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Desde sempre, sabia-se que havia algo importante na cabeça graças aos
traumatismos.
O conhecimento da estrutura do cérebro data-se do século XVI, com
avanços a partir do século XVIII. O funcionamento de certas estruturas é
desconhecido, mas sua localização é conhecida.
1.1 SNC
* estrutura e função intimamente ligadas
● Formado pelo encéfalo e pela medula espinal
* o encéfalo é o grande centro de recepção de aferências
* o cérebro é uma parte do encéfalo, não o sinônimo do mesmo.
Ex: morte cerebral (pode estar vivo e interagir) é diferente de morte
encefálica (órgãos vivos podem ser doados)
* o cérebro não é essencial à vida, como fenômeno biológico = a pessoa pode
ser mantida viva por tempos prolongados através de métodos. Ele é
essencial à vida social (andar, falar).
- circunvoluções do cérebro humano adulto: giros com nomes e funções
próprias. O ser humano é um mamífero girencéfalo, não bisencéfalo.
* o tronco encefálico (anterior ao cerebelo) é o mais importante, em
associação com outras regiões, e é a região menor: freqüência respiratória,
cardíaca, pulso arterial = condições vitais.
* tálamo: recebe a região sensitiva antes que ela alcance o cérebro (córtex)
* cerebelo: posterior
* telencéfalo: vesícula embrionária que dará origem ao cérebro
* medula espinal = neurônios + células da glia
Obs.: substância branca = cinzenta
● Está protegido pelo líquido que o envolve (líquor no espaço subaracnóideo,
líquido encéfalo-raquidiano), pelas três meninges – dura-máter, pia-máter e
aracnóide -, pelo espaço existente na medula, pela pele (é mais espessa e se
movimenta, nas costas é mais grossa), pelo couro cabeludo (sofre impacto e
a pele absorve energia)
* os órgãos são extremamente desenvolvidos, o que exige mecanismos de
proteção: não apenas no homem, mas sim em todos os seres com sistema
nervoso desenvolvido. Desse modo, não há regeneração, pois as lesões são
dificultadas (as funções são específicas e há proteção)
- sem capacidade de regenerar: se perder a função = axônio não alcança
territórios necessários
● A caixa / cavidade craniana – há proteção óssea do SNC – protege o
encéfalo.
● A coluna vertebral protege a medula espinal
* a pele que recobre a coluna vertebral é mais espessa e possui pêlos
curtos
● Dentro do esqueleto axial
1.2 SNP
● Gânglio: conjunto de neurônios encontrados fora do SNC, no SNP
* os neurônios devem estar em conexões uns com outros para que eles
sobrevivam. Eles, inclusive, competem uns com os outros para sobreviver.
● Não possui proteção, por isso ocorrem mais lesões nele = há regeneração
● Sai do SNC e não está dentro do esqueleto axial
2. Definições
Obs.: o plano mediano corta a pessoa, que está na posição anatômica, em
dois lados simétricos (direito e esquerdo)
Obs.2: ressonância e tomografia partem de cortes, normalmente no mínimo
em 2 planos
◊ Aferente
● leva informações sensitivas ao SNC ou ao encéfalo
◊ Eferente
● leva informações do encéfalo ou da medula para órgãos efetores
◊ Comissura
* diferente de decussação
● Conjunto de fibras nervosas que cruzam perpendicularmente o plano
mediano
* o plano de fibras é paralelo ao solo = estruturas cruzam os lados direito e
esquerdo
- ajuda a entender o motivo de se controlar o movimento da mão esquerda
pelo hemisfério direito
● Com direções diametralmente opostas
◊ Decussação
● Comissura oblíqua: fibras nervosas que cruzam obliquamente o plano
mediano e que têm aproximadamente a mesma direção
◊ Fascículo ou Trato
● Feixe de fibras nervosas com mesma origem, trajeto, função e destino
* representam uma via de comunicação
● Nomenclatura: 2 nomes separados por hífen
* 1º: origem
* 2º: terminação
* 3º, se houver: posição
Ex: corticoespinal = origem no cérebro e destinado à medula espinal. Com
função motora e com trajeto definido.
Fascículo: trato mais compacto
◊ Fibras nervosas
● axônios
◊ Lemnisco
= fita
● Feixes de fibras aferentes que levam impulsos ao tálamo = sensitivas
◊ Funículo
= cordão
● Substância branca da medula espinal
● Contém vários tratos ou fascículos
◊ Gânglio
● Grupo de corpos de neurônios do SNP
◊ Núcleo
● Massa de substância cinzenta dentro de substância branca
● Grupo de corpos de neurônios do SNC: com aproximadamente mesma
estrutura e função
◊ Substância cinzenta
● Tecido nervoso constituído de neuroglia, corpos de neurônios e fibras
predominantemente amielínicas
◊ Substância branca
● Tecido nervoso formado de neuroglia e fibras predominantemente
mielínicas
◊ Córtex
● Substância cinzenta que se dispõe em uma camada fina na superfície do
cérebro e do cerebelo
◊ Fibras de projeção
● Fibras que saem dos limites da área ou do órgão
◊ Fibras de associação
● Fibras que associam pontos mais ou menos distantes da área ou do órgão
sem abandoná-lo
3.2 Neurônios
● Possuem núcleo muito grande: material genético comanda a célula = alta
síntese protéica. Célula com alto metabolismo = necessidade de oxigênio e
metabólicos (glicose)
● Células muito especializadas, não proliferam = perenes
◊ Corpo
● Ao final, há prolongamentos:
* dendritos
* terminais axônicos
◊ Bainha de mielina
* apenas a célula que a produz se diferencia. Quando mais isolar, mais
espesso e maior o impulso, que é saltatório.
● Bainha lipídica que faz com que o impulso nervoso seja conduzido mais
rapidamente.
● No SNC: oligodendrócito produz
● No SNP: célula de neurilema ou célula de Schwann produz
◊ Classificação morfológica
● Multipolar: com vários dendritos. Maioria.
● Pseudo-unipolar: com apenas um prolongamento que se divide em dois
ramos, um periférico e outro central
● Bipolar: com dois prolongamentos, um dendrito e um axônio
* como os pseudo-unipolares, são altamente dependentes de um meio
externo constante
Observações
● O neurônio não prolifera após ter sua função, diferente das células da
glia.
● Origem das neoplasias malignas (câncer – CA): nos locais onde as células
estão proliferando = locais de renovação celular = nas células da glia
● Infarto: alteração a nível tecidual = morte de neurônios e de células da
glia. Estas – micróglias – proliferam para ocupar o espaço = área de mesmo
tamanho com células da glia = solução
* cicatrização = não se movimenta
● Derrame: sai líquido do local de onde não deveria ter saído = sangue sai
de um vaso.
* AVE (Acidente – algo inesperado - Vascular Encefálico): isquêmico ou
hemorrágico (20%), dependendo da extensão (tamanho) e do local
(topografia).
● A maioria das sinapses é axo-dendríticas, mas há axo-axônicas.
● A maioria dos neurônios se conecta a milhares (a poucos apenas no
sistema ocular)
● Evolução: ficarão apenas os neurônios selecionados para realizar as
conexões
● O neurônio não pode ter contato com o sangue, que é tóxico para ele. Por
isso, há células que realizam essa “ligação”, há barreira hematocefálica =
outra célula faz despolarizar, que faz outra despolarizar / repolarizar,
sendo que tudo é constante (concentração de eletrólitos deve ser
constante)
● Álcool etílico inibe os neurônios – é globalmente inibitório –, diminui as
sinapses que estão ocorrendo, deixando a pessoa alegre e desinibida
* inibe as regiões responsáveis pelo controle emocional primeiro (mais
complexo) = neurônios mais especializados funcionam de modo anormal.
- são as células mais jovens, o que difere nos outros seres.
● Influência do oxigênio: atrapalha primeiro as células de controle social,
no córtex frontal
1. Embriogênese
* a formação do SNC é precoce e se não formar direito, resultará em
aborto. Se a má formação, causada no início, for compatível com a
sobrevivência, nascerá doente = 3%.
● A placa neural, que formará o SNC e o SNP, começa a se diferenciar com
18 dias no embrião. Ela se curva para formar um tubo, o tubo neural. A
futura pele e a placa neural são provenientes da ectoderme.
* é por isso que várias doenças da pele têm relação com SNC e vice-versa
* perigo: no 18º dia a mulher ainda não sabe que está grávida
● No 21º dia, o embrião começa a ter forma animal = cabeça e rabo (há
ancestral comum nos cordados).
* 21-24: cranial
* 25-27: caudal
● Começam a surgir dilatações na cabeça, que formarão o encéfalo. O
restante do tubo formará a medula espinal.
● Coluna vertebral evidenciada no ultra-som com 10-12 semanas de
gestação
2. Malformações
● Cerca de 3% dos nascimentos contêm anomalias no SNC. Fatores
ambientais e nutricionais:
* vitamina B9 / ácido fólico / folato: importante para o fechamento do tubo
neural tanto na cabeça quanto na cauda = má formação do encéfalo e má
formação no sacro e na coluna vertebral.
- fornecida pela mãe, que a ingere na dieta, principalmente em folhas. É
hidrossolúvel, portanto, seu excesso é liberado na urina.
- Deve ser feita a suplementação de B9 antes dos 18 dias = exige
planejamento pré-gestacional = antes do pré-natal, antes da concepção e
continuada durante pelo menos 3 meses
- 75% dos fatores que causam anomalias
* ingestão de drogas
* hipotermia
* altos níveis de vitamina A
CRÂNIO
1. Características gerais
● É o osso da cabeça e possui duas partes
Obs.: - osso etmóide = irregular. Oferece uma contribuição mediana
relativamente pequena para o neurocrânio, mas é basicamente do
viscerocrânio.
- suturas = unem a maioria dos ossos da calvária. São entrelaçadas e
fibrosas. Durante a infância, os ossos são unidos por cartilagem hialina.
- forame magno = grande abertura na base do crânio através da qual
a medula espinal é contínua com o encéfalo.
● Vários ossos são pneumáticos: frontal, temporal, esfenóide e etmóide =
contêm espaços aéreos (células aéreas ou seios maiores) para reduzir o
peso.
● Posição anatômica em vista lateral: alinhamento do crânio = margem
inferior da órbita e margem superior do poro acústico externo de ambos os
lados situam-se no mesmo plano horizontal = plano orbitomeático (plano
horizontal de Frankfort)
Obs.: vista = norma (para o crânio)
◊ Neurocrânio
= Onde se localiza o encéfalo = neurocrânio
* maior, proporcionalmente = humano
* o maior encéfalo também é o do homem
● Superior e posterior
● Revestimento ósseo do encéfalo e seus revestimentos membranáceos, as
meninges cranianas. Também contém partes proximais dos nervos cranianos
e a rede vascular do encéfalo.
● Tem um teto em forma de cúpula, a calvária ou calota craniana, e um
assoalho ou base do crânio.
* calvária: com osso planos = frontal e parietal
- os ossos parietais tendem a formar um só = região de juntura fibrosa, que
permite a movimentação discreta = sutura
* base do crânio: ossos irregulares com partes planas – curvas com
superfícies externas convexas e superfícies internas côncavas -
significativas = esfenoidal e temporal
● Em adultos, é formado por 8 ossos: 4 ímpares centralizados na linha
mediana (frontal, etmoidal, esfenoidal, occipital) e 2 conjuntos de ossos que
ocorrem como pares bilaterais (temporal e parietal).
