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Apostila de

dentística I
Por Alissa Tamara
@sorrisoneon_

Por Alissa Tamara - @sorrisoneon_


Sumário
1 - Classificação das cavidades .................................................................................................. 4
1.1 - Classificação de Black ...................................................................................................... 5
2 – Instrumentais............................................................................................................................. 6
3 – Cariologia ................................................................................................................................. 8
4 – Princípios da biomecânica ..................................................................................................... 9
5 – Isolamento absoluto .............................................................................................................. 11
5.1 - Passo a passo para o isolamento absoluto: ................................................................... 12
6 - Proteção do complexo dentinopulpar................................................................................ 14
7 - Classificação dos sistemas adesivos: ................................................................................... 16
8 – Seleção das cores ................................................................................................................. 18
9 - Restaurações em dentes posteriores ................................................................................... 20
10 - Acabamento e polimento em restaurações diretas ....................................................... 21
11 - Referências ........................................................................................................................... 23

Por Alissa Tamara - @sorrisoneon_


Olá, tudo bem? Espero que sim!
Primeiramente gostaria de agradecer a sua confiança em meu
trabalho para adquirir a apostila. Fiz com muita dedicação e
carinho, espero que goste. Ah, e não se esqueça, quando estiver
estudando não deixe de nos marcar e se surgir alguma dúvida ou
consideração, estarei te esperando no @sorrisoneon_! Bons estudos!

Por Alissa Tamara - @sorrisoneon_


1 - Classificação das
cavidades
A classificação tem o objetivo de
facilitar a comunicação entre os
profissionais.
Fonte: LUIZ, baratieri et al. Odontologia restauradora:
Cavidade: condição do dente causada fundamentos e técnicas. Volume 1. São Paulo, Santos, 2013.
pela destruição do tecido duro.
Composta: quando atinge duas faces
Tipos de cavidade do dente.

▪ Patológica: é uma cavidade com


formas e dimensões irregulares,
causada pela destruição do
tecido duro do dente.
▪ Terapêutica: é uma cavidade
com forma geométrica e
dimensões definidas, resultante de Fonte: LUIZ, baratieri et al. Odontologia restauradora:
fundamentos e técnicas. Volume 1. São Paulo, Santos, 2013.
um processo cirúrgico que visa
remover o tecido cariado. Complexa: quando atinge três ou mais
cavidades do dente.
Objetivo do preparo cavitário:
▪ Remover o tecido cariado;
▪ Obter proteção mútua;
▪ Impedir recidiva de cárie.

Classificações
Quanto a finalidade: Fonte: LUIZ, baratieri et al. Odontologia restauradora:
fundamentos e técnicas. Volume 1. São Paulo, Santos, 2013.
▪ Terapêutica: resultante da
remoção do tecido cariado, assim De acordo com as faces envolvidas:
o dente está pronto para receber
o material restaurador.
▪ Protética: resultante de um
preparo cavitário com finalidade
protética, podendo ou não
apresentar uma lesão de cárie.
De acordo com o número de faces:
Simples: quando atinge apenas uma
face do dente.

Fonte: LUIZ, baratieri et al. Odontologia restauradora:


fundamentos e técnicas. Volume 1. São Paulo, Santos, 2013.

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Partes constituintes das cavidades: Ângulos triedros: ângulos formados pela
união de três paredes.
Paredes: são limites internos das
cavidades, são elas: Ângulo cavo-superficial: ângulo formado
Circundantes: são as laterais da pela junção das paredes da cavidade
cavidade, aquelas que definem seu com a superfície externa do dente, ou
contorno seja, é a linha que contorna o preparo.

▪ Vestibular;
▪ Mesial;
▪ Distal;
▪ Lingual ou palatina;
▪ Cervical: quando se perde uma
parede, seja ela vestibular,
palatina, mesial ou distal, passa a
ter uma parede cervical ou
gengival.
Fundo:
▪ Axial: mesmo sentido que o longo Fonte: LUIZ, baratieri et al. Odontologia restauradora:
eixo do dente; fundamentos e técnicas. Volume 1. São Paulo, Santos, 2013.

▪ Pulpar: é perpendicular ao longo


eixo do dente.
1.1 - Classificação de Black
Ângulos: Etiológica: baseada em áreas dos
dentes susceptíveis a cárie, como as
É a linha de união de duas ou mais fissuras. No entanto, existem regiões que
paredes. são imunes á cárie, como as superfícies
Ângulos diedros: são formados pela lisas.
união de duas paredes. Podem ser do: Classe I: são lesões ou cavidades
▪ Primeiro grupo: ângulo formado encontradas nas regiões de cicatrículas
pela união de duas paredes e fissuras (regiões de má união do
esmalte).
circundantes;
▪ Segundo grupo: é o ângulo Pode ser encontrada:
formado pela união de uma
parede circundante e uma de ▪ Molares e pré-molares;
fundo; ▪ 2/3 oclusais da face vestibular dos
▪ Terceiro grupo: é o ângulo molares inferiores;
formado pela união das duas ▪ 2/3 oclusais da face palatina dos
paredes de fundo. molares superiores;
▪ Palatina dos incisivos e caninos
superiores (pode surgir pseudo
O ângulo áxio pulpar é o mais cúspides).
importante, porque ele geralmente
precisa estar arredondado, com o
objetivo de favorecer a distribuição de
forças.

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todos os dentes.

Fonte: LUIZ, baratieri et al. Odontologia restauradora:


fundamentos e técnicas. Volume 1. São Paulo, Santos, 2013. Fonte: LUIZ, baratieri et al. Odontologia restauradora:
fundamentos e técnicas. Volume 1. São Paulo, Santos, 2013.
Classe II: lesões ou cavidades que
envolve as faces proximais de molares e
pré- molares. Tanto a classe IV, como a classe V, pode
ser causada por lesão de cárie como
também para descrever perdas de
estruturas causadas por processos não
cariosos, como atrição, abfração e até
mesmo traumatismos.

Fonte: LUIZ, baratieri et al. Odontologia restauradora:


fundamentos e técnicas. Volume 1. São Paulo, Santos, 2013.
Adendos à classificação de Black
Classe III: são lesões ou cavidades que
Classe VI: lesões ou cavidades
envolvem as faces proximais dos dentes
localizadas nas pontes nas pontas de
anteriores, sem comprometimento do
cúspide dos dentes posteriores, sem
ângulo incisal.
envolvimentos de fissuras, ou nos bordos
incisais dos dentes anteriores, sem
envolvimento do ângulo incisal.

