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935)
ORTODÔNTIA
SEQUÊNCIA DO TRATAMENTO ORTODÔNTICO
(AULA 02/06/2022)
Lara Carnio (CRO-BA: 21.935)
A inovadora técnica MBT foi criada por Dr Hugo Trevisi, Richard McLaughlin e
John Bennet. Na foto está Trevisi, ortodontista brasileiro.
O canino inferior é -6º, se desejar vestibularizar por estar lingualizado, vira-se também de cabeça para baixo.
Redução da angulação anterior
Aumento do torque anterior superior
Diminuição do torque anterior inferior
Melhor e mais moderna.
Estética facial
Estética dentária
Oclusão funcional
Estabilidade oclusão
Saúde periodontal
Proteção da ATM
Deve-se ter sempre em mente as 6 chaves de oclusão de Andrews, pois será através delas que será possível alcançar os
objetivos do tratamento.
Em 1972, Andrews publicou as seis chaves de oclusão normal, enfatizando a necessidade do tratamento ortodôntico
imitar a oclusão perfeita normal. Originado de um estudo seu com 120 pares de modelos com oclusão perfeita e sem
tratamento ortodôntico, norteando o que deveria ser feito ortodônticamente para se chegar na oclusão ideal, que
inclusive foi o trabalho que culminou no desenvolvimento da técnica do straight-wire, um aparelho totalmente
programado o qual passou a ser utilizado com objetivo de diminuir a necessidade de dobras e torques.
Classe I de canino
Inclinação incorreta, com excesso de torque lingual das coroas dos dentes superiores
posteriores, podendo produzir falsa sensação de engrenamento, porém pode-se observar
que as cúspides palatinas dos superiores não tocam os dentes inferiores.
Se a curva de Spee não estiver nivelada, estiver resistente, pode-se fazer uma curvatura no arco para forçar os dentes a
intruir e nivelar essa curva de spee.
Além disso, ao fim deve-se ter selamento labial passivo.
As seis chaves de oclusão de Andrews é o check-list/roteiro que deve realizar ao fim do seu
tratamento, para saber se obteve êxito em seu tratamento, na sua execução mecânica.
Mas será possível conseguir tudo isso em todos os casos?!
Muitas vezes não, as metas terapêuticas se distinguem de acordo com cada caso, cada
paciente, cada grau de dificuldade e severidade das alterações.
Tratamento em pacientes com alterações esqueléticas suas metas não deverão ser tão
exigentes como em casos mais simples de maloclusões dentárias.
Ortodontia corretiva
Quando realiza-se tratamento em pacientes Padrão I, o tratamento ortodôntico será corretivo.
Ortodontia compensatória
Quando realiza-se tratamento em pacientes Padrão II, III, face longa, face curta (possuem alteração esquelética), a
ortodontia é compensatória. Corretiva também apenas se realizada cirurgia ortognática.
Ortodontia interceptiva
Intercepta um hábito (sucção digital, coloca-se um aparelho para cessar o hábito)
Ortodontia preventiva
É um pouco mais precoce, pois está prevenindo uma futura relação de maloclusão. Por exemplo: através de
orientações, mantenedor de espaço, orientação de chupeta ortodôntica, para não roer unha, etc. Tudo que será
utilizado para evitar futuramente alguma alteração oclusal.
1. DIAGNÓSTICO
2. PLANO DE TRATAMENTO - é o que você irá idealizar para alcançar as seis chaves de oclusão.
Metas terapêuticas individuais, tratamento ortodôntico não é receita de bolo!
Lara Carnio (CRO-BA: 21.935)
Pacientes periodontais pode-se programar a utilização de menores forças durante mecânica ortodôntica. Por exemplo
iniciar com 0,012” Niti e ir até o 0,018” Niti.
Quando se opta pelo miniimplante há possibilidade de puxar os seis elementos de uma só vez com força de 150 a 200g
de cada lado. Basta colocar o gancho bola na distal do lateral e puxar.
Para realizar a distalização, que é a retração, você precisa realizar o efeito Gable.
Porque durante esse movimento para distal há uma tendência dos dentes anteriores extruirem como resultante de força
e palatinizarem, e inferiores extruem e lingualizam.
Com o fio reto você fará uma curva acentuada, onde tenderá os dentes à intruírem e vestibularizarem, ou seja: uma força
anula a outra. Efeito Gable.
Lara Carnio (CRO-BA: 21.935)
Fechamento de diastemas
Em dentes vestibularizados onde se deseja a palatinização/lingualização apartir do fio 019x025 pode-se utilizar elástico
corrente.
