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RADIOLOGIA
1. Introdução à Radiologia;

2. Física das Radiações;

3. Biossegurança, Radiação Ionizantes e Radioproteção;

4. Efeitos Biológicos;

5. Filmes e Processamentos Radiográficos;

6. Identificação e Montagem das Radiografias Periapicais;

7. Técnicas Radiográficas Intrabucais;

8. Fatores que influenciam na formação da imagem radiográfica;

9. Anatomia Radiográfica Dentomaxilomandibular e Craniofacial;

10. Legislação Odontológica;

11. Métodos de Localização Radiográfica e Técnicas Radiográficas Extrabucais;

12. Aspectos Radiográficos das Anomalias Dentárias;

13. Aspectos Radiográficos das Lesões do Periodonto e Periapicopatias.

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Radiologia – 3º Semestre – 1ª Unidade - substância que é capaz de se tornar


Aula 1 – Introdução à Radiologia fluorescente;
 Através dessa tela ele observou que o
 Histórico dos Raios-X:
ambiente próximo da tela até dois
 Em 8 de novembro de 1895 o cientista
metros era observado fluorescente e
alemão Wilhelm Rontgen fez o
essa região também ficou, ele colocou
descobrimento dos Raios-X;
a mão sobre essa tela, que se tornava
 Nesse período havia uma revolução, um
fluorescente, e ele via os seus ossos
desenvolvimento muito grande da parte
serem refletidos na região desse tubo;
científica, então muitos cientistas
 Esse novo tipo de radiação e esse
estudavam e faziam descobertas e
fenômeno fez com que ele observasse
naquele momento, muitos cientistas da
que não era os raios catódicos que
época, não só Röngten, trabalhavam com
estavam fazendo esse efeito e sim
os raios catódicos.
uma nova radiação que ele denominou
 Então muitos experimentos, estavam
de raio-X;
sendo realizados para estudar e descobrir
 Posteriormente continuaram-se os estudos
as propriedades de raios catódicos;
com os raios catódicos e também com o
 No momento que Röngten descobriu os
raio X;
Raios-X ele pesquisava sobre um outro
 Thompson descobriu que os tais raios
raio que eram os raio catódicos;
catódicos eram os elétrons. Então dentro
 Como isso aconteceu?
desse tubo quem estava se movimentando
 Ele encontrava-se no seu laboratório
em alta velocidade eram os elétrons;
de estudo, no fim da noite, então esse
 Qual o funcionamento básico que ocorre
laboratório já estava escurecido e ele
dentro do tubo de raio-X?
fazia experimentos no tubo de
 Os elétrons estão em alta velocidade,
crookes-hittorf e de repente ele
ocorre um choque brusco de elétrons,
observou que apareceu uma luz
e o resultado disso, uma parte é raio-X
fluorescente esverdeada no seu
e uma parte é calor;
laboratório.
 Então o que estava se estudando naquela
 Então dentro desse tubo ele fazia
época se tratava dos elétrons que estava
experimentos com os raios catódicos
dentro desse tubo em alta velocidade e o
onde dentro desse tubo havia indução
choque brusco desses elétrons produz essa
de carga elétrica através de fendas,
radiação que foi denominado com o nome
onde esses raios catódicos estavam
de raio-X.
em alta velocidade.
 Naquela época os estudos dos raios
 Então esse foi o experimento que ele
catódicos eram em si os elétrons;
estava fazendo no momento, e de
 Percebeu-se que os raios-X poderiam
repente em um ambiente dessa sala
sensibilizar uma placa fotográfica, e
que estava escurecida, apareceu a
realizou experimentos explorando a
cerca de dois metros a luz esverdeada
capacidade dos materiais de serem
florescente. Próximo desse tubo tinha
atravessados pelos raios-X.
uma tela, essa tela era revestida por
 A partir do momento que ele descobriu
platinocianeto de bário, que é uma
que poderia impressionar chapas

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fotográficas e aparecer a imagem de momento que Röngten descobriu os raios-


diversos objetos e diversas estruturas X, muito pouco tempo ele sabia todas as
nessa capa através da irradiação dos raios- propriedades dos raios X que são válidas
X, foram feitos vários experimentos com até hoje;
diversos objetos;  Em 22 de novembro de 1895 foi realizada
 Era comum ficar fazendo radiografias a primeira radiografia odontológica, cerca
como se fossem fotos, expondo os de 14 dias, após o seu descobrimento;
indivíduos à raios-X para ver a imagem de  A primeira radiografia odontológica não
maneira indiscriminada; foi realizada por Röngten, mas sim foi
 Inicialmente Röngten estava fazendo realizada por Friedrich Otto Walkhoff, que
experimentos com objetos e em 22 de também é um alemão e o tempo de
dezembro de 1895, pouco tempo após a exposição foi de 25 minutos;
descoberta ele realiza a primeira  Naquele momento, o que estava sendo
radiografia médica com raios-X, expondo a descoberto pelos cientistas era divulgado
mão da sua esposa; ao meio acadêmico, então era um
 O tempo de exposição à mão da esposa momento de muita evolução na parte
dele foram de 15 minutos, que é muito científica, pois o que era descoberto não
tempo; ficava mais dentro dos laboratórios era
 Hoje para se ter uma noção, uma divulgado para o meio cientifico e se
exposição para uma radiografia periapical tornava cada vez mais como uma ciência,
é de menos de 1s, e naquela época eram então não era mais experimentos
realizada radiografias com 15 minutos, 20 empíricos que ficavam sem utilização;
minutos, 30 minutos, sendo considerada  Assim que Rontgen descobriu, isso foi
então uma exposição muito prolongada divulgado na comunidade científica e
aos raios-X; muitos cientistas estavam pesquisando
sobre esses raios e Otto Walkhoff fez a
 O “X” da questão: primeira radiografia odontológica onde
 Existe também uma controvérsia em ele utilizou um filme impermeável, dentro
relação à denominação desses raios como da cavidade oral, então, esse filme, assim
“X”, em alguns livros vai-se ler que os como é hoje, ele não recebia flúidos da
raios-X eles foram colocados dessa cavidade oral, ele era impermeável e
maneira como uma incógnita, como se menor, então ele recortou a chapa
eles não soubessem que radiação era fotográfica, de uma maneira que coubesse
essa, por não saber a origem desses raios; dentro da cavidade oral, e fez a primeira
 Outra parte da literatura diz que ele radiografia odontológica, antes mesmo de
colocou o nome raio-X como uma forma Röngten realizar a radiografia médica da
de abreviação do nome ser menos mão da esposa;
complexo como um sinal de brevidade,  Em 1896, a primeira radiografia foi
raio-X, o “x” da matemática, mas que ele realizada no Brasil na UFRJ pelo Dr.
tinha sim noção do que ele tinha Francisco Pereira das Neves;
descoberto;  Entre março de 1896 a maio de 1897, um
 Já havia muito estudo naquela época período curto e próximo também ao
sobre aquela situação. A partir do descobrimento, Röngten faz outras

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comunicações e vai expor as propriedades posicionadores, basicamente como se


desse Raio-X, então ele continua fosse o princípio desses posicionadores;
estudando e vai informar  Até então se realizava radiografias de
propriedades/características dessa nova maneira aleatória, de bocas, de região de
radiação; mão, de qualquer maneira. Então Edmund
 Essas propriedades são verdadeiras, Kells é considerado o mártir da radiografia
estudadas e válidas até os dias de hoje, odontológica porque ele torna esse
então o que Röngten falou em 1896 é procedimento padronizado, sentido, por
válido até os dias de hoje. regras e ele fala também que a radiografia
odontológica é um elemento indispensável
 Rongten fala que as propriedades dos Raios-X no exame clínico do paciente;
são:  Edmund Kells cometeu suicídio após
 Invisíveis; inúmeras queimaduras e ter amputado as
 Produzem fluorescência em certas falanges, dedos e mão, em um total de 33
substâncias (como no cianeto de bário); amputações;
 Propaga-se em linha reta;  Naquela época, os cientistas estavam
 São capazes de impressionar chapas estudando os raios-X para descobrir essas
fotográficas; propriedades, para tornar esse meio
 Nunca são refletidos ou refratados (não científico, e eles faziam diversos testes, até
sofrem desvios); neles mesmos, nas pessoas que
 Diferem dos raios catódicos por não trabalhavam junto com eles nos
sofrerem desvios sobre influência de um laboratórios, em familiares, então eram
campo eletromagnético. realizadas diversas exposições aos raios-X
de maneira indiscriminada, então esses
 Contextualizando: testes que eles iam fazendo, somavam
 Em 1899, nesse período desse ano, uma radiação cumulativa, e isso fazia com
Edmund Kells (USA) vai fazer referência à que varias pessoas tivessem diversas
importância de se tomar uma radiografia queimaduras, em alto grau,
usando ângulos corretos e posicionadores desenvolvimento de câncer, amputações,
padronizados para um filme radiográfico. de membros;
Ele é considerado o mártir da radiologia  Em 1901 foi dado à Rontgen o primeiro
odontológica, pois ele passa a fazer com prêmio Nobel de física. Röngten era um
que a radiografia odontológica se tornar físico, reitor de uma universidade na
científica, padronizada, então ele pensa na Alemanha e foi concebido à ele esse
possibilidade de se colocar, se acoplar um prêmio devido à descoberta desses raios;
filme à um posicionador radiográfico e a  Posteriormente esses raios foram
utilização de angulações corretas do feixe denominados em sua homenagem de
de raio-X para atingir a região Raios-Röngten, só que não foi para frente a
radiografada. O feixe então pode ter homenagem, mantendo o nome raio-X.
angulações padronizadas para fazer uma  Em 1902 Rollins ele é considerado o
radiografia melhor e a possibilidade de pioneiro da radioproteção, após queimar a
acoplar o filme radiográfico em sua mão com uma exposição aos raios-X.
Ele foi o primeiro que observou os efeitos

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danosos dos raios-X ao corpo humano, e formada entre o longo eixo do dente e o
pensou em um principio de radioproteção, filme”, “O raio central deve incidir
que estudamos hoje e é muito cobrado de perpendicular à bissetriz do ângulo
nós, e sabemos da responsabilidade que é formado entre o eixo do dente e o do
emitir raio-X no paciente, além de nós filme radiográfico”;
também os receber.  Outro achado muito importante foi
realizado por William David Coolidge, em
 O que que Rollins naquela época pensou? 1913, ele desenvolveu um novo tubo de
 Preconizou usar o vidro radiopaco com produção de raio-X que foi denominado
chumbo e cabeçote do Raio-X fechado com seu nome “Tubo de Coolidge”;
com chumbo:  o que aconteceu/mudou com esse novo
 Protege o ambiente, vai revestir tubo onde o raio-X que era produzido?
regiões do aparelho com chumbo,  Passou-se a controlar, a
para que ao emitir a radiação X não se miliamperagem do tubo ou a potência,
dissipasse tanto no meio que o ou seja, a quantidade de elétrons, que
aparelho estava; era produzido dentro daquele tubo, e
 Irradiar somente a área de interesse e consequentemente a quantidade de
cobrir as áreas adjacentes com material raios-x que vão ser emitidos. Hoje, os
radiopaco; aparelhos de raio-x funcionam entre
 Desenvolveu o conceito de colimação 7mA a 10mA.
retangular que foi incrementada na  O que isso resultou?
década de 1950, então ele iniciou com  Fez com que houvesse uma
esse conceito e em 1950 a colimação padronização e reprodutibilidade das
retangular ela foi colocada como um radiografias;
elemento indispensável nos aparelhos de  Esse tubo tem a miliamperagem
raios-X; controlada, então eu pode modificar a
 A colimação retangular é como se fosse miliamperagem, mas hoje os
um dispositivo dentro do aparelho de aparelhos eles funcionam entre 7mA á
raio-x como se limitasse/restringisse a 10mA, os aparelhos de raios-X
saída desses raios-X. odontológicos;
 Se for pegar um aparelho médico, de
grande porte, terá uma
OBSERVAÇÃO
miliamperagem diferenciada.
- Quanto maior o numero atômico do elemento, Antigamente, antes do Tubo de
mais difícil a passagem do raio-x. Coolidge, era realizada radiografias
cada uma de um jeito, pois uma hora
 Contextualizando: poderia sair X quantidade de radiação,
 Em 1907 Cieszynski, um cientista, vai e em outra poderia sair maior
desenvolver a regra da bissetriz, que foi quantidade de radiação e em outra
outra possibilidade de realizar a técnica hora sair menos;
radiográfica, que é utilizada até os dias de  Logo, com a padronização da quantidade
hoje; de elétrons que vai sair, pois agora
 A regra da bissetriz diz que “O feixe de controla a potência dele, vai poder ter
raio-X tem que incidir na bissetriz
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certeza que a radiografia que foi feita


hoje vai ter um padrão semelhante com a
que for fazer daqui um mês;
 Então isso é um dos fatores que pode
tornar a radiografia reprodutível, não
apenas o controle da miliaperagem;
 Em 1932 Cyro A. Silva, vai implementar
no currículo acadêmico das faculdades de
farmácia e odontologia a radiografia. A
disciplina de radiologia, a radiologia vai
ser tornar fixa/obrigatória no Brasil;
 Antes disso a radiografia já era realizada
no Brasil, mas nesse período de 1932 a
radiologia odontológica é implantada nos
cursos, e nessa época ela foi implantada
também nos cursos de farmácia.

 Os raios-X são utilizados em diversos outros


meios como em:
 Áreas de segurança (aeroporto);
 Radioterapia;
 Radiologia Industrial (metalúrgica);
 Estudo da idade (pinturas antigas);
 Investigação (obras de arte se são falsas
ou verdadeiras);
 Arqueologia;
 Produção de energia elétrica.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

FREITAS, A.; ROSA, J.E.; SOUZA, I. F. Radiologia


Odontológica. 6ª ed. São Paulo: Artes Médicas,
2004.

PANELLA, J. Fundamentos de Odontologia -


Radiologia Odontológica e Imaginologia. Rio de
Janeiro: Guanabara Koogan, 2006.

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Radiologia - 3º Semestre - 1ª Unidade - Aula 2 –  A radiação-x é um exemplo de ondas


Física das Radiações que são eletromagnéticas e essa
radiação, não só a X, mas também as
 Contextualização:
outras se diferem pelo comprimento
 Deve-se entender a física das radiações
de onda, que podem ser menor ou
para compreender como que ocorre, o
maior e isso vai também dizer a
funcionamento do raio-X, como funciona
possibilidade de penetração nos
a produção do raio-x dentro da ampola;
corpos dessa radiação ser mais
 Além disso, vai conhecer a natureza das
ionizante ou menos ionizante;
radiações, e como que é o aparelho de
 No caso dessas radiações, precisa-se
raio-x, quais são as suas partes, entender
estudar os conceitos de partículas
como que ocorre a produção de raio-x
fundamentais, de elétrons, prótons e
dentro do aparelho e ele consegue ser
nêutrons, pois vai ser de fundamental
emitido;
importância para entender como que
 Tem que entender realmente a física
ocorre a geração a emissão e a
anatômica, pois está diretamente
absorção dessa radiação, pois ocorre
relacionado, à átomo, a matéria, a
em nível subatômico, ocorre através
elétrons, pois existe uma agitação de
da aceleração de elétrons, onde esse
elétrons dentro desse tubo que vai
átomo vai ser transformado em íon
proporcionar, no final a produção de raio-
(vai ser ionizado).
x.
 Átomos:
 Termos e Conceitos:
 Os átomos são estruturas básicas
 Radiação:
somadoras da matéria;
 A radiação é uma forma de energia
 Tudo que existe na natureza é
emitida por uma fonte, e que se
formado por átomos, e essa matéria
propaga de um ponto a outro sobre
vai ter sua estrutura básica formada
forma de partículas ou sobre forma de
pela união desses átomos;
ondas eletromagnéticas;
 A matéria é tudo aquilo que ocupa
 O raio-x é um exemplo de energia
lugar no espaço, ela pode ser
eletromagnética, sendo que se tem
encontrada no seu estado sólido,
outros tipos de ondas
líquido ou gasoso. Essa matéria vai ter
eletromagnéticas, que estão presentes
uma massa e essa matéria pode ser
no nosso dia a dia. Tem-se também
encontrada de maneira simples, sendo
nos celulares, ondas de rádio que são
só um elemento ou pode ser mais
de baixa intensidade, tem-se as
complexo formado por dois ou mais
televisões, tem-se as lâmpadas;
agrupamento de átomos sendo um
 No caso do raio-X, as partículas
composto;
fundamentais elétrons, prótons e
 Os átomos constituem minúsculas
nêutrons, são de maior importância
partículas que são partículas
em radiologia pois a geração, emissão
fundamentais, que se mantem unidas
e absorção de radiação acontece em
por forças elétricas ou nucleares;
nível sub atômico;

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 No meio do átomo tem-se o núcleo  Então a ionização é o processo de


que é denso. O átomo é formado por converter átomos em íons. Elétrons
uma quantidade igual de prótons e podem ser removidos de átomos por
nêutrons e rodeando esse núcleo, tem aquecimento ou interação por foto de
as órbitas ou camadas onde os raio-x, então precisa existir uma
elétrons estão circundando em uma energia adicional que supere a força
alta velocidade; de ligação para fazer com que o
 Quando se tem uma quantidade igual elétron saia da camada e isso pode
de prótons e elétrons se tem um ocorrer através de aquecimento e pela
equilíbrio elétrico; interação de foto de raio-x, onde
 Prótons têm carga positiva, nêutrons ocorre esse aquecimento;
não tem cargas e elétrons têm carga  O deslocamento de elétrons provoca
negativa; uma corrente elétrica que origina
 As camadas são de no máximo 7 e fenômenos de eletricidade e
cada camada vai abrigar uma magnetismo.
quantidade máxima de elétrons. Vai
ocorrer uma força eletrostática de  Fontes de alta energia como raio-x e raios
atração entre o núcleo que é positivo gamas são capazes de remover esses
e os elétrons que são negativos vai elétrons nas porções mais próximas do
compensar essa força centrifuga núcleo. Então precisa ter uma energia
gerada pela velocidade dos elétrons; com uma grande quantidade para fazer
 A alta velocidade dos elétrons geraria com que ocorra essa remoção, então isso
uma força que expulsaria os elétrons é conseguido através de fotos de alta
das camadas, só que isso é energia como por exemplo raios-X e raios-
compensado por uma força de atração Gama, e nessas regiões que são mais
entre o núcleo e os elétrons que vai fáceis fazer essa remoção existe fotos de
compensar essa alta velocidade; menor energia, consegue fazer essa
 A energia de ligação na região do remoção, onde se tem os exemplos da luz
núcleo é maior do que nas camadas ultravioleta e a luz sensível;
mais distantes. Para que ocorra um
desequilíbrio precisa existir uma  Para entender novamente o processo,
energia superior a essa força de existe uma transmissão de energia,
ligação para conseguir tirar um elétron através do espaço da matéria, o núcleo
de uma camada, então é mais difícil até então está estável, então vai ocorrer
tirar um elétron de uma camada mais uma emissão de energia e vai ter um
próxima do núcleo, do que nas regiões excesso de energia nesse núcleo, então
mais distantes; vai promover uma desagregação vai se
 Quando um elétron consegue sair da tornar instável se tornando instável pois
sua camada o átomo vai se tornar um vai sair elétrons devido a energia que
íon positivo, e ao contrário, quando agora está sobrando, podendo ocorrer de
alguma camada recebe um elétron, o duas maneiras: pode emitir em forma de
átomo se torna um íon negativo, esse matéria ou partícula, que são radiações
processo é chamado de ionização; alfa e radiações beta ou emissão em

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forma de ondas eletromagnéticas que no  Podem sensibilizar chapas fotográficas;


caso tem a radiação gama que é uma  Podem penetrar em corpos opacos;
radiação mais forte onde o comprimento  Em condições normais, não sofrem
de onda é bem curto; refração e reflexão;
 Produzem ionização nos sistemas
biológicos;
 Quando a radiação possui energia  Produzem fluorescência.
suficiente para remover um dos elétrons
orbitais, diz-se que ela é ionizante;  Produção do Raio-X:
 As radiações diferem-se entre si pelo seu  A produção do raio-X ocorre dentro da
comprimento de onda e pela sua ampola;
frequência. Quanto menor o seu  A ampola é um compartimento de vidro
comprimento de onda maior energia e que fica dentro do cabeçote do raio-X;
maior seu poder de ionização. Quanto  A produção do raio-X ocorre com elétrons
menor o comprimento de onda mais com alta energia, ou seja em alta
energia ela vai ter e mais a capacidade de velocidade. Bombardeia um alvo ou um
penetrar nos corpos, já a frequência está anteparo, e são levados subitamente ao
relacionada ao numero de oscilações da repouso, perdendo energia. Essa energia
onda por certo período de tempo, então que os elétrons vão perder, vai resultar
quanto maior a frequência, menor o 99% em calor e 1% de raio-X;
comprimento de onda;  Então se o aparelho não fosse protegido,
não tivesse sistemas de óleo circundante o
 Radiações ionizantes: aparelho estaria se tornando quente o
 Radiação ultravioleta, raio-X, raios- tempo inteiro. Esse processo ocorre
Gama; dentro da ampola no cabeçote.
 Os raios-Gama vão possuir um
comprimento de onda menor do que  Componentes do aparelho de raio-X
os raios-X, então os raios-Gama tem  Cabeçote:
uma capacidade de penetração nos  Todo o cabeçote é protegido por
corpos maior ainda do que os raios-X, chumbo;
e vai ter uma alta frequência também;  Antigamente os aparelhos de raio-X em
 O raio-x é barrado pelo chumbo, os toda a sua extensão continha chumbo, só
raios-gama conseguem penetrar até o que tornava-se esses aparelhos muito
chumbo; pesados, então o chumbo protege toda a
região do cabeçote;
 Propriedades dos raios X comuns ao espectro  É formado por:
visível: o Cilindro localizador;
 Caminham em linha reta; o Colimador;
 Possuem a velocidade da luz no vácuo o Ampola (fica mais internamente)
300km/s;
 São divergentes;
 Não são desviados por campos elétricos e
magnéticos;

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o Cilindro de Localização: o Colimador:

 É um restritor de emissão de raio;


 Tem formato retangular ou circular;
 Esse cilindro vai ser direcionado para  É um disco ou cilindro metálico com
a área que se quer incidir, para a abertura central destinado a
área que se quer radiografar; limitar/restringir o feixe central do
 É feito de material plástico, mas é raio-X a um formato retangular ou
revestido por material plumbífero circular, com diâmetro máximo de 6
(chumbo) impedindo qualquer cm, para que o raio-X não se dissipe
dispersão ou vasamento de raio-X; demais;
 Facilitar posicionar o raio-X central  É capaz de filtrar as radiações que
corretamente em relação ao objeto a são mais ionizantes;
ser radiografado, direcionando o
local onde se quer emitir o raio-X; o Ampola:
 Mantém constante a distância entre
a área focal e o objeto a ser
radiografado;
 Hoje em dia tem um tamanho de 40
cm, antigamente se produzia de 20
cm e 40 cm, mas hoje a maioria dos
cilindros têm a medida de 40 cm. Isso
vai fazer com que exista uma
constante distância entre a área focal  É o “coração” do cabeçote;
e o objeto a ser radiografado;  Na ampola de raio-x ocorre a
 Aproxima-se o máximo possível a produção de elétrons;
estrutura a ser radiografada, então  Vai ter nesse cabeçote uma proteção
basicamente essa distancia entre a plumbífera e vai ter dentro a ampola;
área focal onde sai o raio-X e o  Possui uma medida
objeto é de 40 cm, porque sempre aproximadamente de 7 cm x 3 cm, é
que possível eu deixa a área pequena, e essa ampola ou tubo fica
radiografada mais perto do feixe de dentro no centro do cabeçote;
raio-X;  As ampolas de raio-X:
 São compostas uma parte que é o
cátodo e outra parte que é o

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ânodo. Os requisitos para a  Vai ter na ampola um cátodo e um


produção de raio-X são três: ânodo;
- precisa existir uma fonte de  Na região do cátodo (negativo),
elétrons; vai ter a formação da nuvem de
- precisa existir uma aceleração elétrons devido a diferença de
desses elétrons e; potencial que ocorre dentro da
- precisa de um alvo ou anteparo ampola;
para ocorrer o choque desses  O segundo momento, vai ocorrer
elétrons; a aceleração dos elétrons em
 Na região da ampola vai ter a direção ao ânodo, gera uma
proteção plumbífera, onde vai ser diferença de potencial a fim de
revestido por chumbo e diminui a acelerar os elétrons anteriores do
radiação de fuga, então essa tubo utilizando o transformador
ampola vai ser protegida por de alta tensão. O transformador
chumbo para que exista a saída de de alta tensão vai fazer com que
raio-X apenas por um único local, ocorra a aceleração do elétron
que é o seu local de abertura; que foi produzido anteriormente
 Existe nessa ampola um óleo na região do cátodo;
circundante, esse óleo vai facilitar  No terceiro momento vai ocorrer
a dissipação/condução do calor o choque brusco com o alvo (que
que vai ser produzido dentro da vai ser de tungstênio) incluído em
ampola, e a energia produzida é um bloco de cobre que vai ser a
transformada 1% em raio-X e 99% área focal ou o ânodo, então, em
em calor; função da alta temperatura
 Toda vez que vai guardar o formada, vai ocorrer a dissipação
cabeçote, deixa o cabeçote de calor ou de raio-x. O tungstênio
voltado para cima, para que esse é o material escolhido para ser o
óleo não escorra e prejudique a alvo, porque ele tem um
função do aparelho; elevado/alto ponto de fusão, o
 Tem um filamento de tungstênio cobre porque é um bom condutor
alojado em uma calota côncava de de calor e o óleo promove o
molibdênio ligado ao resfriamento;
transformador de baixa tensão  A produção do raio-x dentro da
que vai ocorrer uma aplicação de ampola ocorrer quando os
alta diferença de potência entre elétrons estão em alta velocidade
os dois polos; eles vão saindo das suas camadas,
 Depois vai ocorrer uma aceleração vai ter o choque brusco e vai
dos elétrons em direção ao ânodo, promover a energia ou o raio-X.
depois ocorre um choque brusco Isso vai ocorrer de duas maneiras
com o alvo, também uma faixa de distintas e pode ocorrer ao
tungstênio, que ocorre na sua mesmo tempo, então lá dentro da
área focal e depois ocorre a ampola esse choque brusco essa
formação de calor e de raio-X;

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alteração de energia pode ocorrer  Temporizador;


por dois fenômenos:  Base - “pés”:
1. Radiação de Bremsstrahlung  Se o aparelho for móvel, pois também
(ou freiamento); tem os aparelhos fixos, que ficam já
2. Radiação característica; acoplado na parede;
 Na ampola vai ter que ter o  Coluna.
choque brusco dos elétrons, a  O que precisa ter em um aparelho de raio-x
partir desse choque brusco dos para que ele seja o melhor possível ou
elétrons, vai ter a dissipação de desejável?
energia, que vai resultar ou em  Ele precisa ser seguro e preciso;
calor ou em raio-x;  Ser capaz de gerar raio-x com a variação
 Na radiação de freiamento tem de energia desejada e com adequados
um elétron em alta velocidade, mecanismos para a dissipação de calor;
vão ter forças que vão agir sobre  Precisa ser pequeno para não ocupar
esse elétron e ele vai ser desviado muito espaço;
por um freiamento, e nesse desvio  Deve ser de fácil manipulação e
ocorre um choque, e ocorre a posicionamento, para que durante o
liberação de energia, então vai procedimento seja o mais rápido possível,
produzir um fóton de raio-x; e isso vai ocasionar menor desconforto
 Na radiação característica existe para o paciente;
uma energia maior que o elétron,  Deve ser estável, equilibrado e firme
vai pular de camada, então Sempre que o cabeçote for posicionado,
quando o elétron pula de uma no entanto isso nem sempre acontece,
camada para a outra vai sobrar pois os aparelhos vão ficando
energia, então essa energia que descalibrados com tanta manipulação;
sobra de uma camada para a  Às vezes o cabeçote fica móvel, o ideal é
outra que vai produzir o fóton de que o cabeçote seja firme, que o aparelho
raio-X; seja dobrável e fácil de guardar, simples
de operar e adequado para o emprego de
filmes convencionais e sensores digitais;
 Robusto no sentido de não ser frágil, para
que se consiga conservar o máximo
possível a ampola que fica dentro do
cabeçote.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

FREITAS, A.; ROSA, J.E.; SOUZA, I. F. Radiologia


Odontológica. 6ª ed. São Paulo: Artes Médicas,
2004.
 Braço Articular;
PANELLA, J. Fundamentos de Odontologia -
 Painel de comando:
Radiologia Odontológica e Imaginologia. Rio de
 Botão de liga e desliga;
Janeiro: Guanabara Koogan, 2006.
 Disparador;

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Radiologia - 3º Semestre - 1ª Unidade - Aula 3 –  Para o OPERADOR e para o AUXILIAR,


Biossegurança, Radiações Ionizantes e existem as necessidades de:
Radioproteção  Utilização de EPI’s (Equipamentos de
Proteção Individual):
 Introdução:
 Para o operador tem-se a lavagem
 As radiações ionizantes são capazes de
das mãos, a utilização das luvas de
penetrar nos corpos, por isso, que desse
procedimentos, jaleco, óculos de
conceito se pensou que era necessário
proteção, touca, mascara, sapatos
ter a radioproteção e também precisa
fechados, a mesma coisa serve para
entender os efeitos das radiações
o auxiliar.
ionizantes nos corpos, quais são os
 Preparo do aparelho de raio-x:
efeitos que podem ocasionar nos corpos;
 O rolopack vai servir como uma
 Na radioproteção vai ser estudado como
barreira mecânica para proteger o
proteger o ambiente, o operador e o
aparelho de raio-x, pois se o
paciente;
aparelho de raio-x não for protegido,
 Em relação às radiações ionizantes
pode encostar com uma luva cheia
entendem-se os mecanismos como elas
de sangue e saliva, toca-se no
agem sobre as células, os fatores que
aparelho, depois outra pessoa toca,
regulam os efeitos das radiações
depois alguém sem luva toca no
ionizantes, os efeitos biológicos,
aparelho também, logo ele é
teratogênicos e alguns princípios gerais;
protegido a cada tomada
 Durante o procedimento radiográfico o
radiográfica com o filme, o paciente
equipamento e materiais utilizados
sai, eu troca-se o papel filme que
podem ser contaminados com sangue ou
está sujo, jogo fora, então o
saliva do paciente se as técnicas de
aparelho está teoricamente
assepsia e as normas de segurança não
protegido;
forem adequadamente aplicadas, então
 Vai colocar o rolopack nas regiões
deve-se colocar barreiras para que evite
que vão ser toadas com a mão: no
o contato com saliva e sangue;
botão de ligar e desligar, na região
 É necessário respeitar uma cadeia de
do braço articular, na região do
biossegurança, para nos proteger contra
cabeçote;
esses fluidos;
 Na hora de embalar o aparelho
 Ainda assim colocando todos os
tanto faz está com luva ou está sem
materiais de biossegurança a gente entra
luva, entretanto, para tirar esse
na sala e ainda considera que a sala está
rolopack depois que o atendimento é
contaminada;
feito, tira-se com luva, e tentando
 Nunca pode deixar de seguir nenhuma
retirar sem tocar nas outras partes
norma de biossegurança, pois mesmo
que estão sem rolopack;
que limpem o ambiente, ainda assim
 Passa-se também o roloapack na
considera ele contaminado.
região do assento, e na região que

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coloca a cabeça do paciente, na considera-se que esse posicionador


região mais superior do assento. está sujo, ele precisa ser
 Colocação do colete de chumbo no reesterilizado, e isso é mais uma
paciente: forma de proteção;
 A manipulação do colete de chumbo  O filme vai ser levado para a caixa
é feita pelo auxiliar, sem luvas, processadora para a revelação;
depois que colocar o colete, vai  Quando for tirar o saco, puxa ele
calçar as luvas e vai auxiliar o junto com o filme, coloca o filme
operador no procedimento; dentro do copo e joga o saco com a
 A manipulação é sem luvas, pois o saliva fora.
colete não tem rolopack, e tudo que
pega-se com luvas é tudo o que está  Pós Tomada Radiográfica:
protegido com rolopack, para retirar  Toda vez que se termina todo o
o colete também antes tem-se que atendimento, desliga-se o aparelho,
tirar as luvas, depois tira o colete do para não deixar ele em funcionamento;
paciente;  Coloca o posicionamento do cabeçote
 O colete deve ser guardado de voltado para cima, para que não ocorra
maneira correta e sem estar o vazamento do óleo;
amassado, para não danificar o  Ao sair da sala de atendimento, joga-se
material de dentro; a luva fora, para não tocar em outros
 Esse colete é pesado e se for locais e contaminar;
guardado de qualquer jeito ele pode  Processamento radiográfico:
cair, ficar no chão e vai danificar o  O próximo passo é fazer o
material de dentro. processamento radiográfico, e para
fazer esse processamento, calça outras
 Proteção do filme radiográfico luvas;
intrabucal e do posicionador  Pega o filme que está no copo, deve está
radiográfico: utilizando as luvas, pois é considerado
 Utilizar posicionadores sempre que o filme está contaminado;
estéreis;  Depois que se termina o processamento
 Acoplar o filme ao posicionador, vai vai-se ter dois lixo, um para descarte de
colocar o “saco de geladão” em cima, luva e outro para descarte da película
para a saliva não contaminar o filme radiográfica;
e a saliva não contaminar mais ainda  O filme radiográfico tem várias partes, e
o posicionador; uma delas é a película de chumbo, o
 Protege-se então posicionador e o chumbo contamina o meio ambiente,
filme com o “saco de geladão”; então por esse motivo se tem lixos
 Quando se tira, pego esse saco e diferentes.
jogo diretamente no lixo, e o  Radiações Ionizantes:
posicionador, ele ficou sem saliva,  Estuda-se as radiações ionizantes, quais
teoricamente, mas ainda assim são os efeitos biológicos que elas

