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SISTEMA NERVOSO

Profª Ilana Pinheiro


Fisioterapeuta
Especialista em Fisioterapia em Gerontologia
Mestra em Tecnologia, Gestão e Saúde Ocular
VOCÊ CONHECE O
SISTEMA
NERVOSO, SUAS
ESTRUTURAS E
FUNÇÕES
Associação Educativa Evangélica

ORGANIZAÇÃO GERAL DO SISTEMA NERVOSO


Sistema Nervoso​

•O sistema nervoso é
responsável pelo ajustamento do
organismo ao ambiente.

•Sua função é perceber e


identificar as condições ambientais
externas, bem como as condições
reinantes dentro do próprio corpo
e elaborar respostas que adaptem
a essas condições.
Tecido Nervoso
• Formado por 2 componentes principais:
1) Neurônio
2) Células da glia
NEURÔNIO
Classificação dos Neurônios
• Por tamanho e forma:
1) Multipolares: + de 2 prolongamentos
celulares;
2) Bipolares: 1 dendrito + 1 axônio
3) Pseudounipolares: prolongamento único que
se divide em dois
Classificação dos Neurônios
• Por função:
1) Motores ou eferentes: Controlam órgãos
efetores;
2) Sensoriais ou aferentes: recebem estímulos
sensoriais do meio ambiente e do próprio
organismo
3) Interneurônios ou neurônios de associação:
estabelecem conexões formando circuitos
Substância Branca e
Substância Cinzenta
Divisão do SN- Critérios Anatômicos
SISTEMA NERVOSO CENTRAL (SNC)
Encéfalo

Encéfalo
 Possui cerca de 1,4 kg
nos adultos
cérebro  Está localizado na caixa
craniana
 Dividido em 3 partes:
cerebelo cérebro, cerebelo e
Tronco tronco encefálico
encefálico
SISTEMA NERVOSO CENTRAL (SNC)
Encéfalo
I) Cérebro
 Constitui cerca de 90% da massa encefálica
 Sua superfície é bastante pregueada (aumento da
superfície)
 Dividido em dois hemisférios (esquerdo e direito)
 Dividido em duas partes:
o Córtex (externo) – substância cinzenta (corpos
neuronais)
o Região interna – substância branca (dendritos e
axônios)
SISTEMA NERVOSO CENTRAL (SNC)
Encéfalo
I) Cérebro
 Funções:
o Sensações
o Atos conscientes e
voluntários (movimentos)
o Pensamento
o Memória
o Inteligência
o Aprendizagem
o Sentidos
o Equilíbrio
SISTEMA NERVOSO CENTRAL (SNC)
Encéfalo
I) Cérebro
 Tálamo e Hipotálamo (presentes na região inferior do cérebro)
 Tálamo
o Reorganização dos estímulos nervosos
o Percepção sensorial (consciência)

 Hipotálamo
o Regulador da homeostase corporal
o Temperatura
Tálamo
o Apetite Hipotálamo
o Balanço hídrico
o Controle da hipófise e Neurosecreção;
o Regulação do comportamento emocional
o Controle endócrino
SISTEMA NERVOSO CENTRAL (SNC)
Encéfalo
II) Cerebelo
 Responsável pelo equilíbrio do
corpo
 Tônus e vigor muscular
 Orientação espacial
 Coordenação dos movimentos
 Reconhecimento de figuras
complexas
 Processamento de linguagem
 Atenção
 Memória de trabalho Cerebelo
SISTEMA NERVOSO CENTRAL (SNC)
Encéfalo
III) Tronco encefálico
– 3 divisões:
 Mesencéfalo
 Ponte
 Bulbo

Mesencéfalo

Ponte

Bulbo
SISTEMA NERVOSO CENTRAL (SNC)
Encéfalo
III) Tronco encefálico
 Mesencéfalo
o Recepção e coordenação
da contração muscular
o Postura corporal
SISTEMA NERVOSO CENTRAL (SNC)
Encéfalo
III) Tronco encefálico
 Ponte
o Manutenção da postura
corporal, equilíbrio do
corpo e tônus muscular.

