Você está na página 1de 22

ANA LESSA - 7° P - ENDOGRINOLOGIA P2 - RENATA

HIPÓFISE
•Glândula situada no SNC com 1 cm, no interior da sela túrcica. A Hipófise se liga ao Hipotálamo pela haste hipotalâmica-hipofisária, por onde chegam os
hormônios ou fatores produzidos no hipotálamo (são hormônios excitatórios, exceto da prolactina, inibida pela dopamina), para estimular a produção
hormonal hipofisária.
•EIXO HIPOTALÂMICO-HIPOFISÁRIO: Hormônios estimuladores: GnRH ou LHRH (GONADOTROFINAS), TRH (TSH), CRH (ACTH) e
GHRH (GH).
•Dividida em 2 partes: anterior Adeno-hipófise e posterior Neuro-hipófise que são divididas por uma parte intermediária.
ADENO-HIPÓFISE NEURO-HIPÓFISE

PRODUZ HORMÔNIOS ARMAZENNA DOS HORMÔNIOS

ANTERIOR POSTERIOR

Tipos de células: Armazena 2 hormônios:


Células lactotróficas (PROLACTINA); gonadotróficas (GONADOTROFINAS), OCITOCINA e ADH que são produzidos nos núcleos
tireotróficas (TSH), corticotrópicas (ACTH) e somatotróficas (GH) supra-ópticos e paraventriculares hipotalâmico.

1. células lactotróficas (PROLACTINA): preparar a mama para lactação e


estimula a produção de leite no período da amamentação. 1. OCITOCINA: importância na contração do útero
2. células gonadotróficas (GONADOTROFINAS): FSH e LH, estimula todas gravídico, pra expulsão do bebê, no pós-parto para o útero
as suas funções reprodutivas → formação dos hormônios sexuais. se manter contraído e evitar hemorragias e na contração
- Homem: atua nos testículos → testosterona e hormônios androgênicos. das células mioepiteliais ao redor dos ductos lactotróficos
- Mulheres: atua nos ovários → estrogênio e progesterona. pra ejeção do leite.
3. células tireotróficas (TSH): hormônio tireoestimulante, estimula a tireóide a 2. ADH: hormônio antidiurético, controla a excreção de
produzir os hormônios tireoidianos. água no corpo.
4. células corticotrópicas (ACTH): hormônio adrenocorticotrófico, estimula o
córtex adrenal a produzir hormônios glicocorticóides, androgênicos e
mineralocorticóides (recebem estímulo do SRAA)
5. células somatotróficas (GH): tem ações na placa de crescimento, e na
composição corporal.
SISTEMA FEEDBACK OU ALÇA DE RETROALIMENTAÇÃO: Hipotálamo estimula a adeno-hipófise a produzir hormônio, que estimula
a glândula final. A ↑ desse hormônio na glândula final, faz um feedback negativo na adeno-hipófise e no hipotálamo, ↓o hormônio nos 2
centros, e vise-versa.

1
ANA LESSA - 7° P - ENDOGRINOLOGIA P2 - RENATA

HIPOPITUITARISMO
Hipófise = pituitária
hipopituitarismo = deficiência dos hormônios da adenohipófise
pan-pituitarismo = deficiência em mais de 1 célula

PRIMÁRIO SECUNDÁRIO

Comprometimento das células adeno-hipofisárias. 1. Adeno-hipófise não produz hormônio por falta de estímulo
ex: tumor 2. alguma doença no hipotálamo levando a deficiência dos hormônios
estimuladores hipotalâmicos
3. Algum comprometimento da haste hipotalâmico-hipofisária
impedindo a chegada dos hormônios estimuladores

CONGÊNITO ADQUIRIDO

1. Anomalias estruturais da hipófise: muito raro; são anomalias estruturais da -

hipófise (aplasia,/hipoplasia). Normalmente incompatível com a vida. 1. Tumoral: histoplasmose, aspergilose.


Adenoma hipofisário Sífilis
2. Distúrbios hereditários: mutações genéticas (PIT-1 ou PROP1, HESX1 e LHX3 Neurocisticercose
Outros tumores: craniofaringioma, germinoma,
). meningioma..
Abscesso hipofisário
3. Doenças congênitas: raro. 5. Vascular:
Metástases hipofisárias ou hipotalâmicas Apoplexia hipofisária: infarto na adeno-hipófise.
- Síndrome de Lawrence-Moon-Biedl: setor gonadotrófico (obesidade 2. Traumática: Síndrome de Sheehan: apoplexia hipofisária pós parto
e retardo mental) Cirurgia: tto do próprio adenoma (agalactia)
Radioterapia da cabeça e do pescoço. Doenças graves: descompensada
- Síndrome de Prader-Willi: setor gonadal (obesidade e retardo DM descompemsada, hipotensão, arterite, aneurisma das
Traumatismo cranioencefálico
mental). Sela vazia ou sídrome: compressão da hipófise
carótidas, trombose dos seios cavernosos, anemia falciforme.
- Síndrome de Kallmann: apenas do setor gonadal (anosmia) 6. Funcional:
3. Infiltrativa ou inflamatória: Estresse psicológico: Kids espandas, que vivem em orfanátos.
- Miscelânea de outras doenças: sífilis congênita, ausência da haste Doenças sistêmicas: sarcoidose, histiocitose X, Nutrição: anorexia nervosa.
hipofisária, agenesia da artéria carótida (interna), hipoplasia do nervo doença de Takayasu, granulomatose de Atividade física em excesso
Wegener, hemocromatose. Doenças críticas: descompensadas, agudas graves, HIV, DM
óptico… hipofisite linfocítica: autoimune descompensado, insuficiência renal crônica ouhepática
4. Síndrome da sela vazia 4. Infecciosa (imunossuprimidos): Drogas: inibir o eixo
7. Outras patologias do SNC
tuberculose
Cisto de bolsa de Rathke (dermóide)
Pneumociystis carinii,
Toxoplasmose 8. Idiopática:
citomegalovírus Sem causa

2
ANA LESSA - 7° P - ENDOGRINOLOGIA P2 - RENATA

MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS DE HIPOPITUITARISMO


Variadas porque depende de qual o setor foi acometido
Deficiência hormonal (isolada ou combinada): dependendo da causa e dos efeitos compressivos que pode levar a alterações do campo visual.
DEFICIÊNCIA DE •Deficiência de gonadotrofinas, FSH e de LH.
GONADOTROFINAS - •Hipofunção da gônada, falta do estrogênio na mulher e da testosterona no homem.
HIPOGONADISMO → CRIANÇA: falta dos hormônios sexuais, puberdade retardada; sem mama, pelinhos, menstruação; sem aumento
do pênise testículos.
→ ADULTO: H -> disfunção erétil, infertilidade (oligospermia ou azoospermia), diminuição da força muscular,
diminuição da libido,atrofia dos testículos, queda dos pelos, ginecomastia; M ->amenorreia, infertilidade, atrofia
da mama e genitália externa, queda dos pelos pubianos, dispareunia

DEFICIÊNCIA DE GH → CRIANÇA: baixa estatura; micropênis, lipodistrofia abdominal, hipotrofia muscular.


→ ADULTO: aumento de colesterol total, de LDL, da apoB. aumento da mortalidade cardiovascular, osteoporose, ↓
do bem estar psicológico;

DEFICIÊNCIA DE •Falta de produção dos hormônios da tireoide: hipotireoidismo central, primário, secundário ou terciário.
TSH – - Primário: astenia, desânimo, pele seca, sonolência excessiva, intolerância ao frio, edema facial, anasarca,
HIPOTIREOIDISMO bradicardia, fala lenta e arrastada, madarose.
CENTRAL - Central: instalação + lenta e sintomatologia menos intensa.

