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Aula 9: Laudo Radiográfico

Autora: Profª. Rosana da Silva Berticelli

Edição: Luana Christ e Bruna Reuter

 Definição:

“É a interpretação das imagens radiográficas, reconhecendo as estruturas e


reparos anatômicos para diferenciá-las dos estados patológicos e variações de
anatomia, tecnicamente descrito e assinado por um radiologista médico ou
odontolólogo.”’

 Divisão do Exame Físico

• Exame Geral;

• Exame Físico Locorregional Extrabucal;

• Exame Físico Locorregional Intrabucal.

 Sequência de dados á serem anotados:


• 1º Nº de dentes presentes;
• 2º Nº de dentes ausentes;
• 3º Nº de dentes hígidos;
• 5º Nº de dentes cariados;
• 4º Nº de dentes restaurados Normal
• 6º Radiotransparência: Aumentada
• 7º Cortical Óssea; Diminuída
• 8º Presença de Lesões apicais, nos maxilares, se a Radiografia
permitir ATM.

 Classificação das anomalias

Hiperplasiantes: caracterizadas pelo aumento do número de dentes ou


pelo aumento dos componentes teciduais, com alterações estruturais,
morfológicas e/ou funcionais;

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Hipoplasiantes: caracterizadas pela diminuição do número ou pelo
desenvolvimento incompleto dos dentes, com alterações estruturais,
morfológicas e/ou funcionais.

Heterotópicas: caracterizadas pela erupção e/ou posição dos dentes


fora do seu local habitual, ou ainda pelo deslocamento e
desenvolvimento dos tecidos dentários com perda da relação normal
entre eles.

 Anomalias hiperplasiantes

• Supranumerários;

• Raiz supranumerária;

• Cúspide supranumerária;

• Pérola de esmalte;

• Fusão dentária;

• Concrescência dentária;

• Germinação dentária;

• Macrodontia;

• Taurodontismo;

• Hipercementose.

 Dentes supranumerários

• Dente que exceda o número normal nas dentições decídua e


permanente.

• Forma: eumorfo e dismorfo.

• Freqüência: “mesiodens”, 4º molar, 3º pré-molar.

 Raiz supranumerária
• Além do número normal que a anatomia determina;

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• Formas: eumorfas e dismorfas;
• Freqüência: molares, pré-molares, incisivos.

 Cúspide supranumerária
• Além do número normal que a anatomia radicular determina;
• Forma: muito variável;
• Freqüência: incisivos, caninos.

 Pérolas de esmalte

• Ilhotas de esmalte localizadas na superfície radicular;

• Forma: redonda ou oval;

• Freqüência: molares, pré-molares.

 Fusão dentária

• União de dentes normais durante a formação;

• Forma: total e parcial;

• Freqüência: incisivos, caninos, molares.

 Concrescência dentária

• Forma de fusão;

• Ocorre depois de completada a formação da raiz;

• Dentes unidos pelo cemento;

• Traumatismo ou apinhamento dentário;

• Reabsorção osso interdentário;

• Ocorre antes ou depois da erupção dentária.

 Germinação dentária

• Tentativa de divisão do germe dentário por invaginação;

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• Formação incompleta de dois dentes;

• Duas coroas e uma raiz.

 Macrodontia

• Dentes são maiores que o normal;

• Três tipos;

• Generalizada verdadeira;

• Generalizada relativa;

• Envolvendo apenas um dente.

 Taurodontismo

• Dentes possuem forma retangular;

• Câmara pulpar é extremamente ampla;

• Raízes excessivamente curtas.

 Hipercementose

• Aumento da deposição de cemento ao redor da raiz de um elemento


dentário.

 Anomalias hipoplasiantes

• Agenesia;

• Hipoplasia do esmalte;

• Hipoplasia dentinária;

• Microdontia.

 Agenesia

• Ausência completa de formação de um ou mais dentes.

