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Mudança que
ocorre com o amadurecimento ou com a idade.
Crescimento e desenvolvimento craniofacial: Gradiente cefalocaudal de crescimento: um crânio de
um recém-nascido apresenta diferenças de um crânio
A ortodontia visa a movimentação e redirecionamento de adulto, sendo uma delas a diferença de proporção entre o
ossos. Por isso, devemos conhecer como cresce e crânio e a face.
desenvolve o crânio.
No recém-nascido, o crânio é maior que a face. Logo, no
Fundamentos (princípios): desenvolvimento, o crescimento da face é maior do que o
do crânio, para que na fase adulta eles fiquem
Maloclusões evidentes clinicamente têm origem proporcionais.
esqueléticas, de um crescimento desarmônico dos ossos.
Logo, interferir durante o crescimento do osso, evitaria a É um gradiente de cima para baixo de crescimento, sendo
formação da maloclusão. que quando mais baixo eu desço, maior é o crescimento.
A ortodontia exacerba, redireciona e “estimula” o Resumindo, o crescimento da parte caudal será maior que
crescimento ósseo (o prognóstico não é muito bom, o da parte cefalo (maior crescimento da mandíbula do que
dificilmente será possível essa estimulação). da maxila). Isso se dá por meio do estimulo das funções
pós-nascimento (deglutir, chorar, falar).
Mecanismos de formação óssea – osteogênese: há dois
mecanismos de formação óssea no crânio, cuja diferença
básica entre eles é o tecido de origem.
As setas estão em área, intensidade e direções diferentes, Desenvolvimento do encéfalo → Distensão de fibras do
dando assim o formato de um osso adulto. tecido conjuntivo fibroso → Formação de tecido óssea
Fontanela anterior: se fecha até o 2º ano
Além disso, em cada pessoa e cada tipo físico, há Fontanela posterior: se fecha até o 1º ano
diferentes remodelações ósseas, chamadas de variações
anatômicas. Isso acontece devido: Crescimento do assolho craniano (base do crânio)
Fontanelas (moleiras): áreas de crescimento ativo, Todo crescimento craniofacial, acontece devido a
principalmente logo após o nascimento. As fontanelas estímulos e/ou fatores externos de atuação, como por
(moleiras) separam os ossos cranianos. São bem amplas, exemplo: respiração, mastigação, fala, deglutição, etc.
pois são essenciais durante o parto, permitindo que o Logo, função determina crescimento.
crânio tenha certa flexibilidade.
Exemplo: uma criança com respiração bucal não “aloja” a
Logo após o nascimento, o contínuo crescimento da massa língua na abobada palatina, onde normalmente ela
encefálica estimula a separação desses ossos cranianos, deveria estar (a língua ajudaria a evitar a contração do
estirando as fibras conjuntivas das fontanelas (ossificação palato). Quando a língua sai do seu alojamento, o
bucinador irá atuar com mais intensidade, fazendo com
que o palato cresça mais fechado (se contraia). Isso Crescimento mandibular
mostra a função atuando sobre o crescimento.
Toda a extensão de sua área participa do processo de
De modo geral, é quase uma regra que todos os ossos da remodelação. Seu crescimento é para cima e para trás e
face crescem por um lado e deslocam para o outro. O o deslocamento da face para baixo e para frente.
complexo nasomaxilar não é diferente: cresce para trás
e para cima e desloca para frente e para baixo. A mandíbula também segue o princípio do “V”,
responsável pela manutenção da distância entre os
Suturas do complexo nasomaxilar côndilos.
● Falta de espaço no arco dental (apinhamento) Classe II divisão 2ª: Relação molar classe II com
● Excessos de espaço no arco (diastema) lingualização ou verticalização dos incisivos superiores.
● Más posições dentais individuais
● Mordida aberta - perfil facial convexo
● Mordida profunda ou sobremordida
● Cruzamento de mordida
● Protrusão dental simultânea dos dentes superior e
inferior (bioprotrusão) - perfil facial convexo
Classe II: 1ºMI situa-se distalmente ao 1ºMS, denominado Neste caso da foto, apenas os IC estão lingualizados.
de distoclusão do 1ºMI.