DEFICIÊNCIA DE •Falta de produção pelo córtex adrenal de glicocorticóides e androgênios, POUCO mineralocorticoide (SRAA).
ACTH – - Baixa de glicocorticóides (ACTH) → insuficiência adrenal primária, secundária ou central
INSUFICIÊNCIA - Insuficiência adrenal: fraqueza, astenia, náusea, anorexia, perda de peso, hipotensão postural leve,
ADRENAL CENTRAL hipoglicemia por falta dos glicocorticóides
- Déficit de ACTH completo é incompatível com a vida.

DEFICIÊNCIA DE •É muito comum no hipopituitarismo 0 aumento da prolactina.


PROLACTINA - hiperprolactinemia: mama produz leite fora do período de amamentação (galactorréia).
- ↑ de prolactina inibe o GnRH (gonadotrofinas), ↓ FSH e LH levando ao hipogonadismo.

3
ANA LESSA - 7° P - ENDOGRINOLOGIA P2 - RENATA

DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO DE HIPOPITUITARISMO


DIAGNÓSTICO TESTE TRATAMENTO
Teste combinado ou Megateste

DEFICIÊNCIA DE Estradiol/Testosterona↓→ hipogonadismo ↑FSH e LH: Investigar causas de hipogonadismo primário M: estrogênio + progesterona
GONADOTROFINAS - >FSH e LH ↑ → doença nas gônadas Teste do GnRh ou LHRH H: testosterona
HIPOGONADISMO >FSH e LH ↓ ou normal → doença no eixo Teste de TRH: quase sempre não precisa; TRH é injetado por via intravenosa, então colhe o sangue
hipotalâmico-hipofisário a cada 30 minutos ( 30, 60, 90) → pico de TSH, se não fizer tem doença no eixo
hipotalâmico-hipofisário.
Testo do GnRH

DEFICIÊNCIA DE GH O GH é secretado em picos, então deve ser dosado o GH basal. Reposição de GH injetavel
GH ↓ = deficiência Fazer estímulos (padrão OURO - INSULINA):
Teste de tolerância à Insulina: Injeta-se na veia do paciente insulina regular intravenosa, na dose de
Teste dos estimulo: (exercício, glucagon, 0,5 unidade por Kg do paciente, para causar hipoglicemia (<40), fazendo glicemia capilar de 15 em
insulina (ITT - GH), clonidina, etc)
15 min até os 40, então colhe o sangue o dosa o GH basal.
↑GH → doença nas gônadas
↓GH → doença no eixo >Teste de tolerância à Insulina, não pode ser feito em extremos de idade (convulsão), é feito com
hipotalâmico-hipofisário clonidina.
>Estímulo por exercício: exercício faz ↑ GH, colher o sangue o tempo zero, 2o min de exercício e
colhe o sangue, o normal é pico de GH → é um teste falho

DEFICIÊNCIA DE TSH – T3 e T4 ↓ (dosar T4 livre) e TSH ↑: Teste de TRH: TRH é injetado por via intravenosa, então colhe o sangue a cada 30 minutos ( 30, Levotiroxina: insuficiência adrenal
HIPOTIREOIDISMO hipotireoidismo primário 60, 90) → pico de TSH, se não fizer tem doença no eixo hipotalâmico-hipofisário. de causa central → eixo
CENTRAL T3 e T4 ↓ (dosar T4 livre) e TSH ↓: doença hipotalâmico - hipofisário.
no eixo hipotalâmico-hipofisário
(hipotireoidismo central)

Teste do TRH

DEFICIÊNCIA DE ACTH – Cortisol ↓ = TESTE DE ESTÍMULO Teste do estímulo → Insulina (ITT): Glicocorticóides: insuficiência
INSUFICIÊNCIA ADRENAL ITT-cortisol Injeta-se na veia do paciente insulina regular intravenosa, na dose de 0,5 unidade por quilo do adrenal central → eixo
CENTRAL ACTH ↓ ou NORMAL→ doença no eixo paciente, para causar hipoglicemia (<40), fazendo glicemia capilar de 15 em 15 min até os 40, então hipotalâmico - hipofisário.
hipotalâmico-hipofisário. Glicocorticoide e
colhe o sangue o dosa o cortisol e logo faz glicose intravenosa ou oral.
ACTH ↑ → doença estivesse na adrena mineralocorticoide: insuficiência
Sintomas de hipoglicemia, palpitação, taquicardia, sudorese. adrenal primária
>Pico de ↑ cortisol ou ↓ se não houver, deficiência de cortisol (insuficiência adrenal central)
>Teste de tolerância à Insulina, não pode ser feito em extremos de idade (convulsão), é feito com
clonidina.
>Estímulo por exercício: exercício faz ↑ GH, colher o sangue o tempo zero, 2o min de exercício e
colhe o sangue, o normal é pico de GH → é um teste falho

4
ANA LESSA - 7° P - ENDOGRINOLOGIA P2 - RENATA

ADENOMAS
LOCALIZAÇÃO CLASSIFICAÇÃO CLÍNICA

ADENOMAS HIPOFISÁRIOS Adenohipófise - Dimensão (tamanho): Alterações oftalmológicas.


(15% ) 1- MICROADENOMAS: ≤1 cm/10ml 1-FUNCIONANTES: hipersecreção de hormônio
2- MACROADENOMAS: > 1 cm → infra-selares (baixo), (prolactina - prolactinoma; GH - acromegalia; ACTH -
para-selares (lado) ou supra-selares (cima). Doença de Cushing; mais de 2-tumores pluri-
- Clínica: hormonais)
Alterações oftalmológicas 2- NÃO FUNCIONANTES: sem hipersecreção.

ADENOMAS LACTOTRÓFICOS Células lactotróficas Controlada principalmente por um fator inibitório Galactorréia, hipogonadismo, obesidade, efeitos
(prolactina) da hipotalâmico que é a dopamina. neuro-oftalmológicos, hipopituitarismo.
adenohipófise Substâncias que estimulam a secreção de prolactina:TRH,
Serotonina, VIP (peptídeo intestinal vasoativo), estrogênio.
HIPERPROLACTINEMIA:
1. FISIOLOGIA: gestação, estresse. punção venosa.
2. PATOLÓGICA: tumores, dorgas, neurogênica,
sistemica e idiopatica

ADENOMAS células somatotróficas SECREÇÃO EXCESSIVA DE GH E IGF-1 Acromegalia: gigantismo, fácies acromegálicas, aumento
SOMATOTRÓFICOS OU (GH) da adenohipófise do tecido subcutâneo; comprometimento do sistema
SOMATOTROPINOMAS osteoarticular; manifestações cardiovasculares e
respiratórias.

ADENOMAS TIREOTRÓFICO Adenohipófise São clinicamente não funcionantes São clinicamente não funcionantes (inativos) ou
A maioria são macroadenomas, adenomas tireotróficos são os secretam uma subunidade do hormônio.
adenomas secretores de TSH. Nos casos de hipersecreção hormonal ( TSH) →
tireotoxicose, bócio (tireóide hiperplasia ou hipertrofia),
são diagnosticados incidentalmente (incidentalomas) ou
por efeito de massa.

ADENOMAS São clinicamente não funcionante São clinicamente não funcionantes (inativos) ou
GONADOTRÓFICOS Produtores de LH e FSH secretam uma subunidade do hormônio.
são diagnosticados incidentalmente (incidentalomas) ou
por efeito de massa.

ADENOMAS CORTICOTRÓFICO Células corticotróficas Hiperestímulo da adrenal (hiperplasia) Doença de Cushing (tumor), não Síndrome (engloba
OU CORTICOTROPINOMAS (ACTH) da adenohipófise todas as causas)

5
ANA LESSA - 7° P - ENDOGRINOLOGIA P2 - RENATA

HIPERPROLACTINEMIA
Causas:
•Antipsicóticos (fenotiazinas, haloperidol, benzamidas, alprazolam, buspirona, antidepressivos tricíclicos, inibidores da
DROGAS MAO), bloqueiam o receptor dopaminérgico (D2), são antagônicas dopaminérgicos.
•Inibidores da recaptação de serotonina
•metoclopramida, domperidona, metildopa, atenolol, verapamil.

