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- A hipófise ou pituitária é uma glândula pequena que se localiza na base do cérebro e é ligada ao
hipotálamo pelo pedúnculo hipofisário;
- Ela contém uma região pouco vascularizada chamada “parte intermédia”, que divide a hipófise anterior
(adeno-hipófise) da hipófise posterior (neuro-hipófise);
- A hipófise anterior apresenta 5 tipos celulares distintos que produzem hormônios: somatotropos
(hGH), corticotropos (ACTH), tireotropos (TSH), gonadotropos (LH e FHS) e lactotropos (PRL);
- A composição celular da hipófise anterior é de quase metade de células somatotrópicas, uma grande
quantidade de células corticitrópicas, com o restante se dividindo em pequenas quantidades dos outros
tipos de células existentes;
- Quase toda secreção da hipófise é controlada por hormônios e nervos advindos do hipotálamo;
- A hipófise posterior é controlada por neurônios originados no hipotálamo com terminações na hipófise
anterior’
- O hGH é o único hormônio da hipófise anterior que não está diretamente relacionado a função de uma
glândula alvo, atuando diretamente sobre praticamente todos os tecidos do organismo;
- Ainda não se sabe os mecanismos específicos de estímulo à síntese proteíca promovidos pelo hGH;
- Entretanto, alguns de seus efeitos conhecidos são capazes de suportar a deposição de proteínas nos
tecidos, tais como:
- Um efeito específico do hGH é a liberação de ácidos graxos do tecido adiposo (lipólise) e sua conversão
em acetilcoenzima A para utilização como fonte de energia;
- Um excesso de hGH pode levar ao quadro de cetose e deposição de gordura no fígado, pela grande
formação de ácido acetoacético e mobilização de gorduras acentuada;
- Os efeitos do hGH sobre o metabolismo dos carboidratos incluem, a diminuição de sua captação pelos
tecidos, aumento da produção de glicose pelo fígado e aumento da secreção de insulina, estabelecendo
um ambiente diabetogênico, pela promoção da hiperglicemia e resistência à insulina;
- O hGH não tem seu mecanismo de ação, na maioria das vezes, atuando de forma direta sobre os
tecidos;
- As somatomedinas são proteínas formadas sob o estímulo do hGH (por exemplo no fígado ), sendo que
elas é quem são responsáveis pelo efeito direto de crescimento dos tecidos, apresentando ação
parecida com a insulina, passando a serem também denominadas de fatores de crescimento
semelhantes à insulina (IGFs);
- O hGH tem meia vida curta de aproximadamente 20 minutos, já as somatomedinas podem atuar em
torno de 20 horas, prolongando muito os efeitos do crescimento estimulados pelos picos de sercreção
do hGH;
Regulação da secreção do hormônio do crescimento
- Sabe-se que a liberação do hGH não é linear, mas sim em pulsos, havendo alguns fatores que
estimulam uma maior secrecão, como: jejum, hipoglicemia ou baixa concentração de ácidos-graxos,
exercício, excitação, trauma, grelina (hormônio liberado pelo estômago antes das refeições) e nas
primeiras duas horas de sono profundo (REM-rapid eye movement);
- O GHRH e a somatostatina são fatores liberados pelo hipotálamo que controlam a secreção de hGH ao
serem direcionados para a hipófise anterior;
- O GHRH apresenta efeito na secreção do hGH mais significativo do que a somatostatina, estimulado
em regiões do hipotálamo associadas ao controle da saciedade, estados nutricionais e emocionais
(liberação de catecolaminas, dopamina e serotonina);
- O GHRH se liga à membrana das células da hipófise ativando estruturas que atuam como segundo
mensageiro que a curto prazo aumentam a liberação de hGH pelas vesículas secretoras e a longo prazo
aumentam a transcrição nucléica responsável pela síntese de mais hGH;
- A hipófise posterior ou neuro-hipófise é formada de células gliais chamadas pituícitos, que não
secretam hormônios mas recebem grande número de terminações nervosas dos núcleos supraóptico e
paraventricular do hipotálamo;
- O ADH atua diminuindo eliminação de água pelo organismo, permitindo que grande parte da água seja
reabsorvida na etapa de filtração glomerular nos rins;
- A associação do ADH nos receptores das células dos ductos coletores nos rins, promove uma cascata
de eventos que aumenta as áreas de alta permeabilidade à água, contribuindo para o importante
processo de controle da concentração da urina;
Regulação da produção do ADH
- Uma perda acentuada de sangue, fenômeno denominado de volemia, estimula uma acentuada
liberação de ADH;
- Uma baixa pressão arterial também pode desencadear o mesmo efeito, uma vez que uma baixa
estimulação de receptores de distensibilidade nos átrios e a detecção de baixa pressão pelo
barorreceptores carótidos, aórtico e pulmonares fazem soar o alarme da diminuição da pressão
sanguínea (ou perda de sangue), desencadeando a liberação de ADH em grande quantidades para que
seu efeito vasoconstritor possa amenizar o problema;
Hormônio ocitócico
- Efeitos conhecidos do hormônio ocitocina são sua atuação sobre as contrações uterinas e na liberação
de leite pelas glândulas mamárias;
- Durante a amamentação, o estímulo de sucção sobre o mamilo estimula os nervos sensoriais locais
enviando informações para os neurônios no hipotálamo elevarem a liberação de ocitocina e
consequentemente a contração das células mioepiteliais no entorno das glândulas mamárias,
expulsando o leite;