Perfil facial mais comum reto e levemente convexo,
O sulco mesiovestibular do 1ºMI associados respectivamente à musculares equilibrada ou
encontra-se distalizado em relação aquela suave alteração. É possível encontrar associada a
à cúspide mesiovestibular do 1ºMS. mordida profunda anterior.
Classificação de Lisher
● São frequentes os problemas de desequilíbrio da
musculatura facial, decorrentes do distanciamento Modo de classificar o mau posicionamento dental de
vestibulolingual entre os incisivos sup e inf. forma individualizada, isto, é, um nome que define a
● Desajuste anteroposterior:sobressaliência ou overjet. alteração do dente em relação à sua posição normal.
Acrescentou o sufixo "versão" ao termo indicativo da
Pode-se observar, associada à Classe II divisão 1ª, a direção do desvio.
presença de:
1. Mesioversão: o dente está
● Mordida profunda: já que o mesializado em relação à sua
contato dos incisivos está posição normal.
alterado pela sobressaliência, 2. Distoversão: distalização do dente
em relação à sua posição ideal.
3. Vestibuloversão ou labioversão: o dente apresenta O sistema descrito tem grande importância clínica, pois
sua coroa vestibularizada em relação à posição orienta os dentes ou arcos dentais em relação ao
normal. esqueleto craniofacial, dando uma visão tridimensional da
4. Linguoversão: a coroa dental está lingualizada em má oclusão. Entretanto, apesar de seu uso diagnóstico e
relação à sua posição ideal. conceitual, ele não tem a devida divulgação entre os
5. Infraversão: o dente apresenta a sua face oclusal (ou ortodontistas. Na prática clínica utilizam-se apenas os
incisal) aquém do plano oclusal. termos protração e retração e mais raramente contração.
6. Supraversão: o dente está com a face oclusal, ou
borda incisal, além do plano de oclusão. Classificação etiológica das más oclusões (Moyers)
7. Giroversão (torsiversão): indica uma rotação do
dente em torno de seu longo eixo. 1. Má oclusão de origem dental: cabem neste grupo as
8. Axioversão: há uma alteração da inclinação do longo más oclusões cuja principal alteração está nos dentes e
eixo dental. Para especificar, podemos falar para osso alveolar. Moyers inclui aqui as más posições dentais
onde é essa versão, exemplo: axiovestibuloversão, individuais e as anomalias de forma, tamanho e números
axiomesioversão. de dentes.
9. Transversão (transposição): o dente sofreu uma 2. Má oclusão de origem muscular: são as anomalias cuja
transposição, isto é, trocou seu posicionamento no causa principal é um desvio da função normal da
arco dental com outro elemento dental. musculatura.
10. Perversão: indica a impactação do dente, em geral, 3. Má oclusão de origem óssea: nesta categoria estão as
por falta de espaço no arco. Acontece sempre com displasias ósseas, envolvendo os problemas de tamanho,
dente não irrompido. forma, posicionamento, proporção ou crescimento
anormal de qualquer osso do crânio ou da face.
Os termos criados por Lisher podem ser combinados para
denominar um dente que reúna duas ou mais alterações,
como inframesioversão, axiogiroversão ou ainda
mesiolinguo-supraversão. Desenvolvimento da dentição
Grande parte das Maloclusões apresentadas na dentição
permanente são decorrentes de uma evolução anormal ou
Classificação de Simon falta de intervenção por parte do profissional em épocas
oportunas
Prevê a divisão das más oclusões relacionando os arcos
dentais, ou parte deles, com três planos anatômicos. Os Ortodontia preventiva e interceptora
planos escolhidos foram o de Fransfurt, o sagital mediano
e o orbital. O estágio intermediário entre a dentição decídua e a
dentição permanente, é a dentição mista. Este é um
Anomalias anteroposteriores período crítico que pode causar no futuro sérios distúrbios
Empregando como referência o plano de oclusão.
orbital, denominou protração a
anteriorização de todo arco dental, ou A prevenção, interceptação e correção das deformidades
parte dele, e retração o deslocamento dentofaciais dependem da compreensão exata do
de um ou mais dentes para posterior. crescimento e da doença, relacionada à base genética e às
influências ambientais sobre o paciente.
