha do paciente em cima
da veia safena e mais duas na outra panturrilha. As placas devem ser conectadas por um
fio e um pino ao conector do aparelho.
Devem ser colocadas duas placas na coxa e mais duas na outra coxa na parte de
trás próximo às nádegas, em cima da musculatura. As placas devem ser conectadas por
um fio e um pino ao conector do aparelho.
Devem ser colocadas duas placas paralelas abaixo do umbigo do lado direito no
abdômen e mais duas placas no lado esquerdo. As placas devem ser conectadas por um
fio e um pino ao conector do aparelho.
Os canais devem ser ligados em intensidade mínima, que deve ser aumentada
lenta e gradualmente. A sensação não deve ser desconfortável ou dolorosa.
Normalmente, os pés têm menor sensibilidade à corrente, suportando
intensidades mais altas de estimulação. A panturrilha tem média sensibilidade, as coxas
grande sensibilidade e o abdômen grandíssima sensibilidade. Isso quer dizer que quanto
maior a sensibilidade, menor quantidade de corrente o paciente suportará.
98
MAPA DE COLOCAÇÃO DOS ELETRODOS PARA A REALIZAÇÃO DA
DRENAGEM LINFÁTICA SEQUENCIAL
PRECAUÇÕES
99
segmento a ser tratado. Os eletrodos, nesse caso, são fixados sob a faixa.
Ao contrário do programa de fortalecimento muscular, aqui os eletrodos devem
ser posicionados de forma que não se contraiam músculos específicos, mas sim grupos
musculares que exerçam a função de bomba, preferencialmente no sentido de distal para
proximal.
GLOSSÁRIO
100
abundante dos tecidos cartilaginosos. Constitui o anel da traqueia e dos brônquios,
assim como as partes cartilaginosas do nariz e das costelas, e recobre as superfícies
ósseas articulares (joelho, cotovelo, punho, etc.).
Catabolismo: parte do metabolismo em que predominam reações químicas de
decomposição.
Cefaleia: termo médico que designa a dor de cabeça. É um dos sintomas mais
comuns na medicina. É uma das queixas mais frequentes de consultas a clínicos, e
também um dos motivos mais comuns de falta ao trabalho.
Células de Langerhans: células dendríticas abundantes na epiderme. Estão
normalmente presentes em linfonodos, podendo ser encontradas em outros órgãos na
condição de histiocitose.
Células de Merkel: células da epiderme que realizam síntese de catecolaminas.
Celulite: inflamação aguda das estruturas cutâneas, incluindo o tecido adiposo
subjacente. Geralmente produzida por um agente infeccioso e manifestada por dor,
rubor, aumento da temperatura local, febre e mal-estar geral.
Cicatriz hipertrófica: alteração do processo cicatricial normal frequentemente
confundida com queloides, pelo fato de serem muito parecidas em um primeiro
momento. Porém, as cicatrizes hipertróficas permanecem dentro dos limites da incisão
original ou ferida. Geralmente, regridem de forma espontânea, com o passar do tempo.
Cicatriz queloideana: queloides são cicatrizes grossas, enrugadas e elevadas
que crescem, de forma contínua, além das bordas da ferida ou incisão. Elas são
frequentemente vermelhas ou mais escuras que a pele normal e raramente regridem
espontaneamente.
Cloreto de sódio: sal de sódio, que desempenha um papel biológico importante
na manutenção da pressão osmótica do sangue e tecidos e na manutenção de balanços
eletrolíticos.
Condroblastos: célula cartilaginosa jovem, de origem conjuntiva, mergulhada
na substância fundamental da cartilagem em vias de formação, da qual deriva o
condrócito.
Corpúsculos de Krause: equivalentes aos corpúsculos de Meissner na pele,
presentes também nos lábios, língua e órgãos genitais. Apresenta-se como uma
dilatação com terminações nervosas ramificadas, envolta por uma cápsula conjuntiva.
Corpúsculos de Meissner: receptores táteis, alongados ou ovoides, encontrados
dentro das papilas dérmicas. São numerosos nos dedos das mãos e dos pés. Apresentam
101
uma bainha fina de tecido conjuntivo e, no seu interior, células achatadas que
subdividem o corpúsculo em pequenos compartimentos transversais.
Corpúsculos de Paccini: mecanorreceptores de pressão que se apresentam sob a
forma de uma terminação nervosa, envolvida por camadas concêntricas de tecido
conjuntivo rico em fibrilas, cujas células são contínuas com o endoneuro. Presente nas
camadas subcutâneas da pele, nos ligamentos, periósteo, peritônio, mesentério, pâncreas
e outras vísceras.
