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FACES - UniCEUB

Roteiro de Estudo - Sistema Endócrino


Prof. Lélia

Sistema endócrino e homeostasia

• A comunicação é um processo no qual um remetente transmite sinais para um ou mais receptores para
controlar e coordenar ações.
• No corpo humano, dois principais sistemas orgânicos participam de uma comunicação relativamente "de
longa distância": o sistema nervoso e o sistema endócrino.
• Os sistemas nervoso e endócrino atuam juntos para coordenar funções de todos os sistemas do corpo, ou
seja, responsáveis pela manutenção da homeostase no organismo.
Lembrar
O sistema nervoso atua por meio de impulsos nervosos conduzidos ao longo dos axônios dos neurônios.
Nas sinapses, os impulsos nervosos desencadeiam a liberação de moléculas mediadoras (mensageiras)
chamadas de neurotransmissores.
• O sistema endócrino também controla atividades corporais por meio da liberação de mediadores,
chamados HORMÔNIOS, porém os meios de controle dos dois sistemas são bastante diferentes.
• O sistema endócrino usa apenas um método de comunicação: sinalização química.

1 HORMÔNIO
• É uma molécula mediadora liberada em alguma parte do corpo que regula a atividade
celular em outras partes do corpo.
• A maioria dos hormônios entra no líquido intersticial e, depois, na corrente sanguínea.
• O sangue circulante leva hormônios às células de todo o corpo.
Importante
Tanto os neurotransmissores quanto os hormônios exercem seus efeitos ligando-se a receptores encontrados
nas suas “células alvo”.
Exemplo à hormônio tireoestimulante (TSH) se liga a receptores nas células da glândula tireoide, porém não
se liga a células dos ovários, pois as células ovarianas não possuem receptores de TSH
• O mesmo hormônio pode desempenhar um papel em uma variedade de processos fisiológicos diferentes,
dependendo das células-alvo envolvidas.
o Exemplo à hormônio oxitocina promove contrações uterinas em mulheres em trabalho de parto e
é importante na amamentação.

TRANSPORTE HORMONAL NO SANGUE


2 HIPOTÁLAMO E HIPÓFISE
• Por muitos anos, a glândula hipófise foi chamada de glândula endócrina “mestra” porque secreta vários
hormônios que controlam outras glândulas endócrinas.
• Hoje, sabemos que a hipófise propriamente dita tem um mestre – o hipotálamo.
• Essa pequena região do encéfalo abaixo do tálamo é a principal conexão entre os sistemas nervoso e
endócrino.
• As células no hipotálamo sintetizam, pelo menos, nove hormônios diferentes (Hormônio liberadores e
inibidores; Hormônio antidiurético (ADH); Ocitocina) e a hipófise secreta sete (Hormônio do crescimento
(GH); Hormônio estimulador da tireoide (TSH); Hormônio adrenocorticotrópico (ACTH); Hormônio folículo-
estimulante (FSH); Hormônio luteinizante (LH); Prolactina (PRL) e Hormônio melanócitos estimulante (MSH).
• Esses hormônios desempenham funções importantes na regulação de praticamente todos os aspectos do
crescimento, desenvolvimento, metabolismo e homeostasia.

2.1 ADENO-HIPÓFISE

• A adeno-hipófise secreta hormônios que regulam uma ampla variedade de atividades corporais, desde o
crescimento até a reprodução.
• A liberação de hormônios da adeno-hipófise é estimulada por hormônios liberadores e suprimida por
hormônios inibidores do hipotálamo.
• Sendo assim, os hormônios hipotalâmicos constituem uma ligação importante entre os sistemas nervoso e
endócrino

2.2 TIPOS DE CÉLULAS DA ADENO-HIPÓFISE E SEUS HORMÔNIOS

• Cinco tipos de células da adeno-hipófise


• SOMATOTROFOS, TIREOTROFOS, GONADOTROFOS, LACTOTROFOS E CORTICOTROFOS
1. Somatotrofos
• secretam hormônio do crescimento (GH) ou
somatotrofina.
• GH estimula vários tecidos a secretarem fatores
de crescimento insulino-símiles (IGF), hormônios
que estimulam o crescimento corporal geral e
regulam aspectos do metabolismo.
o Estímulo a divisão celular nos vários
tecidos alvos
o Alongamento dos ossos – condrócitos das
placas epifisárias

2. Tireotrofos secretam hormônio tireoestimulante (TSH) ou tireotrofina.


• O TSH controla as secreções e outras atividades da glândula tireoide.

3. Gonadotrofos secretam duas gonadotrofinas que atuam nas gônadas;


o hormônio foliculoestimulante (FSH)
o hormônio luteinizante (LH).
• Estimulam a secreção de estrogênios e progesterona e a maturação de ovócitos nos ovários;
• Estimulam a produção de espermatozoides e a secreção de testosterona nos testículos.

4. Lactotrofos secretam prolactina (PRL) à a produção de leite nas glândulas mamárias.

5. Corticotrofos secretam hormônio adrenocorticotrófico (ACTH) ou corticotrofina


• estimula o córtex da glândula suprarrenal a secretar glicocorticoides como cortisol.

TABELA - Hormônios da Adeno-Hipófise.