DOENÇAS DO EIXO •PROLACTINOMA (adenoma hipofisário micro os macroprolactinomas)


HIPOTALÂMICO •MACROADENOMA CLINICAMENTE NÃO FUNCIONANTE – PSEUDOPROLACTINOMA: comprimem a haste
HIPOFISÁRIO impedindo que a dopamina hipotalâmica chegue as células lactotróficas para inibir o hipotálamo-hipófise
•OUTROS TUMORES: Pós cirurgia hipofisária; Pós trauma; Hipofisite linfocítica; Doenças infiltrativas; Sela vazia; Pós
radioterapia

NEUROGÊNICA: •Lesões da medula espinhal (ependimoma);


•Lesões da parede torácica ( herpes zoster, queimaduras)
Ativam as vias neurais aferentes aumentando a prolactina (patologia ) e ativam também com a sucção do mamilo pelo bebê
(fisiológica).

DOENÇAS SISTÊMICAS •Hipotireoidismo primário: doença na tireóide; diminuição de T3 e T4c arência do feedback
negativo no hipófise e hipotálamo de TSH, alta de TSH estimula secreção de prolactina

PRODUÇÃO ECTÓPICA DE Tumores longe da hipófise que produz prolactina como uma manifestação não-metastática: Carcinoma renal; Carcinoma
PROLACTINA: broncogênico; Teratoma ovariano; Gonadoblastoma.

MACROPROLACTINEMIA secreção aumentada de uma forma que a prolactina que não tem atividade biológica.
OU BIG-BIG PROLACTIN

IDIOPÁTICA Macroprolactinomas (<3mm) não vistos em RNM; Disfunção hipotalâmica.

CAUSAS MAIS RARAS Insuficiência adrenal; Insuficiência renal crônica; Cirrose hepática; Lúpus eritematoso sistêmico; Anorexia nervosa; Crise
convulsiva; Síndrome dos ovários policísticos (mulheres jovens, obesidade, irregularidade menstrual, hirsutismo e
↑moderado da prolactina)

6
ANA LESSA - 7° P - ENDOGRINOLOGIA P2 - RENATA

HIPERPROLACTINEMIA
CLÍNICA:
1. Galactorréia: até em homens.
2. Hipogonadismo hipogonadotrófico: gonadotrofinas hipofisárias ↓
→ hipofunção gonadal. ↓ GnRH devido ↑ prolactina → ↓ LH e FSH
→ ↓ estrogênio e progesterona
- Hipogonadismo: infertilidade, ↓ da libido; Disfunção erétil;
Oligomenorréia e amenorréia; Oligospermia ou azoospermia; ✓ ↓
da densidade mineral óssea → osteopenia e osteoporose; TRATAMENTO
Dispareunia; Hirsutismo/Acne. •Depender da causa:
3. Obesidade - Medicação: suspensão da droga
- Hipotireoidismo: reposição de LT4
4. Efeitos neuro-oftalmológicos nos casos tumorais, pelo efeito de
- Insuficiência adrenal: tratar insuficiência
massa. - Pseudoprolactinomas: tratamento cirúrgico (adenomectomia), via
5. Hipopituitarismo ou panhipopituitarismo: instalações de tumores transesfenoidal.
na sela túrcica e se expandindo. - Hiperprolactinemia idiopática: agonistas dopaminérgicas
DIAGNÓSTICOS DIFERENCIAL (cabergolina 2x sem VO, bromocriptina, quinagolina)
1. - Prolactinomas macroprolactinomas ou macroprolactinomas:
DIAGNÓSTICOS tratados clinicamente com agonistas dopaminérgicas (inibe a
secreção e reduz o tumor) → repetir RMN em 3 m e encontra
•Dosagem de prolactina
redução, se não reduzir era um pseudoprolactinoma ou poderia ser
- Hiperprolactinemia MUITO acentuada = Prolactinomas
um tumor resistente ao agonista → adenomectomia → >
- Hiperprolactinemia LEVE/MODERADA = microprolactinoma ou
resistência → radioterapia ou radio cirurgia da região
todas as outras causas.
adenohipófise (evolui para panhituitarismo)
•RNM E TC confirma diagnóstico de tumor
- normal com clínica exuberante: hiperprolactinemia idiopática.
- tumor >1cm: pseudoprolactinoma →
- tumor <1cm: microprolactinoma (se ↓ prolactina) ou prolactinoma
ou macroprolactinoma.
•Anamnese e exame físico: droga, história clínica que sugere insuficiência
renal, adrenal, cirrose hepática, herpes zóster, queimadura.
•Teste de função tireoidiana → pesquisar hipotireoidismo primário
•Testes de função adrenal → pesquisar insuficiência suprarenal, adrenal.

7
ANA LESSA - 7° P - ENDOGRINOLOGIA P2 - RENATA

ACROMEGALIA
Doença resultante de excessiva produção de hormônio do crescimento
(GH).
ETIOLOGIA - Fatores metabólicos: Resistência insulínica, diabetes (GH é contra
•Adenoma hipofisário produtor de GH (98%) → somatrotopina insulínico), Hipercalciúria, hiperparatireoidismo,
•Tumor extra-hipofisário: secrete GH de forma ectópica hipertrigliceridemia.
•Excesso de secreção de GHRH – central ou periférico: por tumores da - Tecido conectivo: espessamento da pele, hipertricose, alterações
região hipotalâmica (hamartoma, glioma, coristoma) ou por secreção ósseas, osteoartrite, artralgia, acrocórdons, pólipos colônicos.
ectópica periférica de GHRH (tumor de ilhotas pancreáticas, de pulmão de - maior de neoplasias benignas e malignas, principalmente CA de
pequenas células) ou malignos (carcinóides brônquicos) cólon.
SECREÇÃO EXCESSIVA DE GH E IGF-1: DIAGNÓSTICO
•GH em excesso é convertido em IGF-1 no fígado, se isso acontecer antes •Às vezes vem por outras complicações da acromegalia, fazendo com que a
do fechamento das epífises (infância) leva ao GIGANTISMO (acromegalia), maioria dos tumores que levam a acromegalia seja diagnosticada como
mas se acontecer após o fechamento das epífises ocorrer o crescimento macroadenoma (>10mm) e dependendo da expansão do tumor pode
linear → cresce outras estruturas gradativamente: causar sintomas neuro-oftalmológicos (hemianopsia bitemporal ou
- Fácies acromegálica: espessamento do couro cabeludo, protrusão cegueira), hipopituitarismo, apoplexia hipofisária (infarto).
frontal, ↑ da cartilagem do nariz, ouvidos, alargamento do nariz, DIAGNÓSTICO LABORATORIAL
lábios espessados, ↑ da língua (macroglossia), prognatismo, •GH basal → NÃO ajuda devido ao picos
afastamento entre os dentes (diastema). •Dosagem de IGF-1: é mais estável nas 24h e estará ↑ em 100%
- Aumento do tecido subcutâneo: couro cabeludo cresce, mãos e pés •GH após supressão com glicose - PADRÃO OURO: teste de supressão de
crescem. GH com glicose, ↓ os níveis de GH se o paciente for normal, se não ↓
- Comprometimento do sistema osteoarticular: principalmente se o (supressão ou ↑) → acromegalia.
na infância levando a artrite, artropatia, dificuldade de deambular. - coleta do GH basal no tempo zero, administra 75 gramas de glicose
FISIPATOLOGIA e dosa o GH de 30 em 30 min. Normal = GH ↓.
•Por perda da reserva hituitária hipoputuitarismo, expansão do tumor e •Dosagem do GHRH: quando GH não suprimiu e RNM não mostra nada
elevação do GH (hipófise normal ou hiperplasiada), se procurar fonte produtora de GHRH
CLÍNICA geralmente tumores toracoabdominais → acromegalia extra-hipofisária.
•GH é um hormônio hiperglicemiante contrarregulador é comum levar à TRATAMENTO
intolerância à glicose, pré diabetes e diabetes. •Cirurgia via transesfenoidal
•A alta de GH pode levar ao crescimento do coração, fígado, pulmão e via •Medicamentos associa a cirurgia: análogos da somatostatina
respiratória. (Octreotide/Lanreotide)
- Cardiovasculares: hipertrofia ventricular, cardiomegalia → •Radioterapia hipofisária: droga é usada até fazer efeito, demora; leva ao
arritmias cardíacas, hipertensão arterial. pan-hituitárismo.
- Respiratórias: ↑ das partes moles das vias aéreas → apnéia do •Medicamento para a não cura da cirurgia: Pegvisomanto (pct
sono, complicações respiratórias e maior risco anestésico. intolerante/resistente)