OBS: plano orbital divide a face em lado
anterior e lado posterior. Ou seja, a maloclusão não será corrigida apenas com
tratamento ortodôntico, precisa-se também remover o
Anomalias transversais: são relacionadas fator etiológico, como: uso de chupeta, chupar dedo, etc.
ao plano sagital mediano, e diz-se
contração usando há aproximação de um Logo, a função da ortodontia preventiva e preceptora é
dente do segmento de arco e distração evitar que essa Maloclusões aconteça, por meio do
para o afastamento em relação ao plano. conhecimento de como é uma dentição normal.
OBS: plano sagital mediana divide o Para se estudar e compreender melhor o desenvolvimento
crânio em lado direito e lado esquerdo. da oclusão dentária no período pós-natal, costuma-se
dividir os doze primeiros anos do indivíduo durante os
Anomalias verticais: foram quais a oclusão está se desenvolvendo, nos seguintes
relacionadas ao plano de Frankfurt, e períodos:
denominadas atração quando se
aproximam do plano (intrusão dos ● Período pré-dental (roletes gengivais)
dentes maxilares ou extrusão dos dentes ● Período da dentição decídua
mandibulares) e abstração quando se ● Período da dentição mista
afastam. ● Período da dentição permanente
OBS: plano de Frankfurt divide a face em superior e
Período pré-natal: O período que compreende desde o
inferior.
4º mês de vida intrauterina até o início da erupção de
dentes (6º mês de vida pós-natal), é também chamado de
período dos roletes gengivais, e se caracteriza por criança ao nascimento; tamanho dos dentes decíduos em
algumas transformações fisiológicas nos seis meses desenvolvimento.
subsequentes. Essa fase é genética, ou seja, já é pré-
determinado como será o arco da criança. Contudo, se A forma básica dos arcos é determinada até o 4º mês de
houver algum fator etiológico externo, isso pode se vida intrauterina, e logo, começa a formação dos germes
modificar. dentários.
Dentes decíduos precocemente erupcionados O arco dental superior apresenta-se de forma arredondada
ou de ferradura, com a abóbada pouco profunda,
● Dentes natais: presente no momento do nascimento estendendo-se labialmente além do inferior, com os
● Dentes neonatais: é aquele que irrompe na cavidade tecidos e membrana gengival que o recobrem de cor
bucal durante os primeiros trinta dias após o rosada. O rolete inferior tem a forma de U, sendo que sua
nascimento porção anterior é mais pontiaguda e inclinada
● Dentes pré-erupcionados: são dentes erupcionados vestibularmente.
durante o segundo/terceiro mês de vida
OBS: o arco inferior tem uma sutura, mas fecha aos 3
● Frequência: 1/2000 meses, tornando o osso ímpar. Por isso, não pode ser
● Origem familiar, posição superficial do germe expandida como a maxila, apenas cirurgicamente.
dentário, hipovitaminose, síndromes (turner, noonan)
● 95% da série normal, 5% supranumerários Relacionamento entre maxila e mandíbula - oclusão
gengival
OBS: quando o bebê nasce, não há osso cobrindo a incisal ● Plana e obliqua
e oclusal dos dentes decíduos, estão separados da ● Topo a topo
cavidade bucal apenas pela gengiva. Logo, é muito fácil ● Progênita
irromper precocemente.
Os roletes gengivais contactam-se na região posterior,
Normalmente, a criança não apresenta dentes irrompidos apresentando um espaço na região anterior, chamado por
ao nascimento. Caso apresente, os dentes mais comuns a alguns autores de "espaço mesial anterior". Esse espaço
aparecer nesta fase são os incisivos inferiores. tem duas funções, sendo:
Implicação de dentes erupcionados precocemente: ● Permitir que os incisivos irrompam sem machucar o
● Causar lesão no seio materno; rebordo alveolar superior.
