DISTALIZAÇÃO DE MOLARES

ViVIR Virgínia Rodrigues

 INTRODUÇÃO
 Na prática ortodôntica contemporânea, a
busca de novos tratamentos que evitem as
extrações dentais tem se tornado muito
frequente.

 Converter: relação molar Classe II em I.

 Deslocamento das peças superiores

distalmente.
INTRODUÇÃO

 Angle (1887): aparelho utilizado para realizar a

distalização molar - arco extra-oral (head gear).
 Kloehn (1961): redirecionar o crescimento do maxilar
e exercer uma força ligeira sobre os dentes que
necessitem ser movimentados.
Objetivo: distalizar os dentes superiores, obtendo uma
relação funcional com os inferiores.
 MOMENTO DE DISTALIZAR

 Bussick: Antes que os 2º molares erupcionem

completamente.

 Gianelly: quando houver um espaço entre a face distal

do 1º mol. sup. e a coroa semi erupcionada do 2º
molar.
INDICAÇÕES PARA DISTALIZAR

 Classe II uni ou bilateral.

 Overjet aumentado: até 5 mm.
 Overbite aumentado.
 Discrepância de linha média.
 Pacientes com dentição mista.
 Pacientes com problemas esqueléticos mínimos.
 Pacientes que não aceitem extrações.
 Extração do 2º mol. permanente.
 CONTRA-INDICAÇÕES

 Paciente com crescimento vertical.

 Paciente com tendência a mordida aberta.

 Overjet maior que 5 mm.

 EFEITOS COLATERAIS

 Vestibularização do segmento anterior.

 Distalização em bloco /difícil.

 Pontos prematuros nas cúspides palatinas.

 Produzem rotação posterior mandibular /

mordida aberta anterior – efeito tesoura.
 DISTALIZADORES

 Intra-orais: fixo e removíveis.

 Extra-orais
 TIPOS DE APARELHO
DISTALIZAÇÃO

 Pêndulo de Hilgers
 Jones Jig
 Distal Jet
 Molas NiTi
 Arcos superelásticos NiTi
 Magnetos
 Micro implantes
 Sliding Jig
PÊNDULO DE HILGERS
 PÊNDULO DE HILGERS

 Desenvolvido por Dr. James Hilgers em 1992.

 Ghosah e Nanda (1996): avaliaram 41

pacientes tratados com o pêndulo e
observaram: 57% distalização molar e 43%
perda de ancoragem anterior e do 1º mol.
superior.
 PÊNDULO DE HILGERS

 Bussick e Mc Namara(2000): o pêndulo é mais efetivo

se ancorado no 2º molar superior decíduo.
 Molar movido distalmente: 5,7 mm , 10,6º inclinação
distal, 0,7 mm intrusão.
 Burkhardt et al (2003): abertura do plano mandibular
de 1,2º , inc. sup. vestibularizaram 2,8º molar movido
distalmente 5,9 mm , inclinação distal de 10º e
extrusão 1,7 mm.
PÊNDULO - COMPOSIÇÃO

 1. Amplo botão de Nance: rugosidades

palatinas / ancoragem / bordos incisais dentes
anteriores.
 PÊNDULO - COMPOSIÇÃO
 Um par de molas com fio 0,032” titânio
molibdênio.
 Após cimentar: os 02 braços serão inseridos
nos tubos linguais nos molares.
 PÊNDULO - ATIVAÇÕES

 Ativação 90º: força 350 grs

 Ativação 60º: 250 grs
 Ativação 40º: 125 grs
 PÊNDULO - PENDEX

 Parafuso de expansão: transversal

 VANTAGENS

 Não é necessário cooperação do paciente.

 Distalização de 1,5 a 2,5 mm / mês.

 Estético

 Facilmente modificado

 Ativação: a cada 2 ou 3 meses.

 DESVANTAGENS
 Vestibularização do segmento ântero-superior.
 Tempo de laboratório
 Alta recidiva
 Dificuldade de higiene
 Incômodo na fala
 Movimento pendular / cruzamento
 Invaginação dos braços
 Descansos oclusais podem soltar
 Abertura da mordida anterior
 RECOMENDAÇÕES ...
 Cementar ancoragem moderada ou máxima nos
molares – 3 a 4 meses.
 Ativar os ômegas dos braços – expansão / mordida
cruzada.
 Limpeza do botão de acrílico
 Ômegas afastados da gengiva palatina 1,5 mm.
 Controle radiográfico posterior distalização, quando
não erupcionou o 2º molar.
 Controle das consultas.
JONES JIG
 JONES JIG

 Introduzido por Richard Jones (1992).