2 – Instrumentais
Existem dois tipos de instrumentais:
Fonte: LUIZ, baratieri et al. Odontologia restauradora:
fundamentos e técnicas. Volume 1. São Paulo, Santos, 2013.
➢ Cortantes manuais:
Classe IV: atinge a face proximal dos
São usados para cortar e planificar as
dentes anteriores, com
cavidades ou complementar a ação
comprometimento do ângulo incisal.
dos instrumentos rotatórios.
O instrumental é constituído por:
▪ Cabo;
▪ Porção intermediária;
▪ Ponta ativa.

Fonte: LUIZ, baratieri et al. Odontologia restauradora:


fundamentos e técnicas. Volume 1. São Paulo, Santos, 2013.

Classe V: atinge o terço gengival ou


cervical da face vestibular e lingual de

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Concentricidade: capacidade de girar
em torno do próprio eixo.

Calor friccional: diretamente


proporcional á pressão de corte,
velocidade de rotação e área de
contato.

Se não tiver concentricidade gera


Fonte: LUIZ, baratieri et al. Odontologia restauradora:
fundamentos e técnicas. Volume 1. São Paulo, Santos, 2013. mais calor friccional, podendo
lesionar a polpa ou gerar
Existem instrumentais que podem ser: sensibilidade e desconforto ao
▪ Simples: com apenas uma ponta paciente.
ativa;
▪ Duplo: com duas pontas
Vibração: quanto maior a frequência
ativas. do corte, maior a vibração e quanto
menor a amplitude, menor a vibração.
Tipos de angulação:
Quanto mais angulado, mais posterior Instrumentais rotatórios:
ele consegue cessar, portanto para Brocas de corte: são disponibilizadas
dentes anteriores é utilizado tanto para baixa rotação quanto para
instrumentais com ângulos mais retos. alta rotação. Exemplo: brocas.
▪ Monoangulado;
Classificação de acordo com o material:
▪ Biangulado;
▪ Triangulado. ▪ Brocas de aço
▪ Brocas de carboneto tungstênio.
Funções de cada instrumentais:
Classificação de acordo com o formato
Machados: são usados para clivar e
da ponta ativa:
aplainar o esmalte e as paredes V e L das
caixas proximais do preparo classe II.
▪ Esférico;
Ponta do instrumental é reta.
▪ Cilíndrico;
Colher de dentina: utilizada para ▪ Tronco-cônica;
remoção de tecido cariado. ▪ Cone invertido;
▪ Roda.
Recortadores de margem gengival: são
utilizados para planificação do ângulo
Classificação de acordo com a lâmina
cavo-superficial, arredondamento do
cortante:
ângulo áxio-pulpar. Ponta do
instrumental é angulada, o que facilita o ▪ Lisa;
acesso as margens. ▪ Picotada.

➢ Rotatórios:
Brocas de desgaste: são instrumentos de
alta rotação. Exemplos: pontas
Torque: capacidade do instrumento de
diamantadas, pedras e discos.
resistir a pressão produzida pelo contato
contra a superfície de corte sem que o As pontas diamantadas possuem
seu movimento seja interrompido. desgastam esmalte, possui grande
variedade de forma, maior vida útil.
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Como selecionar broca e ponta
diamantada para cada situação?
Vai depender:
▪ Formato da ponta ativa;
▪ Diâmetro da ponta ativa;
▪ Potencial de corte ou desgaste;
▪ Format do ângulo na borda.

O aquecimento da superfície vai


depender:
Fonte: thinkodontologia
▪ Tipo de broca ou
ponta diamantada; Como saber quando:
▪ Velocidade de rotação;
▪ Tempo de contato com o dente; Não intervir: quando estiver apenas em
▪ Tipo de tecido; esmalte ou estiver com selamento
▪ Refrigeração das brocas. biológico.

Fatores que afetam o calor friccional:


Selamento biológico nada mais é que
▪ Instrumento cortante; corantes e minerais aderidos ao sulco
▪ Característica do dente; dos dentes. Essa pigmentação não
▪ Operador. precisa ser removida e muito menos de
restauração.

3 – Cariologia Para diferenciar da cárie é necessário


fazer uma radiografia.
A cárie dentária é uma doença
infecciosa que progride de forma muito
lenta na maioria dos indivíduos, na Mínima intervenção: indicado para
ausência de tratamento, progride até sulcos mais enegrecidos, com máxima
destruir totalmente a estrutura dentária. preservação das estruturas dentais, para
isso utiliza-se brocas mais conservadoras.
A cárie depende dos comportamentos
individuais: Intervenção restauradora: indicado
para grandes cavitações.
▪ Hábitos;
▪ Higiene; Progressão da cárie
▪ Determinantes socioculturais;
1) Ultra-estrutural: o tratamento é
Tríade de Keyes preventivo. Esse processo ocorre
quando acabamos de comer,
Sugeriu um modelo de explicação para o consiste em um pequeno tempo
desenvolvimento da cárie dental, que de desafio cariogênico, sendo
seria produto da interação de três fatores. totalmente reversível esse
Mais tarde Newbrum incluiu tempo a processo;
tríade de Keyes. 2) Microscópica: quando a
cavidade bucal permanece no
desafio cariogênico por maior
tempo, evoluindo para perda
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mineral. É possível ser visualizado Lesão de cárie aguda: devido a rapidez
apenas no exame histológico, no da progressão da cárie a polpa não tem
exame físico observa-se apenas carácter de autoproteção, o que facilita
o biofilme; o acesso a polpa.
3) Visível clinicamente: falta de
Mancha branca:
higienização de 5 a 6 dias,
podendo apresentar lesão de ▪ Ativa: não possui brilho, lisura e
mancha branca visível, nessa geralmente apresenta gengiva
fase esse processo ainda é inflamada;
reversível;
▪ Inativa: é remineralizada e possui
4) Cavitação: perda intensa de
aspecto brilhante.
mineral e intenção má
higienização;
5) Destruição total: destruição do Como diferenciar da fluorose?
dente. A fluorose atinge principalmente as
Cárie oclusal tende a ser mais profunda incisais dos dentes e ponta das cÚSpides e
que larga, iniciando com formato de na maioria das vezes é linear, ou seja, se
ponto. aparece no canino esquerdo, irá
aparecer no canino direito.