HORMÔNIO
SECRETADO HORMÔNIO HIPOTALÂMICO LIBERADOR (ESTIMULA A HIPOTALÂMICO INIBIDOR
HORMÔNIO POR SECREÇÃO) (SUPRIME A SECREÇÃO)

Hormônio do crescimento (GH), também Somatotrofos Hormônio liberador do hormônio do crescimento (GHRH), Hormônio inibidor do
conhecido como somatotro na também conhecido como somatocrinina hormônio do crescimento
(GHIH), também conhecido
como somatostatina

Hormônio tireoestimulante (TSH), Tireotrofos Hormônio liberador de tireotro na (TRH) Hormônio inibidor do
também conhecido como tireotro na hormônio do crescimento
(GHIH)

Hormônio foliculoestimulante (FSH) Gonadotrofos Hormônio liberador de gonadotro na (GnRH) –

Hormônio luteinizante (LH) Gonadotrofos Hormônio liberador de gonadotro na (GnRH) –

Prolactina (PRL) Lactotrofos Hormônio liberador de prolactina (PRH)* Hormônio inibidor da


prolactina (PIH), que é a
dopamina

Hormônio adrenocorticotró co (ACTH), Corticotrofos Hormônio liberador de corticotro na (CRH) –


também conhecido como corticotro na

Hormônio melanócitoestimulante Corticotrofos Hormônio liberador da corticotro na (CRH) Dopamina


(MSH)

*Acredita­se que exista, porém a natureza exata é incerta.

Figura 18.6 Regulação das células hipotalâmicas neurossecretoras e corticotrofos da adeno­hipófise por feedback negativo. As
setas verdes sólidas indicam estímulo das secreções; as setas vermelhas pontilhadas querem dizer inibição da secreção via feedback
negativo.
2.3 CONTROLE DA SECREÇÃO PELA ADENO-HIPÓFISE.

grânulos de melanina nos melanócitos. Sua função exata em humanos é desconhecida, porém a presença de receptores de
MSH no encéfalo sugere que pode influenciar a atividade encefálica. Há pouco MSH circulante em humanos. Entretanto, a
administração  contínua  de  MSH  ao  longo  de  vários  dias  produz  escurecimento  da  pele.  Níveis  excessivos  de  hormônio
liberador de corticotrofina (CRH) podem estimular a liberação de MSH; a dopamina inibe a liberação de MSH.
A Tabela 18.4 resume as principais ações dos hormônios da adeno­hipófise.

Resumo das principais ações dos hormônios da adeno-hipófise.


TABELA 18.4 Resumo das principais ações dos hormônios da adeno­hipófise.

HORMÔNIO TECIDOS-ALVO PRINCIPAIS AÇÕES

Hormônio do crescimento Estimula fígado, músculos, cartilagem, osso e outros tecidos a sintetizarem e secretarem fatores
(GH), também conhecido de crescimento insulina-símiles (IFG); os IFG promovem o crescimento de células corporais, a
como somatotro na síntese proteica, o reparo tecidual, a lipólise e a elevação da concentração de glicose sanguínea.

Hormônio Estimula a síntese e a secreção de hormônios da tireoide pela glândula tireoide


tireoestimulante (TSH),
também conhecido como
tireotro na

Hormônio Nas mulheres, inicia o desenvolvimento de ovócitos e induz à secreção ovariana de estrogênios.
foliculoestimulante (FSH) Em homens, estimula os testículos a produzirem espermatozoides.

Hormônio luteinizante Nas mulheres, estimula a secreção de estrogênios e progesterona, a ovulação e a formação do
(LH) corpo lúteo. Nos homens, estimula os testículos a produzirem testosterona.

Prolactina (PRL) Junto com outros hormônios, promove a produção de leite nas glândulas mamárias.

Hormônio Estimula a secreção de glicocorticoides (principalmente cortisol) pelo córtex da glândula


adrenocorticotró co suprarrenal.
(ACTH), também
conhecido como
corticotro na

Hormônio melanócito- A função exata em humanos é desconhecida, porém pode in uenciar a atividade encefálica;
estimulante (MSH) quando presente em excesso, pode causar escurecimento da pele.

Neuro-hipó鮆鮅se
Embora não sintetize hormônios, a neuro­hipófise armazena e libera dois hormônios. É composta por axônios e terminais
axônicos  de  mais  de  10.000  células  hipotalâmicas  neurossecretoras.  Os  corpos  celulares  das  células  neurossecretoras  se
encontram  nos  núcleos  paraventricular  e  supraóptico  do  hipotálamo;  seus  axônios  formam  o  trato  hipotálamo­
2.4 NEURO-HIPÓFISE

• Embora não sintetize hormônios, a neuro-hipófise armazena


e libera dois hormônios.
• A neuro-hipófise é na verdade uma extensão dos neurônios
dos núcleos paraventricular e supraóptico do hipotálamo.
• Os corpos celulares dessas regiões repousam no hipotálamo,
mas seus axônios descem como o trato hipotálamo-
hipofisário no infundíbulo e terminam nos terminais dos
axônios que compõem a hipófise posterior
• Esse trato começa no hipotálamo e termina perto de capilares
sanguíneos na neuro-hipófise
• A neuro-hipófise não produz hormônios, mas armazena e secreta hormônios produzidos pelo hipotálamo.
• Os núcleos paraventriculares produzem o hormônio ocitocina (OT), enquanto os núcleos supraópticos
produzem ADH (hormônio antidiurético - vasopressina).

A ocitocina e o hormônio antidiurético são sintetizados no hipotálamo e liberados no plexo capilar do infundíbulo na neuro-hipófise.

2.4.1 HORMÔNIO ANTIDIURÉTICO (ADH ou HAD) - vasopressina


• Antidiurético é uma substância que diminui a produção de urina.
• O HAD faz com que os rins devolvam mais água ao sangue
diminuindo o volume urinário.
• Na ausência de HAD o débito urinário aumenta mais de 10 vezes,
passando do normal 1 ou 2 dois litros para cerca de 20 L por dia.
• O HAD diminui a perda de água pela sudorese e causa constrição
das arteríolas, elevando a pressão do sangue.
• O nome vasopressina está relacionado com o efeito sobre a
pressão arterial.

