Você está na página 1de 7

Impresso por LUCAS RIBEIRO, E-mail LUCASSUELENCAVALCANTE@GMAIL.COM para uso pessoal e privado.

Este material pode ser


protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 13/08/2023, 17:04:34

SEMIOLOGIA: SISTEMA ENDÓCRINO III – Paulo da Aldeia 1

INTRODUÇÃO HIPOTÁLAMO E HIPÓFISE


 Hormônios: substâncias fisiologicamente ati-
vas secretadas no sangue pelas glândulas Fundamentos de anatomia e fisiologia
endócrinas.  Eixo hipotálamo-hipofisário: assim chamado
devido a estreita inter-relação entre hipotá-
Mecanismo de regulação lamo e hipófise.
 Feedback: conjunto de respostas produzi-  Exerce função sobre várias glândulas
das pelos sistemas do nosso corpo diante endócrinas.
de um desequilíbrio para que seja mantida  Sistema nervoso regula o sistema endócrino,
a homeostase. e a atividade endócrina modula o SNC.

Feedback negativo
 Mecanismo primário para a manutenção
da homeostase e o que mais ocorre no or-
ganismo.
 Provoca uma mudança negativa em rela-
ção à alteração inicial, ou seja, um estímulo Hipotálamo
contrário àquele que levou ao desequilíbrio.  Essencial para manter a homeostase.
 Ex.: quando a pressão sanguínea cai, o cor-  Integra várias aferências das vias sensitivas
po percebe o desequilíbrio e iniciam-se pro- e hormonais.
cessos para que a pressão volte aos valores  Fornece respostas coordenadas por meio
normais. de eferências motoras para locais regula-
dores: hipófise, córtex cerebral, neurônios
Feedback positivo pré-motores e motores e medula espinal.
 Aumenta o estímulo que gera desequilí-  Existem 3 tipos de células neurossecretoras
brio, fazendo com que os valores estejam que secretam neurotransmissores que atu-
cada vez mais diferentes do padrão. am como hormônios.
 Ocorre em menor quantidade no nosso
corpo e nem sempre são benéficos. Funções do eixo hipotálamo-hipofisário
 Não programa o organismo para voltar ao  Controle da temperatura corporal.
estado de estabilidade, podendo causar  Controle da osmolaridade sanguínea
danos ao corpo.  Controle da pressão arterial.
 Ex.: ao perder grande quantidade de san-
gue, o coração para de bombear correta- Neuro-hipófise
mente, ocasionando queda da pressão  Lobo posterior; composta por axônios neu-
sanguínea e diminuição do fluxo. rossecretores (ligação funcional entre hipo-
tálamo e adeno-hipófise).
Distúrbios das glândulas endócrinas
 Pode ser uma hipofunção ou hiperfunção ADH – vasopressina
glandular.  Produzido no hipotálamo e armazenado e
 Primário: acomete a glândula periférica. secretado pela neuro-hipófise.
 Secundário: acomete a hipófise (central).  Responsável pela reabsorção de água nos
 Terciário: acomete o hipotálamo (central). rins.
• PORTO, Celmo Celeno; PORTO, Arnaldo Lemos. Semiologia Médica. 8. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2019.
• PORTO, Celmo Celeno; PORTO, Arnaldo Lemos. Exame Clínico. 8. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2017.
Impresso por LUCAS RIBEIRO, E-mail LUCASSUELENCAVALCANTE@GMAIL.COM para uso pessoal e privado. Este material pode ser
protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 13/08/2023, 17:04:34

SEMIOLOGIA: SISTEMA ENDÓCRINO III – Paulo da Aldeia 2

Ocitocina TSH – hormônio estimulante da tireoide


 Produzida no hipotálamo e armazenada e  Regula a função da glândula tireoide
secretada pela neuro-hipófise.  Faz com que a tireoide aumente, se torne
 Promove as contrações uterinas, reduz san- mais vascularizada, intensifique a captação
gramento durante o parto e estimula a pro- de iodo e a síntese e liberação dos hormô-
dução do leite materno. nios tireoidianos.
 Desenvolve apego e empatia entre pes-  Produção estimulada pelo TRH, através de
soas e produz parte do prazer do orgasmo. um feedback negativo por T3 e T4.

