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*Instrumentais utilizados: Bisturi – cabo bard parker nº 3 (empunhadura: forma de segurar caneta)
Lâminas 11, 12, 15 e 15c
Divulsão – interrompe a integridade tecidual
a) Sindesmotomia – desinserção das fibras dentogengivais na cervical de dente irrompido;
evita dilacerar tecido gengival;
facilita a adaptação do fórceps no cemento;
contorna a cervical, sem romper as papilas
*OBS: Sindesmotomia não tem incisão prévia!
b) Descolamento mucoperiostal – despoja osso do periósteo e mucosa
Inicia pela gengiva inserida e depois vai para a mucosa
*OBS: Descolamento mucoperiostal requer incisão prévia!
*Instrumentais: Descolador FREER e MOLT; Afastador de minesota (para repousar o retalho)
c) Divulsão de tecidos moles – separa tecidos adjacentes com tesouras rombas (Metzenbaum)
Osteotomia – dissecção cirúrgica de osso
*Instrumentais: Alta/baixa rotação e peça reta;
Brocas cirúrgicas (702 e 703 longas, Zecrya, esféricas 4, 6 e 8;
Seringa com soro para irrigação.
Odontosecção – corte no dente
Para dentes impactados: separa coroa da raiz e pode separar as raízes
Para dentes irrompidos: separar as raízes - Molares superiores: entra na V e depois M-D
Molares inferiores: sentido Vestíbulo-Lingual
2. Exérese – remove porção ou o total de um órgão
Manobras: Ostectomia (Cinzéis black, meia cana, reto unibiselados; Pinça Goiva/Alveolótomo para rebordoplastia)
Avulsão (deslocamento do dente do seu alvéolo)
Curetagem (remoção de fragmentos)
Enucleação (remoção da peça íntegra)
Excisão (remoção de tecido)
Ressecção (remoção de órgão com margem de segurança. Ex: tumores sólidos)
Debridamento (remoção de tecido desvitalizado)
3. Hemostasia – prevenção de hemorragias (Lembrar da anamnese para verificar coagulopatias congênitas e adquiridas)
Tipos de sangue: Venoso (fluxo contínuo)
Arterial (fluxo pulsátil)
Capilar (pequenos pontos, difícil identificação)
*OBS: Cuidado com estruturas nobres (nervos)
Tipos de hemostasia: Temporária – restabelece o fluxo sanguíneo
Compressão (causa tamponamento – gaze pressionada firmemente por 5min)
Pinçamento (com pinça Kelly/Mosquito)
Seletivo: quando vejo o vaso que está sangrando e pinço
Não seletivo: não vejo o vaso, vou pinçando tecidos em massa
Hemostáticos locais absorvíveis (tampões sintéticos: esponja de fibrina, celulose
oxidada regenerada, esponja de colágeno liofilizada)
*Cera para osso: quando lesa a artéria próxima do 3º molar inferior
Definitiva – não restabelece o fluxo sanguíneo
Ligadura – pinça 2 regiões próximas do vaso e corta
Termocoagulação – cauterização
Direta – bisturi elétrico direto no vaso sanguíneo
Indireta – bisturi elétrico na pinça que segura o vaso sanguíneo
*OBS: Cuidado com o Espaço Morto (formado pelo remanescente de tecido em profundidade sem reaproximação dos planos
durante o fechamento) pois pode acumular sangue, resultando em um hematoma e contaminação. Para evitar, faça
incisão/sutura em planos teciduais
4. Síntese – união de tecidos divididos e restituição da anatomia e função
Objetivos: Coaptação das bordas; Restituir função; Cicatrização; Hemostasia.
Princípios: Se houver incisão na horizontal e vertical, suturar primeiro no ponto de encontro das mesmas/no ângulo.
Se houver apenas incisão horizontal, suturar no meio e depois no meio e assim por diante.
Tipos de sutura: Pontos separados (simples, U horizontal, U vertical, em “X”)
Pontos contínuos (contínua simples, contínua festonada, intradérmica)
Instrumentais: Porta-agulha Mayo Hegar, Pinça de Hadison e Tesoura Íris.
Agulhas circulares 3/8.