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causam nos corpos, o seu poder de  Quando se toma doses em pequenos


penetração, como que ocorre os efeitos intervalos de tempo, esse período de
dessas radiações; latência diminui, ou seja os
 Por mais que a gente proteja o paciente resultados nocivos vão aparecer em
a gente considera que pode ocorrer um menor período.
efeitos, dessas radiações; 2. O ritmo da aplicação:
 Todo tipo de radiação possui  Quanto menor o intervalo de tempo,
determinada dose de energia que varia maior os efeito, então se a pessoa
conforme a sua frequência. Tem faz radiografias sucessivas, ou se
radiações com maior poder de receber radiações sucessivas, tem-se
penetração e radiações com menor um efeito maior;
poder de penetração;  Se tomar uma radiação hoje, e vai
 Quanto maior a frequência e quanto tomar em um intervalo de tempo
menor o comprimento de onda, mais maior, os efeitos são menores;
ionizante, e mais consegue penetrar nos  O período de latência é o tempo que
corpos, mais perigo, mais efeitos podem vai levar para ser manifestado
ocorrer; alteração no individuo, e esse
 As ondas de radio, micro-ondas, são período de latência pode ser mais
efeitos que são considerados mínimos, curto ou ser mais longo;
pois tem um comprimento de onda  Quando se toma radiação em um
grande, e não consegue penetração nos intervalo de tempo curto, esse
corpos. Entretanto, a partir do momento período de latência também vai
que se tem o infravermelho, luz visível, diminuir, então toma-se radiação, e
radiação ultravioleta e assim por diante o período de latência é o período
deve-se ter uma certa preocupação; que vai levar para manifestar alguma
 O mecanismo de ação das radiações alteração.
ionizantes sobre as células pode ser 3. O tamanho da área que foi irradiada:
direto ou indireto.  Quanto maior a área irradiada em
 Os fatores que regulam os efeitos das uma única exposição, mais danosos e
radiações ionizantes são: mais rápidos surgem os efeitos;
1. A dose que ela é emitida:  Quanto maior a área irradiada
 Quanto maior a dose, maior o efeito; consequentemente também maiores
 A radiografia periapical tem 0,005 serão os efeitos, e, além disso,
mSv, a radiografia panorâmica tem quanto maior a área irradiada em
0,09 Msv; uma única sessão, então seria mais
 A dose anual para a exposição fácil dividir essas regiões. Então
ocupacional dos trabalhadores é de quanto mais focalizar, diminuir a
50 mSv. Para que seja capaz de minha área de exposição, é mais
induzir mutações em células é de benéfico.
1000 mSv;

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4. O tipo de radiação: o Células basais da epiderme;


 A radiação GAMA é altamente  Essas células em sua grande maioria
ionizante, sendo 10x mais nociva do são células que têm capacidade de
que os raios-X; diferenciação, então essas células são
 Quanto maior a capacidade, de mais facilmente atingidas pelas
ionização, de penetração nos corpos, radiações, então por isso que elas
maior serão os efeitos. devem ser mais protegidas, ou elas
5. A idade do individuo: vão ter mais efeitos nocivos da
 Quanto mais jovem o indivíduo, radiação;
menos resistente ele é, e mais nocivo  Com esse mesmo pensamento, a
será a radiação, pois quando o gente vai pensar/raciocinar pelas
individuo é jovem, o seu corpo, as células neoplásicas, pois as células
suas células, elas ainda estão em neoplásicas são radiosensíveis à
formação, seu corpo ainda está em radiação, então a gente vai tentar
maturação, então as células que utilizar agora desse princípio para
ainda estão indiferenciadas, que matar as células neoplásicas, então as
ainda estão em processo, estão células neoplásicas são células que
ainda mais facilmente atingida pelos estão em alta reprodução de maneira
raios, pela radiação. diferenciada então vai-se utilizar
6. O tipo de órgão, tecido ou célula radiação para mata-las, pois elas são
irradiada: sensíveis à radiação;
 A radiosensibilidade dos tecidos e  As células que não possuem um alto
das células é proporcional a sua grau de diferenciação, são mais
capacidade de reprodução, e resistentes à radiações, que no caso as
inversamente proporcional ao seu mais resistentes são as células
grau de diferenciação; nervosas e musculares, que são
 As células que têm grande exemplos de tecidos que já são
capacidade de reprodução elas são diferenciados, então essas células são
mais radiosensíveis à radiação, logo mais resistentes à emissão de
elas são mais atingidas pelas radiação.
radiações;
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
 Alguns exemplos de células humanas
mais radiosensíveis, pois tem uma FREITAS, A.; ROSA, J.E.; SOUZA, I. F. Radiologia
grande capacidade de reprodução: Odontológica. 6ª ed. São Paulo: Artes Médicas,
o Células basais da epiderme; 2004.
o Eritroblastos;
PANELLA, J. Fundamentos de Odontologia -
o Células hematopoiéticas da
Radiologia Odontológica e Imaginologia. Rio de
medula óssea;
Janeiro: Guanabara Koogan, 2006
o Espermatogônicas;
o Células das criptas das vilosidades
intestinais;

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Radiologia - 3º Semestre - 1ª Unidade - Aula 4 –  Então esse osso torna-se


Efeitos Biológicos necrótico;
 Quando o individuo precisa
 Efeitos Radiológicos:
fazer algum procedimento na
 Efeitos Somáticos:
região óssea, o osso não tem
 Afetam apenas o indivíduo que foi
a capacidade de se restituir,
exposto;
pois ele está sem circulação;
 Esse efeito pode se manifestar em um
 Células de defesa não chega
curto tempo, um curto período de
na região óssea, esse osso se
latência, entre 90 dias ou até 25 anos.
torna necrótico e não tem a
 Efeitos Genéticos:
capacidade de promover uma
 Podem ocorrer nos descendentes dos
restituição, não consegue
indivíduos expostos;
combater a inflamação ou
 Geralmente esses efeitos ocorrem,
qualquer cicatriz que ocorra
quando são atingidas as gônadas;
nessa região;
 Efeitos Determinísticos:
 Quando o indivíduo vai passar
 Dose acima de um determinado nível
por radioterapia, precisa fazer
(limiar);
uma adequação do meio
 A dose é tão alta que esse efeito é
bucal, um período antes de
imediato entre exposição e sintoma;
passar pela radioterapia, pois
 Ocorre em um curto período de
se ele estiver em processo de
tempo;
radioterapia e precisar faze
 Os efeitos determinísticos são como se
uma extração, a remoção de
a gente soubesse que realmente vai
um tumor, qualquer cirurgia
acontecer, e ele acontece em um
que seja nessa região,
período curto de latência, pois o
qualquer procedimento,
individuo toma uma dose muito alta
menos invasivo que seja,
de radiação;
corre o risco de não ocorrer
 Esse efeito acontece geralmente nas
uma cicatrização do tecido e
pessoas que estão passando por um
tornar cada vez mais
processo de radioterapia;
necrótico podendo então, por
 Pode ocorrer o:
exemplo, perder a mandíbula,
o Efeito da Esterilidade;
sente dores, que não passam;
o Da catarata;
 Esse osso se torna realmente
o De eritema (queimaduras);
necrótico e não tem condição
o Alopecias (quedas de cabelo);
de se reconstituir.
o Osteorradionecrose:
 Efeitos Estocásticos:
 Existe uma alteração nos
 São efeitos somáticos;
osteócitos;
 São efeitos que vão se acumular;
 A região óssea principalmente
 Efeitos não aparentes e que
da mandíbula se torna
dependem de longos períodos de
hipovascular;
latência;

Radiologia – 3º Semestre – 2ª Unidade – Aula 4 – Efeitos Biológicos – @resumodontologia Página 1


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 Esses efeitos ocorrem quando existe  Radioproteção:


exposição em baixas doses, e são  Porque proteger?
efeitos probabilísticos, pois não se o Pois os efeitos biológicos podem
sabe exatamente quando ele vai ocorrer nos indivíduos;
acontecer, em que grau ele vai  A quem proteger?
acontecer, e se vai acontecer; o Deve proteger o paciente, o
 Pode-se ter a radiodermite, cirurgião-dentista (operador) e o
probabilidade de indução ao câncer, e ambiente que cerca o aparelho
efeitos genéticos, só que esses efeitos odontológico;
demoram em acontecer, pois são  Como devemos proteger?
resultantes de indução de poucas o De todas as formas possíveis
doses e não sabe dizer quando ele vai  Todas essas regras de proteção devem ser
acontecer; seguidas, em todos os âmbitos
 Os efeitos estocásticos, vão acumular odontológicos, tentando fazer a proteção
em pequenas doses, e em um grande do paciente, do profissional e do
período de latência ele poderá se ambiente.
manifestar.
 Efeitos Teratogênicos:  Paciente
 Efeitos produzidos no feto ou embrião  A maioria das formas de proteção do
pela exposição durante a gestação; paciente também é forma de proteção do
 Esses efeitos são propensos de ocorrer profissional, do cirurgião dentista;
entre a segunda e nona semana da  Armazenamento dos filmes radiográficos
gravidez; e líquidos processadores;
 Pode ocasionar tanto efeitos  Utilizar filmes radiográficos de maior
congênitos, quanto alterações mentais sensibilidade:
e até mesmo a morte do feto,  Os filmes com uma maior sensibilidade
depende da quantidade de radiação necessitam de uma menor quantidade
que vai ser tomada. de radiação;
o Pacientes Grávidas:  Processamento químico adequado dos
 Raios-X devem ser evitados, filmes radiográficos:
principalmente no primeiro  Um processamento inadequado pode
trimestre de gravidez; dar uma radiografia que no momento
 Nos três últimos devem ser está boa, mas futuramente ela se
evitados devido ao torna incapaz de dar um diagnóstico,
desconforto da paciente, a se torna esverdeada, leitosas e que
barriga muito grande, mas em não mostra a imagem direto;
relação aos efeitos  Arquivamento dos exames radiográficos:
teratogênicos os três  Um exame radiográfico tem um cunho
primeiros semestres são os legal, então o cirurgião dentista é
mais delicados, é o momento responsável pelas radiografias feitas
que deve-se evitar no consultório;
radiografias.  Se o arquivamento não é feito de
maneira correta, não coloca o nome
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do paciente, não coloca data na  Avental e colar plumbíferos na região da


ficha/cartela que é utilizada para tireoide e na região das gônadas:
arquivar a radiografia, perde-se a  Evitará a radiação secundária nessas
radiografia, arranha-se e não tem mais regiões;
a possibilidade de se emitir um
diagnóstico, então vai ter que fazer  Líquidos processadores:
uma nova radiografia, e às vezes ela  Toda vez que for fazer uma radiografia
teria que ser utilizada daqui um tempo deve-se abrir a caixa ou olhar o tanque e
para poder fazer uma comparação vê o nível que se estão os líquidos
entre radiografias, e isso tem um processadores, pois se eles estiverem
cunho legal, a qualquer momento o abaixo do nível ideal, vai imergir o filme e
paciente pode acionar a justiça, ou até não vai completar a revelação por inteira;
mesmo em uma pós morte, para  Deve-se olhar também a data de troca dos
descobrir quem é o individuo, pode-se líquidos processadores;
utilizar radiografia, e o cirurgião  O líquido revelador evapora, ele é
dentista pode ser acionado, e se não oxidado, então em média de 14 dias vai
tiver vai sofrer graves consequências; perdendo a sua qualidade, com o tempo
 Aparelhos radiográficos: de uso, ou seja, com várias revelações ele
 Devem ser calibrados e revisados de também vai perdendo a sua qualidade,
maneira periódica para avaliar a sua logo deve-se olhar a coloração daquele
qualidade, avaliar a mil amperagem, líquido, quando ele se encontra muito
avaliar a radiação de fuga, se não amarelado, significa que foi utilizado
está tendo essa radiação de fuga; várias vezes.
 Logo deve ser feita a manutenção, já
que os aparelhos radiográficos com o  Armazenamento dos filmes radiográficos:
uso do tempo perdem estabilidade;  Os filmes têm que ser armazenados nas
 Se isso não for seguido pode cartelas, com a data e o nome do paciente,
ocasionar erros, e erros vão levar a e quando tem um processamento
repetições, e repetições são doses a inadequado, com o tempo essas
mais, desnecessárias, emitidas ao radiografias, ficam amareladas, e desse
paciente; jeito não pode dar o diagnóstico ao
 Técnicas radiográficas: paciente;
 Qualidade na execução da técnica,  Elas amarelam em pouco tempo caso não
no processamento, pois, tudo o que seja armazenada adequadamente.
leva ao erro, vai levar fazer
radiografias desnecessárias.  Filmes Radiográficos:
 Esclarecimento do paciente:  Utilizar filmes radiográficos de maior
 As técnicas radiográficas devem ser sensibilidade (E e F): Abaixo da “e” e “f”,
explicadas ao paciente, para que ele por exemplo a “d”, tem que ter 40% a mais
possa ajudar o cirurgião dentista de radiação para ter uma mesma
durante a tomada radiográfica, e qualidade que o filme de “e” ou “f”;
também evitar erros;

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 Filtro de Alumínio:  Posicionadores:


 Região que se encontra na saída do  São os dispositivos que abrigam os filmes;
cilindro;  Tem duas maneiras de se fazer radiografias
 Esse filtro vai fazer uma filtração da periapicais, ou pela técnica da bissetriz, ou
radiação que não é capaz de atravessar a pela técnica do paralelismo;
película radiográfica e as estruturas que  No paralelismo são utilizados os
querem ser radiografadas, então, vai posicionadores, esses posicionadores são
barrar/filtrar essa radiação, pois por mais dispositivos que abrigam o filme que
que ela não consiga penetrar na película coloca na cavidade oral do paciente. Esse
radiográfica ela pode penetrar nos corpos posicionador vai prover que a técnica seja
e no ambiente. mais confiável, então ela é menos
sucessível a erros, então, sempre que
 Colimador: possível, vai-se escolher fazer a técnica
 Se localiza na saída do cilindro, da região radiográfica, com o posicionador, existem
da ampola, e região do cabeçote para a casos que é difícil ou impossível, colocar
região do cilindro; esse posicionador na boca do paciente,
 Vai restringir a radiação que será emitida quando ele tem um palato muito
através desse cilindro, então vai-se arqueado, quando a boca é muito
delimitar a área focal; pequena, ou quando sente ânsia de
 Quanto mais se delimita a área focal de vômito;
exposição ao raio-X, menor efeitos  Quando não se consegue colocar o
danosos, então esse colimador vai posicionador na boca do paciente, faz pela
delimitar ou restringir as saídas dos raios-X técnica da bissetriz, mas sempre que
para uma área menor possível; possível é melhor utilizar os
 Quanto menor a área irradiada, menores posicionadores, pois a técnica vai ser
serão os efeitos causados; menos propensa, a erros de percurso.
 Existem colimadores retangulares ou
colimadores quadrados.  Esclarecimento do paciente:
 Antes de fazer a técnica, para que o
 Técnicas Radiográficas: paciente colabore com a tomada
 Indicação; radiográfica.
 Posicionadores;
 Será visto uma variedade de tipos de  Avental e colar pumblífero:
radiografias;  É imprescindível sua utilização;
 Tem-se várias radiografias intrabucais,  O colar serve para proteger a tireoide;
tem-se radiografias extrabucais, tem uma  O avental para proteger as gônadas;
grande variedade de tipos de radiografias,  Vai proteger contra a radiação
cada uma tem um tipo de indicação, então secundária, que são aquelas emitidas dos
é necessário analisar o caso e indicar a objetos, após receber a radiação
radiografia correta; primária.
 As radiografias cada uma tem uma
indicação mais específica, precisa-se fazer
a indicação correta.
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 Operador: profissional deve posicionar-se ao lado ou


 Os requisitos que foram falados em atrás do paciente num ângulo entre 90º e
relação ao paciente também vão está de 135º referente ao feixe primário e numa
acordo com o operador, pois, por distância de 2 m da cabeça do paciente;
exemplo, se diminui radiação ao  Em alguns casos ainda tem alguns
paciente, o cirurgião-dentista também se aparelhos odontológicos que ainda tem
expõe menos; um dispositivo temporizador que retarda
 A proteção especifica ao operador vão a saída do raio-X;
ser citados adiante;
 O operador está sujeito a receber doses  Biombo de chumbo – 2m:
de radiação primária, secundárias e de  Tem a colocação de biombos de chumbo,
escape (ou de fuga): a dois metros;
 Radiação Primária:  Há casos muito complexos de, por
o É aquela que vai sair diretamente exemplo, crianças com necessidades
do feixe e vai incidir no órgão ou especiais, o cirurgião-dentista em
região radiografada, vai ser hipótese nenhuma pode ficar segurando
emitida diretamente ao objeto de filme, segurando o aparelho radiográfico
estudo; ou colocar o paciente no colo, nunca o
o É a radiação que sai e é emitida cirurgião-dentista pode se expor à
diretamente ao objeto de estudo; radiação, mas nesse caso, como é
 Radiação Secundária: complicado, o responsável, vai ficar
o É emitida; responsável por ficar com a criança
o Então o corpo absorve a radiação especial, ou segurando no colo, ou segura
primária e vai emitir em todas as o filme ou segura o posicionador, ou
direções uma radiação controlar a ansiedade da criança e fica no
secundária; colo do acompanhante;
o É a radiação emitida de volta pelo  É necessário observar esse procedimento
objeto de estudo; de perto, ter uma visualização direta,
 Radiação de Escape ou de Fuga: nesses casos que são muito complexos,
o É aquela emitida na região da precisa-se observar essa tomada
ampola e do cabeçote; radiográfica para saber se o paciente
o Então quando os raios-X são mexeu, para ver se houve alguma
produzidos na ampola, eles são intercorrência, então vai-se ficar dentro
emitidos em todas as direções; desse ambiente, dentro dessa sala, então
o Logo tem-se mecanismos para tem-se que ficar nessas hipóteses, ou no
que essa radiação não vá para o posicionamento a dois metros, e ainda
meio extra a esse cabeçote; com a possibilidade de colocar o biombo
o É a radiação emitida na região da de chumbo;
ampola/cabeçote.  Nesse caso, tanto o paciente quanto o
acompanhante se protegem com o colete
 Em casos que o cirurgião dentista deva e com o colar.
permanecer no recinto durante a
realização dos exames radiográficos o
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 Proteção do ambiente
 O feixe de radiação primária tem que
incidir em direção à uma parede;
 Nunca o feixe de raio-x pode está voltado
para uma área que seja de porta, ou uma
área que vai ter a passagem de
indivíduos.
 Divisórias de alvenaria/ das paredes com
no mínimo de 8 cm de espessura e com
revestimento de chumbo ou barita.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

FREITAS, A.; ROSA, J.E.; SOUZA, I. F. Radiologia


Odontológica. 6ª ed. São Paulo: Artes Médicas,
2004.

PANELLA, J. Fundamentos de Odontologia -


Radiologia Odontológica e Imaginologia. Rio de
Janeiro: Guanabara Koogan, 2006.

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Radiologia - 3º Semestre - 1ª Unidade - Aula 5 – Filmes e Processamento Radiográfico

 Introdução:
 Vai aprender sobre a constituição dos filmes radiográficos, o processamento, até a obtenção de
uma imagem radiográfica dessa película;

 Os filmes radiográficos são divididos em dois tipos básicos:


 Intrabucais:
 Filme radiográfico vai dentro da cavidade oral do paciente;
 Filmes de ação direta ou no-secreen;
 Extrabucais:
 Filme radiográfico vai fora da cavidade oral do paciente;
 Filmes de ação indireta ou screen;

OBSERVAÇÃO

- Os filmes de ação indireta/screen/extrabucais, são mais sensíveis à luz do que à radiação-X, então eles
precisam ser colocados dentro de placas, de chassis porta filmes, onde dentro se tenha placas
intensificadoras, que vão acelerar o processo de absorção da radiação-X, pois eles são mais sensíveis à luz
do que a própria radiação-X;

- Os filmes de ação direta/no-screen/intrabucais, são mais sensíveis à radiação-X do que à radiação de luz
branca, então eles já são de ação direta, não precisa-se colocar dentro de chassis/placa intensificadora, no
entanto ele também é sensível à luz branca, então precisa-se protege-lo, por isso que deve-se armazenar
de forma correta.

 Estrutura dos filmes de ação direta ou no-screen:


 Estrutura (Proteção Mecânica + Proteção Química):
 Invólucro de plástico;
 Papel cartão preto;
 Lâmina de chumbo;
 Película radiográfica de poliéster;
 A película:
 Tem uma constituição que vai a proteger quimicamente;
 Invólucro de plástico, papel cartão preto, lâmina de chumbo:
 São para a proteção mecânica para que esse filme tenha uma qualidade.

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 A colgadura deve ser pinçada na região do picote.


1- Invólucro de Plástico:
 É selado;
 Protege a película dos fluidos salivares;
 Esse material vai promover uma impermeabilidade aos fluidos salivares;
 O filme radiográfico nessa parte de plástico vai ter duas faces:
o Uma que tem duas cores, ou que não é liso/face não lisa, que tem a saleta, onde se puxa e
abre o filme, e;
o Vai ter a outra face, que é lisa que é sensível ao feixe raio-X;
o A face não lisa contém a lâmina de chumbo.
2- Papel Cartão Preto:
 Protege a emulsão mecanicamente (marcas de dedo ao abrir o filme), riscos e impedir a
exposição à luminosidade;
 Tem papel cartão preto de um lado e de outro.
3- Lâmina de Chumbo:
 Impede que a radiação residual que atravessa o filme continue penetrando nos tecidos do
paciente;
 Inibe a ação da radiação secundária produzida pelos tecidos bucais;
 Na possibilidade da radiação passar para a cavidade oral do paciente, essa lâmina de chumbo
vai impedir que a radiação secundária volte para a película radiográfica e promova uma
imagem distorcida na película, pois a radiação que se quer na película é a radiação primária;
 Quando o filme radiográfico é colocado na boca do paciente do lado errado, o picote para o
lado oposto ao do operador ao invés de está virado para o operador, no chumbo tem-se
umas marcas em relevo, que parece o “freio de carro na estrada”, então essas marcas de
relevo quando o filme é colocado de maneira incorreta, ela aparece na imagem radiográfica,
então essa radiografia vai ser jogada fora.
4- Película:
 Deve ser rígida, porém flexível – Poliéster polietileno tereftalato;
 Fabricada na espessura de 0,2 mm;
 A coloração geralmente é esverdeada ou azulada, depende da marca conforme o fabricante;
 É a película em si que vai receber os raios-X e vai formar uma imagem latente e depois do
processamento uma imagem visível;
 Em um dos cantos da base existe um pequeno relevo com formato redondo (picote), que
serve de orientação para diferenciar os lados direito e esquerdo do paciente;
 Quando for realizar a tomada radiográfica deve-se ter o lado do picote voltado para o
operador, assim como para ler a radiografia o lado do picote/elevação do picote deve-se
estar voltada para o lado do operador, para distinguir se essa radiografia é do lado direito ou
lado esquerdo do paciente;
 Sua elevação pode ser sentida na parte do filme que fica voltada para os feixes de raios-X;
 Nas tomadas radiográficas periapicais o picote deve ficar voltado para as faces incisais e
oclusais;
 Em filmes oclusais (maiores) o picote deve está voltado para o lado de fora da boca do
paciente.

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OBSERVAÇÃO

-O filme periapical se acomoda nas regiões de abóbada palatina, nas regiões do assoalho;

- O filme oclusal é muito grande, então o paciente vai morder/ocluir o filme oclusal, com o picote voltado
para fora da cavidade oral.

 Partes constituintes da película:


 Camada de recobrimento/camada protetora (gelatinosa):
 Protege a emulsão contra arranhamentos, por exemplo, para que
essa emulsão não seja danificada;
 Emulsão (Halogenados de Prata):
 Sais + Matriz Gelatinosa:
o Tem os substratos que são capazes de absorver a radiação;
o A emulsão é o coração do filme, pois nela vai está contida os
sais, logo os cristais
o Sais:
 Cristais Halogenados de prata;
 Promove a sensibilidade e absorve a radiação X;
 São de dois tipos:
 Cristais de Brometo de Prata;
 Cristais de Iodeto de Prata.
o Matriz Gelatinosa:
 Substância coloide gomosa com aspecto gelatinoso onde se encontra suspenso os
sais;
 Logo, esses cristais halogenados de prata estão imersos nessa gelatina;
 Essa gelatina se endurece no final do processamento;
o Hidroquinona (capaz de endurecimento da gelatina).
 Camada adesiva:
 Camada de substrato;
 Serve para favorecer a fixação da emulsão.
 Base plástica:
 Suporte à emulsão do filme;
 Camada Adesiva;
 Emulsão (halogenados de prata);
 Camada de recobrimento/ camada protetora (gelatinosa);

OBSERVAÇÕES

- Os cristais halogenados de prata vão receber os raio-X, sendo convertidos na imagem, e vão ser fixados
na imagem, então ocorre uma transformação desses cristais halogenados de prata, em imagens negras,
que foram capazes de ser sensibilizadas, através do raio-X.

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- Esses cristais são responsáveis por absorver na película o raio-X e transformar essa imagem latente em
uma imagem real, pois vai converter os cristais em imagens pretas e imagens brancas.

Classificação dos filmes intrabucais:

 Existem 3 formatos de filmes intrabucais, cada um com determinada dimensão:


 Periapicais (temos)
 Oclusal (temos)
 Interproximal
 Podem também ser classificados em SIMPLES (tem apenas uma película radiográfica) ou DUPLOS
(tem duas películas radiográficas, logo sai a mesma imagem em duas películas).

OBS: O filme interproximal são específicos para técnicas interproximais, no entanto com o filme periapical
que se tem em sala, pode-se adaptar o filme periapical e fazer com que ele vire um filme para técnica
interproximal. Pega-se uma fita crepe, faz uma adaptação do filme periapical, e ele se torna um filme
interproximal adaptado, no entanto esse filme interproximal também é vendido.

Filmes intrabucais em relação à sua?

 Sensibilidade
 Quanto mais sensível o filme, menos radiação ele precisa receber para obter uma
radiografia com a densidade normal.
 A sensibilidade do filme está diretamente ligada ao tamanho, à organização e aos formatos
dos cristais de brometo e iodeto de prata.
 Filmes menos sensíveis – possuem cristais de prata menores – promove imagem com mais
contrate e detalhes
 Filmes mais sensíveis - possuem cristais de prata maiores - menor quantidade de radiação
para promove um imagem com qualidade.
 A MENOS:
B
C S e n s i b i l i d a d e  A sensibilidade dos filmes é expressa
D por letras que designam seus grupos. Hoje em dia só são produz-
E zidos filmes a partir da letra “D”.
F MAIS

Armazenamento de filmes

 Deve-se tomar cuidado com o armazenamento do filme, pois ele é sensível ao calor e sensível á luz
visível (branca). Se o filme radiográfico é colocado em um meio de armazenamento ruim, quando
pega-se ele não sabe identificar se está bom ou se está ruim, e quem sofrerá com isso é
principalmente o paciente, por conta do número de radiações que ele será submetido.

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Processamento radiográfico

 Existe 3 tipos de processamento radiográfico: que é transformar a imagem latente em uma


imagem visível:
 Manual: câmara escura (salas escuras ou câmaras portáteis) – ocorre em 99%
dos casos
 Automático: máquinas processadoras. Fez-se a radiografia, coloca o filme
dentro dessa máquina, e ela vai passando de maneira automática em todos os
líquidos reveladores e faz a revelação;
 Filmes autoprocessados: tem uma embalagem especial. É um dispositivo do
filme que se puxa e automaticamente se faz a revelação, é uma a auto
revelação.
 Etapas do PROCESSAMENTO MANUAL  RE LI FI LF SE
1- Revelação
2- Lavagem intermediária
3- Fixação
4- Lavagem final
5- Secagem

 Etapas do processamento manual: ANTES DE INICIAR O PROCESSAMENTO


 Verificação: Deve-se verificar o nível dos líquidos nas caixinhas, verificar a saturação desses
líquidos, verificar o prazo de validade e o prazo de troca. Toda vez que abre a caixa deve-se
verificar isso, e ainda verificar se as ordens das caixinhas estão corretas.
 Trocar água: deve-se observar as aguas, da lavagem intermediaria e da lavagem final, o ideal
seria que elas fossem trocadas a cada revelação, mas também deve-se pensar no desperdício
de água, então deve-se ter uma consciência, olhar a água, se ela tiver suja, troca-se, se ela
estiver limpa, em um estado que dê para utilizar novamente, utilize-a, agora a água as vezes fica
turva, então não tem como fazer a lavagem em uma água turva, então, faz-se a troca da água.
 Calçar novas luvas: quando for fazer o processamento deve-se calçar novas luvas. Fez-se a
técnica radiográfica no paciente, então ele tem saliva e tem sangue, eu terminei de fazer a
técnica radiográfica, joga-se as luvas foras, o filme radiográfico está no copinho. Vai-se para a
sala de processamento, calça novas luvas, e pega esse filme que teoricamente está
contaminado, então antes de fazer o processamento calça-se novas luvas, e eu também
considero que esta câmara portátil está contaminada, pois vai saber que quem utilizou antes
trocou as luvas.
 A caixa está tampada, protegida pela luz vermelha.
 Coloca-se as mão pelas luvas da caixa portátil, abre-se o filme radiográfico, abre-se todos os
constituintes do filme, pinça com a colgadura a película, e segura a colgadura dentro do potinho
do líquido revelador.

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 Etapas do PROCESSAMENTO MANUAL


1- Revelação:
 O filme exposto é aberto e fixado em um grampo para revelação ou colgadura;
 Deve ser imerso completamente no revelador e agitado algumas vezes (com
cuidado) para remover as bolhas de ar;
 O tempo de revelação varia de acordo com a temperatura da solução e também
conforme o fabricante;
 Método tempo-temperatura/método visual. A temperatura do líquido revelador,
a temperatura do ambiente vai interferir no processo de revelação, então tem-se
o método tempo-temperatura onde todos os dias um técnico chega na sala de
revelação e avalia a temperatura da sala, a temperatura do líquido, faz um
cálculo, e remete a quantidade de tempo que a película deve ficar dentro do
líquido revelador. Os fabricantes eles geralmente colocam nas caixas que um
tempo de 3 minutos equivale a uma temperatura de 25ºC da temperatura do
líquido.
Na FAINOR, o método de revelação é pelo método VISUAL, onde se coloca a
película dentro do revelador e fica-se sempre olhando para ver quando surgiu a
imagem, quando apareceu os contornos da imagem radiográfica.
2- Lavagem intermediária
 Nessa etapa o filme é lavado em água limpa para a remoção dos resíduos da
solução reveladora.
 Dura cerca de 20s
 Importante a troca de água para cada processamento
3- Fixação
 O filme deverá ser totalmente imerso no fixador por 4 minutos
 Os filmes podem ser removidos do fixador após dois minutos para a
visualização, então pode-se até abrir a caixa, poia a imagem já foi revelada,
mas devem ser recolocados na solução fixadora por mais para completar o
processo.
 Se não deixar os 4 minutos totais, a imagem não vai ser fixada corretamente
e com o passar do tempo esses filmes podem apresentar manchas verdes-
amareladas ou leitosas, decorrentes da emulsão residual. Com o tempo esses
filmes podem descolorir tornando-se marrons.
 Filmes fixados
4- Lavagem final
 Nessa etapa o filme é lavado em água limpa para remover os resíduos da
solução fixadora.
 Duração mínima de 10 minutos em água parada, sem agitação. Ou 5 minutos
em agua corrente, porém ninguém vai ficar 5 minutos com a torneira aberta.
 Importante: troca da água em cada processamento e deixar a caixa limpa
após o uso.
5- Secagem

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 A radiografia final em preto/branco/cinza é secada.


 A secagem pode ser feita de duas maneiras: em uma máquina própria, nas
secadoras ou pode ser feita para secar naturalmente, quando seca
naturalmente a deixa lá em um ambiente na colgadura, sem está riscando
em qualquer local, aí ela vai secar. Na secadora é muito mais rápido.
 A seringa tríplice não deve ser utilizada para a secagem, pois a força também
pode danificar a gelatina, a gelatina é endurecida naquela película no final da
fixação, se eu pegar, arranhar com dedo ou colocar jatos fortes de ar em
cima da película, vai danificar a gelatina.
 Devemos ter cuidado ao colocar os filmes presos na colgadura de modo que
as radiografias não fiquem sobrepostas umas as outras, sobre o risco de
grudarem após a secagem.
 Depois de secas, as radiografias devem ser devidamente guardadas com
identificação do paciente, em envelope próprio. Coloca-se a data e o nome
do paciente, que são informações básicas.

O fabricante do filme radiográfico é responsável por determinar qual será o tempo de exposição. Na
FAINOR o tempo de exposição do raio-X para técnicas interproximais e periapicais é de 0,80 segundos,
pois os aparelhos da FAINOR, foram calibrados para isso.