Ponte
SISTEMA NERVOSO CENTRAL (SNC)
Encéfalo
III) Tronco encefálico
 Bulbo
o Controle dos
batimentos cardíacos
o Controle dos
movimentos
respiratórios
o Controle da deglutição
(engolir) Bulbo
SISTEMA NERVOSO CENTRAL (SNC)
Medula Espinhal
 Cordão cilíndrico que parte da
base do encéfalo e percorre toda
a coluna vertebral.
 Aloja-se dentro do canal
vertebral.
 Da medula espinhal partem 31
pares de nervos raquidianos ou
espinhais.
SISTEMA NERVOSO CENTRAL (SNC)
Medula Espinhal
 Funções da medula

o Recebe as informações de
diversas partes do corpo e
as enviam para o encéfalo
e vice-versa.

o Responsável pelos atos


reflexos (reflexo medular).
Medula- considerações gerais
• Ocupa o canal vertebral, no interior da coluna
vertebral –sustentação e proteção;
• Superiormente, continua com o bulbo
(MEDULA OBLONGA)
• Limites anatômicos: forame magno (superior)
até a primeira ou segunda vértebra
lombar(inferior)
• ♂=45cm
• ♀=42cm
Medula- considerações gerais
• A medula termina afinando-se para formar um cone: o
CONE MEDULAR;
• Abaixo do nível de L2, encontram-se somente raízes
nervosas dos últimos nervos espinhais, que juntamente
com o cone medular formam a CAUDA EQUINA.
• O cone medular continua, formando um delgado
filamento, composto: O FILAMENTO TERMINAL.
• O filamento terminal atravessa o saco dural e
juntamente com a duramáter e insere-se no periósteo
da superfície dorsal do cóccix: O LIGAMENTO
COCCÍGEO.
A medula espinhal é capaz de elaborar respostas
rápidas em situações de emergência, sem a
interferência do encéfalo.
SISTEMA NERVOSO CENTRAL (SNC)
Meninges
 São três delicadas membranas
que revestem e protegem o
sistema nervoso central (SNC).

o Dura-máter
o Aracnóide
o Pia-máter
SISTEMA NERVOSO PERIFÉRICO (SNP)
Constituído por:
a)Nervos
b)Gânglios nervosos
c) Terminações nervosas (receptores para dor,
tato, frio, pressão, calor, paladar, etc.).

Nervos
São fios finos formados por vários axônios de
neurônios envolvidos por tecido conjuntivo.
Transmitem mensagens de várias partes do
corpo para o sistema nervoso central ou
destes para as regiões corporais.
SISTEMA NERVOSO PERIFÉRICO (SNP)
Classificação dos nervos

I) Quanto ao tipo de neurônio

 Sensitivos ou aferentes (contém apenas neurônios sensitivos)


 Motores ou eferentes (contém apenas neurônios motores)
 Mistos (contém neurônios sensitivos e motores)

II)Quanto à posição anatômica

 Cranianos (ligados ao encéfalo) – 12 pares


 Raquidianos ou espinhais (ligados à medula) – 31 pares
SISTEMA NERVOSO PERIFÉRICO (SNP)
Terminações Nervosas

Captam estímulos do meio interno ou externo e os levam


para o sistema nervoso central.
SISTEMA NERVOSO PERIFÉRICO (SNP)
Divisão do Sistema Nervoso Periférico

Sistema Nervoso Voluntário Ações conscientes: andar, falar,


(somático) pensar, movimentar um braço, etc.