Adeno-hipófise
 Lobo anterior; hormônios por ela liberados
são regulados pelo hipotálamo e, ao che-
gar nos órgãos-alvo, promovem a liberação
de outro hormônio.

GH – hormônio do crescimento
 Fundamental para o crescimento, metabo-
lismo e proliferação de cartilagens.
 Estimula a glicogenólise hepática e inibe a
ação da insulina na captação da glicose
pelos tecidos periféricos.

Prolactina
 Principal responsável pela produção do lei-
te materno e pela preparação das mamas
para receber a produção do leite.
 Durante gravidez e lactação, há aumento
de até 300% desse hormônio; níveis plasmá-
ticos se elevam na puberdade.
 Estrogênios estimulam sua secreção.
Exame clínico
ACTH – corticotrofina  São avaliadas 3 síndromes hipotálamo-hi-
 Principal responsável pelo controle da pro- pofisárias: hipossecreção, hipersecreção e
dução de esteroides pelo córtex da adre- de efeito de massa.
nal.
 Função essencial para homeostase e situa- Síndromes de hipossecreção de hormônios hi-
ções de estresse. pofisários
 Estimula lipólise nas células adiposas, capta-  Crianças: baixa estatura, consanguinidade,
ção de aminoácidos e glicose pelo múscu- parto traumático, defeitos de linha média,
lo, produção de insulina e das células soma- micropênis, hipoglicemia e icterícia.
totróficas para a produção de hormônio do  Qualquer idade: história prévia de cirurgia
crescimento. ou aneurisma de base de crânio ou hipófise,
irradiação craniana, traumatismos, neopla-
FSH – hormônio folículo-estimulante sias, doenças inflamatórias sistêmicas.
 Mulher: estimula a secreção de estrogênio,
responsável pelo desenvolvimento e matu- Hipocortisolismo
ração dos folículos ovarianos.  Secundário à deficiência de ACTH.
 Homem: estimula a gametogênese no testí-  Sintomas: fadiga, adinamia, perda ponde-
culo. ral, anorexia, hipotensão postural, perda de
 Produção estimulada pelo hormônio libera- força muscular.
dor de gonadotrofina (GnRH).
Hipotireoidismo
LH – hormônio luteinizante  Sintomas: astenia, sonolência, intolerância
 Mulher: promove luteinização do folículo. ao frio, pele seca e descamativa, hiporrefle-
 Homem: estimula a função das células de xia profunda, bradicardia, etc.
Leydig.  Criança: diminuição da velocidade de
 Produção estimulada pelo GnRH. crescimento e baixa estatura.
• PORTO, Celmo Celeno; PORTO, Arnaldo Lemos. Semiologia Médica. 8. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2019.
• PORTO, Celmo Celeno; PORTO, Arnaldo Lemos. Exame Clínico. 8. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2017.
Impresso por LUCAS RIBEIRO, E-mail LUCASSUELENCAVALCANTE@GMAIL.COM para uso pessoal e privado. Este material pode ser
protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 13/08/2023, 17:04:34

SEMIOLOGIA: SISTEMA ENDÓCRINO III – Paulo da Aldeia 3

Hipogonadismo  Causas de morte: cardiopatia hipertrófica,


 Sintomas: atraso de aparecimento de ca- isquemia miocárdica, arritmias e insuficiên-
racterísticas sexuais secundárias. cia cardíaca.
 Adultos: perda de libido, hipotrofia mamária  Visceromegalias: aumento da tireoide, co-
e testicular, osteoporose, redução do líqui- ração, glândulas salivares, fígado, baço,
do ejaculado. rins e próstata.