8
ANA LESSA - 7° P - ENDOGRINOLOGIA P2 - RENATA

SÍNDROME DE CUSHING↑↓
2. Tumor adrenal: unilateral; autônomo, produz cortisol em excesso
até inibir a secreção hipofisária de ACTH; é uma mutação genética
Localizada no córtex da adrenal
3. Carcinoma adrenal: produtor de corticóide; muito maligno.
ESTEROIDOGÊNESE
4. hiperplasia (micro ou macronodular) da adrenal: hiperprodução
•Precursor comum dos hormônios
de glicocorticóide → forma autônoma
esteróides, é o colesterol.
● HIPERCORTISOLISMO ENDÓGENO
•O principal glicocorticóide é o cortisol, e o
CLÍNICA
principal mineralocorticóide é a aldosterona.
•EFEITOS GLICOCORTICÓIDES: obesidade central; estrias largas,
•Excesso de glicocorticóides (hipercortisolismo) vinhosas, violáceas (>1cm); Fácies de “lua cheia”; Acúmulo de gordura na
•A forma exógena (iatrogênica) é a principal causa, podendo ser reversível região posterior ( “giba de búfalo”); Pletora facial; Pele fina; Hirsutismo;
com a retirada da droga e a forma endógena quando a adrenal produz Acne; Miopatia; amenorréia; Osteoporose (fêmur); quadros emocionais
glicocorticóide em excesso. (psicose, labilidade emocional, depressão), supressão do sistema imune.
•Formas endógenas: •EFEITOS MINERALOCORTICÓIDES: Hipertensão (retenção de sódio e
- ACTH dependentes: excesso de ACTH estimula a adrenal a água); Edema; Hipocalemia (aumento da excreção de potássio);
produzir mais cortisol. DIAGNÓSTICO
- ACTH independente: adrenal produz de forma autônoma muito 1. Passo: confirmar a síndrome de Cushing → hipercortisolismo; (2/4)
cortisol → tumor secretor de glicocorticóide. - Cortisol livre urinário (24H) ↑, realizado em 3x em dias ≠
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL - Teste overnight ou de supressão noturna com Dexametasona
•Pseudo-Cushing: hiperatividade do eixo hipotalâmico hipofisário-adrenal (atravessa a BHE): administramos às 23h00 da noite na
(ACTH dependente), não é deletéria à saúde, resolve-se tratando a causa véspera do exame, 1mg de dexametasona e colher cortisol às 8h
(depressão maior, alcoolismo). da manhã. NORMAL = ↓ cortisol / CUSHING: ↑cortisol
ETIOLOGIA - Teste de Liddle I ou supressão com doses baixas de dexametasona:
•ACTH dependente: administramos por 48H antes do exame, dexametasona de o,5
1. Tumor das células corticotróficas da adenohipófise (adenoma mg a cada 6 hrs, e colher o cortisol às 8 da manhã. NORMAL =
secretor de ACTH → DOENÇA DE CUSHING) → hiperestímulo da ↓ cortisol / CUSHING: ↑cortisol.
adrenal - Cortisol à meia noite e cortisol salivar: Cushing perdem o ciclo
2. Produção ectópica de ACTH: outros tumores fora da adenohipófise circadiano, então o cortisol à meia noite estará elevado em 100%;
produz ACTH. ou faz esse exame internando (pelo menos 2 dia para ↓ o estresse)
3. Pseudo-Cushing: excesso de ACTH pela hiperatividade do eixo ou dosagem do cortisol salivar (coleta à meia noite) usando
hipotalâmico-hipofisário que estimula a adrenal do setor algodão e resfriando. NORMAL = ↓ cortisol / CUSHING:
adenocorticotrófico. ↑cortisol.
•ACTH independente:
1. Síndrome de Cushing exógena ou iatrogênica: ingestão de
corticóide em excesso suprimindo e diminuindo a produção
hipofisária de ACTH.

9
ANA LESSA - 7° P - ENDOGRINOLOGIA P2 - RENATA

2. Passo: estabelecer causa SÍNDROME DE NELSON


- Dosar o ACTH: ↓ ou suprimido → causa na adrenal (Sd. de • Doença de Cushing submetidos à adrenalectomia bilateral cessando toda
Cushing), não ficar pedindo TC e RNM (incidentaloma). ↑ ou essa inibição do hipercortisolismo sobre o tumor secretor de ACTH
normal → causa ACTH dependentes (hipercortisolismo por paciente desenvolve a Síndrome de Nelson
excesso de ACTH), podendo ser uma Doença de Cushing •O tumor agora sem inibição cresce muito rápido, secretando ACTH em
(adrenocorticotrófico-75%) ou secreção ectópica. altas quantidade, o crescimento causa efeitos compressivos, neurológicos e
- Causa na adrenal: exame de img da adrenal oftalmológicos, além de hiperpgmentação.
- Doença de Cushing: RNM da sela túrcica Tratamento: cirurgia hipofisária de urgência e radioterapia hipofisária.
Exames que diferencia Doença de Cushing para ectópicos: Profilaxia: radioterapia hipofisária antes da adrenalectomia
- Teste de Liddle II, supressão de ACTH com dose alta de
dexametasona: administrando 8mg de dexametasona, de 2 formas
ou 2mg de 6-6hrs ou 8mg à meia noite. Deve ser colhido cortisol
basal da manhã anterior ao exame e 8h da manhã do outro dia.
ECTÓPICA = ↓ cortisol < 50% / CUSHING: ↓ cortisol > 50%.
- Teste do CRH ou AVP: injetar CRH ou arginina vasopressina
(AVP) ou análogo da angina (DDAVP) e colhe ACTH;
CUSHING: responde exageradamente ao estímulo.
- Cateterismo bilateral do seio petroso inferior (padrão ouro):
dois cateteres, um vai no seio petroso (ACTH centra) inferior
direito e no esquerdo. Colher o sangue ao mesmo tempo nos seios
petrosos e na veia periférica. Faz um gradiente central/periférico.
Colhe no tempo zero, faz estímulo CRH ou DDAVP, e colher 3, 5 e
10 minutos. Dosa ACTH no tempo zero central e zero periférico.
lateralização: >1,4 em um dos lados → tumor daquele lado
Diagnóstico por imagem:
- RNM → melhor para a doença de cushing
- TC ou RNM de tórax e abdome → tumores ectópicos.
- TC helicoidal → tumores ectópicos.
- Cintilografia com Octreotide (Octreoscan): tropismo por células
secretoras de ACTH
TRATAMENTO:
- Adenoma hipofisário: cirúrgico tranesfenoidal
- Casos não curados com a cirurgia (recidiva): 2a cirurgia,
radioterapia, radiocirurgia estereotáxica.
- Drogas: Cetoconazol , Mitotano, Metirapona → inibem a
esteroidogênese adrenal.
- Adrenalectomia bilateral: leva a insuficiência adrenal,
usado em causa adrenal (tumor adrenal ou hiperplasia)