A pressão osmótica sanguínea alta (ou diminuição do volume sanguíneo) – devido a


desidratação ou um declínio no volume sanguíneo em decorrência de hemorragia,
diarreia ou sudorese excessiva
 TESTE RÁPIDO

9. Em que aspecto a glândula hipófise é, na verdade, duas glândulas?
10. Como hormônios hipotalâmicos de liberação e inibição influenciam as secreções da adeno­hipófise?
11. Descreva a estrutura e a importância do trato hipotálamo­hipofisial.

Resumo dos hormônios da neuro-hipófise.


TABELA 18.5 Resumo dos hormônios da neuro­hipófise.

HORMÔNIO E TECIDOS-ALVO CONTROLE DA SECREÇÃO AÇÕES PRINCIPAIS

Ocitocina (OT) Células neurossecretoras do hipotálamo secretam OT em Estimula a contração das células musculares
resposta à distensão uterina e à estimulação dos mamilos lisas do útero durante o parto; estimula a
contração de células mioepiteliais nas
glândulas mamárias para promover a ejeção
de leite

Hormônio antidiurético (HAD) ou As células neurossecretoras do hipotálamo secretam HAD em Conserva a água corporal por meio da
vasopressina resposta a elevação da pressão osmótica do sangue, diminuição do volume de urina; reduz a perda
desidratação, perda de volume sanguíneo, dor ou estresse; de água pela perspiração; eleva a pressão
baixa pressão osmótica do sangue, volume sanguíneo elevado arterial por meio da constrição das arteríolas
e álcool etílico são inibidores da secreção de HAD

2.5 GLÂNDULA
18.7 TIREOIDE
Glândula tireoide

• Um órgão  OBJETIVO
em forma de borboleta, a glândula tireoide está localizada anterior à traqueia, logo abaixo da
• Descrever a localização, a histologia, os hormônios e as funções da glândula tireoide.
laringe.
A  glândula  tireoide,  em  formato  de  borboleta,  está  localizada  logo  abaixo  da  laringe.  É  composta  pelos  lobos  direito  e
• Microscópicos sacos esféricos chamados de folículos da tireoide
esquerdo, um em cada lado da traqueia, conectados por um istmo, anteriormente à traqueia (Figura 18.10A). Cerca de 50%
• Quandodas glândulas tireoides apresentam um pequeno terceiro lobo, chamado de lobo piramidal, que se estende superiormente a
as células foliculares estão inativas, seu formato varia de cúbico a pavimentoso, porém, sob a
partir do istmo. A massa normal da tireoide é de aproximadamente de 30 g.
influência Microscópicos 
do TSH, passam sacos  a secretar
esféricos  ativamente
chamados  e sua
de  folículos  da  forma
tireoide  varia
(Figura de cúbica
18.10B)  a colunar.
constituem  grande  parte  da
• As células foliculares produzem dois hormônios: tiroxina, também chamada de tetraiodotironina (T4 ), pois
glândula tireoide. A parede de cada folículo é constituída principalmente por células foliculares, cuja maioria se estende até
o  lúmen  do  folículo.  Uma  membrana  basal  envolve  cada  folículo.  Quando  as  células  foliculares  estão  inativas,  seu
contémformato varia de cúbico a pavimentoso, porém, sob a influência do TSH, passam a secretar ativamente e sua forma varia de
quatro átomos de iodo, e tri-iodotironina (T3 ), que contém três átomos de iodo.
• T 3 e T cúbica 
4 juntas também são chamadas de hormônios da tireoide.
a  colunar.  As  células  foliculares  produzem  dois  hormônios:  tiroxina,  também  chamada  de  tetraiodotironina  (T4),
pois contém quatro átomos de iodo, e tri­iodotironina (T 3), que contém três átomos de iodo. T3  e  T4  juntas  também  são
• Entre os folículos,
chamadas  podem da 
de  hormônios  sertireoide. 
encontradas algumaspodem 
Entre  os  folículos,  células chamadas
ser  encontradas  de células
algumas  parafoliculares
células  chamadas  de  células ou células
C. parafoliculares ou células C. Elas produzem o hormônio calcitonina (CT), que ajuda a regular a homeostasia do cálcio.

• Elas produzem o hormônio calcitonina (CT), que ajuda a regular a homeostasia do cálcio.
Formação, armazenamento e liberação dos hormônios da tireoide
A  glândula  tireoide  é  a  única  glândula  endócrina  que  armazena  seu  produto  secretório  em  grandes  quantidades  –
normalmente o suficiente para cerca de 100 dias.
A síntese e a secreção de T3 e T4 ocorrem da seguinte forma (Figura 18.11):
Retenção de iodeto.  As  células  foliculares  da  tireoide  retêm  íons  iodeto  (I–),  transportando­os  ativamente  do  sangue
para o citosol. Por conta disso, em geral, a glândula tireoide contém a maioria do iodeto corporal.
Síntese  de  tireoglobulina.  Ao  mesmo  tempo  que  retêm  I–,  as  células  foliculares  também  sintetizam  tireoglobulina
(TGB), uma grande glicoproteína produzida no retículo endoplasmático rugoso, modificada no complexo de Golgi e
armazenada em vesículas secretoras. As vesículas sofrem exocitose, o que libera TGB para o lúmen do folículo.
Oxidação  de  iodeto.  Parte  dos  aminoácidos  na  TGB  consiste  em  tirosinas  que  se  tornarão  iodadas.  Entretanto,  íons
iodeto  com  carga  elétrica  negativa  não  conseguem  se  ligar  à  tirosina  até  que  sofram  oxidação  (remoção  de  elétrons)
para iodeto: 2 I ­ → I 2. Na medida em que os íons iodeto são oxidados, eles atravessam a membrana para o lúmen do
folículo.
Iodação  da  tirosina.  Conforme  moléculas  de  iodo  (I2)  se  formam,  elas  reagem  com  as  tirosinas  integrantes  das
moléculas  de  tireoglobulina.  A  ligação  de  um  átomo  de  iodo  produz  monoiodotirosina  (T1)  e  a  de  dois  produz  di­
iodotirosina  (T2).  A  TGB  com  átomos  de  iodo  fixados  é  um  material  viscoso  que  se  acumula  e  é  armazenado  no
lúmen do folículo da tireoide, chamado de coloide.