Decisão terapêutica:
Restrita a esmalte / não cavitadas /
selamento biológico = Proservação.
Comprometimento dentinário /
cavitadas/ cárie oculta = Restauração.
Planos de tratamento:
Fonte: odontologiaiwai
▪ Fase I – preparatória: resolução
Cárie proximal, tende a ser mais
de urgências, adequação do
achatada do que larga, devido à
meio bucal e avaliação do nível
proximidade que apresenta com a polpa,
de SAÚDe;
inicia-se com a base do triângulo.
▪ Fase II – reabilitação: conjuntos
de
especialidades para
os tratamentos, dentística,
ortodontia, prótese, oclusão;
▪ Fase III – manutenção: consultas
periódicas.

Fonte:dentisticahoje

Lesão de cárie crônica: devido a lenta


4 – Princípios da
progressão da cárie, a polpa tem biomecânica
carácter de autoproteção, quando a
lesão se aproxima da junção Preparo cavitário:
amelocementária, assim a polpa É o tratamento biomecânico da cárie,
começa a depositar dentina. com objetivo que as estruturas dentais
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recebam restaurações, que protejam e C) Observar a progressão da cárie nas
previnam contra a recidiva de cárie. faces livres e proximais;
D) Extensão preventiva do preparo,
Objetivo do preparo cavitário:
envolvendo todas as cicatrículas,
▪ Devolver forma, função e estética; fissuras e sulcos;
▪ Remover o tecido cariado; E) Idade do paciente: pacientes
▪ Estender o preparo até regiões que jovens possui cúspides mais
são imunes a cárie; volumosas e sulcos mais profundos,
▪ Preparar cavidades que possam já pacientes idosos, possuem
receber e reter o material; cúspides menos volumosas e sulcos
▪ Preservar a vitalidade pulpar. mais rasos, além disso, estão em
constante remodelação óssea,
Tempos operatórios:
podendo perder volume gengival,
I) Abertura da cavidade: o que origina um preparo
subgengival.
Consiste em abrir a cavidade e expor a
lesão de cárie para facilitar a
III) Remoção da dentina cariada:
visualização.
Lesões de cárie incipiente: é necessário Remoção de todo tecido cariado.
abertura da cavidade; Retirada da dentina contamina e
desmineralizada de modo irreversível.
Lesão de cárie ampla: não precisa de
abertura, pois a cavidade já está exposta. IV) Forma de resistência:

II) Contorno: Consiste em formar uma cavidade para


que o dente e o material restaurador
Delimita a área que possui tecido
possam resistir a:
cariado, a qual deverá ser introduzido o
material restaurador. ▪ Esforços mastigatórios;
▪ Variação volumétrica (amálgama);
Princípios básicos:
▪ Diferença no coeficiente de
A) Todo esmalte sem apoio deve ser expansão térmica do material
removido. restaurador e dente;

Resina composta: para restaurações Princípios mecânicos de Black:


desse tipo não é necessário retirar todos
▪ Todo esmalte deverá ser suportado
os prismas sem apoio, pois nesse caso será
por dentina sadia;
utilizado o condicionamento ácido. Dessa ▪ Paredes circundante planas e
forma, em restaurações com resina, tem-
paralelas entre si e perpendiculares
se preparos mais conservadores.
a parede pulpar;
Amálgama: nesse caso precisa-se de ▪ Parede gengival plana e paralela á
deixar a superfície lisa, o que facilita a parede pulpar e ambas;
retenção do material restaurador. Dessa perpendiculares ao longo eixo do
forma, em restaurações com amálgama dente;
tem-se preparos menos conservadores. ▪ Ângulo áxio pulpar arredondado,
pois favorece a distribuição de
B) As margens do preparo devem forças;
estar em áreas imunes a cárie,
como a ponta das cúspides.
V) Forma de retenção:

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Consiste em dar forma a cavidade com a ▪ EDTA 10%;
finalidade de evitar o deslocamento da ▪ Ácido poliacrílico 25% - não remove
restauração durante a mastigação. totalmente o smear layer.
Tipos de formas de retenção:
5 – Isolamento absoluto
▪ Friccional = atrito (quanto mais
atrito mais retentivo); É um conjunto de procedimentos
▪ Química = condicionamento ácido; realizados na cavidade, o qual tem o
▪ Mecânica = retenção adicional – objetivo de eliminar toda umidade e
ângulo diedro de segundo grupo proporcionar condições assépticas para
com retenção adicional; o tratamento das restaurações.
▪ Quanto mais longo o preparo mais Tipos de isolamento:
retentivo, quanto mais largo, menos
A) Isolamento relativo: é aquele em que
retentivo.
não é usado o lençol de borracha,
usa-se roletes de algodão, sugadores,
VI) Forma de conveniência:
afastadores labiais.
Consiste em dar ao preparo cavitário Indicações:
características, com objetivo de facilitar o
acesso e instrumentação da cavidade. ▪ Intervenção de curta duração;
▪ Aplicação tópica de flúor;
▪ Isolamento absoluto; ▪ Erupção parcial de dentes;
▪ Proteção do dente adjacente. ▪ Com dificuldade respiratória;
▪ Pacientes alérgicos a borracha ou
VII) Acabamento das paredes de
derivado.
esmalte:
Consiste em alisar as irregularidades do B) Isolamento absoluto: é aquele
preparo de esmalte e do ângulo cavo- realizado com lençol de borracha.
superficial do preparo. Para essa etapa, Vantagens:
utiliza-se Recortadores.
▪ Permite o controle da umidade e
VIII) Limpeza da cavidade: contaminação da cavidade;
Consiste em remover os resíduos do ▪ Oferece melhor visibilidade e
preparo antes da inserção do material acesso do profissional;
restaurador, através de diferentes ▪ Oferece segurança para o
materiais de limpeza. paciente, diminuindo o risco de
deglutir e aspirar materiais e
Agentes não desmineralizantes: resíduos acidentalmente;
▪ Germicidas = clorexidina / água ▪ Diminui o tempo clínico.
oxigenada 2%; Quando é recomendado o isolamento
▪ Detersivos = tergentol – limpeza absoluto?
intracanal;
▪ Alcalinizantes = produtos à base de ▪ Durante remoção de tecido
hidróxido de cálcio – limpeza de cariado, principalmente em
preparos mais profundos. cavidades profundas;
▪ Em todos procedimentos que
Agentes desmineralizantes: envolvem amálgama;
▪ Ácido fosfórico 35 e 37%; ▪ Durante remoção de restaurações
insatisfatórias;
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▪ Durante procedimentos com
sistemas adesivos; 200 a 205 = molares
▪ Em pacientes com necessidades
especiais. 205 a 209 = pré-molares