Sistema Nervoso Autônomo Ações inconscientes: controle da Simpático


(visceral) digestão, batimentos cardíacos,
movimento das vísceras, etc.
Parassimpático
SISTEMA NERVOSO PERIFÉRICO (SNP)
Divisão do Sistema Nervoso Periférico
Sistema Nervoso Voluntário (Somático)

– Formado por nervos motores que conduzem impulsos do


sistema nervoso central (SNC) à musculatura estriada
esquelética.

– Determina ações conscientes: Andar, falar, abraçar, correr, etc.

Corpos celulares
dentro do SNC
Axônios controlando a
musculatura
esquelética
SISTEMA NERVOSO PERIFÉRICO (SNP)
Divisão do Sistema Nervoso Periférico
Sistema Nervoso Autônomo (vegetativo ou visceral)
- Constituído por nervos motores que conduzem impulsos do sistema
nervoso central à musculatura lisa de órgãos viscerais, músculos
cardíacos e glândulas.
- Realiza o controle da digestão, sistema cardiovascular, excretor e
endócrino.
- Os nervos do SNP autônomo possuem dois tipos de neurônios:
I. Pré-ganglionares (corpo celular dentro do SNC)
II. Pós-ganglionares (Corpo celular dentro do gânglio)
órgão
SNC

Neurônio Neurônio
Pré-ganglionar Pós-ganglionar
SISTEMA NERVOSO PERIFÉRICO (SNP)
Sistema Nervoso Autônomo
É dividido em duas partes:
I. Simpático
II. Parassimpático

 Sistema Nervoso Simpático: Prepara o organismo para o


estresse (instinto de fuga ou luta)
 Sistema Nervoso Parassimpático: Estimula atividades
relaxantes (repouso)

Ações antagônicas no organismo!


SISTEMA NERVOSO PERIFÉRICO (SNP)
Diferenças entre os sistemas
Sistema Nervoso Autônomo
Simpático Parassimpático

Fibra pré-ganglionar curta longa

Fibra pós-ganglionar longa curta

Origem dos nervos Região torácica e lombar da Região cervical (nervos


medula (somente nervos cranianos) e região sacral da
raquidianos) medula (nervos raquidianos)

Mediador químico Fibras pré-ganglionares: Fibras pré-ganglionares:


Acetilcolina Acetilcolina
Fibras pós-ganglionares: Fibras pós-ganglionares:
Adrenalina Acetilcolina
CÉREBRO
TELENCÉFALO
TELENCÉFALO
organização anatômica

Dois hemisférios cerebrais


Fissura longitudinal do cérebro
Unidos pelo corpo caloso
Ventrículos laterais
Giros ou circunvoluções
cerebrais
Sulcos e fissuras
SULCO CENTRAL Tato e outras áreas
Área motora voluntária sensoriais
LOBO PARIETAL
LOBO FRONTAL:
Pensamento, emoções Área de interpretaçã

ÁREA DE BROCA
Parte motora
LOBO OCCIPTAL
da fala
Visão

LOBO TEMPORAL
Audição PONTE e BULBO
respiração e CEREBELO
batimentos cardíacos Equilíbrio
CLASSIFICAÇÃO FUNCIONAL
Córtex Cerebral

1)Áreas de projeção ou áreas primárias: São as que


recebem ou dão origem a fibras relacionadas
diretamente com a sensibilidade e com a motricidade

2) Áreas de associação (secundárias e terciárias):


relacionadas ao processamento mais complexo das
informações
CLASSIFICAÇÃO FUNCIONAL
Áreas de Broadmann
• Em 1909 o cientista alemão Korbinian Brodmann dividiu o
cérebro humano em 52 regiões diferentes, criando o
primeiro “mapa” do cérebro, baseada nas características
morfofuncionais;
• Hoje já está em desuso, visto que já se dividiram novamente
o córtex em mais de 180 áreas.
• O que se usa hoje é áreas cerebrais, baseadas em sulcos e
giros.
Córtex motor primário