1- Revelador
 Método visual
 Tempo variável
 Olhar a imagem radiográfica de 5 segundos em 5 segundos (Mil e 1, Mil e 2, Mil e 3, Mil e 4, Mil e 5
– OLHA).
2- Água da lavagem intermediatia
 20 segundos
3- Fixador
 4 minutos
 Com 2 minutos pode abrir a caixa
 2 minutos para completar o tempo
4- Água da lavagem final
 10 minutos.

O que acontece QUIMICAMENTE com os cristais halogenados de prata que se encontram na emulsão:

 No processo de revelação: os cristais halogenados de prata da emulsão, que foram sensibilizados


pelos raios-X são convertidos em prata metálica negra para produzir as partes pretas e cinzas da
imagem, que são pretas ou radiolúcidas da imagem.
 Pontos a considerar na revelação
 Converte imagem latente em imagem visível, pela redução dos sais halogenados de
prata que foram sensibilizados pelos raios-X em prata metálica negra, que vai dar a
imagem escurecida do filme.

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 A solução reveladora é oxidável, então precisa-se ver a eficácia dela, num tempo de 10
à 14 dias, ela começa a ser oxidada e precisa ser trocada, por mais que a caixa esteja
parada, sem ninguém ter usado.
 Se o processo de revelação for mantido por muito tempo, maior quantidade de prata
negra se depositará e a radiografia ficará escura.
 Se o tempo de revelação for curto demais, vai ser convertido uma quantidade
insuficiente de prata negra e a radiografia ficará muito CLARA.
 O tempo de revelação depende da temperatura da solução. Se a temperatura estiver
alta, o tempo de revelação será mais rápido, pois vai está acelerado o processo dentro
do líquido que está em uma temperatura maior. Se o ambiente está frio, se a
temperatura está baixa, a revelação vai ser mais retardada, pois a temperatura do
líquido está menor.
 Fixação: nessa etapara os cristais halogenados de prata da emulsão que não foram sensibilizados
são removidos da película, assim vão mostrar as partes brancas ou transparente da imagem e a
emulsão (parte gelatinosa) é endurecida.
 Pontos a considerar na fixação
 Solução ácida, evita o contato com o revelador
 Tempo de clareamento é o necessário para remover os cristais halogenados de prata
que não foram sensibilizados.
 Promove o endurecimento da gelatina e fixação definitiva da imagem
 Filmes fixados inadequadamente podem apresentar manchas verdes amareladas ou
leitosas decorrente da emulsão. Então se não se fixa corretamente a radiografia,
com o passar do tempo, aqueles cristais, que ficaram lá, que não deu tempo
remover todos, vão deixar a imagem com a coloração diferenciada.

OBS: O LÍQUIDOS REVELADORES mancham a roupa de forma irreversível.

Uma boa radiografia tem que ter:

 Máximo de nitidez;
 Mínimo de distorção;
 Grau médio de densidade e contraste.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

FREITAS, A.; ROSA, J.E.; SOUZA, I. F. Radiologia Odontológica. 6ª ed. São Paulo: Artes Médicas, 2004.

PANELLA, J. Fundamentos de Odontologia - Radiologia Odontológica e Imaginologia. Rio de Janeiro:


Guanabara Koogan, 2006.

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Radiologia - 3º Semestre - 1ª Unidade - Aula 6 – Identificação e montagens das radiografias periapicais

Identificação e montagens das radiografias periapicais


Voltada para a face lisa do filme periapical, tem-se uma elevação, uma convexidade que é o “PICOTE” .

A face onde tem a elevação do picote tem sempre que está voltada para o operador, pois é daqui que vem o feixe
de raio-X. Logo a face de exposição do filme é sempre aquela que se tem a elevação do picote. Essa elevação do
picote deve está voltada para o operador tanto na hora de fazer a tomada radiográfica, como também na hora que
se tem os exames r adiográficos, a imagem radiográfica, radiografia revelada em mãos.

O picote tem que está voltado para a incisal dos dentes anteriores e para a oclusal dos dentes posteriores, pois
dente anterior tem borda incisal e dente posterior tem borda oclusal.

Tem-se um exame chamado de exame completo com 14 periapicais ou exame de boca toda. Com esse exame
consegue-se ter a visualização completa da cavidade oral, do paciente, através de 14 tomadas radiográficas, 14
incidências, então faz-se 14 radiografias, consegue-se ver a maxila inteira e a mandíbula inteira. Faz-se esse exame e
não uma panorâmica, pois nesse tipo de radiografia tem-se um melhor detalhamento do orgão dental e das regiões
periapicais. A panorâmica também é otima, cada uma com suas indicações.

Existem algumas radiografias que estão “em pé”, que são radiografias de canino à canino, pois os dentes anteriores
têm um maior comprimento. E na radiografia de dentes posteriores, pré-molares e molares a radiografia está
“deitada”, pois os dentes têm uma distância mesio-distal maior, logo utiliza-se o filme “deitado”. OBS: Os termos
“em pé” e “deitado” não é corretor para se usar.

IMAGEM 1 IMAGEM 2

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Na imagem 1:

 O longo eixo do filme radiográfico está paralelo ao plano sagital mediano;


 O longo eixo do filme radiográfico está perpendicular (ângulo de 90º) ao plano horizontal/oclusal;

Na imagem 2:

 O longo eixo do filme radiográfico está perpendicular (ângulo de 90º) ao plano sagital mediano;
 O longo eixo do filme radiográfico está paralelo ao plano horizontal/ oclusal;

A gente pode ter na cavidade oral 32 dentes. Entretanto se tem 14 tomadas radiográficas, então foi feita uma
divisão, para que esses 32 dentes pudessem ser observados nesse exame através de 14 tomdas radiográficas.

Esse quebra cabeça de radiografias deve ser identificado e montar a cartela para poder ver a cavidade oral do
paciente de maneira correta, para não errar na hora do diagnóstio e dos procedimentos. Para montar esse quebra
cabeça têm varias informações que ajudam como a anatomia dentária, informações sobre a anatomia da maxila e a
anatomia da mandíbula.

Vai-se nessa aula aprender os reparos anatômicos, para identificar as posições das radiografias, para calibrar o olhor
e saber o que é normal, e depois saber identificar o que é anormal.

Anatomia radiográfica dentomaxilomandibular


 O reconhecimento do anormal só é possível a partir do conhecimendo do que se é normal;
 A ausência de um ou mais repaross anatômicos não pode ser necessariamente considerada como uma
anormalidade do individuo, logo os reparos podem ser observados ou não, isso significa que não é uma
anormalidade se não aparecer algum reparo na radiografia;
 Os reparos anatômicos ajudam na identificação das regiões radiografadas, do lado radiografado, direita ou
esquerda, além de ser utilizados como guias para os interpretadores mais atenciosos;
 A radiografia periapical consegue-se observar uma vasta informações de detalhes das estruturas dos orgãos
dentais e das estruturas adjacentes.
 Estrutura radiopaca: BRANCO. O que é radiopaco vai promover uma maior resistência à passagem dos raios-
X.
 Estrutura radiolúcida: PRETO. O que é radiolucido deixa mais facilmente o raio-X passar.

Um exame radiografico periapical consiste em 14 radiografias, contendo:

 Maxila
 Incisivo Central Superior
 Incisivo Laretal e Caninos Superiores
 Pre-Molares Superiores
 Molares Superiores
 Mandíbula
 Incisivos Inferiores
 Caninos Inferiores
 Pre-Molares Inferiores
 Molares Inferiores

OBS: Algumas IMAGENS referente a maxila e a mandíbula estão trocadas, pois não foi achado o reparo anatômico
correto. Logo, ATENÇÃO

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MAXILA
RADIOGRAFIA DA REGIÃO DE INCISIVOS CENTRAIS SUPERIORES:

 Espinha Nasal Anterior


 Forame Incisivo
 Sutura Intermaxilar
 Fossas Nasais
 Septo Nasal
 Conchas Nasais
 Sombra da Cartilagem Nasal
 Extensão Anterior do Seio Maxilar

1- Espinha Nasal Anterior


 Vai aparecer na imagem radiográfica de maneira radiopaca, com forma de “v”, situada ligeiramente
acima dos ápices dos incisivos centrais na região da linha média.

2- Forame Incisivo
 Área radiolúcida de forma oval, e tamanho variável, que situa-se entre os incisivos centrais superiores.

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3- Sutura Intermaxilar
 Vai ser vista como uma linha radiolúcida que corresponde à junção das maxilas de orientação vertical,
situada entre os incisivos centrais superiores e limitadas por corticais radiopacas algumas vezes
evidentes, e melhor visualizadas em individuos jovens, pois a maxila ainda não está totalmente juntas as
maxilas.

4- Fossas Nasais
 Abertura da cavidade nasal.
 Áreas radiolucidas localizadas acima dos ápices dos incisivos, com contornos inferiores arredondados,
separadas por uma estrutura radiopaca vertical, que é o septo nasal;

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5- Septo Nasal
 Linha radiopaca de orientação vertical que separa as fossas nasais.

6- Conchas Nasais
 Estruturas levemente radiopacas, de contornos arredondados, situados no interior das fossas nasais,
nas suas paredes antero-laterais.

7- Sombra da Cartilagem Nasal


 Sombra radiopaca projetada sobre os ápices dos incisivos superires, com convexidade voltada para
inferior.

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8- Extensão Anterior do Seio Maxilar


 Pode atingir desde o canino até o incisivo lateral

RADIOGRAFIA DA REGIÃO DE INCISIVOS LATERAIS E CANINO SUPERIORES:

 Assoalho da Cavidade Nasal


 Fossa Nasal
 Assoalho do Seio Maxilar
 Seio Maxilar
 Y Invertido de Ennis
 Canais Nutrícios
 Fosseta Mirtiforme

1. Assoalho da Cavidade Nasal


 É o “chão”, algo que está sustentando.
 Vai-se ver como uma linha radiopaca, obliqua que na direção anteiror funde-se com a espinha nasal
anterior.

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2. Fossa Nasal
 Área radiolucida, com localização supra apical, que na sua porçao posterior se sobreprõe ao seio
maxilar.
 A fossa nasal é mais anterior que os seios maxilares
 Vai ser uma linha retilinea

3. Assoalho do Seio Maxilar


 Vai ser uma linha radiopaca com concavidade voltada para posterior, que contribui para a formação
do detalhe anatômico conhecido como Y invertodo de Ennis.
 Vai ser uma linha meio arredondada

4. Seio Maxilar
 É radiolucido de contornos arredondados

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5. Y Invertido de Ennis
 É uma estrutura radiopaca em forma de Y invertido com uma abertura antero-inferior composta pela
composição do assoalho da fossa nasal com o assoalho do seio maxilar.
 Tem-se a parede antero-inferior do seio maxilar pois, como o seio maxilar é muito grande, então a
porçao que se vê mais anterior é sua parede anterior e a porção que se ve mais posterior é sua
parede posterior.

6. Canais Nutrícios
 São linhas radiolucidas encontradas dentro do seio maxilar que correspondem aos trajetos
intraosseos de arteríolas e veias.

7. Fosseta Mirtiforme ou Fossa Lateral


 É uma imagem discretamente radiolúcida entre o incisivo lateral e o canino superior

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RADIOGRAFIA DA REGIÃO DE PRÉ-MOLARES SUPERIORES

 Assoalho do Seio Maxilar


 Seio Maxilar
 Assoalho da Fossa Nasal
 Fossa Nasal
 Y Invertido de Ennis
 Processo Zigomático da Maxila
 Sombra do Osso Zigomático

1. Assoalho do Seio Maxilar


 Linha radiopaca de aspecto arredondado ou lobulado que apresenta um contorno mais inferior

2. Seio Maxilar
 É radiolucido de contornos arredondados;

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3. Assoalho da Fossa Nasal


 Linha radiopaca com a localização supra apical só que agora vai observa-la com uma disposição mais
horizotal

4. Fossa Nasal
 Imagem radiolúcida, com localização supra apical, que sobrepõe-se ao seio maxilar.

5. Y Invertido de Ennis
 É uma estrutura radiopaca em forma de Y invertido com uma abertura antero-inferior composta pela
composição do assoalho da fossa nasal com o assoalho do seio maxilar.
 Tem-se a parede antero-inferior do seio maxilar pois, como o seio maxilar é muito grande, então a
porçao que se vê mais anterior é sua parede anterior e a porção que se ve mais posterior é sua
parede posterior.

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6. Pocesso Zigomático da Maxila


 Faixa radiopaca, em forma de U de concavidade superior localizada acima ou sobre os apcies do
primeiro e segundo molar.
 Tem o formato de uma ferradura de cavalo
 Essa imagem dificulda a avaliação das raízes do primeiro e segundo molar.

7. Somba do Osso Zigomático


 Atrás do processo zigomático da maxila vai-se vê uma sobra radiopaca, em direção posterior e em
continuidade com o processo zigomático sobrepostas aos ápices dos molares ou acima deles.

RADIOGRAFIA DA REGIÃO DE MOLARES SUPERIORES

 Cortical ou Assoalho do Seio Maxilar


 Seio Maxilar
 W Sinusal
 Processo Zigomático da Maxila
 Osso Zigomático
 Assoalho da Fossa Nasal
 Fossa Nasal
 Tuber
 Processo pterigoide
 Hâmulo Pterigóide
 Processo Coronóide da Mandibula

1. Cortical ou Assoalho do Seio Maxilar


 Linha radiopaca de aspecto arredondado, lobulado

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2. Seio Maxilar

3. W Sinusal
 É uma linha radiopaca no interior do seio maxilar em formato de “’W”, corresponde a presença de
um septo no seio maxilar, é como se o assoalho reentrasse e formasse uma região de septo/divisão,
como se ele quisesse dividir esse seio maxilar

4. Processo Zigomático da Maxila


 Faixa radiopaca, em forma de U de concavidade superior localizada acima ou sobre os apcies do
primeiro e segundo molar.
 Tem o formato de uma ferradura de cavalo
 Essa imagem dificulda a avaliação das raízes do primeiro e segundo molar.

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5. Osso Zigomático

6. Assoalho da Fossa Nasal


 Como o posicionamento do filme mudou, o assoalho do filme vai ser observado como uma linha
radiopaca de orientação horizontal

7. Fossa Nasal

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8. Tuber da maxila
 Distal, região da maxila, posterior ao último molar;
 Se caracteriza por apresentar uma densidade radiográfica menor do que o osso normal;

9. Processo pterigoide da maxila


 Estrutura radiopaca de localização posterior ao tuber ou jastaposto a este.

10. Hâmulo Pterigóide/Processo Hamular


 Estrutura radiopaca posterior e próximo ao Tuber, de orientação vertical e formato espicular, é
uma espicula óssa, parece uma perninha.
 Observe o processo pterigoide, abaixe o olhar e vai ver o hâmulo pterigóide. Parece uma
botinha.

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11. Processo Coronóide da Mandibula


 Estrutura radiopaca de forma triangular, localizada abaixo, próximo, ou sobre as coroas dos
últimos molares ou sobre o tuber. É uma estrutura que está sendo projetada da mandibula para
a maxila.

MANDÍBULA
RADIOGRAFIA DA REGIÃO DE INCISIVOS INFERIORES

 Foramina Lingual (Forame Cego)


 Protuberância Mentural
 Espinhas Genianas/Espinhas Mentonianas
 Base da Mandibula
 Canais Nutrícios

1. Foramina Lingual (Forame Cego)


 Área radiolúcida
 Formato oval ou arredondado e tamanho reduzido
 Localização mediana e infra-orbital
 Rodiado por um anel radiopaco

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2. Protuberância Mentual
 Faixa radiopaca em forma de “V” invertido, de vértice mediano, localizada sobre as raizes dos
incivos ou abaixo dos apices.

3. Espinhas Genianas/Espinhas mentonianas


 Dispostas duas a duas;
 Cirgundantes à foramina lingual ou abaixo dos ápices dos incisivos centrais na linha média.

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4. Base da Mandibula
 Faixa radiopaca correspondente ao limite inferior do osso mandibular

5. Canais Nutrícios
 Linhas radiolúcidas

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RADIOGRAFIA DA REGIÃO DE CANINOS INFERIORES

 Base da mandibula
 Fóvea sublingual
1. Base da mandibula

2. Fóvea Sublingual
 Nela se tem a glândula sublingual

RADIOGRAFIA DA REGIÃO DE PRÉ-MOLARES INFERIORES

 Forame Mentual/Forame Mentoniano


 Canal Mandibular
1. Forame Mentural/Forame Mentoniano
 Área radiolúcida
 Oval ou arredondado
 Localizado entre as raizes dos 2º Pré-Molares e 1º Molar OU localizado entre as raizes dos pré
molares, lateral ou apicalmente.

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2. Canal Mandibular
 Faixa radiolúcida
 Limitada acima e abaixo por duas linhas radiopacas, corticais, correspondete às paredes do canal
mandibular
 Localização infra-apical
 Importante para os dentistas, pois passa o nervo alveolar inferior por dentro dele, e esse nervo
vai inervar toda a região de molares, é um nervo dificil de ser anestesiado
 Quando tem terceiro molar incluso, a depender do contato muito grande com esse canal, corre
o risto do paciente ficar com parestesia, então por isso que o exame radiográfico é tão
importante.
*Parestesia Isso é raro de acontecer, mas quando formigamentos, pressões, dormência e
alterações na sensibilidade ocorrem, há fortes indícios de que algo não saiu como o esperado.
Essa complicação cirúrgica recebe o nome de parestesia e, a princípio, assusta.

RADIOGRAFIA DA REGIÃO DE MOLARES INFERIORES

 Linha oblíqua
 Linha milo-hioidea
 Canal da mandíbula
 Fóvea Submandibular
1. Linha oblíqua
 Faixa radiopaca
 Direção póstero-anterior e descendente
 Passa à altura do colo ou terços cervicais das raizes dos molares
 É mais “forte” pois tem a linha interna e externa e ocorre sobreposição

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2. Linha Milo-hioidea

 Faixa radiopaca de direção também póstero-anterior descendente, só que ela vai passar na
altura do terço apical dos molares

3. Canal da mandíbula
 Faixa radiolúcida;
 Limitada acima e abaixo por duas linhas radiopacas, corticais, correspondete às paredes do canal
mandibular;
 Localização infra-apical;
 Importante para os dentistas, pois passa o nervo alveolar inferior por dentro dele, e esse nervo
vai inervar toda a região de molares, é um nervo dificil de ser anestesiado;
 Quando tem terceiro molar incluso, a depender do contato muito grande com esse canal, corre
o risto do paciente ficar com parestesia, então por isso que o exame radiográfico é tão
importante.

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4. Fóva Submandibular
 Área de melhor radiodensidade, abaixo doas raizes dos molares, devido ao fato do osso
mandibular apresentar uma depressão na sua face interna e mostrar uma menor espessura
nesta região
 Tem na fóvea submandibular a glândula submandibular

OBSERVAÇÃO FINAL

1. O picote só determina o que é direito e esquerdo na radiografia, não determinando o que é


superior e inferior. O que vai determina que é superior e inferior é a anatomia dentária de modo
geral e reparos anatômicos.

DENSIDADE DAS ESTRUTURAS ANATÔMICAS

 RADIOPACAS (clara):
 Esmalte  Processo Zigomático da Maxila
 Dentina  Hâmulo Pterigóideo
 Cemento  Linhas Oblíqua e Milo-Hióidea
 Lâmina Dura  Espinhas Genianas
 Septo Nasal  Protuberância Mentual
 Espinha Nasal Anterior  Processo Coronóide da
 Sombra da Cartilagem Nasal Mandíbula
 Assoalho da Cavidade Nasal e  Processo Pteridoide do Osso
Seio Maxilar Esfenóide

 RADIOLÚCIDAS (escura):
 Polpa
 Espaço Pericementário
 Fossas Nasais
 Foramina Lingual
 Forame Mentual
 Fossa Mirtiforme
 Fóvea Sublingual e Submandibular
 Canais Nutrícios

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1. SEIO MAXILAR 13. SUTURA INTERMAXILAR


2. PROCESSO ZIGOMÁTICO 14. LINHA OBLÍQUA
3. ASSOALHO DA CAVIDADE NASAL 15. LINHA MILOIOIDEA
4. ASSOALHO DO SEIO MAXILAR 16. CANAL DA MANDÍBULA
5. TUBEROSIDADE DA MAXILA 17. FÓVEA DA GLÂNDULA
6. OSSO ZIGOMÁTICO SUBMANDIBULAR
7. PROCESSO CORONOIDE DA 18. BASE DA MANDÍBULA
MANDÍBULA 19. FORAME MENTUAL
8. HÂMULO PTERIGOIDEO 20. FÓVEA DA GLÂNDULA SUBLINGUAL
9. Y INVERTIDO DE ENNIS 21. CANAL NUTRÍCIO
10. SEPTO NASAL 22. ESPINHA GEMINIANA
11. ESPINHA NASAL ANTERIOR 23. FORAME LINGUAL
12. FORAME INCISIVO 24. PROTUBERÂNCIA MENTUAL

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

FREITAS, A.; ROSA, J.E.; SOUZA, I. F. Radiologia Odontológica. 6ª ed. São Paulo: Artes Médicas,
2004.

PANELLA, J. Fundamentos de Odontologia - Radiologia Odontológica e Imaginologia. Rio de


Janeiro: Guanabara Koogan, 2006.

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Radiologia - 3º Semestre - 1ª Unidade - Aula 7 – Técnicas Radiográficas Intrabucais

Os exames radiográficos são chamados de exames complementares, apesar da importância que ele têm para o
diagnóstico e tratamento das doenças bucais, e são complementares pois precisa-se agregar conhecimento dos exames
clínicos, como também outros exames complementares, então deve-se sempre agregar os achados clínicos dos
pacientes com a radiografia, então as duas informações, ou mais de duas informações, são importantes para obter e
provavelmente fechar um diagnóstico do paciente.
Técnicas Radiográficas Intrabucais: O filme radiográfico fica localizado dentro da cavidade oral do paciente.
 Periapical
 Técnica da Bissetriz
 Técnica do Paralelismo

 Interproximal

 Em uma mesma tomada radiográfica se vê dentes superiores e inferiores de um dos lados (direito ou
esquerdo). Basicamente, consegue-se ver a região de coroa e um pouco da região cervical das raízes, da
região óssea, da região da crista óssea.

 Oclusal
 Se vê toda a maxila ou toda a mandíbula, vê-se estruturas ósseas, de
maneiras mais extensas, então essas radiografias precisam de um maior
tempo de exposição, pois ela pega todo o maxilar em uma radiografia só.

Técnicas Radiográficas Intrabucais


 Antes de iniciar
 Paciente – remover qualquer objeto metálico, principalmente as prótese parcial removíveis pois elas
possuem uns grampos com pedaços de metais e atrapalham muito a imagem radiográfica, além de
remover brincos, óculos, entretanto esses dois últimos não atrapalham a imagem radiográfica, mas sim a
execução da técnica radiográfica;
 O paciente deve está sentado o mais confortável possível na cadeira odontológica, para assim o paciente
não mexer, e ficar mais fácil a realização da tomada radiológica;
 Observar o posicionamento correto da cabeça, pois para realizar as técnicas radiográficas deve-se
posicionar a cabeça do paciente;
 Posicionamento do filme (picote e face sensível);
 Instituir – Paciente imóvel e não engolir saliva durante a exposição;

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Técnicas radiográficas intrabucais PERIAPICAL


Objetivo da radiografia periapical: exames dos ápices do dente e estruturas circunvizinhas aonde se vão obter
informações detalhadas. Logo, é o objetivo da radiografia periapical, e não a sua indicação. A indicação da radiografia é
o motivo de diagnóstico que vai se pedir esse exame radiográfico, e a indicação vai depender do motivo do diagnóstico,
já que cada tipo de radiografia intrabucal seja periapical, interproximal ou oclusal, vai suprir uma necessidade diferente.

A radiografia periapical é um exame 2D de uma estrutura 3D

Radiografia Periapical (Indicações)


 Pesquisa de cáries, calcificações da região dentária, nódulos pulpares, regiões de fraturas, anomalias do órgão
dentário, reabsorções e lesões periapicais;
 Relação entre as raízes dentaria e o seio maxilar;
 Evolução de processos patológicos – Pode ter diversas situações, às vezes, por exemplo, tem-se uma lesão
periapical, e o tratamento de escolha é acompanhar essa lesão, não precisa fazer uma cirurgia de remoção, nem
um tratamento endodôntico, então vai fazer radiografias de tempo em tempo para ver como está a situação da
lesão. Ou ao fazer uma cirurgia, para acompanhar o prognóstico, ver se está ocorrendo tudo bem com a
recuperação, utiliza-se a radiografia, de tempos em tempos.
 Tamanho, forma e número de raízes, condutos radiculares dos dentes inclusos e sua posição intra-óssea;
 Detecção de infecção/inflamação apical;
 Avaliação do estado periodontal dos dentes;
 Visualização da morfologia das raízes antes de extrações – Para qualquer extração, precisa-se fazer radiografia,
antes do mesmo. Toda cirurgia deve-se fazer um plano de tratamento.
 Analise radiográfica durante tratamento endodôntico – O tratamento endodôntico vai-se fazer em torno de 3
radiografias por tratamento, no inicio, no meio e depois do tratamento. Antes, durante e depois.
 Visualização pré e pós operatório de cirurgias apicais;
 Avaliação pós operatória de implantes;
 Excessos ou falta de materiais restauradores.
Exame Periapical Completo
 O exame radiográfico periapical (bissetriz e paralelismo) completo é conhecido como “exame de boca toda”.
Para a sua execução, a maxila e a mandíbula são divididas em 7 regiões, totalizando 14 filmes periapicais.
Posicionamento do filme radiográfico
 Picote
 Sempre direcionado para o plano oclusal dos dentes posteriores e incisal dos dentes anteriores.
 Indicará o lado radiográfico, se a radiografia é do lado: direito ou esquerdo

 Face do filme
 A face lisa do envoltório do filme é o lado de exposição e deve estar voltada para o feixe de raios-X. A
convexidade do picote sempre vai está voltada para o lado do operador e consequentemente para o
feixe de raio-X.
 Longo eixo do filme
 Para dentes posteriores: “Filme periapical é mantido com seu longo eixo perpendicular ao plano sagital
mediano do paciente”.
 Para dentes anteriores: “Filme periapical é mantido com seu longo eixo paralelo ao plano sagital do
paciente”.

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 Posicionamento do filme dentro da boca do paciente


 O feixe de raio-x tem que incidir no centro da película então o filme radiográfico deve ser colocado na
região central do objeto de estudo.

Posicionamento da cabeça do paciente


 Plano Sagital Mediano: plano que divide a cabeça verticalmente em lados direito e esquerdo.
 Plano de Camper/Trago-Asa do Nariz: plano que passa pelo pório, espinha nasal anterior, representando a linha
de orientação que vai do trágus à asa do nariz.
*trago ou trágus
 Linha Tragos-Comissura-Labial: Linha de orientação que vai do trágus à comissura labial.
*trago ou trágus

Posicionamento Ideal (Entre receptor de Imagem/Dente/Feixe de Raios-X)


 Os dentes sob investigação e o filme devem estar em contato ou, se não for possível, o mais próximo possível;
 Os dentes e o filme devem estar paralelos entre si;
 O cabeçote deve estar posicionada de forma que o feixe de raios-X
incida perpendicularmente em relação ao dente e ao filme, tanto no
plano horizontal quanto no plano vertical;
 O posicionamento deve ser reproduzível, de modo que se consiga
fazer o mesmo posicionamento daqui um tempo e possa comparar
as radiografias.
 O filme vai ficar na região palatina dos dentes superiores e na região
do assoalho da região inferior na parte lingual.

Técnica da Bissetriz
 Posicionamento correto da cabeça do paciente *Três principais requisitos IDEAIS. Nem
 Angulações vertical e horizontal sempre consegue-se isso (ao redor da
 Áreas de incidência dos raios-X da imagem).
Técnicas do Paralelismo
 Uso dos posicionadores
 Vai acoplar o filme radiográfico ao dispositivo suporte porta-filme do posicionador, e ele vai levar a um
posicionamento de paralelismo, onde tem-se dente e filme radiográfico paralelos entre si, e o feixe vai incidir de
maneira perpendicular.

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 Existem casos que não se consegue fazer o uso de posicionadores no paciente. Paciente que tem ânsia de
vômito ao colocar o posicionador, pacientes que têm palato com conformações diferenciadas, pacientes
especiais, que as vezes tem conformações diferentes desse palato, aí não consegue-se utilizar o posicionador, e
vai-se utilizar então nesses casos, a técnica da bissetriz.

TÉCNICA RADIOGRÁFICA PERIAPICAL DA BISSETRIZ


 Técnica da bissetriz
 “Direcionar o feixe de raios X perpendicularmente ao plano
bissector formado pelo plano do dente e plano do filme”
(Cieszynsky em 1907).
 A bissetriz é a reta que divide um ângulo em duas partes
iguais.
 Deve incidi o feixe de raio-X perpendicularmente à bissetriz
formada entre o longo eixo do dente e o longo eixo do filme
radiográfico.
 Porque direcionar o feixe de raios X perpendicularmente ao plano bissector formado pelo plano do dente e
plano do filme? Para ter uma imagem ISÓMETRICA. Se isso não
acontece:
 Se o feixe central de raio-x incidir perpendicularmente ao
longo eixo do dente a imagem do objeto se apresentará
alongada.
 Se o feixe central de raio-x incidir perpendicularmente ao
longo eixo do filme radiográfico, a imagem do objeto sairá
encurtada.

MAXILA  Para que o feixe de raio-x incida perpendicularmente na bissetriz, entre o longo eixo do filme e o longo eixo
do dente, tem que pensar e saber realizar:

 Posicionamento correto da cabeça do paciente;


 Angulação horizontal e vertical do feixe de raio-X;
 Área de incidência do raio-x.

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MANDÍBULAR  Para que o feixe de raio-x incida perpendicularmente na bissetriz, entre o longo eixo do filme e o
longo eixo do dente, tem que pensar e saber realizar:

 Posicionamento correto da cabeça do paciente;


 Angulação horizontal e vertical do feixe de raio-X;
 Área de incidência do raio-X.

Vantagens da TÉCNICA DA BISSETRIZ

 Posicionamento do filme é razoavelmente confortável ao paciente, pois não está no posicionador e o


posicionador é mais desconfortável.
 Se todas as angulações forem corretamente selecionadas, a imagem do dente irá apresentar em comprimento
real, que é a IMAGEM ISOMÉTRICA.

Desvantagens da TÉCNICA DA BISSETRIZ

 Muitas variáveis envolvidas na técnica, então é mais passível de erro;


 Exige um posicionamento correto da cabeça do paciente;
 Requer experiência do operador;
 Não é possível é possível obter imagens reprodutíveis;
 Maiores chances de corte cone, de ter a meia lua.

TECNICA DA BISSETRIZ – MAXILA

*Apreensão do filme: Dedo polegar da mão do lado oposto a ser radiografado; os demais dedos espalmados e apoiados
na face.

*PSM = Plano Sagital Mediano

Área de incidência = incidência do feixe de raios-X

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Angulação vertical

 São obtidas direcionando o feixe de raios-X em relação à linha de oclusão ou plano oclusal ou plano horizontal
(esse plano divide em superior e inferior).

Angulação Horizontal

 Estão relacionadas ao plano sagital mediano, são obtidas movimentando o cilindro do aparelho de raio-X de
maneira horizontal (faz uma relação de direita e esquerda).
 Vai direcionar esse feixe paralelo as faces próximais dos dentes
 Diferente para cada região a ser radiografada
 Feixe central de raios-X devem está paralelo as faces proximais dos dentes para evita sobreposição.

Apreensão do filme

 O dedo polegar da mão do lado oposto a ser radiografado e o restante dos dedos espalmados e apoiados na
face, em posicionamento de continência.
 O filme deve se manter reto
 3 mm à 5 mm livres/além da borda oclusal e incisal do dente.

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TECNICA DA BISSETRIZ – MANDÍBULA

Comparando com a região da mandíbula, na maxila, a técnica vai mudar o posicionamento da cabeça do paciente, a
área de incidência e também a angulação.

Plano Sagital Mediano

 Fica perpendicular ao plano horizontal (não mudou nada)

Linha trágus-comissura Labial (nova linha de referência)

 Esse posicionamento deve ficar paralelo ao plano horizontal

Angulação Vertical (SERÁ NEGATIVA)

 São obtidas

Angulação Horizontal

 Diferente para cada região a ser radiografada


 Os feixes de raio-X seja paralelo à faces proximais da face dos dentes.

Apreensão do filme

 Dedo indicador da mão do lado oposto a ser radiografado e os demais dedos fechados apoiados na região do
mento
 O dedo polegar apoiado no mento

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TÉCNICAS RADIOGRÁFICAS PERIAPICAL DO PARALELISMO

Presença do paralelismo entre o longo eixo de implantação do dente e o


filme.

O feixe cental dos raios-X é direcionado perpendicular ao dente e o filme

Composição do posicionador:

 Suporte do receptor de imagem


 Bloco de mordida
 Anel localizador (onde vai incidir o feixe de raio-x)

E os ângulos? ANEL POSICIONADOR

Atenção: Abranger os dentes da área a ser radiografada.

