Você está na página 1de 39

Fisiologia Oral e

Oclusão

PRINCÍPIOS DA OCLUSÃO
PRINCÍPIOS DA OCLUSÃO
“A oclusão é a relação estática e dinâmica
entre as superfícies oclusais dos dentes, que
devem estar em harmonia com as demais
estruturas do sistema estomatognático."
PRINCÍPIOS DA OCLUSÃO
Histórico do Conceitos sobre Oclusão
● A primeira descrição da relação oclusal dos dentes foi feita por
Edward Angle em 1899.

- Classe l: A cúspide mesio-vestibular do primeiro molar superior oclui


no sulco central do primeiro molar inferior.

- Classe ll: A cúspide mesiovestibular do primeiro molar superior oclui


mesialmente ao sulco central do primeiro molar inferior.

- Classe lll: A cúspide mesio-vestibular do primeiro molar superior


oclui distalmente ao sulco central do primeiro molar inferior.

Classe I de Angle Classe II de Angle Classe III de Angle


Edward Angle em 1899.
Edward Angle
Edward Angle

● Classe II- divisão 1º


- Ocorre a protrusão dos incisivos
superiores que apresentam uma
inclinação axial labial. A forma da arcada
se assemelha a um "V", está geralmente
associada com funções musculares
anormais, respiração bucal ou hábitos
de sucção de dedo ou língua.
Edward Angle

● Classe II - divisão 2º
- Os incisivos superiores estão com
inclinação axial vertical ou lingual. O
arco superior geralmente apresenta-
se achatado na região anterior,
devido à inclinação lingual excessiva
dos incisivos centrais superiores.
Edward Angle

● Classe ll, divisão 1º ou 2º, Subdivisão: direita e esquerda


● Classe lll, Subdivisão: direita e esquerda
Classe l,ll,lll dentária X Classe l,ll,lll esquelética
PRINCÍPIOS DA
OCLUSÃO
As posições mandibulares:

• Relação Cêntrica RC
• Máxima Intercuspidação Habitual MIH
• Relação de Oclusão Cêntrica ROC
• Dimensão Vertical de Repouso DVR
• Dimensão Vertical de Oclusão DVO
• Espaço Funcional Livre EFL
Princípios da Oclusão

● Relação Cêntrica
- O conceito atual de relação
cêntrica seria o posicionamento que o osso
mandibular é conduzido à posição mais RC
retruida em relação ao maxilar superior,
fazer com que os seus côndilos se
acomodem o mais intimamente possível no
interior das respectivas cavidades
articulares.
Relação Centrica

● Técnicas de manipulação para


determinar a RC

• Frontal
- O paciente é colocado praticamente na
posição horizontal, com a cabeça para trás, a
fim de evitar a ação muscular
- Ficando com a boca aberta no máximo 1
cm.
- Na arcada superior, o polegar e o indicador
da mão esquerda apoiam-se na face
vestibular dos caninos ou pré- molares.
Relação Centrica

-Na arcada inferior, o polegar direito é


colocado na região cervical dos incisivos ou
no mento, puxando o lábio para baixo para
visualizar os dentes inferiores, enquanto o
indicador e os outros três dedos firmam o
mento na sua parte inferior. Com leve
pressão e movimentos oscilatórios, manipula-
se delicadamente a mandíbula para RC até
que o paciente estabeleça o primeiro contato
em cêntrica.
Relação Centrica

• Bilateral
- Na técnica preconizada por Dawson," o paciente é colocado
numa posição reclinada na cadeira e deve ficar o mais relaxado
possível. A cabeça é posicionada entre os braços e o peito do
operador para oferecer estabilidade.
- Os polegares são postos sobre a região mentoniana e os
demais dedos suportam o corpo da mandíbula.
- Com leve pressão dos polegares para baixo e pressão dos
outros dedos para cima, a mandíbula, como na técnica frontal,
é delicadamente manipulada com pequenos movimentos
oscilatórios para a posição de relação cêntrica.
- O paciente relaxado, vai fechando a boca até que o contato
inicial seja sentido.
Relação Centrica

● Desprogramadores Oclusais

- Para se conseguir manipular esses pacientes, segundo Wise." faz-se


necessária a colocação de determinados dispositivos entre os incisivos

• JIG de Lucia (Guia de Interferência Mandibular


• Espátula de afastamento lingual
• Rolete de algodão
• Placa de proteção anterior
Relação Centrica

● como ter certeza de que a manipulação em relação


cêntrica está correta?