Córtex sensitivo primário

Área visual primária


DIENCÉFALO
• Em conjunto com o telencéfalo, constitui o
cérebro;
• III ventrículo se localiza no diencéfalo;
• O diencéfalo subdivide-se em 4 elementos:
tálamo, hipotálamo, epitálamo e subtálamo.
Glândula Pineal

• Glândula endócrina de considerável significado, e é


formada de células chamadas pinealócitos, que
secretam melatonina em resposta à escuridão.
• A glândula pineal secreta ainda um número de
hormônios que possuem importante influência
regulatória de muitos órgãos endócrinos, incluindo a
glândula hipófise, tireóide, paratireóides, suprarrenais
e as gônadas.
• Hormônios da glândula pineal atingem a glândula
hipófise através da corrente sanguínea e do líquor.
TÁLAMO
• O tálamo é a maior massa de substância cinzenta
do diencéfalo e encontra-se lateralmente ao
terceiro ventrículo. As metades simétricas dessa
estrutura da linha estão localizadas entre o córtex
cerebral e o mesencéfalo.
• Sua parte superior é coberta por uma fina
camada de substância branca chamada estrato
zonal e sua superfície lateral é coberta por uma
camada semelhante chamada de lâmina medular
externa.
HIPOTÁLAMO
• Controle da atividade visceral
• Regulação da temperatura
• Controle emocional
• Regulação do sono / vigília
• Regulação da fome / sede
• Regulação da diurese
• Regulação do metabolismo
• Regulação da adenohipófise
Glândula hipófise

• Glândula pituitária: estrutura ovóide de 12 mm por 8 mm é a


continuação do infundíbulo do hipotálamo.

• Dividida em adeno-hipófise e neuro-hipófise


1) A altamente vascular adeno-hipófise é responsável pela síntese de
hormônios tróficos, como o adrenocorticotrófico, hormônio
folículo-estimulante, hormônio do crescimento, hormônio
luteinizante e outros.
2) A neuro-hipófise é derivada de células neurogliais e é responsável
pelo armazenamento de hormônios produzidos no hipotálamo.
TRONCO ENCEFÁLICO
TRONCO ENCEFÁLICO- CONSIDERAÇÕES GERAIS

• O tronco do encéfalo (TE) ou tronco cerebral:


situa-se sobre a parte basal do osso occipital,
ocupando o espaço mais anterior da fossa
intracraniana posterior, e estende-se desde a
medula espinal até o diencéfalo.
• Possui muitos tratos ascendentes e
descendentes de fibras e muitos núcleos.
• O TE contém uma matriz de neurônios,
chamada formação reticular.
Estruturas anatômicas
• BULBO
• PONTE
• MESENCÉFALO
n. Abducente (VI)

n. Facial (VII)
n. intermédio (VII)

n. vestibulo-coclear
(VIII) Ou sulco bulbo-pontino
n. Trigêmeo (V)
n. Abducente (VI)

n. Facial (VII)
n. intermédio (VII)

n. vestibulo-coclear
(VIII) Ou sulco bulbo-pontino
ESTRUTURA FUNCIONAL- BULBO
• Substância cinzenta:
1) Núcleo ambíguo: fibras eferentes do IX (glossofaríngeo), X
(vago) e XI (acessório) pares cranianos (LARINGE E FARINGE)
2)Núcleo do hipoglosso: fibras eferentes do XII par
(hipoglosso)
3) Núcleo dorsal do vago: motor parassimpático
4) Núcleos vestibulares: sensitivos do VIII par
(vestibulococlear)
5) Núcleo do tracto solitário: sensitivo visceral dos VII (facial),
IX(glossofaríngeo) e X (vago) pares cranianos.
ESTRUTURA FUNCIONAL- BULBO
• Substância cinzenta:

6) Núcleo do tracto espinhal do trigêmeo: sensitivo(sensibilidade da


cabeça)- V(trigêmeo) VII(facial), IX (glossofaríngeo) e X (vago)
7) Núcleo salivatório inferior: inervação da parótida (IX-
glossofaríngeo)
ESTRUTURA FUNCIONAL- BULBO
FORMAÇÃO RETICULAR:
- Ocupa uma grande área do bulbo e preenche todo o
espaço não ocupado pelos tratos;
- LOCALIZAM-SE: O CENTRO RESPIRATÓRIO, O
CENTRO VASOMOTOR E O CENTRO DO VÔMITO.
ESTRUTURA FUNCIONAL- PONTE
• Substância Cinzenta
1) Núcleos do V par: 3 partes: oftálmica, mandibular e maxilar
2) Núcleos do VI par: movimento dos olhos
3) Núcleos do VII par: Motricidade dos músculos faciais
4) Núcleos do VIII par: audição, posição e movimentos da cabeça
ESTRUTURA FUNCIONAL- MESENCÉFALO

• Colículo superior- conexão com :


a) Fibras da retina;
b) Fibras do Córtex Occipital;
c) Fibras do trato tetoespinhal(neurônios motores da
medula cervical)
- MOVIMENTO DOS OLHOS NA VERTICAL

• Colículo inferior:
1) Massa cinzenta delimitada: recebe fibras auditivas
ESTRUTURA FUNCIONAL- MESENCÉFALO

• Área pré-tectal: Controle reflexo das pupilas


• Pedúnculos cerebrais: Fibras descendentes-
corticoespinhal/corticonuclear/corticopontino:
motricidade;
ESTRUTURA FUNCIONAL- MESENCÉFALO

• Substância Cinzenta:
1) Núcleo do IV (troclear): m. obliquo superior;
2) Núcleo do III (oculomotor): reto superior, reto
inferior, reto medial e levantador da pálpebra;
inervação parassimpática (m. ciliar e m. esfincter da
pupila);
ESTRUTURA FUNCIONAL- MESENCÉFALO

• Substância Cinzenta PRÓPRIA DO MESENCÉFALO:


1) Núcleo rubro: motricidade somática/ recebe fibras
do cerebelo e áreas motoras do córtex;
2) Substância negra: neurônios dopaminérgicos-
conexão com o corpo estriado (núcleos da base-
diencéfalo)
SISTEMA NERVOSO PERIFÉRICO (SNP)
O FATO DE NÃO EXISTIR CORPOS NEURONAIS NO TRAJETO DOS
NERVOS É RELEVANTE, POIS A SUA LESÃO DANIFICA SOMENTE OS
PROLONGAMENTOS CELULARES QUE PODERÃO SER,
EVENTUALMENTE, REGENERADOS!!!

OS NERVOS PERIFÉRICOS
DIVIDEM-SE EM:

NERVOS ESPINHAIS NERVOS CRANIANOS


Os territórios cutâneos dos nervos
espinais são chamados de dermátomos
Tipos de lesões de nervos periféricos
NERVOS CRANIANOS
• São doze pares;
• Têm conexões bilaterais no encéfalo e
recebem uma nomenclatura específica, sendo
numerados em algarismos romanos;
• O primeiro nervo craniano, ou nervo olfatório,
apresenta conexão com o telencéfalo,
enquanto o segundo, ou nervo óptico, se
relaciona com o diencéfalo.
Classificação dos NC
De acordo com o Componente Funcional, os nervos cranianos
podem ser classificados em Motores, Sensitivos e Mistos.
Os Motores (puros) são os que movimentam o olho, a língua
e acessoriamente os músculos látero-posteriores do pescoço.
São eles:
• III – Nervo Oculomotor
• IV – Nervo Troclear
• VI – Nervo Abducente
• XI – Nervo Acessório
• XII – Nervo Hipoglosso
Classificação dos NC
Os Sensitivos (puros) destinam-se aos órgãos
dos sentidos e por isso são chamados sensoriais
e não apenas sensitivos, que não se referem à
sensibilidade geral (dor, temperatura e tato).
Os sensoriais são:
• I – Nervo Olfatório
• II – Nervo Óptico
• VIII – Nervo Vestibulococlear
Classificação dos NC
Os Mistos (motores e sensitivos) são em
número de quatro:
• V – Trigêmeo
• VII – Nervo Facial
• IX – Nervo Glossofaríngeo
• X – Nervo Vago
Classificação dos NC
Cinco deles ainda possuem fibras vegetativas,
constituindo a parte cranial periférica do sistema
autônomo.
São os seguintes:
• III – Nervo Oculomotor
• VII – Nervo Facial
• IX – Nervo Glossofaríngeo
• X – Nervo Vago
• XI – Nervo Acessório
NC I- Olfatório

