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HIPÓFISE E HIPOTÁLAMO
SISTEMA ENDÓCRINO:
o Função: sistema envolvido na coordenação e regulação das funções corporais.
o Suas mensagens tem natureza química
→ Hormônio:
o = Substância produzida por glândulas endócrinas, liberados no sangue, que modificam o
funcionamento de outros órgãos, denominados órgãos-alvo.
o Funções gerais dos hormônios:
Agem no metabolismo (crescimento e desenvolvimento; reprodução)
Regulação da disponibilidade energética
Manutenção do meio interno
Modulação do comportamento
o Mecanismo de ação/ de formação de hormônios (nova proteína): dois mecanismos:
Formação de 2º mensageiro → ativação de AMPc e ativação de IP3/Ca++
Ativação direta do gene.
o Depende do tipo de hormônio para ter uma ação em local diferente
Se é proteico ou de colesterol
HIPÓFISE:
o É responsável pela homeostasia: manutenção de condições constantes do meio interno
o Como as informações do meio externo provocam liberação de hormônio? R: há receptores
externos. A mensagem chega do meio externo para o hipotálamo através dos olhos.
o Hipófise faz uma coordenação e integração entre o sistema nervoso (hipotálamo – fica abaixo
do nervo óptico) e endócrino (hipófise).
o Com duas origens embrionárias:
Neurohipofise vem do tecido nervoso
Adenohipofise vem do tecido epitelial
+ Hipofise intermediaria (pouco desenvolvida nos humanos – ela é responsável pela
mudança de cor nos animais – produz substância responsável pela pigmentação).
• Nas gravidas há aumento de tamanho dessa porção intermediária [mulher
grávida mancha]. E se tomar sol a mancha não some.
o Vascularização: do tipo porta (garante que pouco nível hormonal do hipotálamo garanta uma
eficiente resposta da hipófise)
Sistema porta-hipotalâmico hipofisário
o NEUROHIPÓFISE é formado somente por prolongamentos de neurônios.
o Tipos de células na hipófise:
Hipofise anterior/adenohipófise:
• Células somatotróficas (30 a 40%) – produzem GH (GH não tem glândula alvo)
• Células lactotróficas/ mamotróficas (3 a 5%) – produzem prolactina
• Células tireotróficas (3 a 5%) – produzem TSH
Lidiane Pires 3
Fisiologia endócrina – Morfo IV
CONTROLE DA HIPOFISE:
o Controlado pelo hipotálamo (sistema nervoso)
Podem ser hormônios inibidores ou estimuladores do hipotálamo
o Hormônios hipotalâmicos que agem na hipófise (sistema porta-hipotalâmico-hipofisário):
Hormônio liberador de tireotrofia (TRH) – estimula as células tireotróficas a produzirem
TSH.
Hormônio liberador de corticotrofina (CRH) – estimula as células corticotróficas a
produzirem ACTH
Hormônio liberador de gonadotrofinas (GnRH) – estimula as células gonadotróficas a
produzirem FSH e LH
Hormônio liberador do hormônio do crescimento (GHRH) – causa liberação de GH
Hormônio inibidor do hormônio do crescimento (GHIH) – causa inibição da liberação do
GH
Hormônio inibidor de prolactina (PRL) – causa inibição da liberação de PRL
Alça Ultra-curta
Alça Longa
Alça Curta
Lidiane Pires 4
Fisiologia endócrina – Morfo IV
o NEUROHIPOFISE:
Produz dois hormônios:
1. ADH (antidiurético – hipotálamo tem receptor para osmolaridade) ou vasopressina
2. Ocitocina (feedback positivo):
• Na mulher estimula contração muscular na hora do parto e a descida do leite.
o A hora que a cabeça do neném começa empurrar começa uma dor
especifica que aumenta a produção de ocitocina → aumenta contração
→ aumenta dor → aumenta liberação de ocitocina. Quando o bebe
nasce, acaba a dor e a ocitocina volta aos níveis basais.