10
ANA LESSA - 7° P - ENDOGRINOLOGIA P2 - RENATA

FEOCROMOCITOMA
•Tumores de células cromafins que produzem, armazenam, metabolizam e - NEM 2A: feocromocitoma + carcinoma medular de tireóide +
secretam as catecolaminas (noradrenalina, adrenalina, dopamina) hiperparatireoidismo primário
•Se localizar dentro da adrenal (na medula adrenal) ou fora da adrenal - NEM 2B: feocromocitoma +carcinoma medular de tireóide +
(extra-adrenais → paragangliomas) neuromas mucosos + hábitos marfanóides
REGRA DOS 10% - Doença de Von Hippel-Lindau: feocromocitoma + paragangliomas
•10% dos feocromocitomas são malignos. hereditários do pescoço.
•10% são bilaterais. DIAGNÓSTICO LABORATORIAL
•10% são familiares (90% esporádicos): neoplasias endócrinas múltiplas •SUSPEITAR: HAS de muito difícil controle, paciente com história de
do tipo II ( NEM 2A e NEM 2B) crises de paroxismos, tríade clássica, história familiar de neoplasia
•10% recidiva após a retirada cirúrgica. endócrina múltipla ou neurofibromatose ou uma síndrome de Von
•10% não tem hipertensão arterial sistêmica Hippel-Lindau, jovem com HAS muito refratária; incidentaloma adrenal.
•10% são incidentalomas. •INVESTIGAÇÃO:
SUBSTÂNCIAS PRODUZIDAS - Teste urinários
•Catecolaminas e outros peptídeos não catecolamínicos. •Teste das metanefrinas urinárias totais: urina de 24h; “screening”, se +
- Tumores pequenos produzem principalmente adrenalina e são continua investigação; bem confiável
sintomáticos •Dosagem das catecolaminas urinárias livre: urina de 24h ou amostra
- Tumores maiores produzem principalmente noradrenalina. isolada pós-crise, teste +
- Paragangliomas: vão produzir só até a noradrenalina, devido a •Dosagem do ácido vanilmandélico (VMA): urina de 24h; pouco confiavel;
PNMT (feniletanolamina N-metiltransferase) enzima converte 5 dias antes do exame suspender: café , baunilha, chocolate, chá, abacaxi,
noradrenalina em adrenalina na medula adrenal, esse tumor só banana.
produz noradrenalina. - Teste plasmáticos:
- Outros peptídeos: peptídeo vasoativo intestinal (VIP - diarréia); •Dosagens das catecolaminas plasmáticas se> 2.000 pg/ml
neuropeptídeo (vasoconstritor)... patognomônico; < 500 improvável
CLÍNICA •Dosagem das metanefrinas livres plasmáticas
•Hipertensão arterial sistêmica (90%) •Cromogranina A: estocada e liberada junto com as catecolaminas, se
•Paroxismos (tríade): Cefaleia + sudorese + palpitação (15-60min/dia disfunção renal não serve para o diagnóstico
todo). - Testes farmacológicos:
- Palidez cutâneo-mucosa, rubor facial, dor torácica, abdominal, •Teste do glucagon - provocativo: induzir a secreção de catecolamina
pode simular um infarto agudo do miocárdio. •Teste de supressão com Clonidina: >500
•Intolerância à glicose: catecolamina suprime a secreção de insulina e
aumenta o débito hepático de glicose, aumenta gliconeogênese.
•Pré diabetes e diabetes de controle difícil.
• Associado a outras doenças: Neoplasia endócrina múltipla
- NEM 1: feocromocitoma + neurofibromatose (Doença de Von
Recklinghausen.) + manchas café com leite.

11
ANA LESSA - 7° P - ENDOGRINOLOGIA P2 - RENATA

LOCALIZAÇÃO DO TUMOR
•90% estão na adrenal, 90% são unilaterais.
• 90% na cadeia ganglionar simpática abdominal para aórtica,
paravertebral CAUSAS SECUDÁRIA DE HAS
• TC ou RNM de abdome •Não endócrinas:
•Mais comum na adrenal direita - medicamentos com estrogênio
•Cintilografia com MIBG (metaiodobenzilguanidina): tropismo pelas - Doença renal.
células cromafins → principalmente para paragangliomas, metátase. - Hipertensão vascular renal.
•Outro radiotrassador, 111 índio-Pentetreotida - Coarctação da aorta.
•Cateterismo venoso: dosagem de catecolaminas na veia cava inferior e - Doença hipertensiva específica da gravidez.
superior para confirmar a fonte de secreção de catecolaminas. - Doenças que cursam com hipertensão intracraniana.
TRATAMENTO •Endócrinas
•Retirada cirúrgica do tumor, após estabilizar ( controle da PA e dos - Hipercalcemia
sintomas cardiovasculares) - Síndrome de Cushing
- bloqueio alfa-adrenérgico: Prazosina, Terazosina, Doxazosina. - Acromegalia
- beta-bloqueador em 2° - Hipertireoidismo e hipotireoidismo.
- bloqueadores do canal de cálcio: hipertensão refratária - Feocromocitoma
- bloqueadores do receptor de angiotensina - Hiperaldosteronismo primário
•Tudo preparado (7 dias),encaminha então para adrenalectomia ou
tumor local.

12
ANA LESSA - 7° P - ENDOGRINOLOGIA P2 - RENATA

PARATIREOIDES
•4 glândulas paratireóides localizadas posteriormente à tireóide (<6 cmm). ● HIPERCALCEMIA
•Produzem o paratormônio (ou PTH ou hormônio da paratireóide) •Causas:
METABOLISMO DO CÁLCIO - hipercalcemia mediada pelo PTH (hiperparaprimário): excesso na
•O metabolismo do cálcio e do fósforo está intimamente ligado, o cálcio é produção de PTH → hipercalcemia maligna (CA); hipercalcemia
↓absorvido no TGIl, e fosfato é facilmente absorvido. osteolítica; hipercalcemia humoral (PTH-rp);
PARATORMÔNIO - hipercalcemia não mediadas pelo PTH: causas que diminuem a
•A secreção de PTH é sensível à concentração de cálcio sérico. secreção de PTH
•PTH estimula os osteoclastos, fazendo reabsorção óssea, liberando cálcio - hipercalcemias mediadas pela vitamina D: produção excessiva,
e fósforo na corrente sanguínea ↑ a calcemia (hipercalcemiante) doenças granulomatosas ou intoxicação.
•Nos rins, o PTH ↑reabsorção de cálcio, porém no rim o PTH inibe a - Doença de Paget do osso: imobilizados com aumento da renovação
reabsorção de fosfato, levando a hiperfostatúria na urina. Estimula a óssea.
conversão da vit D (25 hidroxivitamina)na vit D ativa (1,25 - Insuficiência renal aguda que faz rabdomiólise (lise muscular)
hidroxivitamina D3). - Ingesta excessiva de carbonato de cálcio ou “síndrome do leite
•Vit D estimula o intestino a absorver cálcio e fósforo. álcali”.
•Existe um sensor de calcemia na paratireóide: hipocalcemia ↑ a secreção •Clínica:
do PTH. Se a hipercalcemia persistir cronicamente as paratireóides - SNC: deprime o SNC → confusão, letargia, atividades reflexas
hipertrofiam; hipercalcemia inibir a secreção de PTH lentas, coma, crise convulsiva e até morte
•Secreção prolongada de paratormônio leva a absorção óssea de todos os - Sistema cardiovascular: ECG → diminuição do intervalo QT,
ossos (desmineralização) → cavidades ósseas (osteíte fibrosa cística). bradicardia, bloqueio atrioventricular;
SÍNTESE DE VITAMINA - Ação do ADH: levando a um diabetes insipidus transitório →
•Vem de de fontes alimentares e raios ultravioletas poliúria, polidipsia.
•O fígado forma a 25 hidroxivitamina D e nos rins (precisar do rim - Rins: 2/3 de calcio reabsorvidos no túbulo contornado proximal, o
funcionante e da estimulação do PTH) transformada em 1,25 excesso vai para urina → hipercalciúria, hiperfosfatúria, cálculo
hidroxivitamina D, vit D ativa que estimula a absorção pelo TGI de cálcio e renal, nefrolitíase e redução progressiva da função renal.
fósforo. - Partes moles: cálcio +fósforo → osso,se deposita nas partes moles
CALCITONINA
•Não é produzido na paratireóide, mas que tem relação com o
metabolismo do cálcio
•Produzida na tireóide, pelas células células C ou parafoliculares
•Tem ações exatamente contrárias às do PTH → hormônio
hipocalcemiante.
•Promove deposição de cálcio no osso, inibe absorção de cálcio no TGI e no
rim.