* o volume dos espaços aumenta com a idade
- bebê = movimentação visível dos ossos = moela
* com lâminas externa e interna, de substância compacta, e uma camada
média esponjosa, a díploe
- pancada = rompe a externa (absorve grande parte da força) e poderá
romper a interna (lesa o encéfalo, os vasos e os nervos do crânio)
◊ Viscerocrânio ou esqueleto facial
= Onde há estruturas viscerais (olhos) e inserção de mandíbula
● Contém os ossos da face
● Forma a parte anterior e inferior do crânio e consiste nos ossos que
circundam a boca (maxila e mandíbula – único móvel), o nariz / cavidade
nasal e a maior parte das órbitas (cavidades orbitais).
* sistema digestivo e respiratório
● São 15 ossos irregulares: 3 ímpares centralizados ou situados na linha
mediana (mandíbula, etmóide e vômer – no inferior da cavidade nasal) e 6
que ocorrem como pares bilaterais (maxilas, conchas nasais inferiores,
zigomáticos, palatinos, ossos nasais e ossos lacrimais)
* mandíbula e maxilas: oferecem as cavidades e o osso de sustentação para
dentes maxilares e mandibulares.
- maxilas = maior parte do esqueleto facial superior, formando o esqueleto
da arcada dentária superior, que esta fixada à base do crânio.
- mandíbula = forma o esqueleto da arcada dentária inferior, móvel, que se
articula com base do crânio.
2.3 Maxilas
● Circundam a maior parte da abertura piriforme e formam as margens
infra-orbitais medialmente
● Possuem ampla conexão com ossos zigomáticos lateralmente
◊ Processos alveolares
● Incluem as cavidades (alvéolos) dos dentes e constituem o osso que
sustenta os dentes maxilares.
◊ Forame infra-orbital
● Inferior a cada órbita
● Para passagem do nervo e dos vasos infra-orbitais
◊ Suturas
● Sutura intermaxilar: une as duas maxilas no plano mediano
◊ Processo zigomático da maxila
● Articula-se com o zigomático
◊ Processo frontal da maxila
● Articula-se com o frontal
◊ Processo palatino da maxila
● Medial e horizontalmente
● Forma parte do palato duro
◊ Espinha nasal anterior
● Término anterior do septo nasal
Obs.: parte inferior = conchas nasais inferiores + cristas nasais
2.4 Mandíbula
● Osso em formato de U
◊ Processo alveolar
● Sustenta os dentes mandibulares
◊ Corpo
● Parte horizontal
◊ Ramo
● Parte vertical
◊ Forames mentais
● Inferiormente aos segundos dentes pré-molares.
● Passam nervos e vasos mentuais
* também protegem a pele
◊ Protuberância mentual
● Forma a proeminência do queixo
● Elevação óssea triangular à sínfise da mandíbula – inferior a ela -, a união
óssea onde se fundem as metades da mandíbula do lactente
3.3 Mandíbula
◊ Ângulo da mandíbula
● Junção do ramo com o corpo
◊ Incisura da mandíbula
● Borda superior côncava do ramo da mandíbula
◊ Processo coronóide
● Ponto de fixação para o músculo temporal
● Superior ao ramo
◊ Processo condilar
● Envolvido na articulação com o osso temporal
● Superior ao ramo
● Constituído pela cabeça e pelo colo da mandíbula
◊ Colo
● Porção mais estreita imediatamente inferior à cabeça
◊ Linha oblíqua
● Crista
● Continuando após o forame mentual
● Dirigida da região anterior do ramo para o corpo
● Ponto de fixação para músculos relacionados com cavidade oral
6.2 Vômer
● Osso plano ímpar de formato trapezóide que forma uma porção
importante da parte óssea do septo nasal
6.3 Esfenóide
● Entre os ossos frontal, temporal e occipital
● Osso ímpar irregular que possui um corpo e 3 processos
◊ Asas maiores e menores
● Afastam-se lateralmente a partir das faces laterais do corpo do osso
◊ Processos pterigóides
● Com lâminas lateral e medial
* Lâmina medial: estreita
* Lâmina lateral: mais ampla
● Estendem-se inferiormente de cada lado do esfenóide a partir da junção
do corpo com as asas maiores
◊ Corpo do esfenóide
● Central
● Cubo de osso com 2 grandes seios aéreos, separados por um septo
● Articula-se anteriormente com vômer, etmóide e palatinos, póstero-
lateralmente com temporais, posteriormente com occipital
◊ Hámulo pterigóideo
● Projeção em forma de gancho
● Término inferiormente na lâmina medial
6.4 Temporal
◊ Fossas mandibulares
● Depressões na parte escamosa
● Acomodam os côndilos mandibulares quando a boca está fechada
◊ Canal carótico
● Entrada da artéria carótida interna e do plexo venoso carótico interno
● Imediatamente anterior ao forame jugular
◊ Forame estilomastóideo
● Posterior à base do processo estilóide do osso temporal
● Dá passagem ao nervo facial e à artéria estilomastóidea
◊ Incisura mastóidea
● Ponto de fixação para ventre posterior do músculo gástrico
● Na margem ínfero-medial do processo mastóide
6.6 Mandíbula
◊ Forame mandibular
● Abertura do canal da mandíbula que ocorre dentro do corpo da mandíbula
● Penetram nervo e vasos alveolares inferiores
◊ Língula da mandíbula
● Projeção óssea que limita medialmente o forame da mandíbula
◊ Sulco milo-hióideo da mandíbula
● Inicia-se posteriormente à língula e se estende, anterior e inferiormente,
até a fossa mandibular
● Aloja os nervos e vasos milo-hióideos
◊ Linha milo-hióidea
● Crista oblíqua
● Estende-se da fossa digástrica, anterior, até um ponto situado no nível
do 3º dente molar
◊ Fóvea submandibular
● Depressão situada abaixo da parte média da linha milo-hióidea
● Aloja parte da glândula submandibular
◊ Fóvea sublingual
● Pequena depressão situada anteriormente à fóvea submandibular e
superior à linha milo-hióidea
● Aloja a glândula sublingual
◊ Fossa digástrica
● Depressão irregular situada sobre ou posterior à borda inferior da
mandíbula (base), junto da sínfise mentual
◊ Espinhas mentuais
● Projeções irregulares
● Medianas e posteriores à sínfise mentual
● Fixam músculos nos tubérculos genianos (pequenas projeções)
8.1 Calvária
= calota craniana, forma o teto da cavidade craniana
◊ Lâmina interna
● Côncava
● Com sulcos vasculares que alojam vasos meníngeos
◊ Lâmina externa
● Convexa
◊ Díploe
● Osso esponjoso que contém medula óssea vermelha (produz células do
sangue) por toda a vida, através da qual seguem canais formados por veias
diplóicas.
● Entre a parte compacta ou cortical externa e a parte compacta ou
cortical interna.
* no preparo do crânio seco = proteína retirada = não é vermelha
* no idoso: sem medula óssea vermelha = substituída pela óssea amarela
(gordura)
- curtos e irregulares e alguns planos passam a produzir o sangue na idade
adulta
● A tábua interna do osso é mais fina do que a tábua externa e em algumas
áreas há apenas uma fina camada de osso compacto sem díploe (parte
basilar do osso occipital, posterior aos côndilos occipitais, topografia /
parede do seio frontal)
PARIETAIS
◊ Sulco do seio sagital superior
● Nos ossos frontal e parietal
● Começa no ponto superior da terminação da crista frontal e alarga-se e
aprofunda-se posteriormente, marcando a posição do seio sagital superior
(estrutura venosa intradural)
◊ Sulcos dos vasos meníngeos (ramos dos vasos meníngeos médios)
● Menores
● Nas partes laterais do teto da cavidade do crânio
◊ Fovéolas granulares
● Pequeno número de depressões a cada lado do sulco do seio sagital
superior que marcam a localização das granulações aracnóideas
● Quanto mais velho = mais calcificadas
11. Fontículos
● Espaços formados no crânio fetal: ossos mais separados e com tecido
conjuntivo entre eles = “moleiras”
* pontos onde a proteção do encéfalo é deficiente
Obs.: frontal ainda está dividido
● Desaparecem até os 2 anos: crescimento e encontro dos ossos
◊ Anterior
● Espaço losangular ao nível do bregma
◊ Posterior
● Ao nível do lambda
● Menor e triangular
◊ Ântero-lateral
● Ao nível do ptério
◊ Póstero-lateral
● Ao nível do astério
13. Órbitas
● São duas cavidades ósseas nas quais estão situados os olhos
● Dentro delas estão as fissuras orbitais superior e inferior e os canais
ópticos
● Compreende 7 ossos: frontal, esfenóide, zigomático, maxila, lacrimal,
etmóide, palatino
◊ Margem supra-orbital
◊ Incisura supra-orbital
◊ Processo zigomático do osso frontal
● Continuação lateral da margem supra-orbital
◊ Teto da órbita
● Maior parte: osso frontal
◊ Margem lateral da órbita
● Frontal + zigomático
◊ Margem inferior da órbita
● Maxila + zigomático
◊ Margem medial da órbita
● Maxila + frontal + lacrimal
◊ Forame infra-orbital
◊ Canal lacrimonasal
● No osso lacrimal
◊ Face orbital da asa maior do esfenóide
◊ Face orbital da asa menor do esfenóide
◊ Face orbital da maxila
◊ Faces orbitais do osso frontal
● Sustentam os lobos frontais do encéfalo e formam os tetos das órbitas
* As órbitas mostram impressões sinuosas (encefálicas) dos giros (cristas)
orbitais dos lobos frontais
● Maior parte
◊ Face orbital do osso zigomático
◊ Lâmina orbital do osso etmóide
◊ Processo orbital do osso palatino
◊ Fissura orbital inferior
● Abertura longitudinal com limite na do esfenóide e nas maxilas, palatino e
zigomático
◊ Fissura orbital superior
◊ Canal óptico
● Abertura circular na asa menor através da qual a artéria oftálmica e o
nervo óptico passam ao saírem da cavidade do crânio em direção à órbita
Obs.: Há veias que comunicam o couro cabeludo com a parte interior do
crânio
COLUNA VERTEBRAL
1. Características gerais
● Forma o esqueleto do pescoço e do dorso
● Contém vértebras, discos intervertebrais (IV) – separam as vértebras e
as mantêm juntas, correspondem a ¼ da coluna vertebral - e ligamentos
associados
● Estende-se do crânio ao ápice do cóccix
● Principal parte do esqueleto axial
1.1 Funções
● Protege a medula espinal e os nervos espinais
● Sustenta o peso do corpo superior ao nível da pelve
● Oferece um eixo parcialmente rígido e flexível para o corpo e uma base
estendida sobre a qual a cabeça está posicionada e gira
● Tem um papel importante na postura e locomoção (o movimento de um
plano para outro)
2. Vértebras
● São 33: 7 cervicais, 12 torácicas, 5 lombares, 5 sacrais e 4 coccígeas
* movimento significativo apenas entre as 25 superiores
* das 9 inferiores, as 5 sacrais estão fundidas em adultos, formando o
sacro, e, após aproximadamente 30 anos de idade, as 4 coccígeas se fundem
para formar o cóccix.
- ângulo lombossacral: na junção dos e formado pelos eixos longitudinais da
região lombar da coluna vertebral e do sacro
Obs.: com a idade, o número de ossos tende a diminuir
● Tornam-se maiores gradualmente à medida que a coluna vertebral desce
até o sacro e depois se tornam progressivamente menores em direção ao
ápice do cóccix: vértebras sucessivas suportam cada vez maior peso
corporal.
* tamanho: maior acima do sacro = transfere o peso para o cíngulo do
membro inferior nas articulações sacroilíacas
● São separadas por discos elásticos e conferem flexibilidade para a coluna
* O movimento entre duas adjacentes é pequeno
* com cartilagem entre elas
● Em cada região, as faces articulares estão orientadas sobre os
processos articulares das vértebras em uma direção característica que
determina o tipo de movimento permitido entre as vértebras adjacentes e,
no conjunto, para a região
◊ Demarcação do canal medular
● Linha posterior em relação ao corpo vertebral
● Linha anterior ao processo espinhoso
3. Coluna cervical
● Forma o esqueleto do pescoço. Localiza-se entre o crânio e as vértebras
torácicas.
