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INSTITUTO DE EDUCAÇÃO ATHENAS

ULISSES LUCIANO ALEXANDRINA VILA

SISTEMA ENDÓCRINO

ARUJÁ
2023
INSTITUTO DE EDUCAÇÃO ATHENAS
ULISSES LUCIANO ALEXANDRINA VILA

SISTEMA ENDÓCRINO

Trabalho apresentado à disciplina de Anatomia,


ministrado pela Professora Jennifer Roberta Jorge
Lucena.

ARUJÁ
2023
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO...........................................................................................................3
2. CONHECENDO AS GLÂNDULAS..........................................................................4
2.1 GLÂNDULA PINEAL............................................................................................4
2.2 GLÂNDULA HIPÓFISE OU PITUIRÁRIA............................................................5
2.3 HIPOTÁLAMO.....................................................................................................6
2.3.1 Hormônios do Hipotálamo.............................................................................6
2.4 TIREÓIDE............................................................................................................7
2.5 GLÂNDULA PARATIREÓIDE..............................................................................8
2.6 ILHOTAS PANCREÁTICAS.................................................................................9
2.7 GLÂNDULA ADRENAIS......................................................................................9
2.8 TESTICULO.........................................................................................................9
2.9 OVÁRIO............................................................................................................10
CONCLUSÃO.............................................................................................................11
REFERÊNCIAS...........................................................................................................12
1 INTRODUÇÃO

O sistema endócrino é uma rede de comunicação composta por hormônios


liberados por glândulas internas diretamente na corrente sanguínea, regulando
órgãos distantes. Nos vertebrados, o hipotálamo atua como o centro de controle
neural para todos os sistemas endócrinos. Esse sistema utiliza loops de
retroalimentação para manter o equilíbrio hormonal e o funcionamento adequado do
organismo.
As glândulas endócrinas pineal, hipotálamo, hipófise, tireóide, paratireóide,
suprarrenal, pâncreas, ovário e testículo formam o sistema endócrino, responsável
pela regulação de diversas funções do organismo, como crescimento,
desenvolvimento e reprodução. Essas glândulas liberam hormônios através da
corrente sanguínea até os tecidos alvos respondendo a eles; assim, através de
receptores específicos, os hormônios liberados atuam apenas nos tecidos e órgãos-
alvo.
Desequilíbrios na produção de hormônios podem causar doenças,
destacando o diabetes mellitus, hipotireoidismo e hipertireoidismo, os nódulos e o
câncer de tireóide, obesidade, transtornos do crescimento, síndrome de Cushing
hipofunção da glândula hipófise, transtornos na produção dos hormônios sexuais
masculino e feminino. O tratamento em geral se dá pela reposição hormonal, pelo
bloqueio da produção hormonal ou cirúrgico, no caso de tumor em glândula
endócrina.
Este trabalho de pesquisa justifica-se pela importância do aprendizado,
essencial na formação do enfermeiro e tem por objetivo estudar as principais
funções do sistema endócrino, através de revisão bibliográfica realizada a partir de
pesquisa de publicações relevantes ao tema.

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2. CONHECENDO AS GLÂNDULAS

As principais glândulas do sistema endócrino incluem o hipotálamo, a


hipófise, a tireóide, as paratireóides, as células das ilhotas pancreáticas, as
glândulas adrenais, os testículos (nos homens) e os ovários (nas mulheres). Cada
uma dessas glândulas desempenha um papel fundamental na regulação hormonal e
no funcionamento do corpo.

Foto 1: Sistema Endócrino.


Fonte: Google Images.