NÚCLEO Nenhum
CAMPO DE INERVAÇÃO Sensorial: Mucosa Nasal

APLICAÇÕES CLÍNICAS
Anosmia:ausência de olfato
Parosmia: alterações do odor
Cacosmia: odor desagradável ou fétido (rinites alérgicas
ou infecciosas)
NC II- Óptico

NÚCLEO Nenhum
CAMPO DE INERVAÇÃO Sensorial: Retina

APLICAÇÕES CLÍNICAS
• As lesões do nervo óptico causam diminuição ou
ausência unilateral da visão do olho
comprometido: hemianopsias homônimas ou
heterônimas.
NC III- Oculomotor

NÚCLEO Núcleo do nervo oculomotor


Núcleos acessórios do nervo oculomotor
CAMPO DE INERVAÇÃO Motor: mm estriados- RM, RS, RI, OI
m.m lisos- Esfincter da pupila e m. ciliar

APLICAÇÕES CLÍNICAS
• As lesões do nervo óptico causam diminuição ou
ausência unilateral da visão do olho comprometido:
hemianopsias homônimas ou heterônimas.
NC IV- Troclear

NÚCLEO Núcleo do nervo troclear


CAMPO DE INERVAÇÃO Motor: m. oblíquo superior

APLICAÇÕES CLÍNICAS
• Diplopia (visão dupla) medial e inferiormente.
NC V- Trigêmeo
NÚCLEO Núcleo motor do nervo trigêmeo
Núcleo sensorial principal do nervo trigêmeo
Núcleo espinhal do nervo trigêmeo
Núcleo mesencefálico do nervo trigêmeo

DIVISÕES Nervo oftálmico (NC V1)


Nervo maxilar (NC V2)
Nervo mandibular (NC V3)

CAMPO DE INERVAÇÃO Motor: músculos da mastigação, milohióideo,


ventre anterior do digástrico, músculo tensor
do tímpano
Sensorial: Couro cabeludo, face, órbita, seios
paranasais, dois terços anteriores da língua
NC V- Trigêmeo

APLICAÇÕES CLÍNICAS
• Neuralgia do trigêmeo
• Alterações na mastigação
NC VI- Abducente

NÚCLEO Núcleo do nervo abducente


CAMPO DE INERVAÇÃO Motor: m. Reto lateral

APLICAÇÕES CLÍNICAS
• As lesões do nervo abducente impossibilitam
a lateralização do olho, causando um
estrabismo convergente e diplopia durante a
mirada lateral do globo ocular lesado.
NC VII- Facial

NÚCLEO Núcleo salivatório superior


Núcleo motor do nervo facial
Núcleos do trato solitário
Núcleo espinhal do nervo trigêmeo
CAMPO DE INERVAÇÃO Sensorial: ouvido médio, cavidade nasal,
palato mole ; dois terços anteriores da
língua ; meato acústico externo
Motor: lacrimal, submandibular,
sublingual, basal, glândulas palatinas;
músculos da mímica facial.
NC VII- Facial
APLICAÇÕES CLÍNICAS
• Paralisia facial periférica ou central;
• Alteração nos reflexos: corneopalpebral,
lacrimal, piscar
NC VIII- Vestibulococlear