13
ANA LESSA - 7° P - ENDOGRINOLOGIA P2 - RENATA

HIPERPARATIROIDISMO
HIPERPARATIREOIDISMO PRIMÁRIO HIPERPARATIREOIDISMO SECUNDÁRIO E
TERCIÁRIO

CAUSA Hipersecreção de PTH pela paratireóide independente de cálcio por um adenoma ou hiperplasia, autônoma; → A hipocalcemia crônica, é um estímulo para a paratireóide
hipercalcemia; comum em mulheres na pós menopausa. produzir mais PTH → hiperparatireoidismo secundário;
Paratireóide se hipertrofia fazendo com a paratireóide se torne
autônoma → hiperparatireoidismo terciário.

PATOGENIA Excesso de PTH que estimula a reabsorção óssea de cálcio e fósforo, síntese da vitamina D renal, estimula excreção
de potássio nos rins

CLÍNICA hipercalcemia ou normocalciúria e hipofosfatemia; desmineralização óssea → osteopenia → formação de cavidades


ósseas; litíase renal.
Costuma ser assintomático, mas pode ter anormalidades neuromusculares, pancreatite, calcificações da córnea.

ETIOLOGIA 85% são adenomas solitários ou esporádico

DIAGNÓSTICO Pesquisar casos família, e associação com neoplasias endócrinas múltiplas: NEM IIa (carcinoma medular de
tireóide + feocromocitoma + hiperparatireoidismo primário) e NEM I (“doença dos três P’s” → tumor de hipófise +
hiperparatireoidismo + tumor do pâncreas)
Densitometria óssea da coluna lombar (trabecular) e colo do fêmur (cortical), na deficiência estrogênica
predileção pelo osso trabecular; Crânio com aspecto ‘’sal de pimenta’’
Dosar o PTH e PTH-rp (hipercalcemia maligna)
Fósforo sérico ↓ → hiperfosfatúria
↑ 1,25 vitamina D e ↓ 25- hidroxivitamina D
↑ fosfatase alcalina.
LOCALIZAR
Ultrassom (nem sempre consegue ver);
Tomografia;
RNM do pescoço
Cintilografia com um marcador sestamibi.

TRATAMENTO Cirúrgico: paratireoidectomia daquela glândula acometida.


Casos de hiperplasia das quatro glândulas, retiram-as e reimplantam uma pequena quantidade de paratireóide no
ECM ou algum músculo do antebraço. Paratireoidectomia solitária sobrando mais três → período transitório de
hipocalcemia → repor cálcio e vitamina D
Síndrome do “osso faminto”: hipocalcemia tardia, 3 a 7 dias após a cura cirúrgica.

14
ANA LESSA - 7° P - ENDOGRINOLOGIA P2 - RENATA

HIPOPARATIROIDISMO
•Desordem clínica de incidência decorrente da secreção deficiente do •Causas congênitas:
hormônio da paratireóide (PTH) ou uma ação deficiente do PTH. - mutações genéticas com agenesia ou hipoplasia das paratireóides;
PATOGENIA de forma isolada ou Síndrome de DiGeorge; Síndrome de Barakat,
•↓PTH → redução da concentração de cálcio nos fluidos extracelulares → Síndrome de Kenny-Caffey, Síndrome de Kearns-Sayre;
hipocalcemia 2. Resistência à ação do PTH.
•hipocalcemia → ↓da reabsorção tubular renal de cálcio - hipomagnesemia
•↓ da vit D ativa nos rin (↓calcitriol) → ↓ reabsorção de cálcio TGI - pseudo-hipoparatireoidismo: mutação genética
CLÍNICA EXAME FÍSICO
•hipocalcemia: parestesias, tetania, espasmos carpedal, laringoespasmo. •Sinal de Chvostek: percute o nervo facial 2 centímetros anterior ao lobo
•hiperfosfatemia da orelha. + se contratura dos músculos faciais, no lado da percussão do
•Óbito por: arritmias cardíacas, prolongamento do intervalo QT e do nervo, e do lábio superior.
segmento ST → insuficiência cardíaca; fibrilação atrial e ventricular. •Sinal de Trousseau: inflar o esfigmomanômetro e deixar inflado 20mmHg
•SNC: irritabilidade, psicose, depressão, convulsões; disfunção acima da pressão sistólica ou 10mmHg acima da pressão arterial
extrapiramidal e cerebelar diastólica, deixa por 3 a 10min. + se contratura das articulações
•Sintomas inespecíficos: pele seca, alopecia, catarata. metacarpofalangeanas (“mão de parteiro”)
•Criança: hipoplasia do esmalte, defeitos da dentina, retardo na erupção DIAGNÓSTICO
dentária, ↑ da prevalência de cáries, encurtamento das raízes dos molares •Marcadores bioquímicos: hipocalcemia e hiperfosfatemia
→perda total dos dentes; •PTH ↓ ou indetectáveis: função renal normal
ETIOLOGIA •PTH ↑: pseudohipoparatireoidismo
1. Produção insuficiente de PTH •Dosagem dos auto-anticorpos contra o receptor sensor de cálcio:
•Causas adquiridas: hipoparatireoidismo autoimune.
- cirurgias da região cervical: tireoidectomias e paratireoidectomias. TRATAMENTO
- doenças infiltrativas: hemocromatose e talassemia → ↑Ferro . •hipocalcemia AGUDA: Gluconato de cálcio intravenoso
Doença de Wilson (↑cobre), granulomatosas ou neoplásicas •hipocalcemia CRÔNICA: sais de cálcio e vitamina D ativa
- idiopático DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL DE HIPOCALCEMIA
- autoimune: isolado (anticorpo contra o receptor sensor de cálcio) •Distúrbios relacionados à vitamina D:
ou na Síndrome Poliglandular Autoimune (SPA tipo 1 → - ↓ da produção da vitamina D
- ↓ na ação (resistência dos órgãos alvos) de vitamina D(mutação)
insuficiência da adrenal + candidíase muco cutânea); DM1 + - ingestão ↓ de vitamina D
tireoidite ou ooforite → mutação no gene AIRE; SPA tipo 2 (DM1 - má absorção intestina: síndrome de má absorção intestinal
- doença hepática: 25- hidroxilação hepática diminuída
+adrenalite) - IR: alteração na 1alfahidroxilação renal
- iodo radioativo para tratamento de Doença de Graves - metabolização hepática aumentada (Rifampicina, anticonvulsivantes)
- osteomalácia oncogênica.
- hipoparatireoidismo transitório após infarto espontâneo do
adenoma de paratireóide, •Distúrbios não relacionados à vitamina D:
- Síndrome da fome óssea - drogas: Foscarnet, aminoglicosídeos, interferon,
- hipomagnesemia e hipermagnesemia. - Sepse, queimaduras extensas, choque -Cirurgias
- quimioterápicos: cisplatina - hiperfosfatemia: rabdomiólise ou lise tumoral
- Distúrbios do magnésio - pancreatite aguda
- Metástases osteoblástica