Figura 18.10 Localização, irrigação sanguínea e histologia da glândula tireoide.

Os hormônios da tireoide regulam (1) o uso de oxigênio e a taxa metabólica basal, (2) o metabolismo celular e (3)
2.5.1 Ações dos hormônios da tireoide
• Uma vez que a maioria das células corporais apresenta receptores para hormônios da tireoide (T3 e T4),
esses hormônios exercem seus efeitos por todo o corpo.
1. Os hormônios da tireoide aumentam a taxa metabólica basal (TMB)
a. que consiste no consumo de oxigênio em condições basais ou padrão (acordado, em repouso e
jejum) por meio da estimulação do uso de oxigênio celular na produção de ATP.
b. Quando a taxa metabólica basal aumenta, o metabolismo celular dos carboidratos, lipídios e
proteínas se torna mais intenso.
2. Estimular a síntese de bombas adicionais de sódio e potássio (Na+/K+/ATPase),
a. Utiliza grandes quantidades de ATP para continuamente ejetar íons sódio (Na+ ) do citosol no líquido
extracelular e íons potássio (K+ ) do líquido extracelular no citosol.
b. Com a produção e a utilização de mais ATP pelas células, mais calor é liberado e a temperatura
corporal sobe.
c. Esse fenômeno é chamado de efeito calorigênico.
d. Dessa maneira, os hormônios da tireoide têm participação importante na manutenção da
temperatura corporal normal.
e. Mamíferos normais são capazes de sobreviver a temperaturas muito baixas, mas aqueles cuja
glândula tireoide foi removida não conseguem.

2.5.2 Resumo: Regulação da síntese de TH


• A libertação de T3 e T4 a partir da glândula tiroide é
regulada pelo hormônio estimulante da tiroide (TSH).
• Os níveis sanguíneos de T3 e T4 estimulam a liberação
do hormônio de libertação de tirotropina (TRH) a
partir do hipotálamo, o que desencadeia a secreção
de TSH a partir da pituitária anterior.
• Por sua vez, o TSH estimula a glândula tireoide a
secretar T3 e T4.
• Os níveis de TRH, TSH, T3 e T4 são regulados por um
sistema de feedback negativo em que os níveis de T3
e T4 aumentando, diminuem da produção e secreção
de TSH.

2.5.3 Calcitonina
• O hormônio produzido pelas células parafoliculares da glândula tireoide é a calcitonina (CT).
• A CT diminui o nível sanguíneo de cálcio por meio da inibição da ação dos osteoclastos, células que
degradam a matriz celular óssea.
• A secreção de CT é controlada por um sistema de feedback negativo.
• A calcitonina é liberada em resposta a um aumento nos níveis de cálcio no sangue.
• Tendo uma função na diminuição das concentrações de cálcio no sangue
§ Inibindo a atividade dos osteoclastos, células ósseas que liberam cálcio na circulação pela degradação da
matriz óssea;
§ Aumento da atividade osteoblástica;
§ Diminuindo a absorção de cálcio no intestino;
§ Aumento da perda de cálcio na urina.
Tabela – Resumo dos hormônios da glândula tireoide.
HORMÔNIO E FONTE CONTROLE DA SECREÇÃO PRINCIPAIS AÇÕES

T3 (tri-iodotironina) e T4 (tiroxina) ou A secreção é intensi cada pelo hormônio liberador de Aumentam a taxa metabólica basal; estimulam a
hormônios da tireoide das células foliculares. tireotro na (TRH), que estimula a liberação de síntese de proteínas; acentuam o uso de glicose e
hormônio tireoestimulante (TSH) em resposta aos ácidos graxos para a produção de ATP; intensi cam a
níveis reduzidos de hormônio da tireoide, taxa lipólise; aumentam a excreção de colesterol; aceleram
metabólica baixa, frio, gravidez e altitudes elevadas; o crescimento corporal; contribuem para o
as secreções de TRH e TSH são inibidas frente a níveis desenvolvimento do sistema nervoso
elevados de hormônios da tireoide; níveis altos de iodo
suprimem a secreção de T3/T4

Calcitonina (CT) das células parafoliculares Níveis sanguíneos elevados de Ca2+ estimulam a Reduz os níveis sanguíneos de Ca2+ e HPO42– inibindo
secreção; níveis sanguíneos baixos de Ca2+ inibem a a reabsorção óssea pelos osteoclastos e acelerando a
secreção captação de cálcio e fosfatos na matriz celular óssea