Vantagens do PARALELISMO

 Imagens são produzidas com mínimas distorções geométricas, são imagens isométricas ou isomorfas;
 Encurtamento ou o alogamento são mínimos, devido a maior distancia focal, tem uma maior distancia entre o
filme dando uma maior nitidez;
 Angulações horizontais e verticais do cabeçote são automaticamente determinadas;
 Não existe corte de cone;
 A reprodutibilidades das radiografias são possiveis com diferentes operadores;

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 Dispensa o posicionamento rígido da cabeça do paciente, angulas verticais, horizontais de áres de incidencias
pré-determinadas;
 Sempre que possível, deve-se utilizar essa técnica para tomadas radiográficas periapicais.

Desvantagens do PARALELISMO

 Pode ofecerem algum desconforto ao paciente;


 A anatomia da boca, algumas vezes, faz com que a técnica se torne impossível;
 As vezes os ápices dos dentes podem aparecer muito próximos à borda da imagem, pois nesse caso o
posicionamento do filme é rígido;
 Só não usa o paralelismo quando não se consegue fazer a utilização, quando alguma coisa impede, um dos
problemas são a região de molares inferiores, quando precisa-se colocar bem atrás, muitas vezes dói, e as vezes
a boca do paciente é pequena e não consegue colocar até o final;
 O posicionadores precisam ser (descartáveis) ou auto clavaveis (todos são autoclaváveis hoje em dia).

Região de MOLARES SUPERIORES

 O receptor de imagem é colocado na região superior, entre a linha média do palato, para acomodar na região
da altura da abóbada palatina, coloca ele na região de linha média do palato, e ele se acomoda na região de
abóbada palativa, que é a região de curvatura do palato.

Região de PRÉ-MOLARES SUPERIOR

 O receptor de imagens é colocado na região de linha média do palato para ficar na altura da abóbada palatina.

Região de INCISIVOS LAVERAIS E CANINOS SUPERIORES

 O receptor de imagem posicionado é de forma que o aro do posicionador esteja voltado para a asa do nariz.

Região de INCISIVO CENTRAL SUPERIOR

 O receptor de imagem é posicionado de forma que o aro do posicionador seteja voltado para o ápice do nariz.

Região de CANINOS INFERIORES

 O receptor de imagens é colocada a borracha no dente em questão, e o receptor de imagem é acomodado no


assoalho da boca.

Rebordos edentulos ou Parcialmente

 Utilizar a:
 Técnica da bissetriz
 Técnica do paralelismo com rolinhos de algodão para estabilizar onde não tem dente.

Pacientes com náuseas fazer a bissetriz, ou tentar fazer com muita calma o paralelismo.

Considerações Finais

 O uso de suporte porta filme facilita a execução da técnica do paralelismo

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 A não utilização de posicionadores e a necessidade de angulações e áres de incidência, dificuldade de posicionar


o objeto no filme, torna a técnica da bissetriz suscetível a erros.
 As Guidance Notes de 2001 recomenda que o receptor de imagem deve ser segurado pelo paciente, apenas
quando não há outra forma de deixar em posição, e quando não consegui, faz a bissetriz.
 Uma imagem radiográfica isómetria: o que se tem na cavidade oral vai ser representado de maneira fidedigna
na pelicula radiográfica.
 A nossa legislação pede que sempre que possível, as técnicas sejam realizadas pelo PARALELISMO pois tem
menos possibilidade de irradiar o paciente de maneira adicional. Se não conseguir realizar o paralelismo, realiza
a técnica da bissetriz.

Técnica radiográfica Intrabucal Interproximal

- O filme radiográfico vai dentro da cavidade oral do paciente (intraoral/intrabucal). Vai ocorrer a avaliação das regiões
interproximais dos dentes posteriores (intreproximal)
- Essa técnica também pode ser chamada de Bite Wing – Pois possui uma Asa de mordida (Aleta), que vai dividir o filme
em metades iguais, vai ver metade de uma porção inferior e a outra metade da outra porção inferior do dente.
- Produzida por: Howard Rapper – 1925;
- Uma imagem individual mostra as coroas de dentes posteriores superiores e inferiores de uma região. Não é usual
fazer com os dentes anteriores
- Se vê completamente com quatro tomadas radiográficas, logo o exame completo tem 4 tomadas radiográficas;
- Essa técnica pode ser realizada com o filme radiográfico periapical adaptado, ou com o filme radiográfico interproximal
que já vem com a asa de mordida acoplada;
- A haste em forma de “T” orienta o cilindro localizador do aparelho de raios x como se dividisse o filme em metades
iguais (superior e inferior) -
- Filmes:
 Com asa de mordida
 Convencional adaptado
- O posicionador para esta técnica é composto por uma estrutura para manter o filme paralelo ao dente, suporte ou
plataforma para mordida e uma haste que orienta o cilindro localizador do aparelho de raios x;
- Então essa técnica interproximal pode ser realizada de duas maneiras, com o paciente mordendo o filme, sem
posicionador ou acoplando o filme periapical normal sem haste, no posicionador;
- O posicionador deixa o filme paralelo ao dente. O posicionador já tem a asa de mordida;
- O paciente está em oclusão, ele está mordendo a asa de mordida, então quando ele morde a asa de mordida vai ver
metade da região superior e inferior.
- O objetivo dessa técnica vai ser observar a região de coroa dos dentes posteriores direito e/ou esquerdo
- Indicações:
 Pesquisa de cáries proximais (reincidentes = , incipientes = cáries que estão no seu desenvolvimento inicial, são
cáries pequenas,). Quando se tem cáries extensas já existe a possibilidade de comprometimento pulpar, e há

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possibilidade também de lesões periapicais. Então se tem a necrose da polpa, quando a cárie é muito grande e
a cárie atinge a polpa, esse dente pode ser depravado, esse dente pode sofrer uma inflamação, essa inflamação
também precisa tampar o canal, mas não pode ser necrosada, quando ela entra em estado de necrose pode
surgir a lesão periapical na região do ápice do dente.
 Avaliação de restaurações existentes.
o Excesso ou falta de material restaurador nas faces proximais
 Nódulos e calcificações da câmara pulpar
 Avaliação do estado periodontal
o Reabsorções ósseas (crista óssea alveolar)
- Relação entre dentes decíduos e germes permanentes;
- Relação cárie/câmara pulpar;
- Avaliação da crista óssea alveolar (boda do osso alveolar);
- Excesso ou falta de material restaurador na região do dente;
- Presença de cálculos salivares (tártaro, formação da placa bacteriana que se mineraliza da região dentária);
-Não se faz tomara interproximal para dentes anteriores pois as cáries das regiões do anteriores são melhores
visualizadas, diferente dos dentes posteriores.

- Técnica
 Consiste em 4 radiografias utilizando o filme periapical que mede 3 x 4 cm
 Para crianças esse exame consta de 2 radiografias 2 x 3 (criança) – molares decíduos e a mesial do permanente
– pois os decíduos não possuem os pré-molares.
 Quando se utiliza os posicionadores não é preciso pensar no posicionamento da cabeça , pois o posicionador já
vai dar todos os pré-requisitos, acopla o filme na cavidade oral e tudo certo. Quando não se faz com esse
dispositivo, precisa-se atentar à angulaões
- O feixe de raios X é direcionado com ângulo vertical de 8° a 10 °, paralelo aos espaços interproximais e perpendicular
ao filme
-Posição da cabeça
 PSM – perpendicular ao plano horizontal
 Linha trago comissura labial – paralela ou plano horizontal.
- Manutenção do Filme vai ser através da oclusão do paciente, isso para a técnica feita sem o posicionador. A técnica
com o posicionador também vai ser feita com a oclusão do paciente, só que através do posicionador e com a asa de
mordida do posicionador. No outro, vai-se morder a aleta que vai-se construir com a fita, e essa fita tem que sobrar para
fora da cavidade oral para se orientar, para ver onde está a metade superior e inferior do filme.
- O feixe de raio X é direcionado com ângulo vertical de:
 + 8 a + 10 graus  Paralelo aos espaços interproximais e perpendicular ao filme.
 Se orienta em relação ao plano horizontal, para cima baixo
- O feixe de raio X é direcionado com angulação horizontal
 A referência é o Plano Sagital Mediano, para direita ou esquerda.
 Se orienta em relação ao plano
 Pré molares
 Molares
- Ponto de incidência
 Centro da película e a região (superior e inferior) que divide em metades iguais. Região da asa de mordida.
 O picote foi convencionado que vai está voltado para a mesial dos dentes

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 A região de área de incidência quem vai orientar a área de incidência é a haste de mordida, ou com o filme
periapical adaptado ou com o posicionador.
- Distribuição dos Filmes

- Vantagens
 Em uma imagem só vai-se observar a coroa de dentes superiores e inferiores
 Existe uma menor distorção e muito detalhe
 Proteção em relação ao paciente pois ele vai ser incidido a uma quantidade menor de raios-X, por conta da
menor quantidade de radiografias;
 Fácil execução
 Econômica pois diminui a quantidade de filmes
 Eficaz

- Desvantagens
 Não mostra o periápice dentário
 Precisa ser realizada com o posicionador ou com a Asa de mordida.

TECNICA RADIOGRÁFICA INTRABUCAL OCLUSAL


- Vai-se utilizar o filme oclusal que tem uma maior dimensão, para ser observado toda a maxila e toda a mandíbula.
- Idealizada por Simpson em 1916
- Ocorre visualização de áreas mais extensas da maxila e mandíbula
- Essa técnica utiliza o filme oclusal que é posicionado sobre superfícies oclusais dos dentes;
- Devido a sua maior dimensão ela possibilita a avaliação de áreas mais extensas da maxila e da mandíbula;
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- Consegue se enxergar em um filme só toda a maxila e toda a mandíbula por causa da maior dimensão do filme;
- Abarca região dentária e região óssea da maxila e da mandíbula;
-

-Filmes
 Dimensão do filme é de 5,7 x 7,5 cm;
- Técnica oclusal
- Constituição
Parte do envelope plástico
Papel cartão preto
Região da lamina de chumbo
Película radiográfica (MESMA CONSTITUIÇÃO DO FILMPE PERIAPICAL)
Picote voltado para a face de exposição/face lisa/face branca

- indicações
 Estudo radiográfico de grandes áreas patológicas, não observadas inteiramente no exame periapical - Existe
patologias que são muito grande e seus limites não são vistos em radiografia periapical
 Dentes supranumerários, não irrompidos e raízes residuais – Existe dentes supranumerários que estão
localizados dentro do osso, dentro do palato ou na região inferior da mandíbula e consegue-se ver pela
radiografia oclusal
 Corpos estranhos em pacientes edêntulo – O paciente edêntulo não tem nenhum dente na cavidade oral, mas
ele pode ter alguma lesão intraóssea pode ter corpos estranhos como a raiz residual, aí tira-se uma radiografia
oclusal para fazer a analise de uma maxila toda e de uma mandíbula toda, no caso tira-se duas radiografias.
 Observação de sialólitos (formação de nódulos de calcificações dentro das glândulas salivares, dificultando a
saída de saliva).
 Estudo de anomalias maxilares (toro, fissura palatina)
 Fraturas maxilomandibulares e áreas patológicas no sentido V-L
 Detecção de abaulamento ósseo
 Controle radiográfico do crescimento dos maxilares
 Desenvolvimento de cáries não é observado em radiográfica oclusal
OBS:. O desenvolvimento de cáries não é observado em radiografias oclusais, mesmo a cárie sendo oclusal.
 A radiografia oclusal vai dar uma possibilidade de investigação vestíbulo lingual.
OBS: A técnica oclusal não existe nenhum posicionador, sempre o paciente vai fazer a apreensão do filme.
- Posicionamento da cabeça do paciente
 MAXILA
o PSM perpendicular ao plano horizontal;
o Linha trago-asa do nariz paralela ao plano horizontal.
 MANDÍBULA
o PSM perpendicular ao plano horizontal;
o Plano oclusal dos dentes superiores perpendiculares ao plano horizontal;
o Obtidos com a inclinação da cabeça do paciente para trás.
o O plano oclusal (cabeça) do paciente é colocado tão para trás que é como se esse plano oclusal dos
dentes superiores tivesse subido
- Posicionamento do filmes
 Os exames oclusão são divididos em totais (vê-se a maxila ou mandíbula por inteiro) e parciais (vê-se parte da
maxila ou da mandíbula), de acordo com a área de interesse;

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 Em ambos os exames, o picote deve estar voltado para fora da cavidade bucal, pois novamente esse picote vai
ficar em área de estruturas não radiografadas.
 Totais de maxila e mandíbula:
o O maior eixo do filme é mantido perpendicular ao PSM do paciente.
 Parciais de maxila e mandíbula
o O maior eixo do filme posiciona-se paralelo ao PSM e deslocado para o lado e região de interesse a ser
examinado.
 A face de exposição do filme fica voltada para a região de interesse: então se faz uma radiografia de maxila, a
face de exposição que é onde está a elevação do picote, fica voltada para maxila, se faz mandíbula a área de
exposição fica voltada para a mandíbula.
- Apreensão do filme
 Pacientes edêntulos:
o Maxila (polegares);
o Mandíbula (indicadores);
 Paciente dentados:
o Leve oclusão para não dobrar o filme
- Distância do cilindro localizador á pele:
o Aproximadamente 5 cm no mínimo (varia de 5 cm à 10 cm).
o Tempo de exposição: 1 segundo – o tempo de exposição depende do aparelho que está sendo utilizado
e a velocidade do filme. Já o tempo de exposição da periapical e interproximal vai ser de 0,80 segundos.
- Direcionamento do feixe central de raios X
 Filme: face sensível vai está voltada para a área de interesse
 Maxila ou Mandíbula
 O feixe central de raios X vai está voltada para a área sensível do filme que é a área branca.
- Exame oclusal de maxila
 Oclusal total (incide a maxila por inteiro)
 Oclusal parcial (pode ser do lado direito ou esquerdo)
o Região parcial de incisivos;
o Região parcial de canino;
o Região parcial de pré e molares;
o Região parcial de túber.

 Exame oclusal total de maxila


 Angulação vertical de +65° |Angulação horizontal de 0°
 Área de incidência (área onde o cilindro localizador ou o feixe de raio-X vai incidir): glabela
 Exame oclusal de mandíbula:
 Pode ter
o Oclusal parcial direita e esquerda
o Oclusal para a região de sínfise da mandíbula
o Oclusal total:
Cabeça do paciente ângulo de 90 ° com plano horizontal e incidência
perpendicular
Angulação vertical: - 90°
Angulação horizontal: 0°
Área de incidência: porção mediana do assoalho bucal

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

FREITAS, A.; ROSA, J.E.; SOUZA, I. F. Radiologia Odontológica. 6ª ed. São Paulo: Artes Médicas, 2004.

PANELLA, J. Fundamentos de Odontologia - Radiologia Odontológica e Imaginologia. Rio de Janeiro:


Guanabara Koogan, 2006.

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Radiologia – 3º Semestre – 2ª Unidades – Aula 1 - Fatores que influenciam na formação da imagem radiográfica

 Uma radiografia pode ser:


 Excelente
 Aceitável para diagnóstico
 Inaceitável
 Tem-se essas classificações porque existem fatores que vão influenciar na qualidade dessa radiografia. Uma
radiografia para ser excelente ela tem que ter o mínimo de distorção, o máximo de nitidez média densidade
e médio contraste.
 Os fatores que podem interferir na formação da imagem radiográfica são classificados em:

1- Fator Enérgico (energéticos): refere-se a quantidade de raio-X/energia que está sendo emitido nessa
radiografia.
2- Fator objeto: está relacionado com a posição do objeto
3- Fator geométrico: está relacionado com o posicionamento do filme, do objeto, do foco.
4- Fator filme:
5- Fator processamento:
6- Véu ou Fog: radiação secundária.

1) Fator enérgico (fatores relacionados ao aparelho)


 Miliamperagem (mA)
 Tempo de exposição
 Quilovoltagem
 Distância

1.1) Miliamperagem
 A miliamperagem (mA): é responsável pela quantidade de elétrons que vai ser formado no
tubo de raio-X, na ampola.

mA Eletrons Raios X
 Quanto maior a miliamperagem, maior vai ser a quantidade de elétrons, consequentemente
maior vai ser a quantidade de raio-X.
 A maioria dos aparelhos radiográfico odontológicos apresentam miliamperagem fixa, que
varia de 7 a 10 mA, logo como a quantidade de energia formada naquele aparelho já é fixa, o
que se pode controlar é o tempo de exposição, logo, por isso, se utilizar o mesmo tempo de
exposição para as radiografias, elas podem ser reproduzíveis, em relação a quantidade de
elétrons formadas, diferentemente de quando surgiram esses aparelhos, onde a
miliamperagem não era fixa, então a quantidade de elétrons formados, poderia ser um em
um aparelho e outra quantidade em outro aparelho. Então, quando padronizou a
miliamperagem puderam-se tornar as radiografias reprodutíveis.
 A miliamperagem é o principal fator que influencia a DENSIDADE, porém não é a
miliamperagem apenas que influencia a densidade, tem-se o processamento, a distância
entre o foco e o filme, a qualidade dos filmes reveladores, a temperatura....

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OBSERVAÇÃO:

 DENSIDADE:
 Grau de escurecimento de uma radiografia;
 Isso está relacionado com a quantização de prata negra precipitada sobre a base da película, após o
processamento radiográfico;
 Capacidade da radiografia de se deixar passar ou não pela luz.

Alta densidade (muito escura)  miliamperagem alta.

Baixa densidade (muito clara)  miliamperagem baixa.

Média densidade (tons balanceados entre o preto e o branco) – IDEAL

Uma radiografia que é HIPERREVELADA, que ela ficou muito tempo no revelador, ela pode ter também uma alta
densidade. Uma radiografia HIPOREVELADA, que ficou pouco tempo no revelador, ela vai ficar com uma baixa
densidade.

O aparelho de raio-x pode está descalibrado, então o aparelho de raio-X tem sempre que receber manutenção e ser
sempre avaliado, se a miliamperagem, se a Quilovoltagem está funcionando bem, pois se essas condições estiverem
alteradas no aparelho pode ter mais ou menos elétrons, influenciando assim na quantidade de raio-X, logo
influenciando na densidade.

1.2) Tempo de exposição


 Maior tempo de exposição  maior a densidade da radiográfica ( mais escura);
 Menor tempo de exposição  menor densidade da radiográfica ( mais clara);
 A única forma de controlar a quantidade de energia emitida pelo aparelho é através da
colocação do tempo de exposição;
 Se deixar a radiografia mais tempo no revelador mais prata negra vai ser precipitada na
radiografia, ficando com uma maior densidade.
1.3) Quilovoltagem (kV)
 Vai ser fixa no aparelho;
 Está relacionada com a qualidade desses raio-X, pois a kV vai regular o comprimento de
onda desses raios-x, logo vai controlar a velocidade da formação desses elétrons na nuvem.
Então, quanto mais agitados estiverem esses elétrons, vai formar uma energia com menor
comprimento de onda e isso vai ter uma maior capacidade de penetração. Então a kV vai
está relacionado com a qualidade do raio-X que vai ser emitido, pois ele vai controlar a
velocidade dos elétrons que estão sendo formados na nuvem, que vai colidir com a região
do ânodo, então isso vai está relacionado com o comprimento de onda dos raio-X que vão
poder ter uma maior poder de penetração;
 Os aparelhos radiográficos odontológicos apresentam quilovoltagem pico (kVp) fixa, entre
60 e 70 kVp;
 A quilovoltagem é o principal fator que influencia o CONTRASTE, entretanto, tem-se outros
fatores que estão relacionados com o contraste.
 O contrastrate radiográfico significa a diferença entre as cores brancas e pretas, e os
diferentes tons de cinza entre elas;
 Qualidade dos raios x quanto ao seu comprimento de onda

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OBS: CONSTRASTE

Radiografia com ALTO CONTRASTE

 Tem uma diferença entre o preto e o branco muito forte;


 Escala curta de tons de cinza

Radiografia com BAIXO CONTRASTE

 Tem uma diferença entre o preto e o branco muito discreta;


 Escala longa de tons de cinza

1.4) Distância
 Quanto maior a distância entre o foco e o objeto menor o poder de penetração dos raios no
objeto e menor a intensidade.
 Na radiografia oclusal, tem-se que aumentar a distância, logo o tempo de exposição tem que
ser maior, para compensar o poder de penetração que é menor.

2) Fatores relacionados ao objeto


 Esse fator determinam a maior ou menor absorção de raiox-X
 Densidade física
 Quanto mais denso o objeto que vai-se radiografar, ele vai conseguir absorver uma maior
quantidade de energia, por isso a imagem fica mais clara (RADIOPACA)
 Quanto menos denso o objeto: os fótons incidentes são menos absorvidos, ou até mesmo
vai atravessa-lo, gerando uma imagem mais escura (RADIOLÚCIDA)
 Número atômico
 Mais Alto: maior radiação absorvida – imagem radiopaca (mais clara).
 Mais Baixo: pouca radiação absorvida – imagem radiolúcidas (mais escura).
 Ex:. A polpa dentária, ela precisa de oxigênio e hidrogênio, então ela tem um pequeno
número atômico, então ela vai conseguir absorver uma menor quantidade de energia, então
ela vai ficar radiolúcida. Já o esmalte, a dentina, tem cálcio tem fósforo, então ela tem um
número atômico maior, com isso vai conseguir absorver uma maior quantidade de energia,
logo a imagem fica mais radiopaca.
 Espessura:
 Quanto maiores a espessura do objeto, maior a absorção dos raios-X
 OBS: Mas isso é RELATIVO, pois o esmalte ele possui um grande número atômico, logo
absorve muito a radiação, no entanto a sua espessura não é grande.
3) Fatores Geométricos - está relacionado à técnica radiográfica.
 Distorção
 Inclinação da fonte de radiação
 Inclinação do foco
 Posição do objeto a ser radiografado
 Posição do Filme

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 Movimentação – durante a tomada radiográfica o objeto, o filme e o paciente não podem


movimentar, pois se ocorrer movimentação vai ocasionar distorção.
3.1) Distorção
 Qualquer modificação na forma original do objeto ou da área radiografada pode ocasionar
alongamento ou encurtamento da imagem.
 Fatores que podem causar distorção: distância do posicionamento entre foco, filme e
objeto, então está relacionado ao posicionamento em relação à angulação vertical e
horizontal.
 Objeto deve estar o mais paralelo e próximo possível do filme, o pronto focal deve ficar o
mais distante e perpendicular possível do filme e do objeto.
 Distancia foco-objeto: quanto a distância entre o feixe de incidência e o dente a
ampliação do objeto
o Ao aumentar a distância focal, haverá menor ampliação da imagem, será mais fiel
ao tamanho do objeto. Porém tem que faze isso de maneira controlada, pois não
pode aumentar de maneira indefinida
o Limitações: não pode aumentar indefinitivamente, pois a fonte de RX da área de
incidência não vai ser incidido de maneira completa no filme.
o Ex: teleradiografias ( radiografia de perfil lateral - extrabucal): realizadas com a
distância de 1,50 m / 85 kVp (esse kVp é maior, para compensar a distância).

 TAMANHO DA ÁREA FOCAL


 O foco está relacionado com o local de saída do feixe de raio-;
 A utilização de pequena área focal resultará sempre em radiografias melhores e
com mais nitidez;
 Esquema demonstrando que diminuindo-se o tamanho da área focal menor o grau
de penumbra na imagem;
 Penumbra: borramento das bordas da imagem projetada;
 A utilização de pequena área focal resultara sempre em radiografias melhores e
com mais nitidez;
 Areal focal efetiva (fixa do aparelho), não pode-se mudar, pois a saída do feixe de
raio-X ela já está determinada nos aparelhos através do cilindro localizador.

 Distância objeto-filme: quanto a distância a ampliação da imagem, logo melhor vai ser a
radiografia, logo vai está sem encurtamento e sem alongamento.
o O dente e o filme têm que está o mais próximos possível.
o A incidência do feixe central de raios-x deve ser perpendicular ao objeto e ao filme
o Isso evita a distorção da imagem
o O filme deve estar o mais paralelo possível do objeto a ser radiografado.
o Evita a distorção da imagem devido ao fato de filme e objeto está paralelo entre
sim ?  Bissetriz
o Quando se tem o paralelismo é mais propenso que não tenha a distorção, quando
tem a bissetriz tem a maior possibilidade de distorção da imagem do que do
paralelismo.
3.2) Movimentação

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 A movimentação do Paciente/aparelhos de raios-X/ filmes devem permanecer imóveis e isso


deve ser explicado ao paciente.
4) Fator Filme
 O tamanho e dispersão dos grãos de brometo de prata:
 Quanto menor o tamanho e maior o número dos cristais de brometo de prata, MAIOR A
NITIDEZ DA IMAGEM;
 Logo, filme com cristais grandes têm uma menor nitidez, e filmes com cristais pequenos vai ter uma
maior nitidez.
 Os filmes menos sensíveis vão ser o que possuem menores cristais, e isso vai garantir a ele um melhor
detalhe. Um filme mais sensível, mais velozes. tem grandes tamanhos de cristais, e isso torna ele com
menos nitidez. Entretanto não é apenas o tamanho dos cristais que influenciam na nitidez da
imagem radiográfica.
 Os filmes menos sensíveis possuem cristais de prata menores e dão ao filme maior contraste e
detalhes;
 Os filmes mais sensíveis possuem cristais de prata maiores, com isso produzem radiografias com
menos contraste e nitidez.
 Logo o tamanho dos cristais de brometo de prata vão influenciar a qualidade, então quando se tem
um menor tamanho, e maior número de cristais de prata, maior será a nitidez, e quanto menor o
tamanho menor a nitidez. Os filmes mais rápidos têm um tamanho de cristais de brometo maior, só
que isso é compensado, então não tem problema utilizar um filme mais veloz, pois esse filme mais
veloz tem um menor contraste e uma menor nitidez, pois os cristais de brometo de prata são
maiores, mas isso não vai influenciar, pode-se influenciar um filme mais sensível, porém eles têm um
menor tamanho dos cristais, mas isso não vai influenciar, pois outros fatores, vão compensar esse
fator.
5) Fator processamento
 É um dos fatores mais importantes, pois está relacionado, com o operador, quem está fazendo a
revelação.
 Pode-se ter três tipos de processamento: manual, automático, auto processável;
 O processamento mais indicado é o automático, que são realizadas em câmaras processadoras
automáticas, e é o mais indicado pois possibilita padronização de qualidade radiográfica, porém
pouco se utiliza.
 O processamento manual deve ser realizado em câmaras escuras totalmente à prova de luz e
utilizando-se, de preferência, o método temperatura-tempo;
 Tem-se dois tipos de processamento 1- Temperatura-Tempo; 2 – Visual;
 Influência das soluções processadoras (devem ser trocadas para não ter um grau de saturação alto),
da temperatura;
 Filmes: observar a validade dos filmes e o armazenamento dos filmes.
6) Véu ou Fog
 Está relacionado à radiação secundária;
 “Véu” ou fog é causado principalmente pela radiação secundária
 Borramento da imagem
 Tem-se o filme e o objeto. É emitido a radiação primária, e o objeto pode emitir uma radiação
secundária que pode incidir novamente no filme, então isso vai ocasionar o borramento/penumbra
da imagem, e isso vai ser chamado de Véu ou Fog.

 UMA BOA RADIOGRAFIA:

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 Máximo de nitidez
 Mínimo de distorção
 Grau médio de densidade e contraste

 CRITÉRIOS DE CLASSIFICAÇÃO DE QUALIDADE:


 Erros na preparação do paciente, na exposição, no posicionamento, no processamento pode influenciar na
formação da imagem radiográfica.
 A imagem pode ser:
 Excelente;
 Aceitável para diagnóstico;
 Inaceitável – faz-se a repetição.
 ERROS RADIOGRÁFICOS
 Filme ao contrário;
 Encurtada – (achatamento, que vai fazer com que a imagem do objeto apresente-se diminuída);
 Corte de cone ou meia lua – Não posicionou-se o feixe de raio-x corretamente;
 Entrada de luz – isso ocorre quando esta fazendo o processamento radiográfico e alguém abre a câmara
escura ou então a câmara portátil está mau posicionada, mau encaixada, passando a luz branca.
 Não ligar a máquina ou não acionar;
 Dupla exposição: com isso tem-se duas tomadas radiográficas no filme, com isso a imagem fica confusa.
 Artefato metálico esquecido na boca do paciente;
 Movimento;
 Entrada parcial de luz durante a revelação;
 Pouco tempo no revelador
 Pouco tempo de exposição
 Líquido revelador velho ou com baixa temperatura
 Falta de lavagem final (torna as radiografias amarronzadas);
 Posicionamento errado da língua;
 Pouco líquido revelador no recipiente  com isso ocorre uma revelação parcial;
 Marcas de dedo;
 Filme dobrado;

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

FREITAS, A.; ROSA, J.E.; SOUZA, I. F. Radiologia Odontológica. 6ª ed. São Paulo: Artes Médicas, 2004.

PANELLA, J. Fundamentos de Odontologia - Radiologia Odontológica e Imaginologia. Rio de Janeiro:


Guanabara Koogan, 2006.

NEVILLE, B.W.; DAMM, D.; ALLEN, C.M.; BOUQUOT, J. E. Patologia Oral & Maxilofacial. 2ª

ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2004.

Radiologia – 3º Semestre – 2ª Unidade – Aula 1 – Fatores que influenciam na formação da imagem radiográfica
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Radiologia – 3º Semestre – 2ª Unidade – Aula 2 - Anatomia Radiográfica Dentomaxilomandibular e Craniofacial

Anatomia Radiográfica Dentomaxilomandibular e Craniofacial

 Introdução
 O reconhecimento do anormal só é possível a partir do conhecimento do normal  Pois a gente
precisa conhecer e interpretar a radiografia odontológica, não só pelo aspecto do anormal, mas
sim do normal, então eu só consigo identificar o que é patológico, o que é diferente, o que é
anormal, se eu souber primeiramente, se eu souber identificar o que é a anatomia radiográfica
normal.
 A ausência de um ou mais reparos anatômicos não deve ser necessariamente considerada como
uma anormalidade Pois não conseguimos em todas as radiografias, observar todos os reparos
anatômicos, estudados, então possa ser que naquela incidência o reparo anatômico, não foi
evidenciado, ou ele foi evidenciado de uma maneira muito discreta, então isso não é
considerado uma anormalidade, então a gente precisa saber todos os reparos anatômicos,
estruturas que podem ser observadas em uma radiografia, mas não necessariamente em todos
nós vamos observar cada um.

 Radiografia Intrabucal Interproximal:


 Uma imagem individual é empregada para mostrar as coroas de molares ou pré-molares
em um dos lados dos maxilares;
 Observa-se simultaneamente as coroas dentais dos dentes superiores e inferiores de uma
região.
 Como um todo, o objetivo da radiografia interproximal é a avaliação da coroa, dos dentes
molares e pré-molares.
 Então a coroa, tem-se toda a visualização da mesma, tem-se o contorno todo da coroa,
das regiões interproximais, então a indicação principal da radiografia interproximal é a
avaliação de cáries interproximais, dos dentes posteriores.
 Então se a professora perguntar qual a indicação para a avaliação de cárie dos
posteriores? RADIOGRAFIA INTERPROXIMAL. Pois nessa radiografia a interposição das
faces interproximais é menor, então a gente considera que não tem.
 Na radiografia periapical a angulação horizontal a gente vai incidir de maneira paralela, às
faces proximais, para evitar a superposição dessas regiões pode ocorrer, então na
radiografia interproximal não existe ou muito pouca a interposição, das regiões
interproximais, então por isso, que ela é a mais indicada para a doença de cárie dessa
região, então a gente consegue observar a região da coroa, a região da câmara pulpar,
região dos colos dentários onde está localizada a junção cemento-esmalte, onde tem-se a
divisão entre o recobrimento de esmalte, e o recobrimento de cemento. Vai-se observar a
região da raiz, então vai-se conseguir sempre observar a região do terço cervical da raiz
(as raízes são divididas em terço cervical, terço médio e terço apical), então nas
radiografias interproximais, a gente consegue observar sempre o terço cervical das raízes,
e em algumas vezes, a gente consegue observar o terço médio, esse terço médio ele é
mais observado, quando a radiografia é tirada de maneira incorreta, quando tira-se uma
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radiografia onde muita parte superior é observada e pouca parte inferior é observada,
consegue-se alcança a região do terço médio das raízes, então quando ela é tirada de
maneira desproporcional, consegue-se observar esse início do terço médio da raiz.
Consegue-se observar também na radiografia interproximal a região de furca. Os dentes
posteriores são os dentes que possuem a região de furca, que é a região onde ocorre a
bifurcação/separação das raízes dentárias, e essas regiões de furca também devem ser
observadas na radiografia, pois se pode observar também quando houver, lesões na
região de furca, então, a cárie acomete toda a região do dente que alcança a região da
furca, então nessa região da furca pode ter lesão tanto periodontal, quanto lesão de
origem dentária como a cárie ou por motivos periodontais. Quando essa lesão alcança a
região de furca, na maioria das vezes o dente está condenado à exodontia, pois não há
mais o que se fazer. Quando é periodontal, ás vezes consegue-se fazer o tratamento
periodontal, com a limpeza dessa região de furca e conseguir o reestabelecimento.
Quando é observado os terços cervicais e médio da raiz, consegue-se obviamente também
observar a região dos canais radiculares, então consegue-se ver nessa região se existe
nódulos tanto na câmara pulpar, pérolas de esmalte, e os nódulos pulpares que são
calcificações dentro da câmara pulpar, também consegue-se observar na radiografia
interproximal.
Consegue-se também na radiografia interproximal fazer a observação das cristas ósseas
alveolares, e principalmente a questão da reabsorção dessa região.

