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IMUNODIAGNÓSTICO: diagnóstico

laboratorial por meio de técnicas


imunológicas

IMUNODIAGNÓSTICO:
ANTÍGENOS, ANTICORPOS,
INTERAÇÃO ANTÍGENO-
ANTICORPO (sinalizadores) E
HIPERSENSIBILIDADE (Ag)
CONCEITOS BÁSICOS DE
IMUNODIAGNÓSTICO

MÉTODOS MÉTODOS INDIRETOS QUE DETECTAM


DIRETOS QUE COMPLEXO Ag-Ac:
DETECTAM O  Eficiência e Confiabilidade
AGENTE
(isolamento,
etc): por
vezes
resultado
demorado, Conhecimento dos
caro e mecanismos
invasivo. imunopatogênicos e da
cinética da resposta
humoral.
Cinética da produção e
metabolismo do Ag.
CONCEITOS BÁSICOS DE
IMUNODIAGNÓSTICO

Revelam:
Hipersensibilidade a Ags: reações
intradérmicas e percutâneas.
MÉTODOS
INDIRETOS
Presença de Acs ou de Ags no organismo
paciente: ensaios de imunoprecipitação,
aglutinação, fixação do complemento,
neutralização.

Ou imuno-ensaios que utilizam sinalizadores


de interação Ag-Ac: imunofluorescência,
radioimunoensaios, imunoenzimáticos,
quimiluminescência, imunofluorimétricos.
CONCEITOS BÁSICOS DE
IMUNOLOGIA

Reconhecimento específico do Ag pelo


Ac e componentes do sistema
Resposta complemento e TCR.
adaptativa
Especificidade, diversidade.

Distinção entre o “próprio” e “não


próprio”.
CONCEITOS BÁSICOS DE IMUNOLOGIA

Ag: quaisquer substâncias dos agentes infecciosos que


desencadeiam a resposta imune com reconhecimento e
Reação Ag-Ac: produção de Acs e ativação de células do SI.

Ac: glicoproteínas presentes no sangue (inespecíficos


ou específicos).

Reconhecimento: envolve ligações reversíveis e não-


covalentes (pontes de H, interações hidrofóbicas e de
Van der Waals, ligações iônicas).

Avidez e afinidade.
ANTÍGENOS

Toda estrutura capaz de reagir com células do SI ou de


ANTÍGENO
interagir com Ac sintetizado contra si próprio.

PROPRIEDADES

Capacidade do Ag de ativar o
sistema imune e induzir produção
Acs = IMUNOGENICIDADE.
 Para Ag induzir produção Ac: SI
DIFERENCIAR “PRÓPRIO” DO “NÃO
PRÓPRIO”.
LIGAR-SE AO BCR (AC) OU TCR =
ANTIGENICIDADE
ANTÍGENOS

HAPTENOS:

MOLÉCULAS PEQUENAS, COM PESO MOLECULAR


MENOS QUE 4kDa, QUE NÃO SÃO CAPAZES DE
INDUZIR A SÍNTESE DE Acs MAS REAGEM COM Ac
ESPECÍFICO.
DEVEM SER LIGADOS A MOLÉCULAS MAIORES
(CARREADORES) PARA ESTIMULAR SI.

Grupo
Haptênico

Determinante
antigênico ou
epítopo
ANTÍGENOS
Determinante Antigênico:
ANTÍGENOS
Características que influenciam a imunogenicidade dos Ags:

Natureza química
• Proteínas: mais imunogênicas:  peso molecular, composição química complexa,
quanto maior a molécula antigênica maior o número de epítopos.
• Lipídeos: estrutura química simples e baixa estabilidade.
• Ác. nucleicos: simples, flexíveis e rapidamente degradados.
• Carboidratos: moléculas pequenas.
• Lipídeos, ác. nucleicos e carboidratos necessitam de carreadores = bons imunógenos.

Características filogenéticas
• Quanto maior a distância filogenética (=“não próprio”) maior chance de estimular SI.