● Aspirar o dente com pouca implantação; ● Ainda, neste espaço, a língua se sobressai entre os
● Lesionar a base da língua da criança (doença de Riga lábios, na chamada "postura neonatal da língua"; na
Fede – úlcera na base da língua causada pela qual o bebê é capaz de se amamentar. Esse espaço
raspagem da língua ao projeta-la para sucção) aberto anterior, não justifica uma mordida aberta.
Pois esse espaço irá se fechar quando os incisivos se
Ao se deparar com um dente supranumerário, deve-se irromperem.
solicitar uma radiografia e nela deve ser verificado:
Além disso, os roletes apresentam características
O dente contém raiz? Caso não tenha, isso pode ser um anatômicas em seus bordos livres, que são saliências e
problema, pois a criança pode engoli-lo ou aspirá-lo. pregas que, atuando como vedantes, formam a aderência
Esse dente é decíduo ou supranumerário? Caso seja que possibilita a origem do vácuo, no ato fisiológico da
supranumerário, basta extraí-lo. Por outro lado, se for lactação.
dente normal da dentição decídua, deve mantê-lo na
cavidade para não causar problema futuros de má-oclusão OBS: é normal que a criança tenha uma retrusão da
na região anterior, devendo apenas arredondar a incisal mandíbula em relação a maxila, pois ainda não houve
do dente, polir e realizar fluorterapia para amenizar essa crescimento mentual. Contudo, quando mais velho, essa
fricção. Entretanto, se ele não tiver raiz, mesmo sendo retrusão não é normal (classe II), pois já deveria ter tido
um dente normal, deve-se extraí-lo para não causar crescimento ósseo. Isso pode ser causado por
problema à criança. mamadeira. Pois isso, deve-se lactar no peito e não
lactação artificial.
A partir do nascimento, há o maior período de
neoformação óssea que recobre as coroas. Então, as A lactação natural atua nos primeiros 6 meses de vida
raízes podem se desenvolver. A partir do 6º mês, diminui como uma potente "matriz funcional", estimulando o
a neoformação e aumenta a reabsorção óssea, permitindo crescimento para frente. Logo, crianças com alimentação
a erupção dentária. artificial não apresentam estímulo de crescimento
mandibular, havendo a possibilidade de desarmonia óssea
Forma do arco: ao nascimento, os processos alveolares e dentária, além de cárie de mamadeira.
estão cobertos pelos abaulamentos gengivais
(espessamento da mucosa bucal). Ou seja, não há osso Período pré-dental – é normal:
recobrindo os germes dentários na incisal e oclusal. Desta ● Maxila e mandíbula pequenas em relação à cabeça
forma, a erupção precoce é algo muito fácil de acontecer. ● Espaço mesial anterior
● Posição distal (dorsal) do rodete inferior
Tamanho dos abaulamentos gengivais: depende da OBS: não pode ser usado como critério de diagnóstico de
genética de cada criança; estagio de maturidade da oclusão na primeira dentição, pois é normal.
Movimento mandibular no período pré-natal: abertura e 2ª fase - erupção dos 1ºM decíduos superiores e
fechamento. inferiores: ocorre nesta fase a 1ª levantada da mordida,
isto é, o primeiro sentido de dimensão vertical,
O primeiro molar permanente irrompe com 6 anos, mas modificando-se a sobremordida profunda incisal inicial
já começa a se formar durante o nascimento. para uma mordida topo a topo. Através dos elementos
O primeiro molar decíduo, por outro lado, começa a ser guias constituídos pelas cúspides dos molares decíduos
formado com 5 meses, mas já irrompe com 1 ano. inicia-se o primeiro sentido de oclusão, e a primeira
definição da ATM.
