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Mordida Cruzada

OCLUSÃO NORMAL: dentes superiores ocluem vestibularmente aos dentes inferiores. Ou Então, crescimento se torna assimétrico em função do estímulo constante que a criança
seja, quando os dentes superiores ocluem por lingual. sofreu para gerar assimetria. E esse crescimento assimétrico pode ser: GENÉTICO,
ALTERAÇÃO DE CRESCIMENTO, FUNCIONAL.
CLASSIFICAÇÃO
MORDIDA CRUZADA POSTERIOR DENTÁRIA
- ANTERIOR ou POSTERIOR.
Temos a base óssea maxilar/mandibular com dimensões transversais normais e uma
- UNILATERAL ou BILATERAL.
alteração na inclinação axial, ou seja, sentido vestíbulo lingual dentes cruzados alterado.
1. DENTÁRIA.
- É mais comum em dentes posteriores e pode ser uni ou bilateral.
2. DENTO-ALVEOLAR.
3. FUNCIONAL. - É muito comum nos 1ºMS.
4. ESQUELÉTICA.
- Dente cruzado ele foge do contorno do arco.
CARACTERÍSTICAS GERAIS
PORQUE DENTE NASCE CRUZADO, SE TEM BASE ÓSSEA NORMAL?
1º NÃO SE AUTO CORRIGE: Dente cruzado só descruza se aplicar uma força ortodôntica
- Retenção prolongada que gera alteração da trajetória.
ou ortopédica sobre o dente. Pode acontecer do permanente erupcionar descruzado, mas,
o dente cruzado em si não descruza sozinho. - Fibrose gengival, odontoma, hábitos, alterações ambientais.

2º DEVE SER TRATADAS MAIS CEDO POSSÍVEL: Dente cruzado pode sofrer cargas - Alteração na ordem de erupção dos dentes.
oclusais indevidas e levar ao desgaste do dente.
INVERSÃO NA SEQUÊNCIA DE ERUPÇÃO: Dentro da sequência normal o 1ºMI erupciona
Além de poder assumir uma posição errada/alterada no osso alveolar e levar danos antes do 1ºMS, quando temos uma erupção invertida o superior antes do inferior, temos
periodontais. Como nos Incisivos vestibularizados que acabam saindo do alvéolo, raiz fica mais chance de ter mordida cruzada. Pois, 1ºMS nasce e a bochecha empurra para dentro.
com menos osso e pode gerar retração (danos periodontais).
TRATAMENTO: como problema é dentário, devemos fazer movimentação ortodôntica.
Dente cruzado ou arcada cruzada faz com que a criança cresça sobre estímulos errados.
- ELÁSTICOS (deve usar tempo inteiro).
Como se no crescimento transversal e lateral da maxila, restrito pois, mandíbula trava
crescimento da mandíbula e o estímulo funcional do crescimento está alterado. - PLACA COM MOLA.

3º MAIORIA MC NA DENTIÇÃO DECÍDUA É DE ORIGEM AMBIENTAL ou FUNCIONAL: Tracionamos MS para Vestibular e o MI para lingual para descruzar mordida com elástico
Não é por alteração genética a mordida cruzada e sim por hábitos ou fatores ambientais intermaxilar. Com um botão preso na banda vestibular do MI e outro na banda lingual do
que levou alteração na posição dos dentes e desenvolvimento dento-alveolar. MS e um elástico realizamos força reciproca inferior para lingual e superior para
vestibular.
4º SENTIDO TRANSVERSAL DEVE SER TRATADO PRIMEIRO: O sentido transversal
deve ser tratado antes do sentido sagital ou vertical, para obter o destravamento - Elástico intermaxilar 1/8 médio.
transversal ocluso articular.
- Cuidar extrusão dentária.
Uma má oclusão transversal pode ter consequências sobre crescimento assimétrico,
sempre tratamos primeiro a mordida cruzada.
EXTRUSÃO DENTÁRIA: ao puxar para vestibular temos uma força horizontal (extrusão), Como problema está localizado nos dentes e alvéolos, queremos o movimento ortodôntico e
não há como excluir a força pois, ela está acompanhada mas, podemos diminuir os efeitos ortopédico LEVE, apenas em processos alveolares que movimente apenas dente e alvéolo.
da extrusão.
Para expansão dentoalveolar, utilizamos os aparelhos:
PACIENTES EM CRESCIMENTO: não há problema pequenas forças de extrusão.
- Removíveis com parafuso.
PACIENTE ADULTO: pouca extrusão resulta em diferenças oclusais, gerando o contato
- Fixos com quadriélice.
prematuro. Unir mais dentes na vestibular para não deixar molar estruir.
1º APARELHO EXPANSOR REMOVÍVEL COM PARAFUSO: Aparelho com grampos de
- Diminuir a tendência vertical.
retenção, parafuso no meio na linha dos pré-molares.
Se colocar um botão na cúspide a borrachinha tende ter inclinação menor. Então, colar
ATIVAÇÃO: 1/4 de volta por semana, para expansão lenta da maxila.
botão mais oclusal possível para que elástico fique menos inclinado.
- A direção do giro marcada pela flecha.
ANCORAGEM: quando queremos resistência ao movimento dentário não desejado,
adicionamos mais dentes de apoio, para ter movimento menor na região onde não deseja 1 volta no parafuso = 0,8mm de expansão e 1/4 de volta = 0,2mm de expansão.
movimentar.
- Pacientes menos colaboradores ativamos a cada duas semanas, se ativar mais rápido não
PLACA COM MOLA: opção quanto ao uso do elástico. encaixa o aparelho.

