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MACROSCOPIA

DO TELENCÉFALO

Neuroanatomia
TELENCÉFALO (cérebro)

É a região do encéfalo composta pelos hemisférios cerebrais direito e esquerdo


e pela lâmina terminal. Os hemisférios cerebrais comunicam-se entre si a partir
de um conjunto de fibras nervosas transversais, que constituem o corpo caloso.

No que diz respeito à evolução filogenética, o telencéfalo é porção mais recente


do sistema nervoso central.

Nos seres humanos, além da motricidade e do processamento de


sensibilidades, o telencéfalo é responsável por funções complexas, como a
capacidade de pensar, divagar, memorizar.

No seu interior, estão localizados os ventrículos laterais direito e esquerdo,


responsáveis pela produção e circulação do líquido cerebrospinal (líquor). Os
ventrículos laterais são conectados ao III ventrículo por meio dos forames
interventriculares (de Monro).

Life Science Databases, 2009, acesso via


https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Lateral_ventricle.png
Esquema representativo do sistema ventricular em vista lateral esquerda e vista
frontal. Observe os ventrículos laterais, em formato de C na vista lateral,
localizados na altura do telencéfalo. Na vista frontal, as porções posteriores dos
ventrículos são afastadas uma da outra, mas se aproximam
anteriormente,sendo separadas pelo septo pelúcido. Os dois ventrículos
comunicam-se com o III ventrículo por meio dos forames interventriculares. O
líquido cerebrospinal (LCR) flui do III ventrículo para o IV ventrículo por meio do
aqueduto do mesencéfalo, localizado no tronco encefálico.

A superfície do telencéfalo é irregular, apresentando regiões contorcidas, os


giros, separadas por depressões, os sulcos, que permitem que grande
quantidade de tecido nervoso esteja contida em uma pequena área cerebral.
Cerca de dois terços do tecido ficam “escondidos” no interior dos sulcos.

Imagem de Albert Kok at Dutch Wikimedia,


2007, acesso via Wikimedia Commons.

Os sulcos delimitam os lobos cerebrais e também delimitam regiões menores,


no interior dos lobos: os lóbulos e os giros. Na face dorsal lateral do telencéfalo
são visualizados 4 dos 5 lobos telencefálicos, são eles: lobo frontal, lobo
parietal, lobo temporal e lobo occipital. Esses lobos têm relação anatômica
com os ossos do crânio de mesma denominação (ex. o lobo frontal está
localizado abaixo do osso frontal), no entanto, não há correspondência total dos
limites dos lobos com os limites dos ossos.
Dois sulcos delimitam três lobos da face dorsal lateral, são eles:
• Sulco lateral: separa o lobo frontal do parietal. Possui ramos: anterior,
ascendente e posterior.
• Sulco central: separa os lobos frontal e parietal. Ele também separa dois
giros paralelos, posicionados “de pé” na face dorsal lateral: o giro pré-
central e o giro pós-central.

VISTA DA FACE DORSAL LATERAL DO TELENCÉFALO

Imagem adaptada de NEUROtiker,


2007, acesso via Wikimedia Commons.

O córtex da insula fica no interior do sulco lateral. Pode ser acessado ao se


dissecar as porções dos lobos frontal, parietal e temporal em torno do sulco
lateral.
Exposição do córtex da ínsula. Ilustração de Dr.
Johannes Sobotta, 1908, acesso via Wikimedia Commons.

OBS: neste ebook serão apresentadas as principais funções telencefálicas, com


o objetivo de introduzir a identificação anatômica e funcional das estruturas,
facilitando o estudo para provas práticas. Em outros ebooks desse módulo,
você acessa conteúdos sobre os mecanismos envolvidos no processamento de
memórias, emoções e da motricidade.

FACE DORSAL LATERAL DO TELENCÉFALO


Visualizada em vista lateral, como se o indivíduo estivesse de perfil. Nessa
vista, o telencéfalo apresenta formato convexo.

Para localizar a região anterior e posterior do telencéfalo, lembre-se de que


região posterior fica acima do cerebelo e o sulco lateral está localizado na
região anterior.
GIROS DA FACE DORSAL LATERAL DO TELENCÉFALO

Imagem de NEUROtiker, 2007,


acesso via Wikimedia Commons.