O molar decíduo se forma muito mais rápido, pois é menos o Primeiro sentido da oclusão
mineralizado, diferente do permanente. Ainda, não há o Primeiro aumento da dimensão vertical
espaço para o molar permanente nascer, por isso, ele o Sobremordida leve ou topo
demora tanto para nascer, apesar de começar a se formar
antes. Os permanentes se formam dentro do ramo da 3ª fase: erupção dos caninos decíduos superiores e
mandibular. inferiores: nesta fase estabelece-se a "guia canino" que é
importante no estabelecimento e manutenção dos espaços
Desenvolvimento da dentição decídua primatas.
o Movimento de lateralidade
Função dos dentes decíduos o Estabelecimento da guia canino
● Manutenção do espaço para os dentes permanentes o Estabelecimento da manutenção dos espaços
● Guia de erupção para os dentes permanentes primatas
(segundos molares decíduos são os guias de oclusão) –
ou seja, observando a oclusão do dente decíduo, já se 4ª fase - erupção dos 2º molares decíduos:
tem uma ideia de como será a oclusão dos dentes Características principais são suas relações distais que
permanentes, podendo intervir nesta fase para passarão a ter grande influência na futura erupção dos 1º
prevenir uma maloclusão. molares permanentes.
● Desenvolvimento e manutenção do processo alveolar o Nada muda na oclusão
● Mastigação, deglutição, fonação e estética. o Dentição decídua completa
OBS: diastemas entre os dentes decíduos é normal, pois os o Estabilidade da oclusão, da dimensão vertical,
permanentes irão vim maior e isso garante um espaço para sobremordida e sobressaliência
eles. o Padrão mastigatória definido
Sequência favorável de erupção dos dentes decíduos OBS: a partir do estabelecendo destas quatro fases e até o
Incisivo Central Inferior início da dentição mista, quando os primeiros molares
Incisivo Central Superior permanentes iniciam a sua erupção, poucas modificações
Incisivo Lateral Superior ocorrem na dentição decídua. A menos que hajam fatores
Incisivo Lateral Inferior etiológicos externos. Somente a partir da troca de dentes,
1º Molar Inferior e Superior isto é, com a erupção dos incisivos, um novo ciclo de
Canino Inferior e Superior modificações pode ocorrer. Mas está acontecendo
2º Molar Inferior formação de dentes permanentes e reabsorção de raiz de
2º Molar Superior decíduo, que não vemos clinicamente.
Depois de irromper, o dente decíduo leva mais ou menos Características dos dentes decíduos
de 1 a 2 anos para completar sua rizogênese (formação da
raiz), fica 1 ano estacionado e depois leva 3 a 4 anos para Número, morfologia e cor: possuem a cor mais
esfoliar. esbranquiçada, leitosa por isso são conhecidos como
● Não há diferença sexual “dentes de leite”.
● Não há diferença na erupção entre os lados direito e
esquerdo – se tiverem em tempos diferentes, deve-se Dentes decíduos têm tempo de formação e mineralização
fazer uma radiografia menor que os permanentes. Consequentemente
● 78% - conotação genética apresentam menor resistência ao desgaste.
● 22% - fatores locais
O desgaste é importante e acontece por três fatores: tipo
Biogênese da dentição decídua de alimentação, composição do dente e o fato dos dentes
estarem verticalizados.
1º fase - erupção dos incisivos central e lateral
superiores e inferiores: nesta fase não há nenhum O desgaste está relacionado com o tipo de alimentação.
sentido de oclusão, observando-se uma sobremordida Se não estiver a mastigação, a fim de causar o desgaste,
profunda e a possibilidade do indivíduo realizar grandes ou seja, apenas alimentos líquidos e pastosos, a criança
excursões mandibulares. terá contato prematuro, normalmente na região de
o Movimentos mais precisos de abertura e fechamento canino, causando deslocamento de canino. Levando a
o Não há sentido de oclusão mordidas cruzadas (posterior) funcionais.
o Postura lingual mais retruida
o Inicio do remodelamento da ATM – guia incisal Ainda pode haver o desgaste por stress (bruxismo) –
o Define-se a relação incisal desgaste patológico – remoção de esmalte e dentina;
o Sobremordida profunda sensibilidade dentária.
Número de dentes: Importância clínica: compensar a discrepância de
20 dentes tamanhos entre dentes decíduos e permanentes;
10 superiores facilitar a oclusão dos 1ºM permanentes.