Quando é contra indicado o isolamento 210 a 211 = incisivos e caninos


absoluto?
▪ Em pacientes com asma ou Lubrificante hidrossolúvel: deve ser
problemas respiratórios; aplicado na face interna do lençol de
▪ Em dentes com erupção borracha, com objetivo de facilitar sua
incompleta, o que dificulta passagem nas faces proximais;
encaixar corretamente o lençol.
▪ Em pacientes alérgicos a látex. Caneta: utilizada para marcar onde deve
ser perfurado.
Itens necessários para o isolamento
absoluto: 5.1 - Passo a passo para o
▪ Lençol de borracha;
isolamento absoluto:
▪ Arco de Young: arco metálico em Inicialmente dividir o lençol de borracha
formato de U, utilizado para esticar em quatro quadrantes. Posteriormente
e prender o lençol, para isso, ele
deve-se posicionar o arco de Young
conta com algumas garras;
sobre o lençol de borracha e prender o
▪ Perfurador de borracha;
lençol nas garras do arco, o lençol
▪ Pinça porta grampos: tem a
deverá ficar esticado e sem dobras.
função de pegar e abrir os
grampos;
▪ Grampos: sua função é estabilizar
o lençol de borracha, no entanto,
em alguns casos pode provocara
retração dos tecidos gengivais.
Existem dois tipos:
1) Grampos sem asas laterais;
2) Grampos de asas laterais: inserção
simultânea do grampo de lençol
Fonte: LUIZ, baratieri et al. Odontologia restauradora:
de borracha. fundamentos e técnicas. Volume 1. São Paulo, Santos, 2013.

Com o auxílio do fio dental, iremos


chegar o contato dos dentes, se
necessário deve ajustar com a tira de
lixa, para que quando o lençol passar
entre os dentes, ele não rasque.
Posicionar o arco de Young voltado para
o mento e de modo que a linha vertical
Fonte: LUIZ, baratieri et al. Odontologia restauradora: coincida com a linha média. Assim,
fundamentos e técnicas. Volume 1. São Paulo, Santos, 2013. marque com a caneta os dentes que
será feito o isolamento absoluto.

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pinça para inserir.

Fonte: LUIZ, baratieri et al. Odontologia restauradora:


fundamentos e técnicas. Volume 1. São Paulo, Santos, 2013.

Para furar, usa-se o perfurador, na Fonte: LUIZ, baratieri et al. Odontologia restauradora:
fundamentos e técnicas. Volume 1. São Paulo, Santos, 2013.
sequência, molares, pré-molares,
caninos e incisivos. Lembrando que Depois de posicionado o grampo, deve
cada furo do perfurador corresponde a começar a passar o lençol de borracha
uma classe de dentes. nos dentes marcados, pode-se utilizar o
auxílio do fio dental. Ao passar o fio dental
deve- se remover por vestibular. O
próximo passo é estabilizar o lençol no
dente mais anterior ao preparo, para que
o lençol não saia, para isso pode-se fazer
um nó com o fio dental, dessa forma, as
duas extremidades ficam firmes.

Fonte: LUIZ, baratieri et al. Odontologia restauradora:


fundamentos e técnicas. Volume 1. São Paulo, Santos, 2013.

Regras para perfuração da borracha:


Fonte: LUIZ, baratieri et al. Odontologia restauradora:
Quanto maior o número de dentes fundamentos e técnicas. Volume 1. São Paulo, Santos, 2013.
incluídos no isolamento, melhor será o
acesso e visibilidade. Remoção:

Dentes posteriores: no mínimo um Para remover utilizar a pinça para retirar


dente para distal até canino do lado o grampo, depois retirar o arco e com a
oposto; ajuda de uma tesoura cortar o lençol na
vestibular e proximais, puxando por
Dentes anteriores: de pré-molar a pré- completo por palatino/ lingual.
molar ou canino a canino.
Endodontia: um dente apenas.

Posteriormente deve-se introduzir o


grampo no orifício feito com o perfurador
com objetivo de facilitar o preparo,
deve evitar colocar o grampo no dente
Fonte: LUIZ, baratieri et al. Odontologia restauradora:
que será restaurador, assim leva todo o fundamentos e técnicas. Volume 1. São Paulo, Santos, 2013.
aparato para a cavidade bucal, não
esquecendo de abrir o grampo com a

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6 - Proteção do complexo Tipos de dentina que uma cavidade
pode apresentar:
dentinopulpar ▪ Dentina seca, desidratada =
Proteção pulpar dentina que reagiu mais, sem
exposição pulpar;
O seu objetivo é manter sempre a ▪ Dentina úmida, com exposição
vitalidade pulpar. pulpar, refere-se a uma dentina
A vitalidade pode ser sempre mantida? que reagiu menos.

