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2 | ANORMALIDADES DENTÁRIAS

DISTÚRBIOS LOCALIZADOS DA ERUPÇÃO


Retardo
Impactação
Anquilose
ALTERAÇÕES DENTÁRIAS DE DESENVOLVIMENTO
NÚMERO DOS DENTES
Hipodontia
Hiperdontia
TAMANHO DE DENTES
Microdontia
macrodontia
FORMA DOS DENTES
Germinação
Fusão
Concrescência
Cúspide Acessórias
Dentes invaginados
Esmalte ectópico
Taurodontia
Hipercementose
Raízes acessórias
dilaceração
ESTRUTURA DOS DENTES
Amelogênese Imperfeita
Dentinogênese Imperfeita
Displasia dentinária tipo I
Displasia dentinária tipo II
Odontodisplasia Regional
ALTERAÇÃO DOS TECIDOS DURO DOS DENTES
2 - ALTERAÇÕES DENTÁRIAS POR FATORES A ALTERAÇÕES
◆ DISTÚRBIOS LOCALIZADOS DA ERUPÇÃO
2.1 RETARDO NA ERUPÇÃO A emergência normalmente ocorre quando a raiz
exibe 2/3 do seu comprimento final. Causa pode ser as condições locais, ou condições
sistêmicas.
Características clínicas:
Sinais: A erupção é classificada como atrasada se a emergência não ocorre dentro de 12
meses do intervalo normal ou quando a raiz já está 75% formada.
Sintomas:
Evolução:
Diagnostico: A falha na erupção pode ser localizada ou difusa.
Localizados: a causa é facilmente identificável no exame radiográfico, no qual existem
barreiras no trajeto da erupção.
hamartoma odontogênico intramural no folículo dentário:
causa pode não ser tão evidente, sendo descoberta após exploração cirúrgica.
A erupção retardada difusa: associada a doenças sistêmicas.
Prognostico:
Tratamento: Para a emergência atrasada localizada, a remoção de qualquer lesão no
trajeto da erupção pode ser suficiente para permitir a erupção.
Caso isso não ocorra, a exposição cirúrgica deve ser associada ao tracionamento
ortodôntico e já demonstrou sucesso.
Quando a erupção retardada é generalizada, o paciente deve ser avaliado para
condiçõessistêmicas sabidamente associadas a esse processo.
A resolução da condição de base geralmente é seguida pelo
término da erupção.
Características Radiográficas: Exemplo: Erupção Retardada. Adulto apresentando
vários dentes permanentes não erupcionados sem uma causa óbvia. (Cortesia de Dr.
Mark Lingen.)
Características Histopatológicas
Hipoplasia Causada por Terapia Antineoplásica:
Características radiográficas.
Prevenção:
2. 2 IMPACTAÇÃO
Características clinicas:
dentes nãoerupcionados entre os que são obstruídos por uma barreira física.
Cistos e tumores sobrejacentes
Trauma
Cirurgia reconstrutora
Espessamento de osso ou do tecido mole sobrejacente
Uma série de desordens sistêmicas, doenças e síndromes
Sinais: Os dentes podem ser parcialmente erupcionados ou completamente impactados
(impactação óssea completa).
Além disso, a impactação pode ser classificada de acordo com a angulação do dente em
relação ao restante da
dentição: mesioangular, distoangular, vertical, horizontal ou invertida.
Sintomas: pode ser notada uma
ligeira sensibilidade na área, principalmente durante a alimentação.
Evolução: Os riscos associados à não intervenção incluem:
Apinhamento dentário
Reabsorção, cáries e piora da condição periodontal dos dentes adjacentes
Desenvolvimento de doenças, tais como infecções, cistos e neoplasias
Os riscos da intervenção incluem:
Perda sensorial permanente ou transitória
Alveolite
Trismo
Infecção
Fratura
Dano à articulação temporomandibular
Dano periodontal
Dano aos dentes adjacentes
Diagnostico:
Prognostico:
Características Radiográficas: a seguir imagem, Sequestro de Erupção. Um
fragmento radiopaco de osso sequestrado pode ser visto sobrejacente ao terceiro molar
impactado