 Reparos anatômicos:
 Coroa
 Câmara pulpar;
 Colos dentários/Colo anatômico (JCE);
 Terço cervical de raiz;
 Pode observar o início do terço médio de raiz*;
 Furca;
 Cristas ósseas alveolares.

 Na radiografia interproximal, nessa imagem, nós não conseguimos ter, observação de


tantos reparos anatômicos, pois a gente vai cortar a região apical, a gente sabe que os
reparos anatômicos são de regiões adjacentes á região dentária, então os reparos
anatômicos não são bem visualizados nas radiografias interproximais, vai ter uma boa
avaliação de estruturas dentárias, e estruturas adjacentes, mas estruturas que não são
consideradas reparos anatômicos e sim, estruturas que formam a região óssea e,
dentária. Na radiografia de interproximal, o reparo anatômico que as vezes a gente
consegue observar é parte do assoalho do seio maxilar, a parte alveolar, quando o seio
vai encostar muito próximo da região do osso alveolar.

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 Osso Alveolar Propriamente Dito OU Crista Óssea Alveolar: ela vai circundar a região
de lâmina dura, formando o maciço alveolar, toda a região óssea daquela região. A
lâmina dura é a linha radiopaca (clara) que está circundando o dente e a parte
radiolúcida (escura) depois da linha radiopaca que é o ligamento periodontal, e depois
tem-se o dente. O ligamento periodontal vai se inserir no dente na região da lâmina
dura. A crista óssea alveolar, ela tem, o limite biológico, e ela é observada de forma
continua, além disso o formato da crista óssea alveolar é diferente para as regiões dos
dentes posteriores e para os dentes anteriores, na região de dentes anteriores ela é
menos larga, é mais estreita, é mais fininha, devido os dentes anteriores estarem mais
juntos uns dos outros, então o espaço que sobra para a formação da crista óssea
alveolar é menor, nas regiões posteriores a crista óssea alveolar é mais larga, então ela
tem um espaço maior. Essa crista óssea alveolar tem um limite de estar até 2 mm da
junção cemento esmalte, se ela tiver abaixo desses 2 mm, a gente já considera que
existe uma área de reabsorção da crista óssea alveolar, então toda essa questão
envolvendo a crista óssea alveolar, é muito bem observada a partir da radiografia
interproximal. Então observa-se reabsorções da crista óssea alveolar, observa-se altura
aproximada da crista óssea alveolar com a junção amelocementária, então essa
distância biológica, natural, normal e fisiológica, é ate 2 mm, passando-se dessa altura
que tem junção cemento esmalte, então, a crista óssea tivesse abaixo de 2 mm, a gente
considera que já ocorre nessa região, uma reabsorção da crista óssea alveolar que está
ligada a problemas periodontais. Então a gente observa tanto reabsorções horizontais,
quanto reabsorções verticais. Quando é vertical ela vai se reabsorver mais no sentido
diminuindo a sua altura, ou então ela pode está se reabsorvendo da região do dente
para região média, então tem-se uma reabsorção horizontal ou vertical.
Pode-se também na radiografia interproximal fazer a observação da forma da crista
óssea alveolar se é mais larga ou se é mais estreita.
Em relação á reabsorção, geralmente, por exemplo, ela inicia por um padrão horizontal,
e depois desenvolve também a reabsorção vertical, tendo as duas reabsorções ao
mesmo tempo (horizontal e vertical) com a progressão da doença.
 Reabsorções;
 Altura (aproximada) da crista óssea alveolar com a junção amelocementária;
 Formas da crista.
 Para na radiografia dizer que tem-se diagnóstico de periodontite, não se pode fazer essa
informação, porque para dar o diagnóstico de periodontite, precisa-se de sondagem,
precisa-se de avaliação clínica, e a radiografia vai dar um indício de periodontite, através
da reabsorção das cristas ósseas, da reabsorção óssea, então quando se tem uma
reabsorção óssea, pode-se falar que aquilo ali é um indicativo de periodontite, mas
precisa fazer uma avaliação clínica para fechar esse diagnóstico, então para ter o
diagnóstico de periodontite não é apenas convencionado ter reabsorções ósseas, mas
também a outros aspectos como a cálculos salivares, placa bacteriana, sondagem nas
regiões também, inclusive, quando se vê as reabsorções, quando a gente faz a
sondagem, a sonda consegue passar a região que consegue-se observar de reabsorção,

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então as vezes radiograficamente o caso do paciente aparenta ser não tão grave, mas
quando faz-se a observação clínica e sondagem das regiões em volta do dente, o caso é
muito mais grave, pois na radiografia o processo de reabsorção já pode está mais
agravado e na radiografia não consegue-se ver dessa maneira, pois não consegue se
observar a progressão da reabsorção óssea tão real na radiografia quanto a gente faz a
sondagem no próprio paciente, então a sonda ela vai aprofundar muito mais do que eu
conseguia observar na radiografia. Então, quer-se dizer com tudo isso que: quando se
ver uma reabsorção de crista óssea alveolar, na radiografia, é um indicativo de doença
periodontal e periodontite, então tem-se que fazer outros exames para juntar com os
achados radiográficos.

 Indicações da Radiografia Intrabucal Interproximal


 Cáries proximais, reincidentes, oclusais extensas;
 Excesso ou falta de material restaurador nas faces proximais;
 Cálculos salivares  Para fazer a raspagem dos cálculos salivares, pode-se
utilizar a radiografia periapical para observação também do nível dos cálculos
salivares. Geralmente a gente vai observar bem facialmente os cálculos salivares
na região de coroa, no entanto os cálculos salivares eles podem se estender para
a região de raiz e as vezes precisa fazer uma remoção de cálculo com cirurgias
então vai-se abrir uma janela óssea para fazer a raspagem subgengival, tudo isso
a gente pode ver com uma radiografia interproximal.
 Nódulos e calcificações da câmara pulpar;
 Reabsorções ósseas (crista óssea alveolar);
 Alguns casos:
 Relação de dentes decíduos e germes dos permanentes  Consegue-se por
exemplo ver que o molar decíduo já está praticamente todo esfoliado, e já tem
a presença do dente permanente, então essa relação consegue ver, já que os
germes ficam localizados nas regiões da cervical quando eles já estão no nível
de esfoliação para chegar na cavidade oral.
 Relação de cárie com a câmara pulpar  tem-se uma cárie e consegue observar
relação da cárie com a câmara pulpar. Quando mais próximo a cárie está da
câmara pulpar, mais a gente próximo de um caso de pulpite aguda irreversível,
pois não mais suporta os estímulos agressivos e ela se torna inflamada ou
necrosada. Quanto mais longe a cárie está da câmara pulpar, mais a gente terá
um prognóstico bom de fazer uma restauração e esse dente continuar saudável.
 Avaliação da crista óssea alveolar  Consegue-se observar as reabsorções dessa
região;
 Presença de cálculos salivares  podem está nas regiões extra ósseas ou na
região subgengival;
 Excesso ou falta de material restaurador  Tem-se restaurações defeituosas
onde se tem fendas, micro infiltrações, ou tem-se a falta de materiais
restauradores onde as restaurações estão mal adaptadas, logo consegue-se

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fazer a avaliação tanto de cárie quanto de restaurações, se elas estão


satisfatórias ou insatisfatórias;
 Então os diagnósticos de restauração, excesso ou falta de material restaurador
e cáries para dentes posteriores, a indicação é RADIOGRAFIA INTERPROXIMAL.

 Radiografia Intrabucal/Intraoral Oclusal  Vai conseguir ter a visualização por


completo da região da maxila e da região mandibular e algumas estruturas adjacentes.
 O filme oclusal é um filme de tamanho maior, conseguindo-se observar por inteiro toda
a maxila ou toda a mandíbula;
 Nesse exame, pode-se fazer uma radiografia oclusal total ou parcial, as parciais vão
acompanhar a região que se quer radiografar, então poderia querer observar só a
região de sínfise mandibular por exemplo.

 Imagem de uma radiografia total mandibular e maxilar

 Radiografia Oclusal Total da Maxila:

 Estruturas/Reparos anatômicos observadas:


1. Lábio Superior  Contorno do tecido mole, que seria a representação do lábio
superior. É uma área radiolúcida.
2. Sutura Intermaxilar;
3. Espinha Nasal Anterior  vê-se com formato de “V”;
4. Septo Nasal  Está mais radiopaca;
5. Cavidade Nasal  região radiolúcida
6. Assoalho da cavidade nasal;
7. Forame incisivo  Ela pode variar um pouco, poderia está mais em baixo, poderia
ser observada um pouco mais em cima, de um lado ou de outro;
8. Parede lateral do forame incisivo  área radiopaca;
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9. Seio Maxilar (Extensão Zigomática)  seria a extensão para o zigomático, quando


ele se aproxima da região do osso zigomático.
10. Canal Nasolacrimal  é a comunicação que se tem da região orbital com a
cavidade nasal.
11. Seio Maxilar (extensão palatina)  A gente vê de novo a região do seio maxilar,
mas agora é a extensão paliativa, as regiões radiolúcidas.
12. Seio Maxilar (extensão anterior);
13. Sombra do osso Frontal.

 Radiografia Oclusal Total da Mandíbula:

 Estruturas/Reparos anatômicos
1. Língua;
2. Espinha mentual;
3. Osso cortical Lingual;
4. Osso cortical vestibular;
5. Lábio Inferior;
6. Protuberância mentual;
*Meia Lua na radiografia, é corte de cone (a região não foi incidida pelos raios-x).

 Indicações
 Estudo radiográfico de grande áreas patológicas, não observadas inteiramente no
exame periapical;
 Dentes supranumerários, não irrompidos e raízes residuais;
 Corpos estranhos em pacientes edêntulos.
 Observações de sialólitos;
 Estudo de anomalias maxilares (toro, fissura palatina);
 Fraturas maxilomandibulares e áreas patológicas no sentido Vestíbulo-Lingual;
 Detecção de abaulamento ósseo;

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 Controle radiográfico do crescimento dos maxilares  para a colocação de


aparelho e para observar esse crescimento maxilar.
 Imagens:
 Dentes Supranumerários;
 Dentes Inclusos;
 Sialólitos;
 Ortodontia  para avaliação do crescimento dos maxilares coloca o disjuntor
maxilar (aparelho de expansão do palato) e vai observando a abertura da região da
sutura intermaxilar.
 Processos patológicos;
 Processos patológicos;
 Rebordo Edêntulos  identificação de corpos estranhos em pacientes edêntulos, o
paciente não tem nenhum dente, mas ele pode ter uma região, por exemplo de
resto de um corpo estranho, de resto de um dente que foi deixado ai.
 Radiografia Panorâmica
 Indicações:
 Pacientes jovens, para observar padrão de erupção dentária, formação e
desenvolvimento das raízes; além da relação com os decíduos.
 Visualização dos seios maxilares e suas relações com os grupos de dentes
 Exames da ATM;
 Estudo de grandes áreas patológicas e suas relações com estruturas adjacentes;
 Verificação das fraturas em pacientes politraumatizados (paciente por exemplo que
sofreu um acidente).

 Estruturas/Reparos Anatômicos:
1. Órbitas  é uma cavidade óssea, consegue-se ver tanto partes que são radiopacas
quanto partes que são radiolúcidas. Abriga o bulbo do olho;
2. Seio Maxilar  Contorno Inferior Lobulado;
3. Fossa Nasal;
4. Septo Nasal  Porção do meio, linha mediana, estrutura vertical e radiopaca;
5. Palato Ósseo  É a região do teto da cavidade oral, que é constituído por tecidos
ósseos, estrutura bem radiopaca, com contornos bem radiopacos.
6. Túber da Maxila  Região distal ao último molar;
7. Processo Coronóide da Mandíbula;
8. Processo Condilar da Mandíbula;
9. Incisura da Mandíbula;
10. Processo Zigomático da Maxila  Quando eu vejo a panorâmica, além de ver o
processo zigomático da maxila, eu vejo também o próprio osso zigomático, de
maneira completa.
11. Osso Zigomático;
12. Arco Zigomático;
13. Tubérculo Articular do Osso Temporal;

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14. Cabeça da Mandíbula;


15. Coluna Vertebral;
16. Canal da Mandíbula;
17. Forame Mentual;
18. Osso Hióide.

Patologias que podem ser observadas na radiografia panorâmica


 Ateroma de Carótida:
 Associada ao desenvolvimento de acidente vascular encefálico, angina, enfarto do
miocárdio e pode levar até à morte, pois são obstruções nesses vasos importantes;
 A radiografia panorâmica evidencia ateromas calcificados na artéria carótida de
pacientes em acompanhamento odontológico;
 Encaminhar para a avaliação médica.

 Síndrome de Eagle:
 Corresponde ao alongamento do processo estiloide (tem até 4 cm) ou calcificação
do ligamento estilo-hioide( quando passa de 4 cm ou mais pode considerar uma
anomalia);
 Sintomas: dificuldade de abertura bucal, parestesia e restrição de movimento da
cabeça.
 Então quando o processo estiloide é muito alongado, provoca dores, dor de
cabeça, dificuldade de movimentação, pois como ele vai ter um tamanho maior do
que o normal, ele pode estar em regiões pressionando nervos, então acaba por
causar parestesia nesses nervos e também dores nessa região.

 Radiografia Cefalométrica ~ Teleradiografia


 É uma radiografia lateral do crânio, padronizada e reproduzível, pois é utilizado o
cefalostato, que deixa a cabeça do paciente fixa;
 O paciente é posicionado em norma lateral com o cefalostato;
 Avalia as relações dos elementos dentais com os maxilares, e dos maxilares com
relação ao esqueleto facial, então tem-se uma relação dos elementos dentais, e o
esqueleto facial, assim como também projeção do tecido mole, pois está-se vendo
também os tecidos moles, e parte esquelática.
 Realização de traçados cefalométricos manuais ou computadorizados
 Indicações
o Em ortodontia:
 Observar as anormalidade esqueléticas e/ou de tecidos moles no
diagnóstico inicial;
 Ajuda a estabelecer o plano de tratamento;
 Controla o progresso desse tratamento
 Resultados Alcançados

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Vai-se fazendo todo o acompanhamento do paciente desde do início do


diagnóstico da patologia, o que está de errado naquelas proporções,
durante o tratamento para se ver qual o tratamento mais adequado,
durante e após o termino do tratamento ortodôntico.
o Em cirurgia ortognática:
 Avalia o pré operatório; auxilia o plano de tratamento e resultados
cirúrgicos, principalmente porque pode-se obter nessas radiografias o
traçados cefalométricos, que vão dar, medições específicas daquilo que se
quer.

 Estruturas Anatômicas Cefalométricas:

1. Perfil da Glabela;
2. Órbita;
3. Base do crânio;
4. Sela Túrcica
5. Meato Acústico;
6. Fissura Pterigo-Maxilar;
7. Key Ridge
8. Palato
9. Sínfise
10. Corpo Mandibular
11. Ramo Ascedente
12. Côndilo e Apófise Coróide
13. Incisivo Superior
14. Incisivo Inferior
15. Primeiros Molares
16. Perfil Mole

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

FREITAS, A.; ROSA, J.E.; SOUZA, I. F. Radiologia Odontológica. 6ª ed. São Paulo: Artes Médicas, 2004.

PANELLA, J. Fundamentos de Odontologia - Radiologia Odontológica e Imaginologia. Rio de Janeiro:


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Radiologia – 3º Semestre – 2ª Unidade – Aula 3 – Legislação

 Introdução:
 Assume-se que qualquer dose (por menor que seja) tem uma probabilidade de
induzir dano;
 Produção de efeitos biológicos;
 Regras e normas que visam proteger;
Símbolo Internacional
 Âmbito internacional x âmbito de cada pais.
de Radiações Ionizantes

Porque a necessidade de uma regulamentação, para a utilização das radiações ionizantes? Pois sabemos que acima
de qualquer dose, por menor que seja, ela tem uma probabilidade de induzir danos, e pode ocasionar a produção de
efeitos biológicos, além disso, as radiações ionizantes cresceram muito o seu uso, a evolução da medicina quanto a
utilização da radiação é muito grande, então tornou-se necessário, que houvesse essa regulamentação, para que
pudesse utilizar a radiação de maneira a minimizar os malefícios, e maximizar os benefícios. Além disso, a
necessidade de padronização em todo o país, diante a utilização e a bioproteção para a utilização dessas radiações
aos pacientes, ao ambiente e também à população que esteja próxima a esta radiação.

Ao lado tem-se o símbolo Internacional de Radiações Ionizantes, onde é visto nos locais onde existe a utilização
dessa radiação, a emissão de raios-X, esse símbolo restringe a entrada para pessoas que não vão manusear ou
receber a radiação, observando assim que esse ambiente é restrito.

Essa regras e normas visam proteger, o paciente, o operador, o ambiente e pessoas que estejam próximas à esta
radiação.

Quanto à regulamentação, tem-se a mesma em âmbito internacional, como também existe em âmbito nacional,
logo voltada para cada país. Aqui no Brasil, a nossa regulamentação está de acordo, com a regulamentação
internacional, Comitê Internacional de Radiações Ionizantes, como também tem-se portarias, recomendações que
são próprias do país, que foram elaboradas pela Vigilância de Saúde.

 Comissão Internacional em Proteção Radiológicas:


 International Commission on Radiological Protection (ICRP):
 Justificação (custo x benefício);
 Otimização (exposição tão baixas quanto possíveis);
 Limitação (doses recomendadas).

Essa comissão, todo o regulamento dela, vai girar em torno de três princípios, que são a “Justificação”, que está
relacionada ao custo benefício, toda radiação emitida ao paciente, o benefício precisa ser maior do que o malefício,
então precisa ser justificável a emissão daquela radiação ao paciente. A “Otimização”, as exposições devem ser tão
baixas quanto possíveis, eu só posso produzir a radiação tendo a certeza que ela vai produzir a menor quantidade de
danos possíveis e que essa quantidade de radiação emitida seja a menor possível, então eu tenho que fazer uma
radiografia com qualidade, portanto ela tem que ser realizada com a menor quantidade de radiação possível emitida
ao paciente, consequentemente deve-se evitar as exposições adicionais, evitar o erro. Por fim a “Limitação”, deve-se
trabalhar com as doses recomendadas, para cada radiografia, para cada paciente, então os regulamentos também
vão nortear as quantidade de dose possível, e o limite de dose anual.

Radiologia -3º Semestre – 2ª Unidade – Aula 3 – Legislação – @resumodontologia Página 1


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 ALARA
 “As Low As Reasonable Achievable”;
 Tão baixo quanto possível.

A Comissão Internacional em Proteção Radiológica, que é a comissão que rege todo mundo, é a INTERNACIONAL, ela
tem o princípio da “ALARA = As Low As Reasonable Achievable = Tão baixo quanto possível”, esse princípio da ALARA
rege tanto a medicina quanto a odontologia em nível internacional, e é através dessa regulamentação internacional
que foram também realizadas as normas e regulamentações aqui do Brasil.

O princípio da ALARA é que as radiações sejam tão baixas quanto possíveis, que é o princípio da otimização.

 Brasil

Aqui no Brasil, a regulamentação principal que existe, ela foi, formulada pela Secretaria de Vigilância da Saúde,
através do Ministério da Saúde, com nº de portaria 453 em 1 de Junho de 1998.

 Portaria SVS/MS nº 453, de 1 de junho de 1998;


 Regulamento Técnico “Diretrizes de Proteção Radiológica em Radiodiagnóstico Médico e
Odontológico”.
 Requisitos básicos de proteção radiológica em radiodiagnóstico;
 Disciplina a prática com os raios-x para fins diagnósticos e intervencionistas
 Visando a defesa da saúde dos pacientes, dos profissionais envolvidos e do público em geral (até
quem está sentado na recepção do consultório que não vá tirar a radiografia, essa
regulamentação se preocupa);
 Estabelecer os requisitos para licenciamento e fiscalização dos serviços;
Para serem montados qualquer sistema de radiodiagnóstico, tanto médico quanto odontológico,
precisa ter uma fiscalização e uma licença para a montagem, ou para a operação de qualquer
sistema desse.
A portaria vai dar todo o passo a passo de montagem desse sistema de radiologia, e vai ser
responsável também por fiscalizar posteriormente se está montado tudo da maneira correta.

 Campo de aplicação (essa regulamentação está destinada a quem a que?):


 A produção e comercialização de equipamentos de raios-x diagnósticos
Na portaria vai constar todos os pré-requisitos necessários, básicos e importantes, ao
equipamento odontológico, como a colimação, blindagem da região do cabeçote. Além
disso ela vai regulamentar as empresas responsáveis pela produção dos equipamentos
odontológicos, regulamenta como deve ser feito o manual, dentro outros.
 A prestação de serviços que implicam na utilização de raios-x diagnósticos
Vai regulamentar as empresas de âmbito público e privado, pessoa física e jurídica que
estejam envolvidas na montagem, de algum serviço odontológico.
 A utilização dos raios-x diagnósticos nas atividades de pesquisas biomédica e de ensino
Está regulamentando também quanto à instituição superior de ensino, logo está voltada
para as pesquisas e instituições de ensino.
 Princípios Básicos que vão reger a formulação/regulamentação dessa portaria:
1. Justificação da prática e das exposições;
Só posso fazer uma exposição radiográfica se ela tiver uma indicação e se ela for
justificada.
2. Otimização da proteção radiológica;
3. Limitação de doses individuais;

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4. Prevenção de acidentes.

1. Justificação da prática e das exposições:


o A exposição deve resultar em um benefício real para a saúde do indivíduo e/ou
para a sociedade, tendo em conta a totalidade dos benefícios potenciais em
matéria de diagnóstico ou terapêutica que dela decorrem em comparação com
detrimento que pode ser causada a radiação no indivíduo.
A gente sabe que qualquer radiação ionizante, ela tem a capacidade de
penetração nos corpos, elas podem causar danos e efeitos biológicos, no
entanto, ela só pode ser realizada, se a exposição resultar em um benefício real
para a saúde do indivíduo e que seja superior ao detrimento que pode causar.
Tem que ter uma indicação específica para fazer aquela radiografia.
o A eficácia, os benefícios e riscos de técnicas alternativas disponíveis com o
mesmo objetivo, mas que envolvam menos ou nenhuma exposição a radiações
ionizantes.
Se eu tiver a oportunidade, a possibilidade, de realizar um outro tipo de exame,
que não seja da radiação, ou que cause uma menor exposição da radiação, e que
da mesma maneira vai suprir a necessidade da primeira opção, a gente pode
utilizar alternativas. Vamos supor que o paciente, esteja debilitado, ou por
exemplo o levantamento periapical completo, vai emitir uma radiação maior do
que uma panorâmica, então se o paciente, pela condição diagnóstica que se tem,
pela caso clínico, possa resolver aquele caso com uma panorâmica, aí pode-se e
deve-se realizar uma panorâmica, ao invés de fazer o levantamento periapical
completo, pois a panorâmica vai emitir uma menor quantidade de radiação,
porém não pode-se ser negligente e fazer uma panorâmica sem indicação, então
eu posso utilizar uma segunda alternativa, que as vezes pode não ser o exame
radiográfico, ou aquele que tenha uma menor radiação, mas precisa ser
equivalente, em relação ao benefício, então tem-se que analisar todas as
possibilidades que se tem na mão, para promover a saúde, diagnóstico da
situação clínica, de maneira racional.
o Justificação genérica x Justificação da exposição individual;
A justificação genérica está relacionada a novas práticas, novos sistemas
radiológicos, então por exemplo, surgiu um novo equipamento odontológico,
existe uma nova técnica radiográfica, essa nova técnica radiográfica só pode ser
realizada e colocada em prática se ela for estudada e regulamentada e provar
que ela causa benefícios e mínimos de riscos, da mesma maneira, as já
existentes, as velhas técnicas, elas precisam ser revistas, e precisam ser
salientadas sempre, que elas causam benefícios e mínimos de riscos. Logo a
justificação genérica está relacionado às técnicas e a justificação da exposição
individual está relacionado às doses/radiação que vai ser aplicada no indivíduo.
o Fica proibida toda exposição que não possa ser justificada:
Ex.: Exposição deliberada de seres humanos aos raios-x diagnósticos com o
objetivo único de demonstração, treinamento ou outros fins.
A gente não pode fazer radiografia um no outro, uma dupla na outra dupla.

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2. Otimização da proteção radiológica:


Quando se fala da otimização está se referindo a tudo o que se deve fazer para que
seja emitido ao paciente a menor quantidade de radiação que ela seja praticável, ela
tem que ter qualidade, menor radiação e deve ser obtida de uma boa maneira.
o As instalações e as práticas devem ser planejadas, implantadas e executadas
de modo que a magnitude das doses individuais, o número de pessoas
expostas e a probabilidade de exposições acidentais sejam tão baixos quantos
razoavelmente exequíveis (praticáveis) levando-se em conta fatore sociais e
econômicos, além das restrições de doses aplicáveis.
A gente tem que pensar em várias situações, como nas práticas, nas
implantações desses aparelhos nas unidade, clínicas, em tudo que envolver a
implantação de um consultório odontológico, de uma clínica médica, deve-se
pensar no procedimento que vai ser realizado, na otimização dessa
quantidade de radiação, então tudo isso, a gente tem que pensar em todo o o
contexto para que no final, seja emitido a quantidade menor de radiação,
então tem que fazer uma radiologia com qualidade, mas com uma mínima
quantidade de radiação.
Como faz para se ter esse princípio, que a radiação seja tão baixa quanto
praticável? Tem-se que pensar em um todo, em um limite de dose, as
instalações e práticas precisam ser planejadas, qual a técnica vai ser utilizada,
qual será a miliamperagem do aparelho, utilizar filmes e líquidos reveladores
novos, assim tendo-se uma qualidade.
o Deve ser aplicada em dois níveis, nos projetos e construções de
equipamentos e instalações, e nos procedimentos de trabalho.
No principio da otimização, as técnicas precisam ter uma qualidade e uma
menor quantidade de radiação possível e isso vai se obter observando e
fiscalizando os projetos e construções de equipamentos e instalações, quanto
os procedimentos de trabalho, assim como na estrutura física das clínicas,
quanto posição de equipamentos, posição de barreira de chumbo, toda a
utilização de protetores, quanto na utilização dos instrumentos de trabalho
que está relacionado com a nossa prática de dentista, quanto na correta
produção e procedimento do nosso trabalho.
o Diretrizes de proteção  Quem vai está sempre regulamentando todo esse
passo a passo, toda essa vigência, é a:
Secretaria de Vigilância Sanitária:
 Vai emitir a licença dos estabelecimentos que utilizam o raio-X:
 Planilha de cálculo de blindagem assinada por um
especialista em física de radiodiagnóstico, ou certificação
equivalente, reconhecida pelo Ministério da Saúde;
Precisa-se que um especialista em física vá ao consultório
do cirurgião-dentista, e ateste que aquele local está apto a
se realizar exames, vai ver a distância de onde deve está
localizado o aparelho, a espessura das paredes em espacial
a de chumbo.
A cada dois anos o técnico em física tem que ir ao
consultório fazer toda uma revisão e revalidação e atestar

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para a vigilância de saúde tudo para que a licença seja


renovada.
 Plana baixa e cortes relevantes apresentando o leiaute das
salas de raios-x e salas de controle, posicionamento dos
equipamentos, painel de controle, visores, limites de
deslocamento do tubo, janelas;
 O alvará de funcionamento do serviço tem validade de, no
máximo, dois anos.
Tem-se que está fazendo a revisão desses pré-requisitos e
mandar atualização para que essa licença seja renovada.
 Fiscalização;
 Penalização.
A secretaria de vigilância sanitária e outros órgãos, vai ser
responsável pela fiscalização, e penalização, caso tenha alguma
infração da portaria.
Exposições radiológicas realizadas em condições otimizadas de
proteção:
Regulamentação em relação produção e comercialização de
equipamentos:
Proteção radiológica e metrologia das radiações ionizantes
É a quantização da radiação dos ambientes e nos profissionais, então
tem-se como fazer a medição da radiação que está presente no
ambiente e também aquela que está sendo emitida no paciente
através de dosímetros.
Requisitos gerais (médico e odontológico);
Na portaria vai-se ter requisitos gerais, para médicos e para a parte
odontológica, depois vai ter uma parte específica de todo esse passo
a passo para a medicina, e a medicina vai utilizar radiação diferente
da gente, vai utilizar aparelhos diferentes e técnicas diferentes, então
tem a regulamentação médica, e no fim tem a regulamentação dos
requisitos específicos para a radiologia odontológica, que está listado
abaixo.
Requisitos específicos para radiologia odontológica.
 Relação ao ambiente
 Relação aos equipamentos
 Relação aos procedimentos de trabalho:
 Exames radiográficos só podem ser realizados após
exames clínicos;
 Averiguar a existência de exames radiográficos
anteriores;
 Posicionadores;
 Filmes rápido e processamento correto;
 Utilização dos aventais de chumbo e como eles
devem ser guardada, que é em uma haste horizontal.

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3. Limitação de doses individuais:


o Valores de doses efetiva ou de dose equivalente, estabelecidos para
exposição ocupacional e exposição do público decorrentes de práticas
controladas, cujas magnitudes não devem ser excedidas.
o Dose efetiva média anual não deve exceder 50 mSv em nenhum ano;
A radiografia Periapical: tem 0,5 miliSievert (mSv)
A radiografia Panorâmica: 0,09 miliSievert (mSv)
o Mulheres grávidas:
A gravidez deve ser notificada ao titular do serviço tão logo seja
constatada;
É como se fosse uma obrigação da grávida, atestar/falar ao
responsável técnico pelo procedimento que ela está grávida, e até
quando a mulher fala que acha que está grávida pois o ciclo
menstrual atrasou, já pode ser considerada grávida aquela mulher.
Dose na superfície do abdômen não exceda 2 mSv durante todo o
período restante da gravidez.
Entretanto para nós da odontologia a, na nossa prática odontológica
os riscos são menores pois a radiação é localizada, e não pega a
região abdominal, geralmente somente a região de cabeça e pescoço.
Existe o mito que a grávida não pode tirar radiografia, não pode
passar por procedimentos odontológicos, isso não está certo, elas
podem sim, sendo que seja controlado e justificado, e tenha-se uma
otimização no processo.
4. Prevenção de acidentes:
o No projeto e operação de equipamentos e de instalações deve-se minimizar a
probabilidade de ocorrência de acidentes (exposições potenciais).
Por exemplo, na portaria eles vão fazer toda uma regulamentação de que os
botões dos aparelhos radiográficos não sejam apertados por acidentes, ou
seja, se passar pelo aparelho e tocar nele, ele não vai ligar, pois tem-se que
apertar. Outra coisa, no controle, tem-se o start e o stop, se apertar o botão,
e do meio para o fim da exposição desistir, só apertar stop, então existe toda
uma regulamentação voltada para que não tenha exposições potenciais, ou
acidentais, como por exemplo evitar de todas as maneiras possíveis que não
seja realizado, uma radiação adicional como erro.
o Deve-se desenvolver os meios e implementar as ações necessárias para
minimizar a contribuição de erros humanos que levem à ocorrência de
exposições acidentais.
Isso está relacionado com a nossa prática, realizar da maneira melhor
possível, todos os processamentos de técnicas, de processamentos
radiográficos para evitar exposições adicionais, no paciente, então isso está
relacionado à prevenção de acidente.
Outra coisa que se é falado, é que é obrigatório, durante o procedimento
radiográfico, que a gente tenha contato visual com o paciente, ao se afastar
para radiografar.

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 Resolução (Comissão Nacional de Energia Nuclear) CNEN 27/2004


Também existe essa regulamentação que nos rege, que é emitida pela Comissão Nacional de Energia
Nuclear, que foi uma diretriz de 2004.
 Estabelece os requisitos básicos de proteção radiológica das pessoas em relação à exposição à
radiação ionizante;
 Sempre que justificadas, devem ser implementadas ações protetoras ou remediadoras visando a
reduzir ou evitar exposições em situações de intervenção.

Tudo isso rege com os mesmos propósitos, de otimização, de limitação de dose, de justificação,
então isso aqui é mais uma forma de regulamentação que envolve a legislação radiológica brasileira
em relação a odontologia e medicina.

 Conselho Federal de Odontologia:


 Normas ditadas pelo CFO (Conselho Federal de Odontologia) e fiscalizadas pelos CRs (Conselhos
Regionais de Odontologia);
 É vedado uso indiscriminado de Raio X com finalidade, exclusivamente, administrativa em
substituição à pericia/auditoria e aos serviços odontológico (CEO);
A gente não pode está fazendo radiografia de maneira indiscriminada, em substituição de pericia e
auditoria, então o mais certo é que exista uma perícia, que vá ao local e faça a investigação desses
procedimentos, e não pode-se fazer o uso indiscriminado de raio-x, com finalidade/ em relação a
questão dos planos de saúde e periciais.
 É de competência do Conselho de Classe, sem prejuízo a legislação em vigor no país, a determinação
se a tomada radiográfica/exame de imagem é componente atinente (que diz respeito a) à execução
de procedimento odontológico específico (entendido como prática da odontologia), assim como
para a efetividade do procedimento odontológico;
 Faz-se necessário a análise acurada dos fatos no caso concreto, a luz da ciência odontológica, cuja o
guardião da boa prática odontológica e ética profissional cabe ao Conselho Federal de Odontologia.
La no código de ética odontológica, onde o CFO é responsável por reger, tem lá especificando quais
os passo a passo, para periodontia, da endodontia, então ele vai falar, se aquela radiografia foi
necessária para cada caso.
Em casos de perícias o CFO vai ter as bases para dizer se foi correto ou não aquele procedimento
odontológico.
Diferentemente por exemplo da portaria 453, lá não está falando, nada de procedimentos
odontológicos, de uma extração de um implante, de uma periodontia, já lá no CFO tem essas bases
teóricas, relacionadas ao que pode ser feito ao que deve ser feito nesses procedimentos, em relação
a parte radiológica.