10 inferiores
Incisivos, caninhos e Tamanho das arcadas: depende da genética
molares Oclusão: cada dente decíduo tem relação com 4 outros:
(não existe pré-molar dois antagonistas e dois vizinhos. A chave de oclusão deve
decíduo) ser verificada no 2ºM decíduo – cúspide mesiovestibular no
sulco mesiovestibular. Não é Classe I de Angle, pois este é
Nomenclatura: número apenas em permanentes, isto serve apenas de orientação.
normal, número Relação transversal: o arco superior deve ser mais largo
romano e letras. em sentido transverso do que o inferior. Isso se deve a
uma das características dos dentes decíduos e o seu
Forma das arcadas: forma ovoide, semicircular (65%) ou paralelismo entre as raízes, demonstrando ausência de
circular (5%) inclinação axial. Os incisivos entre si formam um ângulo
próximo a 180º, ocluindo frequentemente topo a topo.
1ª elevação da oclusão: o aumento acontece quando Devido a essa inclinação vertical, a dentição decídua não
irrompe o 1ºM decíduo; aumento a dimensão vertical. apresenta curvas de Spee e de Wilson. Logo, o plano
oclusal é reto.
OBS: é normal no final da dentição decídua ter desgaste
fisiológico, deixando os dentes topo a topo. Inclinação axial dos decíduos
● Paralelismo entre as raízes
Espaçamento: esses espaços são importantes, para que os ● Dentes implantados verticalmente na base óssea
permanentes tenham espaço para nascer. ● Faces oclusais e incisais se dispõem em um mesmo
plano; sem curva de Spee e Wilson
Espaços primatas: é um diastema ● O longo eixo dos dentes decíduos deve estar
que aparece sempre no mesmo verticalizado em relação à sua base apical.
local. ● Só haverá essas curvas na erupção do 1ºM
permanente.
No arco superior é na mesial do ● Côndilo é baixo, pois está começando a se
canino decíduo serve para desenvolver.
alinhar os incisivos permanentes ● Sobremordida: sofre modificações de acordo com a
(compensar a discrepância de fase de desenvolvimento dentário, até que fique em
tamanho entre dentes decíduos e zero, devido ao desgaste dos dentes decíduos.
permanentes).
Evolução da sobremordida
No arco inferior na distal do canino decíduo serve para ● Apenas incisivos: sobremordida profunda;
mesializar o 1ºMI, ajustando os molares permanentes e ● 1ºM levante da oclusão;
facilitando a oclusão. ● Final da dentição: relação de topo a topo devido ao
desgaste.
Diastemas generalizados: ● Fica estável até a erupção do 2º molar decíduo.
● A sobremordida sofre influência da formação da curva
de Spee e de Wilson, quando o 1M permanente
erupciona.
É uma fase fisiológica na qual não se pode por aparelho Será classe II, quando normalmente a criança tiver hábitos
para corrigir, pelo risco de reabsorver a raiz dos anormais (chupeta, dedo), ou crescimento e sequência e
incisivos que estão em contato com a coroa do canino. erupção anormal.
Ou seja, só se vê a necessidade de correção, quando o
canino permanente erupcionar. Degrau distal: sempre será classe II – reflete um padrão
esquelético de classe II.
Caninos e pré-molares:
Degrau mesial: será classe I quando ele não mesializar, ou
Nesta fase, não é importante a idade que os dentes seja, quando não houver espaços; deve-se segurar o molar
irromperam e sim a sequência. no lugar, para ele não mesializar para o leeway espaço;
deve usar o leeway space para alinhar dentes. Classe III,
Espaço para erupção: se usar o leeway space e migrar para mesial.
Sabemos que o dente decíduo foi perdido Recuperar espaço é desinclinar os dentes que
precocemente, quando o dente que irá substitui-lo inclinaram naquela região. E criar espaço é distalizar
ainda não começou a formação da raiz, ou seja, só tem todo o corpo do dente (coroa + raiz).
a coroa e ainda não começou a erupção.