 Correção de Classe II.

 Não requer ativação por parte do paciente.

 Libera o mínimo de inclinação anterior e perda

de ancoragem.
 JONES JIG

Alguns adultos podem se beneficiar com

o Jones Jig, uma vez que o crescimento
não é exigido para a correção de Classe II.
Bowman, 1998.
COMPOSIÇÃO DO JONES JIG

 Constituído por: fio 0.036 que serve como guia

para inserção de uma mola aberta de Níquel
Titânio, que quando ativada, libera uma força
que varia de 70 a 75 grs. sobre os 1º molares a
serem distalizados.
 Soldado ao fio guia 0.36 está um fio 0.16 que
é encaixado no slot do tubo
COMPOSIÇÃO DO JONES JIG

 Soldado ao fio guia 0.36 está um fio 0.16 que

é encaixado no slot do tubo.
 Um tubo de compressão, com um orifício
soldado, compõe o aparelho e é utilizado para
a ativação da mola.
 A mola não deve ser totalmente comprimida para
evitar força excessiva e consequentemente, mais
perda de ancoragem. Com a distalização do 1º molar,
a mola vai se descomprimindo lentamente.
 Nova ativação: 5 a 8 semanas, podendo ocorrer a
cada 4 semanas.

Freitas, 1995.
 SEQUÊNCIA CONSTRUÇÃO
BOTÃO DE NANCE

 Bandagem dos 2º ou 1º premolares.

 Moldagem de transferência.
 Vazamento do gesso com as bandas no molde.
 Construção do botão de Nance – fio 0,036.
 Soldagem da parte metálica – bandas.
 Adição de resina acrílica – livre papila incisiva e
distante 3 mm dos dentes.
 Acabamento e polimento do botão de Nance.
 Após cimentação do botão de Nance, o Jones Jig é
instalado.
 Dificuldade ao falar.
 Média de distalização: 0,8 mm / mês.
 Placa anterior para desoclusão posterior.
 Molar Classe I / Não utilizar molar como apoio para
distalizar os premolares / perda de ancoragem.
 Molas abertas
DISTAL JET
DISTAL JET - HISTÓRICO

 Carano, Aldo e Testa, Mauro (1996).

 Distalizar individual / bloco.

 Força: próximo ao centro de resistência.

 COMPOSIÇÃO – DISTAL JET

 Botão de Nance ancorado / premolares.

 Dois fios de 0,036”.

 Dois tubos telescópicos no acrílico do botão de

Nance.
 Duas molas abertas de Ni Ti.

 Dois parafusos ou gurins.

 Força distalizadora: compressão total da mola,
deslizamento do parafuso distalmente.
 Tubos telescópicos: paralelos ao plano de
oclusão / próximos ao centro de resistência do
molar.
 Botão de Nance ancorado: 1º, 2º premolar.
 Dentição mista: ancoragem 2º mol. decíduos.
 Distaliza: 0,91mm /mês.

 Força: 180 grs - 1º molar

 Força: 240 grs – 1º e 2º molar

 Exodontia do 3º molar.
VANTAGENS
 Mínima rotação distopalatal e inclinação dos molares
distalizados.
 Comodidade ao paciente.
 Não necessita colaboração do paciente.
 Pode distalizar durante o nivelamento anterior.
 Diminuição de estabilidade e vestibularização do
segmento ântero-superior com o uso de braquetes
durante a distalização. ( Patel 1999)
 80% movimento distal e 20% perda de ancoragem.
DESVANTAGENS

 Vestibularização do segmento ântero-superior.

 Alta recidiva

 Dificuldade de higiene e fala do paciente

 Pode abrir a mordida na região anterior

RECOMENDAÇÕES . . .
 Monitorar o paciente a cada 4 semanas
 Se o parafuso ou gurim estiver em contato íntimo com
a mucosa palatina, a distalização será nula. Deverá
estar afastado do palato 1 a 2 mm.
 Molas abertas totalmente comprimidas mensalmente.
 Uso de elásticos Classe II
 Instruções de higiene
MOLAS ABERTAS
 MOLAS ABERTAS

 Dispositivos : simples e econômico.

 Início do século XX.

 Molas NiTi superelásticas: 100 grs.

 Uso: 1º, 2º premolares e o 1º molares

superiores.
 Arco: 0,016 x 0,022”.
 ATIVAÇÃO

 Compressão de 10 mm.
 Distalização: mola vai perdendo a força.

 Força: 100 grs mola.