Características Histopatológicas
Hipoplasia Causada por Terapia Antineoplásica:
Características radiográficas.
Tratamento:
Observação continuada
Erupção ortodonticamente assistida
Transplante
Remoção cirúrgica
Prevenção:
2. 3 ANQUILOSE = infraoclusão, retenção secundária, subemergência,
reimpactação e reinclusão
A interrupção da erupção após a emergência dentária é chamada de anquilose e ocorre
pela fusão anatômica de cemento ou dentina com o osso alveolar
Características clinicas: A anquilose pode ocorrer em qualquer idade; entretanto,
clinicamente é mais frequente a fusão se desenvolver durante
as duas primeiras décadas de vida.
Sinais:
Sintomas:
Evolução: Os dentes adjacentes quase sempre se inclinam em direção ao dente afetado;
dente antagonista apresenta extrusão.
Diagnostico: clínica e radiograficamente, o exame histopatológico demonstra fusão.
Prognostico
Características Radiográficas:
Características Histopatológicas
Hipoplasia Causada por Terapia Antineoplásica:
Características radiográficas.
Tratamento: com
 exodontia e colocação de mantedores de espaço;
 combinação de ortodontia, osteotomia segmentar e distração osteogênica.
Prevenção:
ALTERAÇÕES DENTÁRIAS DE DESENVOLVIMENTO
◆ ALTERAÇÕES DE DESENVOLVIMENTO DO NÚMERO DE DENTES
Anodontia= 0
Hipodontia= falta de 1 ou +
Oligodontia= falta 6 ou +
Hiperdontia= + de 32, são chamados de Supranumerários.
3. 4 HIPODONTIA
Características Clínicas: demonstra a falta de desenvolvimento de um ou mais dentes,
oligodontia (uma subdivisão da hipodontia) indica a falta de desenvolvimento de seis
ou mais dentes, excluindo os 3º molares.
Sinais:
Sintomas:
Evolução: O diagnóstico precoce e tratamento são cruciais para minimizar os
problemas estéticos e funcionais dos dentes adjacentes.
Diagnostico: quando o número de ausências dentárias é alto ou envolve os dentes mais
estáveis (incisivos centrais superiores, primeiros molares), o paciente deve ser avaliado
quanto ao diagnóstico de displasia ectodérmica
Características Radiográficas: a seguir Hipodontia - B, A radiografia panorâmica não
mostra dentes não-erupcionados.
Características Histopatológicas
Características microbiológicas:
Prognostico:
Tratamento: Geralmente, não há necessidade de tratamento
para a ausência de um único dente;
 reabilitação protética.
 Implantes
 coroas protéticas.
 tratamento ortodôntico
 ponte em resina, muitas vezes é adequado em crianças e adultos jovens
Prevenção:

2. 5 HIPERDONTIA
o desenvolvimento de um número maior de dentes e os dentes adicionais são chamados
de supranumerários. A prevalência de supranumerários permanentes em caucasianos.
transposição dentária. quando um dente normal nasce em outro lugar.
Transposição dentária. Dentes superiores com troca de posição entre os caninos e
primeiros pré-molares. (Cortesia da Dra. Wendy Humphrey.)

NÃO confundidos com dentes supranumerários. PACIENTE exibem um aumento da


prevalência de hipodontia, NÃO HIERDONTIA.
Características Clínicas: Ainda que a maioria de dentes supranumerários ocorra nos
ossos gnáticos, já foram relatados casos na gengiva,
tuberosidade maxilar, palato mole, seios maxilares, fossa esfenomaxilar, cavidade nasal
e entre a órbita e o cérebro.
Hiperdontia (Mesiodente). Dente rudimentar supranumerário erupcionado na região
anterior de maxila.

Sinais:
Sintomas:
Evolução: O diagnóstico precoce e tratamento são cruciais para minimizar os
problemas estéticos e funcionais dos dentes adjacentes.
Diagnostico: radiografia panorâmica,
Prognostico:
Características Radiográficas: Hiperdontia (Mesiodente). Dentes supranumerários
bilaterais invertidos na região anterior da maxila.

Características Histopatológicas
Características microbiológicas:
Tratamento: transposição dentária o apinhamento ou a maloclusão destes
dentes normais podem indicar a necessidade de reconstrução anatômica, tratamento
ortodôntico ou exodontia.
Tratamento híperdontia: extração dos dentes acessórios o mais cedo possível, ainda
na dentição mista.
A melhor forma de tratamento dos dentes permanentes que não conseguem
erupcionar é sua exposição cirúrgica com tracionamento
ortodôntico. A remoção de dentes decíduos não erupcionados não é recomendada,
porque a maioria erupciona espontaneamente.
Prevenção:
◆ ALTERAÇÕES DE DESENVOLVIMENTO DO TAMANHO DE DENTES
2. 6 MICRODONTIA
O termo microdontia deve ser usado apenas quando os dentes são fisicamente menores
que o comum. Geralmente em síndrome de Down, no nanismo hipofisário.
Características Clínicas: Microdontia Isolada (Lateral Conoide). Incisivo lateral
superior direito microdente conoide.

Sinais: expressiva variação de tamanho, a dentição como um todo raramente é afetada


Sintomas:
Evolução:
Diagnostico:
Prognostico:
Características Radiográficas
Características Histopatológicas
Características microbiológicas:
Tratamento: estética, prótese, resina, implante
Prevenção: solicitar uma panoramica

2. 7 MACRODONTIA
Este termo macrodontia (megalodontia, megadontia) deve ser usado apenas quando
os dentes são fisicamente maiores que o normal, e não em caso de (macrodontia
relativa).
+frequentemente em incisivos, caninos, segundos pré-molares e terceiros molares
Características Clínicas:
Sinais:
Sintomas:
Evolução: porde perder a oclusão perfeita, perde selamento labial, Não fecha a boca ao
dormir e resseca a saliva e mancha os dentes. O paciente torna um respirador oral,
Diagnostico:
associação com;
gigantismo hipofisário;
síndrome otodental;
homens XYY;
hiperplasia pineal;
hiperinsulinismo. (diabetes)
Prognostico:
Características Radiográficas
Características Histopatológicas
Características microbiológicas:
Tratamento: O tratamento não é necessário, a menos que desejado por razões estéticas.
Incisivos laterais superiores conoides geralmente são restaurados com coroas totais de
porcelana.
Pode extrair alguns dentes e reposisona com aparelho ortodôntico.
Prevenção:
◆ ALTERAÇÃO DE DESENVOLVIMENTO DA FORMA DOS DENTES
2. 8 GEMINAÇÃO,
2. 9 FUSÃO
2. 10 CONCRESCÊNCIA
GEMINAÇÃO 1 único germe dentário se dividir, com a formação resultante de 1 dente
com coroa chanfrada e, geralmente, 1 raiz e um canal radicular em comum.
Geminação Bilateral. Dois dentes duplos. A contagem de dentes é normal quando cada
dente anômalo é contado como um.
FUSÃO união de 2 germes dentários normalmente separados, com a resultante formação
de 1 dente unido com confluência de dentina.
Fusão. Dente duplo no lugar do incisivo lateral inferior e do canino.