2.6 GLÂNDULAS PARATIREOIDES


18.8 Glândulas paratireoides
• Parcialmente incrustadas na face posterior dos lobos direito e esquerdo da glândula tireoide, encontramos
 OBJETIVO
várias pequenas massas de tecido arredondadas chamadas de glândulas paratireoides.
• Em• geral, uma glândula paratireoide inferior e uma superior estão fixadas em cada lobo da tireoide, em um
Descrever a localização, a histologia, o hormônio e as funções das glândulas paratireoides.
total de quatro.
Parcialmente incrustadas na face posterior dos lobos direito e esquerdo da glândula tireoide, encontramos várias pequenas
•massas de tecido arredondadas chamadas de glândulas paratireoides. Cada uma pesa cerca de 40 mg (0,04 g). Em geral,
Microscopicamente, as glândulas paratireoides contêm dois tipos de células epiteliais:
o Células principais (mais numerosas) à paratormônio (PTH).
uma glândula paratireoide inferior e uma superior estão fixadas em cada lobo da tireoide (Figura 18.13A), em um total de
o Células Oxífilas à não secretam PTH e aparentemente* são células principais em processo evolutivo
quatro.
Microscopicamente, as glândulas paratireoides contêm dois tipos de células epiteliais (Figura 18.13B, C). As células
mais  numerosas,  chamadas  de  células principais,  produzem  o  paratormônio (PTH).  A  função  do  outro  tipo  de  célula,
chamado de célula oxifílica, não é conhecida na glândula paratireoide normal. No entanto, sua presença ajuda a identificar
com clareza a glândula paratireoide do ponto de vista histológico devido às suas características únicas de coloração. Além
disso, no câncer de glândulas paratireoides, as células oxifílicas secretam PTH em excesso.

Paratormônio
O paratormônio é o principal regulador dos níveis de cálcio (Ca2+), magnésio (Mg2+) e fosfato (HPO42–) no sangue. A ação
específica do PTH é aumentar a quantidade e a atividade dos osteoclastos. O resultado é reabsorção óssea acentuada, o que
2+
libera cálcio (Ca
2.6.1 ) e fosfatos (HPO42–) no sangue. O PTH também atua nos rins. Primeiro, retarda a perda de Ca2+ e Mg2+
Paratormônio
2– 2–
•do sangue para a urina. Em segundo lugar, acentua a perda de HPO
O paratormônio é o principal regulador dos níveis de cálcio 4  do sangue para a urina. Uma vez que mais HPO
(Ca2+), magnésio (Mg2+) e fosfato (HPO42–4 )  é no
perdido  na  urina  do  que  ganho  dos  ossos,  o  PTH  diminui  o  nível  sanguíneo  de  HPO42–  e  eleva  os  níveis  sanguíneos  de
sangue.
2+ 2+
•Ca A e Mg . Um terceiro efeito do PTH sobre os rins é a promoção da formação do hormônio calcitriol, que consiste na
ação específica do PTH é aumentar a quantidade e a atividade dos osteoclastos.
forma ativa da vitamina D. O calcitriol, também conhecido como 1,25­di­hidroxivitamina D3, aumenta a taxa de absorção
o secreção de PTH causa a liberação de cálcio dos ossos, estimulando os osteoclastos, que secretam
sanguínea de Ca2+, HPO42– e Mg2+ no sistema digestório.
enzimas que degradam os ossos e liberam cálcio no fluido intersticial.
o O PTH também inibe os osteoblastos, as células envolvidas na deposição óssea, poupando assim o
Controlecálcioda no sangue. da calcitonina e do paratormônio
secreção
o O resultado é reabsorção óssea acentuada, o que libera cálcio (Ca2+) e fosfatos (HPO42–) no sangue.
O  nível  sanguíneo  de  cálcio  controla  diretamente  a  secreção  de  calcitonina  e  paratormônio  por  meio  de  alças  de  feedback
•negativo que não envolvem a glândula hipófise (Figura 18.14):
O PTH também atua nos RINS.
O  nível  sanguíneo  de  íons  cálcio  (Ca2+)  acima  do  normal  estimula  as  células  parafoliculares  da  glândula  tireoide  a
liberarem mais calcitonina.
A calcitonina inibe a atividade dos osteoclastos, diminuindo, dessa forma, o nível sanguíneo de Ca2+.
o retarda a perda de Ca2+e Mg2+ do sangue para a urina, aumentando a reabsorção.
o conversão do calcidiol (25-hidroxivitamina D) em calcitriol (forma biologicamente ativa da vitamina
D (1,25-dihidroxivitamina D).
o O calcitriol aumenta a taxa de absorção sanguínea de Ca2+, HPO42– e Mg2+ no sistema digestório.

à vitamina D2 (ergocalciferol) e D3 (colecalciferol) passa por uma reação no fígado onde recebe a primeira
hidroxilação formando a 25(OH)D ou calcidiol.
à A 25(OH)D é representa a reserva de vitamina D no organismo, é a forma mais comumente dosada nos
exames laboratoriais.
à Uma segunda reação acontece no rim, quando a 25(OH)D recebe mais uma hidroxila para se transformar
na sua forma ativa: a 1,25(OH)2D ou calcitriol.

Hormônio da paratireoide na manutenção da homeostase do cálcio no sangue O hormônio da paratireoide aumenta os níveis de
cálcio no sangue quando eles caem muito baixo. Por outro lado, a calcitonina, que é liberada pela glândula tireoide, diminui os níveis
de cálcio no sangue quando eles se tornam muito altos. Esses dois mecanismos mantêm constantemente a concentração de cálcio
no sangue na homeostase.
Funções da calcitonina (setas verdes), paratormônio (setas azuis) e calcitriol (setas laranjas) na homeostasia do
cálcio. Com relação à regulação do nível sanguíneo de Ca2+ , a calcitonina e o PTH são antagonistas.