o A primeira mamada do neném dói muito → estimula a produção de
ocitocina → desce o leite
• No homem provoca relaxamento dos vasos (é considerado hormônio do prazer
– hormônio da fidelidade [quanto maior a quantidade, mais fiel])
Estímulo HIPOTÁLAMO
↑ GHRH
Estimula GHIH
Inibe
HIPÓFISE Alça curta
↓ GH
Inibe
Alça longa
↑ GH
Inibe
TIREÓIDE
o Glândula grande que fica ao redor do pescoço
o Pode pesar até 30g
o É altamente vascularizada e inervada
Por isso que cirurgia da tireoide é de risco
o Capaz de armazenar o produto de secreção (*diferente das outras glândulas)
Esse armazenamento é na forma de coloide.
o Principais hormônios secretados são T3 e T4
T3 e T4 são sintetizados pelas células foliculares
Função: regular metabolismo basal
Diferença entre T3 e T4: T4 tem um iodo a mais que o T3
o Outro hormônio produzido: calcitonina.
Produzida pelas células C ou parafoliculares
Função: auxilia na regulação dos níveis de cálcio.
TSH
o Toda vez que o TSH se liga a essa célula haverá um aumento da célula
o Por isso que a tireoide estará aumentada tanto no hiper (pois quem está estimulando os
receptores não é o TSH) quanto no hipotireoidismo (por ter muito TSH)
CRESCIMENTO:
o Hormônios da tireoide são importantes no crescimento
o Função: crescimento de ossos longos, feito a partir de uma placa de cartilagem. Nessa placa de
cartilagem, os condrocitos se organizam em série
o O T3 regula essa organização dos condrocitos em série nos ossos longos
o Ausência de T3 = os condrocitos não se organizam em zonas → não tem crescimento de ossos
longos
Lidiane Pires 9
Fisiologia endócrina – Morfo IV
o HIPOTIREOIDISMO CONGÊNITO:
Teste do pezinho
Na ausência dos hormônios da tireoide, as crianças não crescem
Causa retardo mental também
o Todo sal de cozinha tem que ter iodo (mesmo o sal do Yamalaia) → na ausência de iodo, ocorre
o bócio.
PÂNCREAS ENDÓCRINO
METABOLISMO:
o Vias anabólicas:
Sintetizam grandes moléculas a partir de pequenas moléculas. Ex: aminoácidos para
formar proteina
São armazenadas, após alimentação. Depois de 2-3horas começa a fase catabólica ou
pós-absortiva.
o Vias catabólicas:
Degradam moléculas grandes em componentes menores, para gerar energia. Ex:
glicólise, ciclo de Krebs e cadeia de transporte de elétrons.
Lidiane Pires 11
Fisiologia endócrina – Morfo IV
oResumo das vias bioquímicas para produção de energia (respiração celular) - para geração de
ATP:
Glicólise
Formação da Acetil-Coenzima A
Ciclo de Krebs
Cadeia de transporte de elétrons
o Moléculas chaves
Glicose 6-fosfato
Ácido pirúvico
Acetil-coenzima A
o Função:
Obter energia
Formar moléculas precursoras de unidade celular (proteínas, ácidos nucléicos)
Sintetizar e degradar biomoléculas necessárias às funções vitais (anabolismo e
catabolismo)
o Importância do ATP:
Trabalho mecânico: contração muscular e outros movimentos celulares
Trabalho osmótico: transporte ativo de íons e moléculas através da membrana
Trabalho químico: síntese de ácidos nucléicos, proteínas, lipídios, glicogênio
Termogênese: manutenção da temperatura corpórea
Metabolismo normal:
o Carboidratos → glicose
o Proteínas → aminoácidos AcetilCoA → ATP
o Lipídios → ácidos graxos
Lidiane Pires 12
Fisiologia endócrina – Morfo IV
Metabolismo em Jejum:
o Organismo irá produzir ATP através:
Glicogênio (hepático/muscular)
Gliconeogênese (síntese de glicose no fígado através dos aminoácidos)
Tecido adiposo (beta-oxidação)
Tecido adiposo:
- Lipólise
Fígado: - Diminuição da captação de glicose