● São as menores entre as móveis: sustentam menos peso
● Os discos cervicais são mais finos
● Possui a maior amplitude e variedade de movimento: espessura relativa
dos discos (em comparação com os corpos vertebrais), orientação quase
horizontal das faces articulares, pequena quantidade de massa corporal
adjacente
● Local onde há mais fraturas, lesões, traumatismos: preocupação com a
medula espinal (vértebra quebra, mas forame vertebral não lesa, sem
machucar a medula)
◊ Forame transversário
● Oval
● No processo transverso
● Atravessado por artérias vertebrais e suas veias
● Em C7: dá passagem a pequenas veias acessórias, são menores ou até
ausentes
◊ Tubérculos anterior e posterior
● Terminação lateral dos processos transversos
● Projeções que dão fixação a um grupo de músculos cervicais posicionados
lateralmente (levantadores da escápula e escalenos)
◊ Sulcos
● Nos processos transversos, entre os tubérculos
● Barra costotransversária: assoalho do sulco
● Acomodam os ramos anteriores dos nervos espinais cervicais
3.1 C1 ou Atlas
= Atlas, da mitologia grega, sustentava o peso do mundo sobre seus ombros
● Não possui corpo nem processo espinhoso
● A mais larga = alavanca para músculos nele fixados
◊ Massas laterais (2)
● Ocupam o lugar do corpo
● Sustentam o peso do crânio em forma de globo
◊ Processos transversos
● Originam-se das massas laterais
● Mais lateralmente que o normal
◊ Faces articulares superiores das massas laterais
● Côncavas e reniformes
● Recebem os côndilos occipitais: duas grandes protuberâncias cranianas
nas laterais do forame magno
◊ Faces articulares inferiores das massas laterais
● Para o Áxis
◊ Arcos anterior e posterior
● Cada um possui um tubérculo (tubérculo anterior e tubérculo posterior):
no centro de sua face externa
● Estendem-se entre as massas laterais, formando um anel completo
◊ Sulco da artéria vertebral
● Na face superior do arco posterior (lâmina de uma vértebra comum)
● A artéria vertebral e o nervo C1 seguem esse sulco
◊ Ligamento transverso do Atlas
● Estende-se de uma massa lateral até a outra, passando entre o dente e a
medula espinal
● Forma a parede posterior do “bocal” que recebe o dente
● Mantém o dente do Áxis em posição contra a face posterior do arco
anterior
● Impede o deslocamento posterior (horizontal) do dente e o deslocamento
anterior do Atlas
* comprometeria a parte do forame vertebral de C1 que dá passagem à
medula espinal
3.2 C2 ou Áxis
● A mais forte
◊ Faces articulares superiores
● Duas grandes superfícies planas de sustentação
● O Atlas gira sobre elas
◊ Faces articulares inferiores
● Para C3
◊ Face articular anterior
● Para o arco anterior do Atlas
◊ Face articular posterior
● Para o ligamento do Atlas
◊ Dente ou processo odontóide
● Exclusividade
● Rombo
● Projeta-se do corpo vertebral para cima
● Circundado pelo Atlas
● Anterior à medula espinal (no interior de seu revestimento, circundada
pelo Atlas)
● Eixo em torno do qual ocorre a rotação
● Contra a face posterior do arco anterior do atlas: posição mantida pelo
ligamento transverso do Atlas
● Ocupa um terço do volume
◊ Processo espinhoso
● Grane e bífido
● Palpado profundamente no sulco nucal (sulco vertical superficial no dorso
do pescoço)
3.3 C3-C7
= Com características típicas
● Articulam-se de modo que permitem flexão e extensão livres e alguma
flexão lateral, mas a rotação é restrita: faces articulares planas, quase
horizontais, dos processos articulares são favoráveis
● Sem processos articulares bem definidos (4): o local é dividido em
processo transverso e corpo
C6
● Com tubérculos caróticos: local onde as artérias carótidas comuns são
comprimidas, no sulco entre o tubérculo e o corpo, para controlar o
sangramento desses vasos (pode continuar devido às múltiplas anastomoses
de ramos distais da carótida com ramos adjacentes e contralaterais)
C7
● Vértebra proeminente: processo espinhoso proeminente
◊ Forames vertebrais
● Grande e triangular
● Acomodam o aumento da medula espinal relacionado à inervação dos
membros superiores
◊ Bordas superiores dos corpos vertebrais
● Alongadas transversalmente, elevadas posteriormente e em especial
lateralmente, deprimidas anteriormente
● Formato recíproco da borda inferior do corpo da vértebra superior
◊ Unco do corpo ou processo uncinado
● Borda súpero-lateral elevada
◊ Processo espinhoso
● C3-C6: curtos e bífidos em brancos
● C7: longo
3.4 Lesões
● Lesões ósseas reduzidas podem se tornar medular: desloca um pedaço de
osso sobre o outro = critério anatômico
◊ Lesão do canal medular
= praticamente deixou de existir
● Canal medular comprimido ou interrompido
● C5-C6: destruição da comunicação com o SNC = tetraplégico permanente
* cura apenas com células-tronco
* é diferente dos paraplégicos porque estes possuem lesão em região
definida
◊ Fraturas de C1
● Todo o eixo de força é transmitido a C1, que o intercepta
● Mecanismo do trauma: pular em piscina rasa ou sem água, lagoa rasa = cai
e bate a cabeça no solo
● Possíveis consequências: fratura em explosão; fraturas múltiplas (afasta-
se do forame = sem lesar, fragmentar); fratura na posição alta com
conseqüente morte por insuficiência respiratória / asfixia (perde a
comunicação com músculo do diafragma); torcicolo traumático (não pode se
mexer para não lesar o canal medular)
- se for encubado no local do trauma, evita a morte
◊ Fraturas de C2
● Mecanismos: movimentos exacerbados de
* rotação
* flexão seguida de extensão e cisalhamento
* tração lateral
◊ Luxação entre C1 e C2
◊ Fratura do enforcado (fratura de C2)
◊ Fraturas de C3 a C7
● Mecanismos diversos
◊ Luxações
● Osso sai de sua topografia habitual
Ex: bancos de trás do carro sem encosto para a cabeça
4. Coluna torácica
● Na parte superior do dorso
● Fornece fixação para as costelas
● Flexão, extensão e flexão lateral limitadas pela fixação da caixa torácica
associada à orientação vertical das faces articulares e aos processos
espinhosos superpostos
● Maior proteção contra traumas penetrantes por meio do processo
espinhoso, que dificulta a entrada de algo = sem lesar a medula
* Evolução: única espécie bípede (proteção de outros modos)
- os demais mamíferos são quadrúpedes = proteção contra predadores
◊ Fóveas costais
● Para articulação com as costelas
◊ Arco centralizado no disco IV
● Permite rotação e algum grau de flexão lateral da coluna vertebral: o
maior grau de rotação
4.1 T1-T4
● Com algumas características das vértebras cervicais
T1
● Atípica
● Com processo espinhoso longo, quase horizontal: pode ser proeminente
como o de C7
● Com fóvea costal completa na margem superior de seu corpo para a 1ª
costela
● Com hemifóvea costal em sua margem inferior: contribui para a
superfície articular para a 2ª costela
4.2 T5-T8
= quatro vértebras torácicas médias
● Com características típicas
◊ Processos articulares
● Estendem-se verticalmente com pares de faces articulares, com
orientação quase coronal, que definem um arco centralizado no disco IV
4.3 T9-T12
● Com algumas características de vértebras lombares: tubérculos
semelhantes aos processos acessórios e mamilares
T12
● Nela ocorre a maior parte da transição nas características: sujeita a
estresses de transição = fraturada com maior freqüência
● Metade superior com caráter torácico
* fóveas costais
* processos articulares: permitem o movimento basicamente giratório
● Metade inferior com caráter lombar
* sem fóveas costais
* processos articulares permitem apenas flexão e extensão
5. Coluna lombar
● Na região lombar entre o tórax e o sacro
● Flexão e extensão facilitadas, flexão lateral permitida, mas rotação
impedida devido ao fato de, nas articulações superiores com orientação mais
sagital, as faces dos processos inferiores da vértebra acima, voltadas
lateralmente, serem “seguras” pelas faces voltadas medialmente dos
processos superiores da vértebra abaixo
● L3, L4 e L5 são mais evidentes
● A medula espinal termina em L1 e L2
* importância: fratura a partir de L3 = sem lesar a medula, mas pode lesar
componentes dela
◊ Corpo vertebral
● Grande: peso sustentado aumenta em direção à extremidade inferior =
responsáveis pela maior parte da espessura da região inferior do tronco no
plano mediano
◊ Processos articulares
● Estendem-se verticalmente
◊ Faces articulares
● Orientadas sagitalmente no início (início abrupto com as articulações
T12-L1) e com orientação mais coronal à medida que a coluna desce
◊ Processos transversos
● Projetam-se um pouco póstero-superiormente e também lateralmente
◊ Processo acessório
● Na superfície posterior da base de cada processo transverso
● Pequeno
● Permite a fixação do músculo intertransversário medial do lombo
◊ Processos mamilares
● Na superfície posterior dos processos articulares superiores
● Permitem a fixação dos músculos multífido e intertransversário medial
(músculos do dorso)
5.1 L5
● Faces articulares com orientação distintamente coronal, como de S1
● A maior das móveis
● Sustenta o peso de toda a parte superior do corpo, que é transmitido
para a base do sacro
◊ Corpo vertebral
● Grande
● Bem mais profundo anteriormente
● Responsável pelo ângulo lombossacral entre o eixo longitudinal da região
lombar da coluna vertebral e o do sacro
◊ Processos transversos
● Grandes
6. Sacro
= sagrado, intocável, não-profano, osso grande (ilustre, importante,
poderoso, glorioso)
- vísceras oferecidas como iguaria especial nos sacrifícios
● Guardava os órgãos da reprodução
* mais largo na mulher
* corpo da vértebra S1 maior no homem
● Grande, triangular (rápida diminuição do tamanho das massas laterais das
vértebras sacrais durante o desenvolvimento), em forma de cunha, com 5
vértebras sacrais fundidas em adultos. Entre os ossos do quadril e forma o
teto e a parte póstero-superior da cavidade pélvica posterior. Seu volume
diminui na metade inferior (não sustenta peso).
● Oferece resistência e estabilidade à pelve, transmite o peso do corpo ao
cíngulo do membro inferior.
◊ Canal sacral
● Continuação do canal vertebral com feixes de raízes dos nervos espinais
◊ Forames sacrais anteriores e Forames sacrais posteriores
= 8 (4 pares)
● Nas faces pélvicas (maiores) e dorsal (menores).
● Deles saem os ramos posterior e anterior dos nervos espinais.
◊ Base do sacro
● Superfície superior da vértebra S1
● Processos articulares articulam-se com os da L5
◊ Forames intervertebrais
● Posteriores, proximais
◊ Face pélvica
● Anterior
● Lisa e côncava com 4 linhas transversas indicando onde houve fusão das
vértebras sacrais (antes unidas por cartilagem hialina e separadas por
discos)
◊ Promontório
= pico de montanha
● Anterior
● Margem projetada anteriormente do corpo da vértebra S1
● Ponto de referência obstetrício.
