Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
OS CIRCUITOS – GERAL
Dentro do sistema dependente do eixo hipotalâmico-hipofisário estão 9
circuitos:
1. Circuito da Suprarrenal
2. Circuito da Tireoide
3. Circuito ovariano
4. Circuito Testicular
5. Circuito do Hormônio do Crescimento
6. Circuito da Prolactina
7. Circuito do Hormônio Estimulantes dos Melanócitos
8. Circuito da Ocitocina
9. Circuito do Hormônio Antidiurético
Agora, vamos ver cada um deles:
CIRCUITO DA SUPRARRENAL
O hormônio liberador da Corticotropina (CRH) ao chegar na
adenohipófise, através do sistema porta-hipofisário, e vai estimular a
secreção do Hormônio Adrenocorticotrópico (ACTH) que, via corrente
sanguínea sistêmica, ao chegar no córtex adrenal vai estimular a secreção
de glicocorticoides (na maioria das espécies é o cortisol) que então vão
atuar onde tiver receptor para eles. Esse circuito está envolvido
principalmente com situação de estresse, o cortisol tenta proteger o
organismo o metabolismo, adaptando
nossa função cardiovascular e regulando a função de defesa. Porém o
cortisol alto em longo prazo prejudica o organismo do animal ao invés de
proteger.
O cortisol faz feedback negativo para parar a secreção de CRH e ACTH,
por ser um hormônio lipossolúvel possui receptores intracelular (no núcleo
da célula) e vai inibir a expressão da síntese de ACTH, CRH que são
polipeptídicos além de inibir o gene que expressa o receptor para CRH nas
células corticotropas diminuindo a produção na hipófise.
CIRCUITO DA TIREOIDE
São dois hormônios tireóideos que participam do eixo
hipotalâmicohipofisário: T3, que possui 3 iodos (Triiodotironina) e T4, que
possui 4 (Tiroxina), a calcitonina não participa do eixo. A diminuição na
concentração sérica de T3 e T4 é o estímulo para que haja a produção e
secreção desses hormônios. Quando diminui a concentração sessa o
feedback negativo na hipófise e no hipotálamo, logo aumenta a liberação
de TRH (Hormônio Liberador de Tireotropina) e TSH (Hormônio
Estimulante da Tireoide) e isso faz com que aumente os níveis de T3 e T4.
Quando a fração livre de T3 e T4 estiver alta, acima do nível normal, volta
a ocorrer o feedback negativo para a produção de TRH, TSH e do receptor
para TRH nas células tireotrópicas. O estresse também consegue aumentar
os níveis de T3 e T4, principalmente o estresse pelo frio, visto que T3 e o
T4 auxiliam no processo de quebra, portanto eles aumentam a produção de
calor.
Ao cair na corrente sanguínea sistêmica T3 e o T4 irão agir onde houver
receptor pare eles, como no fígado, rins, tecido muscular, cérebro entre
outros. Apesar de serem aminoácidos são hormônios lipossolúveis. O T3 e
o T4 têm papel principalmente de quebra de gordura e glicogênio, mas
também auxiliando o GH exercem papel na síntese de proteínas, além de
aumentarem o consumo de oxigênio e a produção de gás carbônico, isso
ocorre porque eles aceleram o metabolismo celular. Como o aceleramento
do metabolismo celular é necessário para o crescimento e diferenciação
tecidual o GH depende do aporte de T3 e o T4 pois são os hormônios que
mais interferem no metabolismo celular, sendo assim T3 e o T4 fornecem a
energia que o GH necessita para realizar a sua função.
CIRCUITO OVARIANO
O ovário é uma glândula endócrina e exócrina. Sua função endócrina é a
produção, principalmente, dos esteroides gonadais, como estrógeno,
progesterona e testosterona e também dos hormônios inibina e ativina
(inibina é um hormônio peptídico que inibe a secreção de FSH e do
estrógeno) e sua função exócrina é a produção de ovócitos. O estímulo
para a secreção dos hormônios do ovário está relacionado com a
concentração desses hormônios no próprio organismo, quando ocorre
aumento da concentração de estrógeno numa fêmea, vai ocorrer a inibição
da secreção de FSH; em contra partida se houver aumento de progesterona
vai ocorrer a inibição da secreção de LH. Portanto, o que determina a
ciclicidade ovariana é o tipo de hormônio que tá sendo liberado em
determinado momento. Por ação do FSH o folículo ovariano se
desenvolveu
e começou a secretar estrógeno, o estrógeno inibe o FSH e ao mesmo
tempo estimula o LH, o LH vai gerar a ovulação e a formação do corpo
lúteo, o corpo lúteo passa a secretar progesterona que vai inibir o LH,
quando todos os hormônios estivem com seus níveis baixos, o novo ciclo
vai estimular o FSH. Nas aves esse estímulo à secreção hormonal é
diferente dos mamíferos, pois nas aves não vai haver um corpo lúteo. O
ciclo ovariano é constante até que ocorra uma gestação, quando ocorre a
prenhes o ciclo é interrompido.
CIRCUITO TESTICULAR
Assim como o ovário o testículo é uma glândula endócrina e exócrina. Sua
função endócrina é a produção principalmente de testosterona, também
produz estrogênio, inibina e ativina e sua função exócrina é a produção de
espermatozoides. A regulação desse circuito também é através dos níveis
dos hormônios sintetizados pelo testículo. Ao se ter uma queda da
testosterona, perde o feedback negativo no hipotálamo e na hipófise com
relação ao LH, no macho é a testosterona que faz feedback negativo no LH,
sendo assim volta a produção de LH e este vai estimular as células de
Leydig para que produzam testosterona aumentando assim sus níveis. Já o
FSH sofre inibição do estrógeno e da inibina. Sempre que ocorre o aumento
da testosterona também ocorre o aumento do estrógeno e da inibina, por
esse motivo no macho nós se tem um ciclo. A testosterona é produzida nas
células de Leydig que são células intersticiais, e ao chegar nas células de
Sertoli, a testosterona é convertida em estrógeno, dihidrotestosterona e
também vai ter o estímulo para a síntese de inibina, sendo assim ao mesmo
tempo tem-se o aumento de testosterona, estrógeno, inibina e di-
hidrotestosterona, esse aumento
de testosterona gera feedback negativo na produção de LH e a inibina em
conjunto com o estrógeno faz feedback negativo com FSH, logo, FSH,LH,
testosterona, inibina, di-hidrotestosterona e estrógeno irão ao mesmo
tempo,ter seus níveis diminuídos.