Não, porque terá situações em que a Importância da manutenção da


polpa já foi atingida pela cárie e se vitalidade pulpar:
encontra em um quadro irreversível.
Polpa = mecanismo que limita os danos
Dentina esclerótica, pode ser dos agentes agressores;
considerada uma forma de proteção
pulpar? ▪ Sensibilidade dolorosa
▪ Esclerose dos túbulos dentinários;
Sim, pois a dentina esclerótica é uma ▪ Formação de dentina
dentina reacional, a qual reagiu a um esclerosada.
processo carioso. A dentina esclerótica é
formada a partir de uma reação pulpar, Atenção
de um estímulo externo, que pode levar a
diminuição dos prolongamentos
odontoblásticos, fechamento dos túbulos Dentina resultante de uma cárie crônica:
dentinário, maior deposição de dentina pode-se observar, retração da câmara
nos túbulos dentinário. pulpar, dentina escurecida, fechamento
de túbulos dentinários, ausência de
Sempre que tiver uma exposição pulpar,
sensibilidade ou sensibilidade estimulada.
tem que fazer um tratamento
Nessa lesão, como tem fechamento dos
endodôntico?
túbulos dentinários, tem menor
Não, quando tem um processo carioso necessidade de proteção pulpar e uma
crônica o organismo tenta reagir de menor probabilidade de exposição da
alguma forma, agora quando é agudo, o polpa. Cavidade bastante reagida tem
organismo não consegue reagir, menor necessidade de protetores
podendo uma exposição pulpar mais pulpares, como hidróxido de cálcio.
fácil. Vai depender também das
condições sistêmicas do paciente. Dentina resultante de cárie aguda: tem
aspecto mais úmido, radiograficamente
Sucesso para terapia conservadora:
pode ser possível observar maior
▪ Correto diagnóstico de condição proximidade com a polpa e menor
pulpar; espessura de dentina formada,
▪ Remoção do agente agressor, o provavelmente o paciente possui maior
que auxilia no controle da infecção sensibilidade. A dentina possui túbulos
e no isolamento da polpa; dentinários mais abertos porque a dentina
▪ Aplicar materiais que auxiliem na
não teve tempo de reação. Nesse caso,
formação de dentina;
é importante um material de proteção
▪ Restaurar a cavidade.
pulpar.

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Como minimizar o trauma do preparo encontra-se sem dentina
cavitário: esclerosada.
▪ Utilizar instrumentos rotatórios
novos;
▪ Refrigeração abundante;
▪ Aplicar menor pressão de corte;
▪ Hidratação constante
da cavidade;
▪ Minimizar a secagem com ar,
para diminuir o trauma a polpa.
Como otimizar o procedimento
restaurador: Fonte: dentisticahoje.blogspot

▪ Utilizar materiais restauradores


adequados para cavidade; Túbulos dentinários X profundidade
▪ Evitar contaminação da
cavidade durante o
procedimento restaurador. A
Fatores que orientam as estratégias de B
proteção pulpar:
C
▪ Profundidade da cavidade;
▪ Qualidade e tipo de
dentina remanescente;
Fonte: repositorio.uem.
▪ Idade do paciente;
▪ Material restaurador.
A. Refere-se a uma região com
Tipos de cavidades: poucos túbulos dentinários;
B. Região com média quantidade de
túbulos dentinários;
1. Superficiais: geralmente ao lado da
C. Região com muita quantidade de
junção amelodentinária.
túbulos dentinários, área boa para
2. Rasas: lesão inicial, em que a colocar HC, para induzir a
parede de fundo está localizada formação de dentina.
entre 0,5 a 1,0 mm da junção
amelodentinária. Smear Layer
3. Média profundidade: atinge até Vantagens:
metade da espessura de dentina,
▪ Redução da permeabilidade
podendo ou não se apresentar
a fluídos bucais e produtos tóxicos;
esclerosada.
▪ Prevenção da penetração
4. Profundas: ultrapassa a metade da bacteriana nos túbulos dentinários.
dentina esclerosada, podendo se Desvantagens:
apresentar esclerosada ou não. ▪ Permeável a produtos
bacterianos;
5. Bastante profunda: encontra -se a
▪ Interfere na adesão de
0,5mm da polpa, podendo ou não
alguns materiais odontológicos;
ter leve exposição. Clinicamente
▪ Serve como depósito de
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bactérias e seus produtos. profunda com risco de exposição pulpar.

Proteção pulpar Ex: em uma lesão de cárie muito


profunda, sobrou um restante de dentina
Proteção indireta: quando não tem a afetada (passível de remineralização)
exposição de dentina, esse tipo de que se for removida, pode ter uma
restauração é feito em apenas um exposição pulpar. Dessa forma, deixa o
passo. restante de dentina afetada e aplica-se
HC e confecciona uma restauração
Objetivo: provisória com IV, depois de 45 a 60 dias,
se o paciente não teve sintomatologia
▪ Bloquear os estímulos;
dolorosa, pode remover o HC e o IV,
▪ Manter o ambiente posteriormente, faz a restauração com
adequado para recuperação IV, sistema adesivo e resina composta,
pulpar; mas agora não tem mais necessidade
▪ Evitar ou reduzir a infiltração e do uso de HC, porque a polpa já foi
crescimento de bactérias. estimulada. Esse tipo de tratamento evita
a exposição pulpar.
Proteção direta: quando tem exposição
pulpar, geralmente também é feita em Objetivo:
apenas uma sessão, pois reabrir a ▪ Bloquear a penetração de
cavidade oferece risco de agentes irritantes que podem
contaminação da polpa. atingir a polpa;
Nesse caso, como teve exposição ▪ Interromper o fluxo metabólico
pulpar, a polpa exposta possivelmente dos fluídos bucais as bactérias;
deve estar contaminada, para isso deve
▪ Estimular a formação de dentina
ser feia a curetagem da polpa (colher
esclerosada.
de dentina ou broca diamantada). Após
isso, a polpa pode sangrar, se for um 7 - Classificação dos
sangramento característico de polpa
vital, segue o procedimento. Deve-se sistemas adesivos:
lavar com água de HC, após lavagem,
aplicar pó ou pasta de HC, por cima Adesivos de condicionamento
aplicar o cimento de HC, posteriormente
o IV, sistema adesivo e resina composta. 1. Dois passos ou de quinta geração:
Porque não devo aplicar CHC ao O primer e o adesivo estão juntos no
invés de pó ou pasta? mesmo frasco. Portanto, aplica-se
Porque o CHC é hidrossolúvel, assim em primeiramente o condicionador ácido e
contato com a umidade da cavidade depois o primer e adesivo juntamente.
Essa classificação é mais indicada para
ele iria dissolver.
esmalte, pois quando se usa para
Objetivos: dentina, sua adesão fica comprometida,
devido sua composição orgânica. É
▪ Visa ao restabelecimento pulpar; indicado para restaurações de anteriores
▪ Promove a formação de uma e superiores e para cimentação de
barreira mineralizada. facetas.