Síndromes de hipersecreção de hormônios hi- Hiperprolactinemia


pofisários  Aumento da prolactina (PLR) leva à inibição
da produção de GnRH, com supressão de
Hipercortisolismo crônico FSH e LH.
 Leva à síndrome de Cushing.  Alteração endócrina mais comum do eixo
hipotalâmico-hipofisário.
Hipertireoidismo  Causas: fisiológicas, farmacológicas ou pa-
 Tireotoxicose com bócio difuso, por estímulo tológicas.
trófico do excesso de TSH sobre o tecido ti-  Fisiológicas: gestação, manipulação da
reoidiano. mama, coito, estresse e lactação.
 Farmacológicas: antidepressivos e ansi-
Excesso de gonadotrofinas olíticos, neurolépticos, anticonvulsivan-
 Causa puberdade precoce. tes, procinéticos, anti-hipertensivos etc.
 Patológicas: adenoma hipofisário secre-
Hiperprolactinemia tor de PRL (prolactinoma), hipotireoidis-
 Pode determinar galactorreia (lactação mo primário.
em homens ou mulheres que não estão  Na mulher: amenorreia ou oligomenorreia,
amamentando). diminuição da libido, dispaurenia, osteopo-
 Sintomas de hipogonadismo e infertilidade. rose e infertilidade.
 No homem: fraqueza e redução da massa
Síndrome e efeito de massa hipofisária muscular, diminuição da libido, hipotrofia
 Neoplasias hipofisárias podem ter diagnósti- testicular, ginecomastia etc.
co suspeitado pelas síndromes de hiperse-
creção, hipossecreção ou por efeitos das Puberdade precoce
massas em estruturas vizinhas.  Desenvolvimento de características sexuais
 Sintomas que podem estar presentes: cefa- secundárias em idade inferior a 8 anos em
leia, compressão do quiasma óptico e dos meninas e 9 anos em meninos.
III, IV e VI pares cranianos.  Causas: tumores hipotalâmicos, hipofisários,
testiculares ou ovarianos; malformações
Doenças do complexo hipotálamo-hipofi- congênitas; processos infecciosos do SNC e
sário genéticas.
 Síndromes de hiperfunção hipofisária, de hi-
pofunção hipofisária, hipotalâmicas e de Síndromes de hipofunção hipofisária (hipopitui-
efeitos de massa. tarismo)
 Principais síndromes:
Síndromes de hiperfunção hipofisária  Hiposomatotropismo (adultos) ou nanis-
mo (crianças): deficiência de GH.
Acromegalia e gigantismo  Insuficiência suprarrenal secundária: de-
 Causada pela secreção excessiva de GH e ficiência de ACTH.
IGF-1 no adulto.  Hipogonadismo (adultos), retardo pu-
 Causas: na maioria dos casos, adenoma hi- beral (adolescentes: produção defici-
pofisário isolado ou em associação à sín- ente de FSH e LH.
drome de neoplasia endócrina tipo 1.  Hipotireoidismo central: produção defi-
 Sinais e sintomas: crescimento de mãos e ciente de TSH.
pés, osteoartrose, artralgias, fraturas por fra-  Diabetes insípido: produção deficiente
gilidade óssea, alargamento do nariz, au- de ADH.
mento labial e da mandíbula, separação e  Causas: congênito ou por agressão ao teci-
má oclusão dentária (fácies acromegáli- do hipotalâmico ou hipofisário por com-
ca). pressão tumoral, isquemia, inflamação ou
hemorragia.
• PORTO, Celmo Celeno; PORTO, Arnaldo Lemos. Semiologia Médica. 8. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2019.
• PORTO, Celmo Celeno; PORTO, Arnaldo Lemos. Exame Clínico. 8. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2017.
Impresso por LUCAS RIBEIRO, E-mail LUCASSUELENCAVALCANTE@GMAIL.COM para uso pessoal e privado. Este material pode ser
protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 13/08/2023, 17:04:34