CONCRESCÊNCIA consiste na união de 2 dentes pelo cemento, sem confluência da


dentina.
Concrescência. União pelo cemento de molares superiores adjacentes.

Concrescência. Fotografia macroscópica dos mesmos dentes descritos na Fig. 2-60. O


exame histopatológico revelou que a união ocorrida na área de reparo do cemento foi
previamente atingida por uma lesão periapical inflamatória.
Características Clínicas:
 ocorrem nas dentições decídua e permanente
 ocorre com mais frequência:
GEMINAÇÃO Na população asiática e na maxila,
Fusão ocorre com maior frequência na mandíbula
Pode ser encontrada uma coroa bífida sobrejacente a duas raízes completamente
separadas, ou coroas unidas podem fundir-se em uma raiz aumentada e com um único
canal.
Concrescência consiste na união, pelo cemento, de dois dentes formados, ligados ao
longo das superfícies radiculares.
Sinais:
Sintomas:
Evolução: A presença de dente duplo (geminação ou fusão) na dentição decídua pode
resultar em apinhamento,
Diagnostico: A geminação e a fusão se apresentam semelhantes, podendo ser
diferenciadas pela contagem do número de dentes.
Prognostico:
Características Radiográficas
Concrescência. União pelo cemento dos segundos e terceiros molares superiores.
Observe a lesão cariosa extensa no segundo molar.

Fusão. Dentes duplos bilaterais no lugar de incisivos laterais e caninos inferiores.


Radiografia do mesmo paciente descrito na imagem a cima. Note a coroa bífida
sobrejacente a um único canal radicular; a radiografia contralateral revelou um padrão
semelhante.

Características Histopatológicas
Características microbiológicas:
Tratamento:
 Na geminação, se dentes duplos tiverem polpas separadas, a hemissecção pode
ter sucesso sem tratamento do canal radicular.
Nos dentes duplos que apresentam uma câmara pulpar ampla, o
 tratamento endodôntico (canal) é necessário, caso a secção seja considerada;
 remoção cirúrgica com reabilitação protética;
 selamento dos sulcos e fissuras ou a restauração com compósito são apropriados
para a conservação dos dentes;
 concrescência geralmente não necessitam de tratamento;
quando a união interfere na erupção, remoção cirúrgica;
 A separação cirúrgica das raízes geralmente é necessária para completar o
procedimento de extrações sem perda de significativa porção de osso
circundante.
Prevenção: Quando detectada, a progressão da erupção dos dentes permanentes deve
ser monitorada de perto por cuidadosa observação clínica e radiográfica.
extração pode ser necessária para prevenir uma anormalidade na erupção.
* cuidado com contato prematuro
2. 11 CÚSPIDES ACESSÓRIAS
(1) cúspide de Carabelli, (2) cúspide em garra e (3) dente evaginado
Características Clínicas:
A cúspide de Carabelli consiste em uma cúspide acessória localizada na face palatina
da cúspide mesiolingual de um molar. Tal cúspide pode ser vista nos dentes decíduos e
permanentes

Uma cúspide em garra é uma cúspide adicional bem delimitada localizada na


superfície de um dente anterior
Dente Evaginado. Elevação semelhante a uma cúspide localizada no sulco central do
primeiro pré-molar inferior.
Sinais:
Sintomas:
Evolução:
Diagnostico:
Prognostico:
Características Radiográficas
Características Histopatológicas
Características microbiológicas:
Tratamento: Não há necessidade de tratamento da cúspide de Carabelli,
 sulco profundo esteja presente entre a cúspide acessória e a superfície da
cúspide mesiolingual do molar. devem ser selados para evitar o desenvolvimento
de lesão cariosa.
 cúspide em garra nos dentes inferiores geralmente não necessitam de tratamento;
 cúspides em garra presentes nos dentes superiores frequentemente interferem na
oclusão e devem ser removidas.
 incisivos em forma de pá, os dentes afetados devem ser inspecionados para
detecção de defeitos no ponto de convergência das cristas marginais.
 Quaisquer fissuras ou invaginações profundas devem ser restauradas
rapidamente após a erupção para proteger a polpa subjacente de exposição à lesão
cariosa.
Prevenção:
2. 12 Dente invaginado
Características Clínicas:

O dente evaginado (tubérculo central, cúspide tubercular, tubérculo acessório, pérola


oclusal, odontoma evaginado,
pré-molar de Leong, pré-molar tubercular) consiste em uma elevação semelhante a uma
cúspide de esmalte localizada
no sulco central ou na crista lingual da cúspide vestibular de pré-molares ou de molares.
Incisivos em forma de pá. Os incisivos atingidos exibem margens laterais
proeminentes, criando uma superfície lingual côncava.
Caracteristicamente, as cristas marginais espessadas convergem para o cíngulo; não é
incomum a presença de fossetas profundas, fissuras ou dente invaginado nessa junção.
Incisivos laterais e centrais superiores são os mais
frequentemente afetados, com o acometimento de incisivos inferiores e caninos sendo
relatado com menor frequência.
Sinais:
Sintomas:
Evolução: As cúspides acessórias usualmente causam interferências oclusais que estão
associadas a problemas clínicos. Além do desgaste anormal e doença pulpar, a cúspide
acessória pode resultar em dilaceração, deslocamento, angulação ou giroversão dentária.
Diagnostico:
Prognostico:
Características Radiográficas
Características Histopatológicas
Características microbiológicas:
Tratamento: não há necessidade, mas para prevenção pode abri espaço, e
preencher com resina.
Prevenção:

2.13 Esmalte ectópico


Características clínicas: pode ser entendido como a presença de esmalte em outras
regiões dentárias que não apenas a coroa, como na raiz, por exemplo. Não se constitui
uma patologia, mas apresenta fragilidade na fixação do dente ao alvéolo. Higiene oral
meticulosa é imprescindível. Há a chamada pérola de esmalte e a extensão cervical do
esmalte.
Figura 1 Extensão cervical de esmalte. Extensão de esmalte em forma de V na
bifurcação de um molar superior

A seguir Figura 2 Pérola de esmalte. Massa de esmalte ectópico localizada na área de


furca de um molar.

não há nessecidade de tratamento

2. 14 taurodontia
Características clínicas: é caracterizada pelo assoalho da câmara pulpar baixa
juntamente com a bifurcação radicular, isso provoca um formato retangular do dente.
Semelhante aos bovinos, daí o nome. Não necessita nenhum tratamento odontológico
específico se ocorre isoladamente.

Figura 3 Taurodentia. Ilustração exibindo a classificação de taurodentia em função do


grau de deslocamento do assoalho pulpar.
Sinais:
Sintomas:
Evolução:
Prognóstico:
Características radiográficas:

Figura 4 Taurodontia. Molares inferiores mostrando aumento da altura pulpar ápico-


oclusal com assoalho pulpar e bufurcação posicionados apicalmente.
Características histopatológicas:
Características microbiológicas:
Tratamento: não há necessidade de tratamento.
Prevenção: cuidar pois a carie pode ser mais agresiva
2.15 hipercementose
Características clínicas: é a deposição não neoplásica de tecido + + + cementário ao
longo da raiz. Pode se provocada por trauma oclusal anormal, inflamação adjacente,
ausência de dente antagonista, reparo de raízes vitais fraturadas, entre outros. Não há
necessidade de tratamento odontológico específico no caso isolado.
Figura 5 Hipercementose. Fotografia macroscópica de um pré-molar superior exibindo
espessamento e forma grosseira da porção apical da raiz.
Sinais:
Sintomas:
Evolução:
Prognóstico:
Características radiográficas:

Figura 6 Hipercementose. Observe o aumento radiopaco da porção apical do dente.

Características histopatológicas: a periferia da raiz exibe deposição de quantidade


excessiva de cemento sobre a camada original de cemento primário.
Figura 7 Hipercementose. A, raiz dentária mostrando deposição excessiva de cemento
celular e acelular. A linha divisória entre dentina e cemento é indistinta. B, luz
polarizada demonstrando a nítida linha divisória entre a dentina tubular e o
osteocemento.
Características microbiológicas:
Tratamento: não há necessidade de tratamento para a Hipercementose. Em razão de um
espessamento da raiz, problemas ocasionais têm sido relatados durante a exodontia de
dentes afetados. A odontossecção do dente pode ser necessária em alguns casos.
Prevenção:
2.16 Raízes acessórias
Características clínicas: em qualquer dente pode desenvolver alterações no número de
raízes, gerando raízes supranumerárias. Os dentes posteriores são os mais afetados. Não
há necessidade de intervenção odontológica, mas seu conhecimento por parte do
cirurgião dentista é imprescindível para os procedimentos de endodontia e exodontia.

Figura 8 Raiz supranumerária. Molar superior com uma raiz supranumerária.


Sinais:
Sintomas:
Evolução:
Prognóstico:
Características radiográficas:
Figura 9 Radiografia periapical do dente extraído (molar superior) com raiz
supranumerária.

Características histopatológicas:
Características microbiológicas:
Tratamento: não há necessidade de tratamento. No entanto, sua detecção é de
fundamental importância para tratamentos endodônticos, exodontia, entre outros.
Prevenção:

2. 17 dilaceração
Características clínicas: é o crescimento angular anormal da raiz e, consequentemente,
da coroa. Geralmente tem causa traumática. Os molares são os mais afetados, sendo o
terceiro o mais afetado. A intervenção odontológica é condicionada à análise de cada
caso individualmente, na maioria das vezes quando está associada a algum distúrbio de
maior magnitude.
Figura 10 Dilaceração. Curvatura acentuada da raiz de um incisivo central superior.