 Distalizar: 1,5 mm / mês. 20% perda

ancoragem anterior.
 Extremo distal longo: 4 a 5 mm.
 As molas Ni Ti possuem maior resistência e
mantém uma força mais constante que as de
Cr Ni.
Miura et al.
 Movimento distal: 4,9 mm / 6,1 meses /
inclinação distal 5,2º.
 VANTAGENS

 Método fácil
 Custo mínimo

 Higiênico

 Não depende da colaboração do paciente.

 DESVANTAGENS

 Não produz distalização em bloco.

 Molar apresenta inclinação indesejada.

 Perda de ancoragem ântero-superior.

 RECOMENDAÇÕES

 Ancorar o pré-molar / rotação mesialmente.

 Ativar a cada 90 dias.

 Uso de elásticos Classe II – compensar

vestibularização.
MAGNETOS
SAMARIUM - COBALTO
 São ímãs pré-fabricados utilizadas para
distalizar os molares. Nos pacientes com má
oclusão Classe II .
 INDICAÇÕES

 Classe II sem extração – distalizar molar,

unilateral e bilateral.
 Classe II necessitando avanço mandibular.
 VANTAGENS

 Propriedades magnéticas excelentes;

 Altas forças coesivas;

 Recicláveis.
 DESVANTAGENS

 Fragilidade
 Baixa resistência à corrosão

 Alto custo
DISTALIZAÇÃO COM ARCOS NITI
SUPERELÁSTICOS

 Técnica Dr. Richard Vlock.

 Distalização rápida.

 Arco superelástico NiTi ( Bio Force, GAC)

0,018x0,022”.
 Força: 100 e 200 grs.
MÉTODO . . .

 1. Fixar 2 gurins no arco principal: 1 distal ao

braquete do 1º molar e outro na parte mesial
do tubo do molar.
2. Submergir o arco em água fria por 20
segundos.
 Resfriar com gelo ou Ortho Ice

( tetrafluoretano).
 Amolecimento no fio.
3. Distância entre os gurins: 5 a 6 mm mais
longa que o espaço entre a aleta distal do
braquete do 1º premolar e a face mesial do
tubo molar.
4. Ancoragem com BTP / Botão de Nance
 Os molares são distalizados enquanto o fio
volta a assumir a forma original. Nesse
momento, a temperatura corporal (37º C),o
arco principal transforma-se da fase amolecida
para a fase rígida.
 TAXA DE ÊXITO

 Dentição mista: 90% dos casos

 Tempo: 4 a 8 meses.

 Dentição permanente: com a erupção dos 2º

molares, movimentação mais lenta e perda de
ancoragem.
 Movimento: 1 a 2 mm / mês.
MICRO
IMPLANTES
 ANCORAGEM ABSOLUTA

 Distalização
 Mesialização

 Intrusão

 Retração de dentes anteriores

 Verticalização de molares

 Correção de linha média

 SELEÇÃO E INSTALAÇÃO

 Comprimentos variáveis: 4 a 12 mm
 Diâmetros: 1,2 a 2,0 mm

 Protocolo: parafusos mais longos

 Espessura mais usada: 1,5 mm

 Instalação: vestibular, lingual,acima ou entre as

raízes dos dentes
 PROTOCOLO CIRÚRGICO
 Anamnese
 Avaliação clínica
 Radiografia
 Anestesia
 Motor: 300 a 500 rpm – perfuração óssea
 Soro fisiológico
 Instalação do parafuso: chave manual, contra-
ângulo / angulados.
 Habilidade
 Condição física do paciente

 Seleção do local de instalação

 Estabilidade

 Força adequada: 300 a 400 g

 Higiene bucal
 Vantagens: facilidade, simplicidade de
instalação e remoção
 Custo baixo

 Não necessita colaboração dos pacientes

 Várias situações clínicas.

SLIDING JIG
SLIDING JIG

 O uso do cursor deslizante associado a

elásticos de Classe II foi descrito por Tweed
com a finalidade de distalizar os dentes
superiores mantendo um preparo prévio de
ancoragem inferior.
PREPARO PRÉVIO ...

 Cursor deslizante
 Fio de nivelamento: 0,20” / retangular

 Elástico intermaxilar: Classe II , III.

 Arco estabilizador: 0,21 x 0,25 / conjugado

 Ancoragem: Botão de Nance, BTP, Arco lingual.

 Torque lingual resistente

 Força : 06 onças / 180 grs

 O sliding Jig é de fácil confecção e baixo custo.
 Mecânica simples e eficiente.

 Bem aceito pelos pacientes.

 Durante a mecânica realizar manobras para

eliminar os efeitos colaterais.
FIM