2.7 GLÂNDULAS SUPRARRENAIS

• As duas glândulas suprarrenais, cada uma localizada em cima de cada rim no espaço retroperitoneal.
• Apresentam formato de pirâmide achatada.
• No adulto, cada glândula suprarrenal tem de 3 a 5 cm de altura, 2 a 3 cm de largura, um pouco menos de 1
cm de espessura, massa variando de 3,5 a 5 g e apenas metade do seu tamanho ao nascimento.
• Durante o desenvolvimento embrionário, as glândulas suprarrenais se diferenciam em duas regiões
distintas de ponto de vista estrutural e funcional:
o um córtex da glândula suprarrenal grande, perifericamente localizado, que compreende 80 a 90%
da glândula,
o uma pequena medula da glândula suprarrenal, localizada centralmente.
• Uma cápsula de tecido conjuntivo reveste a glândula.
• As glândulas suprarrenais, assim como a glândula tireoide, são altamente vascularizadas.
• O CÓRTEX da glândula suprarrenal produz hormônios esteroides essenciais à vida.
o A perda total dos hormônios adrenocorticais leva à morte por desidratação e desequilíbrios
eletrolíticos no período de poucos dias a 1 semana, a não ser que se comece prontamente a terapia
de reposição hormonal.
• A MEDULA da glândula suprarrenal produz três hormônios catecolaminas
o norepinefrina, epinefrina e uma pequena quantidade de dopamina.
O córtex da glândula suprarrenal secreta hormônios esteroides essenciais à vida; a medula da glândula suprarrenal secreta
norepinefrina e epinefrina.

Ambas as glândulas supra-renais ficam no topo dos rins e são compostas por um córtex externo e uma medula interna, todos
cercados por uma cápsula de tecido conjuntivo. O córtex pode ser subdividido em zonas adicionais, que produzem diferentes tipos de
hormônios

2.7.1 Mineralocorticoides
• A aldosterona é o principal mineralocorticoide;
• Regula a homeostasia de dois íons minerais – íons sódio (Na+ ) e potássio (K+ ) – e ajuda a ajustar a pressão
arterial e o volume de sangue.
• A aldosterona também promove a excreção de H+ na urina;
• A remoção de ácidos do corpo pode ajudar a evitar a acidose (pH abaixo de 7,35).

2.7.1.1 Controle da secreção de aldosterona


A via renina-angiotensina-aldosterona (RAA) controla a secreção de aldosterona
• O sistema renina-angiotensina-aldosterona (SRAA) regula funções essenciais do organismo, como a
manutenção da pressão arterial, balanço hídrico e de Na+.
• O SRAA é ativado quando a secreção de renina pelas células justaglomerular do rim é estimulada por
o (1) hipotensão arterial renal e
o (2) diminuição do nível de Na+ no túbulo distal à detectado pela mácula densa.
1 Desidratação, deficiência de Na+ e hemorragia são estímulos que iniciam a via da
renina-angiotensina-aldosterona.
à Essas condições promovem a diminuição do volume sanguíneo.
2 O volume sanguíneo reduzido promove a queda da
pressão arterial.
3 A pressão arterial mais baixa estimula certas células
renais, chamadas de células justaglomerulares, a
secretar a enzima renina.
4 O nível de renina no sangue sobe.
5 A renina converte a angiotensina, uma proteína
plasmática produzida pelo fígado, em angiotensina I.
6 Sangue contendo níveis mais altos de angiotensina I circula pelo corpo.
7 Conforme o sangue flui pelos capilares, sobretudo dos pulmões, a enzima conversora de angiotensina
(ECA) converte angiotensina I no hormônio angiotensina II.
8 O nível sanguíneo de angiotensina II sobe.
9 A angiotensina II estimula o córtex da glândula suprarrenal a secretar aldosterona.
10 Sangue contendo níveis mais elevados de aldosterona circula para os rins.
11 Nos rins, a aldosterona aumenta a reabsorção de Na+ , que, por sua vez, promove a reabsorção de água
por osmose.
Em consequência disso, perde-se menos água na urina.
A aldosterona também estimula os rins a intensificarem a secreção de K+ e H+ na urina.
12 Com a reabsorção mais intensa de água pelos rins, o volume de sangue aumenta.
Na medida em que o volume de sangue aumenta, a pressão arterial se eleva ao normal.
13 A angiotensina II também estimula a contração da musculatura lisa das paredes das arteríolas.
A constrição resultante das arteríolas aumenta a pressão sanguínea e, desse modo, ajuda a elevar a
pressão de volta ao normal.
14 Além da angiotensina II, um segundo fator que estimula a secreção de aldosterona é uma concentração
maior de K+ no sangue (ou líquido intersticial).
A diminuição no nível sanguíneo de K+ produz o efeito oposto.
2.7.2 Glicocorticoides
• Os glicocorticoides, que regulam o metabolismo e a resistência ao estresse, são o cortisol, a corticosterona
e a cortisona.
• Desses três hormônios secretados pela zona fasciculada, o cortisol é o mais abundante (ou hidrocortisona),
responsável por cerca de 95% da atividade glicocorticoide.
• Sua síntese é regulada pelo hormônio adrenocorticotrófico (ACTH), secretado pela hipófise (anterior) em
resposta à liberação, pelo hipotálamo, do neuropeptídeo denominado hormônio liberador de
corticotrofina (CRH)