Sinais:
Sintomas:
Evolução:
Prognóstico:
Características radiográficas:

Figura 11 Dilaceração. Segundo pré-molar superior exibindo inclinação mesial da


raiz. Não havia história de trauma na área.
Características histopatológicas:
Características microbiológicas:
Tratamento: varia de acordo com a gravidade da deformidade. Dilaceração leve não
requer tratamento. Casos mais graves em que há acomentimento de dentes adjacentes
podem requerer ortodontia ou até mesmo exodontia.
Prevenção:
◆ ALTERAÇÕES DE DESENVOLVIMENTO NA STRUTURA DOS DENTES
1. 18 AMELOGÊNESE IMPERFEITA compreende um grupo complexo de
condições que demonstram alterações de desenvolvimento na estrutura do esmalte na
ausência de uma alteração sistêmica ou síndrome.
associação com: calcificação pulpar, taurodontia, erupção retardada, crescimento
gengival, mordida aberta e, eventualmente, prognatismo.
Características Clínicas e Radiográficas
A amelogênese imperfeita pode ser de herança autossômica dominante, autossômica
recessiva. Devido à diferença nos pools genéticos, a prevalência varia de acordo com a
localização geográfica, com prevalência
de 1:700 na Suécia e 1:14.000 nos Estados Unidos.

A figura a seguir mostra Amelogênese Imperfeita Hipoplásica, Padrão


Generalizado com Depressões. A, Observam-se múltiplas depressões pequenas ao
longo da superfície dos dentes. O esmalte entre as fossetas é de espessura, dureza e
coloração normais. B, Visão oclusal do mesmo paciente mostrando envolvimento difuso
dos dentes superiores, o que seria incompatível com dano ambiental. (A, De Stewart
RE, Prescott GH, Oral facial genetics, St. Louis, 1976, Mosby; B, Cortesia do Dr.
Joseph S. Giansanti.)