Segmento posterior: manutenção ou recuperação de
Quanto mais precoce a perda, mais problemas a criança espaço
pode ter. Segmento anterior: o problema é estético e os hábitos
anormais. Pois o canino não empurra os dentes como os
Causas da perda precoce de dentes decíduos: cáries e molares. Por isso, coloca aparelho mantenedor com
traumas. Na região anterior, a principal causa é trauma, dentes de acrílico.
podendo também ser cárie. Já na posterior, a principal
causa é a cárie. Incisivos superiores: geralmente ocorre devido a
absorção de sua raiz no momento da erupção do inciviso
Consequências: central superior. Ocorre nos casos de apinhamento e
Perda precoce de dentes decíduos pode fazer que o muitas vezes, é bilateral.
dente permanente substituto irrompa sem raiz. Isso Conduta clínica: aparelho mantenedor de espaço
acontece quando o dente perdido apresentava Canino decíduo superiores: erupção tardia e labioversão
lesão/infecção periapical. (Nas aulas anteriores, diz-se do canino permanente e espaço entre os incisivos.
que com a perda precoce, a formação de osso, que Inclinação lingual dos incisivos – perda de espaço –
dificulta a erupção, mas neste caso, devida a lesão interferência na erupção dos caninos permanentes
periapical, ele irrompeu sem raiz)?? Perda unilateral: assimetria na oclusão – desvio na linha
média
Perdas precoces → estágio de desenvolvimento do dente Conduta clínica: uso de mantenedor de espaço
permanente ● Perda bilateral: arco lingual de Nance
● Recuperador de espaço: Lip Bummper ● Anquilose do decíduo (clinicamente, vemos o
Perda de 1ºM decíduo: dente “enterrado”)
Consequências: ● Ausência congênita do permanente
● Inclinação mesial do 2º molar decíduo ● Doenças congênitas (disostose cleido craniana)
● Redução do perímetro do arco (perda de espaço) ● Endocrinopatias (hipotireoidismo)
● Extrusão do antagonista Consequências:
● Época da perda – sequência de erupção dos dentes ● Barreira mecânica a erupção do permanente
sucessores ● Desvio do eixo de erupção
A perda precoce do 1ºM decíduo ficlita a migração do 2ºm ● Erupção anormal do dente permanente
decíduo. Neste caso, a migração não é tão intensa, nem ● Atraso na erupção do permanente
tão rápida. ● Maloclusão
Interferência cuspidica dificulta o movimento Conduta clínica:
Conduta clínica: mantenedor/recuperadores de espaço ● Exame radiográfico - observar
o Cronologia de erupção
Perda de 2ºm decíduo: o Presença do permanente
O 2ºm é grande responsável pelo Leeway space o Reabsorção atípicas
Quanto mais distal é a perda de molares, maior é o perigo o Anquilose do decíduo
de perda de espaço para os dentes permanentes ● Extração – antes que a maloclusão se instalar
Quanto perda 2m decíduo antes da erupção do 1m
permanente, o 1m permanente migra para mesial de 8. Via de erupção anormal
corpo, ou seja, coroa e raiz para mesial, sendo a perda de Causas:
espaço muito maior, devido a ocupação do Leeway space. ● Infecção dos decíduos (cistos, tumores)
Consequência: ● Interferências mecânica (arco extra oral ‘AEO’ –
● Migração mesial do 1m molar ortodontia)
Conduta clínica: mantenedores (intraósseo)/recuperador ● Permanência prolongada do decíduo
de espaço ● Perda prematura do decíduo
Frequência:
Há maior tendência de redução no perímetro do arco com ● 1ºm permanente superior
a erupção mesial “de corpo” do 1m permanente. ● Canino superior
Perda do 2m decíduo após a erupção do 1m permanente: ● ILS
Neste caso, o molar permanente não migra de corpo, ● 2º PMS
apenas inclina para o espaço. Logo, preciso apenas Consequência:
recuperar o espaço. ● Maloclusão – falta de espaço
● Reabsorção das raízes dos dentes vizinhos
Consequência: Conduta clínica: manter a posição – correção ortodôntica
● Inclinação mesial do 1m permanente Erupção ectópica do 1ms permanentes
● Redução do perímetro do arco (perda de espaço) Causas:
● Extrusão do antagonista ● Sinal de falta de espaço o arco dentário
A redução no perímetro do arco se faz de maneira mais ● Anatomia do 2ºm decíduo superior
reduzida, com a erupção mesial “de inclinação” do 1m ● Posição do germe do 1ºm permanente superior
permanente. O 2m decíduo neste caso vai reabsorver e cair
OBS: aparelho móvel não empurra raiz, apenas coroa. precocemente. Desta forma, o 1m permanente irá se
Leeway space: também será alterado com a perda de um mesializar mais ainda.