LOBO FRONTAL
É delimitado pelos sulcos central e lateral e possui 4 giros. No interior do lobo, o
sulco frontal superior e o sulco frontal inferior delimitam três giros paralelos
que, juntos, constituem a área pré-central, a porção não motora do lobo frontal:

• Giro frontal superior: responsável pelos comportamentos sociais e pela


cognição.
• Giro frontal médio: responsável pelos comportamentos sociais e pela
cognição.
• Giro frontal inferior: dividido em três porções pelos ramos do sulco
lateral, que invadem esse giro.
o Região orbital: a frente do ramo anterior. Área responsável pelo
processamento das emoções, supressão de comportamentos
socialmente indesejáveis e manutenção da atenção.
o Região triangular: entre os ramos anterior e ascendente. Área
responsável pela programação da atividade motora de expressão da
linguagem ex. fala e escrita.
o Região opercular: entre o ramo ascendente e o sulco pré-central.
Também é responsável pela programação da atividade motora de
expressão da linguagem ex. fala e escrita.

As regiões triangular e opercular do giro frontal inferior constituem a área de


Broca, área responsável pela expressão mecânica da linguagem.

Lesões na área de Broca cursam com afasia motora (ou afasia de Broca) em
que o paciente apresenta, por exemplo, dificuldade de articular frases, ainda
que a inervação e musculatura relacionados à fala estejam intactos. Isso
acontece devido à perda da capacidade de programar a linguagem. Na maioria
das pessoas, área de Broca fica localizada no hemisfério cerebral esquerdo.

Entre o sulco central e o sulco pré-central há um giro perpendicular aos demais


giros do lobo frontal:
• Giro pré-central: região motora do lobo frontal, que contêm os
neurônios motores superiores, responsáveis pela movimentação do
corpo, com exceção das pernas e dos pés.

LOBO TEMPORAL
Apresenta três giros na face dorsal lateral, delimitados pelo sulco temporal
superior e sulco temporal inferior.
• Giro temporal superior: Integra a via auditiva, contêm a área auditiva
secundária.
• Giro temporal médio: integra a área visual secundária (via ventral).
Importante na percepção de cores e reconhecimento de objetos e faces.
• Giro temporal inferior: também integra a área visual secundária (via
ventral). Importante na percepção de cores e reconhecimento de
objetos e faces.

Há outro giro do lobo temporal localizado no interior do sulco lateral,


posicionado acima do giro temporal superior, denominado giro temporal
transverso anterior.

John A, Beal, PhD, 2005. Acesso via Wikimedia Commons.

Na peça anatômica acima, foi exposto o lobo insular (da ínsula). Além do córtex
da ínsula e seus giros (1,2,3), é possível observar um giro proeminente na face
interna do lobo temporal superior (4): o giro temporal transverso anterior.

• Giro temporal transverso anterior: é a área primária da audição.


GIROS DA FACE DORSAL LATERAL DO TELENCÉFALO
– PEÇA ANATÔMICA

Imagem de John A, Beal, PhD, 2005.


Acesso via Wikimedia Commons.

Giro frontal superior | 2. Giro frontal médio | 3. Giro frontal inferior


4. Giro pré-central | 5. Giro temporal superior | 6. Giro temporal médio
7. Giro temporal inferior | 8. Giro pós-central | 9. Lóbulo parietal superior
10. Giro angular | 11. Giro supramarginal | 12. Giros do lobo occipital
LOBO PARIETAL

Apresenta dois sulcos principais: sulco pós-central e sulco intraparietal.


• Giro pós-central: entre o sulco central e o sulco pós-central. É a área
somestésica primária, que recebe a sensibilidade geral de todo o corpo,
exceto das pernas e dos pés. As sensibilidades gerais são: dor, tato,
temperatura, vibração, pressão e propriocepção consciente.