15
ANA LESSA - 7° P - ENDOGRINOLOGIA P2 - RENATA

16
ANA LESSA - 7° P - ENDOGRINOLOGIA P2 - RENATA

COMPLICAÇÕES DO DIABETES
•Divididas em microvasculares e macrovasculares •Amostra isolada de urina: albumina/creatina → + > 30
MECANISMO DE LESÃO INDUZIDO POR HIPERGLICEMIA •MEDIDA DA ALBUMINÚRIA
•A hiperglicemia de forma crônica leva a lesões na vascularização •Estimativa da TFG
1. Aumento de fluxo pela via dos polióis: quanto mais glicose, maior CLASSIFICÃO DRD
a ativação. Acúmulo de frutose e sorbitol intracelular → lesão. •Normal = normoalbuminúria <30
2. Aumento da formação intracelular de produtos finais de glicação •Aumentada:
avançada (AGE): glicose incorporada às proteínas por glicação ou - Microalbuminúria (30 – 300 mg/g)
glicosilação, dependendo da proteína modificada provoca dano - Macroalbuminúria (> 300 mg/g)
tissular ESTÁGIOS DA DRD
3. Ativação de Proteína Cinase C: estimula a produção de fatores que 1. TFG normal ou elevada ( ≥ 90 ml/min) + ↑ EUA
causam danos tissulares (TGF-beta, PAI-1) 2. TFG levemente reduzida + ↑ EUA ( 60 a 89 ml/min)
4. Aumento do fluxo da via das hexosaminas: aumentada leva a dano 3. A – moderada redução da TFG (45 a 59 ml/min)
tissular B – redução marcada da TFG (30 a 44 ml/min)
COMPLICAÇÕES MACROVASCULARES 4. Redução grave da TFG (15 – 29 ml/min)
•Hiperglicemia + Resistência à Insulina = ↑de ácidos graxos livres 5. Insuficiência renal (TFG < 15 ml/min) → hemodiálise
- RI Dislipidemia pró-aterogênica: ↑ dos ácidos graxos livre, são MEDIDAS DE PREVENÇÃO
captados pelo fígado, formando VLDL, ricos em triglicerídeos, •Controle glicêmico adequado
pacientes com hipertrigliceridemia. •Não fumar
COMPLICAÇÕES MACROVASCULARES •Controle da HAS
- HIPERGLICEMIA = FATOR CENTRAL •TTO da obesidade e dislipidemia
- Relação com a duração e magnitude da hiperglicemia •Evitar dieta hiperproteica
- Lesão limitada aos tipos celulares que desenvolvem hiperglicemia TRATAMENTO
intracelular •Controle glicêmico rígido < 7%
- Função anormal das células endoteliais (anormalidades no fluxo •Controle intensivo da HAS
sanguíneo, aumento na permeabilidade vascular na retina, •Albumina = doses pequenas de IECA (dilatação da arteríola eferente -> ↓
glomérulos e vasa nervorum dos nervos periféricos) albuminúria)
- Memória hiperglicêmica •Diálise: creatinina > 6 mg/dl ou Clearance < 25 ml/min
- DETERMINANTES GENÉTICOS •Encaminhar para o nefro: TFG < 70 ml/min e/ou creat > 2 mg/dl
● DOENÇA RENAL DIABÉTICA
•Nefropatia diabética
•Causa mais comum de IRC
•Doença assintomática, silenciosa até o estágio vagançado.
•Clinicamente: proteinúria persistente (albuminúria), HAS e uremia ● RETINOPATIA DIABÉTICA
progressiva (redução da função renal) até falência renal crônica. •Mais frequente no tipo 1
PATOGENIA FATORES DE RISCO
DIAGNÓSTICO •Mau controle glicêmico

17
ANA LESSA - 7° P - ENDOGRINOLOGIA P2 - RENATA

•Hipertensão arterial Avaliação oftalmológica anual a partir de 5 anos de doença no tipo 1 e a


•Dislipidemia partir do diagnóstico no tipo 2, ou a qualquer momento, se houver queixas.
•Cirurgia de catarata -> retinopatia → cegueira •RDNP:
•Puberdade - Sem edema macular = NÃO TRATA
•Gravidez - Com edema macular = anti-VEGF intraocular - injeção intravítrea
•Insulinoterapia intensiva em retinopatias - Fotocoagulação a laser (queima a retina) = pac. refratários ou
CLASSIFICAÇÃO RDNP grave -> previne fibrose, descolamento de retina -> evita a
•NÃO PROLIFERATIVA (ou de FUNDO - BACKGROUND): cegueira, não melhora.
- Leve = Microaneurismas, exsudatos duros; •RDP:
- Moderada = Microaneurismas (microhemorragias na retina), - Fotocoagulação a laser panretiniana
exsudatos algodonosos, hmrs retianas numerosas, veias em - Hemorragia vítrea ou Descolamento de retina: Vitrectomia•
rosário (em 1 quadrante)
- Grave = múltiplas lesões isquêmicas (hmrs nos 4 quadrantes)
alterações microvasculares intra retinianas (IRMA).
•RETÍCULOPATIA DIABÉTICA PROLIFERATIVA
- RDP = presença de neovascularização no disco óptico ou na
retina; hmr vítrea
- ISQUEMIA = são produzidos fatores locais de crescimento
vascular = angiogênese
- Tecido neovascularizado = fibrose e retração → AMAUROSE
CLINICA
•Maioria assintomática
•Perda visual: maculopatia ou complicações da RDP

TRATAMENTO
•PREVENÇÃO: Controle glicêmico, pressórico e dos níveis lipídicos

18
ANA LESSA - 7° P - ENDOGRINOLOGIA P2 - RENATA

DIABETES INSIPIDUS (DI)


•neurohipófise Síndrome de Wolfram (diabetes insipidus + diabetes mellitus +
•Síndrome clínica caracterizada pela excreção de volume excessivo de atrofia óptica + ataxia cerebelar +surdez (DIDMOAD)
urina que vai estar diluída - DI central secundário: tto dos tumores (hipofisectomia);
CLÍNICA Traumatismo, doenças granulomatosas, infecções, doenças
•Poliúria persistente vasculares (acometimento do eixo hipotalâmico hipofisário →
•Polidipsia constante e compulsiva hipopituitarismo); metástases de câncer; granulomas (sarcoidose,
•Mucosas secas, saliva escassa, pele áspera, pele seca; histiocitose), infecções (meningite, encefalite viral, abscesso
•Sinais de desidratação:taquicardia, hipotensão ortostática hipofisário), drogas/toxinas (veneno de serpente); vasculares
•Encefalopatia hipertônica: irritabilidade, torpor, obnubilação, crise (síndrome de Sheehan, aneurisma de carótida); genéticas; mais
convulsiva, coma e até morte. comum: tumores, lesões da região do eixo hipotalâmico
PATOGENIA -hipofisário; gravidez;
1. Diabetes insipidus central ou diabetes insipidus verdadeiro ou ● DIABETES INSIPIDUS NEFROGÊNICO:
Diabetes insipidus hipofisário: deficiência na síntese do ADH •Resistência à ação do ADH, mas sem ausência na produção e liberação de
2. Diabetes insipidus nefrogênico: diminuição da sensibilidade renal ADH.
ao ADH. CLASSIFICAÇÃO
3. Diabetes insipidus associado à gravidez: excessiva degradação do - Primário: idiopáticas; genéticos (transmissão autossômica
ADH pela enzima vasopressinase, produzida pela placenta. recessiva e dominante ligada ao X)
•O ADH é produzido no hipotálamo, nos núcleos supra-óptico e - Secundário: ligado à gestação e doenças renais (insuficiência renal
paraventricular, e transportado até a neurohipófise (hipófise anterior) crônica, infecções urinárias, doença policística renal, amiloidose
sendo armazenado até ser liberado no sangue. renal)
•Ação do ADH: - Por drogas: lítio; Demeclociclina; aminoglicosídeos; Rifampicina;
- Músculo liso vascular → receptor V1 Metotrexato; Colchicina; contrastes radiológicos; Cisplatina;
- Rim (ductos coletores) → receptores V2 de ADH → rim aumenta a - Metabólicas: hipercalcemia, hipocalemia (hipopotassemia).
permeabilidade à água Diuréticos osmóticos (Manitol); glicose pode levar a diurese
- Hipófise → receptores V3 → produção de ACTH. osmótica
•Produção e liberação de ADH está relacionadas a osmolaridade - Outros: neoplasias, doenças sistêmicas graves (anemia falciforme,
plasmática mieloma múltiplo, sarcoidose, hemocromatose).
- Hiperosmolaridade: aumento da osmolaridade plasmática
estimula o hipotálamo (osmorreceptores) → secreção de ADH
(reter água e ↓ osmolaridade). A osmolaridade plasmática, ou
osmolalidade é a mesma coisa.
- Depleção do volume circulante: estímulo para secreção de ADH.
● DIABETES INSIPIDUS CENTRAL:
•Deficiência na produção do ADH, sendo completa ou parcial.
CLASSIFICAÇÃO
- DI central primário: idiopáticas (autoimunes?); familiares
(hereditárias); Diabetes insipidus central primário junto com a