◊ Ápice do sacro
● Extremidade inferior afilada com face oval para articulação com o cóccix
◊ Crista sacral mediana
● Central, com processos espinhosos rudimentares fundidos das 3 ou 4
vértebras sacrais superiores (S5 não tem)
◊ Crista sacral intermédia
● Processos articulares fundidos
◊ Crista sacral lateral
● Extremidades dos processos transversos das vértebras sacrais fundidas
◊ Face auricular
= semelhante a uma aurícula
● Superfície lateral
● Local da parte sinovial da articulação sacroilíaca
● Coberta por cartilagem hialina
◊ Asa do sacro
● Laterais
◊ Processo sacral anterior
◊ Tuberosidade sacral
● Lateral
◊ Face dorsal do sacro
● Rugosa, convexa, com 5 cristas longitudinais proeminentes.
◊ Hiato sacral
● em forma de U
● Resultado da ausência das lâminas e do processo espinhoso de S5 e
algumas vezes de S4
● Leva ao canal sacral
● Com profundidade variável = depende da quantidade de processo
espinhoso e lâminas de S4
◊ Cornos sacrais
● Processos articulares inferiores da vértebra S5 projetam-se
inferiormente de cada lado do hiato sacral
7. Cóccix
= cuco; osso da cauda
● Pequeno osso triangular
● Fusão das 4 vértebras coccígeas rudimentares (pode haver uma a menos
ou a mais)
● Remanescente do esqueleto da eminência caudal embrionária (presente
nos embriões humanos no fim da 4ª semana até o início da 8ª).
● Não sustenta o peso do corpo de pé
● Pode sofrer alguma flexão anterior, indicando que está recebendo algum
peso, na posição sentada
● Permite a fixação de partes dos músculos glúteo máximo e
isquiococcígeos e do corpo anococcígeo (inserção fibrosa mediana dos
músculos pubococcígeos)
◊ Superfície pélvica
● Côncava e relativamente lisa
◊ Superfície dorsal
● Com processos articulares rudimentares
◊ Processos transversos
● Curtos
● Unidos ao sacro
◊ Cornos coccígeos
● Formados pelos processos articulares rudimentares
● Articulam-se com os cornos sacrais
7.1 Co1
● Pode ser separada
● Maior e mais larga
● Frequentemente se funde ao sacro com o avanço da idade
7.2 Co2-Co4
● Geralmente se fundem no meio da vida para formar um único osso:
semelhante a um bico
MENINGES
1. Características gerais
● Membranas conjuntivas que envolvem e protegem o SNC
● Três: dura-máter, aracnóide, pia-máter (de externo para interno)
● Frequentemente acometidas por processos patológicos, como infecções
(meningites) ou tumores (meningiomas)
* o acesso cirúrgico ao SNC exige contato com elas
◊ Leptomeninge
= meninge fina, quase opaca
● Aracnóide + pia-máter
* eram um só folheto durante o desenvolvimento embrionário
● Sem inervação dolorosa
Obs.: geralmente, só separa em doenças
● Sem espaço entre a leptomeninge e a paquimeninge no encéfalo
◊ Paquimeninge
= meninge espessa
● Dura-máter
2. Dura-máter encefálica
● Mais superficial: couro cabeludo crânio dura-máter
* sem espaço entre a dura-máter e a aracnóide (espaço subdural): artefato
(formaliza, diminui o volume, tecidos contraem = aparece espaço que não
existe)
● Espessa e resistente
● Tecido conjuntivo muito rico em fibras colágenas
● Formada por dois folhetos
◊ Folheto interno
● Continua com a dura-máter espinal
● Com terminações nervosas: acionadas por variação da concentração de
íons ou pela presença de sangue = dor
◊ Folheto externo
● Adere intimamente aos ossos do crânio (parte basilar do osso occipital,
temporais, esfenóide = da base e da abóbada) e comporta-se como periósteo
= função de nutrição, revestimento, proteção, crescimento em diâmetro
Obs.: o periósteo pode originar células de linhagem óssea
● Sem capacidade osteogênica = a consolidação de fraturas no crânio é
dificultada, regeneração de perdas ósseas na abóbada craniana impossível
* vantagem: a formação de um calo ósseo seria um grave fator de irritação
do tecido nervoso e aumentaria a PIC
● Muito vascularizado: principal artéria = artéria meníngea média, ramo da
artéria maxilar (ramo da artéria carótida externa)
● Ricamente inervado = sensibilidade craniana (dor, temperatura, tato –
principalmente de dor)
2.1 Pregas
= destaque do folheto interno do externo
● Dividem a cavidade craniana em compartimentos separados por septos
mais ou menos rígidos que se comunicam amplamente
● Grandes, de fácil visualização
◊ Foice do cérebro
● Septo vertical mediano em forma de foice
● Ocupa a fissura longitudinal do cérebro, separando os dois hemisférios
cerebrais (grosseiramente) = direito e esquerdo (parcialmente)
● Crista etmoidal (fossa anterior do crânio): onde se implanta
◊ Tenda do cerebelo / Tentório do cerebelo / Tenda cerebelar
● Projeta-se adiante como um septo transversal entre os lobos occipitais
(assentam-se sobre elas) e o cerebelo
● Separa a fossa posterior da fossa média do crânio (faz uma tenda para
ela), dividindo a cavidade craniana em (divisão importante ao se estudar a
patologia das afecções - tumores):
* compartimento superior ou supratentorial
* compartimento inferior ou infratentorial
Incisura da tenda: borda anterior livre. Ajusta-se ao mesencéfalo. Pode
lesar o mesencéfalo e os nervos troclear e oculomotor, que nele se originam
◊ Foice do cerebelo
= cérebro pequeno
● Pequeno septo vertical mediano (“escondida”)
● Abaixo da tenda do cerebelo, entre os dois hemisférios cerebrais
◊ Diafragma da sela
● Pequena lâmina horizontal que fecha superiormente a sela turca
(semelhante a uma sela de cavalo, em relação à forma), deixando apenas um
pequeno orifício para a passagem da haste hipofisária (para a hipófise se
assentar)
● Protege e isola a hipófise, mas dificulta a cirurgia da mesma
2.2 Cavidades
= delimitadas pela separação dos dois folhetos
◊ Cavo trigeminal ou cavo de Meckel ou loja do gânglio trigeminal
● Contém o gânglio trigeminal
◊ Seios da dura-máter
● Cavidades revestidas de endotélio e com sangue venoso
● Dispõem-se principalmente ao longo da inserção das pregas da dura-
máter
3. Aracnóide-máter encefálica
● Delicada
● Justaposta à dura-máter, da qual se separa pelo espaço subdural na
medula, contendo pequena quantidade de líquido = lubrificação das
superfícies de contato entre as 2 membranas
● Espaço subaracnóideo: separa-a da pia-máter
* contém líquido cérebro-espinal ou líquor ou líquido céfalo-raquidiano
* ampla comunicação entre o do encéfalo e o da medula
● Trabéculas aracnóides: atravessam o espaço subaracnóideo para se ligar
à pia-máter. Lembram teias de aranha.
4. Pia-máter encefálica
● Mais interna, praticamente microscópica
● Adere intimamente à superfície do encéfalo e da medula, acompanhando
seus relevos e depressões, descendo até o fundo dos sulcos cerebrais
* em peças não fixadas, pequenas incisões nessa meninge podem originar
hérnias de substâncias nervosas
● Dá resistência aos órgãos nervosos
* a consistência do tecido nervoso é mole
◊ Membrana pio-glial
● Porção mais profunda
● Recebe numerosos prolongamentos dos astrócitos
◊ Espaços perivasculares
● A pia-máter forma a parede externa desses espaços ao acompanhar
vasos que penetram no tecido nervoso a partir do espaço subaracnóideo
● Com prolongamentos do espaço subaracnóideo = com líquor: manto
protetor em torno dos vasos = amortece o efeito da pulsação das artérias
sobre o tecido circunvizinho
● Acompanham os vasos mais calibrosos até certa distância e terminam por
fusão da pia-máter com a adventícia do vaso
* pequenas arteríolas envolvidas até o nível capilar por pés-vasculares dos
astrócitos do tecido nervoso
◊ Espaços pericapilares e espaços perineurais
● Não existem = artefatos devido à retração dos tecidos durante a
preparação para o estudo ao MO
* pericapilares = acompanhamento dos espaços perivasculares dos vasos aos
capilares. Em comunicação com os perineurais.
* ambos contêm líquor = intermédio entre todas as trocas metabólicas
entre o sangue e os neurônios
5. As meninges na medula espinal
◊ Dura-máter
● Há apenas um folheto, que é continuação do folheto interno da dura-
máter craniana
* ponto onde se continua = forame magno
● Há espaço extradural / epidural: entre a vértebra (corpo e arco) e a
dura-máter
● Termina por volta de S2 e S4 = saco dural
* Um prolongamento / filamento vai até o cóccix = filamento terminal
externo
● Movimentação do pescoço ou dos membros do quadril = movimentação da
dura-máter
◊ Aracnóide
● Há espaço entre a dura-máter e a aracnóide: espaço subdural
● Há espaço entre a aracnóide e a pia-máter: espaço subaracnóideo
◊ Pia-máter
CIRCULAÇÃO LIQUÓRICA
1. Introdução
= segue gradiente de pressão
◊ Líquor ou líquido cérebro-espinal
● Fluido aquoso e incolor (cor de “água de rocha”) que ocupa o espaço
subaracnóideo e as cavidades ventriculares: proveniente do sangue
(alterações na concentração do plasma)
● Funções
* proteção mecânica do SNC: forma um coxim líquido entre o SNC e o
estojo ósseo = qualquer pressão ou choque é amortecido, distribuindo-se
igualmente a todos os pontos (Princípio de Pascal)
- absorve energia de outras regiões
* torna a anatomia do encéfalo possível (1500g com aparência de 150g)
- mais leve (Princípio de Arquimedes) = menor risco de traumatismos do
encéfalo resultantes do contato com os ossos do crânio (acidentes
pontiagudos)
1. Hidrocefalia
◊ Causas
● Durante a vida fetal: anomalias congênitas do sistema ventricular
* parto dificultado: ossos do crânio ainda não estão formados = dilatação
da cabeça
◊ O que é
● Aumento da quantidade e da pressão do líquor / PIC (pressão
intracraniana): dilatação dos ventrículos e compressão do tecido nervoso de
encontro ao estojo ósseo
◊ Tratamento
● Procedimentos cirúrgicos
● Cateter: drenagem do líquor = liga os ventrículos cerebrais à veia jugular
interna, ao átrio direito ou à cavidade peritoneal
2. Hipertensão craniana
◊ Causas
● A cavidade crânio-vertebral e seu revestimento de dura-máter é
completamente fechada = sem expansão do conteúdo
● Aumento de volume de qualquer componente da cavidade craniana =
reflete-se sobre os demais
● Tumores, hematomas e processos expansivos intracranianos: compressão
de todas as estruturas da cavidade craniovertebral
◊ O que é
● Aumento da pressão intracraniana
● Sintoma: dor de cabeça
◊ Conseqüência
● Pode formar hérnia de tecido nervoso
● Estase sanguínea: compressão das veias jugulares internas que drenam o
sangue do encéfalo no pescoço = maior quantidade de sangue nos vasos
cerebrais = maiores pressões intracraniana e liquórica
◊ Diagnósticos
● Punção lombar: verifica se há obstrução no espaço subaracnóideo da
medula = impede o aumento da pressão liquórica abaixo do nível da
obstrução
● Exame de fundo de olho: ingurgitamento das veias da retina com edema
da papila óptica = obliteração da veia central da retina = compressão do
nervo óptico (é envolvido por um prolongamento do espaço subaracnóideo)
3. Hérnias intracranianas
◊ Causas
● Processos expansivos: tumores, hematomas
● Aumento da pressão dentro do compartimento craniano
◊ O que são
● Protrusão do tecido nervoso para o compartimento vizinho: saída de uma
estrutura de sua topografia habitual, sem ser de dentro de um vaso (seria
embolia)
● Sintomatologia: grave
4. Hematomas e hemorragias
Obs.: sem hematomas no caso de hemorragias no espaço subaracnóideo = o
sangue se espalha no líquor (visualizado em punção lombar)
◊ Causas
● Complicações dos traumatismos cranianos
◊ O que são
● Acúmulos de sangue nas meninges
4.2 Subdurais
◊ Mecanismo do trauma
● Ruptura de uma veia cerebral no ponto em que ela entra no seio sagital
superior
● Colisão automobilística
● Pode ser relacionado a fratura ou não
◊ O que são
● Sangramentos no espaço subdural (é criado)
● Crescimento lento
● Sintomatologia: tardiamente
● Aspecto côncavo-convexo: onde encosta no crânio – ao acompanhar =
formato de meia lua
◊ Complicações
● Aceleração e desaceleração: órgãos se deslocam
* encéfalo pode se chocar contra relevos da base (não ocorre normalmente
porque seu movimento é lento)
4.5 Subaracnóideas
= mais graves
◊ Mecanismo do trauma
● HSAE: ruptura de aneurisma = espontânea (sem impacto)
* em artérias com angulação reta, como a A. comunicante anterior
● HSAT: traumas (pequenos ou extremamente graves)
◊ O que são
● Difusão de sangue para o espaço subaracnóideo, que contém líquor
◊ Complicações
● Os vasos não funcionam com sangue em torno e com variação de
diâmetro: faz com que regiões sejam supridas
● Hidrocefalia comunicante: entupimento das granulações aracnóideas
* líquor prossegue seu trajeto ao ser produzido nos ventrículos, mas não
prossegue no espaço subaracnóideo
Obs.: não é hidrocefalia não-comunicante porque não há alterações nos
ventrículos
5. Meningite
Obs.: movimentação da coluna = movimentação da dura-máter (das
meninges) = hemorragia, trauma e meningite
◊ O que é
● Inflamação das meninges que resulta em dor ao movimentar as áreas
inflamadas
● O acometimento é leptomeníngeo: sem terminações nervosas da dor. As
terminações da dura-máter que sentem.