O sulco intraparietal separa dois lóbulos perpendiculares ao giro pós-central:


• Lóbulo parietal superior: contém áreas secundária e terciária
somestésicas, ou seja, participa do complexo processamento das
sensibilidades corporais.
• Lóbulo parietal inferior: possui dois giros, delimitados pelas porções
posteriores do sulco lateral e do sulco temporal superior, entram no
lobo parietal. São eles:
o Giro supramarginal: contorna porção final do sulco lateral, sendo
responsável por integrar informações das áreas auditiva, visual e
somestésica (área somestésica terciária); determina a percepção
espacial e corporal do indivíduo.
o Giro angular: contorna porção posterior do sulco temporal
superior. Também é responsável por integrar informações das
áreas auditiva, visual e somestésica (área somestésica terciária),
determinando a percepção espacial e corporal.

Os giros angular e supramarginal formam a área parietal posterior. Como


possuem a área de esquema corporal, lesões dessas estruturas podem cursar
com a síndrome de negligência, em que o paciente ignora o lado do seu corpo
contralateral à lesão. Assim, ele deixa de fazer atividades cotidianas com o lado
do corpo negligenciado e passa a fazer a barba apenas de um lado do rosto,
colocar o sapato apenas do lado do corpo que ele reconhece, escrever apenas
em um lado do papel.
Na imagem abaixo, temos o desenho feito por um paciente que possui
síndrome da negligência. Nesse momento da avaliação neurológica, o médico
pede para que o paciente complete um círculo com os números do relógio e que
seja representada a posição que os ponteiros do relógio marcam naquele
momento. Após finalizar, o paciente não percebe qualquer diferença entre seu
desenho e o relógio.

LOBO OCCIPITAL
O lobo occipital é um lobo pequeno, melhor delimitado na face medial do
telencéfalo. É o único lobo associado completamente a apenas uma única
função: o processamento da visão.

LOBO INSULAR (DA ÍNSULA)


A ínsula possui diversos giros e sulcos. O sulco central da ínsula separa:
• Córtex anterior da ínsula: com giros curtos. Responsável por
processamento de emoções (empatia, aversão) e reconhecimento da
própria imagem.
• Córtex posterior da ínsula: com giros longos. Área gustativa primária,
responsável pelo processamento da gustação.

Observe o sulco central da ínsula, separando os giros curtos da região anterior


dos sulcos longos, na parte posterior do lobo da ínsula.
Ilustração de Dr. Johannes Sobotta,
1908, acesso via Wikimedia Commons.

VISTA DE CORTE MEDIANO


VISTA DE CORTE MEDIANO DO ENCÉFALO
PEÇA ANATÔMICA

Imagem adaptada de John A, Beal,


PhD, 2005. Acesso via Wikimedia Commons.

1. Giro paraterminal | 2. Área subcalosa | 3. Corpo caloso (A-rostro;


B- joelho; C- tronco; D- esplênio) | 4. Giro frontal superior
5. Giro do cíngulo | 6. Lóbulo paracentral | 7. Pré-cúneo | 8. Cúneo
9. Giro occiptotemporal medial | 10. Ramo marginal do giro do cíngulo
11. Sulco central | 12. Sulco calcarino | 13. Fórnix | 14. Comissura anterior
15. Comissura posterior
• Giro paraterminal: córtex imediatamente a frente do limite anterior do
III ventrículo. Integra o sistema límbico, responsável pelo
processamento das emoções, contendo a maioria dos núcleos septais*.
• Área subcalosa: integra a área cortical límbica, responsável pelo
processamento das emoções.
• Giro do cíngulo: limitado pelo sulco do cíngulo. O 1/3 anterior é
responsável pelo processamento de emoções. Os 2/3 posteriores
integram o circuito de processamento de memórias (Circuito de Papez).
• Lóbulo paracentral: corresponde à junção dos giros pré-central e pós-
central na porção superior, visualizado na face medial do cérebro. É
responsável pela motricidade e sensibilidade das pernas e pés.

Em peças nem sempre é fácil identificar o lóbulo paracentral. Para facilitar a


localização, observe que há um prolongamento do sulco do cíngulo que o
delimita, o ramo marginal do giro do cíngulo (10). Além disso, a porção superior
do sulco central entra na face medial do telencéfalo e aparece no interior do
lóbulo paracentral (11).

