Você está na página 1de 21

1) Divisão do Periodonto

Sulco gengival: Clinicamente tem profundidade média de 1 a 2 mm nas regiões vestibular e


lingual e de 1 a 3 mm nas regiões proximais
Gengiva inserida:
 entre a gengiva marginal (livre) e a mucosa alveolar, subtraindo-se a profundidade do
sulco gengival
 no arco inferior possui característica mais tênue continuando com a mucosa do
assoalho bucal
 no arco superior continua-se com a fibro-mucosa palatina
 Superfície finamente granulosa - Aspecto casca de laranja (40% dos adultos)
 Cor normal: Rosa Coral
 Aumenta com o avanço da idade
Papila:
 abaixo do ponto de contato preenchendo os espaços interproximais
 sofre influência
o Forma da crista óssea
o Relação de contato
 Condicionada:
o Presença do ponto de contato
o Distância do ponto de contato ao topo da crista óssea
 ≤ 5mm –presente em 100% dos casos
 6 mm – presente em 56% dos casos
 ≥ 7mm – presente em 27% dos casos
 Fatores que influenciam a distância
 Doença periodontal
 Biotipo periodontal
Biotipos periodontais
Espesso e denso (85%) Delgado e festonado (15%)
Periodonto espesso e raso Periodonto delgado e delicado
Contorno gengival raso Tecido gengival festonado
Margens gengivais coronária à JCE Ligeira recessão
Contornos ósseos espesso Contornos ósseos festonados
Amplas zonas de gengiva Amplas zonas de gengiva
queratinizada queratinizada
Áreas de contato apical e largas Deiscências
Pequenas áreas de contato incisal Pequenas áreas de contato incisal
Invasão  bolsa Invasão  recessão
Coroas anatômicas quadradas Coroas anatômicas angulares

Tipos de Periodonto (Maynard JG)


 Tipo I – Espesso e plano (40%)
o Gengiva com altura e espessura 3 a 5 mm gengiva inserida
o Processo alveolar normal
o Periodonto espesso
o Risco- pequeno

 Tipo II – Espesso e festonado (10%)


o Pouca Gengiva inserida 2 mm gengiva inserida
o Processo alveolar normal
o Risco- médio

 Tipo III – Espessura ideal e festonado (20%)


o Gengiva inserida normal
o Processo alveolar delgado
o Raízes visíveis
o Risco- atenção

 Tipo IV – Delgado e festonado (30%)


o Pouca Gengiva inserida <2 mm gengiva inserida
o Processo alveolar delgado
o Tendência à recessão
o Risco- alto
ESPESSURA DO TECIDO GENGIVAL

Gengiva Espessa Gengiva Fina

Tecido mole e relevo ósseo planos Tecido mole e relevo ósseo festonados

Tecido mole denso e fibroso Tecido mole delicado e friável

Faixa larga de gengiva inserida Quantidade mínima de gengiva inserida

Resistente ao traumatismo Tábua óssea fina - deiscências e fenestrações

Reage a doença periodontal com bolsa e Reage ao trauma e a inflamação com recessão de
defeito ósseo gengiva marginal

Tipos de periodonto (Muller)


 Fenótipo A
o Tipo IV de Maynard – Fino, festonado e com faixa reduzida (< 4mm)
 Fenótipo B
o Tipo I de Maynard – Espesso, plano e com boa faixa (> 4mm)
 Fenótipo C
o Tipo II de Maynard – Espesso e com pouca altura
Periodonto de proteção
 Tipos de epitélio
o Epitélio oral
o Epitélio sulcular
o Epitélio juncional