• Há dois tipos:

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A) Anodontia

B) Hipodontia ou Anodontia Parcial

 Hipoplasias do esmalte

• Fases da formação do esmalte:

a) Produção e deposição da matriz orgânica

b) Mineralização

c) Maturação

• Anormalidade em uma das fases = hipoplasia do esmalte.

• Pode ser de três tipos: adquirida, congênita e hereditária.

Hipoplasia adquirida:

• Manchas brancas ou amareladas;

• Origem local (infecção, trauma) ou sistêmica (hipovitaminose A ou C,


hipocalcemia).

Hipoplasia congênita:

• Ocorre principalmente em indivíduos portadores de sífilis congênita.

Hipoplasia Hereditária:

• Afeta as fases de formação do esmalte (deposição, mineralização e


maturação do esmalte.

 Hipoplasia dentinária

A) Dentinogênese imperfeita:

• Alteração hereditária;
• Afeta a formação da matriz dentinária nos dentes decíduos e/ou
permanentes;
• A dentina produzida é pouco resistente (conteúdo aquoso 60% maior);

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• Sinais radiográficos: obliteração total ou parcial da câmara pulpar e
canal radicular, raízes dentais curtas e rombas, fraturas radiculares
múltiplas.

B) Displasia dentinária:

• Caráter hereditário;
• Dentina com formação irregular e morfologia pulpar modificada;
• Aspectos radiográficos: dentes com raízes anômalas muito curtas e
cônicas.

 Microdontia

• Redução do tamanho normal do dente ou parte dele;

• Pode ser localizada ou generalizada.

 Heterotópicas

• Giroversão;

• Vestíbulo e línguo-versão;

• Transposição dentária;

• Transmigração dentária;

• Dilaceração dentária;

• Dente invaginado;

• Dentes não irrompidos.

 Giroversão

• Quando o dente no arco apresenta um giro em torno do seu próprio eixo


de 90° a 180°.

 Vestibulo e linguo-versão

• Quando o dente no arco apresenta uma inclinação para o região lingual


ou palatina;

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• Quando o dente apresenta no arco inclinação para a região do vestíbulo
oral.

 Transposição dentária

• Ocorre quando o dente no arco erupciona em lugar de outro;

• Fora do lugar habitual;

• Acomete mais caninos e pré-molares superiores.

 Transmigração dentária
• Quando o dente se desloca durante sua fase de morfodiferenciação;
• Fora do processo alveolar;
• Acomete o palato, fossas caninas e seios maxilares.
 Dilaceração dentária

• Angulação ou curva acentuada da raiz ou da coroa do dente;

• Ocorre antes ou depois da erupção;

• Causas:

- traumatismo;

- posição da parte calcificada.

 Dente invaginado

• Conseqüência de invaginação na superfície da coroa de um dente antes


de ter ocorrido a calcificação;

• Incidência em dentes anteriores;

• Acomete apenas um dente.

 Dentes não irrompidos

* São dentes: inclusos, impactados, retidos, encravados;

• Causas:

• Falta de espaço no arco dentário;

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• Posição do germe dentário;

• Obstáculos como cistos, tumores e outros;

*Perda da força eruptiva.

 Referencias

BORAKS, Silvio. Diagnóstico Bucal. São Paulo: Artes Médicas, 1996, 319 p.

CASTRO, Acyr Lima de. Estomatologia. São Paulo: editora Santos, 1992, 350
p.

GENOVESE, Walter João. Metodologia do exame clínico em odontologia.


São Paulo: Pancast editorial, 1992, 391 p.

MARCUCCI, G. Fundamentos de Odontologia ESTOMATOLOGIA. 2005

TOMMASI, António Fernando. Diagnóstico em patologia bucal. São Paulo:


Artes Médicas, 2002.

KEER, Donald A. et al. Diagnóstico oral. 4a. ed. Rio de Janeiro; Guanabara
Koogan, 1977, 416 p.

BERTICELLI,R.S

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