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Universidade Federal Rural da Amazônia

Curso de Agronomia
Campus Belém

FISIOLOGIA DA DIGESTÃO EM CAPRINOS

Discentes:
Docente:
Alex Sander Siqueira Silva
Jamile Andréa Rodrigues da Silva
Ester Costa Franco
Leandro Flexa dos Anjos
Marcos Lopan Fernandes de Almeida
Maria de Fátima Puget Melo
CLASSIFICAÇÃO
TAXONOMIA:
Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Mammalia
Ordem: Artiodactyla
Família: Bovidae
Subfamília: Caprinae
Gênero: Capra

Fonte: Google Imagens


CLASSIFICAÇÃO
Van Soest (1994) classifica os ruminantes em três classes principais, de acordo com os seus hábitos alimentares:

1) animais que selecionam alimentos concentrados;

2) animais selecionadores intermediários;

-adaptados - consumo de gramíneas;


- consumo de dicotiledôneas herbáceas
e brotos e folhas de árvores e de arbustos;

3) animais utilizadores de volumosos


Fonte: Google Imagens
HÁBITOS ALIMENTARES
Caprinos Outros ruminantes
Seletivos
Seletivos

Gastam
Gastam cerca
cerca de
de
Utilizam
Utilizam água
água de
de
forma
um
um terça
terça do
do tempo
tempo
forma mais eficiente
mais eficiente
que de
de pastejo,
pastejo,
que bovinos
bovinos ee ovinos
ovinos
caminhando;
caminhando;

Apresentam
Apresentam maior
maior Lábios
Lábios bastante
bastante
taxa
taxa metabólica
metabólica que
que móveis
os
móveis ee
os bovinos
bovinos permitem
permitem um
um
pastejo
pastejo mais
mais rente;
rente;

Apresentam
Apresentam
comportamento
comportamento Preferência
Preferência por
por folhas
folhas aa
cíclico;
cíclico; caules;
caules;

A
A ingestão
ingestão de
de alimentos
alimentos éé
rápida,
rápida, mas
mas aa mastigação
mastigação
éé bem
bem mais
mais demorada;
demorada;
EFICIÊNCIA DIGESTIVA
Caprinos Outros ruminantes

Maior taxa de fermentação no rúmen;

Remastigação ou ruminação mais


demorada;

Maior taxa de movimentos do


alimento no rúmen;

Natureza da dieta;

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Maior atividade microbiana no rúmen.
FATORES RESPONSÁVEIS PELA DIGESTÃO

• Mastigação, deglutição,
Fatores
regurgitação, motilidade gástrica e
mecânicos intestinal.

Fatores • Atividades das glândulas


secretórios digestivas
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Fatores • Enzimas
químicos

Fatores
microbiano • Atividades secretoras dos
microorganismos
s

Fonte: Google Imagens


TRATO GASTRO INTESTINAL

Apreensão de Alimentos (captação) e o início da digestação

• Inicia-se com a introdução dos alimentos na


cavidade oral (boca);

• Utilizam os dentes incisivos inferiores e a língua


para apreensão;

• O alimento sofre apenas uma ligeira mastigação


com auxílio dos dentes molares;

• A mastigação quebra das partículas em


tamanhos adequados. Fonte: Google Imagens Fonte: Google Imagens
TRATO GASTRO INTESTINAL
Saliva
• Glândulas salivares parótidas, submandibulares e sublinguais

- Saliva tipo serosa eletrólitos, água e não tem mucina;

- Saliva tipo mucosa alto teor de mucina, pouco eletrólitos e água

- Saliva tipo mista mistura de secreção serosa e mucosa

Amacia e Ajuda a manter o Secretada de 3


pH do rúmen
É alcalina; umedece o próximo da a 5 litros por
alimento; neutralidade; dia.

Deglutição

O bolo Em seguida Passagem Fonte: Google Imagens


alimentar é Regurgitação
ele passará pela cárdia
conduzido pela
ao esôfago; ao rúmen; da digestão.
língua a faringe;
TRATO GASTRO INTESTINAL
Digestão mecânica
Inicia-se a partir da deglutição (boca), onde o alimento sofre ação
da mastigação;

Após mastigado o bolo alimentar é engolido;

O bolo alimentar passa pelo cárdia indo direto para o rúmen

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Movimentação ruminal

O reticulo nesse caso funciona como um "marca passo" do processo e


começa assim a ruminação.
TRATO GASTRO INTESTINAL

Rúmen
• Compreende 71% do estômago no total;
• Câmara de fermentação;
• É o maior dos compartimentos;
• Abriga uma população microbiana;
• Ação da flora ruminal (bactérias e protozoários); Fonte: Google Imagens

• Processo de ruminação.
• Produção AGV’S

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TRATO GASTRO INTESTINAL

Retículo
• Compreende 8% do estômago no total.
• Menor dos pré-estômagos;
• Formato de favos de mel;
• Apresenta um movimento constante (em sintonia
com do rúmen);
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• Estrada de passagem (seleção de partículas);
• Participa do processo de ruminação;
• Somente partículas de menor tamanho ( 1.2 g/ml)
vão para o terceiro estômago;

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TRATO GASTRO INTESTINAL
Ruminação
•Processo reverso da deglutição;  
•A cabra e a ovelha ruminam de sete a oito horas por dia e
cerca de 75% da sua atividade efetua-se sobretudo a noite;
•Calma e tranquilidade ambiental.