1. Degradação de proteína. Os glicocorticoides intensificam a taxa de degradação de proteína, principalmente


nas fibras musculares e, dessa forma, aumentam a liberação de aminoácidos na corrente sanguínea. Os
aminoácidos podem ser usados pelas células corporais na síntese de novas proteínas ou na produção de
ATP.
2. Formação de glicose. Ao serem estimulados pelos glicocorticoides, os hepatócitos convertem determinados
aminoácidos ou ácido láctico em glicose, que será usada por neurônios e outras células para produzir ATP.
à Tal conversão, de uma substância que não seja o glicogênio ou outro monossacarídio em glicose, é
chamada de gliconeogênese.
3. Lipólise. Os glicocorticoides estimulam a lipólise, degradação dos triglicerídios e liberação de ácidos graxos
do tecido adiposo para o sangue.
4. Resistência ao estresse. Os glicocorticoides trabalham de muitas maneiras para promover a resistência ao
estresse.
àA glicose extra fornecida pelos hepatócitos oferece aos tecidos uma pronta fonte de ATP para combater
inúmeros estresses, inclusive exercício, jejum, medo, temperaturas extremas, altitudes elevadas,
sangramento, infecção, cirurgia, traumatismo e doença.
à Uma vez que tornam os vasos sanguíneos mais sensíveis a outros hormônios que causam
vasoconstrição, os glicocorticoides elevam a pressão sanguínea.
à Esse efeito é vantajoso nos casos de perda significativa de sangue, que faz com que a pressão arterial
caia.
5. Efeitos anti-inflamatórios. Os glicocorticoides inibem a participação dos leucócitos nas respostas
inflamatórias.
à Infelizmente, os glicocorticoides também atrasam o reparo tecidual;
à em consequência disso, retardam a cicatrização de feridas.
à Embora em doses elevadas possam ocasionar transtornos mentais graves, os glicocorticoides são muito
úteis no tratamento de condições inflamatórias crônicas como artrite reumatoide.
6. Depressão das respostas imunes. Doses elevadas de glicocorticoides deprimem as respostas imunes. Por
esse motivo, os glicocorticoides são prescritos para receptores de órgãos transplantados com objetivo de
retardar a rejeição tecidual promovida pelo sistema imune.
2.7.3 Medula da glândula suprarrenal
• As células da medula da glândula suprarrenal são chamadas de células cromafins.
• Os dois principais hormônios sintetizados pela medula suprarrenal são a epinefrina e a norepinefrina,
também chamadas de adrenalina e noradrenalina, respectivamente.
• As células cromafins da medula da glândula suprarrenal secretam quantidades desiguais desses hormônios
– cerca de 80% de epinefrina e 20% de norepinefrina.
• situações de estresse à estimula as células cromafins a secretarem epinefrina e norepinefrina.
o Ao aumentar a frequência e a força de contração cardíacas, a epinefrina e a norepinefrina elevam
o débito cardíaco e a pressão arterial.
o Além disso, aumentam o fluxo de sangue para o coração, o fígado, os músculos esqueléticos e o
tecido adiposo;
o dilatam as vias respiratórias para os pulmões e
o elevam os níveis sanguíneos de glicose e ácidos graxos.

2.7.4 A resposta ao estresse


• É impossível remover todo o estresse da nossa vida diária.
• Classificação:
o Eustresse, nos preparam para enfrentar desafios e, por isso, são úteis.
o Distresses são prejudiciais.
• Todo estímulo que provoca uma resposta ao estresse é chamado de estressor.
• Praticamente toda perturbação ao corpo humano pode ser um estressor – calor ou frio, venenos
ambientais, toxinas liberadas por bactérias, sangramento forte decorrente de uma ferida ou cirurgia ou
uma forte reação emocional.
• As respostas aos estressores podem ser agradáveis ou desagradáveis e variam entre as pessoas, podendo,
até mesmo, ser diferentes na mesma pessoa em momentos distintos.
• Os mecanismos homeostáticos do corpo tentam neutralizar o estresse e, quando bem-sucedidos, o
ambiente interno permanece dentro dos limites fisiológicos normais.
• Se o estresse for extremo, incomum ou de longa duração, os mecanismos normais podem não ser
suficientes.
• Em 1936, Hans Selye, um pioneiro nas pesquisas sobre estresse, mostrou que várias condições estressantes
ou agentes nocivos desencadeiam uma sequência semelhante de alterações corporais.
• Essas alterações, chamadas de resposta ao estresse ou síndrome de adaptação geral (SAG), são controladas
principalmente pelo hipotálamo.
• A q resposta ao estresse ocorre em três estágios:
o (1) RESPOSTA DE LUTA OU FUGA INICIAL
à A resposta de luta ou fuga, iniciada por impulsos nervosos do hipotálamo para a parte simpática da divisão
autônoma do sistema nervoso (SNA), incluindo a medula da glândula suprarrenal, mobiliza rapidamente as
fontes corporais para atividade física imediata.
à A resposta de luta ou fuga leva quantidades enormes de glicose e oxigênio para os órgãos mais ativos no
combate ao perigo:
àencéfalo, que precisa se tornar altamente alerta;
àmúsculos esqueléticos, que podem precisar defender o corpo de um agressor ou fugir;
àcoração, que precisa trabalhar com vigor para bombear sangue suficiente ao encéfalo e aos músculos.
à Durante a resposta de luta ou fuga, funções corporais não essenciais como atividades digestórias, urinárias
e reprodutoras são inibidas.
à A redução do fluxo de sangue para os rins promove a liberação de renina, que coloca em ação a via
renina-angiotensina-aldosterona.
à A aldosterona faz com que os rins retenham Na+ , o que promove a retenção de água e elevação da pressão
arterial.
à A retenção de água também ajuda a preservar volume hídrico corporal em caso de sangramento grave.
o (2) REAÇÃO DE RESISTÊNCIA MAIS LENTA
à O segundo estágio da resposta ao estresse é a reação de resistência.
à Diferentemente da resposta de luta ou fuga de curta duração, iniciada por impulsos nervosos provenientes
do hipotálamo, a reação de resistência, em grande parte, começa pela ação dos hormônios hipotalâmicos de
liberação e tem duração mais longa.
à Os hormônios envolvidos são o hormônio liberador da corticotrofina (CRH), o hormônio liberador do
hormônio do crescimento (GHRH) e hormônio liberador da tireotrofina (TRH).
à O estágio de resistência ajuda o corpo a continuar lutando contra o estressor mesmo bem depois da
dissipação da resposta de luta ou fuga.
à Esse é o motivo pelo qual o coração continua batendo mais forte por vários minutos mesmo após a remoção
do estressor.
à Em geral, essa fase é bem-sucedida quando nos vemos em um episódio estressante e nossos corpos voltam
ao normal.
à Às vezes, no entanto, o estágio de resistência não consegue combater o estressor e o corpo entra em estado
de exaustão.
o (3) EXAUSTÃO
à Os recursos do corpo acabam se exaurindo e não conseguem sustentar o estágio de resistência, ocorrendo
a exaustão.
à A exposição prolongada a elevados níveis de cortisol e outros hormônios envolvidos na reação de
resistência causa perda muscular, supressão do sistema imunológico, ulceração no sistema digestório e
falência das células beta pancreáticas.
à Além disso, alterações patológicas podem ocorrer porque as reações de resistência persistem depois da
remoção do estressor.
Respostas aos estressores durante a resposta ao estresse. As setas vermelhas (respostas hormonais) e as setas verdes (respostas
neurais) em (A) indicam reações de luta ou fuga imediatas; as setas pretas em (B) indicam reações de resistência de longa duração.