2.1 GLÂNDULA PINEAL

A glândula pineal, também conhecida como epífise, é uma glândula endócrina


que produz hormônios liberados na corrente sanguínea para influenciar vários
órgãos alvo. Localizada no diencéfalo, próximo ao centro do cérebro dos mamíferos,
tem cerca de 5 por 8 mm e pesa em torno de 150 mg. Dentro da glândula pineal
encontra se a serotonina, precursora da melatonina, um hormônio produzido por
meio da ação da enzima hidroxi-indol-metil-transferase.
Além de sua associação com a pigmentação da pele em vertebrados, a
glândula pineal e a melatonina também são componentes cruciais do relógio

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biológico. Elas regulam funções relacionadas à reprodução e a atividades
dependentes da duração dos dias e noites. A melatonina também influencia o
crescimento e regula o sono nos seres humanos.
Principais doenças:
Disfunções das glândulas podem levar a perturbações no ritmo circadiano,
resultando em distúrbios do sono, fadiga, ansiedade e depressão. Em certos
cenários, como no caso de tumores, a remoção cirúrgica da glândula pode ser
necessária como parte do tratamento para determinadas condições.

2.2 GLÂNDULA HIPÓFISE OU PITUIRÁRIA

A hipófise, frequentemente chamada de "glândula mestra", exerce o controle


sobre as funções da maioria das outras glândulas endócrinas. Essa influência é
amplamente coordenada pelo hipotálamo, uma região cerebral situada
imediatamente acima da hipófise. Essa relação íntima entre o hipotálamo e a
hipófise é vital para a regulação harmoniosa do sistema endócrino.
A hipófise se divide em duas partes principais: a adeno-hipófise (porção
anterior) e a neuro-hipófise (porção posterior). Cada uma dessas partes tem origens
embrionárias distintas, o que se reflete em suas características histológicas e
funções específicas.
Certos pontos relevantes envolvem a hipófise, uma pequena glândula vital
situada na base do cérebro. Condições como o diabetes insipidus central surgem
devido à carência do hormônio antidiurético. A síndrome da sela turca vazia, em que
a sela turca não contém a glândula, pode gerar complicações endócrinas. O
aumento da hipófise, conhecido como adenoma hipofisário, pode afetar a visão e as
funções hormonais.
Distúrbios como a galactorreia, secreção anormal de leite, podem estar
ligados a desequilíbrios hormonais. O gigantismo, quando há excesso de hormônio
de crescimento na juventude, e a acromegalia, que ocorre em adultos, levam a um
crescimento exagerado de ossos e tecidos.
Em contraste, o hipopituitarismo é caracterizado pela insuficiência hormonal
da hipófise, resultando em várias carências hormonais. Cada uma dessas

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condições demonstra a influência crucial da hipófise na regulação hormonal e no
bem-estar global do organismo.

Principais doenças:
- Doença de Cushing: Produção excessiva do hormônio ACTH, causando
aumento de cortisol e sintomas associados.
- Acromegalia: Produção excessiva do hormônio do crescimento, resultando
em crescimento anormal de tecidos e órgãos.
- Hiperprolactinemia: Produção excessiva do hormônio prolactina, levando a
problemas como menstruação irregular e produção de leite fora da
amamentação.
- Hipertireoidismo: Aumento do hormônio estimulante da tireóide, resultando
em uma tireóide hiperativa.
É essencial procurar orientação médica para diagnóstico e tratamento
apropriados.

2.3 HIPOTÁLAMO

O hipotálamo, localizado abaixo do tálamo e acima da hipófise no diencéfalo,


desempenha um papel crucial como centro de controle do organismo. Sua principal
responsabilidade é a manutenção da homeostase, garantindo o equilíbrio funcional
do corpo e regulando diversos processos vitais para o funcionamento saudável.
Assume uma função coordenadora essencial nas operações endócrinas,
exercendo um impacto direto na hipófise e, de forma indireta, nas glândulas como as
adrenais, gônadas sexuais, tireóide e mamárias. Além dessa influência, o
hipotálamo regula a temperatura corporal, apetite, sede, ciclo do sono e governa o
sistema nervoso autônomo, abrangendo assim uma ampla gama de funções vitais.

2.3.1 Hormônios do Hipotálamo

- Hormônio liberador de tireotropina (TRH): estimula a secreção de hormônio


tireoestimulante (TSH) e prolactina.