Tamanho e complexidade da molécula


• Moléculas maiores e mais complexas apresentam mais epítopos aumentando
possibilidade de se ligarem aos receptores de Ags.

Estrutura espacial
• Configuração tridimensional da molécula determina especificidade imunológica
ANTÍGENOS
Características que influenciam a imunogenicidade dos Ags:

Acessibilidade
• Epítopos internalizados na molécula não são vistos pelos linfócitos T e linfócitos B.

Estabilidade
• Maior dificuldade de degradação pelo organismo = melhor resposta imune.

Forma de administração
• Ags administrados com adjuvantes =  títulos de Acs.
• Vias de administração: subcutânea, intramuscular e intradérmica as mais usadas
(não cai diretamente na corrente sanguínea demorando um pouco mais a ser
metabolizada = processo inflamatório e resposta imune).

Hospedeiro Respondedor
• Resposta depende: Herança genética, estado nutricional, competência do SI,
infecções concomitantes e idade.
IMUNOGLOBULINA

Produzidas por plasmócitos.


BCR:
 Constituído pela IgM de membrana (e IgD),
associadas as moléculas invariantes Iga e
Igb.
 Funções na ativação dos linfócitos B:
ativação LB e internalização do Ag para
processamento (diferenças entre Ag
proteico e não-proteico).
Participação de moléculas co-
estimulatórias B7-1 e B7-2/CD28 e
CD40/CD40L (segundo sinal).
Ativação, proliferação e diferenciação.
Resposta primária e secundária: células de
memória.
Estrutura dos Anticorpos (Ac)

Reconhecimento antigênico

Atividades biológicas e
funções efetoras

Ac de membrana: ancorado (Fc)


Ac solúvel: secretado
Estrutura dos Anticorpos (Ac)
CLASSES DE ANTICORPOS
MUDANÇA DE CLASSE
Imunidade da mucosa,
Classes ou isótipos: diferem em
passiva neonatal
suas propriedades físicas e
biológicas e funções efetoras

Receptor cél. B virgem


Estrutura dos Anticorpos (Ac)
INTERAÇÃO Ag-Ac
AFINIDADE AVIDEZ
• Força de ligação do epítopo pelo • Medida da estabilidade geral dos
anticorpo em um único sítio. imunocomplexos entre Ag-Ac.
Quanto maior a afinidade menos • Depende: afinidade intrínseca do
Ac é necessário. Ac pelo Ag; valência do Ac e do Ag
• Acs de alta afinidade: e arranjo geométrico dos
reconhecem uma grande porção componentes.
da estrutura do determinante • Força total de ligação nos sítios.
antigênico específico = melhor
complementaridade.
• Acs de baixa afinidade: reconhece
pequena parte da estrutura,
podendo estes Acs reagir com
moléculas que tenham estruturas
semelhantes, porém com menor
afinidade, ocorrendo reação
cruzada.
INTERAÇÃO Ag-Ac
INTERAÇÃO Ag-Ac
Situações de interação Ag-Ac em diferentes concentrações
dos mesmos (biologicamente significativas)

CURVA DE PRECIPITAÇÃO
INTERAÇÃO Ag-Ac
INTERAÇÃO Ag-Ac
Ligação Ag-Ac não é covalente.
Interações: forças eletrostáticas, pontes de hidrogênio, forças de Van der
Walls e hidrofóbicas.
INTERAÇÃO Ag-Ac

Reações específicas: Acs distinguem pequenas diferenças na estrutura química dos Ags.
Antígeno homólogo: leva a síntese dos Acs.
Antígeno Heterólogo: Ag possui mesmo epítopo, mas não foi utilizado para produzir os
Acs = Reação cruzada

REAÇÃO CRUZADA

• É a interação de um Ac com um Ag (heterólogo) que não tenha sido aquele que


induziu a sua formação (homólogo).
• Essa interação ocorre porque alguns dos determinantes antigênicos são
semelhantes ou pelo fato de dois Ags diferentes apresentarem o mesmo
determinante antigênico.
• Quanto maior a similaridade maior a intensidade da interação.
INTERAÇÃO Ag-Ac

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