Fios de sutura (Diâmetro: maior quantidade de zeros, mais fino será. Tamanho ideal: 1,7)
• Inabsorvíveis: orgânico vegetal (algodão)
orgânico animal (seda)
sintético (nylon)
metálico (aço)
• Absorvíveis: orgânico (catgut)
Sintético (poligalactina – Vicryl)
*OBS: Algodão: fibras longas de algodão e do fruto da planta Gossypeum herbaceum – resistente, baixo custo, PB, 0 a 4-0
Seda: filamento de seda natural, fio pela larva de Bombyx mori – fácil manuseio, elástico, PB, 0 a 8-0
Nylon: deslizamento, baixa flexibilidade (memória), baixa reação tecidual, incolor e preto, 2 a 10-0
Aço: baixa flexibilidade, 0 1-0 e 2-0. IND: amarria maxilo-mandibular, osteossíntese em fraturas ósseas
Catgut: serosa do intestino bovino e ovino, conservado em solução isopropanol – alta reação tecidual, começa a
absorver em 7-14 dias, absorção total de 28 dias, 2 a 6-0, maleável
Vicryl: copolímero de glicolida + lactida – força tensil na cicatriz, 30 dias para começar a absorver, absorção total de
60-90 dias, baixa reação tecidual, incolor e violeta, 2 a 8-0
EXODONTIA/ODONTOTECTOMIA
Avaliação pré-cirúrgica: Anamnese detalhado e avaliação psicológica;
Exames complementares (exames de sangue e coagulação);
Exames radiográficos - Periapical: detalhes.
Panorâmica: análise de coroa, raízes, periodonto, anatomia adjacente e côndilos.
Oclusal: dentes inclusos); e
Exame do dente a ser extraído (*OBS: lembrar que dentes com polpa morta e com tratamento endodôntico são mais friáveis)
Considerações anatômicas: Anatomia topográfica alvéolo-dental
- Proximidade das raízes com estruturas associadas;
- Espessura das tábuas ósseas Vestibular e Palatina/Lingual (lateralidade para a mais delgada)
Dentes superiores: para a vestibular
Dentes inferiores: ANTERIORES – para a vestibular
PRÉS-MOLARES – sentir o trajeto do dente, pois tábuas são semelhantes
MOLARES – para a lingual
Posições operatórias: PACIENTE – Para dente superior: boca aberta, plano oclusal da maxila 45° com o solo e altura do cotovelo
Para dente inferior: boca aberta, plano oclusal da mandíbula paralelo ao solo e altura do cotovelo
PROFISSIONAL – 7 a 12 horas; apoiar nas paredes ósseas V e L na maxila e segurar a mandíbula.
Instrumentais: FÓRCEPS – Componentes: Cabo (Forma de S: superior. Forma de C: inferior)
Articulação
Mordente (Com garra: furca. Liso: unirradicular e pré-molar)
Empunhadura: palmar
Movimentos: Preensão – colocar o mordente no colo cirúrgico (região mais apical possível)
Intrusão – dilatação óssea, rompimento dos ligamentos apicais e mudança do ponto de
fulcro para preservar o ápice
Lateralidade – iniciar o movimento para a tábua óssea mais delgada
Tração – exérese do dente
Rotação – somente para dente unirradiculares com raízes cônicas sem dilaceração
(Incisivos centrais superiores, Caninos inferiores e 1º Prés Molares inferiores)
BIOSSEGURANÇA
Fazer de tudo para a menor infecção do campo cirúrgico e da ferida cirúrgica possível
*Infecção: desiquilíbrio entre poder defensivo do hospedeiro e o poder agressivo dos microrganismos.
*Definições: Assepsia – conjunto de manobras para impedir a contaminação de uma determinada área (evitar levar bactéria)
Antissepsia – desinfecção que se realiza sobre a superfície dos tecidos a serem manipuladas (álcool 70 %)
Desinfecção – eliminação de todas as formas de vida vegetativa presentes em uma superfície
Esterelização – eliminação absoluta de todos os microrganismos presentes em uma superfície, ambiente ou objeto
Meios físicos: radiação, calor úmido (autoclave) e seco (estufa)
Meios químicos: óxido de etileno, glutaraldeído (ácido peracético 4-6h para brocas) e formaldeído
*Material estéril: campos descartáveis, luvas, sugadores, instrumentos rotatórios (brocas e canetas), materiais cirúrgicos
*OBS: todos os materiais cirúrgicos são críticos (entram em contato direto com os tecidos)
*Sequência de EPI (Equipamentos de Proteção Individual):
Tirar acessórios;
Colocar gorro, máscara e óculos (fita crepe);
Lavagem de mãos - Umedecer e ensaboar as mãos e braços
- Do dedinho ao polegar, começar pelas unhas, proximais dos dedos, palma da mão e, por fim, do punho ao
cotovelo como “varredura” (toca no pulso e joga para o cotovelo)
- Enxaguar dos dedos para o cotovelo
Colocar avental e montar refletor, sugador, mesa cirúrgica, campo e instrumentais
*OBS: auxiliar se paramenta enquanto o operador anestesia o paciente.
EXODONTIA SIMPLES
INDICAÇÕES *NÃO SÃO REGRAS ABSOLUTAS*: Cárie e complicações; doença periodontal grave; ortodontia e prótese; dentes
mal posicionados, fraturados, impactados e supranumerários; dentes associados às lesões patológicas; terapia pré-radiação
(eliminar a maior quantidade de foco infeccioso possível); dentes envolvidos no traço de fraturas maxilares; motivos econômicos.