- Gliconeogênese Vaso sanguíneo
- Glicogenólise
Músculo:
- Diminuição da captação de glicose
- Glicogenólise
- Captação de ácido graxo livre
- Mobilização de aminoácidos
PANCREAS ENDÓCRINO:
o Libera glucagon e insulina
o É uma glândula exócrina e endócrina mista que desempenha papel fundamental na digestão e
no metabolismo
Lidiane Pires 13
Fisiologia endócrina – Morfo IV
INSULINA:
o Síntese de Insulina: hormônio peptídeo de 51 aminoácidos (reticulo endoplasmático)
o Transportadores de glicose:
GLUT 4 = na maioria de células
GLUT 2 = nas células beta, hepatócitos
o Ativação dos receptores das células-alvo pela insulina e consequentes efeitos celulares:
Insulina se liga a receptores da membrana da célula → atividade da tirosina cinase →
alta fosforilação → haverá produção de novos transportadores de glicose que irão para
membrana da célula**; síntese de proteínas; síntese de gordura; síntese de glicose;
crescimento e expressão de genes.
• Aumento de aminoácidos
• Aumento de ácidos graxos e corpos cetônicos
• Potássio
• GLP-1 (hormônio peptídeo semelhante ao glucagon)
• SNAParassimpático - acetilcolina
Fatores que diminuem a secreção de insulina:
• Baixa glicemia
• Jejum
• Exercicio
• Somatostatina
• SNASimpático - catecolaminas
o Mecanismo de feedback entre insulina e os nutrientes:
GLICOSE
AMINOÁCIDOS
AGL/ CETOÁCIDOS
POTÁSSIO
Estimula captação
Metabolismo e Estimula secreção
Armazenamento
INSULINA
o FASE ANABÓLICA:
Alimentação → aumento da glicemia sanguínea → estimula liberação de insulina no
pâncreas.
o Insulina é o hormônio do estado absortivo ou anabólico
A Insulina estimula processos anabólicos e inibe processos catabólicos
A Insulina promove anabolismo:
• Tecido adiposo e músculo esquelético exigem insulina para captação de glicose
– GLUT 4
• Fígado – hepatócitos – GLUT 2
• Ativação de enzimas para a utilização de glicose e síntese de glicogênio e
gordura
• Inibe enzimas para quebra de glicogênio, síntese de glicose (gliconeogênese)
• Ativa enzimas para síntese de proteínas e inibe enzimas que promovem quebra
de proteínas.
Lidiane Pires 16
Fisiologia endócrina – Morfo IV
↑ Captação de glicose;
↑ Síntese de glicogênio;
↑ Síntese proteica;
↑ Síntese de lipídios
↓ Gliconeogênese;
↓ Glicogenólise;
↓ Lipólise
DIABETES MELLITUS:
o Consiste num grupo de distúrbios que envolvem diferentes mecanismos patológicos:
Defeito na secreção da Insulina
Hiperglicemia
Defeito na ação da Insulina
o DM tipo 1 = deficiência na secreção de insulina – destruição auto-imune das células β
o DM tipo 2 = resistência à insulina – secreção de insulina aumentada/normal (início), ausente
(tardia).
FASE CATABÓLICA:
o Glucagon = hormônio do estado catabólico (2-3horas após alimentação)
o Cortisol, Adrenalina = estímulo das supra-renais com sono, exercício físico, estresse, etc.
o GLUCAGON (células α):
Hormônio peptídeo liberado em resposta a hipoglicemia
Ação antagônica a insulina. Atua principalmente no fígado e tecido adiposo
Ações do glucagon:
• Aumenta glicogenólise;
• Aumenta gliconeogênese hepática;
• Aumenta degradação de lipídios no tecido adiposo
o Mecanismo de ação do glucagon: (não vai pedir na prova)
Lidiane Pires 17
Fisiologia endócrina – Morfo IV
SÍNDROME DE CUSHING:
o Conjunto de sinais e sintomas que se manifestam pelo excesso de cortisol
CORTISOL:
o Um dos hormônios secretados pela supra renal
SUPRA-RENAL:
o Córtex da supra renal é dividida:
Zona glomerulosa
• Principalmente produtora de mineralocorticoide (Aldosterona).