Os estressores estimulam o hipotálamo a iniciar a resposta ao estresse por meio da resposta de luta ou fuga e reação de resistência.
2.8 ILHOTAS PANCREÁTICAS

• O pâncreas é uma glândula tanto endócrina quanto


exócrina.
• O pâncreas é um órgão achatado que mede cerca de 12,5 a
15 cm de comprimento.
• Aproximadamente 99% das células exócrinas do pâncreas
estão distribuídas em grupos chamados ácinos.
• Os ácinos produzem enzimas que fluem para o sistema
digestório por uma rede de ductos.
• Espalhados entre os ácinos exócrinos existem 1 a 2 milhões
de minúsculos grupos de tecido endócrino, chamados de
ilhotas pancreáticas ou ilhotas de Langerhans.

2.8.1 Tipos celulares nas ilhotas pancreáticas


• Cada ilhota pancreática apresenta quatro tipos de células secretoras de hormônio:
1. As células alfa ou A constituem cerca de 17% das células das ilhotas pancreáticas e secretam glucagon.
2. As células beta ou B constituem cerca de 70% das células das ilhotas pancreáticas e secretam insulina.
3. As células delta ou D constituem cerca de 7% das ilhotas pancreáticas e secretam somatostatina.
4. As células F constituem o restante das células das ilhotas pancreáticas e secretam polipeptídio pancreático.

• Glucagon eleva o nível de glicose no sangue e a insulina reduz.


• Somatostatina (SS)
o A liberação da somatostatina é estimulada pelas refeições ricas em gorduras, carboidratos e
proteínas.
o Inibe a secreção salivar, reduzindo a secreção de ácido clorídrico e de pepsina, diminuição da
contratilidade gástrica e intestinal retardando a absorção de nutrientes do sistema digestório.
o No pâncreas é responsável por inibir a secreção de insulina e glucagon
• Polipeptídio Pancreático
o estimulado por hipoglicemia.
o inibe a secreção de somatostatina, a contração da vesícula biliar e a secreção de enzimas digestivas
pelo pâncreas.
o estimula lipogênese
2.8.2 Controle da secreção de glucagon e insulina

• A principal ação do glucagon é de elevar o nível sanguíneo de glicose que se encontra abaixo do normal.
• A insulina, por outro lado, ajuda a reduzir o nível de glicose sanguínea que se encontra muito elevado.
• O nível de glicose sanguínea controla a secreção de glucagon e insulina via feedback negativo
2.9 GLÂNDULA PINEAL

• A glândula pineal é uma pequena glândula endócrina localizada na parte superior do terceiro ventrículo do
encéfalo na linha mediana.
• A glândula pineal secreta melatonina, um hormônio amina derivado da serotonina.
• Aparentemente a melatonina contribui para o ajuste do relógio biológico do corpo, que é controlado pelo
hipotálamo.

2.10 OVÁRIOS E TESTÍCULOS

• Gônadas são os órgãos que produzem gametas – espermatozoides nos homens e ovócitos (oócitos) nas
mulheres.
• Além da sua função reprodutora, as gônadas secretam hormônios.
• Os ovários, um par de corpos ovais localizados na cavidade pélvica feminina, fabricam vários hormônios
esteroides, inclusive dois estrogênios (estradiol e estrona) e progesterona.
• Esses hormônios sexuais femininos, juntamente com o hormônio foliculoestimulante (FSH) e o hormônio
luteinizante (LH) da adeno-hipófise, regulam o ciclo menstrual, mantêm a gravidez e preparam as glândulas
mamárias para a lactação.
• As gônadas masculinas, os testículos, são glândulas ovais localizadas no escroto.
• O principal hormônio produzido e secretado pelos testículos é a testosterona, um androgênio ou hormônio
sexual masculino.
• A testosterona promove a migração (descida) dos testículos para o escroto antes do nascimento, regula a
produção de espermatozoides e estimula o desenvolvimento e a manutenção de características sexuais
secundárias masculinas, como crescimento de barba e engrossamento da voz.

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