CONTRA-INDICAÇÕES: Locais: pacientes irradiados (osteorradionecrose); dentes localizados e tumores malignos; dente em
abscesso dento-alveolar agudo e pericoronarite.
Sistêmicos: doenças metabólicas graves não controladas, diabete, doença renal e cardiovascular,
hemofilia, leucemia, hipertensão e gestação no primeiro ou no último mês.
Técnica cirúrgica: 1) Sindesmotomia (diérese);
EXO SIMPLES 2) Luxação com fórceps e/ou elevadores (diérese);
3) Avulsão (exérese);
4) Tratamento da cavidade (curetagem);
*OBS: Irrigação com soro elimina coágulo
*OBS: Manobra de Chompret – hemostasia comprimindo as tábuas ósseas - Mesmo sendo bom para
voltar a expansão óssea/voltar o osso no lugar, tem que tomar cuidado com a força, se não perde a tábua óssea mais delgada
Horizontal
Vertical Invertido Perpendicular ao 2º molar
Paralelo ao 2º molar com a Paralelo ao 2º molar com a
coroa do mesmo lado coroa do lado oposto
Linguo/Palatoangular
Distoangular Mesioangular Vestibuloangular
Longo eixo do dente Longo eixo do dente Longo eixo do dente incluso para a
incluso para a distal incluso para a mesial vestibular ou palatina/lingual
Ingle 1985 - “Indicada quando o clínico é incapaz de atingir a área da lesão e remover os agentes causadores da doença através
do canal radicular”
Berbert 1974 - “É um procedimento que visa resolver complicações decorrentes de um tratamento endodôntico ou insucesso
dele”
Formação de um cisto: Cárie profunda atingindo a polpa, leva a necrose pulpar. O conteúdo necrótico extravasa pelo forame
apical, levando a um processo inflamatório crônico. Como resultado, forma-se um tecido de granulação no periápice, formando o
Granuloma (na radiografia, sem halo radiopaco e sem cavitação). Caso este processo atinja restos epiteliais de Malassez, forma-se
o Cisto (na radiografia, com halo radiopaco e com cavitação). Neste caso, as células que estão no centro da lesão vão se
multiplicando e, com isso, ficando sem nutrientes e morrem pois, quem receberá nutrientes estará na periferia da lesão. Este
processo também dá início à osteogênese por pressão osmótica. por isso o halo radiopaco.
Definição de cisto: Cavitação patológica revestida por epitélio com interior com líquido/semi-líquido (restos celulares e cristais de
colesterol)
*IND: Anomalias anatômicas severas (delta apical, dilacerações apicais, dente com canal calcificado e com lesões apicais,
impedimento de instrumentação e obturação, condutos e raízes supranumerários)
Problemas Iatrogênicos (perfurações radiculares, fratura de instrumento, obturação inadequada, corpos estranhos
localizados no periápice, núcleo metálico extenso com obturação deficiente, coroa bem adaptada com obturação deficiente)
Fraturas horizontais radiculares no terço apical
Cessar processos de reabsorção radicular
Presença de cistos e lesões
*C-IND: Primeira escolha; saúde comprometida; infecção aguda; bolsas periodontais extensas; oclusão traumática; reabsorção
apical extensa; considerações anatômicas (proximidade de estruturas nobres, suporte ósseo insuficiente e ápice inacessível)
Tipos: Curetagem Periapical / Apicoplastia – Remoção cirúrgica de tecidos periapicais sem reduzir o comprimento da raiz
Remoção de todo tecido patológico ou de corpos estranhos
*OBS: Indicação: Tratamento endodôntico até o limite ideal.
*OBS: Arredondar o ápice
Apicectomia – Amputação da porção apical, seguida da curetagem do tecido patológico periapical e apicoplastia
*OBS: Indicações: lesões com inserção baixa – delta apical; tratamento endodôntico aquém do ideal;
impossibilidade de retratamento; reabsorção externa.
Apicectomia com obturação retrógada – Fechamento do extremo radicular via apical
*OBS: tratamento endodôntico muito aquém do ideal
Apicectomia com retroinstrumentação e obturação retrógada
*OBS: O canal necessariamente deverá estar selado o melhor possível, podendo até ser preparado e obturado na mesma sessão cirúrgica.
*Obturação por via apical feita com broca de aço esférica ou tronco cônica invertida para fazer uma caixa retentiva. Levar o material obturador
com instrumentos auxiliares, como porta-amalgama e fazer uso dos condensadores e brunidores para um bom selamento apical.
Sucesso biológico: fechamento do ápice, reinserção do ligamento periodontal e reparação do osso alveolar.