Zona fasciculada
• Zona mais espessa
• Produtora principalmente de glicocorticoide (cortisol)
Zona reticulada
• Produtora dos hormônios androgênicos (DHEA)
Os três grupos secretados pelo córtex também recebem o nome de HORMONIOS
ESTEROIDAIS.
• Todo e qualquer hormônio esteroidal tem na sua estrutura um núcleo
esteroidal (núcleo composto de 4 aneis e 17 carbonos). Esse núcleo esteroidal
vem do precursor de todos eles; sendo transmitido a partir do COLESTEROL.
CORTISOL:
o Função: melhorar a resistência ao estresse
o Os níveis de cortisol circulantes são regulados pelo eixo hipotálamo-hipófise-glândula (supra-
renal ou adrenal)
O cortisol controla o eixo por feedback negativo de alça longa: capaz de inibir a síntese
e secreção de ACTH na hipófise, e no hipotálamo (CRH)
Além disso, os níveis de cortisol são controlados no tecido alvo(local de ação): no local
de ação tem uma enzima 11-hidroxiesteroidedesidrogenase que é capaz de converter o
cortisol em cortisona ou vice-versa
• O que altera é a isoformar: a 11-hidroxiesteroidedesidrogenase tipo 1 converte
cortisona em cortisol
o Importância: a cortisona é a forma inativa do cortisol. Portanto,
transforma a forma inativa em ativa
• E a 11-hidroxiesteroidedesidrogenase do tipo 2 converte o cortisol em
cortisona
o Onde tem a tipo 2 é renal – protege a ação sobre os receptores de
mineralocortisol.
o Secreção do cortisol fisiologicamente segue o ritmo circadiano. Predominantemente, o pico é
de manha (faz a gente acordar), ao longo do dia tem alguns pulsos de liberação e a noite decai
a liberação.
Lidiane Pires 20
Fisiologia endócrina – Morfo IV
Além disso, qualquer condição de estresse (frio intenso, calor intenso, jejum
prolongado, estresse emocional, infecções) vao estimular a liberação do cortisol, ao
estimular o hipotálamo e a medula adrenal (liberando também adrenalina e
noradrenalina).
• Maior o grau de estresse, maior a liberação de cortisol
o Uma vez liberado, o cortisol vai ser transportado, aproximadamente:
90% ligado a proteínas (principalmente a proteina de ligação do cortisol: CBG)
5% ligado a albumina (principalmente quando há excesso de cortisol)
5% na forma livre
O fato do cortisol ter uma alta ligação com proteínas, faz a duração da ação ser
prolongada.
o São lipossolúveis. Portanto, para o cortisol ser eliminado/excretado tem que sofrer
biotransformação de fase 1 e fase 2 que acontece nos hepatócitos e é excretado via renal,
sendo uma parte na forma de cortisona.
o AÇÕES DO CORTISOL:
Ação metabólica: interfere no metabolismo de lipídeos, carboidratos e proteinas
• Metabolismo de carboidrato:
o Estímulo de gliconeogênese
Facilita o armazena na forma de glicogênio hepático
Justifica níveis elevados de glicose plasmática
• Havendo aumento de liberação da insulina. Porém a
captação da glicose estará reduzida (resistência à
insulina)
Efeito direto no nível de glicose: hiperglicemia.