* furar a dura-máter, machucá-la, colocar substância irritante ou retirar
líquor, diminuir a pressão = irrita as terminações nervosas. Ao mexer, dói
mais.
◊ Sintomatologia
● O corpo enrijece, contrai os músculos de maneira rigorosa para proteger
o local.
* como há dura-máter nas vértebras cervicais, ao tracioná-las, dói = rigidez
cervical ou nucal
● Cefaléia intensa
● Sinais de meningismo ao movimentar
* sinais de Kerning: movimentação do quadril (dobra o membro inferior) =
joelho fletido e estendido = dor
* sinais de Brudzinsk: dobra o pescoço e flete o quadril = dor
Vascularização do encéfalo
1. Fluxo sanguíneo cerebral
● Diretamente proporcional à pressão arterial e inversamente proporcional
à resistência cerebrovascular, que depende de vários fatores
● Varia com o estado funcional da área: maior nas mais ricas em sinapse,
com maior atividade metabólica = atividade celular liberar CO2 = maior
calibre vascular
* substância cinzenta > branca
* diferenças tendem a diminuir durante o sono no córtex cerebral
◊ Pressão intracraniana
● Aumento eleva a resistência cerebrovascular
◊ Condição da parede vascular
● Alterada com processos patológicos
Ex: arteriosclerose = maior resistência cerebrovascular
◊ Viscosidade do sangue
◊ Calibre dos vasos cerebrais
● Regulado por fatores humorais (CO2 = ação vasodilatadora) e nervosos
(fibras do SNA, que se distribuem na parede das arteríolas cerebrais)
Vascularização arterial do encéfalo
1. Peculiaridades
● Sem hilo para a penetração dos vasos: penetram através de vários pontos
da superfície
● Polígono arterial encefálico: na base do crânio. Formado pelas artérias
carótidas internas e vertebrais
● Artérias com paredes muito finas: propensas a hemorragias = 3 túnicas
* túnica média = com menos fibras musculares
* túnica elástica interna = mais espessa e tortuosa
◊ Dispositivos anatômicos que protegem o tecido nervoso e amortecem o
choque da onda sistólica responsável pela pulsação das artérias:
* as artérias não empurram as estruturas ao redor = sem espaços = área
com neurônios. A onda de pressão é prejudicial.
- encefálico = 90%
- demais = 10%
* o espaço é pequeno e a variação do diâmetro é mais fácil porque há
mecanismos de amortecimento
● Túnica elástica interna
* artéria elástica = retrai ao receber sangue e volta ao formato original, o
que ajuda a bombear sangue
- hemorragias: mais comuns em hipertensos. Acontecem por serem artérias
frágeis.
● Espaços perivasculares contendo líquor (comprime a parede e é
comprimido = resistência por compressão)
● Tortuosidade das artérias carótidas internas e das artérias vertebrais
ao penetrar no crânio, das artérias que saem do polígono arterial encefálico
● Seios venosos da dura-máter
● Espaço entre os capilares / vasos piais
Obs.: artérias piais = regulam o fluxo sanguíneo
◊ Há uma quase independência entre as circulações arteriais intracraniana
e extracraniana
● Obstrução no território da artéria carótida interna
* Anastomoses não são capazes de manter uma circulação colateral útil
* Anastomose entre a artéria angular (ramo da carótida externa) e a
artéria nasal – ramo da artéria oftálmica (ramo da carótida interna) -: pode
manter a circulação da órbita e de parte das vias ópticas
◊ Aterosclerose
● Lesar o vaso = coagulação sanguínea = AVE
4.3 Anastomose
● Entre a artéria carótida interna e o sistema vértebro-basilar
7. Observações
◊ Artérias centrais ântero-mediais / centrais laterais / centrais inferiores
● Finas
● Saem em ângulo reto, com grande diferença de diâmetro
● Risco de rompimento em casos de hipertensão arterial sistêmica (HAS)
não controlada cronalmente = o volume de sangue não ameaça a vida = AVE
* pode ser catastrófico e deixar seqüelas dependentes
◊ Isquemia cerebral
● Desbalanço entre oferta e demanda de oxigênio para encéfalo
● Efeitos de uma PCR
* 7 segundos = perda da consciência (neurônios corticais perdem a função
por falta de oxigênio)
* 5 minutos = lesões irreversíveis (morte em sequência)
● Lesão por ordem filogenética (de acordo com a antiguidade evolutiva)
* neo > paleo > arquicórtex
- neo = 90% (mais recente = morre primeiro)
* supra-segmentar > segmentar
● Gera AVE isquêmico
7.1 AVE
◊ Definição
● Déficit neurológico
◊ Tipos
● Isquêmico: 80%. Vaso entope.
* AIT (ataque isquêmico transitório) = dura menos de 24h
● Hemorrágico: 20%. Vaso estoura.
Ex: aneurisma rompendo
1. Generalidades
● Veias: maiores e mais calibrosas
* com paredes muito finas
● Circulação lenta: maior leito, menor pressão (pouca variação devido à
grande distensibilidade das veias e seios)
● Drenam para os seios da dura-máter
* deles o sangue converge para as veias jugulares internas
* veias emissárias: ligam os seios às veias extracranianas. Passam através
de pequenos forames do crânio.
◊ Forças que ativam a circulação venosa
● Aspiração da cavidade torácica: pressões subatmosféricas da cavidade
torácica
● Força da gravidade: sem válvulas = retorno sanguíneo do encéfalo
● Pulsação das artérias: em uma cavidade fechada
* mais evidente no seio cavernoso = sangue recebe diretamente a força
expansiva da carótida interna (atravessa-o)
2. Veias do cérebro
* se o cérebro se deslocar, as veias também se deslocarão, acompanhando-
o
= em dois sistemas unidos por anastomoses
● Comunicam o couro cabeludo com parte interna do crânio
2.1 Sistema Venoso Superficial
● Drena o córtex e a substância branca subjacente: ao seio sagital
superior, que está fixado nos ossos do crânio
● Anastomose na superfície cerebral: formação das veias cerebrais
superficiais = desembocam na dura-máter
* veias cerebrais superficiais superiores: provenientes da face medial e da
metade superior da face súpero-lateral de cada hemisfério. Desembocam no
seio sagital superior.
* veias cerebrais superficiais inferiores: provenientes da metade inferior
da face súpero-lateral de cada hemisfério e de sua face anterior. Termina
nos seios da base (petroso superior e cavernoso) e no seio transverso.
- veia cerebral média superficial: principal = percorre o sulco lateral e
termina no seio cavernoso
Angiografia cerebral
● Visualização das artérias, veias e seios do encéfalo a partir da injeção de
contraste nas artérias vertebral e carótida interna: vasos brancos +
radiografia
* diagnostica e localiza aneurisma, trombose, embolia, lesão traumática,
processos expansivos das cavidades cranianas (desvio no trajeto dos vasos)
● Pela carótida esquerda ou direita, conforme o lado da suspeita: estudo de
estruturas supratentoriais
● Pela veia vertebral: estudo de estruturas da fossa infratentorial e de
parte do cérebro
* contraste injetado de qualquer lado (unem-se para formar a basilar)
* escolha do lado em suspeita de lesão da artéria cerebelar inferior
posterior
◊ Sinugrafia direta
● Para visualizar os seios da dura-máter
* contraste injetado dentro deles
Vascularização da medula
1. Aspectos gerais
◊ Artéria espinhal anterior
● Ramo da artéria vertebral
● Tronco único: confluência de 2 curtos ramos que emergem das artérias
vertebrais direita e esquerda
● Superficial: ao longo da fissura mediana anterior até o cone medular
● Vascularizam as colunas e os funículos anterior e lateral
● Emite Artérias sulcais: perpendiculares. Penetram no tecido nervoso pelo
fundo da fissura mediana anterior.