Em dentes bem posicionados ou lingualizados não se pode usar elástico corrente, pois irá piorar o que já está ruim. Então
precisa esperar o fio fechar nº .019”x025”
Após o alinhamento e nivelamento, possui espaços à serem fechados, você irá chegar ao fio 019”x025” de aço no caso
de extração ou diastemas. Após fechar os espaços, retrai os dentes para trás, você irá decidir:
Lara Carnio (CRO-BA: 21.935)
Retrair os anteriores ou deixar mesializar levemente os posteriores -> DEPENDE DO PERFIL DO PACIENTE
Você puxa para a distal, até entrar em Classe I de canino. Entrou em classe I de canino, puxa o restante de trás para
frente.
Quando fizer a extração no fio 019”x025” e começar a fechar os espaços, retrair caninos para Classe I, sobrou
ainda espaço, você agora precisa puxar os prés e molares para mesial, esse movimento se chama perda de
ancoragem.
Dessa forma, em casos com fechamento de espaço com retração anterior e perda de ancoragem posterior, após a
engrenagem de caninos e molares em Classe I, SE durante esse trajeto desnivelar, voltar ao fio 016” Niti e 018 de
aço.
Após o renivelamento, não deve faltar muito para a intercuspidação. Nessa etapa utilizamoso fio 019”x0,25” utilizamos
do arco braided para intercuspidação.
O 019x025 de aço é sólido e rígido, quando necessário o elástico de intercuspidação coloca-se o arco trançado
retangular 019x025 de braided com elásticos que assim permitirá que os dentes se encaixem.
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E fio de aço está impedindo o encaixe final, você irá na distal do canino cortar o arco, ou seja, seccionar anterior e
posterior e o elástico permitirá o encaixe correto, intercuspidar.
Os elásticos são classificados de acordo com sua direção de força, e para ocorrer movimentos dependerá de espaço.
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Dobras horizontais:
Off-set: Quando o dente encontra-se lingualizado/palatinizado e deseja colocar ele um pouco mais “para fora”
de corpo.
In-set: Quando o dente está mais “para fora” de corpo e deseja coloca-lo um pouco mais para dentro.
Em Z: Quando o dente está meio rotacionado, um pouco para distal, a dobra em Z irá rotacionar o dente, jogar
a distal para fora e a mesial para dentro.
Dobras de Torque
Muitas vezes quando o dente está mais vestibularizado ou vários, você dará um torque anterior negativo.
Ou o dente está muito lingualizado, você quer jogar um pouco para frentes os anteriores, dê um torque positivo.
Muitas vezes ao final do tratamento os dentes posteriores inferiores estão muito lingualizados, você dá um torque
posterior progressivo positivo ou torque posterior geral e joga os dentes para fora.
EXEMPLOS:
Para algumas finalizações poderá ser feita a recolagem do bráquete (excluindo torque, in set, off-set).
São casos para intrusão ou extrusão ou angulações.
11. CONTENÇÃO
2. Paciente com alterações esqueléticas. Padrão II, III, face longa, face curta.
Neste caso teoricamente para o resto da vida, uma vez que não foi tratado o problema esquelético e sim
realizada uma compensação dentária para mascarar a alteração dentária.
Conteção superior, no mínimo: até completar os 30 anos de idade, onde acontece o crescimento tardio da
face.
Inferior: à depender da estabilidade.
A contenção deve ser colocada e revisada periodicamente.
Colocar no paciente, pedir para voltar com 30 dias.
Depois com 3 meses
Depois com 6 meses
Depois com 1 ano
E de ano em ano.
Após retirar a contenção o paciente da mesma forma deverá comparecer ao consultório de períodos em períodos para
revisão, algumas vezes a recidiva é mais forte, mesmo após 30 anos de idade.
O IDEAL seria para o resto da vida, segundo Capellooza “o apinhamento é a ruga da boca”, ou seja, é inerente à vida
humana, os dentes apinharem como processo de envelhecimento.
Um fator que diminui bastante a estabilidade do pós-tratamento ortodôntico, é quando o paciente possui uma
distância intercanina e você aumenta ou diminui essa distância (vestibularizando ou lingualizando).
Aumentando a distância intercanina ou intermolar durante a expansão você trará um tratamento com menor
estabilidade. PORQUE tudo que você joga para fora a bochecha tende à jogar de volta para dentro, e quando joga
pra dentro falta espaço e assim se amontoam.
-> Quando paciente só possuir até pré-molar ou haver outras falhas, a contenção deverá ser feita com dentes
ocupando os lugares dos dentes ausentes para conseguir estabilidade e manter o espaço para posterior reabilitação
implantododontica ou protética.
Lara Carnio (CRO-BA: 21.935)