Lidiane Pires 21
Fisiologia endócrina – Morfo IV
• Metabolismo de proteina:
o Tecidos extra-hepáticos: diminui síntese e aumenta a degradação de
aminoácidos
o No fígado há maior mobilização de aminoácidos para ter a
gliconeogênese
Aumenta o anabolismo de proteínas no fígado
• Metabolismo de lipídios:
o Estimula a lipólise
o Redistribuição anormal de lipídios:
Os lipídios se acumulam na região central do corpo,
principalmente na região abdominal
Motivos/hipóteses: resistência a insulina está associada ao
aumento de gordura visceral e vice-versa; ou estimula a
diferenciação de pré-adipócitos em adipócitos, onde tem a
enzima que estimula a conversão em cortisona em cortisol
o Aumento de acido graxo e glicerol
Interfere no equilíbrio hidroeletrolítico:
• Pela ação mineralocorticoide:
o Em condições supra-fisiologicas a enzima que inativa o cortisol no rim
não consegue compensar a quantidade de cortisol. O cortisol, por ter
estrutura semelhante e estar em grande quantidade, por competição,
se liga ao receptor de aldosterona
Provoca retenção de sódio e eliminação de potássio.
Efeitos renais:
• Ação direta aumentando filtração glomerular
• Aumentam a filtração por aumentar o débito cardíaco (já que aumenta a
volemia)
Sistema cardio-vascular:
• Cortisol tem efeito permissivo nas catecolaminas: potencializam a ação da
adrenalina e noradrenalina
• Cortisol estimula produção de receptor β
• Podendo causar hipertensão
Musculo esquelético:
• Causa fraqueza e fadiga muscular (miopatia esteroide)
Efeitos endógenos:
• Suprime síntese e liberação de ACTH, GH, TSH e gonadotrofinas (central e
gônadas)
o Pode levar a infertilidade masculina ou feminina.
Efeitos centrais:
• Sensação de bem-estar, euforia
• Podem levar a eventos psiquiátricos (principalmente a pacientes predispostos)
• Depressão
Efeito sobre o cálcio:
• Efeito final: redução de massa óssea
o Devido a maior atividade de osteoclastos (tira cálcio do osso)
Lidiane Pires 22
Fisiologia endócrina – Morfo IV
METABOLISMO DO CALCIO:
o Há ingestão de cálcio via alimentar. Porém, de todo o cálcio ingerido, em média são absorvidos
cerca de 35%. O restante é perdido nas fezes.
Para que os processos digestivos aconteçam, é necessário que o nosso trato
gastrointestinal e as glândulas anexas produzam secreções (secreção salivar, suco
gástrico, bile, etc...). nestas secreções tem cálcio, e portanto, para que a digestão
aconteça, há perca de cálcio (equivalente a 15% do que se ingere). De forma que nossa
absorção efetiva do cálcio é de mais ou menos 20% de cálcio ingerido.
O cálcio absorvido (em individuo adulto, hígido, sem necessidades de cálcio) será
eliminado através da urina na mesma proporção. = BALANÇO NEUTRO DO CALCIO
Em uma criança em idade de crescimento (ou em um adulto que precise de cálcio, p.ex.
para reparar uma fratura), o balanço não será neutro. Ele vai absorver muito mais do
que perde na urina. Esse cálcio vai para estruturar os tecidos novos que estão sendo
formados = BALANÇO POSITIVO DE CALCIO (absorve mais do que perde)
Há situações em que há um BALANÇO NEGATIVO DE CALCIO, onde há mais perda de
cálcio do que o absorvido. Isso normalmente acontece em patologias
o Absorção intestinal, embora pequena, depende do hormônio vitamina D3 (vitamina D ativa).
Essa vitamina que vai estimular os enterócitos a promoverem a absorção do cálcio. Na ausência
dessa vitamina, a absorção de cálcio é extremamente comprometida.
o VITAMINA D3:
Tem origem na vitamina D inativa (colecalciferol), que é adquirida pela dieta ou pela
produção dessa molécula no sistema tegumentar a partir do colesterol (as nossas
células da derme são capazes de produzir vitamina D a partir do colesterol desde que
sofram influencia de raios ultravioletas)
• Sendo a produção é muito mais eficaz que a ingestão.