Períodos de ruminação
• Um feno de baixa qualidade trânsito mais lento que
forragens de melhor qualidade;
• Alimentos com maior teor de conteúdo celular e menor de Fonte: Google Imagens

parede celular maior tempo de ruminação.


TRATO GASTRO INTESTINAL
Omaso
• Compreende 2% do estômago no total;
• Localiza-se do lado direito do retículo-rúmen, apresenta
um formato esférico;
• Membrana mucosa queratinizada com numerosas
pregas primárias folheadas (papilas menores);
Fonte: Google Imagens
• Lâminas musculares no seu interior;
• Responsável pela absorção de água, de minerais, e
reduz partículas alimentares;
• Contrações omasais.

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TRATO GASTRO INTESTINAL
Digestão química
Inicia no abomaso e se estende pelo
intestino delgado;

O abomaso atua de maneira semelhante ao


estômago de animais não-ruminantes;

Bolo alimentar irá ser digerido pelas enzimas.


DIGESTÃO
QUÍMICA

Presença do suco gástrico e secreções Fonte: Google Imagens


hepáticas, pancreáticas;

- Quimosina ou coalho (coagulação da caseína do


leite)
- pepsina, lípase, ácido clorídrico, etc.,
TRATO GASTRO INTESTINAL
Abomaso
• Compreende 19% do estômago no total;

• Região glandular do estômago dos ruminantes;


• Tubo dilatado (ação enzimática e hidrolítica do suco gástrico);
• Mucosa mais úmida com pregas longas e altas;
• Ondas de contração peristáltica; Fonte: Google Imagens

• Secretados pelas glândulas são:


-enzimas (pepsina) e precursor (pepsinogênio),
-hormônios (gastrina),
-ácidos (ácido clorídrico - HCl) e água

Fonte: Google Imagens


TRATO GASTRO INTESTINAL
Neonatos
 Goteira esofágica

Rúmen Retículo

• Adultos aberta;

• Filhotes movimento de sucção do leite faz com que ela se Fonte: Google Imagens

dobre leite passa diretamente para o abomaso.

• Recém-nascidos Rúmen + Retículo = 30%


Omaso + Abomaso= 70%

• 3 a 4 meses Rúmen + Retículo = 73,7%


Omaso + Abomaso= 27,3%
Fonte: Google Imagens
TRATO GASTRO INTESTINAL
Intestino Delgado
• Tubo estreito (não passa da grossura de um dedo);
•Pode alcançar de 20 a 25 metros de comprimento em que
compreende três partes:
duodeno: que se estende ao longo da parede abdominal;

Jejuno e o Ílio: que formam circunvoluções sustentadas e


protegidas pelo mesentério.
• Término da digestão química;
• Glândulas acessórias
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-Intestinais lactase, maltase e sacarase

- Pâncreas tripsina, quimiotripsina e amilase pancreática

- Fígado não produz enzimas

• Bile Digestão mecânica de lipídeos;


• Projeções papilares. Fonte: Google Imagens
TRATO GASTRO INTESTINAL
Intestino Grosso
• É bem mais curto, com 4 a 8 metros;
• Composto exclusivamente pelo:

 Ceco: medindo de 25 a 35 cm, com um volume que pode


superar 1 L;

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 Colón: -Ascendente forma espiral

Dividido em três porções: -Transversa Completam a


absorção da água
-Descendente

• O colón descendente acaba no reto comunica com o


exterior pelo ânus esfíncter anal.

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TRATO GASTRO INTESTINAL
Intestino Grosso

 Fezes
•Formação pelos músculos na parede do cólon;
• Consistência firme em forma de bolotas melhor aproveitamento de água.

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CONCLUSÃO

A dieta dos caprinos se adequa a disponibilidade de alimentos, e ao contrário do que


se pensa eles são animais capazes de distinguir sabores. Degradam as fibras, através da
microbiota existente no rúmen obtendo grandes fontes de energia. Fibra essa de
fundamental importância para manter as condições ideias dentro do rúmen e
consequentemente manter a saúde do caprino.
Possuem um aproveitamento hídrico incomparável, permitido a sobrevivência em
ambientes áridos como Nordeste Brasileiro. Por fim os animais ruminantes, são
fundamentais na cadeia alimentar, possuindo um estômago desenvolvido e especializado,
capaz de sintetizar alimentos de baixa qualidade e digestibilidade, como pasto
transformando-os em proteína de alta qualidade, não só para o ser humano mas para seus
predadores naturais.
REFERÊNCIAS
• https://www.scielo.br/pdf/bjvras/v40s2/25949.pdf

• https://www.scielo.br/pdf/rbz/v37n6/v37n6a17.pdf

• https://www.scielo.br/pdf/rbz/v38n5/16.pdf

• http://www.slideshare.net/lmflorez/sistema-digestivo-de-cabras-y-cv

• http://pt.scribd.com/doc/54821987/Anatomia-do-aparelho-digestorio-de-ruminantes-e-nao-ruminantes
OBRIGADO!!!

mfatimapuget@gmail.com

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