- Embora a RC não seja um dado matemático, e como


consequência, não possa ser considerada totalmente
reproduzível, a única maneira que existe é manipular o paciente
várias vezes.
Relação Centrica ?????????
Máxima Intercuspidação Habitual
● É a posição intermaxilar onde ocorre o maior número de contatos
dentários com os côndilos fora da posição de RC.
● Ao contrário da relação cêntrica, esta é uma posição variável, que
pode ser modificada através de intervenção do profissional.
● É na posição de MIH que começa e termina o mecanismo da
mastigação e também a posição em que os dentes permanecem
por maior tempo em contato durante a deglutição.
Relação de Oclusão Cêntrica ROC

● É a posição intermaxilar onde ocorre o maior número de contatos


dentários com os côndilos posicionados em RC, isto é, existe uma
coincidência da máxima intercuspidação habitual com a relação
cêntrica.

● 1a 2% ou 10% da população.
Dimensão
Vertical
Dimensão Vertical de Repouso DVR

● Pode ser conceituada como uma altura


facial, com a posição normal da
mandíbula em relação ao crânio, estando
o indivíduo em posição ereta e a
musculatura em seu tônus normal.
Dimensão Vertical de Oclusão DVO

● É a altura facial mantida pelos dentes,


em especial pelos posteriores, quando
estão ocluídos.
● A dimensão vertical de oclusão (DVO)
diminui com a ausência dos dentes
posteriores e desgaste dentário.
● Já o aumento da dimensão vertical de
oclusão pode ocorrer de duas maneiras:
• Pela confecção de trabalhos de próteses e
placas.
• Por extrusão dos dentes posteriores.
Dimensão Vertical de Oclusão DVO
Espaço Funcional Livre (EFL)

● A diferença existente entre a dimensão vertical de


repouso e a dimensão vertical de oclusão (DVR – DVO
= EFL)

● EFL varia de indivíduo para indivíduo e conforme o


tipo de chave de oclusão.
Classe l- EFL = 3-5 mm
Classe ll- EFL = 7-9 mm
Classe III - EFL = 0-3 mm
PRINCÍPIOS DA OCLUSÃO

● Curva de Spee

● Curva de Wilson
Curva de Spee

● Descrita por Von Spee, em 1890, como


côncava nos dentes inferiores, e convexa
no nível dos dentes superiores.

● Linha curva no sentido ântero-posterior


que tangencia as pontas das cúspides
vestibulares dos dentes posteriores e as
bordas incisais do incisivos.
Curva de Wilson
● Em 1911, Wilson G. H. verificou que os
dentes inferiores posteriores
apresentavam inclinação para lingual,
observada como sendo uma linha que
tangencia a curvatura oclusal através
das pontas das cúspides vestibulares e
linguais dos dentes inferiores
posteriores no sentido transversal.
● Quanto mais acentuada a curva de
Wilson, mais inclinado para a lingual
estará o plano oclusal dos molares
inferiores.
PRINCÍPIOS DA OCLUSÃO

Movimentos Mandibulares

01 02
Lateralidade Protrusão
Lateralidade

● Lado de trabalho

- É o lado para o qual a mandíbula se


movimenta, onde as cúspides com mesmo
nome se relacionam.
- No lado de trabalho, podem ser encontrados
dois tipos de guias de desoclusão:
Lado de trabalho

● Desoclusão pelo canino

Durante o movimento de lateralidade, o


canino inferior desliza na concavidade
palatina do canino superior, desocluindo os
demais dentes.

*Desoclusão pelo canino


*Desoclusão em grupo ou função em grupo
Lado de trabalho

● Desoclusão em grupo ou função em grupo


- Em que um grupo de dentes de segundo molar
até o canino tocam-se, simultaneamente, desde o
início do movimento, desocluindo os dentes do lado
de balanceio.
Lateralidade

● Lado de balanceio
É o lado oposto ao lado de trabalho, onde as cúspides com nomes
diferentes adotam uma relação de alinhamento.
Protrusão

● É o movimento que a mandíbula faz no sentido posteroanterior.


Protrusão

● GUIA ANTERIOR OU INCISIVA


- Quando, no movimento de
protrusão, os dentes anteriores inferiores
(principalmente os incisivos centrais)
deslizam pela concavidade palatina dos
dentes anteriores superiores (incisivos
centrais), desocluindo os dentes posteriores.
Bibliografia

● NETO, A. J. F.; NEVES, F. D.; JUNIOR, P. C. S. Oclusão. São Paulo:


Artes Médicas, 2013.
● CARDOSO, A. C. Oclusão: para você e para mim. 1ª Ed. São Paulo:
Santos, 2010.
● OKESON, J. P. Tratamento das Desordens
Temporomandibulares e Oclusão. 7ª Ed. São Paulo: GEN Guanabara
Koogan, 2013.

Você também pode gostar