◊ Artérias espinhais posteriores direita e esquerda
● Ramo da artéria vertebral
● Dorsalmente: contornam o bulbo
● Longitudinalmente e medialmente às raízes dorsais dos nervos espinhais
● Vascularizam a coluna o funículo posterior
◊ Artérias radiculares anterior e posterior
● Derivadas dos ramos espinhais das artérias segmentares do pescoço e do
tronco ao penetrarem nos forames intervertebrais com os nervos espinhais
● Pequenas
● Vascularizam apenas as raízes sem atingir a medula
* apenas 6 ou 8 de 60 contribuem para vascularização da medula
Anterior: anastomosam-se com a espinal anterior
Posterior: anastomosam-se com as espinhais posteriores
1. Generalidades
◊ Telencéfalo
● 2 hemisférios cerebrais (direito e esquerdo) + pequena parte mediana (na
porção anterior do III ventrículo)
* fissura longitudinal do cérebro: separa incompletamente os 2 hemisférios
cerebrais
* corpo caloso: larga faixa de fibras comissurais no assoalho da fissura
longitudinal do cérebro que une os hemisférios cerebrais
* cavidades dos hemisférios cerebrais: ventrículos laterais (direito e
esquerdo)
- forame interventricular
◊ Pólos
● Cada hemisfério possui 4: frontal, temporal, parietal e occipital
◊ Faces
● Cada hemisfério tem 3
* súpero-lateral: convexa
* medial: plana
* inferior ou base do cérebro: irregular
1. Generalidades
◊ Centro semi-oval
● No corte horizontal do cérebro, em cada hemisfério
● Constituído de fibras mielínicas
* de projeção = ligam o córtex aos centros subcorticais
* de associação = ligam áreas corticais situadas em pontos diferentes
- intra-hemisférica: dentro de um mesmo hemisfério
- inter-hemisféricas: entre dois hemisférios
2. Fibras de associação
2.1 Intra-hemisféricas
◊ Curtas / arqueadas do cérebro / em U
● Associam áreas vizinhas
◊ Longas
● Unem-se em fascículos
Fascículo do cíngulo
● Une o lobo frontal ao temporal, passa pelo lobo parietal
● Percorre o giro do cíngulo
Fascículo longitudinal superior / fascículo arqueado
● Liga os lobos frontal, parietal e occipital pela face súpero-lateral de cada
hemisfério
● Conecta os centros anterior (lobo frontal) e posterior (junção dos lobos
temporal e parietal) da linguagem
* lesões = perturbações na linguagem
Fascículo longitudinal inferior
● Une o lobo occipital ao temporal
Fascículo unciforme
● Liga o lobo frontal ao temporal, passando pelo fundo do sulco lateral
2.2 Inter-hemisféricas
= fibras comissurais: unem áreas simétricas dos dois hemisférios
● Agrupam-se para formar as 3 comissuras do encéfalo
◊ Comissura do fórnix
● Conecta os dois hipocampos: fibras dispostas entre as duas pernas do
fórnix
Obs.: pouco desenvolvido no homem
◊ Comissura anterior
● Porção olfatória: liga os bulbos e tratos olfatórios
● Porção não-olfatória: une os lobos parietais
◊ Corpo caloso
● Maior comissura e maior feixe de fibras
● Conecta áreas corticais simétricas dos dois hemisférios
* exceção = lobo temporal: unidas pelas fibras da comissura anterior
● Função: transferência de conhecimento e informação entre os
hemisférios = funcionamento harmônico
* ausentes em secções que objetivam melhorar quadros de epilepsia, mas
não alteram evidentemente o comportamento ou o psiquismo
3. Fibras de projeção
● Formam o fórnix e a cápsula interna
* lesões da cápsula interna
- causa = hemorragia ou obstrução de seus vasos
- quadro clínico = “derrames cerebrais”, menor sensibilidade na metade
oposta d corpo, hemiplegia
1. Generalidades
◊ Córtex cerebral
● O que é: fina camada de substância cinzenta que reveste o centro branco
medular do cérebro = neurônios, neuroglias, fibras
● Local aonde chegam impulsos provenientes de todas as vias de
sensibilidade = conscientes e interpretadas
● De onde saem os impulsos nervosos = iniciam e comandam os movimentos
voluntários, relacionados aos fenômenos psíquicos
● Evolução: maior extensão e complexidade = grande desenvolvimento das
funções intelectuais
● Possui uma organização laminar horizontal e uma organização colunar
vertical
2. Citoarquitetura do córtex
● Neurônios e fibras distribuem-se de vários modos, em várias camadas
* diferente do córtex cerebelar: organização estrutural mais simples e
uniforme
2.1 Estrutura
◊ Isocórtex
● 6 camadas, numeradas da superfície para o interior
* I: camada molecular
- na superfície
- rica em fibras de direção horizontal
- com poucos neurônios
- células horizontais ou de Cajal
- camada de associação
* II: camada granular externa
- camada de associação
* III: camada piramial externa
- camada de associação
* IV: camada granular interna
- muito desenvolvida nas áreas sensitivas do córtex
- camada receptora de projeção
* V: camada piramidal interna ou ganglionar
- muito desenvolvida nas áreas motoras do córtex
- camada efetuadora de projeção
* VI: camada de células fusiformes ou multiforme
- camada de associação
◊ Alocórtex
1. Generalidades
● Medula = miolo; o que está dentro
◊ Medula espinal
● Órgão mais simples do SNC
● Onde o tubo neural foi menos modificado
● O que é: massa cilindróide de tecido nervoso ligeiramente achatada no
sentido ântero-posterior situada dentro do canal vertebral sem completá-lo
completamente
* homem < mulher
● Limites
* cranial: bulbo, aproximadamente ao nível do forame magno
* caudal: L2 (importância clínica)
● Cone medular: afilamento da medula em seu término que forma um cone
● Filamento terminal: continuação do cone medular como um delgado
filamento meníngeo
5. Envoltórios da medula
5.1 Meninges
● Membranas fibrosas
◊ Dura-máter espinal
● Mais espessa e resistente: abundantes fibras colágenas
● Mais externa
● Paquimeninge
● Saco dural: envolve toda a medula como um dedo de luva
● Cranialmente: continua com a dura-máter craniana
● Caudalmente: termina em um fundo-de-saco ao nível da vértebra S2
● Prolongamentos laterais: embainham raízes dos nervos espinais
* continuam com o epineuro (tecido conjuntivo que envolve os nervos
espinais)
◊ Aracnóide espinal
● Leptomeninge
● Entre a dura-máter e a pia-máter
● Folheto justaposto à dura-máter com trabéculas aracnóideas (unem-na à
pia-máter)
◊ Pia-máter espinal
● Leptomeninge
● Mais delicada e mais interna
● Adere intimamente ao tecido nervoso da superfície da medula
● Penetra na fissura mediana anterior
● Filamento terminal: esbranquiçado. Continuação caudal quando a medula
termina no cone medular.
* perfura o fundo-do-saco dural
* continua caudalmente até o hiato sacral
● Filamento denticulado: prega longitudinal formada de cada lado da
medula. Dispõe-se em um plano frontal ao longo de toda a extensão da
medula. Elemento de fixação da medula. Ponto de referência em certas
cirurgias da mesma.
* margem medial = continua com a pia-máter da face lateral da medula ao
longo de uma linha contínua que se dispõe entre as raízes dorsais e ventrais
* margem lateral = com 21 processos triangulares, que se inserem
firmemente na aracnóide e na dura-máter em pontos que se alternam com a
emergência dos nervos espinais
Filamento da dura-máter espinal
● Filamento terminal + prolongamentos da dura-máter
* ao atravessar o saco dural
Ligamento coccígeo
● Filamento da dura-máter espinal ao se inserir no periósteo da superfície
dorsal do cóccix
Nervos em geral
3.1 Recuperação
● Crescimento das extremidades proximais e emissão de numerosos
brotamentos que alcançam o nível da lesão e penetram no tecido cicatricial
● Lâminas basais com laminina, uma glicoproteína, sintetizadas pelas células
de Schwann
● Ocorre em:
* nervos periféricos
* fibras nervosas da parte periférica do SNA
Ex: Doença de Chagas = inervação do coração
● Não ocorre em:
* fibras nervosas do SNC = inexistência no SNC de um substrato adequado
que permita o crescimento = sem células de Schwann e oligodendrócitos
impedem o crescimento dos axônios
- quando se enxerta pedaço de nervo periférico na medula: axônios crescem
por uma das extremidades do nervo enxertado, mas param de crescer
quando atingem a outra extremidade e entram em contato com o tecido do
SNC
◊ Secção com afastamento dos 2 cotos
● Neuromas: crescimento desordenado no tecido cicatricial = tecido
conjuntivo, células de Schwann, emaranhado de fibras nervosas “perdidas”
● Recuperação: remoção do tecido cicatricial e ajustamento dos cotos
nervosos por sutura epineural (justaposição das bainhas perineurais) =
permite que as fibras nervosas em regeneração penetrem no coto distal do
nervo = modificações nas células de Schwann = prolongamentos
citoplasmáticos envolvidos por várias lâminas basais muito pregueadas,
dispostas uma dentro da outra = formação de numerosos compartimentos ou
tubos extracelulares circundados por tecido conjuntivo do endoneuro,
dentro dos quais crescem distalmente as extremidades das fibras em
regeneração
* no início: emissão de numerosos ramos por cada axônio = maiores chances
de encontrar o caminho certo no coto distal
- neurônio motor em tubo que continha neurônio sensitivo ou vice-versa =
sem conexão funcional
Nervos espinais
1. Generalidades
● Inervam o tronco, os membros e parte da cabeça
● 31 pares
● Gânglio espinal: na raiz dorsal. Com corpos de neurônios sensitivos
pseudo-unipolares (prolongamentos central e periférico formam a raiz)
* raiz ventral formada por axônios que se originam em neurônios situados
nas colunas anterior e lateral da medula
● Tronco do nervo espinal: raiz dorsal, sensitiva + raiz ventral, motora =
funcionalmente misto
6.2 Sensitiva
● Conjunto de um neurônio sensitivo com todas as suas ramificações e os
seus receptores
* receptores do mesmo tipo, mas pode haver percepção de várias formas
de sensibilidade em uma mesma área cutânea porque há grande superposição
de unidades sensitivas na pele
7. Eletromiografia
● Permite o estudo da atividade elétrica dos músculos estriados
esqueléticos durante a contração muscular: a amplitude do potencial é
diretamente proporcional ao número de fibras musculares que a unidade
motora contém
* avaliação do número e do tamanho de unidades motoras sob controle
voluntário
* distinção entre afecções que afetam os músculos (miopatias) daquelas que
afetam o neurônio (neuroapatia)
* acompanhamento do processo de reinervação de um músculo em caso de
lesão de um nervo seguida de neurorrafia
* esclarecimento do modo de participação de músculos ou grupos
musculares na execução de movimentos em diversas situações fisiológicas
● Método: eletrodos sobre a pele ou agulhas nos músculos a serem
estudados
1. Generalidades
● O tronco encefálico interpõe-se entre a medula e o diencéfalo:
ventralmente ao cerebelo
◊ Constituição
= podem estar relacionados a relevos ou depressões de sua superfície
● Núcleos
* recebem ou emitem fibras nervosas que entram na constituição dos
nervos cranianos
- 10 dos 12 pares fazem conexão com ele
● Tratos ou fascículos / Lemniscos: agrupamento de fibras nervosas
◊ Divisões
● Bulbo: caudal
● Mesencéfalo: cranial
● Ponte: entre o bulbo e o mesencéfalo
3. Ponte
● Ventral ao cerebelo
● Repousa sobre a parte basilar do osso occipital e o dorso da sela turca
● Base: ventral. Com estriação transversal = numerosos feixes de fibras
transversais que a percorrem
● Pedúnculo cerebelar médio ou braço da ponte: volumoso feixe formado
pela convergência das fibras transversais. Penetra no hemisfério cerebelar
médio.
* limite entre ele e a ponte: ponto de emergência do nervo trigêmeo (NC V)
- raiz sensitiva do nervo trigêmeo = maior
- raiz motora do nervo trigêmeo = menor
● Sulco basilar: aloja a A. basilar. Longitudinal, na superfície.
● Sulco bulbo-pontino: separa sua parte ventral do bulbo. Dela emergem, de
cada lado da linha mediana
* nervo abducente (NC VI) = entre a ponte e a pirâmide do bulbo
* nervo facial (NC VII) = medial ao NC VIII, mantendo relações íntimas
com ele
* nervo vestíbulo-coclear (NC VIII) = lateral, próximo ao flóculo (pequeno
lóbulo do cerebelo)
* nervo intermédio = raiz sensitiva do NC VII, entre o NC VII e o NC VIII
● Síndrome do Ângulo ponto-cerebelar: compressão das raízes dos nervos =
tumores
● Assoalho do IV ventrículo: parte dorsal da ponte, que não apresenta linha
de demarcação com a parte dorsal da porção aberta do bulbo
4. Quarto ventrículo
4.1 Situação e comunicações
● O que é: cavidade losângica do rombencéfalo
● Localização: entre o bulbo e a ponte, ventralmente, e o cerebelo,
dorsalmente
● Continuações
* caudal: canal central do bulbo
* cranial: aqueduto cerebral (cavidade do mesencéfalo) = comunicação com
o III ventrículo
● Recessos laterais: prolongamentos de cada lado da cavidade. Na
superfície dorsal do pedúnculo cerebelar inferior.