 Vai fazer a consolidação das normas para procedimentos nos Conselhos de Odontologia;
 Vai regulamentar as especialidades odontológicas, onde radiologia, é uma especialidade odontológica;
 Vai regulamentar os cursos de especialização, e para a gente se tornar um especialista em radiologia,
tem que fazer também a especialização.
 Quais são os Órgãos responsáveis no Brasil, para a regulamentação, fiscalização, e penalização:
 Ministério da Saúde;
 Conselho Nacional de Saúde;
 Secretarias de Saúde;
 Secretaria de Vigilância Sanitária:

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 A quem essa fiscalização é destinada? Quais categorias funcionais?


 Médico;
 Cirurgião dentista;
 Enfermeiro;
 Técnico de radiologia;
 Professor de Ensino Superior.

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

Legislação RESUMO – Portaria/MS/SVS nº 453, de 01 de junho de 1998. Introdução.

Legislação
RESUMO – Portaria/MS/SVS nº 453, de 01 de junho de 1998. INTRODUÇÃO

A Secretária de Vigilância Sanitária, no uso de suas atribuições legais, tendo em vista as disposições constitucionais e
a Lei 8.080, de 19 de outubro 1990, que tratam das condições para a promoção e recuperação da saúde como direito
fundamental do ser humano, e considerando: a expansão do uso das radiações ionizantes na Medicina e
Odontologia no país; os riscos inerentes ao uso das radiações ionizantes e a necessidade de se estabelecer uma
política nacional de proteção radiológica na área de radiodiagnóstico; que as exposições radiológicas para fins de
saúde constituem a principal fonte de exposição da população a fontes artificiais de radiação ionizante; que o uso
das radiações ionizantes representa um grande avanço na medicina, requerendo, entretanto, que as práticas que
dão origem a exposições radiológicas na saúde sejam efetuadas em condições otimizadas de proteção; as
responsabilidades regulatórias do Ministério da Saúde relacionadas à produção, comercialização e utilização de
produtos e equipamentos emissores de radiações ionizantes; a necessidade de garantir a qualidade dos serviços de
radiodiagnóstico prestados à população, assim como de assegurar os requisitos mínimos de proteção radiológica aos
pacientes, aos profissionais e ao público em geral; a necessidade de padronizar, a nível nacional, os requisitos de
proteção radiológica para o funcionamento dos estabelecimentos que operam com raios-x diagnósticos e a
necessidade de detalhar os requisitos de proteção em radiologia diagnóstica e intervencionista estabelecidos na
Resolução nº 6, de 21 de dezembro de 1988, do Conselho Nacional de Saúde; as recomendações da Comissão
Internacional de Proteção Radiológica estabelecidas em 1990 e 1996, refletindo a evolução dos conhecimentos
científicos no domínio da proteção contra radiações aplicada às exposições radiológicas na saúde; as recentes
Diretrizes Básicas de Proteção Radiológica estabelecidas em conjunto pela Organização Mundial da Saúde,
Organização Pan-americana da Saúde, Organização Internacional do Trabalho, Organização de Alimento e
Agricultura, Agência de Energia Nuclear e Agência Internacional de Energia Atômica; as recomendações do Instituto
de Radioproteção e Dosimetria da Comissão Nacional de Energia Nuclear, órgão de referência nacional em proteção
radiológica e metrologia das radiações ionizantes; que a matéria foi aprovada pelo Grupo Assessor Técnico-Científico
em Radiações Ionizantes do Ministério da Saúde, submetida a consulta pública através da Portaria nº 189, de 13 de
maio de 1997, debatida e consolidada pelo Grupo de Trabalho instituído, resolve: Aprovar o Regulamento Técnico
"Diretrizes de Proteção Radiológica em Radiodiagnóstico Médico e Odontológico", parte integrante desta Portaria,
que estabelece os requisitos básicos de proteção radiológica em radiodiagnóstico e disciplina a prática com os raios-
x para fins diagnósticos e intervencionistas, visando a defesa da saúde dos pacientes, dos profissionais envolvidos e
do público em geral.

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AUTORIDADE REGULATÓRIA

A Secretaria de Vigilância Sanitária do Ministério da Saúde e os órgãos de Vigilância Sanitária dos Estados, do Distrito
Federal e dos Municípios, aqui designados de autoridades sanitárias, adotarão as medidas cabíveis para assegurar o
cumprimento deste Regulamento. Compete às autoridades sanitárias dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios o licenciamento dos serviços que empregam os raios-x diagnósticos, assim como a fiscalização do
cumprimento deste Regulamento, sem prejuízo da observância de outros regulamentos federais, estaduais e
municipais supletivos sobre a matéria.

OBJETIVO DA PROTEÇÃO RADIOLÓGICA

A justificação é o princípio básico de proteção radiológica que estabelece que nenhuma prática ou fonte adscrita a
uma prática deve ser autorizada a menos que produza suficiente benefício para o indivíduo exposto ou para a
sociedade, de modo a compensar o detrimento que possa ser causado. QUALIFICAÇÃO PROFISSIONAL
Para desempenhar as atividades de técnico de raios-x diagnósticos é necessário: Possuir formação de técnico em
radiologia na área específica de radiodiagnóstico. Comprovar conhecimento e experiência em técnicas radiográficas
em medicina, considerando os princípios e requisitos de proteção radiológica estabelecidos neste Regulamento.

EXPOSIÇÕES OCUPACIONAIS

As exposições ocupacionais normais de cada indivíduo, decorrentes de todas as práticas, devem ser controladas de
modo que os valores dos limites estabelecidos na Resolução-CNEN n.º 12/88 não sejam excedidos. Nas práticas
abrangidas por este Regulamento, o controle deve ser realizado da seguinte forma: a dose efetiva média anual não
deve exceder 20 mSv em qualquer período de 5 anos consecutivos, não podendo exceder 50 mSv em nenhum ano. a
dose equivalente anual não deve exceder 500 mSv para extremidades e 150 mSv para o cristalino. Para mulheres
grávidas devem ser observados os seguintes requisitos adicionais, de modo a proteger o embrião ou feto: a gravidez
deve ser notificada ao titular do serviço tão logo seja constatada; as condições de trabalho devem ser revistas para
garantir que a dose na superfície do abdômen não exceda 2 mSv durante todo o período restante da gravidez,
tornando pouco provável que a dose adicional no embrião ou feto exceda cerca de 1 mSv neste período. Menores de
18 anos não podem trabalhar com raios-x diagnósticos, exceto em treinamentos. - Estagiários Para estudantes com
idade entre 16 e 18 anos, em estágio de treinamento profissional, as exposições devem ser controladas de modo
que os seguintes valores não sejam excedidos:dose efetiva anual de 6 mSv ; dose equivalente anual de 150 mSv para
extremidades e 50 mSv para o cristalino. É proibida a exposição ocupacional de menores de 16 anos. - Público As
exposições normais de indivíduos do público decorrentes de todas as práticas devem ser restringidas de modo que a
dose efetiva anual não exceda 1 mSv.

DOSÍMETRO
Os titulares devem estabelecer um programa rotineiro de monitoração individual de modo a: obter uma estimativa
da dose efetiva e/ou da dose equivalente no cristalino e extremidades, compatível com a atividade exercida, de
modo a demonstrar conformidade com os requisitos administrativos e operacionais estabelecidos pelo serviço e
com as exigências estabelecidas por este Regulamento; Durante a utilização de avental plumbífero, o dosímetro

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individual deve ser colocado sobre o avental, aplicando-se um fator de correção de 1/10 para estimar a dose efetiva.
Em casos em que as extremidades possam estar sujeitas a doses significativamente altas, deve-se fazer uso adicional
de dosímetro de extremidade. O dosímetro individual é de uso exclusivo do usuário do dosímetro no serviço para o
qual foi designado. Todo indivíduo que trabalha com raios-x diagnósticos deve usar, durante sua jornada de trabalho
e enquanto permanecer em área controlada, dosímetro individual de leitura indireta, trocado mensalmente. Os
dosímetros individuais devem ser obtidos apenas em laboratórios de monitoração individual credenciados pela
CNEN.

SALA DE RAIO-X

Os ambientes do estabelecimento de saúde que emprega os raios-x diagnósticos devem estar em conformidade com
as normas estabelecidas pelo Ministério da Saúde para Projetos Físicos de Estabelecimentos Assistenciais de Saúde,
Portaria 1884 de 11/11/94, ou a que vier a substituí-la. As salas de raios-x devem dispor de: Paredes, piso, teto e
portas com blindagem que proporcione proteção radiológica às áreas adjacentes, de acordo com os requisitos de
otimização, observando-se os níveis de restrição de dose estabelecidos neste Regulamento. Deve-se observar, ainda:
as blindagens devem ser contínuas e sem falhas; a blindagem das paredes pode ser reduzida acima de 210 cm do
piso, desde que devidamente justificado; particular atenção deve ser dada à blindagem da parede com "bucky"
mural para exame de tórax e às áreas atingidas pelo feixe primário de radiação; toda superfície de chumbo deve
estar coberta com revestimento protetor como lambris, pintura ou outro material adequado. Cabine de comando
com dimensões e blindagem que proporcione atenuação suficiente para garantir a proteção do operador. Deve-se
observar ainda os seguintes requisitos: a cabine deve permitir ao operador, na posição de disparo, eficaz
comunicação e observação visual do paciente mediante um sistema de observação eletrônico (televisão) ou visor
apropriado com, pelo menos, a mesma atenuação calculada para a cabine; quando o comando estiver dentro da sala
de raios-x, é permitido que a cabine seja aberta ou que seja utilizado um biombo fixado permanentemente no piso e
com altura mínima de 210 cm, desde que a área de comando não seja atingida diretamente pelo feixe espalhado
pelo paciente; a cabine deve estar posicionada de modo que, durante as exposições, nenhum indivíduo possa entrar
na sala sem ser notado pelo operador; deve haver um sistema de reserva ou sistema alternativo para falha
eletrônica, no caso de sistema de observação eletrônico. Sinalização visível na face exterior das portas de acesso,
contendo o símbolo internacional da radiação ionizante acompanhado das inscrições: "raios-x, entrada restrita" ou
"raios-x, entrada proibida a pessoas não autorizadas". Sinalização luminosa vermelha acima da face externa da porta
de acesso, acompanhada do seguinte aviso de advertência: "Quando a luz vermelha estiver acesa, a entrada é
proibida". A sinalização luminosa deve ser acionada durante os procedimentos radiológicos indicando que o gerador
está ligado e que pode haver exposição. Alternativamente, pode ser adotado um sistema de acionamento
automático da sinalização luminosa, diretamente conectado ao mecanismo de disparo dos raios-x. Quadro com as
seguintes orientações de proteção radiológica, em lugar visível: "Não é permitida a permanência de acompanhantes
na sala durante o exame radiológico, salvo quando estritamente necessário e autorizado"; "Acompanhante, quando
houver necessidade de contenção de paciente, exija e use corretamente vestimenta plumbífera para sua proteção".
Quadro no interior da sala, em lugar e tamanho visível ao paciente, com o seguinte aviso: "Nesta sala somente pode
permanecer um paciente de cada vez". Vestimentas de proteção individual para pacientes, equipe e
acompanhantes, e todos acessórios necessários aos procedimentos previstos para a sala, conforme estabelecido
neste Regulamento. Deve haver suportes apropriados para sustentar os aventais plumbíferos de modo a preservar a
sua integridade.

LICENCIAMENTO
Nenhum serviço de radiodiagnóstico pode funcionar sem estar devidamente licenciado pela autoridade sanitária
local. O licenciamento de um serviço de radiodiagnóstico segue o seguinte processo: Aprovação, sob os aspectos de

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proteção radiológica, do projeto básico de construção das instalações. Emissão do alvará de funcionamento.A
aprovação de projeto está condicionada à análise e parecer favorável sobre os seguintes documentos: Projeto básico
de arquitetura das instalações e áreas adjacentes, conforme Portaria 1884/94 do Ministério da Saúde ou outra que
venha a substituí-la, incluindo: planta baixa e cortes relevantes apresentando o leiaute das salas de raios-x e salas de
controle, posicionamento dos equipamentos, painel de controle, visores, limites de deslocamento do tubo, janelas,
mesa de exame, "bucky" vertical e mobiliário relevante; classificação das áreas do serviço indicando os fatores de
uso e os fatores de ocupação das vizinhanças de cada instalação; descrição técnica das blindagens (portas, paredes,
piso, teto, etc.) incluindo material utilizado, espessura e densidade. Relação dos equipamentos de raios-x
diagnósticos (incluindo fabricante, modelo, mA e kVp máximas), componentes e acessórios, previstos para as
instalações. A concessão e renovação de alvará de funcionamento do serviço estão condicionadas à aprovação dos
documentos apresentados e à comprovação do cumprimento dos requisitos técnicos especificados neste
Regulamento, mediante inspeção sanitária.

ÁREA LIVRE

Os ambientes do serviço devem ser delimitados e classificados em áreas livres ou em áreas controladas, segundo as
características das atividades desenvolvidas em cada ambiente. Em instalações de radiodiagnóstico, toda
circunvizinhança da área controlada deve ser classificada como área livre, sob o aspecto de proteção radiológica. Um
programa de monitoração de área deve ser implantado para comprovar os níveis mínimos de radiação, incluindo
verificação de blindagem e dos dispositivos de segurança. Para fins de planejamento de barreiras físicas de uma
instalação e para verificação de adequação dos níveis de radiação em levantamentos radiométricos, os seguintes
níveis de equivalente de dose ambiente devem ser adotados como restrição de dose: 0,5 mSv/ano em áreas livres.
REFERENTE À DESATIVAÇÃO A desativação de equipamento de raios-x deve ser comunicada à autoridade sanitária,
por escrito, com solicitação de baixa de responsabilidade e notificação sobre o destino dado ao equipamento. A
desativação de um serviço de radiodiagnóstico deve ser notificada à autoridade sanitária local informando o destino
e a guarda dos arquivos e assentamentos, inclusive dos históricos ocupacionais, conforme especificado neste
Regulamento.
BIBLIOGRAFIA http://www.anvisa.gov.br/legis/portarias/453_98.htm

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Radiologia – 3º Semestre – 2ª Unidade – Aula 4 – Métodos de Localização Radiográfica e Técnicas Radiográficas


Extrabucais

 Métodos de Localização Radiográfica:


1. Clark
2. Miller-Winter
3. Donovan
4. Parma
5. Le Master
6. Cones de Guta-Percha
7. Técnicas Radiográficas Conjugadas
8. Substâncias de Contraste
 Técnicas Radiográficas Extrabucais:
1. Radiografias em norma Lateral;
2. Radiografias em norma Frontal;
3. Radiografias em norma Axial
4. Radiografias Panorâmicas

 MÉTODOS DE LOCALIZAÇÃO RADIOGRÁFICA


 Introdução
A falta de conhecimento de certas técnicas radiográficas deixa de solucionar casos
simples, a nível de consultório, deixando dúvidas e aumentando o tempo do
planejamento de seus pacientes.
 Proposição
Demonstrar alguns artifícios empregados a fim de suprir a deficiência das imagens
bidimensionais quanto à profundidade.

1) CLARK
 Indicação:
 Localização radiográfica de dentes não irrompidos, corpos estranhos e processos
patológicos da maxila;
 Dissociação de raízes e condutos radiculares.
 Procedimento:
 Podemos concluir que o objeto mais próximo sempre se desloca em sentido contrário ao
do observador. O objeto mais distante sempre acompanha o deslocamento do
observador
O método de Clark necessita de duas incidências radiográficas utilizando-se filmes
periapicais (técnica paralelismo). A primeira incidência, denominada ortoradial, e a
segunda incidência é dita mesioradial, se o tubo de raios-X (cabeçote) for deslocado para
mesial ou incidência distoradial.

Radiologia – 3º Semestre – 2ª Unidade – Aula 4 – Métodos de Localização Radiográfica e Técnicas Radiográficas


Extrabucais – @resumodontologia Página 1
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2) MILLER-WINTER
 Indicação:
 Localização radiográfica de dentes não irrompidos (em geral o terceiro molar inferior),
corpos estranhos e processos patológicos na mandíbula.
 Procedimento:
 Princípio da dupla incidência: uma radiografia periapical e outra oclusal, cujas
incidências são perpendiculares entre si, utilizando técnica do paralelismo e filme
periapical;
 1ª Incidência fornecerá a posição do dente em altura e largura (sentido mesiodistal). 2ª
incidência fornecerá profundidade, ou seja, sua posição vestíbulo-lingual;
 Aumento do tempo de exposição.

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3) DONOVAN
 Indicação:
 Quando a radiografia oclusal do método de Miller-Winter não registra inteiramente o
terceiro molar inferior não irrompido.
 Procedimento:
 O filme deve permanecer inclinado sobre o ramo da mandíbula. Com o dedo indicador
da mão do lado oposto a ser radiografado, o paciente mantém a outra borda do filme
apoiada na superfície mésio-oclusal do segundo molar inferior. Assim, o filme estará
voltado para a região do trígono retromolar;
 Paciente deve inclinar a cabeça para trás e virar-se para o lado oposto a ser
radiografado, para o feixe de raios-X incidir perpendicular ao plano do filme no sentido
ângulo da mandíbula-ápice nasal;
 Aumenta o tempo de exposição.

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4) PARMA
 Indicações:
 Quando a radiografia periapical convencional não registra inteiramente o terceiro molar
inferior não irrompido.
 Procedimento:
 Parma sugere que o filme seja inclinado, deixando sua banda distoinferior próxima do
assoalho bucal, formando um ângulo entre o longo eixo do filme e o plano oclusal.

5) LE MASTER
 Indicação:
 Quando ocorrer sobreposição das imagens do processo zigomático da maxila e das
raízes dos molares superiores.
 Procedimento:
 O método consiste na fixação de um rolete de algodão (rolete para isolamento relativo)
na face ativa do filme radiográfico. Recomenda-se o uso de fita crepe para não deslocar
com a saliva. O rolete é fixado na metade inferior do filme e o afastará da coroa
dentária, melhorando as condições de paralelismo entre os longos eixos do filme e
dente. Diminuindo-se consequentemente a angulação vertical de incidência dos raios-X
elimina-se a sobreposição das imagens do processo zigomático da maxila e do ápice dos
molares superiores.

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6) CONES DE GUTA-PERCHA
 Indicação:
 Registrar imagens de trajetos fistulosos
 Procedimento:
 Consiste da introdução de um cone de guta-percha na fístula, até sofrer resistência à sua
penetração. A imagem radiopaca do cone irá se estender até a origem da infecção
causadora da fístula.

7) TÉCNICAS RADIOGRÁFICAS CONJUGADAS


 Indicação:
 Localização radiográfica de corpos estranhos e processos patológicos do complexo
craniofacial nas três dimensões (altura, largura e profundidade)
 Procedimento:
 A estrutura de interesse a ser localizada pode ser observada por meio de exames
radiográficos em normas frontal, axial e lateral. A norma frontal permite localizar a
estrutura no sentido superoinferior e laterolateral (lado direito ou esquerdo). A norma
axial fornece a imagem no sentido anteroposterior e laterolateral, e a norma lateral no
sentido anteroposterior e superoinferior. Cada incidência, portanto, possibilita localizar
a estrutura em apenas duas dimensões. Podemos percebe que a dimensão ausente em
uma norma está sempre presente em outra. Além disso, combinando no mínimo duas
radiografias em normas perpendiculares entre si, teremos a localização da estrutura nas
três dimensões.

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8) Substâncias de Contraste
 Indicação:
 Fornecer uma imagem radiopaca de lesões císticas amplas, auxiliando-nos quanto a
extensão da lesão e ao comprimento de estruturas contíguas (Aquilo que está próximo a
alguma outra coisa, ao lado, colado).
 Procedimento:
 Aspira-se o líquido cístico e introduz-se ao mesmo tempo a substância de contraste na
cavidade. No momento em que se aspira apenas líquido de contraste significa que a
cavidade está totalmente preenchida. Geralmente, são utilizadas como contraste
substâncias oleosas à base de iodo, como Lipiodol. Efeitos prejudiciais do contraste
ocorrem especialmente com soluções aquosas à base de iodo, embora relativamente
raros. São considerados pacientes de risco os idosos, as crianças com pouca idade,
diabéticos, pacientes com insuficiência cardíaca ou renal e com histórico de alergia aos
meios de contrastes.
Após a injeção de contraste, é possível localizar a lesão nas três dimensões conjugando
técnicas radiográficas em normas perpendiculares.

TÉCNICAS RADIOGRÁFICAS EXTRABUCAIS

1) RADIOGRAFIAS EM NORMA LATERAL


 Crânio – perfil duro
 Mandíbula – exame de ângulo e ramo
 Mandíbula – exame de corpo
 Cefalométricas
1.1. Técnica Lateral da Mandíbula
 Indicação:
 Lateral de ângulo e ramo da mandíbula: pesquisa de doenças nesta região, tais
como: fraturas, corpos estranhos, dentes não irrompidos, cálculos salivares no
ducto de Wharton, lesões císticas ou tumorais;

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Como alternativa quando imagens intrabucais não puderem ser obtidas em virtude
de náusea interna, ou mesmo se o paciente se encontrar inconsciente.
1.2 Técnica da Telerradiografia (cefalométrica)
 Indicação:
 São radiografias padronizadas e reprodutíveis de crânio, e as principais indicações
são do ponto de vista de ortodontia e ortognática;
Em ortodontia confirma por meio da cefalometria as anormalidades esqueléticas
e/ou tecidos moles no diagnóstico inicial; ajuda a estabelecer o plano de
tratamento; controla o progresso deste tratamento e no final avalia os resultados
alcançados;
Em cirurgia ortognática avalia o pré-operatório, auxilia o plano de tratamento e
verifica no pós-operatório os resultados cirúrgicos.

2) RADIOGRAFIAS EM NORMA FRONTAL


 Pa de mandíbula
 Pa de seios maxilares
 Pa para seio frontal e etmoidal
 Transorbital
 Towne
2.1. Waters (PA para seios maxilares)
 Indicação:
 Exame radiográfico do seio maxilar; fraturas do terço médio da face, tais como as do
tipo: lefort 1, 2 e 3, do complexo nasoetmoidal, fraturas da orbita, fraturas do
processo Coronóide; exames dos seios frontal e etmoidal; exame do seio esfeinodal
(feito com o paciente mantendo a boca aberta durante o exame), e esta
modificação recebe o nome de “Waters-Waldron”.

2.2. Caldwell (PA de crânio)


 Indicação:
 Exames dos seios frontal e etmoidal, fraturas da calota craniana, lesões tumorais ou
outras que podem afetar o crânio, tais como: doença de Paget, mieloma múltiplos,
hiperparatireoidismo, calcificações e corpos estranhos intracranianos.

2.3. Towne

 Indicação:
 Possibilita a visualização do pescoço e da cabeça. A radiografia original de Towne
(uma projeção AP) foi desenvolvida para permitir a visualização da região occiptal,
mas também evidenciava os côndilos. Na odontologia as tomadas são realizadas
por convecção, no sentido póstero-anterior e são chamadas de póstero-anterior.
São indicadas para fraturas na porção superior do pescoço do côndilo em distúrbio
da ATM; investigação da qualidade das superfícies articulares do côndilo em
distúrbios da ATM; fraturas intracapsulares da ATM, Hipoplasia condilar ou
hiperplasia.
3) RADIOGRAFIA EM NORMA AXIAL
 Axial Invertida (Hirtz)

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 Axial direita (Hirtz invertida ou subento-vertéx)


3.1. Hirtz (submentovértice)
 Indicação:
 Exames do seio esfenoidal, lesões osteolíticas ou expansivas que afetam região do
palato, região pterigoide e a base do crânio; pesquisa de fraturas de arco
zigomático, em radiografias obtidas com uma redução dos fatores de exposição.
Esta incidência direta tem a mesma imagem radiográfica da Hirtz Indireta ou
bregma-mento, todavia esta ou aquela são escolhidas em função da idade do
paciente e da facilidade de posicionamento da cabeça do paciente para a tomada
radiográfica, em uma ou em outra posição.

4) RADIOGRAFIAS PANORÂMICAS
 A radiografia panorâmica é uma técnica radiográfica que permite uma visão global de todas as
estruturas que compõem o complexo maxilomandibulares, ou seja, dentes, tecido ósseo de
suporte e estruturas anatômicas adjacentes, tais como seios maxilares, articulações
temporomandibulares (ATM) e cavidade nasal, com uma única exposição. Denominamos
pantomografia o processo de fazer o registo na película radiográfica de uma imagem nítida da
superfície curva que inclui dentes, maxilares e algumas estruturas adjacentes.
 A pantomografia é uma técnica radiográfica que envolve basicamente os movimentos
sincronizados do tubo do aparelho de raios X e do filme, em sentidos opostos e de forma tal que
o fulcro desse movimento incida sobre a estrutura que se deseja visualizar.
 Indicações:
 Pacientes jovens para estudarmos os padrões de erupção dentária, formação e
desenvolvimento das raízes;
 Visualização dos seios maxilares e suas relações com os grupos de dentes;
 Estudo de grande área patológicas e suas relações com estruturas adjacentes;
 Verificação de fraturas em pacientes politraumatizados;

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

FREITAS, A.; ROSA, J.E.; SOUZA, I. F. Radiologia Odontológica. 6ª ed. São Paulo: Artes Médicas, 2004.

PANELLA, J. Fundamentos de Odontologia - Radiologia Odontológica e Imaginologia. Rio de Janeiro:


Guanabara Koogan, 2006.

NEVILLE, B.W.; DAMM, D.; ALLEN, C.M.; BOUQUOT, J. E. Patologia Oral & Maxilofacial. 2ª

ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2004.

Radiologia – 3º Semestre – 2ª Unidade – Aula 4 – Métodos de Localização Radiográfica e Técnicas Radiográficas


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Radiologia – 3º Semestre – 3ª Unidade – Aula 1 - Aspectos radiográficos das anomalias dentárias

Aspectos radiográficos das anomalias dentárias

 Qualquer interferência no processo de odontogênese, onde ocorre a formação dentária, pode


ocasionar, alguma alteração desses tecidos dentários, gerando anomalias dentárias. Qualquer
perturbação que pode ser de ordem genética ou ambiental pode causar alguma dessas alterações.
 Em radiologia, vai-se forcar nos aspectos radiográficos das anomalias. Algumas dessas anomalias só
podem ser confirmadas/diagnosticadas através da imagem radiográfica. Geralmente se usa uma
periapical ou panorâmica, ou as duas juntas. Outras anomalias são diagnosticadas unindo exames
clínicos com os exames radiográficos, mas algumas só se confirma com o exame radiográfico.

 Anomalias dentárias de desenvolvimento


 Alterações Congênitas:
 Estão relacionadas à fatores genéticos e hereditários (alteração do código
genético)
o Ex.: Dentinogênese e amelogênese imperfeita
 Alterações Adquiridas:
 Estão relacionadas à fatores ambientais
o Ex.: Deficiência de vitaminas, sífilis congênitas;
o Flúor em excesso, lesão traumática, cárie...

OBS: A maioria das alterações dentárias são pode ordem/fatores ambientais.

 Classificação das anomalias dentárias de desenvolvimento:


 Dimensionais;
 Morfológicas;
 Quantitativas;
 Estruturais;
 Topográficas
 Irruptivas

ALTERAÇÕES CONGÊNITAS

 Alterações Dimensionais:
1) Microdontia
 Dentes Menores do que o comum
 Generalizada (na qual todos os dentes da cavidade dentária vão ter um
tamanho menor, e está relacionada à sindomes), ex.: Síndrome de Down,
Nanismo Hipofisário.
 Focal ou localizada (quando atinge grupos dentários, ou atingem apenas
alguma ou outra unidade dentária), ex.: As unidades dentárias mais
atingidas são: 3º MS; ILS (Conóide)
Total (o dente por inteiro é menor);
Parcial (a coroa pode ser menor ou a raiz pode ser menor).

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 Microndontia relativa (ou macrognatia) – está relacionado também com


uma patologia que é a macrognatia, na macrognatia o individuo tem os
maxilares (mandíbula ou maxila ou os dois) muito grandes, e aí o dente
normal, implantado nesse osso muito grande, da uma impressão que o
dente é menor do que o normal, mas isso é uma microdontia relativa, pois o
dente aparenta ser menor, mas é porque ele está implantado em ossos
maxilares e /ou mandibulares muito grandes dando uma impressão de que
se é menor.

2) Macrodontia
 Dentes cujas dimensões apresentam-se além dos limites normais esperados para o
tamanho da estrutura daqueles dentes.
 Generalizada (todos os dentes da cavidade oral vão ter os dentes maiores do
que o esperado) está relacionada principalmente a síndrome do exemplo, ex:
gigantismo pituitário.
 Focal ou localizada (é específico de alguns dentes, principalmente a dos
exemplos), ex.: 3 MI, ICS
Total (o dente por inteiro é maior – coroa e raiz);
Parcial (é quando somente a coroa é maior ou somente quando a
raiz é maior).
 Macrodontia falsa ou relativa (micrognatia) - (vai ocorrer nos casos onde os
maxilares (maxila ou mandíbula) são diminutos, dando uma sensação/aparência
que os dentes são grandes).

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 Alterações Morfológicas – Morfologia Alterada


1) Geminação
 Tentativa de bipartição de um germe dentário, logo tem-se
um germe dentário e ele tenta dividir-se, virar dois, então
vai-se observar uma coroa com aspecto bífido (vai ter uma
reentrância) pois está tentando se dividir
 Clinicamente:
 Coroa com aspecto bífido
 Radiograficamente:
 Observa-se “duas” coroas (aparentemente) e uma raiz -
 Geminação lateral:
 Dente duplo. A contagem de dente é normal quando cada dente anômalo é
contado como um
2) Fusão
 Tentativa de união de dois gemes dentários,
então tem-se dois germes dentários que vai
querer se unir em um.
 A fusão pode acorrer parcial ou total. Logo,
pode-se ter ou apenas a coroa unida, pode
ter só a raiz unida, ou podem ter tanto coroa
quanto raiz totalmente unida, então é um
aspecto que pode variar.
 Clinicamente:
 Coroa com aspecto bífido
 Radiograficamente:
 “Duas coroas” e duas raízes
Redução no númeo de dentes
 Na fusão sempre vai ter duas raízes, mas deve observar direito
esse aspecto.
 Fusão: Dente duplo no lugar do incisivo lateral inferior e do canino.

OBS.: Em relação à geminação e a fusão, os aspectos radiográficos às vezes se confundem, o que é o sinal
diferencial da geminação e da fusão, é a contagem dos dentes da cavidade oral, então quando ocorre a
fusão vai ocorrer a redução do número de dentes da cavidade oral, então quando vai-se contar os dentes
da cavidade oral, na fusão vai ter a diminuição, pois eram dois dentes que viraram um, já na geminação,
é um dente que está tentando se dividir mas vai ter todos os outros dentes na cavidade oral.

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Fusão x Geminação 

3) Concrescência:
 União de dois dentes, pelo cemento;
 Essa concrescência pode ser:
 Verdadeira: ocorre a união das unidades dentárias
durante o processo de formação dentária ou seja na
odontogênese
 Adquirida: ocorre depois da formação completa dos

dentes, e isso geralmente ocorre por


conta de trauma, então ocorre um
trauma e o dente então “entende”
que precisa ocorrer uma reparação e
forma mais cemento, aí vai ocorrer a
união desses dois dentes através da
formação excessiva do cemento;
 Pode ser confundida com a fusão, pois
aqui vai ter a união das raízes, assim como
na fusão, mas aqui, pela união do
cemento.
 Ponte de cemento pode não ser bem
visualizada radiograficamente, e ao fazer
a extração de um dente, vir o outro dente junto.
4) Incisivo de Hutchinson
 Dentes incisivos que vão ter uma coroa em forma de
barril
 O terço incisal é mais estreito (menor) do que o
terço médio  Formato de barril;
 Como ou sem a presença de fenda centro-incisal
(curvinha para dentro na borda incisal);
 Está relacionado com os portadores de sífilis
congênitas
 Esses incisivos de Hutchinson em casos raros pode ser visto em pessoas
“normais” (sem a doença da sífilis congênita), no entanto a ocorrência desse
incisivo de Hutchison está mais relacionado com os portadores da sífilis
congênita.

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5) Molar em Amora
 Formações nodulares na face oclusal;
 A forma oclusal dos molares vai ser modificada
com formações nodulares, logo as cúspides são
substituídas por formações nodulares:
 Terço médio da coroa com diâmetro
maior que o terço oclusal;
 65% Pacientes Sifilíticos, logo
característicos de portadores da Sífilis Congênita.