molar decíduo. A invasão do leeway space.... Rx a cúspide mesial está mais baixa que a cúspide distal
Perdas múltiplas de dentes decíduos: Consequências:
Conduta clínica: uso de mantenedores – recuperação de ● Reabsorção atípica das raízes dos 2ms decíduos
espaço ● Perda precoce do 2ms decíduo
Neste caso, melhor colocar aparelho com dente para não ● Formação de bolsa periodontal devido a
extruir o antegonista. impactação alimentar
● ....
6. Perda precoce dos dentes permanentes Diagnóstico:
Causas: ● Clinico
● Região anterior: trauma ● Radiográfico (prevenção)
● Região posterior: cáries ● Cúspide distal do 1ms permanente mais próxima
Muito comum perda precoce de canino por extração, do plano oclusal do que as cúspides mesiais
muitas vezes não indicada. Conduta clínica: distalizar o 1ms permanente – mas ao
Consequências: lado tem o 2ms permanente; para isso, por aparelho fixo
● Diminuição doc omrpeomrnto do arco Conduta clínica:
Conduta clínica: recuperar espaço ou fechar espaço (com Ausência do 2ºPM
os próprios dentes). Ainda, pode-se colocar implante. ● Extração precoce do 2ºm decíduo e deixar o 1ºm
permanente migrar para mesial
7. Retenção prolongada dos dentes decíduos Presença do 2ºPM
Causas: ● Aguarda possível autocorreção (controle Rx)
● Hereditariedade ● Verticalização do 1ºMs permanente - Recuperar
● Rizolise x rizogenese espaço – afastar o molar para distal
o Fio de latão
o Alastic de separação ● Reabsorção radicular
o Separador de Kesling Conduta clínica:
● Extrai o 2ºM decíduo? Depende do grau de ● Tracionamento dentário
formação do germe permanente. Se estiver após a ● .....
06 de Nolla, posso extrair e usar um aparelho Conclusões:
móvel para distalizar. ● Diagnostico diferencial
● Diagnostico etiológico e patogênico
9. Erupção tardia dos dentes permanentes ● Classificar a maloclusão
OBS: primeiro elimina o fator etiológico e depois pensa em
10. Anquilose dental colocar aparelho.
Resulta numa união óssea direta entre a raiz do dente e o
osso alveolar.
O exame clinico já um exame muito forte para ver se o
dente está anquilose. Na radiografia, verei apenas se a
anquilose estiver na mesial e na distal. Para confirmar,
pode-se realizar uma tomografia.
No exame clinico veremos o dente infraoclusão e ao
realizar percussão, pode-se ouvir um som “seco”.
Causas:
● Lesões ou traumas
● Enfermidades congênitas
● Enfermidade endócrinas
● Processos inflamatórios
● Idiopáticas
O diagnóstico deve ser precoce, pois quanto mais tempo a
anquilose permanecer, mais difícil será a extração do
dente.
Consequências:
● Diminuição do perímetro do arco
● Extrusão do dente antagonista
● Impactação do dente sucesso
● ...
Tratamento:
Dentes decíduos:
● Extração do dente anquilosa + mantenedor de
espaço (+2mm de infraoclusal)
● Manutenção dos dentes decíduos – reconstrução do
dente: restauração do diâmetro cervico-oclusal
até a época correta da extração para permitir a
erupção do permanente em alguns casos pode até
reverter a anquilose
Dentes permanentes:
● Recolocação ou extração do dente
Dentes anteriores: 1ª tentativa recolocação
Dentes posterior: extração – em bloco