Tratamento expectante: ocorre 2. Três passos ou de quarta geração:


geralmente em pacientes jovens com
lesão de cárie aguda, indicando lesão ▪ 1º Passo: aplicação do
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condicionador ácido; Após o condicionamento, o ácido deve
▪ 2º Passo: aplicação do primer; ser removido totalmente. Primeiramente,
▪ 3º Passo: aplicação do adesivo. pode-se aspirar o ácido e em seguida
realizar o enxágue, a vantagem dessa
Passos para aplicação: técnica é que elimina totalmente o ácido.
No entanto, pode apenas enxaguar, mas
1. Condicionamento ácido: corre o risco de não remover totalmente.
É um dos métodos mais eficazes de
promover retenção da restauração, pois O tempo de enxágue deve ser de 20
promove uma união forte e durável entre segundos.
a resina e a estrutura dental.

Molhamento: Quando apenas o esmalte é


É o primeiro passo para o sucesso da condicionado, a superfície deve estar
totalmente seca. Porém, a dentina não
adesão. Uma superfície dental limpa,
suporta uma secagem tão agressiva,
com micro asperezas, tem maior energia
podendo provocar o colabamento das
de superfície do que a superfície não fibras colágenas.
tratada, o que confere melhor
molhamento. Por esse motivo, que é feito 3. Aplicação do primer:
o condicionamento ácido, pois ele é
responsável por limpar a cavidade e O primer contém soluções hidrofílicas, os
quais são dissolvidos na água, acetona ou
promover micro poros, aumentando a
etanol, essa propriedade contribui para
energia de superfície e favorecendo o
evaporação da umidade da cavidade. A
molhamento. parte hidrofóbica, vai penetrar nos
túbulos dentinários.
O esmalte não possui fibras colágenas e
possui pequena quantidade de água, o O primer possui uma grande variedade
que o caracteriza com menos desafios de Ph, devido a sua quantidade de
para adesão. grupos funcionais. Um primer pode atingir
ph baixo o suficiente para remover a
A dentina possui muita quantidade de smear layer e condicionar a dentina, esse
colágeno e água, o que confere maior primer é classificado como
desafio para uma boa adesão. A dentina autocondicionante.
condicionada deve ser mantida úmida
para assegurar a formação da camada 4. Aplicação do adesivo:
híbrida. Porém, se não houver água, a
rede de colágeno se colapsa e impede a O principal papel dos adesivos é
formação da camada híbrida. Já se a preencher os espaços interfibrilares,
quantidade de água for em excesso, criando uma camada híbrida. A camada
pode causar infiltrações com o passar do de adesivo, irá prevenir a infiltração de
tempo, por inviabilizar uma boa adesão. fluídos na margem restauradora.
Portanto, a aplicação do primer é
importante para manter a rede de Nessa etapa tem a formação de:
colágeno hidratada ao mesmo tempo
▪ Tags: adesivo polimerizado nos
que remove o excesso de água.
túbulos dentinários;
O tempo de condicionamento é de ▪ Microtags: adesivo polimerizado
nos canalículos dentinários.
aproximadamente 15 segundos.

2. Enxágue e secagem: Adesivos autocondicionantes

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visualização da cor da dentina. Sendo
1. Dois passos ou de sexta geração: responsável pelo valor dos dentes
naturais.
Nesse caso, é utilizado um primer acídico,
o qual serve tanto para condicionar, Atenção
quanto como primer. Posteriormente é
aplicado o adesivo. É indicado para O grau de translucidez dos tecidos
dentes posteriores. modifica ao longo da vida. A translucidez
aumenta com o passar dos anos, devido
2. Passo único ou sétima geração: a diminuição da espessura, decorrente
ao desgaste fisiológico. A dentina sofre
Nessa etapa o condicionador ácido, alterações cromáticas ao longo da vida,
primer e adesivo se encontram em um decorrente da sua deposição contínua,
único passo. que resulta em maior saturação da cor e
aumento da mineralização.

8 – Seleção das cores Essas modificações ao longo da vida,


explica o porquê de os dentes jovens
A cor só existe na presença dos seguintes apresentarem mais brancos e luminosos,
elementos: pois a mais espessura do esmalte reduz a
▪ Luz; percepção da saturação da dentina.
▪ Objeto; Porém os dentes de adultos e idosos
▪ Observador. apresentam-se mais amarelados, devido
a mais espessura do esmalte, deixando a
Propriedades importantes da cor:
coloração da dentina mais evidente.
▪ Matiz: é a dimensão que distingui
uma família de cor da outra. Pode-
Coloração dos terços dos dentes:
se dizer que é o nome dado a cor,
como azul, amarelo, vinho.
▪ Terço cervical: apresenta grande
▪ Croma: descreve a saturação ou espessura de dentina e pequena
intensidade de um determinado espessura de esmalte. O que
matiz. Nos dentes pode ser resulta em croma alto e valor
observado variações do croma intermediário. É um local mais
em regiões diferentes em um propício para avaliar a cor da
mesmo dente. dentina.
▪ Valor: é a luminosidade da cor, ▪ Terço médio: apresenta um
característica que distingue cores grande volume de dentina e
claras de escuras. camada de esmalte espessa.
Apresenta alto valor, pois a
Cor dos dentes: camada de esmalte consegue
diminuir a saturação da dentina,
A sobreposição de diferentes espessuras aumentando a luminosidade.
de esmalte e dentina ao longo da coroa,
resulta em um aspecto policromático da
coroa.

A dentina possui baixa translucidez e alta


saturação sendo a principal responsável
pelo matiz e croma básicos do dente.

O esmalte é um tecido muito translúcido


e pouco saturado, o que permite a
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excesso, a restauração ficará muito
evidente, ou seja, muito esbranquiçada.

Método de avaliação e registro da cor:

O método utilizado para seleção de cores


é a comparação visual entre o dente
natural e as escalas de cor, chamada
escala Vita. Essa escala é baseada no
matiz e no croma, as nuances de matiz é
A, B, C e D, descritas por laranja, amarelo,
amarelo/cinza e laranja/cinza, enquanto
Fonte: LUIZ, baratieri et al. Odontologia restauradora: o coma varia de 1 a 4. A escala Vita é
fundamentos e técnicas. Volume 1. São Paulo, Santos, 2013. formada por um total de 16 cores.
▪ Terço incisal: camada de dentina
fina e camada de esmalte A escala pode ser ordenada de acordo
espessa, o que confere alta com o croma.
translucidez.