6) Dens in Dente (Dente Invaginado)


 Invaginação das estruturas
calcificadas da coroa para dentro da
cavidade pulpar;
 Então ocorre um defeito na bainha
epitelial de Hertwig, onde vai ter
uma Invaginação errônea, onde os
tecidos dentários vão invaginar em
direção a câmara pulpar.
 Essa Invaginação ocorre em níveis
diferentes, então essa Invaginação pode está limitada a região apenas da coroa,
chegar à região de terço cervical das raízes, ou pode se estender até a região
cervical, nesses casos, fica contra indicado a realização de tratamentos
endodônticos, então esses dentes vão ter problemas se tonarem-se cariado, e
também são mais propensos a cárie, então vai impossibilitar tratamento
endodôntico. Então caso esse dente esteja cariado, e atinj a a região pulpar, ele vai
ter que ser extraído.
 Coronário típico (é o que mais ocorre) -> vai ter a invaginação do tecido
dentário em direção da câmara pulpar
 Coronário atípico -> a Invaginação dos tecidos dentários vai seguir em
direção da região de borda dentinária atingindo a região de ligamento
periodontal
o Invaginação para dentro da estrutura dentária
 A Invaginação pode ser:
 Leve  está restrito a região da coroa;
 Moderada  atinge a região de raiz;
 Severa  a invaginação chega até as porções apicais.

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7) Taurodontia:
 Vai ocorrer nos dentes birradiculares ou trirradiculares, principalmente nos
molares;
 Vai ocorrer o aumento da dimensão oclusoapical da câmara pulpar de um dente
multiradicular
 Esse aumento vai ocasionar o deslocamento apical do assoalho pulpar e da
bifurcação das raízes;
 Isso ocorre devido a uma falha na invaginação da bainha epitelial de Hertwig, e por
isso que vai ocorrer essa alteração, nas proporções da câmara pulpar, no sentido
oclusoapical.

8) Raízes Fusionadas:
 Redução do número de raízes dos molares com ou sem redução do número de
canais;
 Raízes podem se tornar prismáticas ou cuneiformes;
 Essas aspectos podem ser difíceis de serem observados radiograficamente sem dar
exatamente quais foram as raízes fusionadas, e para ter a certeza quais raízes
estão fusionadas deve-se fazer um exame mais específico, que seria uma
radiografia computadorizada, para assim avaliar quais raízes estão fusionadas.

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9) Raiz Suprenumerária:
 O número de raízes aparece superior ao que estabelecem os seus
padrões anatômicos normais;
 Essa raiz supranumerária pode apresentar um aspecto normal ou
anormal, como prismáticas e cuneiformes.

10) Dilaceração:
 Vai ser uma alteração brusca de orientação do eixo longitudinal do dente;
 O fator etiológico mais comum é o traumatismo.
 Vai ocorrer uma curvatura brusca nas regiões dentárias, é mais comum na raiz,
mas pode ocorrer também na coroa.

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11) Pérola de esmalte


 Apêndices calcificados, com formato regular e arredondado, que
ocorre à altura da junção amelodentinária e/ou na região de bifurcação
ou na região de trifurcação dos dentes;
 Pode ocorrer tanto nos dentes molares e pré-molares como pode
ocorrer em dentes unirradiculares;
 Elas radiograficamente aparecem com um formato arredondado
regular;
 Está localizada externamente ao dente;
 Radiograficamente se apresenta radiopaco.

12) Nódulos Pulpares:


 São apêndices ou estruturas mineralizadas com aspecto arredondado, ovóide ou
fusiforme, ou mesmo irregular, que se localizam nas câmaras pulpares e/ou canais
radiculares dos dentes;
 Nota-se que o formato agora nesse é irregular, e a principal diferença é que este
vai está localizado dentro da câmara pulpar ou nos canais radiculares;
 Esses nódulos pulpares podem estar livres na câmara pulpar ou podem estar
aderidos na região da parede radicular;
 Radiograficamente se apresenta radiopaco.

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 Alterações quantitativas
1) Anodontia
 Redução do númeo normal de dentes esperados para cada uma das dentições
 Parcial: hipodontia (faltam até 6 dentes) ou oligodontia (faltam mais de 6
dentes) e pode ser bilateralmente ou não, mas é muito comum ocorrer
bilateralmente, ocorrendo mais comumente em 3º M, ILS, 2ª PM
 Total: anodontia (falta completa de dentes – nem formaram-se os dentes),
ex.: Displasia ectodérmica

2) Supranumerários:
 Dentes que excedem ao número normal de dentes esperados para cada uma das
dentições:
 Localização do dente:
 Mesiodente  é um dente a mais, que está voltado para a região de linha
média;
 Distomolar  vai ser um dente que está após o último molar, uma posição
distal ao último molar;
 Paramolar  quando o supranumerário está na cavidade oral na posição
vestibular ou lingual/palatina;
 Dente pré-decíduo ou natais dentes neonatais que o bebê já nasce com
esses dentes na cavidade oral.
 85 % Incisivos inferiores
 11% incisivos superiores
 4% posteriores

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 Esses dentes podem ter um formato igual à anatomia do grupo deles ou ou pode
ter uma forma diferente/anômola.
 Eumorfos (mesma forma) ou dismorfos (forma anômola)
 Podem ser unilaterais ou ser bilaterais

Dentes pré-decíduos ou natais


 85 % Incisivos inferiores
 11% incisivos superiores
 4% POSTERIORES

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 Alterações Estruturais
1) Amelogênese imperfeita (é genética)
 Caracteriza-se pela Hipoplasia ou hipocalcificação ou Hipomaturação do esmalte,
envolvendo todos os dentes da cavidade oral, dentição decídua ou dentição
permanente, relacionadas a alterações genéticas.
 A amelogênese imperfeita vai ser uma deficiência/alteração do esmalte, em todos os
dentes da cavidade oral;
 O que acontece durante a formação do esmalte:
1) Vai ocorrer na primeira fase a deposição de matéria orgânica;
2) Em seguida vai ocorrer a calcificação da matriz que foi depositada;
3) Vai ocorrer a maturação, com consequente aumente do número de cristais de
hidroxiapatita.
 Dependendo de onde houve a alteração da formação, essa amelogênese imperfeita
pode ser de aspecto hipoplásica, hipocalcificada ou hipomaturada.
 Quando ela tem a característica de ser hipoplásica, houve a formação insuficiente da
matriz organiza. Quando é hipocalcificada a mineralização foi insuficiente, e quando
foi hipomaturada, os cristais são imaturos, eles não têm o seu desenvolvimento
total, nem o seu volume e a sua maturação completa.

 Quando ocorre uma alteração localizada, e por fatores ambientais, pode-se ter a
hipoplasia do esmalte, ou pode-se ter um dente com hipocalcificação do esmalte,
isso vai ocorrer em unidades dentárias ou em grupos dentários, e isso vai ocorrer
por fatores ambientais que podem ser: Nutricionais (vitaminas A, C e D); Doenças
(sarampo, varíola, rubéola); Sífilis congênita; Prematuridade; Eritroblastose Fetal;
Infecções focais; Traumatismo local; ingestão de substancias químicas (fluoretos).
 Voltando, então pode-se ter todos os dentes com amelogênese imperfeita, e a
amelogênese imperfeita pode ter a característica hipoplásica ou hipocalcificada. E
pode ter uma alteração local dentária, por fatores ambientais que um único dente
(unidades dentárias – não todos os dentes) vai ter hipoplasia do esmalte ou
hipocalcificação do esmalte, por exemplo.

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2) Hipoplasia do esmalte (fatores ambientais): Esmalte com dureza normal e quantidade


insuficiente, pois a alteração foi na deposição da matéria orgânica, foi depositada uma
pequena quantidade de matéria orgânica, no entanto ocorreu a calcificação.
3) Hipocalcificação do esmalte (fatores ambientais): Foi depositada a quantidade normal,
mas com mineralização deficiente, não foi maturada de maneira normal.
 Vai-se observar radiopacidade do esmalte que vai está
semelhante à da dentina. Então o esmalte vai está menos radiopaco, com
características semelhantes à dentina.

4) Quando a amelogênese imperfeita for hipoplásica e hipocalcificada tem-se as seguintes


características:
 Esmalte com espessura menor (foi depositada pouca matéria orgânica)
 Área sem cobertura de esmalte (característica da hipoplasia)
 Esmalte com densidade menor (foi depositada matéria orgânica, mas não é
mineralizado completamente).

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5) Dentinogênese imperfeita:
 Vai-se ter a alteração do processo de formação dentina, então vai-se caracterizar
por dentes com raízes curtas e cônicas, constrição cervical, coroa bulbosas,
espaços pulpares obliterados e atrição pronunciada.
 Áreas de matriz são pouco ou não mineralizadas;
 O teor de água da dentina é mais alto, o que confere ao tecido anômalo menor
Radiopacidade que a dentina normal;
 Além de existir uma mineralização ruim, o teor de água nessa dentina é maior, o
que radiograficamente vai tornar, diferenciado o aspecto da dentina, tendo seu
aspecto tornando-se menos radiopaco;
 A raiz precisa ter deposição de tecido dentinário para ter a sua completa
formação, se existe alteração do processo ela vai estar mais curta e ela vai estar
cônica, pois não houve o seu formato total. O formato normal das raízes não vai
acontecer, e essa raiz vai se tornar mais cônica e curta;
 Vai-se ter uma constrição cervical, uma redução do tamanho da câmara pulpar.

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6) Odontodisplasia Regional (Dentes Fantasmas)


 Esmalte e dentina são hipoplásicos e hipocalcificados;
 É uma alteração geral;
 São chamados de dentes fantasmas ou odontogênese imperfeita  pois existe
uma alteração tanto do esmalte quanto da dentina.
 Os dentes com aspecto de desorganização estrutural de esmalte e dentina;
 Espaços pulpares anormalmente amplos. Finas camadas de dentina e esmalte.
Raízes curtas e ápices abertos;
 Na borda do dente tem um aspecto radiolúcido pois na borda não foi depositado
esmalte.
 A higiene oral desse paciente deve ser triplicada, devido ao aumento das
possibilidades de cárie, e se existir cárie, vai ser complicado fazer a obturação
desse dente;
 O esmalte e a dentina formados são deficientes.

 Alterações Topográficas
1) Dente não Irrompido
 Dentes que, por alguma razão, não fizeram a sua irrupção/erupção, dente
intraósseo, dente que não surgiu na cavidade oral, dente impactado;
 Frequência: 3º MI, 3º M, CS; PM e CI
 Fatores Etiológicos que fazem com que o dente não consiga erupcionar na
cavidade oral:
 Ausência de espaço na arcada dentária;
 Trauma;
 Cistos e tumores sobrejacentes;
 Barreira física na trajetória de irrupção;
 Trajetória anormal de irrupção devido à mudança de posição do germe
dentário;
 etenção do dente decíduo
 Força irru ti a insuficiente ;
 Morfologia dent ria anormal

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 Desen ol imento ect ico do germe dent rio


 Quando se fala que o dente está impactado (ele não consegue surgir na cavidade
oral pois ele está dentro do osso), quando falar que ele está incluso (geralmente
está relacionado a um outro dente que impede o surgimento a erupção desse
dente na cavidade oral).

2) Transposição:
 Dentes em posição invertida no arco dentário;
 Os dentes trocaram de lugar.

3) Giroversão:
 Dente com implantação vertical correta, no seu lugar
de irrupção, apresenta-se girado em torno do seu
longo eixo.
 Frequência maior em: Incisivos Superiores e Pré-
Molares

4) Ectopia
 O dente irrompe fora do seu local normal ou em locais incomuns;
 Quando existe um dente em ectopia, existe a ausência (por extração ou por falta) de um
outro dente, aí o dente vai nascer nesse lugar desse outro dente ausente .
Obs: Não é transposição, pois esse dente apenas nasce no lugar que ele não deveria, e
na transposição, tem-se a troca de dois dentes.

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ALTERAÇÕES ADQUIRIDAS

São alterações que vão decorrer depois do desenvolvimento do dente, então não ocorre durante a
odontogênese, são alterações adquiridas após a formação dentária.

1) Cárie
 Pode-se fazer a detecção da cárie de maneira
clínica e também de maneira radiográfica e na
maioria das vezes precisa-se dos achados das duas
formas, o clínico e o radiográfico;
 É uma doença que causa a destruição dos tecidos
calcificados dos dentes pela ação de
microrganismos;
Os microrganismos vão atuar de maneira a
desmineralizar as estruturas dentárias, e com a
desmineralização, as estruturas na radiografia que
aparentavam ser radiopacas começavam aparecer
radiolúcida, devido à destruição das porções dos
tecidos mineralizados.
 Radiograficamente vemos a lesão de cárie como uma imagem radiolúcida na coroa ou na raiz do
dente de forma não muito circunscrita (não consegue-se definir exatamente o término dessa
região de cárie), dependendo de seu grau de evolução;
 Geralmente a cárie clinicamente tem uma extensão maior do que a gente consegue ver na
radiografia, então possivelmente a cárie na realidade está maior do que o aspecto que se vê na
radiografia, pois não consegue-se radiograficamente delimitar o final dessa cárie.
 A cárie envolvendo qualquer face dentária é uma imagem radiolúcida difusa, sem limites
definidos, independente de onde ela está afetando/atingindo o dente.
 Existem algumas cárie que são chamadas de cáries ocultas, essas cáries ocultas conseguem
deixar uma pequena camada de esmalte bem fina, essa camada é tão fina que às vezes só com
uma mordida ela pode fraturar e aí da acesso a uma cavitação que está toda por baixo de uma
pequena camada de esmalte. Essa cárie tem um prognóstico ruim, pois o paciente não se dar
conta que existe essa cárie, pois não existe uma cavidade, portanto, ali por baixo está
totalmente cariado. Radiograficamente não se vê que esse esmalte tem uma camada fina, vai-se
ter um tecido completamente amolecido ali;
 Pode-se ter um dente com cárie oclusal, cárie proximal e cárie radicular, então a cárie pode
atingir várias porções dentárias;
 As cáries, elas só são visualizadas na radiografia, quando ela tem envolvimento de uma parede,
pois quando ela é insipiente ela não consegue ainda ter uma destruição suficiente, do tecido
mineralizado para ser observado na radiografia, então cáries muito pequenas não são

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observadas nas radiografias, tem que ter uma destruição de tecido mineralizado suficiente para
ser impressionado na película radiográfica;
 Quando se tem um aspecto carioso, o tecido está sendo destruído, pelas bactérias, e ele se torna
amolecido;

 A gente pode ter uma cárie que ainda não provocou cavitação, que é o caso de manchas ativas e
manchas inativas:
 Manchas ativas: são consideradas como cáries e elas provocam uma coloração no dente
diferenciada, fica opaca, fica rugosa, isso é cárie, no entanto ainda não houve cavitação. Então
enquanto não há cavitação a gente não consegue observar essa cárie radiograficamente.
 Manchas inativas: pode se apresentar pigmentada ou com coloração clara, superfície de
esmalte brilhante, lisa ou polida.
 Pode ser classificada de acordo com a profundidade e localização:
 Cárie Oclusal:
 Imagem radiolúcida difusa;
 Forma de cunha  com uma
base menor voltada para a
região de fossas e fissuras na
oclusal, e ela vai seguir a
direção dos túbulos
dentinários e ela vai se
abrindo;
 Assume um trajeto específico;
 A cárie oclusal vai iniciar
muito provavelmente nas
regiões de fossas, pelo seu
favorecimento de acumulo
alimentar;

 Cárie Proximal:
 Segue a direção dos prismas de esmalte convergindo
para a JCE (junção cemento-esmalte);
 Imagem radiolúcida geralmente na altura dos pontos
de contato
 A cárie nesse caso é como se estivesse convergindo. A
cárie vai se iniciar na região do ponto de contato
entre os dentes. O ponto de contato vai gerar uma
região de toque maior, então a cárie ela vai começar
com um tamanho maior e vai se afunilar, ela vai convergir em direção aos tecidos
dentários podendo atingir a região pulpar;
 Essa cárie vai iniciar na região de ponto de contato entre os dentes, que é uma
localização que favorece o acúmulo alimentar, principalmente porque essas áreas, a
escovação apenas com a escova não consegue remover totalmente esses restos
alimentares, então é necessário passar-se o fio dental;

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 As cáries proximais na maioria das vezes vai atingir as duas faces proximais dos dentes
(distal e mesial).
 Cárie Radicular:
 Inicia-se na JCE (junção cemento-esmalte);
 Aspecto circular e mal definido;
 Pode ser confundida radiograficamente com a abrasão
cervical.
 A abrasão cervical são regiões que estão desgastadas
mecanicamente na região cervical, de origem não
bacteriológica, mas vai emitir uma mesma imagem na radiografia.
Enquanto não houve a gente não consegue observar essa cárie radigraficamente (parte
cortada)

 Cárie recorrente ou secundária:


 Desenvolvem-se às margens junto à restaurações defeituosas;
 Os tecidos cariados demonstra uma área radiolúcida abaixo da
restauração.
 Toda cárie que é chamada de recorrente ou secundária ela se
encontra abaixo de uma restauração que é defeituosa. Então o
que pode ter acontecido? R: Durante a remoção do tecido
cariado, ele não foi removido completamente, e se colocou
material restaurador acima de uma cárie, então não limpou
totalmente a cavidade, restou-se remanescentes cariosos e
colocou-se material restaurador. Então a gente vai observar
regiões radiolúcidas, abaixo da restauração.
 Outra situação é quando se deixa fendas entre o tecido dentário e a restauração.
 O diagnóstico por imagem da cárie recorrente ou secundária é complicado, pois alguns
materiais restauradores, eles têm o aspecto radiolúcido, então, por exemplo, o
amálgama é bem radiopaco, pois ele tem um alto número atômico, então ele torna-se
na imagem, radio aco Agora um material conhecido como “ionômero de vidro” tem
um aspecto mais radiolúcido, então ele pode ser confundido com cárie, então nisso
tudo, tem-se que faze uma observação final desse local, pois cárie sempre vai ter um
aspecto difuso, e o término desse local da restauração geralmente ele segue o aspecto
mais retilíneo. O material conhecido como “ionômero de vidro”, ele é um material
forrador, quando a cárie está muito profunda, se coloca uma material chamado de
“hidróxido de cálcio”, de ois esse “ionômero de idro” e de ois a resina, então ele fica
abaixo da resina, então pode aparentar que se tenha cárie ali.

2) Efeito Burnout (Velamento Cervical)


 Efeito de imagem que vai promover um aumento da radiolucência da região cervical;
 Imagem igual de cáries cervicais e abrasões;
 A angulação do feixe de raios-X nessas regiões pode levar ao aparecimento dessa mancha,
desse borramento radiolúcido. Essa região de junção cemento-esmalte é uma localização
aonde o tecido dentinário tem uma menor espessura, ou seja, essa região é o local aonde
acaba esmalte, e vai começar cemento, então nessa localização o tecido mineralizado, tem
menor espessura, em algumas regiões podem ter defeitos aonde essa área entre esmalte e

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cemento tenha defeito, menos espesso, e nem tenha


cobertura de cemento, então essa região vai promover
uma imagem menos radiopaca (radiolúcida difusa).
 *Diagnóstico diferencial (como saber se é carie ou não):
diferente angulação (horizontal diferenciada), o efeito
vai ocorrer em vários dentes (em todo o grupo
dentário), grupos dentários da região radiografada
(como por exemplo: ocorrer em todos os pré-molares,
ou em todos os molares...)
 É MUITO COMUM ocorrer velamento cervical nas radiografias.

3) Dentina secundária (Reparadora)


 Essa dentina reparadora é formada frente a um estímulo agressivo de baixa intensidade;
 É visível a redução da câmara pulpar e dos canais radiculares.

OBS: Radiograficamente não se consegue diferenciar o que é dentina primária, o que é dentina secundária e o que é
dentina terciária, pois os aspectos radiográficos dessas dentinas são semelhantes, e elas possuem a constituição
histológica muito semelhantes.

 No caso em questão vai identificar que houve a deposição de dentina secundária devido à
redução da câmara pulpar. O corno pulpar por exemplo diminuiu seu nível pois estava ocorrendo
um estímulo agressivo, e a polpa entendeu que precisava formar dentina secundária, para se
defender desse estímulo agressivo. Então a polpa do dente vai se retrair para se defender do
estímulo agressivo, então ela se retrai e por cima vai está formando tecido reparador, para que
não se atinja a polpa. Se enxerga isso quando se ver a redução da câmara pulpar e diminuição
dos canais radiculares.
4) Atrição
 Perda de estrutura dentária na superfície incisal ou
oclusal por processos fisiológicos (contatos oclusais que
ocorre durante toda a vida do indivíduo, então os dentes
estão sempre em contato um com os outros, durante a
mastigação, durante a fala, e quando o indivíduo tem
uma idade avançada, são pessoas mais envelhecidas logo
esse processo é mais visto em pessoas mais idosas, então
esse contato durante a vida vai ocorrer uma perda de
esmalte nas bordas, então isso é chamado de fisiológico,
pois todo mundo vai passar por esse processo), ou
patológicos (pode ocorrer em qualquer idade, como
adulto e jovens, e considera-se ter uma perda mais significativa, então quando ocorre contatos
oclusais prematuros, como por exemplo relacionado ao bruxismo ou ao apertamento dental).
 Vai ocorrer uma perda considerável do esmalte nessas bordas, alterando o formato do dente
afligido;
 Fisiológica:
 Contatos Oclusais.
 Patológicas:
 Contatos oclusais prematuros;
 Bruxismo, apertamento dental.

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OBS: Um único dente com esse aspecto pode ter sido desenvolvido por cárie, agora se tem todos os dentes com esse
aspecto das bordas incisais desgastadas, aí desconfia-se que tem-se uma atrição causada por algum estímulo ou
apertamento dental.

5) Abrasão
 Perda patológica do tecido dentinário cervical, por
meio da ação mecânica e parafuncional;
 Área radiolúcida na junção amelo-cementária –
imagem mais comum.
 Pode ser confundido com lesões de cáries radicular.
 Vai ser o desgasta da região cervical de
maneira/causas mecânicas ou parafuncionais, então
não tem a ver com a parte microbiológica, não está
relacionada com o desenvolvimento bacteriano. Isso
pode ocorrer muito com grampo de próteses
parciais removíveis, quando o paciente usa uma prótese parcial removível, essa prótese se
sustenta na cavidade oral através de grampos em dentes pilares, então a ocorrência desse
grampo preso à região cervical, pode promover o desgaste dessas regiões de tecido
mineralizado, desses locais, e promover uma imagem radiolúcida, nessa região cervical, onde o
grampo está localizado.
 Radiograficamente não se consegue diferenciar cárie de abrasão, então tem-se que fazer a
avaliação clínica.

6) Erosão
 É a dissolução química progressiva dos tecidos dentais mineralizados, sem envolvimento
bacteriano, devido a ação de substâncias ácidas;
 Origem das substâncias ácidas:
 Extrínsecas (são as causas mais comuns): ingestão de bebidas, ácido ascórbico, vitaminas
ácidas;
 Intrínsecas: indivíduos que têm bulimia e faz vômito e tem também a ação da bile,
estruturas ácidas que entram em contato com os dentes, devido ao vômito.
 Observa-se uma imagem radiolúcida na coroa em qualquer porção do órgão dental. A gente só
vai conseguir observar isso quando existe desgaste muito intenso, das estruturas dentinárias
porque se for um pequeno desgaste, não é observado.
 Nos casos de erosão vai ser mais observado os desgastes nos dentes posteriores, e nas linguais
dos dentes anteriores e posteriores, pois a superfície lingual é que vai estar em maior contato
com as substâncias ácidas. Além disso os dentes inferiores serão mais acometidos por essas
substâncias ácidas.

OBS: Os três últimos casos (ATRIÇÃO,


ABRASÃO e EROSÃO), NÃO tem o
envolvimento bacteriano, é um desgaste
da estrutura dentária por um motivo que
não são bacterianos.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

FREITAS, A.; ROSA, J.E.; SOUZA, I. F. Radiologia Odontológica. 6ª ed. São Paulo: Artes Médicas, 2004.

PANELLA, J. Fundamentos de Odontologia - Radiologia Odontológica e Imaginologia. Rio de Janeiro:


Guanabara Koogan, 2006.

NEVILLE, B.W.; DAMM, D.; ALLEN, C.M.; BOUQUOT, J. E. Patologia Oral & Maxilofacial. 2ª

ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2004.

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Radiologia – 3º Semestre – 3ª Unidade – Aula 2 - Aspectos Radiográficos das Lesões do Periodonto e Pericopatias

As lesões do periodonto podem chegar a um nível, que elas vão atingir as estruturas que envolvem o dente, e vão
ser observadas na radiografia. Então quando se fala em lesões no periodonto e pericopatias, são patologias que
atingem a região do periodonto. Existem alguns aspectos da doença periodontal que podem ser observados nas
radiografias e outros não. Tem-se, por exemplo, uma bolsa periodontal que não pode ser observada
radiograficamente, mas existem outros aspectos da doença do periodonto que são observados radiograficamente.
Todo aspecto patológico, para que se consiga observar, tem-se primeiro saber como era aquele tecido normal.

 Roteiro:
 Considerações Inicias
 Estruturas dentais que vão envolver os dentes;
 Estruturas periodontais em seus aspectos normais;
 Lesões do periodonto;
 Lesões do periápice;
 Cistos:
o Odontogênicos:
 Inflamatórios;
 Desenvolvimento;
o Não odontogênicos:
 Considerações Finais

 Estruturas Dentais:
 Esmalte;
 Dentina;
 Cemento;
 Polpa.

Cada uma dessas estruturas acima, devido a sua constituição histológica vai deixar na radiografia uma imagem
característica desse tecido.

1) Esmalte
 É o tecido mais mineralizado do corpo humano, constituído basicamente de material inorgânico
(96%), e uma pequena quantidade de substância orgânica e água, que correspondem 4%;
 O esmalte, devido a sua constituição de matéria inorgânica (96%), vai ser a estrutura mais radiopaca
do dente;
 Tem número atômico alto, devida a sua constituição de minerais, promovendo uma imagem
radiopaca do dente.
2) Dentina
 Tecido presente em maior volume no dente – a estrutura do órgão dentário é constituído na sua
maioria por dentina;
 A dentina está presente tanto na coroa, quanto na raiz;
 Uma quantidade menor de sais minerais (65%) confere à dentina um aspecto radiográfico menos
radiopaco que o esmalte – a dentina não é radiolúcida, ainda é em maior proporção constituída
pelos sais minerais, dando a ela um aspecto radiopaco, entretanto uma radiopacidade menor do que
a do esmalte, devido a uma menor quantidade de tecido inorgânico.

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3) Dentina/Cemento
 O cemento vai recobrir a porção de dentina na região radicular;
 Dada a semelhança física entre a dentina e o cemento, esses tecidos são indistinguíveis
radiograficamente em condições de normalidade.
 O esmalte tem uma radiopacidade muito intensa, já a dentina e o cemento, tem aspectos radiopacos
no entanto menos intenso do que no esmalte, e radiograficamente em condições normais não
consegue-se distinguir onde tem dentina e cemento devido à composição histológica muito
semelhante desses dois elementos.
4) Polpa
 É um tecido que não possui imagem radiográfica, dada a sua constituição física, deixando evidente o
espaço que o abriga: a câmara pulpar.
 Quando se olha a radiografia a polpa não consegue emitir uma imagem radiográfica característica,
pois ela é formada de tecido conjunto, e esse tecido conjuntivo não é capaz de ser absorvido pelos
raios-X, então os raios-X vão passar livremente pela região da polpa já que é formada de tecido
conjuntivo. Então esses tecidos moles não conseguem emitir uma imagem na radiografia, o que vai
se ver na imagem radiográfica vai ser um espaço, que abriga a polpa, que vai ser justamente a
câmara pulpar.
OBS: A câmara pulpar tem um formato anatômico específico para cada grupo dentário, e o que é
visto na radiografia, é o espaço da câmara pulpar, e não exatamente a polpa, mas eu sei que a polpa
está localizada naquele espaço.

 Estruturas periodontais (aspectos de normalidade deles) Pode-se observar as seguintes estruturas na


imagem radiográfica:
 Ligamento periodontal;
 Osso alveolar;
 Trabeculado ósseo.

1) Ligamento Periodontal (Espaço Pericementário/Espaço do


Ligamento Periodontal)
 Tecido que não apresenta imagem radiográfica
característica, dada a sua constituição que deixa evidente o
espaço que ocupa: o espaço do ligamento periodontal;
 O ligamento periodontal ele é formado por fibras, por um
tecido também conjuntivo, tecido mole, que não é mineralizado, então não vai conseguir deixar uma
impressão na película radiográfica, pois os raios-X vão passar por essas estruturas, então não são
absorvidos devido a sua pequena densidade e pequeno número atômico.
 Vai-se ver na radiografia o espaço do ligamento periodontal, o espaço que o ligamento periodontal
ocupa, não vai-se ver o ligamento periodontal. O espaço que abriga o ligamento periodontal vai ser
visto na radiografia como uma linha radiolúcida.

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2) Osso alveolar
 A região do osso alveolar é composta de duas parte distintas:
 Lâmina dura: é uma camada delgada e densa que circunda as raízes dentárias e onde se
inserem os ligamentos periodontais;
Os ligamentos periodontais vão da estrutura dentinária, até a região da lâmina dura. A
lâmina dura é uma região que é constituída por uma camada delgada e densa de osso, então
ela vai ser observada como uma linha mais espeça radiopaca.
Quando um dente é recém-extraído, consegue-se ver todo o contorno da lâmina dura aonde
estava fixado a região do ligamento periodontal, com o passar do tempo essa camada mais
espessa de osso vai ser reabsorvida e não existe mais o aspecto da região de lâmina dura.
 Osso alveolar propriamente dito ou crista óssea alveolar: circunda a região da lâmina dura,
formando o próprio maciço alveolar, ou seja, a parte que é propriamente dita de osso;
 Crista óssea alveolar: é a região das bordas do osso alveolar;
 Crista óssea alveolar normal em dentes anteriores: AFILADA;
 Crista óssea alveolar normal em dentes posteriores: APLAINADA ou ROMBOIDE;
 A crista óssea alveolar é um parâmetro de avaliação de nível de inserção das regiões
periodontais, então o nível onde se encontra a crista óssea alveolar é também um
parâmetro de normalidade do aspecto periodontal dos dentes, se essa crista óssea alveolar
estiver abaixo, é um parâmetro para se observar que se tem uma doença periodontal.

3) Trabeculado Ósseo
 Espaços medulares do tecido ósseo de sustentação. O osso alveolar é irrigado, e esses locais de
irrigação dos vasos sanguíneos, também é o local onde vai ocorrer propagação de informação de
infecções, então no trabeculado ósseo do tecido consegue-se ver radiograficamente.
 Varia de acordo com as demandas funcionais dos dentes, idade e área considerada;
 O aspecto desse trabeculado ósseo tem pouca relevância para diagnóstico periodontal, de doenças
periodontais, logo não da para se diagnosticar uma doença periodontal observando o trabeculado
ósseo.
 Indivíduos jovens: Trabeculado ósseo são mais abertos
 Indivíduos adultos: Trabeculado ósseo são mais fechados
 A região do trabeculado ósseo é um tecido de sustentação para o periodonto, para o dente.

 Diferenciação de aspectos periodontais JOVENS X ADULTOS

Estrutura JOVEM ADULTO


Câmara pulpar Maior Menor
Espaço do ligamento periodontal Maior Menor
Septos ósseos (crista óssea) Mais afilados Menos afilados
Trabeculado ósseo Maior Menor
Bordas incisais Mamelões Perda fisiológica do esmalte

OBS: Existem aspectos da doença periodontal que não podem ser vistos na radiografia.

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 Lesões do periodonto

Vai-se estudar agora as lesões do periodonto, as estruturas abaixo quando afetadas, elas vão se tornar com aspecto
diferenciado, então agora vai-se identificar como elas ficam, quando elas estão atingidas pela doença periodontal.

A gente vai estudar cada região dessa os aspectos que podem ser diagnosticados com alteração, no entanto um
dente pode ter uma alteração por exemplo da lâmina dura, da crista óssea alveolar e do ligamento periodontal ao
mesmo tempo.

 Existem limitações entre  Periodontais x Radiografia


 A periodontia: especialidade odontológica, que é responsável pelo estudo das estruturas
periodontais, então existem limitações, pois nem todas as alterações periodontais, podem ser vistas
radiograficamente, e além disso quando vistas tem limitações também.
 O diagnóstico por imagem da doença periodontal (não é conclusivo), pois precisa-se
também de achados clínicos, então têm que unir os achados clínicos com os achados
radiológicos, para fazer o fechamento do diagnóstico.
 Existe a impossibilidade de verificar algumas situações como:
 Mobilidade: de um dente é vista clinicamente, principalmente no seu sentido vestíbulo-lingual. Quando vai fazer
o teste de mobilidade pode-se classificar essa mobilidade, em grau 1, grau 2, grau 3 e grau 4.
 Bolsa periodontal: é avaliada a partir da sondagem periodontal, que é feita de maneira clínica. A bolsa
periodontal é uma parte da doença periodontal que é mais perigosa para o dente, então a presença de bolsa
periodontal indica também a presença mobilidade que é um aspecto muito ruim da doença.
 Nível de inserção: é dado da região da crista para as regiões onde se encontra uma resistência. Olha-se o nível
de inserção dos dente e para ver esse nível de inserção tem que ver por uma sondagem, então também pode
observar o nível de inserção, onde esta essa crista óssea alveolar, mas só pode ter esse diagnóstico preciso com
a avaliação clínica. Então pode-se ter uma noção de nível de inserção radiograficamente, só que muitas dessas
doenças radiograficamente vê-se em um nível, e clinicamente se encontra maior ainda, então por isso que não é
conclusivo.
 Lâmina Dura;
 Cristas ou Septos Ósseos;
 Ligamento Periodontal;
 Região das Furcas;
 Raízes e estruturas relacionadas;
 Dentes.