Características Histopatológicas
As características histopatológicas presentes na amelogênese imperfeita não são
evidentes em preparações rotineiras.
Como a descalcificação dos dentes é necessária antes do processamento para permitir a
secção dos espécimes
embebidos em parafina, todo o esmalte é perdido. Com o objetivo de examinar a
estrutura alterada do esmalte, são
preparados cortes por desgaste de espécimes não descalcificados. As alterações
descobertas são altamente
diversificadas e variam de acordo com cada tipo clínico de amelogênese imperfeita.
Descrições detalhadas dessas
alterações foram fornecidas por Witkop e Sauk.
Tratamento e Prognóstico
As implicações clínicas de amelogênese imperfeita variam de acordo com o subtipo e
sua gravidade, mas os principais
problemas são de estética, sensibilidade dentária e perda da dimensão vertical. Além
disso, em alguns casos de
amelogênese imperfeita, há aumento da prevalência de lesões cariosas, mordida aberta
anterior, erupção retardada,
impactação dentária ou inflamação gengival associada.
2. 19 Gametogêneses imperfeita
2. 20 Dentinogênese imperfeita:
Características clinicas:
A dentinogênese imperfeita afeta tanto dentes decíduos como permanentes, com a
gravidade das alterações dentárias variando com o período no qual o dente se formou.
Os dentes decíduos são mais gravemente afetados, seguidos pelos incisivos permanentes
e primeiros molares, com os segundos e terceiros molares sendo menos atingidos. Os
dentes apresentam uma pigmentação marrom-azulada, geralmente com uma
transparência distinta. O esmalte frequentemente é separado com facilidade da dentina
defeituosa subjacente. Uma vez exposta, a dentina demonstra desgaste por atrição
acelerada. Radiograficamente, os dentes apresentam coroas bulbosas, constrição
cervical, raízes delgadas e obliteração precoce dos canais radiculares e câmaras pulpares
.
Sinais:
A DI faz com que os dentes pareçam translúcidos ou manchados, apresentando uma
tonalidade cinza-azulada ou marrom-amarelada. Esse distúrbio afeta os dentes decíduos
(de leite) e os permanentes. Além de alterar a aparência dos dentes, a DI pode tornar os
dentes mais fracos do que o normal e, portanto, mais propensos a danos, fraturas,
desgaste e perda.
Sintomas:
DI tipo I: os dentes afetados por DI tipo I tem esmalte normal, mas o ligamento
dentinho-esmalte não é normal. O esmalte tende a fragmentar a dentina. A dentina dá
aparência mais escura e opalescente aos dentes. Os dentes afetados têm mais
probabilidade de fraturar e cair.
DI tipo II: as características da DI tipo II são tipicamente coroas bulbosas com
constrição cervical, descoloração translucida âmbar e desgaste dos dentes. Tanto os
dentes de leite e os dentes definitivos apresentam obliteração da polpa. Alguns pacientes
apresentam perda de audição.
DI tipo III: é caracterizada pela rápida erosão das coroas nos dentes de leite e dentição
definitiva. A polpa dentária pode ficar exposta (é macia, opalescente e cor âmbar). Os
portadores do gene característico desta doença podem ter dentes aparentemente
normais, contudo, após um exame aos dentes é possível verificar uma camada muito
fina de esmalte e uma câmara pulposa aumentada.
Causa:
Existem três formas de DI, nomeadamente:
DI tipo I: a DI tipo I está associada a ocorrência simultânea de uma outra condição
patológica, a osteogénese imperfeita (OI).
DI tipo II: a DI tipo II, a mais comum, manifesta-se unicamente na dentina, sem
qualquer síndrome associada.
DI tipo III: a DI tipo III, a mais rara, corresponde ao “Brandywine type”, e ocorre de
forma isolada num grupo racial em Maryland, nos Estados unidos da América.
Diagnóstico:
Exame dentário minucioso;
Realização de radiografia;
Análise da história familiar;
se necessário, realização de análise genética.
Evolução:
A dentinogênese imperfeita ou dentina opalescente hereditária ou, ainda, odontogênese
imperfeita é o tipo de anomalia que ocorre quando os odontoblastos, células
responsáveis pela síntese ou produção da dentina falham em sua diferenciação,
produzindo uma dentina com estrutura anormal, resultando em dentes de cor
acastanhada ou cinza-azulada e também opacos. No entanto, estes termos são
considerados incorretos uma vez que, neste tipo de anomalia, somente a porção
mesodérmica do órgão dental está comprometida. A doença ocorre por uma alteração
hereditária, com traço autossômico dominante e, aparentemente, sem ligação com o
cromossomo sexual. Seu mecanismo de transmissão ainda não está completamente
esclarecido. Recentemente, foi hipotetizado que uma mutação no gene DSPP
(sialoproteína da dentina) pode ser a responsável pela manifestação mais severa da
síndrome .
Tratamento e Prognostico:
O sucesso do tratamento varia de acordo com a gravidade das alterações dentárias em
cada paciente. Nos pacientes com grande atrição, a dimensão vertical pode ser
restabelecida pela colocação de restaurações protéticas metálicas com agentes adesivos
em dentes que não tenham recebido preparos e que não estejam sujeitos a estresse
oclusal. Os compósitos mais recentes combinados com um agente de ligação dentinária
têm sido usados em áreas sujeitas ao desgaste oclusal. Quando grandes famílias foram
acompanhadas por um longo período, em sua maioria os atingidos eram candidatos a
próteses totais ou implantes por volta dos 30 anos de idade, a despeito de várias
intervenções. Materiais e técnicas mais modernas podem alterar essa perspectiva.
Se você achar que apresenta os sintomas da DI, deve entrar em contato com o dentista
para uma avaliação completa. O tratamento para DI geralmente concentra-se primeiro
nos dentes decíduos do paciente e inclui procedimentos restauradores, como coroas ou
restaurações preventivas para fortalecer os dentes quebradiços. Posteriormente,
implantes dentários ou próteses podem ser recomendados, pois a reposição dos dentes
se torna necessária para o paciente. Se você achar que apresenta os sintomas da DI, deve
entrar em contato com o dentista para uma avaliação completa. O tratamento para DI
geralmente concentra-se primeiro nos dentes decíduos do paciente e inclui
procedimentos restauradores, como coroas ou restaurações preventivas para fortalecer
os dentes quebradiços. Posteriormente, implantes dentários ou próteses podem ser
recomendados, pois a reposição dos dentes se torna necessária para o paciente.
*Características radiográficas:
Características histológicas:
Na dentinogênese imperfeita, a dentina adjacente à junção amelocementária apresenta-
se semelhante à dentina normal, mas a remanescente é totalmente anormal. Túbulos
disformes e curtos percorrem uma matriz de dentina granular e atípica, que geralmente
mostra calcificação interglobular. Odontoblastos atípicos e escassos alinham-se na
superfície pulpar e células podem ser vistas aprisionadas no interior da dentina
defeituosa. Em cortes por desgaste, o esmalte é normal na maioria dos pacientes;
entretanto, cerca de um terço dos pacientes apresenta defeitos hipoplásicos ou
hipocalcificados. Nos pacientes com displasia dentinária tipo II, os dentes decíduos
apresentam o mesmo padrão observado na dentinogênese imperfeita. Os dentes
permanentes apresentam esmalte e dentina coronária normais. Adjacente à polpa, são
vistas várias áreas de dentina interglobular. A dentina radicular é atubular, amorfa e
hipertrófica. Calcificações pulpares se desenvolvem em qualquer região da câmara
pulpar.

Características microbiológicas:
A dentinogênese imperfeita não apresenta microorganismos.
2. 21 DISPLASIA DENTINÁRIA TIPO I e TIPO II
Características clinicas:
A displasia dentinária tipo I (DD-I, displasia dentinária radicular) tem sido referida
como dentes sem raízes, porque a perda de organização da dentina radicular leva ao
encurtamento do tamanho da raiz. O processo exibe um padrão autossômico dominante,
sendo uma das formas mais raras de distúrbios dentinários humanos, com prevalência
aproximada de 1:100.000. O esmalte e a dentina coronária são clinicamente normais e
bem formados, mas a dentina radicular perde toda a organização, sendo drasticamente
diminuída . Produz-se uma grande variação na formação radicular porque a
desorganização dentinária pode ocorrer durante diferentes estágios do desenvolvimento
dentário. Se a organização da dentina é perdida precocemente durante o
desenvolvimento dentário, são formadas raízes deficientes; a desorganização tardia
resulta em malformações radiculares mínimas. A variabilidade é mais pronunciada em
dentes permanentes e pode variar não apenas de um paciente para outro, mas também de
dente para dente no mesmo paciente. Em razão da rizomicria, os sinais clínicos iniciais
são a mobilidade acentuada e esfoliação precoce, espontânea ou secundariamente ao
menor trauma. A erupção retardada também pode estar presente. A força radicular da
dentina é reduzida, sendo os dentes afetados predispostos a fraturas durante exodontias.