NÚCLEO Núcleos vestibulares


Núcleos cocleares dorsal e ventral
CAMPO DE INERVAÇÃO Sensorial: órgão espiral (células auditivas),
mácula do utrículo, mácula do sáculo,
ampolas dos canais semicirculares
APLICAÇÕES CLÍNICAS
• Labirintopatias;
• Zumbido;
• Surdez.
NC IX- Glossofaríngeo

NÚCLEO Núcleo ambíguo


Núcleo salivatório inferior
Núcleo do trato solitário
Núcleo espinhal do nervo trigêmeo
CAMPO DE INERVAÇÃO Motor: estilofaríngeo e constrictores da
faringe; glândula parótida
Sensorial: terço posterior da língua,
ouvido médio, faringe, epiglote ; terço
posterior da língua, palato mole
NC IX- Glossofaríngeo
APLICAÇÕES CLÍNICAS
• Distúrbios dolorosos na faringe, terço
posterior da língua e irradiação para o ouvido.
• Perda da sensação gustativa no terço posterior
da língua;
• Redução do reflexo do engasgo
NC X- Vago

NÚCLEO Núcleo posterior do nervo vago (núcleo


motor dorsal)
Núcleo ambíguo
Núcleos do trato solitário
Núcleo espinhal do nervo trigêmeo
CAMPO DE INERVAÇÃO Motor: Visceras torácicas e abdominais,
musculos laringeos e faringeos
Sensorial: epiglote; visceras toracicas e
abdominais, corpo carotíde, meato
acustico externo, pele retroauricular,
parte posterior das meninges
NC X- Vago
APLICAÇÕES CLÍNICAS
• Paralisia na musculatura faríngea e laríngea;
• Disfonia, disfagia;
• Ausência do reflexo do vômito;
• Paralisias pseudobulbares (ELA, poliomielite,
parkinsoninsmo, etc)
NC XI- Acessório

NÚCLEO Núcleo ambíguo


Núcleos do nervo acessório (C1-C5)
CAMPO DE INERVAÇÃO Motor: músculos laríngeos,
esternocleiodmastoideo, trapézio

APLICAÇÕES CLÍNICAS
• Paralisia do ECOM ou do trapézio
NC XII- Hipoglosso

NÚCLEO Núcleo do nervo hipoglosso


CAMPO DE INERVAÇÃO Motor: músculos intrínsecos da língua,
músculos extrínsecos da língua (exceto o
palatoglosso)

APLICAÇÕES CLÍNICAS
• Paralisia da musculatura da hemilíngua, havendo,
durante a protrusão da língua, desvio para o lado
lesado, devido à ação da musculatura íntegra.
Avaliação Neurológica (Nervos Cranianos)

• NC- I: cheirar café;


• NC- II: ler alguma coisa com um olho fechado;
• NC- III, IV e VI: movimentos oculares;
• NC-V: Contrair os mm. Mastigatórios;
• NC-VII: movimentos faciais;
• NC- VIII: falar ao paciente e pedir para repetir
• NC- IX: Deglutição (glossofaríngeo)
• NC- X: Deglutição (vago)
• NC- XI: Contração ECOM
• NC-XII: Mostrar a língua e mover de um lado para o
outro
SISTEMA NERVOSO AUTÔNOMO(SNA)
Sistema Nervoso Autônomo (SNA)
• Homeostasia do ambiente interno
–Regulação dos mecanismos cardiovasculares,
respiratórios, digestivos, excretórios e
termorreguladores, que ocorrem de modo
automático e com relativamente pouco controle
voluntário, para as adaptações contínuas que
preservam o ambiente interno.
SIMPÁTICO: T1 a L2

PARASSIMPÁTICO: NC III, VII, IX e X


S2 a S4
Gratidão!

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