*A área septal é uma estrutura do sistema límbico, responsável pelo


processamento das emoções. A maioria dos núcleos septais está localizada no
giro paraterminal (porção septal pré-comissural), e alguns núcleos estão
localizados no septo pelúcido (porção-septal pós-comissural). Por isso, o giro
paraterminal é denominado por alguns autores de área septal.

O sulco parietooccipital delimita o lobo occipital.


• Cúneo: Integra a via visual. Área secundária da visão da via dorsal,
responsável pela percepção de movimento, de velocidade e
representação espacial dos objetos.
• Pré-cúneo: Integra a via visual. Área secundária da visão da via dorsal,
responsável pela percepção de movimento, de velocidade e
representação espacial dos objetos.
• Lábios do sulco calcarino: Integram a via visual. Área primária da visão.
• Giro occipitotemporal medial: Integra a área visual secundária (via
ventral). Importante na percepção de cores e reconhecimento de
objetos e faces.

Além disso, há quatro formações de fibras nervosas essenciais na conexão de


regiões cerebrais:
• Corpo caloso: Conecta os hemisférios cerebrais. Constitui o teto dos
ventrículos laterais.
• Fórnix: conecta os hipocampos aos corpos mamilares. É uma das
estruturas do circuito de Papez, responsável pela formação das
memórias.
• Comissura anterior: conecta os lobos temporais e algumas fibras
olfatórias.
• Comissura posterior: participa dos reflexos pupilares.

VISTA INFERIOR - FACE INFERIOR DO ENCÉFALO

Imagem adaptada de NEUROtiker, 2007,


acesso via Wikimedia Commons.
Giros orbitários | 2. Giro reto | 3. Sulco olfatório | 4. Sulcos orbitários
5. Fissura longitudinal do cérebro | 6. Quiasma óptico | 7. Infundíbulo
8. Corpos mamilares | 9. Pedúnculo cerebelar médio
10. Lobo flóculo-nodular | 11. Hemisfério cerebelar | 12. Giros occipitais
13. Pirâmide | 14. Oliva | 15. Ponte | 16. Giro temporal inferior
17. Giro occipitotemporal lateral | 18. Giro parahipocampal | 19. Unco
20. Trato olfatório | 21. Bulbo olfatório

No lobo frontal em vista inferior, há o sulco olfatório onde estão localizados


bulbo olfatório e trato olfatório, que integram a via olfatória. O sulco olfatório
separa, medialmente, o pequeno giro reto e, lateralmente, os giros orbitários.
• Giros orbitários: área responsável pelo processamento das emoções,
supressão de comportamentos socialmente indesejáveis e manutenção
da atenção.
• Giro reto: área responsável pelo processamento das emoções,
supressão de comportamentos socialmente indesejáveis e manutenção
da atenção.

Imagem adaptada de John A, Beal, PhD,


2005. Acesso via Wikimedia Commons.
1. Sulco olfatório | 2. Giros orbitários | 3. Giro reto | 4. Estria olfatória lateral
5. Substância perfurada anterior | 6. Estria olfatória medial | 7. Trato olfatório
8. Bulbo olfatório | 9. Sulcos orbitários

Imagem adaptada de John A, Beal, PhD,


2005. Acesso via Wikimedia Commons.

1. Unco | 2. Giro parahipocampal | 3Giro occipitotemporal lateral


4. Giro denteado
Imagem adaptada de John A, Beal, PhD,
2005. Acesso via Wikimedia Commons.

1. Giro temporal inferior | 2. Giro occipitotemporal lateral


3. Giro parahipocampal | 4. Unco

O giro parahipocampal corresponde à porção anterior do giro occipitotemporal


medial. O sulco colateral separa o giro occipitotemporal medial do giro
occipitotemporal lateral.
• Giro temporal inferior, giro occipitotemporal lateral e giro
occipitotemporal medial: integram a área visual secundária (via
ventral). São importantes na percepção de cores e no reconhecimento
de objetos e faces.
• Giro parahipocampal: é a porção anterior do giro occipitotemporal
medial. Integra o circuito de formação de memórias (circuito de Papez).
O sulco rinal delimita a porção anterior do giro para-hipocampal, uma área de
córtex muito antigo na escala evolutiva, que contém o córtex entorrinal, no
assoalho do corno inferior do ventrículo lateral, e o unco, formação arredondada
próxima ao pedúnculo cerebelar do mesencéfalo
• Úncus: Área primária da olfação, além de integrar o circuito de
formação de memórias (circuito de Papez). A correlação anatomoclínica
mais importante dessa estrutura é a hérnia de úncus, que pode ocorrer
em situações de hipertensão intracraniana, em que o paciente pode
evoluir ao estado de coma, por compressão do mesencéfalo.