● Aberturas: por meio das quais o líquor atinge o espaço subaracnóideo
* Aberturas laterais / Forames de Luschka: comunicação de cada lado
entre os recessos laterais e o espaço subaracnóideo
* Abertura mediana / forame de Magendie: no meio da metade caudal do
teto do ventrículo
4.3 Teto
◊ Metade cranial
● Véu medular superior: fina lâmina de substância branca entre os 2
pedúnculos cerebelares superiores.
◊ Metade caudal
● Pequena parte de substância branca do nódulo do cerebelo
● Véu medular inferior: fina lâmina branca presa medialmente às bordas
laterais do nódulo do cerebelo, formação bilateral
● Tela corióide do IV ventrículo: une as anteriores às bordas da metade
caudal do assoalho. Formada pela união do epitélio ependimário (interno)
com a pia-máter (externa).
* plexo corióide: projeções irregulares e muito vascularizadas que se
invaginam na cavidade ventricular (ao longo de 2 linhas verticais situadas
próximo ao plano mediano, que encontram perpendicularmente com uma linha
horizontal, dirigida aos recessos laterais, de cada lado) e produzem líquor.
- pequena porção exterioriza-se pelas aberturas laterais próximo do flóculo
do cerebelo
5. Mesencéfalo
5.1 Limites e divisão
● Localização: entre a ponte e o cérebro
* plano que liga os corpos mamilares (diencéfalo) à comissura posterior
separa-o do cérebro
● Aqueduto cerebral: atravessa-o
● Teto do mesencéfalo: dorsal ao aqueduto cerebral
● Pedúnculos cerebrais: ventrais. Dividem-se em
* tegmento = parte predominantemente celular. Dorsal
* base do pedúnculo = fibras longitudinais. Ventral
● Substância negra: rica em neurônios que contêm melanina, separa o
tegmento da base
● Sulcos longitudinais: margeam o limite entre a base e o tegmento
* lateral do mesencéfalo
* medial do pedúnculo cerebral
- dele emerge o nervo oculomotor (NC III)
5.2 Teto
= vista dorsal
● Colículos: eminência arredondadas, corpos quadrigêmeos, separadas por 2
sulcos perpendiculares (≈ cruz). Cada um se liga ao corpo geniculado
(peuqena eminência oval do diencéfalo) através de um feixe superficial de
fibras nervosas que constitui o seu braço.
* superiores
- ligam-se ao corpo geniculado lateral (na extremidade do trato óptico) pelo
braço do colículo superior (parte do trajeto é escondida entre o pulvinar do
tálamo e o corpo geniculado medial)
* inferiores
- ligam-se ao corpo geniculado medial pelo braço do colículo inferior
Obs.: corpo pineal = diencéfalo, na parte anterior do ramo longitudinal da
cruz
● Nervo troclear (NC IV): caudal a cada folículo inferior. Único que emerge
dorsalmente. Contorna o mesencéfalo para surgir ventralmente entre ele e a
ponte.
ESTRUTURA DO BULBO
2. Estrutura do bulbo
2.1 Fatores que modificam a estrutura do bulbo em comparação com a
da medula
Obs.: organização interna das porções caudais é bastante semelhante à da
medula
* Diferenças aumentam à medida que se examinam secções mais altas
- nível da oliva = sem semelhanças
● Aparecimento de novos núcleos próprios do bulbo: sem correspondência.
Grácil, cuneiforme e olivar inferior.
● Decussação das pirâmides ou decussação motora: das fibras do trato
córtico-espinal ao percorreram as pirâmides bulbares, para continuar como
trato córtico-espinal lateral. No trajeto, elas atravessam a substância
cinzenta, contribuindo para separar a cabeça da base da coluna anterior.
● Decussação dos lemniscos ou decussação sensitiva: fibras arqueadas
internas (originadas dos núcleos grácil e cuneiforme) mergulham
ventralmente, passam através da coluna posterior, contribuindo para
fragmentá-la, cruzam o plano mediano e infletem-se caudalmente para
constituir de cada lado o lemnisco medial.
* lemnisco medial = conduz ao tálamo os impulsos relacionados à
propriocepção consciente, sensibilidade vibratória e ao tato epicrítico, que
subiram nos fascículos grácil e cuneiforme da medula do lado oposto
● Abertura do IV ventrículo: os fascículos grácil e cuneiforme e seus
respectivos núcleos desaparecem em níveis progressivamente mais altos,
resultando em abertura do canal central, formado-se o IV ventrículo
* seu assoalho é constituído de substância cinzenta homóloga à da medula
ESTRUTURA DA PONTE
3. Correlações anatomoclínicas
◊ Comprometimento dos nervos cranianos
● Alterações da sensibilidade da face: NC V
● Alterações da motricidade da musculatura mastigadora: NC V
● Alterações da motricidade mímica: NC VII
● Alterações do músculo reto lateral: NC VI
● Tonteira e alterações do equilíbrio: NC VIII
◊ Lesão das vias ascendentes e descendentes que transitam pela ponte
● Paralisia ou perda da sensibilidade no tronco e membros
ESTRUTURA DO MESENCÉFALO
1. Teto
* parte de suas funções foi assumida pelo córtex cerebral com a evolução
● Porção dorsal
● Constituído de 4 eminências
3. Tegmento do mesencéfalo
● Continuação do tegmento da ponte
● Com formação reticular, substância cinzenta e substância branca
● Fibras ascendentes percorrem-no: continuação dos segmentos que sobem
da ponte = 4 lemniscos e pedúnculo cerebelar superior
● Agrupamento dos 4 lemniscos em uma só faixa lateral ao nível do colículo
inferior: medial, espinal, trigeminal, lateral = sequência médio-lateral
* com exceção do lemnisco lateral, os lemniscos sobem e aparecem a nível
do colículo superior em uma faixa disposta lateralmente ao núcleo rubro
● Com fascículo longitudinal medial em toda sua extensão = feixe de
associação do tronco encefálico
Formação reticular
1. Conceito e estrutura
● O que é: agregação mais ou menos difusa de neurônios de tamanhos e
tipos diferentes, separados por uma rede de fibras nervosas que ocupa a
parte central do tronco encefálico = preenche todo o espaço que não é
preenchido pelos tratos, fascículos e núcleos de estrutura mais compacta
* estrutura = intermediária à substância branca e à cinzenta
* muito antiga
● Estende-se um pouco ao diencéfalo e aos níveis mais altos da medula,
onde ocupa pequena área do funículo lateral.
● Com importante papel na ativação do córtex cerebral
● Núcleos da formação reticular: grupos mais ou menos bem definidos de
neurônios que são limitados por ela
* com axônios grandes, que se bifurcam = ramo ascendentes e ramo
descendente = estendem-se ao longo de todo o tronco encefálico, podendo
atingir a medula e o diencéfalo
* com vários tipos de neurotransmissores: monoaminas
● Divisão citoarquitetural
* zona magnocelular = células grandes. 2/3 mediais. Origina as vias
ascendentes e descendentes longas. Zona efetuadora da formação reticular.
* zona parvocelular = células pequenas. Terço lateral.
◊ Núcleos da rafe
●8
● Nucleus raphe magnus: ao longo da linha mediana (rafe mediana) em toda
a extensão.
● Ricos em serotonina
◊ Lócus ceruleus
● Localização: abaixo da área de mesmo nome no assoalho do IV ventrículo
● Com células ricas em noradrenalina
◊ Substância cinzenta periaquedutal / substância cinzenta central
● Circunda o aqueduto cerebral
* estrutura compacta
● Regula a dor
◊ Área tegmentar ventral
● Localização: parte ventral do tegmento do mesencéfalo, medialmente à
substância negra
● Com neurônios ricos em dopamina
4. Considerações anatomoclínicas
● O córtex cerebral depende de impulsos ativadores da formação reticular
para funcionar
* comprometimento direto e generalizado pode gerar coma
◊ Distúrbios da consciência
● Lesão da formação reticular com interrupção do SARA: processos
patológicos (a maioria é infra-tentorial), mesmo localizados, que comprimem
o mesencéfalo ou a transição deste com o diencéfalo quase sempre levam ao
coma (perda total da consciência)
◊ Hérnia do úncus
● Causas: tumores ou hematomas que aumentam a pressão no
compartimento supratentorial
● Conseqüência: coma = insinua-se sobre a incisura da tenda e o
mesencéfalo, comprimindo-o
1. Generalidades
● Monoaminas são formadas pela decarboxilação de aminoácidos. Elas
atuam na regulação de processos mentais, funcionando como
neurotransmissores
● Neurônios nmonoaminérgicos: contêm monoaminas
* serotoninérgicos
* noradreninérgicos
* dopaminérgicos
* adrenérgicos = território pequeno
* hsitaminérgicos = território pequeno
◊ Classificação das monoaminas
● Catecolaminas
* Dopamina
* Adrenalina e noradrenalina: neurotransmissores simpáticos (SNP)
● Triptamina
* Serotonina (5-hidroxitriptamina)
Obs.: melatonina também
● Derivado da hsitidina
* Histamina
◊ Drogas que atuam no SNC, principalmente interferindo no mecanismo das
monoaminas
● Reserpina: tranqüilizante = libera estoques de monoaminas no SNC
● Nialamida: antidepressivo = bloqueia a atividade da enzima
monoaminoxidase (MAO), que metaboliza as monoaminas com ação sobre o
SNC
1. Generalidades
● Juntamente com o telencéfalo, forma o cérebro = 80% da cavidade
craniana, porção mais desenvolvida = prosencéfalo
● Encoberto quase completamente pelo telencéfalo
● Situação ímpar e mediana, visto na face inferior do cérebro
● Formado pelo tálamo, hipotálamo, epitálamo e subtálamo = partes
relacionadas ao III ventrículo
2. III ventrículo
● O que é: cavidade estreita ímpar e mediana
● Comunica-se com o IV ventrículo pelo aqueduto cerebral e com os
ventrículos laterais pelos forames interventriculares
● Sulco hipotálamo: depressão que se estende do aqueduto cerebral ao
forame interventricular. Visto quando o cérebro é seccionado no plano
mediano.
* tálamo = acima
* hipotálamo = abaixo
● Aderência intertalâmica: trave de substância cinzenta que atravessa em
ponte a cavidade ventricular
● Assoalho: quiasma óptico + infundíbulo + túber cinéreo + corpos
mamilares = hipotálamo
● Parede posterior: epitálamo (pequeno)
● Estrias medulares do tálamo: feixe de fibras nervosas que percorrem a
parte mais alta das paredes laterais, saindo de cada lado do epitálamo.
Marcam o limite entre a face superior e a face medial do tálamo.
● Teto: tela corióide = sai das estrias medulares do tálamo (insere-se
lateralmente nelas). Insere-se posteriormente na comissura das habênulas.
* sem ela = tênias do III ventrículo = bordas rotas aderidas às estrias
medulares
● Plexos corióides: invaginações na luz ventricular dispostas em duas linhas
paralelas. Contínuas através dos forames interventriculares com os dos
ventrículos laterais
● Parede anterior: lâmina terminal = fina lâmina de tecido nervoso que une
os 2 hemisférios; entre o quiasma óptico e a comissura anterior =
telencéfalo (derivadas da parte central não evaginada da vesícula
embrionária)
● Área pré-óptica: próxima à lâmina terminal, na parte mais anterior.
Pequena = deriva da porção central da vesícula telencefálica e não
corresponde ao diencéfalo. Funcionalmente, liga-se ao hipotálamo supra-
óptico.