Para casos que observamos quando molar superior erupciona antes do inferior e não tem - Velocidade de ativação deve ser compatível com a expansão da boca.
como colocar botão no molar inferior pois, está erupcionando ainda, podemos confeccionar
placa com mola, vestibular o dente superior precoce antes que cruze. LOCALIZAÇÃO: altura dos 1ºPM ou molar decíduo, mais profundo possível e paralelo ao
plano oclusal ou perpendicular ao sagital médio, seguindo a rafe mediana.
ATIVAÇÃO: 1mm a 1,5mm a cada 3 ou 4 semanas para vestibularizar o dente.
SOBRECORREÇÃO: expandimos mais que necessário para compensar recidiva, expande
MORDIDA CRUZADA POSTERIOR DENTO-ALVEOLAR um pouco mais que necessário (1 a 2mm a mais).

Temos mais dentes envolvidos no cruzamento dentário, onde processo alveolar fica com CONTENÇÃO: Deve ser feita com próprio aparelho de 4 a 6 meses, pode ser feito em 4
inclinação errada. A base óssea é normal mas, o processo alveolar dos dentes fica com meses pois, expansão é lenta, há um período durante ativação para remodelação. Podendo
contorno inadequado. ser menor que a do disjuntor.

BASE ÓSSEA: acima do ápice das raízes. 2º APARELHO FIXO QUADRIÉLICE: não é um aparelho prático, gera intercorrências se a
banda se descola.
Então é quando os processos alveolares estão inclinados para lingual. Tem uma dimensão
transversal normal, mas, os dentes estão inclinados. Ativação: paciente fica durante um mês com aparelho ativado,

- Pode ser uni ou bilateral. Para ativar temos que descimentar o aparelho.

- Comum na dentição mista. MORDIDA CRUZADA POSTERIOR FUNCIONAL

- Apenas em dentes posteriores. Ocorre desvio mandibular após contato prematuro promovendo o cruzamento da mordida
no lado de desvio. Sempre unilateral.
- Processos alveolares inclinados lingualmente.
Ao fechar em máxima intercuspidação desvia mandíbula para o lado do desvio funcional
TRATAMENTO: expansão lenta da maxila.
gerando um cruzamento.
Dentes mais comuns são caninos ou segundo molar decíduo. - Em pacientes adultos, quando não há mais crescimento e as suturas craniofaciais e são
interdigitadas indicamos expansão cirúrgica assistida.
MORDIDA FUNCIONAL ou ASSIMETRIA ESQUELÉTICA?
HASS: dentomucossuportado.
Temos que manipular o paciente em relação cêntrica, puxar o queixo e ir fechando devagar
até achar o contato, se achou e desviou porque temos desvio funcional. - Acrílico garante maior ganho esquelético.

- Em relação cêntrica não há cruzamento posterior e há o contato prematuro. - Difícil higienizar e absorve mais bactérias, desconforto é maior.

TRATAMENTO: remoção do contato prematuro. HYRAX: dentossuportado.

1º DESGASTE: desgaste da cúspide, onde há contato prematuro. - Mais higiênico e confortável.

Se for paciente mais jovem desgastar canino é uma possibilidade menor pela sensibilidade. MCNAMARA: sem bandas e cobertura de acrílico. Indicado para dólicofaciais, ao morder
no acrílico realizada forças de intrusão e controlaria crescimento vertical.
2º MOVIMENTO DENTÁRIO: movimentar dente com aparelho expansor removível com
mola ou parafuso. - Aparelho que cai muito (não tem banda nem resina) e não é higiênico.