SEMIOLOGIA: SISTEMA ENDÓCRINO III – Paulo da Aldeia 4

Diabetes insípido central (DIC) Causas fisiológicas


 Distúrbio raro caracterizado pela formação  Mais importantes: gravidez (PRL se eleva 10x
de grande quantidade de urina hipotônica mais) e amamentação.
em razão da deficiência parcial ou total da  Outros fatores: estresse, exercício, coito,
secreção de ADH. manipulação da mama e sono.
 Deficiência de ADH impede a concentra-
ção urinária frente ao estímulo osmótico, Causas farmacológicas
acarretando poliúria hipotônica e polidipsia.  Antidepressivos e ansiolíticos: alprazolam,
 Causas: lesões hipotalâmicas e/ou neuro-hi- buspirona, IMAO, ISRS, AD.
pofisárias (trauma, neurocirurgia, infecções,  Neurolépticos: fenotiazinas, butirofenonas,
granulomas, inflamações e tumores). risperidona, tiotixeno, etc.
 Sinais e sintomas: poliúria e polidipsia, com  Anticonvulsivantes: fenitoína.
ou sem desidratação hipertônica.  Procinéticos: metoclopramida, domperido-
na, cisaprida.
HIPERPROLACTINEMIA  Anti-hipertensivos: reserpina, verapamil, me-
tildopa, atenolol, labetalol.
 Narcóticos: heroína, morfina, cocaína.
 Estrogenoterapia.
 Outros e drogas ilícitas: ácido valproico,
anestésicos, arginina, metadona, anfetami-
na, maconha.

Causas patológicas

 Caracteriza-se por níveis séricos elevados


de prolactina (PRL), hormônio cuja principal
função é estimular a lactação.
 Alteração mais comum do eixo hipotálamo-
hipofisário.
 Prevalência: 0,4% na população geral.
 9% das mulheres com amenorreia.
 25% das mulheres com galactorreia.
 16 – 30% cursam com infertilidade.
 70% dos casos com amenorreia e galac- Quadro clínico
torreia associadas.
 3 – 10% dos casos de disfunção erétil. MULHERES HOMENS
 É uma anormalidade laboratorial, não uma Galactorreia Galactorreia
doença, podendo resultar de causas fisioló- Amenorreia* Ginecomastia
gicas, farmacológicas e patológicas. Oligomenorreia* Disfunção erétil
Infertilidade* Infertilidade
Regulação da secreção da prolactina Diminuição da libido* Diminuição da libido
 PRL é produzida e secretada pela hipófise Dispareunia* -
anterior. Osteoporose Osteoporose
 Hipotálamo exerce influência predominan- Acne/hirsutismo -
temente inibitória sobre a secreção de PRL. Ganho de peso Ganho de peso
* Inibe a secreção de GnRH: redução de LH e FSH e menor
 Fatores estimulatórios: TRH, ocitocina, GnRH produção de esteroides sexuais
etc.
 Fatores inibitórios: dopamina, GABA etc. Galactorreia
 Produção de leite nas mamas de homens
Etiologia ou de mulheres que não estão amamen-
 3 categorias: fisiológicas, farmacológicas e tando.
patológicas.  Manifestação mais característica.
• PORTO, Celmo Celeno; PORTO, Arnaldo Lemos. Semiologia Médica. 8. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2019.
• PORTO, Celmo Celeno; PORTO, Arnaldo Lemos. Exame Clínico. 8. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2017.
Impresso por LUCAS RIBEIRO, E-mail LUCASSUELENCAVALCANTE@GMAIL.COM para uso pessoal e privado. Este material pode ser
protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 13/08/2023, 17:04:34