A opalescência é uma característica


óptica exclusiva do esmalte, caracteriza-
se pela imagem azulada no terço incisal.
Para isso, existem resinas específicas para
fazer essa característica. Fonte: LUIZ, baratieri et al. Odontologia restauradora:
fundamentos e técnicas. Volume 1. São Paulo, Santos, 2013.

A escala pode ser ordenada também em


ordem decrescente de valor.

Fonte: LUIZ, baratieri et al. Odontologia restauradora:


fundamentos e técnicas. Volume 1. São Paulo, Santos, 2013.
Fonte: LUIZ, baratieri et al. Odontologia restauradora:
fundamentos e técnicas. Volume 1. São Paulo, Santos, 2013.
Fluorescência: é a capacidade de
absorver luz de um determinando
comprimento de onda e em resposta Um método muito utilizado para seleção
emitir luz com um comprimento de onda de cores, é a aplicação e fotoativação
diferente. de pequenos incrementos de resina sobre
a superfície dental. Além de simples e
A dentina possui mais fluorescência que o prático, garante a maior fidelidade da
esmalte, pois a fluorescência está ligada cor, visto que a mesma cor, pode
a quantidade de componentes apresentar diferenças entre a escala e o
orgânicos. Para isso, os materiais
material. Para isso, o ensaio restaurador é
restaurados precisam ter quantidades
a forma mais indicada para a escolha das
adequadas de fluorescência. Se a resina
tiver pouca fluorescência, em luz negra a cores.
restauração pode desaparecer, já se tiver

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9 - Restaurações em contribuir para o desenvolvimento
de cáries secundárias;
dentes posteriores ▪ Possibilidade de manchamento
superficial: quando o polimento
No mercado atualmente existem várias não é feito adequadamente, as
resinas estão sujeitas a todo tipo de
opções para restaurações em dentes
pigmentação dos alimentos;
posteriores, como amálgama, resina e o
ionômero de vidro, o qual apresenta ▪ Extensão da área a ser restaurada:
quanto maior a extensão da lesão
algumas limitações mecânicas.
cariosa, mais chances de fratura,
Resinas compostas principalmente de molares, nas
quais é necessário uma mais
Em dentes anteriores as propriedades resistência as forças mastigatórias.
fundamentais são lisura superficial, brilho e Nesses casos, é indicado as
cor, mas em dentes posteriores as restaurações indiretas.
propriedades como radiopacidade e
resistência ao desgaste são primordiais. Técnica incremental
Nos dentes posteriores, estruturas Essa técnica tem o objetivo de diminuir a
marginais, cúspides, vertentes poderão contração de polimerização, diminuindo
ser preservadas, mesmo onde o esmalte a contração e consequentemente a
não tiver apoio completamente de sensibilidade pós-operatória.
dentina. O formato da cavidade
depende especialmente da extensão da
lesão de cárie.

Quando há pouco ou nenhum esmalte


nas margens cervicais, a qualidade da
Fonte: odontoup
adesão fica diminuída, para melhorar isso,
pode-se optar pelo uma de cimento de Essa técnica sugere a aplicação de
ionômero de vidro, o qual oferece pequenos incrementos de resina, o qual
qualidade do vedamento. em seguida deve ser polimerizado. Esse
processo diminui o fator C, devido a união
Vantagens: de cada incremento se restringir apenas a
▪ Preparo conservador; poucas paredes.
▪ Facilidade de preparo;
▪ Reforço da estrutura dental Inicia-se a inserção de resina nas paredes
remanescente; proximais, cada incremento deve ter
▪ Custo inferior quando comparado contato com no máximo duas paredes.
a restaurações indiretas.
Fator C: corresponde a quantidade de
Limitações: paredes que competem por adesão.
▪ Sensibilidade: é necessário Quanto maior o fator, mais paredes
controle rigoroso da umidade, competem por adesão, mais
além de inserção criteriosa da comprometida ela fica. Portanto,
resina, com pequenos quanto menor o número de paredes
incrementos; competir pela adesão menor o fator C,
▪ Contração de polimerização: melhor a adesão.
capacidade da resina contrair Quanto menor o fator C, menor a
após a polimerização, o que pode contração de polimerização.

Por Alissa Tamara - @sorrisoneon_


Passo a passo para restaurações em Indicação: são indicadas para
Resina composta: forramento e base devido seu baixo
módulo de elasticidade.
▪ Verificar os contatos oclusais;
▪ Profilaxia; 2. Alta viscosidade:
▪ Seleção da cor;
▪ Anestesia; São aquelas com maior quantidade de
▪ Isolamento; partículas de carga. A maior quantidade
de carga, faz com que a resina suporte o
▪ Preparo cavitário;
estresse funcional. Dessa forma, esses
▪ Aplicação do sistema adesivo; tipos de resinas podem preencher até 5
▪ Inserção da resina; mm de cavidade de uma única vez.
▪ Polimerização após cada
incremento; Indicação: são indicadas para
▪ Acabamento e polimento; restaurações posteriores e forramento de
▪ Remoção do isolamento absoluto; restauração classe I e II.
▪ Ajustes oclusais.
O tempo de polimerização dessa resina
deve ser o mesmo das resinas
Resina Bulk Fill convencionais de 20 segundos.

São resinas que possuem modificações Vantagens:


da sua composição, o que permite a sua
utilização em um incremento único. ▪ Baixa contração de polimerização;
▪ Maior fluidez, permitindo melhor
▪ Resina convencional: incremento adaptação a cavidade;
de até 2 mm;
▪ Rapidez, por ser de preenchimento
▪ Bulk and Body: permite incremento único;
de até 4 mm, sendo finalizado pela
▪ Menor formação de bolhas devido
cobertura;
a maior fluidez do material;
▪ Bulk Fill: permite a colocação de
incremento de até 5 mm. Desvantagens:

As resinas Bulk Fill, são comercializadas de ▪ Falha em dentina quando usado


duas formas distintas: incrementos de 6 mm na cavidade;
▪ Rugosidade da superfície, quando
1. Fluída:
expostas a substâncias ácidas;
Permite o preenchimento da cavidade ▪ Sem adaptação marginal superior
com um único incremento de até 4 mm e as resinas compostas
após a polimerização deve adicionar convencionais.
uma última camada de 2 mm de uma
resina híbrida ou nanoparticulada.
10 - Acabamento e
Essas resinas com baixa viscosidade e
possuem menor porcentagem de
polimento em
partículas de carga. Devido a essa restaurações diretas
viscosidade reduzida, essas resinas são
usadas como base, devido ao seu baixo O acabamento é a etapa, a qual fornece
módulo de elasticidade. contorno adequado, com refinamento
da anatomia, levando a uma maior
Por Alissa Tamara - @sorrisoneon_
naturalidade do elemento. Além disso, a Em seguida, para refinar a escultura
etapa do acabamento remove também oclusal, utiliza-se as borrachas abrasivas
excesso de restaurações. de grossa granulação.