3º PLANO INCLINADO: criação de um plano inclinado com resina composta. MONTAGEM: Um dente de cada lado tem que ter banda (coroa deve estar totalmente
exposta). Se não puder ser 1ºMP podemos usar 2ºMD.
MORDIDA CRUZADA POSTERIOR ESQUELÉTICA
- Pelo menos mais dois dentes com boa condição de raiz para suportar o aparelho, no mínimo
Temos um comprometimento do crescimento esquelético no sentido transversal da maxila,
4 dentes devem estar inclusos no apoio da disjunção.
nesses casos os dentes estão bem posicionados, mas, a base óssea maxilar está atrésica,
contraída, não se desenvolvendo no sentido transversal. ATIVAÇÃO: o mesmo protocolo para ambos os aparelhos.

- Dentes bem posicionados. APOIADO EM DENTES PERMANENTES:

- Osso basal atrésico, estreito e contraído. 1º 4/4 volta no dia da instalação.

- Atresia total do arco superior no sentido transversal (deficiência real da maxila). 2º 2/4 de volta por dia (1/4 de manhã + 1/4 de noite).

- Pela curva de Wilson, determinamos se o dente está bem posicionado ou não. APOIADO EM DENTES DECÍDUOS: dentes decíduos apresentam raízes menores, assim,
proporcionam menos suporte para disjunção.
É uma linha traçada na ponta das cúspide vestibular e cúspide palatina dos superiores.
E como são crianças mais novas, suturas estão fáceis de abrir, não precisa de muita força,
CÚSPIDES DE TRABALHO:
pode ser mais lenta e o osso é mais maleável, corre risco de fratura da tábua óssea e leve
CS: palatina. deformação no nariz ou hematoma na região. Então, realizar ativação menos rápida.

CI: vestibular. 1º 2 ativações ao dia da instalação.

TRATAMENTO: manter inclinação dentária e disjuntar, promover crescimento transversal 2º 1/4 de volta ao dia.
da base óssea maxilar (aparelhos ortopédicos).
- Avaliação do paciente é semanal, para determinar se continua ativando ou não.
APARELHOS DE EXPANSÃO RÁPIDA DA MAXILA (disjuntores Hass ou Hyrax).
SOBRECORREÇÃO (até quando ativamos): até a vertente vestibular da cúspide palatina do
DISJUNTOR: separar as duas hemi-maxilas, separar as suturas palatina mediana. 1ºMS tocar na vertente lingual da cúspide do 1ºMI, então expandimos até esse momento.
Efeitos da Expansão Rápida da Maxila ANCORAGEM: quanto mais dentes na ancoragem, mais efeito esquelético, mais se ganha.
Então, sempre apoiar em mais dentes ou colocar mini-implantes.
- Alargamento da cavidade nasal.
Crescimento Maxilar Transversal = MOMENTO IDEAL
- Separação da sutura palatina mediana.
Aos 12 anos todo crescimento transversal está completo. E a mordida cruzada não se auto
- Expansão dos processos alveolares.
corrige e o crescimento transversal se encerra cedo.
- Espaço para alinhamento dos dentes.
Então, a maior velocidade de crescimento ocorre entre 6 a 11 anos, mas, depende do sexo
1º SEMANA: dentes inclinam para vestibular (movimento ortodôntico). Expansão alveolar do indivíduo mas, essa é a janela de maior intensidade para disjunção.
dentes vestibularizam.
Porém, além do crescimento é preciso ter dentes com suporte.
2º SEMANA: diastema, sinal clínico da separação das hemi-maxilas (disjunção maxilar)
ATÉ 6 ANOS: temos condição de fazer aparelho com bom suporte, pois, temos dentes
(movimento esquelético, expandiu base óssea maxilar).
decíduos com raízes integras, dos 4 aos 6 anos, mas, falta compreensão.
- Se separou as maxilas, temos alargamento da cavidade nasal.
DOS 6 AOS 9 ANOS: entramos no 1º período transitório (dentição mista), temos molares
- Efeitos dentários dentoalveolares e esqueléticos. permanentes e incisivos erupcionando.

- Mordida aberta (abertura transitória da mordida) pelo contato prematuro das cúspides. - Temos 1º MP para usar como apoio, 2ºMD com boas raízes para suportar o aparelho.