Corpúsculos de Ruffini: presentes na pele e nas articulações. Os terminais são
associados com fibrilas colágenas na cápsula, confundindo-se com o colágeno dérmico.
Uma fibra mielinizada entra na cápsula e divide-se em pequenos ramos não
mielinizados. Semelhantes aos bulbos terminais de Krause, porém são mais achatados.
Decúbito dorsal: posicionamento do indivíduo com o abdômen voltado para
cima.
Decúbito lateral: posicionamento do indivíduo lateralmente.
102
Elefantíase (filariose): doença causada pelos parasitas nematoides Wuchereria
bancrofti, Brugia malayi e Brugia timori, comumente chamados filária, que se alojam
nos vasos linfáticos, causando linfedema. Essa doença é conhecida como elefantíase
devido ao aspecto de perna de elefante do paciente.
Eletrólito: condutor iônico, líquido, sólido ou pastoso, que, ao ser dissolvido na
água, forma uma solução que pode conduzir eletricidade.
Equimose: infiltração de sangue na malha dos tecidos. Surge com a rotura de
capilares. As que surgem a distância resultam da migração do sangue extravasado ou
por aumento da pressão venosa por compressão das veias de drenagem.
Erisipela (linfangite): infecção cutânea causada geralmente por bactérias de
tipos Streptococcus do grupo A e aureus. Cursa usualmente com eritema, edema e dor.
Na maioria dos casos também com febre e leucocitose.
103
frequentemente, ocorre no chamado superficial. As causas mais frequentes são injeções
intravenosas de medicamentos, sejam terapêuticas ou inadvertidas.
Fosfatos: sais inorgânicos do ácido fosfórico.
Glicoproteínas estruturais: são proteínas associadas a glicídios. Fibronectina é
uma proteína de aderência para colágeno e glicosaminoglicanas. A laminina é outra
responsável pela aderência das células epiteliais às lâminas basais.
Glicosaminoglicanas: são glicídios de alto peso molecular formados pela
polarização de uma unidade constituída por ácido hialurônico e hesoxamina. Doenças
elacionadas são chamadas de mucopolissacaridoses. São poliânions (muitos grupos
negativos) podendo ligar-se a muitos cátions (sódio, geralmente). São muito hidrófilas.
Hidrodinâmica: parte da mecânica dos fluidos que estuda o escoamento dos
fluidos sujeitos a forças externas que induzam movimento.
Hipertireoidismo: conjunto de sinais e sintomas decorrentes do excesso de
hormônios da tiroide circulantes no organismo.
Homeostase: processo sanguíneo fisiológico mantido em estado de equilíbrio
dinâmico constante pelo organismo.
Insuficiência cardíaca: termo médico usado para designar as condições em que
o coração não está capacitado a manter as necessidades circulatórias do organismo.
Insuficiência renal: alteração da função dos rins, quando esses órgãos tornam-
se incapazes de excretar as substâncias tóxicas do organismo de forma adequada. As
causas da insuficiência renal são muitas, algumas das quais acarretam uma diminuição
rápida da função renal (insuficiência renal aguda), enquanto outras acarretam uma
diminuição gradual da função renal (insuficiência renal crônica).
Leucócitos: células especializadas na defesa do organismo, combatendo vírus,
bactérias e outros agentes invasores que penetram no corpo.
Linfangiectasia: dilatação patológica dos vasos linfáticos.
Linfangite: processo infeccioso comprometendo um ou mais vasos linfáticos.
Linfócitos: tipo de leucócito (glóbulo branco) do sangue. Há duas categorias: os
linfócitos grandes granulares e os pequenos linfócitos. Os linfócitos grandes granulares
são conhecidos como Natural Killer (células NK ou exterminadoras naturais) e os
pequenos podem ser linfócitos T ou B.
Exercem um papel importante na defesa do corpo humano contra
microrganismos.
Lipídio: substância orgânica composta de ácidos graxos, insolúvel em água,
104
formando uma reserva calórica para o organismo ou fornecendo elementos para
produção de compostos complexos como hormônios.
Lipoesclerose: fibro edema geloide.
Mamoplastia: intervenção cirúrgica que visa à correção funcional e estética das
mamas. Dependendo do tipo de alteração, pode ser necessária a inclusão de prótese de
silicone e/ou a retirada de tecidos moles e excessos gordurosos.
Melanócitos: célula dendrítica que produz melanina, substância pigmentar que
envolve a célula protegendo seu núcleo dos raios solares. No homem, os melanócitos se
encontram na pele, na camada basal da epiderme, no sistema nervoso central e na retina.