Após o acabamento é necessário o


polimento, o qual tem o objetivo de tornar
a superfície mais lisa e brilhante.
O acabamento e polimento aumenta a
vida útil da restauração?
Sim, pois garante a lisura superficial,
quando não realizada dificulta a
higienização, podendo causar
Fonte: Silva, Adriana. LUND Rafael. Dentística Restauradora –
manchamento dental, acúmulo de Do Planejamento à Execução. 1° Edição. Rio de Janeiro,
Santos, 2016.
biofilme e diminuição das propriedades
mecânicas.
Para realizar o acabamento na face
proximal, pode ser usada tiras de lixas
Estudos recentes apresentam que
específicas para restauração de
restaurações rugosas próximas a
amálgama. As lixas são formadas por
margem gengival podem estar duas abrasividades, uma de granulação
associadas a inflamação nos tecidos média, com cor cinza e uma de
gengivais. granulação fina, com cor branca, cada
tira possui uma porção sem abrasividade,
para ser inserida na superfície
Acabamento e polimento de interproximal.
restaurações de amálgama
O polimento é dividido em duas etapas:
Quando se utiliza amálgama o
acabamento deve ser realizado 1° Polimento inicial: é realizado na mesma
imediatamente após a restauração, já o sessão que a restauração e pode ser feito
polimento final deve ser feito no mínimo com a taça de borracha ou a escova de
48 horas após a condensação do Robinson.
material.

O acabamento é iniciado com brocas


multilaminadas, específicas para
utilização em amálgama. São de diversos
formatos e deve-se usar aquela que
melhor se adapta a cavidade.

Fonte: Silva, Adriana. LUND Rafael. Dentística Restauradora –


Do Planejamento à Execução. 1° Edição. Rio de Janeiro,
Santos, 2016.

2° Polimento final: pode-se usar: pasta de


óxido de estanho, pedra-pomes e água,
branco de Espanha e água. Seja qual for
a escolha, deve ser aplicado com a
Fonte: Silva, Adriana. LUND Rafael. Dentística Restauradora –
Do Planejamento à Execução. 1° Edição. Rio de Janeiro, escova de Robinson.
Santos, 2016.
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Situações em que é realizado o Os instrumentos de acabamento
acabamento e polimento das geralmente deixam ranhuras na superfície
restaurações de amálgama: da restauração, as quais podem ser
minimizadas por meio do polimento.
▪ Logo após finalizar a restauração e Outro fator que também auxilia na
ela atingir um grau avançado de eliminação das ranhuras é a aplicação
condensação: de selantes de superfície.

Nesse caso, deve-se buscar remover todo Tipos de resinas e o polimento:


mercúrio que não reagiu durante a
condensação. O bom polimento começa ▪ Resinas microparticuladas
com correta condensação do apresentam excelente polimento
amálgama, acompanhada da brunidura devido ao pequeno tamanho das
e escultura, esses procedimentos partículas e da maior quantidade
aproximam as partículas, evitando os de matriz orgânica;
espaços vazios, auxiliando no polimento. ▪ Resinas nanohíbridas, possuem uma
condição de polimento melhor que
▪ Manutenção de restaurações pré- as microparticuladas, devido ao
existentes. menor tamanho das partículas de
carga. Pelo fato de possuir melhor
Objetivos: polimento e resistência mecânica
reflete na maior utilização clínica,
▪ Superfície lisa; tanto em dentes posteriores,
▪ Escultura refinada; quanto em anteriores.
▪ Correção da oclusão;
▪ Fraturas marginais; Se o recontorno for necessário, pode-se
▪ Resistência a corrosão: graças a utilizar na superfície oclusal:
remoção da camada superficial,
que pode conter mercúrio residual. ▪ Brocas multilaminadas: são usados
em baixa rotação, para não gerar
Acabamento e polimento de desgastes excessivos e nem
restaurações de resina aquecimento.
▪ Ponta diamantada de granulação
composta
grossa remove o material mais
rapidamente, mas deixa uma
Recomenda-se aguardar 24 horas para
superfície mais rugosa. Por esse
realizar o acabamento e polimento, para
motivo, utiliza-se pontas
a resina termine o processo de
diamantadas finas e superfinas.
polimerização.
▪ Borrachas abrasivas ou escovas:
Em restaurações proximais, antes do são indicadas para áreas de difícil
acabamento e polimento, deve-se retirar acesso, como os sulcos, fóssulas e
os excessos das restaurações, com fissuras.
instrumentos de alta rotação. E em
seguida é realizado o acabamento, com
lâmina de bisturi número 12 ou com tiras
11 - Referências
de lixa. Utiliza-se também pontas
diamantadas de granulação fina e 1. Silva, Adriana. LUND Rafael.
extrafina, dos formatos que se adaptem Dentística Restauradora – Do
na cavidade. O polimento deve ser Planejamento à Execução. 1°
realizado com borrachas e pastas Edição. Rio de Janeiro, Santos, 2016.
abrasivas.
Por Alissa Tamara - @sorrisoneon_
2. LUIZ, baratieri et al. Odontologia
restauradora: fundamentos e
técnicas. Volume 1. São Paulo,
Santos, 2013.
3. CASTRO, Lidiane Vizioli. Estudo de
Lesão de Cárie Experimental Via
Espectroscopia Fotoacústica e
Raman. Maringá, 2015.
4. Disponível em:
https://dentisticahoje.blogspot.co
m/2017/01/nomenclatura-e-
classificacao-das.html
5. Disponível em:
http://thinkodontologia.blogspot.c
om/2016/
6. Disponível em:
http://www.odontologiaiwai.com.b
r/Saude-bucal/2/lesao-de-carie
7. Disponível em:
https://www.odontoup.com.br/

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