Após estabilizamos com o próprio aparelho como contenção para sutura e ossos se - Temos boa condição para disjunção, dentes com raízes longas e criança aceita.
remineralizarem. E a sutura se mineraliza e o diastema fecha espontaneamente.
- Suturas faciais pouco interdigitadas facilita uma disjunção mais suave.
Ele se fecha pois, os dentes com fibras periodontais do tipo transceptais são fibras que
DOS 9 AOS 11 ANOS: segundo período transitório, 1ºMP e 1ºPMP (erupcionando) em boca,
unem dente a dente, passam pelo processo alveolar e ao disjuntar ficam estiradas e depois
2ºMD e CD com raízes curtas.
voltam, como um elástico.
- Pouca ancoragem, então, esse período temos que aguardar o 1ºPM erupcionar bem e servir
E a mordida abertura melhora sozinha, porque o contato prematuro vai melhorando.
de apoio para aparelho.
Os dentes verticalizam e os inferior expandem como reflexo da disjunção.
- Nessa idade, começa as suturas que eram interdigitadas, lisas e livres a embricas e
Com a disjunção, proporcionamos espaço aos dentes, melhora estética, alinhamento dos interdigitar dificultando a disjunção e precisando de mais ancoragem.
dentes, descruzar mordida ou defeitos funcionais, além e características respiratórias.
APÓS 11 ANOS: os dentes trocam e estamos próximo da dentadura permanente, com mais
Alargamos o nariz e o septo nasal fratura (se remodela depois), mas, temos um alargamento dentes para suporte. Porém, as suturas estão embricando cada vez mais e ossos podem se
da cavidade nasal, com aumento do volume nasal e diminuição da resistência da área nasal unir e dificulta mais a disjunção.
auxiliando paciente um benefício na respiração.
ZONAS DE RESISTÊNCIA A DISJUNÇÃO
Se ativamos 8mm o parafuso quanto há de ganho esquelético efetivo?
Quando ativamos o aparelho com parafuso na 1º semana forças são concentradas aos dentes
Via de regra 50%, se ativamos 8mm ganhamos em alargamento maxilar 4mm o restante são e após transfere ao osso, mas resiste ao movimento pois, temos pilares e zonas de
os dentes que vestibularizam nos processos alveolares. resistência a disjunção:

Porém, o ganho esquelético varia de acordo com idade esquelética do paciente, ossos mais - Sutura palatina mediana.
densos e embricados são mais difíceis de separar.
- Sutura zigomático maxilar. TRAUMATISMOS:

- Sutura frontonasal. 1º Paciente adulto com suturas grudadas que não consegue disjunção, apenas cirúrgica.

- Sutura pterigopalatina. 2º Descolou ou descimentou a banda.

As suturas estão interdigitadas e dificulta disjunção. Então, a disjunção não separa apenas 3º Fio no acrílico: se o acrílico não abraça o fio, fica solto e machuca mucosa, pode
a sutura palatina mediana, mas mobiliza todos os pilares de sustentação da maxila. esquemiar.

Quando em pacientes adultos, não é a sutura palatina que impede disjunção mas, o pilar que 4º Solda mal feita.
sustenta a maxila. Então, maior resistência e a medida que ativamos o aparelho abre a
Há outro tipo de mordida cruzada: esquelética causada pelo crescimento assimétrico da
sutura, mas, o pilar lateral funciona como uma coluna.
mandíbula.
Por esse motivo que deixamos 6 meses com disjuntor parado para contenção das demais
suturas e pilares para se remodelarem.

- DISJUNÇÃO CIRÚRGICA ASSISTIDA.

- DISJUNÇÃO APOIADA EM MINI-IMPLANTES.

MOMENTO IDEAL: dos 6 aos 8 anos, com raízes integras do aparelho, suturas faciais
pouco interdigitadas. Nas meninas quanto mais cedo melhor.

SOBRECORREÇÃO: vertente vestibular da cúspide palatina dos dentes superiores oclui


contra vertente da cúspide palatina/lingual da cúspide vestibular dos caninos inferiores.

Ao ver isso paramos a disjunção, caso passe teremos uma mordida cruzada invertida e não
volta sozinho.

PASSO A PASSO

1º ELÁSTICO SEPARDOS (nos dentes que colocar as bandas).

2º SELEÇÃO DAS BANDAS + MOLDAGEM DE TRANSFERÊNCIA.

3º CONFECÇÃO DO APARELHO.

4º ELÁSTICO SEPARADOR.

5º INSTALAÇÃO (cimentação).