1) Lâmina Dura:
 Quando a lâmina dura se torna afetada ela vai ter um aspecto de
alterações no: contorno e integridade
 Pode ser observada na radiografia uma perda de nitidez
(borramento): comprometimento interno do alvéolo;
 Perda de continuidade, devido às regiões que ela está
reabsorvida;
 Ausência total ou parcial da lâmina dura quando ela está completamente reabsorvida (total);
 Aumento de espessura como uma forma de defesa.

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2) Crista óssea ou septo ósseo (bordas iniciais do osso alveolar propriamente dito também podem estar
alteradas):
 Reabsorções pode ser:
 Horizontais X Verticais (pode ocorrer as duas ao mesmo tempo a nível horizontal e a nível
vertical).
 Horizontal: vai atingir a crista óssea alveolar em direção mésio-distal;
 Vertical: essa reabsorção vai iniciar na crista óssea alveolar, e vai seguir em direção apical;
OBS: Quando tem uma reabsorção de crista óssea inicial, ela consegue ter um aspecto
horizontal, mas se evoluir acaba também tendo um aspecto vertical. Então quando tem
uma reabsorção da crista óssea horizontal, geralmente são estados iniciais da
reabsorção da crista óssea alveolar.
 Restritas X Generalizadas
 Restrita: a reabsorção está presente em um dente ou em um grupo dentário;
 Generalizada: a reabsorção ocorre em todos os dentes da cavidade oral.

3) Ligamento Periodontal
 Quando existem alterações vai ocorrer:
 Uma diminuição ou aumento da sua espessura;
 Podem ocorrer irregularidades na sua continuidade.
 Tem-se na região do ligamento periodontal, uma linha radiolúcida, entre o dente e a lâmina
dura, essa espaço do ligamento periodontal pode-se tornar aumentado ou diminuído. O que
mais ocorre é aumento da espessura do ligamento periodontal, pois vai ocorrer uma
inflamação nessa região e formação de edema, então esse espaço vai ser aumentado.
Quando ocorrem estímulos agressivos ao dente, como contatos oclusais prematuros o dente
entende que ele tem que formar mais regiões de cemento, então o espaço do ligamento
periodontal deve ser diminuído. Quando existe uma região de uma curvatura muito mais
acentuada do dente, aí também existe uma maior formação de estrutura mineralizada e aí o
espaço do ligamento periodontal fica menor.
 O espaço do ligamento periodontal pode-se tornar aumentado e quando isso ocorre,
existem dois aspectos: ou por motivos que são não bacterianos, ou por motivos
bacterianos. Quando é por motivos bacterianos existem uma inflamação, nos motivos não
bacterianos também vai ocorrer uma inflamação e os seus motivos são por forças excessivas
por aparelhos ortodônticos, pode-se ter esforços mastigatórios muito intensos em um
dente só, então pelos dois motivos a região do ligamento periodontal torna-se inflamada.
 Então o espessamento da região do espaço periodontal é um aspecto muito importante, é o
primeiro sinal de alteração nele. Isso é reversível, se tirar a causa que está acometendo esse
dente, o ligamento periodontal se reconstitui e o espaço volta ter a espessura normal.

4) Região de Furcas:
 A região de furca pode ser atingida por processos periodontais
 Para dar o diagnóstico completo da região de furcas precisa-se dos:
exame clínico + exame radiográfico + sondagem.
 A região de furca pode ser acometida por bolsas periodontais, a cárie
também pode atingir a região de furca e reabsorver a região de furca
e quando reabsorve a região de furca a única opção é a extração.

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Quando existe a reabsorção da região de furca por motivos periodontais, a gente vê a região de
furca, com um aspecto radiolúcido entre elas. Isso significa que a furca foi alterada, atingida por uma
doença periodontal. No entanto a cárie também pode ser tão grande (extensa), que ela chega a
atingir a região de furca. Quando ela chega na região de furca, há separação das raízes, e aí agora só
pode fazer a extração desses dentes.
 A lesão de furca tem graus, grau 1, grau 2 e grau 3, então isso tudo vai ser avaliado pela sondagem,
pega-se uma sonda periodontal para a analise da região de furca, tem um formato característico
justamente para conseguir penetrar nessa região, então faz-se uma sondagem por vestibular e por
lingual, e vai ver até onde essa sonda penetra, se ela penetrar de maneira completa já está em um
grau muito avançado, se for em uma região inicial pode-se fazer a raspagem dessa região de furca e
remover toda a inflamação que tem nessa região e ela pode se reconstituir, porém quando se está
em estágio avançado aí normalmente faz-se a extração.

5) Raízes dentárias e estruturas relacionadas

As raízes dos dentes e a própria estrutura dentária, o órgão dentário, vão aparentar algumas alterações, que são
referentes à doença periodontal ou lesões do periodonto.

As alterações são:

 Tamanho e forma
 Fraturas
 Hipercementose
 Anquilose
 Reabsorções internas e extras

5.1 Fraturas dentárias e estruturas relacionadas:


 O traço de fratura é observado pela interrupção da imagem
calcificada
 Podem ocorrer em toda a extensão do dente em diversos terços.
 O dente é formado completamente por estruturas calcificadas
mineralizadas, quando tem um traço de fratura entre essas
estruturas calcificadas vai aparecer uma linha radiolúcida, entre
estruturas calcificadas, então isso quer dizer que existe uma
fratura dentária. Essa fratura dentária pode ocorrer a nível:
cervical, a nível médio, a nível apical e ela pode ter formatos
diferenciados, pode ser: horizontal, oblíquo ou vertical. A fratura
vertical é uma fratura que tem um prognóstico pior do que uma
fratura horizontal. Quando ocorre a fratura vai ter a linha de
fratura radiolúcida, a linha de separação.
 Quando ocorre fratura dentária o paciente geralmente sente
muita dor, pois esse dente é irrigado e inervado, e durante a mastigação, o dente vai sendo
pressionado, então com essa pressão ocorre uma dor muito intensa, que o paciente não
consegue mastigar para não tocar um dente no outro.
 Radiograficamente a gente só vai conseguir ver a linha de fratura quando o feixe de raios-X
incidirem exatamente sobre a linha de fratura. Quando se tem a desconfiança que tem uma
fratura, mas não conseguiu ver radiograficamente, pode-se pedir uma tomografia, pois a
tomografia sempre vai dar a imagem radiográfica da rachadura, a radiografia periapical
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pode esconder a região de fratura, não ser observada se não incidir exatamente sobre a
linha de fratura. Também para poder enxergar essa linha de fratura além de uma
tomografia pode-se fazer a mudança da angulação.
 Quando desconfia de um traço de fratura na vertical muda-se a angulação na horizontal do
feixe de raios-X. Quando se ver uma fratura no sentido oblíquo ou horizontal, aí vai-se
mudar a angulação vertical.

5.2 Hipercementose:
 É uma alteração que pode ser observada também na região
dentária nas raízes, onde ocorre uma proliferação da
formação de cemento nas regiões radiculares. Não se sabe a
causa exata do porque ocorre a hipercementose. Algumas
vertentes diz que essa proliferação da formação de cemento,
nas raízes ocorre devido perdas prematuras de um dente,
então tem um dente 36 e o dente 26, aí perdeu o 26, com
isso a tendência do 36 e extruir ir mais para cima, pois o
contato entre os dentes antagonistas faz com que eles
continue, no seu posicionamento correto, quando não tem o superior , foi perdido, então o
inferior vai subir. Para evitar a extrusão desse dente aí o cementoblastos resolve se
proliferar para formais mais cemento e assim segurar esse dente.
5.3 Anquilose:
 Vai ter a junção entre o cemento e o osso alveolar, então
o cemento se une a região do osso alveolar prende esse
dente e muito provavelmente vai impedir que esse dente
surja na cavidade oral.
 Interrupção da erupção, o dente está em infra-oclusão.
 Um aspecto para se identificar a anquilose é a falta de
observação do espaço do ligamento periodontal, pois o
cemento se uniu com o osso alveolar. Então vai ter a
perda da visualização do espaço do ligamento periodontal. Então isso é um aspecto
radiográfico que caracteriza a anquilose.

5.4 Reabsorções internas e externas


 Externa: está geralmente relacionados à
doenças/inflamações que pode ser de maneira
periodontal, ou devido à aspectos
cariogênicos.
Vai ter uma reabsorção da região da raiz ou
seja do dente de maneira externa. Isso pode
ocorrer também por forças excessivas, na
região do dente como por exemplo um
aparelho ortodôntico que incide de maneira
com uma força excessiva, então vai ocorrer a
reabsorção dessa raiz e ela vai ficar romboide. Então quando é um aspecto de forças
mecânicas, geralmente ocorre essa alteração na forma da raiz, mas ela é contida. Quando

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são por aspectos microbiológicos, essa raiz pode ser reabsorvida de maneira que destrua
completamente a raiz. Quando é por forças mecânicas, geralmente só é o início dela e torna
uma alteração no formato diferenciado da raiz, quando é por aspectos de inflamação pode
ocorrer constantemente essa reabsorção e cada vez mais ir
reabsorvendo essa raiz.
 Interna: tem causas idiopáticas, não sabe-se exatamente definir
porque essa reabsorção interna se inicia, e a reabsorção interna vai
atingir a região pulpar, a região de câmara pulpar e de canais
radiculares. Então, vai ocorrer a reabsorção interna do dente,
podendo chegar a destruir a região de dentina, e alcançar a região
do ligamento periodontal.
Essa reabsorção interna, clinicamente, o dente pode apresentar uma
coloração roseada, sendo essa uma característica de reabsorção
interna. A interna a reabsorção começa de dentro para fora.

 Forças Mecânicas relacionadas com:


 Movimentações ortodônticas;
 Arredondamento do ápice;
 Espessamento do cemento radicular;
 Contatos oclusais prematuros;
 Força mastigatória excessiva.

 Alterações nos tecidos periodontais


 Por reabsorções apicais

Tanto as forças mecânicas quanto as alterações nos tecidos periodontais podem levar a reabsorções apicais.

6) Dentes
 Presença de cálculo dental
 Avaliação do ponto de contato
 Pericoronarite

 Lesões do periápice
 As lesões do periápice desenvolvem-se a partir da inflamação direta da polpa (pulpite) e/ou a partir do
periodonto.
 O nosso estudo está relacionado com as alterações. Anteriormente estudaram-se as estruturas
periodontais com um padrão normal, como a lâmina duro, espaço do ligamento periodontal, crista
óssea.... Tudo isso no aspecto de normalidade. A partir de agora vai-se estudar as lesões que podem
ocorrer na região do periápice, logo a lâmina dura, o trabeculado ósseo podem ser afetados e causar
lesões nessa região periapical, incluindo a região óssea. Dentre algumas das lesões podem-se destacar:

 Periodontite apical aguda


 Abscessos periapicais
 Granuloma
 Cistos (odontogênicos x não odontogênico)

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 A maioria das lesões que ocorrem na reigão do periápice elas vão se desenvolver a partir uma
inflamação no teto da polpa, através de uma pulpite ou também pode ser uma alteração no
periodonto que causa uma reversão na região periapical.

1) Periodontite apical aguda


 Inflamação do ligamento periodontal
o Pode ser de origem  Séptica X Asséptica
 Séptica = através de microrganismos ou seja  bacteriana. Quando está relacionado
à bactéria, são injúrias que ocorre na região pulpar, que vai repercutir na região do
ligamento periodontal.
Asséptica = a inflamação não está relacionada com microrganismo, pode-se ter várias
causas como: excesso de força oclusal sobre um dente, tratamento ortodôntico,
contatos oclusais prematuros, bruxismo, traumatismo, ou tudo aquilo que pode causar
um dano ao dente, mas que não seja diretamente relacionado à bactéria,
 Discreta evidência radiográfica  Única coisa que vai-se poder observar é o espaço do
ligamento periodontal aumentado.
 Vai-se ver radiograficamente o aumento do espaço periodontal
 Na maioria dos casos é reversível  essa inflamação, caso se consiga remover a causa, ela
se torna reversível, então o espaço do ligamento periodontal pode se tornar normal,
novamente. Então quando por exemplo quando se trata a cárie, restaura o dente e a saúde
do dente volta à normalidade, ou também quando se tem contatos oclusais excessivos,
trata-se a causa, trata a mordida do paciente, os contatos excessivos, o trauma oclusal que
está ocorrendo, então esse ligamento periodontal ele torna-se normal novamente, a
inflamação cessa, e ele o espaço é visto novamente pelo padrão de normalidade.

2) Abcesso Periapical
 Ocorre quando há acúmulo de células inflamatórias na região apical de um dente com
comprometimento pulpar;
 Existe a coloração purulenta, uma formação purulenta, na região apical, que ocorre devido à
necrose da polpa, então houve estímulos agressivos à região pulpar, ela não conseguiu se
defender, e então vai ocorrer a necrose pulpar;
 Nesse caso então vai-se haver a formação do abcesso da região apical,
 Radiograficamente:
 Observa-se rarefação óssea periapical difusa (ROPD) com tamanho variado;
 Área radiolúcida, que corresponde à destruição da região óssea daquela região, e esse aspecto
radiolúcido tem um aspecto difuso (não tem delimitação do seu limite);
 Espessamento da lamina dura, com aumento do espaço pericementário;
 O abcesso periapical o dente tem que está sem vida, sem vitalidade.

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3) Granuloma
 Caracterizado por um tecido de granulação localizado na região apical de um dente necrosado;
 Circundado por um tecido fibroso aderido à raiz do dente;
 Pode se originar de um abcesso estabilizado e evoluir para um cisto periapical;
 Então o granuloma ele vai ser caracterizado por uma formação, uma reunião de tecido de
granulação na porção do periápice;
 Radiograficamente:
 Observa-se rarefação óssea periapical circunscrita (ROPC) sem a presença de uma cortical
circundando-o, possuindo tamanho variado com perda da lâmina dentária;
 Vai-se observar também uma área radiolúcida que denomina-se como uma rarefação óssea,
e nesse caso vai ser circunscrita, logo vai-se ter limites definidos, porém sem halo
radiopaco, sem uma cortical circundando;

 No caso do granuloma o dente também não tem vitalidade pulpar, então é um dente
necrosado onde a inflamação pulpar ela atingiu a região do periápice e está promovendo uma
inflamação em reações periapicais nessa região do periápice. Nesse caso é uma formação de
tecido de granulação.

OBS.: Um abcesso pode se tornar um granuloma, e um granuloma pode evoluir e se tornar um cisto.

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4) Cistos
 Odontogênicos
 Inflamatório;
 Desenvolvimento;
 Não Odontogênicos:
 Fissurais ou de desenvolvimento
 Não epiteliais
 Podem-se encontrar os restos epiteliais originários da lamina dental e do epitélio de
desenvolvimento e que ficam aprisionados dentro das estruturas nos diferentes processos
embrionários, que formam a face. Então qualquer resto epitelial que esteja na região de
cavidade oral de maxila e de mandíbula pode está suscetível à formação cística, então a
formação cística foi dada a partir da proliferação desse epitélio, que pode ter sido causada por
um trauma ou por razões desconhecidas.

4.1) Cistos Odontogênicos:

 São aqueles cistos que se originam de estruturas que dão origem aos próprios dentes;
 O epitélio presente nos cistos odontogênicos pode ser derivado das seguintes fontes:
- Órgão do Esmalte;
- Lâmina Dentária;
- Bainha Epitelial de Hertwig.

 Etiopatogenia  Depósito camada óssea em torno da área cística;


 Uma característica muito importante, e radiográfica que consegue-se observar nos cistos que
são o depósito de uma camada óssea em torno de área cística, ou seja uma região de
osteogênese reacional. Então tem-se a proliferação do tecido epitelial e vai correr a formação
cística, esse cisto vai crescendo, devido ao “sequestro” do líquido da região circunjacente para
dentro do cisto. Isso vai ocorrer devido a uma pressão interna que está ocorrendo na reigão
cística. Essa pressão interna que está no cisto em todas as direções vai favorecer a formação
desse cisto, nesse formado regular, pois esta pressão está ocorrendo em todas as direções e
essa pressão que está ocorrendo na região cística, devido esse aumento de líquido para dentro
do cisto vai fazer com que ocorra uma pressão na região óssea circunjacente. Toda vez que um
tecido ósseo sente uma pressão nas suas estruturas, ele entende que tem que formar osso,
então na região cística vai correr a formação de tecido mineralizado, ósseo, circunjacente, ao
cisto, então por isso que a imagem radiográfica dos cistos é observada como uma área de
osteogênese reacional, a formação de um depósito de camada óssea em torno da área cística,
pois a pressão interna que ocorre durante o aumento do tamanho cístico, o osso vai entender

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com essa pressão que a área óssea, ele precisa formar camada óssea/osso como uma forma de
defesa. Então a área cística radiograficamente, vai-se ver com uma delimitação, com essa área
de halo radiopaco devido à deposição de cama óssea, que foi depositada circundando toda a
região cística.
 O cisto muitas vezes vai promover afastamento, da região apical, então os ápices dentários eles
vão se tornar alterados ou o seu posicionamento devido à pressão que esse cisto está causando
e vai promover essa alteração no formato, e da localização dos ápices devido toda essa pressão
que está ocorrendo na reigão óssea. Então o cisto ele vai empurrando tudo aquilo que está
perto dele por causa dessa pressão e também devido ao crescimento que está ocorrendo dentro
dele.

4.1.1) Cistos Odontogênicos Inflamatórios

1) Cisto Radicular Periapical

 É o cisto odontogênico mais comum, que mais é observado;


 Proveniente de um processo inflamatório de origem pulpar, derivado da proliferação dos restos
epiteliais de Malassez que estão presentes na região do ligamento periodontal;
 Muito semelhante ao granuloma
 Tamanho variado
 Radiograficamente:
 Observa-se um área radiolúcida circular ou oval, bem definida, associada ao ápice dentário
 Vai está associado com o ápice do dente, então observa-se rarefação óssea circunscrita, com o halo
radiopaco, associado com um dente, que tenha necrose, um tenha que não tenha vitalidade pulpar.
 Rarefação óssea periapical circunscrita, porém com aspecto cístico (ROPCC) – esse aspecto cístico
vai-se observar uma imagem radiolúcida com halo radiopaco com perda de lâmina dura. Se tem uma
perda da lâmina dura, também não vai mais o espaço do ligamento periodontal.
 É muito confundido com o granuloma, porém vê-se a diferenciação devido à região circunscrita com o
halo radiopaco. Porém se o cisto ele ainda estiver na sua formação inicial, ele pode ainda não
apresentar a região do halo radiopaco, e apresentar somente a região periapical circunscrita, então
nesse estágio poderia ser muito confundida com o aspecto do granuloma.
 Diagnóstico diferencial: granuloma, cisto periodontal lateral (se tiver na região lateral);

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4.1.2) Cisto Residual (Cisto Periodontal Residual)

 São cistos radiculares, os quais não foram total ou parcialmente removidos, continuando seu crescimento;
 Radiograficamente:
 Imagem radiolúcida, com densidade homogênea, limites definidos por um halo radiopaco, no local
dos dentes ausentes  cisto que já havia por exemplo na região maxila, com suas características
semelhantes à qualquer outra, só que está associado com uma região de dente ausente, pois esse
cisto deveria ser completamente removido, e enucleado, só que sobrou restos desse cisto, e ele
continuou a sua formação, então são cistos que estão relacionado à área edêntulas, onde ali havia
um dente.
 É similar ao cisto periapical com rarefação óssea periapical circunscrita, porém com aspecto cístico
(ROPCC)
 Tamanho variado
 Localizado em uma área edêntula
 Tem os mesmos aspectos do cisto radicular periapical, no entanto ele vai está relacionado à um área
edêntula.

OBS.: Um cisto residual é um cisto que foi associado à raiz do dente, porém esse dente foi extraído, e o cisto
não foi removido completamente, então ele vai continuar a sua formação.

4.1.3) Cisto Paradentário

 Cisto odontogênico inflamatório;


 Localiza-se próximo à margem cervical na parede distal da raiz de um dente, após pericoronarites sucessivas;
 A pericoronarite é a formação de um capuz na região de um dente que ainda está em erupção,
esses dentes estão parcialmente erupcionados, o capuz gengival que está na região de coroa do
dente, pode se tornar inflamado, então as sucessivas inflamações desse capuz gengival, dessa
região da coroa dentária pode induzir a formação cística, e esse cisto vai ser chamado de cisto
paradentário.
 O cisto vai está localizado nas regiões da parede distal, na região da coroa e região cervical da raiz.
 Radiograficamente:
 Área radiolúcida;
 Unilocular  definido a um espaço específico;
 Delimitada por halo radiopaco;
 Com limites corticalizados, na face distal/ vestibular/ lingual do dente semi-irrompido;

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 A imagem pode estende-se até a região apical, sempre respeitando o espaço pericementário e a
lâmina dura  geralmente não vai ocorrer a destruição da região da lâmina dura;
 Como a radiografia é bidimensional não consegue-se observar se está relacionado com a porção
vestibular ou a porção lingual do dente, ou se está relacionada com ambas as regiões do dente:
vestibular e lingual.

 Tratamento:
 Remoção do cisto;
 Remoção do cisto com o dente;

4.1.4) Cisto Radicular

 Periapical
 Vai está relacionado com um dente sem vitalidade (necrosado)
 A origem dele vai ser de uma inflamação pulpar que vai revestir os tecidos periapicais;
 Uma imagem radiográfica uma rarefação óssea circunscrita com halo radiopaco;

 Radicular Lateral
 Ocorre devido à infecção de canais radiculares laterais;
 Tem-se o canal radicular principal, além dos canais
radiculares acessórios e canais radiculares laterais.
 Dente sem vitalidade (necrosado)

OBS.: O cisto radicular lateral pode ser confundido com o cisto periodontal
lateral. O cisto periodontal lateral é com inflamação, reação da região
periodontal, e o dente tem vitalidade, porém radiograficamente, a
localização é a mesma, é na região periodontal entre dois dentes, no
entanto o cisto radicular lateral, o dente está necrosado, a formação
cística seguiu a direção da inflamação da necrose do canal lateral.

 Residual

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4.1.2) Cistos Odontogênicos de Desenvolvimento

 Cisto Dentígero
 Cisto Periodontal Lateral
 Cisto de Erupção
 Cisto Odontogênico Calcificante
 Ceratocisto Odontogênico

1) Cisto Dentígero
 A origem: vai ocorrer por uma alteração do epitélio reduzido do esmalte;
 Vai ocorrer um acúmulo de líquido entre o epitélio reduzido do esmalte e a coroa do dente;
 Vai está associado com dentes que são inclusos;
 A formação cística vai envolver toda a região da coroa do dente;
 O cisto dentígero pode ter um aspecto de ser: Centra | Lateral | Circunferencial, ou seja ele vai
envolver a região da coroa do dente, podendo também atingir regiões radiculares:
 Central: tem um aspecto simétrico, envolve somente a coroa, de um lado a outro;
 Lateral: tem um aspecto assimétrico, vai envolver a coroa e parte da raiz de um lado;
 Circunferencial: é como se ele envolvesse toda a coroa e toda a raiz dentária, tanto de um
lado quanto de outro lado, então ele vai está circundando tanto a reigão da coroa, quanto
da reigão radicular;

 Características:
 É comum em 20% dos casos de desenvolvimento de cistos;
 Localizados mais comumente em: 3º molar inferior e canino superior;
 Acomete normalmente entre 10-30 anos, logo na idade mais avançada é menos comum;
 Assintomático
 Crescimento lento;
 Pode atingir grandes dimensões –> expansão para as corticais: vestibular ou lingual;
 Pode haver deslocamento e reabsorção de dentes vizinhos;
 A punção é positiva, e o líquido é límpido  Pode-se fazer a punção do cisto para remover o líquido,
para poder ocorrer a diminuição do cisto e depois poder fazer a enucleação;
 Radiograficamente:
 Lesão radiolúcida unilocular;
 Delimitada por um halo radiopaco (osteogênese reacional);
 Associada com coroa de dente incluso, cujo epicentro é o dente de origem.
 As margens radiopacas são bem definidas

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 Diagnóstico Diferencial:
 Ceratocisto Odontogênico, Ameloblastoma Unilocular, alguns Tumores Uniloculares.

2) Cisto Periodontal Lateral (Radicular Lateral)


 Pouco frequente
 Não tem sintomas, aí o achado dele geralmente vai ser com exames de rotina  achado radiográfico;
 Pode ser originado de uma resposta inflamatória do periodonto  essa agressão ao periodonto pode ser
forças, lesões na região periodontal, por causas bacterianas;
 A raiz do dente afetado permanece intacta  não vai ter a degradação da lâmina dura;
 O tecido pulpar não apresenta necrose  o dente apresenta vitalidade;
 Desenvolve-se na região proximal da raiz de um dente  por isso que o aspecto radiográfico se parece
muito com o cisto radicular lateral;
 Mais frequente em região de PMI na região de terço médio;
 Radiograficamente:
 Área radiolúcida, unilocular arredondada ou ovalada;
 Bem delimitada por halo radiopaco;
 Localizado lateralmente à raiz de um dente, entre o ápice e a margem cervical da raiz dentária;

 O espaço do ligamento periodontal como regra não é aumentado  não vai ter alterações na região do
ligamento e nem na região de lâmina dura;
 Diagnóstico diferencial: Tumor Odontogênico Ceratocisto Colateral, Cisto Radicular Lateral (inflamatório);

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3) Cisto de Erupção (Hematoma de Erupção)


 Origem: mais provável de ser uma alteração do epitélio reduzido do esmalte;
 Comportamento clínico:
 Variante do cisto dentígero, porém extra-ossea;
 Mais comum na época da erupção dos dentes decíduos;
 Associado a hemorragias devido ao trauma;
 Área arroxeada, avermelhada, desconforto e à palpação e na região relacionada sente-se a cúspide do
dente;
 Nesse cisto os aspectos radiográficos não são tão patognomônicos, não é tão característico da estrutura, o
que se pode ver para ajudar é o dente em erupção, um dente decíduo, e o cisto relacionado á região extra-
óssea;

OBS.: No cisto dentígero o dente está incluso, no cisto de erupção o dente está em processo de erupção, então essa
formação cística está organizada extra-ósseo.

4) Cisto Odontogênico Calcificante (Cisto de Gorlin, Tumor Dentinogênico de Células Fantasmas)


 Esse cisto é bem característico, devido às estruturas calcificadas dentro do próprio cisto, então por isso ele
é chamado de cisto odontogênico calcificante.
 Recentemente, a OMS (2005) denominou a variante cística dessa lesão como um TUMOR ODONTOGÊNICO
CISTICO CALCIFICANTE, caracterizando uma neoplasia cística benigna de origem odontogênica;
 Caracteriza-se como uma lesão incomum;
 Geralmente assintomática;
 Podendo ser intra ou extra-óssea;
 Sem predileção entre os maxilares, (mandíbula ou mandíbula);
 Sendo mais da metade dos casos encontrados na região de
INCISIVOS e CANINOS.
 Radiograficamente:
 Área radiolúcida;
 Unilocular ou multilocular;
 Bem delimitada  cisto com borda bem definida, com
halo radiopaco.
 Com pontos radiopacos em seu interior (áreas
mineralizadas)  com distribuição difusa dentro da formação cística;

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 Diagnóstico diferencial: assemelha-se ao ameloblastoma (unilocular ou multilocular) ou cisto dentígero


(quando é unilocular)
 Eventualmente observa-se a reabsorção radicular nos dentes envolvidos
 Pode está intra-ósseo ou extra-ósseo;

5) Ceratocisto Odontogênico (É UM CISTO 2017)


 Recentemente renomeado: Tumor Odontogênico (OMS 2005), devido à sua natureza neoplásica,
agressiva e alta taxa de recorrência;
 Ele leva esse nome por conta de histologicamente ter a presença de um tecido de epitélio escamoso
paraceratinizado, então vai ter a presença de ceratina, então por isso ele tem o nome de ceratocisto
odontogênico.
 Lesões assintomáticas;
 Predileção pela região posterior do corpo e ramo da mandíbula;
 Crescimento lento e infiltrativo;
 Pouco ou nenhum aumento de volume;
 Grande potencial proliferativo  tem um poder de agressividade grande;
 Radiograficamente:
 Área radiolúcida;
 Com margens regulares e limites bem definidos;
 Podem se apresentar nas formas multilocular e unilocular;
 Podem mimetizar cistos dentígeros, cistos periodontais laterais, ameloblastoma.
 O diagnóstico definitivo não pode ser feito por meio de uma imagem radiográfica, pois a imagem se
confundir com diversas outras patologias;
 O que vai ser diferencial vai ser o aspecto histopatológico, que é a presença de tecido
paraceratinizado.

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4.2) Cistos Não Odontogênicos

4.2.1) Cistos Não Odontogênicos de Desenvolvimento ou Fissurais


 Origem: de restos epiteliais que ficam aprisionados na linha de fusão;
 Remanescentes epiteliais dos processos embrionários ou fissurais;
 Lesões assintomáticas;
 Descobertos em radiográficas de rotina;

1)Cistos do Ducto Nasopalatino/Forame ou Canal Nasopalatino (do canal incisivo)


 Mais comum de ocorrer;
 Relacionado a traumas ou a infecções;
 Descoberto em exames radiográficos de rotina;
 Radiograficamente:
 Área radiolúcida;
 Unilocular;
 Com esclerose óssea ao redor (osteogênese reacional)  halo radiopaco;
 Na região de linha média  entre ou acima da região do ápice dos incisivos centrais ou
 Tem aspecto de “coração” (na radiografia periapical, devido à sobreposição com ENA
[espinha nasal anterior]), acima dos ápices dos IC.
 O formato dele é arredondado ou pode ter radiograficamente um aspecto de coração
devido à sobreposição da espinha nasal anterior.
 Pode desenvolver-se dentro, ao lado ou na região de abertura do canal incisivo ou entre as raízes
dos ICS;
 Os restos epiteliais de formação do ducto nasopalatino, vai induzir a formação cística na região
desse ducto, na região do ducto nasopalatino, que se exterioriza na região do palato através do
canal do forame incisivo (na região de linha média). Então nessa região vai ocorrer a formação
cística.
 Radiograficamente: Imagem radiolúcida, unilocular, com forma oval ou arredondada, às vezes
sobreposta à linha média, na reigão anterior da maxila.

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2) Cisto Nasolabial:
 É um cisto de tecidos moles  ocorre na região dentro de tecido mole;
 Há aumento do volume na região e acima do lábio superior, entre a linha média e sulco nasolabial;
 Pode-se ter um inchaço da região labial e da asa do nariz, onde o sulco desaparece, pois vai ocorrer
um aumento desse volume e esse sulco vai está desaparecido na região do lado que ocorre cisto
nasolabial;
 Radiograficamente:
 Não apresenta imagem pois é um cisto que ocorre dentro de tecido mole, o tecido mole
não se vê radiograficamente, então por isso não apresenta imagem radiográfica;
 Mas pode provocar abaulamento do assoalho da cavidade nasal (o aumento do assoalho da
cavidade nasal);
 Pode-se realizar aspiração do conteúdo seguida de injeção de meio de contraste para
conseguir delimitar os limites do cisto.

4.2.2) Não Epiteliais (Pseudocistos)


1) Defeito Ósseo de Desenvolvimento da Mandíbula (Cisto de Stafne, Defeito de Stafne, Defeito da
Cortical Lingual Mandibular)
 Não é um cisto verdadeiro;

 Radiograficamente:
 Área de radiolucência;
 Circunscrita com um halo radiopaco;
 Elíptica ou esférica;
 Localizado entre a base da mandíbula e o canal da mandíbula;
 Próxima ao ângulo da mandíbula, na região de fóvea submandibular;
 Não está associado a dente, é uma falha da mandíbula, um defeito ósseo da mandíbula;

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2) Cisto Ósseo Simples (Lesão Traumática Interna da Mandíbula, Cisto Ósseo


Traumático/Hemorrágico/Solitário)
 Vai ser decorrente de um traumatismo hemorrágico na região mandibular, intraóssea;
 O que vai compor essa formação óssea vai ser uma cavidade óssea vazia ou líquido sanguinolento;
 Vai ser uma formação semelhante a um cisto;
 Radiograficamente:
 Imagem radiolúcida;
 Bem delimitada;
 Insinua-se entre as raízes dos dentes próximos à lesão, sem comprometê-los, as corticais
ósseas próximas à lesão ou próxima aos dentes costumam ser preservadas;
 A imagem é bastante sugestiva, mas inconclusiva  pois precisa-se saber dos aspectos
clínicos do paciente, precisa-se investigar se houve esse trauma, pois a origem do cisto ósseo
simples é um trauma na região mandibular, então esse trauma na região mandibular forma
um acúmulo hemorrágico, que dá a formação a essa característica ser semelhante ao cisto.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

FREITAS, A.; ROSA, J.E.; SOUZA, I. F. Radiologia Odontológica. 6ª ed. São Paulo: Artes Médicas, 2004.

PANELLA, J. Fundamentos de Odontologia - Radiologia Odontológica e Imaginologia. Rio de Janeiro:


Guanabara Koogan, 2006.

NEVILLE, B.W.; DAMM, D.; ALLEN, C.M.; BOUQUOT, J. E. Patologia Oral & Maxilofacial. 2ª

ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2004.

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