Sinais:
A displasia dentinária do tipo I (DD1) é um distúrbio hereditário raro caracterizado
pela presença de dentes com esmalte normal e uma dentina atípica. Clinicamente, os
dentes apresentam características morfológicas normais, ao passo que,
radiograficamente, podem ser observadas raízes curtas e mal formadas.
Sintomas:
Displasia Dentinária Tipo I
A displasia I, também conhecida como de tipo radicular, é caracterizada por afetar
principalmente a dentina do paciente, deixando ela consideravelmente mais frágil.
Apesar de a coroa possuir esmalte com aspecto normal, quando a disfunção é observada
a partir de um raio x, é possível notar raízes curtas e malformadas. Assim, o paciente
paciente pode perder os seus dentes da maneira precoce. O que implica em problemas
oclusais e outros malefícios bucais como o desgaste excessivo de outros dentes e
disfunções na articulação temporomandibular.

2. 22 Displasia Dentinária Tipo II


Já displasia do tipo II promove o desenvolvimento de dentes decíduos com coloração
levemente azulada, prejudicando bastante a estética do sorriso. Além disso, ela deixa o
órgão dental frágil e, consequentemente mais suscetíveis a lesões e outras doenças. A
anomalia do tipo II, também conhecida como do tipo coronária, ainda pode provocar a
obliteração pulpar. Desse modo, os dentes permanentes sofrem com a presença de
nódulos pulpares em toda a sua extensão. Apesar de tudo isso, é válido dizer que as
raízes apresentam um aspecto radiográfico normal. Entretanto, a doença é extremamente
agressiva e prejudica os dentes de maneira expressiva. Ainda, devido ao defeito na
formação da dentina, a pessoa pode enfrentar alguns incômodos bastante chatos como
por exemplo uma notável hipersensibilidade
Evolução:
A displasia dentinária é uma condição rara (1:100.000), caracterizada por um defeito na
formação da dentina. É transmitida geneticamente, de forma autossômica dominante,
podendo ou não estar associada a doenças sistêmicas. De acordo com Shafer et al., a
displasia dentinária pode ser subdividida em tipos I e II. No tipo I, o aspecto clínico dos
dentes, tanto na dentição decídua como na permanente, é normal. Entretanto,
radiograficamente pode-se observar uma formação radicular deficiente, com a presença
de raízes curtas e mal-formadas, ou até mesmo, a ausência de raiz. Por esse motivo, a
displasia dentinária do tipo I (DD1) também é conhecida como “dentes sem raízes”. A
esfoliação prematura dos dentes decíduos ou a perda dos dentes permanentes, sem causa
aparente ou ao menor trauma, podem ser os primeiros sinais da DD1 devido à forma
precária das raízes. Em ambas as dentições, decídua e permanente, é relatada a
obliteração total ou parcial das câmaras pulpares, formando, na maioria dos casos, uma
imagem radiográfica de linhas ascendentes paralelas à junção cemento-esmalte. A
ocorrência de taurodontismo também foi observada, além da formação de áreas
radiolúcidas periapicais associadas a dentes livres de cáries. Histologicamente, o
esmalte e a dentina imediatamente adjacente apresentam-se com aspecto de
normalidade. Entretanto, existe uma abrupta transição para uma dentina displásica. Esse
tecido alterado caracteriza-se por um aspecto de glóbulos e espirais de dentina
displásica. Os túbulos dentinários são bloqueados e direcionados aleatoriamente.
Pacientes acometidos pela DD1, visto que a desorganização dentinária pode ocorrer em
diferentes estágios do desenvolvimento dentário. Portanto, quanto mais cedo ocorrer a
desorganização dentinária, mais precária e deficiente será a formação radicular. Ao
contrário, quanto mais adiantado se encontrar o dente em seu desenvolvimento, no
momento em que a dentina perde a sua organização, mais brandos serão os defeitos
radiculares.
Prognostico:
Nos pacientes com displasia dentinária tipo I, as medidas preventivas são de suma
importância. Talvez, como um resultado de raízes curtas, a perda precoce por
periodontite seja frequente. Além disso, canais vasculares pulpares se estendem
próximo à junção amelodentinária; portanto mesmo restaurações pouco profundas
podem resultar em necrose pulpar. Uma higiene oral meticulosa deve ser estabelecida e
mantida. Quando há o desenvolvimento de lesões inflamatórias periapicais, a escolha
terapêutica deve ser guiada pelo comprimento da raiz. O tratamento endodôntico
convencional requer a criação mecânica de condutos e tem tido sucesso em dentes sem
raízes muito pequenas. Dentes com raízes curtas apresentam ramificações pulpares que
eliminam o tratamento endodôntico convencional como uma opção terapêutica
apropriada. Curetagens periapicais e selamento com amálgama retrógrado têm
apresentado sucesso a curto prazo.
Características radiográficas:
Características Histopatológicas:
Na displasia dentinária tipo I, o esmalte e dentina da coroa são normais. Apicalmente ao
ponto de desorganização, a porção central da raiz forma espiralmente a dentina tubular e
a osteodentina atípica. Essas espirais exibem uma camada periférica de dentina normal,
dando à raiz a aparência de “vapor fluindo ao redor de penhascos”.