Uma vez presente, o colecalciferol vai passar por duas etapas de ativação:
• 1ª acontece no fígado. A molécula vai receber uma hidroxila na posição 25,
formando o 25-hidrozi-colecalciferol.
• 2ª etapa acontece nos rins. Essa molécula vai receber mais uma hidroxila e
dependendo da posição da hidroxila, ela continua inativa ou passará a ser
ativa. Se ela for para posição 24, ela continuará inativa. Porém, se ela receber a
hidroxila na porção 1, ela ficara ativa (1-25-di-hidroxi-colecalciferol = vitamina
D3)
o Quem determina a posição é a enzima: alpha-hidroxilase: uma vez
ativa, posiciona a hidroxila na posição 1, tornando a vitamina ativa
Fatores que ativam essa enzima:
1. Diminuição dos níveis plasmáticos de cálcio
2. Diminuição dos níveis plasmáticos de fosfato
3. Presença do paratormônio
→ A função principal da vitamina D3 é fornecer cálcio e fosfato disponíveis para
o organismo:
Lidiane Pires 25
Fisiologia endócrina – Morfo IV
Ações da vitamina D:
o Aumenta absorção intestinal de cálcio e fosfato
o Aumenta reabsorção óssea (aumenta ação dos osteoclastos) – maior deposito de cálcio e
fosfato é no sistema ósseo.
A vitamina D3 aumenta a atividade dos osteoclastos (aumenta a degradação do osso,
fornecendo para o plasma: cálcio e fosfato)
o Objetivo das duas ações de cima: aumentar a disponibilidade de cálcio e fosfato do plasma,
para a ação dos osteoblastos.
Os osteoblastos fazem a deposição óssea (produção de osso novo)
o Aumenta reabsorção renal de cálcio e fosfato (ação menor)
A vitamina D3 diminui a perda urinaria de cálcio e fosfato.
PARATORMÔNIO (PTH):
o Controla, de fato, os níveis de cálcio livre (enquanto que a vitamina D3 apenas disponibiliza)
o O paratormônio é produzido nas paratireoides
o Tem características proteicas
o Estimulo da secreção do PTH:
Principal: nível plasmático de cálcio livre/ ionizado (se essa concentração plasmática
cai, a secreção do PTH aumenta)
Concentração de vitamina D3: quanto maior a quantidade de vitamina D, menor a
secreção de PTH.
o Função é aumentar a concentração de cálcio livre.
o Ações do PTH:
Age indiretamente sobre a absorção intestinal (ativa a alpha-hidroxilase) – aumenta
níveis plasmáticos de cálcio total (cálcio + fosfato)
Atua diretamente sobre o sistema ósseo: estimula a reabsorção óssea (atua sobre o
osteoblasto que libera um mediador químico local que estimula o osteoclasto a fazer a
reabsorção óssea) – aumenta os níveis plasmáticos de cálcio total (cálcio + fosfato)
Ação sobre os rins: nos rins, tanto o fosfato e o cálcio são livremente filtrados e sofrem
reabsorção renal em lugares diferentes (no TCproximal reabsorção de fosfato, e no
distal reabsorção de cálcio)
• O PTH age de forma antagônica: estimula a reabsorção de cálcio e inibe a
reabsorção de fosfato = promove perda de fosfato urinário, porém, aumenta o
nível plasmático de cálcio livre.
CALCITONINA:
o Produzido pelas células parafoliculares da tireóide
o Tem ação contrario ao PTH: a calcitonina atua diminuindo a concentração plasmática de cálcio
Porém, o PTH é capaz sozinho de regular os níveis plasmáticos de cálcio.
A calcitonina diminui a atividade dos osteoclastos
Diminui o cálcio plasmático
Com importância fisiológica menor que o PTH
o Importância clinica:
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