SEMIOLOGIA: SISTEMA ENDÓCRINO III – Paulo da Aldeia 5

 Pode ser espontânea, intermitente ou de- Mulheres


tectável apenas à expressão mamilar.  Fase lútea curta.
 Quanto mais grave o hipogonadismo, me-  Anovulação.
nor a incidência de galactorreia.  Oligomenorreia ou amenorreia.
 Estrogênio é necessário para a produ-  Diminuição da lubrificação vaginal com dis-
ção de leite. pareunia (dor genital associada à relação
 Em homens, é quase patognmônico dos sexual).
prolactinomas.
Homens
Hipogonadismo  Diminuição da libido e disfunção erétil.
 Ovários ou testículos não produzem quanti-  Oligospermia e ejaculação precoce.
dade suficiente de hormônio (estrogênio e  Ginecomastia.
testosterona, respectivamente).
 Hiperprolactinemia causa hipogonadismo Hirsutismo e acne
hipogonadotrófico principalmente por inibir  Não ocorre com frequência.
a secreção de GnRH pelo hipotálamo.
 Ocorre redução da pulsatilidade de LH e Alterações neuro-oftalmológicas
FSH, o que leva à menor produção de este-  Ocorrem nos casos de macroprolactinoma
roides sexuais. (diâmetro ≥ 10 mm).
 Níveis altos de PRL também inibem direta-  Sintomas: rinorreia liquórica, cefaleia, dimi-
mente as funções ovariana e testicular. nuição ou perda da visão, hipertensão in-
 Pode ocasionar infertilidade e diminuição tracraniana, hidrocefalia, oftalmoplegia e
da densidade mineral óssea (osteoporose). dor facial.

• PORTO, Celmo Celeno; PORTO, Arnaldo Lemos. Semiologia Médica. 8. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2019.
• PORTO, Celmo Celeno; PORTO, Arnaldo Lemos. Exame Clínico. 8. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2017.
Impresso por LUCAS RIBEIRO, E-mail LUCASSUELENCAVALCANTE@GMAIL.COM para uso pessoal e privado. Este material pode ser
protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 13/08/2023, 17:04:34

SEMIOLOGIA: SISTEMA ENDÓCRINO III – Paulo da Aldeia 6

Avaliação diagnóstica  RM da sela túrcica possibilita a visualização


 Diante da suspeita clínica, deve-se solicitar de praticamente todos os macroprolactino-
dosagem sérica da PRL. mas, pseudoprolactinomas e a maioria dos
 Homens: até 20 ng/mL. microprolactinomas.
 Mulheres que não estão em período de  RM da região selar deve ser realizada após
amamentação: até 30 ng/mL. a exclusão de hiperprolactinemia de causa
 Estresse da punção venosa pode cau- fisiológica, farmacológica ou decorrente
sar pequenos aumentos de PRL (em ge- de doenças sistêmicas (hipotireoidismo pri-
ral abaixo de 40 ng/mL). mário, cirrose ou insuficiência renal).
 Uma vez confirmada a hiperprolactinemia,
sua etiologia deve ser investigada. Pesquisa de macroprolactinemia
 Deve ser sempre considerada diante do
História clínica e dados do exame físico achado de hiperprolactinemia em indiví-
 Diante do achado de hiperprolactinemia, duos assintomáticos.
deve-se investigar o uso de substâncias que  Prolactina de alto peso molecular.
possam elevar a PRL.
 Deve-se descartar gravidez pela dosagem Níveis de prolactina
da β-hCG.  Magnitude da elevação é de grande utili-
 Hipotireoidismo primário deve também ser dade na determinação da possível etiolo-
considerado (haja ou não sintomas). gia.
 Prolactinoma: geralmente > 100 ng/mL.
Exame físico  > 250 ng/mL é muito sugestivo.
 Pesquisar existência de lesões irritativas e  > 500 ng/mL praticamente sela diagnós-
traumáticas da parede torácica, pois po- tico.
dem determinar elevação reflexa da PRL.  Demais situações: geralmente < 100 ng/mL.
 Queimaduras, herpes-zoster, cicatrizes
recentes, piercing mamário. Exames adicionais
 Acromegalia deve ser investigada em paci-
Exames de imagem entes com aparente macroprolactinoma,
por meio da dosagem do IGF-1.
 AST e ALT.
 Ureia e creatinina.
 TSH e T4 livre.
 β-hCG.

Hiperplasia hipofisária intensa

Prolactinoma gigante invasivo


• PORTO, Celmo Celeno; PORTO, Arnaldo Lemos. Semiologia Médica. 8. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2019.
• PORTO, Celmo Celeno; PORTO, Arnaldo Lemos. Exame Clínico. 8. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2017.

Você também pode gostar