3. Tálamo
● O que é: 2 massas volumosas de substância cinzenta, de forma ovóide,
dispostas na porção látero-dorsal do diencéfalo, uma de cada lado
◊ Extremidade anterior
● Tubérculo anterior: eminência que delimita o forame interventricular
◊ Extremidade posterior
= maior
● Pulvinar
◊ Corpos geniculados
● Medial
● Lateral
◊ Face superior
● Porção lateral: participa do assoalho do ventrículo lateral; revestido de
epitélio ependimário (lâmina afixa)
● Porção medial: constitui, juntamente com teto do III ventículo, o
assoalho da fissura transversa do cérebro
* fissura transversa do cérebro = teto formado pelo fórnix e pelo corpo
caloso; ocupada por um fundo-de-saco da pia-máter, cujo folheto inferior
recobre a parte medial da face superior do tálamo e entra na constituição
da tela corióide
◊ Face inferior
● Continua com o hipotálamo e o subtálamo
◊ Face medial
● Forma a maior parte das paredes laterais do III ventrículo
◊ Face lateral
● Cápsula interna: compacto feixe que fibras que liga o córtex cerebral a
centros nervosos subcorticais e separa a face lateral do tálamo do
telencéfalo
4. Hipotálamo
● O que é: área relativamente pequena situada inferiormente ao tálamo
● Função: controle da atividade visceral, principalmente
● Compreende: estruturas situadas nas paredes laterais do III ventrículo,
inferior ao sulco talâmico (separa-o do tálamo)
5. Epitálamo
● Localização: limita posteriormente o III ventrículo, superior ao sulco
hipotalâmico, já na transição com o mesencéfalo
◊ Glândula pineal / epífise
= forma piriforme
● Ímpar, mediana, repousa sobre o teto do mesencéfalo
● Base do corpo pineal: prende-se anteriormente às comissuras posterior e
das habênulas
● Recesso pineal: pequeno prolongamento da cavidade ventricular que
penetra na glândula pineal entre as comissuras posterior e das habênulas
◊ Comissuras
● Posterior: limite entre o diencéfalo e o mesencéfalo = situada no ponto
em que o aqueduto cerebral se liga ao III ventrículo
● das habênulas: entre os trígonos da habênula (2 pequenas eminências
triangulares situadas entre a glândula pineal e o tálamo). Continua
anteriormente, de cada lado com as estrias medulares do tálamo. Inserção
posterior da tela corióide do III ventrículo.
6. Subtálamo
● O que é: zona de transição entre o diencéfalo e o tegmento do
mesencéfalo
* visto em cortes frontais do cérebro = sem relações com as paredes do
III ventrículo
● Localização: inferior ao tálamo.
● Limites
* lateral = cápsula interna
* medial = hipotálamo
● Núcleo subtalâmico
2. Conexões
● Por meio de fibras que se reúnem em feixes bem definidos ou mais
difusos e de difícil visualização
2.3 Viscerais
= com neurônios da medula e do tronco encefálico
◊ Aferentes
● Fibras solitário-hipotalâmicas: conexões diretas com o núcleo do trato
solitário = informações recebidas sobre a atividade das vísceras
◊ Eferentes
= controle do SNA
● Agem diretamente sobre os neurônios pré-ganglionares dos sistemas
simpático e parassimpático: fibras terminam nos núcleos da coluna eferente
visceral geral do tronco encefálico ou na coluna lateral da medula (fibras
hipotálamo-espinais)
● Agem indiretamente sobre os neurônios pré-ganglionares dos SNS e SNP
(formação reticular)
2.5 Sensoriais
◊ Vias indiretas
Ex: recebimento de informações da área eretogênica = mamilos e órgãos
sexuais (ereção)
◊ Vias diretas
Ex: córtex cerebral e retina com o hipotálamo
- trato retino-hipotalâmico = termina no núcleo supraquiasmático
2.6 Monoaminérgicas
● Neurônios noradrenérgicos da formação reticular do tronco encefálico:
projetam-se
● Neurônios serotoninérgicos: estímulos oriundos do núcleo da rafe
3. Funções
● Relacionadas à homeostase = manutenção do meio interno dentro de
limites compatíveis com o funcionamento adequado dos diversos órgãos
● Papel regulador sobre o SNA e o sistema endócrino
● Controle de vários processos motivacionais importantes para a
sobrevivência, como fome, sede, sexo.
4. Relações hipotálamo-hipofisárias
4.1 Relações do hipotálamo com a neuro-hipófise
● O hormônio antidiurético é sintetizado pelos neurônios dos núcleos
supra-óptico e paraventricular do hipotálamo e é transportado pelas fibras
do trato hipotálamo-hipofisário até a neuro-hipófise, onde é liberado.
Ex: diabete insípido = mais urina eliminada, porém sem glicose (diabete
melito). Ocorre devida à diminuição dos níveis sanguíneos do ADH. Também
ocorre por certas lesões no hipotálamo, não apenas por processos
patológicos da neuro-hipófise.
● Neurossecreção: neurônios são capazes de conduzir impulsos nervosos e
de secretar substâncias ativas, como ADH e ocitocina (natureza
polipeptídica), além de substância Gomori-positiva (neurofisina)
Ex: grânulos de substância Gomori-positiva = em fibras do trato
hipotálamo-hipofisário e na neuro-hipófise, onde terminam (são
armazenados e liberados). Portadores dos hormônios que serão
encaminhados à neuro-hipófise.
- Caminho percorrido pelos hormônios = hipotálamo (síntese) exoplasma
dos axônios do trato hipotálamo-hipofisário neuro-hipófise corrente
sanguínea (fibras do trato hipotálamo-hipofisário terminam em vasos
situados em septos conjuntivos)
● Ocitocina: promove a contração da musculatura uterina (parto) e das
células mioepiteliais das glândulas mamárias (ejeção do leite)
* ejeção do leite envolve reflexo neuroendócrino: impulsos sensoriais que
resultam da sucção do mamilo pela criança são levados à medula e, em
seguida, ao hipotálamo, onde estimulam a produção de ocitocina pelos
núcleos supra-óptico e paraventricular e sua liberação na neuro-hipófise.
Subtálamo
1. Aspectos gerais
◊ Localização
● Parte posterior do diencéfalo na transição com o mesencéfalo
◊ Limites
* sem se relacionar com a superfície externa do diencéfalo ou com as
paredes do III ventrículo = visto apenas em secções do diencéfalo
● Superior: tálamo
● Lateral: cápsula interna
● Medial: hipotálamo
◊ Estruturas
● Algumas são extensões das estruturas mesencefálicas: núcleo rubro,
substância negra, formação reticular
● Zona incerta do subtálamo: extensão da formação reticular do
mesencéfalo
● Algumas formações cinzentas e brancas lhe são próprias
* núcleo subtalâmico: conecta-se com o globo pálido nos 2 sentidos, através
do circuido pálido-subtálamo-palidal = regulação da motricidade somática
- Síndrome do hemibalismo: lesão do núcleo subtalâmico = movimentos
anormais das extremidades (podem ser muito violentos e não desaparecer
nem com o sono, podendo levar o doente à exaustão)
◊ Feixes de fibras que o atravessam
● Alça lenticular, fascículo lenticular ou campo H2 de Forel, fascículo
talâmico ou campo H1 de Forel, fascículo subtalâmico e fibras do campo pré-
rúbrio (campo H de Forel)
● Fibras do globo pálido: dirigem-se ao tálamo ou ao núcleo subtalâmico
Epitálamo
1. Aspectos gerais
◊ Localização
● Parte superior e posterior do diencéfalo
◊ Formação endócrina
● Glândula pineal
Obs.: órgão subcomissural = espessamento do epêndima; abaixo da
comissura posterior; envolvido na regulação do metabolismo da água e dos
sais minerais; pouco desenvolvido no adulto
◊ Formações não endócrinas
* pertencentes ao sistema límbico = núcleos da habênula, comissura das
habênulas, estrias medulares = relacionadas ao comportamento emocional
● Núcleos da habênula: no trígono da habênula
* ligam-se ao núcleo interpeduncular do mesencéfalo através do fascículo
retroflexo = circuito liga estruturas do sistema límbico ao mesencéfalo
● Comissura das habênulas
● Estrias medulares
* com fibras originadas na área septal e que terminam nos núcleos da
habênula do mesmo lado ou do lado oposto, cruzando-se na comissura das
habênulas
● Comissura posterior
* marca o limite entre o mesencéfalo e o diencéfalo
* com fibras de origem variada
- da área pré-tectal, de um lado, cruzam para o núcleo e Edinger-Westphal,
do lado oposto, intervindo no reflexo consensual
Obs.: tumores da glândula pineal que comprimem a comissura posterior
podem lesá-las = sem reflexo consensual, mas o reflexo motor permanece
intato
1. Generalidades
◊ Localização
● Acima do sulco hipotalâmico
◊ Constituição
● 2 massas ovóides de tecido nervoso
* tubérculo anterior do tálamo: extremidade anterior pontiaguda
* pulvinar do tálamo: extremidade posterior proeminente que se projeta
sobre os corpos geniculados medial e lateral
● Aderência intertalâmica: une as massas ovóides
● Corpos geniculados (medial e lateral)
* podem ser considerados uma parte independente do diencéfalo =
metatálamo
● Substância cinzenta com vários núcleos
● Extrato zonal do tálamo: superfície dorsal revestida por lâmina de
substância branca
● Lâmina medular externa: extensão do extrato zonal do tálamo a sua face
lateral
● Núcleo reticular do tálamo: entre a lâmina medular externa e a cápsula
interna. Lateral.
● Lâmina medular interna: septo formado pela penetração do extrato zonal
no tálamo. Percorre-o longitudinalmente. Ponto de referência para a divisão
dos núcleos do tálamo em grupos.
* núcleos talâmicos anteriores = localizados na área delimitada
anteriormente pela bifurcação em Y da extremidade anterior da lâmina
medular interna
* núcleos intralaminares do tálamo = pequenas massas de substância
cinzenta existentes em seu interior
◊ Limites dos 2 ovóides talâmicos
● Medial: III ventrículo
● Lateral: cápsula interna
● Superior: fissura cerebral transversa e ventrículos laterais
● Inferior: hipotálamo e subtálamo
◊ Partes
= nem sempre levam em conta a orientação em relação aos planos de
constituição do corpo
● Dorsal ou superior: voltada para o vértex do crânio
● Ventral ou inferior: oposta à dorsal
● Anterior: voltada para o pólo frontal do cérebro
● Posterior: voltada para o pólo occipital do cérebro
2. Núcleos do tálamo
● Numerosos
● Divididos em 5 grupos de acordo com a posição
3. Relações tálamo-corticais
◊ Radiações talâmicas
= fibras tálamo-corticais + fibras córtico-talâmicas
● Constituem parte da cápsula interna
● Dirigem-se às áreas sensitivas do córtex: responsáveis pelas conexões
recíprocas entre o córtex e o tálamo
◊ Núcleos talâmicos específicos
● Ao serem estimulados, pode-se tomar potenciais evocados apenas em
certas áreas específicas do córtex, relacionadas com funções específicas
Ex: núcleo ventral póstero-lateral; corpo geniculado medial
◊ Núcleos talâmicos inespecíficos
● Recebem muitas fibras da formação reticular
● O SARA exerce sua ação sobre o córtex através deles
● Em relação às conexões com o córtex, compõem o sistema talâmico de
projeção difusa
4.2 Afecções
◊ Síndrome talâmica
● Causa: lesões de alguns vasos
● O que é: alterações da sensibilidade
* crises da dor central = espontânea e pouco localizada que se irradia a
toda metade do corpo situada do lado oposto ao tálamo comprometido
* sensações desproporcionalmente intensas, desagradáveis e não
facilmente caracterizadas pelos doentes = desencadeadas por estímulos
térmicos ou táteis, mesmo com o aumento do limiar de excitabilidade