19
ANA LESSA - 7° P - ENDOGRINOLOGIA P2 - RENATA

DIAGNÓSTICO
•Anamnese: história de adenoma hipofisário submetido a neurocirurgia;
•LABORATÓRIO:
- osmolaridade plasmática: normal ou ↑
- osmolaridade urinária e densidade urinária: ↓.
- concentração do sódio (natremia): ↑ou no limite superior da DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL
normalidade. - POLIDIPSIA PRIMÁRIA: histórico de doenças psiquiátricas,
DI hipofisário ou central: ingerem uma quantidade excessiva de água, fazendo poliúria.
- dosagem do ADH: ↓→ problema na síntese do ADH Privação hídrica com hiponatremia dilucional.
DI nefrogênico: - polidipsia primária dipsogênica: patologias na base do
- dosagem do ADH: normal ou ↑→ não há problema na síntese e crânio
sim na ação renal. - DIURESE OSMÓTICA: diabetes mellitus; manitol; Ingestão
•RADIOLÓGIcA: excessiva de sódio
- RNM da neurohipófise na incidência de TI: brilho/ “sinal”; TRATAMENTO
ausência = DI hipofisário •DI central ou hipofisário: DDAVP intranasal.
- RNM: póliúria = dilatação dos ureteres, da bexiga, hidronefrose. •DI nefrogênico: sem tto específico, paliativo → Diurético tiazídico e
•TESTE DEFINITIVO: dieta hipossódica
- Teste de privação hídrica: colher sangue e urina no tempo zero, - Diurético tiazídico age no túbulo contornado proximal
dosa osmolalidade plasmática e urinária e pesa o paciente. Faz reabsorvendo sódio e água.
restringe líquido (vigiado). Acompanha a osmolaridade urinária de - Amilorida: poupador de potássio
30-30min até ela parar de variar, se possível, o melhor a se fazer é - Antiinflamatórios não hormonais: inibem síntese de
ir pesando de 30-30min e quando ele poder 3-3% do peso prostaglandinas, que atrapalham a ação do ADH. → NÃO PODE
adminina DDAVP, e libera o líquido, 1 h depois mede a USAR CRONICAMENTE.
osmolaridade urinária.
- NORMAL = Restringe líquido a osmolaridade
plasmática ↑( ↑ADH → concentra urina) e a urinária
normal e Na normal.
- DI HIPOFISÁRIO: restringe líquido a osmolaridade
plasmática ↑ (problema na hipófise → ↓ADH → ñ
concentra urina), urinária ↓; Administra DDAVP resolve
o problema → ↑ADH (urina concentra).
- DI NEFROGÊNICO: Restringe líquido e osmolaridade
plasmática ↑, (problema na ação renal → ↓ADH → ñ
concentra urina), urinária ↓; Administra DDAVP NÃO
resolve o problema → ↓ ADH (urina DILUÍDA).
**Osmolaridade plasmática de todo mundo aumenta

20
ANA LESSA - 7° P - ENDOGRINOLOGIA P2 - RENATA

HIPERALDOSTERONISMO PRIMÁRIO
↓↑
• Síndrome que engloba um grupo de desordens com produção excessiva e
autônoma de aldosterona pela zona glomerulosa do córtex adrenal, DIAGNÓSTICO
independente da estimulação do SRAA •Para evitar resultados falsos negativos, é preciso manter a ingestão de Na
•Excesso de aldosterona suprimir a atividade da renina plasmática → ↑ do paciente e suspender drogas que alterem o eixo SRAA.
HAS, hipocalemia e alcalose 1. Teste de “screening” ou rastreamento: Investiga não só
ETIOLOGIA hiperaldosteronismo primário, mas também síndrome de Cushing,
Causas tumorais: feocromocitoma.
1. Adenoma produtor de aldosterona (APA): síndrome de Conn - Dosa a medida da atividade da renina plasmática e a concentração
2. Adenoma produtor de aldosterona responsivo à angiotensina da aldosterona plasmática, faz uma relação da aldosterona/renina.
(APA-RA): parcialmente autônomos NORMAL: Renina plasmática ↑; DOENTE: renina plasmática
3. Carcinoma produtor de aldosterona: pode levar a síndrome de suprimida no hiperaldosteronismo primário
Cushing 2. Testes de supressão da aldosterona: se não suprimir a aldosterona
Causas hiperplásicas: é positivo para hiperaldosteronismo primário.Faz uma dosagem
4. Hiperaldosternismo idiopático (HAI): esposta ↑da aldosterona se basal de aldosterona antes do teste, faz uma dosagem da
estimulação pela angiotensina II aldosterona depois do teste, tanto a plasmática quanto a urinária
5. Hiperplasia adrenal primária (HAPr): tem que diminuir.
6. Hiperaldosteronismo supressível por glicocorticoides (HASD): 3. O teste de supressão com captopril: administra-se captopril por
também é chamado de hiperaldosteronismo mediado por VO a aldosterona vai reduzir < 50% do nível basal →
glicocorticoide ou hiperaldosteronismo supressível por hiperaldosteronismo primário
Dexametasona ou hiperaldosteronismo familiar tipo II 4. Teste da postura ereta: útil para diferenciar o APA de HAI: o HAI
CLÍNICA tem uma sensibilidade exagerada as oscilações dos níveis
•Maioria assintomático circulantes de angiotensina II, e APA não tem receptores de
•Sintomas relacionados à HAS:cefaleia, palpitações angiotensina II, não respondem a esse estímulo, pois a posição
•Hipocalemia ou potássio no limite inferior da normalidade. ereta estimula o SRAA. Colhe-se um sangue 1º basal para dosar a
•Hipocalemia: fraqueza muscular, cãibras, parestesias, poliúria, fibrilação concentração de aldosterona plasmática com o paciente em
•Sinais semiológicos de Chvostek e Trousseau pela depleção de K. decúbito dorsal (40 min deitado), após, colherá o sangue basal.
•Pode desenvolver pré-diabetes e diabetes pela intolerância à glicose. Depois, paciente ficará 2 horas na posição ereta, depois colhe o
sangue para ser dosada a concentração de aldosterona plasmática.
Aldosterona inalterada ou diminuida um pouco → APA
HAI: aumento exagerado de 3 a 4 vezes ;APA-RA: aumento;.
5. Dosagem dos precursores da aldosterona
6. Teste terapêutico com espironolactona: administra 100 a 300
mg/dia de espironolactona por 4 a 8 semanas normalizando a
atividade da renina plasmática e do potássio em ambos os tipos

21
ANA LESSA - 7° P - ENDOGRINOLOGIA P2 - RENATA

(APA e HAI). Porém, a aldosterona no plasma e na urina irá


aumentar no HAI, e ficará inalterada ou até diminuir no APA
LOCALIZAÇÃO DA FONTE PRODUTORA DE ALDOSTERONA
•TC de abdome
•RNM de abdome
•Cintilografia adrenal
•Coleta de sangue nas veias adrenais: método mais específico de
diferenciação entre um APA e um HAI
TRATAMENTO
•Secreção unilateral, como: APA, APARA e hiperplasia adrenal primária:
cirurgia - adrenalectomia unilateral via laparoscópica
•HAI:Espironolactona, associada a medidas gerais – mudanças no
estilo de vida (não fumar, manter o peso , atividade física), dietéticas
(restrição de sódio).
•Carcinomas produtores de aldosterona: tratamento é cirúrgico,
Espironolactona; cetoconazol;
•Aldosteronismo supressível por glicocorticoide:Dexametasona,
Espironolactona
••

22

Você também pode gostar