Características microbiológicas:

2. 23 ODONTODISPLASIA REGIONAL (DENTES FANTASMAS)


Características Clinicas:
A odontodisplasia regional é um achado incomum, que ocorre em ambas às dentições.
Não apresenta predileção racial e exibe ligeira predominância pelo gênero feminino.
Uma revisão quanto à idade na época do diagnóstico revela um pico bimodal que
correlaciona o tempo normal de erupção de decíduos (dois a quatro anos) e a dentição
permanente (sete a onze anos). Caracteristicamente, o processo afeta uma área focal da
dentição, com envolvimento de vários dentes contíguos. Há uma predominância pelos
dentes superiores anteriores. Eventualmente, um dente não afetado pode ser interposto a
uma sequência de dentes alterados. Foram relatados envolvimento ipsilateral de ambos
os arcos e alterações bilaterais na mesma arcada. Embora raro, o envolvimento
generalizado já foi documentado, sendo a presença de odontodisplasia regional em mais
de dois quadrantes rara. O envolvimento da dentição decídua é normalmente seguido
por dentes sucessores comprometidos do mesmo modo. Na região dos dentes afetados, o
osso circundante frequentemente apresenta densidade mais baixa; além disso,
hiperplasia de tecido mole pode ser notada revestindo os dentes afetados que se
encontram impactados.
Sinais:
Clinicamente, os dentes afetados apresentam-se manchados, com coloração castanha ou
amarelada, hipocalcificados e hipoplásicos. Por apresentarem uma estrutura defeituosa,
esses dentes geralmente são pequenos e mais susceptíveis à cárie dental. A crista
alveolar na região afetada em geral se apresenta aumentada e coberta por um tecido
fibroso. A irrupção dos dentes pode ser retardada ou não ocorrer.
Sintomas:
sintomas incluem o edema gengival, gengivite e alguns pacientes podem relatar dor e
abscesso na área afetada, em decorrência do acesso bacteriano à polpa através de trincas
no esmalte e da dentina defeituosa.
Evolução:
A odontodisplasia regional é uma anomalia, não-hereditária, que afeta o
desenvolvimento do esmalte e dentina da dentição decídua e/ou permanente. Manifesta-
se durante a irrupção dos dentes decíduos ou durante a dentição mista. É mais comum
no sexo feminino e não há tendência de ocorrência em um grupo étnico específico. Esta
condição envolve apenas um único quadrante e a maxila é mais frequentemente afetada
que a mandíbula, sendo variável o número de dentes afetados. A etiologia da
odontodisplasia regional ainda não foi esclarecida, e como referida anteriormente, a
condição não é hereditária e isto sugere um ou mais fatores locais afetando a formação
dos tecidos dentários durante o desenvolvimento
Prognostico:
Atualmente, não existe consenso sobre o tratamento do paciente portador de
odontodisplasia regional. É importante que seja realizada uma avaliação cuidadosa dos
achados de cada paciente para que se desenvolva um plano de tratamento mais
apropriado. Dentes não erupcionados devem permanecer intocados, restaurando a
função com uma prótese parcial removível até que a maturação esquelética seja
atingida. Dentes erupcionados podem ser cobertos por restaurações retidas por ataque
ácido ou com coroas de aço inoxidável até que a restauração final possa ser colocada
depois de completado o crescimento. Em função da natureza frágil do tecido coronário
duro e da facilidade de exposição pulpar, o preparo do dente é contraindicado. Dentes
muito afetados e infectados não podem ser preservados e necessitam exodontia. Embora
a anquilose tenha sido vista em autotransplante dentário, pré-molares têm sido
autotransplantados para o alvéolo do dente afetado extraído.
Características radiográficas:
Radiograficamente, o dente afetado apresenta um contorno tênue criando a aparência de
dente fantasma devido à reduzida radio densidade das finas camadas de esmalte e
dentina. A demarcação entre o esmalte e a dentina é pouco visível, as câmaras pulpares
e os canais radiculares são alargados e podem ocorrer raízes curtas e com ápices
abertos. A câmara pulpar é grande apresentando, ocasionalmente, polpa volumosa.
Frequentemente, calcificações pulpares são identificadas na polpa coronária e lesões
periapicais crônicas ou agudas podem se desenvolver em associação com os dentes
afetados.

Características histopatológicas:
Histologicamente, o esmalte se apresenta com densidade variável e superfície irregular.
Há uma redução na dentina, alargamento da camada de pré-dentina, grandes áreas de
dentina Inter globular e um padrão tubular irregular da dentina. Frequentemente, nota-se
necrose pulpar como resultado da comunicação com a cavidade oral através das trincas
na camada de dentina. O epitélio reduzido do esmalte, ao redor dos dentes não
irrompidos, apresenta corpos calcificados irregulares.

Características microbiológicas:
Tratamento

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