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- Hormônio liberador de corticotropina (CRH): promove a liberação de
hormônio adrenocorticotrópico (ACTH).
- Hormônio liberador do hormônio do crescimento (GHRH): secreta o
hormônio do crescimento.
- Hormônio inibidor do hormônio do crescimento (GHIH) (somatostatina): inibe
a liberação do hormônio do crescimento.
- Hormônio liberador de gonadotropinas (GnRH): libera o hormônio
luteinizante (LH) e hormônio folículo-estimulante (FSH).
- Dopamina ou fator inibidor da prolactina (PIF): inibe a liberação de
prolactina.
- Hormônio antidiurético, conhecido como vasopressina, desempenha um
papel crucial ao promover a retenção de água nos rins, resultando em maior
concentração de urina. Isso é fundamental para a conservação hídrica do
corpo. Por outro lado, o álcool nas bebidas alcoólicas inibe a liberação desse
hormônio, causando um efeito diurético.
- Oiticina: A ocitocina, por sua vez, não só está envolvida na ejeção de leite e
nas contrações uterinas durante o parto, mas também desempenha funções
em aspectos como o cuidado materno, vínculos afetivos e atividade sexual.
Principais Doenças
O hipotálamo é suscetível a várias condições adversas, incluindo o
desenvolvimento de tumores, inflamações, lesões cerebrais traumáticas e acidentes
vasculares cerebrais. A extensão do impacto nessas situações pode levar a uma
série de problemas.
Dado que o hipotálamo está intimamente ligado à hipófise, alterações nessa
região do sistema nervoso podem resultar em deficiências nos hormônios
hipofisários, exemplificando possíveis consequências.

2.4 TIREÓIDE

A tireóide é composta por numerosos folículos esféricos, compostos por


células foliculares tireoidianas que cercam uma substância chamada colóide. Esse
colóide é um líquido rico em tireoglobulina (Tg), uma proteína precursora dos

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hormônios tireoidianos. É uma glândula em formato de borboleta situada na parte
frontal do pescoço, envolvendo a traquéia.
A tireóide desempenha um papel crucial na regulação de diversos órgãos
vitais, como o coração, cérebro, fígado e rins. Essa glândula produz os hormônios
T3 (triiodotironina) e T4 (tiroxina), os quais desempenham um papel fundamental ao
garantir o equilíbrio e o funcionamento adequado do organismo.
Principais doenças:
- Hipertireoidismo: Uma condição em que a tireóide produz hormônios em
excesso, resultando em sintomas como aumento da frequência cardíaca,
nervosismo e perda de peso.
- Hipotireoidismo: O oposto do hipertireoidismo caracteriza-se pela produção
insuficiente de hormônios tireoidianos, levando a fadiga, ganho de peso e
sensação de frio.
- Bócio: Um aumento anormal da glândula tireóide, muitas vezes causado por
deficiência de iodo, que pode levar a problemas estéticos e dificuldades na
deglutição.
- Nódulos tireoidianos: Pequenos crescimentos na tireóide, geralmente
benignos, que requerem monitoramento médico para avaliar possíveis riscos.
- Câncer de tireóide: Embora seja menos comum, é possível o
desenvolvimento de tumores malignos na tireóide, exigindo tratamento
especializado.
- Tireoidite: Inflamação da glândula causada por infecções virais ou auto-
imunidade, resultando em dor no pescoço e possíveis flutuações hormonais.
- Tireoidite pós-parto: Uma condição temporária que ocorre após o parto,
causando inflamação na tireóide e possíveis alterações hormonais.
- Doença de Graves: Uma doença autoimune que estimula a produção
excessiva de hormônios tireoidianos, levando a sintomas como olhos
protuberantes, perda de peso e ansiedade.