A melanina é um dos responsáveis pela coloração da pele e auxilia na proteção celular
contra a radiação solar.
Mesoderma: tecido que forma folheto embrionário que se localiza entre a
ectoderme e endoderme.
Mucopolissacarídeos: polímeros de condensação que geralmente contêm
centenas de moléculas de monossacarídeos interligadas por pontes oxídicas.
Nevralgia: dores decorrentes de compressão do trajeto de determinado nervo.
Odontoblastos: célula responsável pela síntese ou produção da dentina, a
camada situada na parte de baixo do esmalte, sua principal função é a dentinogênese.
Ondas senoidais: uma onda senoidal pode ser entendida como um movimento
circular que se propaga ao longo de um eixo, o qual pode representar uma distância ou
tempo.
Osteoblastos: células de revestimento responsáveis pelos constituintes da
matriz, como o colágeno e a camada básica de proteoglicanos e glicoproteinas e se
originam do tecido mesenquimal. O principal produto dos osteoblastos é o colágeno tipo
1.
Peristaltismo: contrações segmentares da musculatura lisa, que configura a
atividade motora de vísceras, como intestino e ureteres.
Pinocitose: processo de endocitose em que a célula engloba uma substância em
estado líquido por transporte ativo através da membrana celular. É um sistema de
alimentação celular complementar à fagocitose.
Plasma sanguíneo: hemocomponente rico em fatores de coagulação.
Poliúria: sintoma que corresponde ao aumento do volume urinário (acima de
2.500 ml por dia), acompanhado de um aumento da frequência urinária.
Pré-carga cardíaca: na fisiologia cardíaca, pré-carga é o volume de sangue
105
(pressão diastólica final) presente no ventrículo do coração, após seu enchimento
passivo e contração atrial.
Pressão sanguínea diastólica: quando os ventrículos se contraem para empurrar
o sangue para as artérias, a pressão arterial está no máximo: a isso se dá o nome de
pressão sistólica.
Pressão sanguínea sistólica: o sangue flui para os ventrículos vindos das
aurículas quando o coração repousa entre dois batimentos. A pressão arterial está no
mínimo: a isso se chama pressão diastólica.
Pronação: movimento dos ossos do antebraço de modo que o rádio se
sobreponha à ulna.
Realizado com o cotovelo fletido.
Proteínas: grande molécula composta de uma ou mais cadeias de aminoácidos
dispostas em uma ordem específica, determinada pela sequência base dos nucleotídeos
no código de DNA da proteína. As proteínas são necessárias para a estrutura, função e
regulação das células, dos tecidos e dos órgãos do corpo. Cada proteína tem uma função
única. São componentes essenciais para os músculos, pele, ossos e para o corpo como
um todo. A proteína é um dos três tipos de nutrientes usados como fontes de energia
pelo corpo.
Queratose: alteração de pele, caracterizada por crescimento excessivo do
epitélio cornificado.
Rinite: inflamação das mucosas do nariz.
Sinusite: inflamação das mucosas dos seios da face, região do crânio formada
por cavidades ósseas ao redor do nariz, maçãs do rosto e olhos.
Sudorese: mecanismo fisiológico presente em alguns animais superiores e no
ser humano. Caracteriza a produção e eliminação de suor pelas glândulas sudoríparas.
Com ajuda da sudorese, o organismo pode perder calor para o meio externo através do
fenômeno da evaporação do suor. Além disso, as glândulas sudoríparas têm a
capacidade de filtrar do sangue algumas substâncias tóxicas resultantes do metabolismo,
como a ureia.
Sulfatos: sais inorgânicos do ácido sulfúrico
Supinação: movimento dos ossos do antebraço de modo que o rádio e a ulna
fiquem paralelos.
Realizado com o cotovelo fletido.
Trombose venosa profunda: disfunção vascular resultante de processo de
106
hipercoagulação sistêmica, em associação com uma estase venosa local, decorrente
quase sempre de redução da atividade física do paciente.
Trombose venosa profunda: formação de um coágulo sanguíneo (“trombo”)
em uma veia profunda. Geralmente afeta as veias da perna, como a veia femoral e a veia
poplítea, ou veias profundas da pelve.
Tuberculose: doença grave transmitida pelo ar, que pode atingir todos os órgãos
do corpo, em especial os pulmões. O micro-organismo causador da doença é o bacilo de
Koch, cientificamente chamado Mycobacterium tuberculosis.
Ureia: um composto gerado no fígado a partir da amônia produzida pela
desaminação dos aminoácidos. É o principal produto final do catabolismo das proteínas
e constitui aproximadamente metade do total de sólidos urinários.
107
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