Pacientes com epilepsias focais no úncus costumam relatar alterações no


olfato, sentido cheiros, em geral, desagradáveis e sem explicação!

GIROS NO INTERIOR DO VENTRÍCULO LATERAL

Henry Vandyke Carter,


1858, acesso via Wikimedia Commons.
• Hipocampo: localizado no assoalho do corno inferior do ventrículo
lateral. Integra o circuito de formação de memórias (circuito de Papez).
• Giro denteado: pequeno, localizado da porção inferior e medial do
hipocampo. Também integra o circuito de formação de memórias
(circuito de Papez). É responsável pela dimensão temporal da memória,
como saber que a memória de passar no vestibular é mais antiga que a
de estudar neuroanatomia.

No assoalho do corno inferior do ventrículo lateral há uma proeminência


próxima ao hipocampo: o calcar avis, uma impressão no ventrículo causada por
neurônios dos lábios do sulco calcarino, responsáveis pelo processamento
primário da visão.

CORTE TRANSVERSAL DO LOBO TEMPORAL

Imagem adaptada de Dr. Johannes Sobotta – 1908,


acesso via Wikimedia Commons.

Hipocampo | 2. Corno inferior do ventrículo lateral | 3. Giro denteado


4. Unco | 5. Fímbrias do hipocampo | 6. Sulco calcarino | 7. Calcar avis
Nesse corte, está exposto todo o corno inferior do ventrículo lateral. Devem ser
identificados o hipocampo e o giro denteado, localizados no assoalho do corno
inferior.

As fímbrias do hipocampo são projeções de fibras nervosas do hipocampo, que


ascendem formando o fórnix. Essas fibras seguem em direção ao corpo
mamilar, para o processamento da memória.

No corte transversal do corno inferior do ventrículo, o hipocampo, visto de cima,


tem formato semelhante ao de um cavalo-marinho,

Imagem de Professor Laszlo Serres,


1980, acesso via Wikimedia Commons.
CORTE FRONTAL
Os cortes frontais são inicialmente confusos para o aluno, pois são visualizadas
estruturas internas, como os núcleos da base. Além disso, devido ao formato
em C dos ventrículos laterais, eles estarão posicionados em diferentes pontos,
dependendo da altura do corte. Em alguns cortes, podem ser observados os
cornos frontal (anterior) e temporal (inferior) dos ventrículos laterais ao mesmo
tempo, ou seja, duas cavidades do ventrículo lateral em cada hemisfério.

Cavidades pares e simétricas no corte frontal correspondem a regiões do


ventrículo lateral.

CORTE FRONTAL

Imagem adaptada de John A, Beal, PhD,


2005. Acesso via Wikimedia Commons.

1. Giro do cíngulo | 2. Corpo caloso | 3. Córtex da ínsula | 4. Fórnix


5. Tálamo | 6. Septo pelúcido | 7. Ventrículo lateral | 8. Núcleo caudado
9. Hipotálam | 10. Hipocampo | 11. Giro denteado 12. Córtex entorrinal
Nesse corte, observe o corpo caloso compondo o teto dos ventrículos laterais e
conectando os hemisférios cerebrais. Os ventrículos laterais estão
imediatamente abaixo do corpo caloso: duas cavidades simétricas. Logo abaixo,
há uma cavidade única, limitada pelos corpos talâmicos, que corresponde ao III
ventrículo.

Na altura do mesencéfalo, há duas cavidades simétricas: os cornos inferiores


dos ventrículos laterais. A substância cinzenta no assoalho da cavidade
corresponde ao hipocampo, giro denteado e córtex entorrinal.

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