6º ORIENTAR ATIVAÇÃO (4 voltas no dia e 2/4 ao dia).

7º RETORNO SEMANAL (até haver disjunção adequada).

8º DISJUNÇÃO ADEQUADA (estabilizamos parafuso, fio de amarrilho ou RC).


Diastemas Interincisal
CONTATOS INTERPROXIMAIS: a falta de contato interproximal pode gerar danos ao Diastemas em outros locais, podem ser por alteração morfológica dentária, microdontia,
periodonto com impactação alimentar, problemas fonoarticulatórios, estética e funcional. dente menores, alterações oclusais e funcional da língua ou síndromes.

CONCEITO: ausência do contato entre dois ou mais dentes consecutivos. Microdontia relativa: dente tamanho normal, mas, base óssea grande.

- Pode ser parte do desenvolvimento normal ou desvio da normalidade. Microdontia verdadeira: base ósseo normal, mas, dente pequeno.

- Causa desconforto estético e/ou funcional. DIASTEMAS GENERALIZADOS: são fáceis de tratar mas, dificil de conter, pois, temos
a língua causando expansão (preciso educar a língua tonicidade e postura lingual).
INCIDÊNCIA: varia conforme a idade dentária do paciente.
CLASSIFICAÇÃO: quanto ao seu tamanho.
Na fase dos 6 a 9 anos, temos uma taxa alta e a medida que os anos evoluem o diastema
diminui. Porque as crianças têm mais pela troca dentária. PEQUENO: até 2mm, fecham espontaneamente ao longo dos anos, não requer intervenção.

Na fase dentição decídua temos arco tipo I de baume (diastemas generalizados). MÉDIO: entre 2 a 6mm.

No 1º período transitório, temos a fase do patinho feio (incisivos erupcionam inclinados GRANDE: mais de 6mm.
para vestibular e para distal).
Quanto maior diastema, menor probabilidade de o canino fechar com sua erupção e maior
Isso ocorre pelo canino superior se forma com a coroa próximo ao ápice das raízes dos probabilidade de intervenção.
incisivos permanente, fazendo força para coroa inclinar para distal.
A solução para o diastema parte de nós detectar seu FATOR ETIOLÓGICO, remover o
Após, maior queda dos diastemas é entre 9 a 10 anos, com erupção dos caninos que fecham fator e realizar fechamento.
espontaneamente o diastema e mudam inclinação dos laterais para mesial. Então, diastema
Devemos observar:
se fecha sozinho.
1º ERUPÇÃO DOS INCISIVOS LATERAIS E CANINOS.
Além disso, tendência é os diastemas fecharem sozinho, pelo fenômeno do componente
anterior de força, dentes migram para mesial ao longo dos anos. 2º INCLINAÇÃO DOS INCISIVOS CENTRAIS.

Porém, diastemas variam conforme idade e existem fases da dentição onde são comuns: 3º OVERBITE E OVERJET.

1º Arco tipo I de Baume (dentição decídua). A sobremordida é um fator para diastema e inclinação normal dos dentes é para mesial,
levemente inclinados.
2º 1º período transitório.
TIPOS DE DIASTEMAS INTERINCISAIS
LOCALIZAÇÃO: diastemas podem ser em qualquer lugar da arcada, são classificados
quanto a sua localização. 1º LONGO EIXO DOS INCISIVOS PARALELOS.

Pode ser LOCALIZADO (se restringe a 2 dentes) ou GENERALIZADO (espaço entre vários 2º DIVERGÊNCIA ENTRE INCISIVOS.
dentes).
3º INCLINAÇÃO VESTIBULAR DOS INCISVOS.
Diastema interincisal (na linha média). Sendo o mais dificil de se fechar sozinho.
1º LONGO EIXO DOS INCISIVOS PARALELOS 3º INCLINAÇÃO LABIAL EXAGERADA

Temos incisivo longo eixo paralelo entre si, o fator etiológico está mais apical, ou seja, a - Pacientes classe II (lábio atrás dos incisivos que projeta eles).
nível ósseo. Problema está dentro do osso.
- Lábio hipotônico.
Pode ser:
- Overjet acentuado.
- Mesiodentes, supranumerário, odontoma.
TRATAMENTOS
- Coalescência imperfeita da rafe mediana (devia estar fusionada/embricada).
1º Após a erupção dos caninos.
Em alguns as fibras que deveriam ser transceptais e unir os dentes, invaginam vão para
2º Movimento ortodôntico.
dentro do osso e criam falta de coalescência.
3º Restauração.
- Discrepância entre base óssea e tamanho dentário (dentes pequenos com base óssea
grande os dentes ficam na vertical). Regra geral é pacientes com diastema inter-incisivo pequeno a médio, aguardamos erupção
dos caninos. Pois, ao erupcionar pode inclinar incisivos para mesial e fechar diastemas.
- Agenesia ou microdontia dos laterais. Com esses fatores os dentes são forçados ficar
para distal, criando um diastema com longo eixo paralelo. Se o canino erupciona e permanece diastema, temos duas opções:

2º DIVERGÊNCIA ENTRE INCISIVOS ORTODONTIA: fechar mesialisando os dentes, mudando inclinação, corrigir sobremordida.

Outra forma da inclinação distal da coroa é pela divergência dos incisivos, mas, este RESTAURAÇÃO: reanatomizar os dentes (aumentar seu tamanho).
problema está a nível gengival normalmente por:
Se temos dente estreito podemos aumentar, mas se temos dente largo e alargar mais pode
- Inserção volumosa e palatina do freio labial, faz com que as coroas abram e a raiz fique ficar quadrado. Devemos manter as proporções.
divergente para incisal. (patológica).
INCISIVOS PARALELOS: em casos com diastema maior que 2mmé preciso colocar
- Fase do patinho feio (fisiológica). aparelho fixo.

INSERÇÃO DO FREIO LABIAL: é de alta a média (próxima ao fundo de vestíbulo). Se colocar mola, eles inclinam muito até encostar, ficando desarmônico. Então, precisamos
que dente se movimente para mesial (corpo e raiz) e apenas aparelho fixo faz essa função.
Assim, o freio se baixo pode criar diastemas e os incisivos terem inclinação distal da coroa.
Vamos tracionar o lábio superior e observar se esquemiar, se ficar esbranquiçado é sinal DIVERGÊNCIA ENTRE INCISIVOS: aparelho removível.
clínico de que as fibras do freio se inserem no osso.
Podemos utilizar uma mola na distal do dente, até encostar na mesial e fechar. Mas,
Então, se esquemiar a frenectomia está indicada. Porém: aparelho com molas só é indicado quando há divergência entre incisivos, pois, ele inclina,
raiz não vem junto apenas inclina a coroa. E para pôr a mola é preciso ter espaço entre
- Frenectomia mais profunda, corta dentro da papila e remove tecido de inserção que vai
central e lateral.
até a palatina.
Então, aparelhos removíveis com mola: incisivos com divergência e espaço para encaixar a
- Fica uma cicatriz, que é tecido fibroso (tão mais forte que a removida).
mola.
Por isso, quase nunca realizamos frenectomia preventiva, pois, tecido que se forma nessa
Tratamos diastemas antes do canino erupcionar em casos de falta de espaço para
região é tão ou mais fibroso que o próprio freio que impede o fechamento natural do
erupcionar (exceções).
diastema.
Ou podemos utilizar o aparelho fixo, muitos casos o aparelho com mola é inviável. Assim,
com fixo melhoramos inclinação dos dentes, intruímos e corrigimos sobremordida e
fechamos diastema.

Podemos usar o aparelho fixo para corrigir sobremordida, usamos também elástico
corrente para fechar o espaço. Se os caninos não erupcionarem podemos por contenção
móvel para segurar o espaço.

FRENECTOMIA: ao fechar diastema pode acontecer:

1º Fibras do freio são comprimidas e organismo reabsorve as fibras = não precisa de


frenectomia.

2º Fibras do freio não reabsorvem e hiperplasia = frenectomia.

A frenectomia deve ser feita após início do fechamento do diastema. Então, é regra se
reabsorvem as fibras após inicio do fechamento não precisa, mas, se não reabsorvem e cria
hiperplasia e dor temos que realizar a frenectomia.

- Aguarda a erupção dos caninos.

- Movimento ortodôntico.

- Avaliação das fibras.

VESTIBULARIZAÇÃO DOS INCISIVOS: lingualizar os dentes com aparelho fixo.

CONTENÇÃO: pode ser fixa (se tem tendência a abrir) ou móvel.

- Evitamos contenção fixa em crianças, realizamos na permanente.

- Frenectomia não garante estabilidade.

TESTE: em dentes permanentes, no final do tratamento deixamos dois dias sem fio, se
diastema se abre temos que colocar contenção fixa se não pode usar contenção móvel para
dormir.

Na dentição mista, contenção necessária principalmente quando dentes estão em erupção.

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