2.5 GLÂNDULA PARATIREÓIDE

As paratireóides consistem em um conjunto de quatro glândulas localizadas


no pescoço, situadas posteriormente à tireóide. Sua principal responsabilidade é

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regular os níveis sanguíneos de cálcio, alcançada através da secreção do hormônio
paratireoideano, também conhecido como paratormônio (PTH).
2.6 ILHOTAS PANCREÁTICAS

O pâncreas possui uma parte endócrina composta pelas ilhotas pancreáticas,


também chamadas ilhotas de Langerhans. Estas ilhotas contêm quatro tipos
principais de células: alfa, beta, delta e PP. Um adulto típico possui cerca de um
milhão dessas células em seu pâncreas.
As células alfa são responsáveis pela produção do hormônio glucagon,
enquanto as células beta secretam insulina. As células delta desempenham a função
de liberar o hormônio somatostatina, e as células PP produzem polipeptídios
pancreáticos.
Principais doenças:
- Fibrose cística,Diabetes, Pancreatite, e Câncer

2.7 GLÂNDULA ADRENAIS

As glândulas adrenais, também conhecidas como suprarrenais, são


componentes do sistema endócrino localizados na cavidade abdominal,
posicionados acima de cada rim. A adrenal direita possui uma configuração
triangular, enquanto a esquerda apresenta uma forma semelhante a uma meia lua.
Estas glândulas são revestidas por uma cápsula fibrosa e têm um tamanho
médio de cerca de 5 cm. A estrutura das adrenais é composta por duas partes
principais: o córtex, a camada externa que exibe uma coloração amarelada devido à
presença de colesterol, e a medula, que constitui a parte central.
Principais Doenças:
- Addson, a síndrome de Cushing e o Feocromocitoma

2.8 TESTICULO

Os testículos, também referidos como gônadas masculinas, desempenham


um papel essencial no sistema reprodutivo masculino. Localizados no escroto, que
fica fora da cavidade abdominal e atrás do pênis, eles possuem duas funções

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fundamentais. A primeira é a produção de hormônios masculinos, incluindo a
testosterona, que desempenham um papel crucial no desenvolvimento e
funcionamento do corpo masculino. Além disso, os testículos são responsáveis pela
produção de espermatozóides, células vitais para a reprodução.
Principais doenças:
- Torção testicular, Varicocele, Criptorquidia, Câncer testicular, Orquite,
Epididimite, Microlitíase testicular.

2.9 OVÁRIO

Os ovários desempenham funções cruciais no sistema reprodutor feminino.


Eles são responsáveis por produzir os hormônios sexuais femininos, como a
progesterona e o estrogênio. Além disso, os ovários também são responsáveis por
produzir e armazenar os óvulos, que são liberados mensalmente e capturados pelas
tubas uterinas, durante o período reprodutivo da mulher.
Situados bilateralmente na cavidade pélvica, abaixo das tubas uterinas, os
ovários têm formato semelhante ao de uma amêndoa. Geralmente, possuem
dimensões em torno de 3 cm de comprimento, 1,5 cm de largura e 1 cm de
espessura. Eles são componentes fundamentais do sistema reprodutivo feminino,
trabalhando em conjunto com outras estruturas como o útero, as tubas uterinas, a
vagina e a vulva.
Principais Doenças:
- Síndrome do ovário policístico, Endometriose

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CONCLUSÃO

Em resumo, este estudo desempenha um papel de grande relevância na


coordenação da homeostase em várias funções dos sistemas corporais. Além disso,
é crucial enfatizar o papel fundamental do Sistema Circulatório ao garantir a
distribuição eficiente dos hormônios por todas as partes do corpo, desempenhando
um papel essencial para a saúde e equilíbrio do organismo como um todo.

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REFERÊNCIAS

http://www.oncoguia.org.br/mobile/conteudo/os-testiculos/

https://brasilescola.uol.com.br/biologia/hipotalamo.htm

https://drauziovarella.uol.com.br/corpo-humano/adrenais-suprarrenais/amp/

https://lavoisier.com.br/saude/tireoide-e-doencas-endocrinas

https://origen.com.br/o-que-e-hipofise/

https://www.biologianet.com/anatomia-fisiologia-animal/tipos-glandulas.htm

https://www.endocrino.org.br https://www.gineco.com.br R

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