Distâncias Biológicas
 Espaço Biológico: 2,73 a 3,0 mm
 Sulco: 0,69mm
 Epitelio Juncional: 0,97mm
 Inserção Conjuntiva Supra Alveolar: 1,07mm
Vascularização do periodonto
 Vasos supreperiostáis (ramos terminais da
artéria sublingual, mentoniana, facial, palatina
maior, infraorbitária e dentária posterior e
superio)
 Vasos do ligamento periodontal
 Arteríolas dos septos interdentários
Ligamento periodontal
 Estrutura conjuntiva entre o cemento e o osso alveolar
 Constituição
o Fibras colágenas
 Fibras da crista óssea alveolar (ACF)
 Fibras horizontais (HF)
 Fibras oblíquas (OF)
 Fibras apicais (APF)
 Fibras de Sharpey: fibras principais do
ligamento as porções extremas se encontram
intimamente com o tecido ósseo e o cemento
o Células
 Fibroblastos
 Células endoteliais
 Células mesenquimais indiferenciadas
 Osteoblastos
 Osteoclastos
 Cementoblastos
 Cementoclastos
 Macrófagos
 Células epiteliais de Malassez
o Vasos sanguíneos
 Irrigação do ligamento periodontal
 Provem das arteríolas alveolares e de vasos originados do osso alveolar
o Matriz intracelular
o Vasos linfáticos
o Nervos
 Funções
o Física (Amortecedor das forças oclusais)
o Nutritiva
o Formativa
o Sensorial
Processo alveolar
 Constituição
o Osso alveolar (Revestimento interno dos alvéolos – lâmina dura)
o Osso esponjoso (medular)
o Cortical (Compacta externa)
 Função: distribuir e amortecer as forças da mastigação
 Crista alveolar: Junção da cortical externa do processo alveolar e o osso alveolar
 Células:
o Osteoblastos
o Osteoclastos
o Osteócitos
 Periósteo
o Camada fibrosa que reveste a
superfície de todo osso compacto,
exceto a parte do osso alveolar
voltada para o ligamento periodontal
(alvéolo), que é revestida pelo
endósteo
o Nutrição e atua na cicatrização
óssea
 Endósteo
o Similar ao periósteo
o Reveste a superfície interna das trabéculas e o interior do osso cortical ao nível
do trabeculado do osso esponjoso.
o Nutrição e atua na cicatrização óssea
 Osso alveolar
o Funções
 Física: Sustentação dos dentes
 Nutritiva: Canais de Volkmanm (por onde passa os vasos sanguíneos)
 Sensorial: Passagem de feixes nervosos derivados do nervo trigêmeo até
o periodonto
o Metabolismo: relativamente ativo ao se comparar com os outros tecidos
periodontais
 Cemento
o Situa-se entre o dente e o ligamento periodonto
o Parte integrante do dente
o Classificação:
 Cemento acelular ou primário: formado em associação com a formação
da raiz e a erupção dentária
 Cemento celular ou secundário: formado após a erupção dentária, e
também, em resposta a demandas funcionais
 Cemento afibrilar: cobre áreas do esmalte, particularmente a JCE
 Cemento fibrilar: encontrado na furca e terços médio e apical
 Sistema intrínseco: Produzidas pelos cementoblastos
 Sistema extrínseco: Produzidas pelos fibroblastos (Fibras de
Sharpey)
o Tipos:
 Cemento Acelular Afibrilar (CAA)
 Reveste pequenas porções do esmalte e JCE
 Sem fibras e células
 Não tem função de inserção
 Cemento Acelular de Fibras extrínsecas (CAFÉ)
 Nível mediano e cervical das raízes
 Contem fibras de Sharpey
 Tem função na inserção do dente
 Cemento Celular Misto Estratificado (CCME)
 Regiões de furca
 Células, fibras intrínsecas e extrínsecas
 Cemento Celular de Fibras Intrínsecas (CCFI)
 Zonas inter-radiculares e apicais
 Compensa o desgaste fisiológico decorrente da função oclusal
 Mantém a posição do dente
 Repara um defeito de reabsorção radicular
o
Reabsorção e reparação
 Classificação:
o Localização: Interna ou externa
o Grau de persistência: transitória ou progressiva
 Pequenas reabsorções, uma vez sem o agente causador, podem ser reparadas via
semento reparador

TOPOGRAFIA GENGIVAL
Aspectos relevantes
 Textura e cor do tecido gengival
 Linha do contorno das margens gengivais
 Presença de papila, volume ocupado e disposição mesio/distal
 Zênite e sua relação com o eixo da coroa
o I. Centrais: distalizados em relação ao longo eixo
o I. Laterais: coincidência com o longo eixo
Padrão
 Saúde gengival
 Papila ocupando 100% do espaço interproximal, volume regressivo mesio-distalmente
 Disposição harmônica e simétrica do contorno gengival
 Zênite simétrico e harmônico
Alterações
 Defeitos de Seibert
o Classe I: Perda da distância buco-lingual mas com a medida apico-coronal
normal
o Classe II: Perda da medida apico-coronal mas com a distância buco-lingual
normal
o Classe III: Combinação de perda de altura e espessura do rebordo
 Discronia / Alteração da cor
 Alteração na disposição das margens gengivais, provocadas pela recessão
 Ausência da papila preenchendo 100% do espaço interproximal
PRINCIPIOS GERAIS DA CIRURGIA PERIODONTAL
1. Reavaliação da fase I da terapia
 Fase I
o Raspagem completa
o Alisamento radicular
o Remoção de agentes irritantes do periodonto
o Eliminação completa de algumas lesões
o Da mais firmeza e consistência aos tecidos periodontais – facilita o procedimento
cirúrgico
o Familiariza o paciente com o consultório
 Consiste:
o Nova sondagem
o Novo exame de todos os achados iniciais
o Confirmar a necessidade cirúrgica
o Discussão com o paciente e adaptações do plano de tratamento inicial
2. Pré-medicação
 Antibiótico
o Redução das complicações pós-operatórias – dor e edema
o Uso profilático:
 Enxerto ósseo
 Paciente sistemicamente comprometido
 Anti-inflamatórios não esteroidais – Ibuprofeno
 Bochecho com gluconato de clorexidina 0,12%
3. Tabagismo
 Efeitos deletérios na cicatrização
 Solicitar parar de fumar por no mínimo 3 a 4 semanas após o procedimento
 Se não for possível parar de fumar evitar técnicas regenerativas, mucogengivais e
estéticas
4. Consentimento informado
 Informado na consulta inicial
 Diagnóstico
 Prognóstico
 Possíveis tratamentos (prós e contras)
 Verbalmente e por escrito
5. Hemostasia
 Permite adequada visualização
 A cirurgia periodontal provoca sangramento profuso
 Após o afastamento do retalho e remoção do tecido de granulação o sangramento
diminui ou desaparece
 Intraoperatório:
o Aspiração
o Compressão com gase
o Uso de anestésico com vasoconstrictor
o Agentes hemostáticos
6. Curativos periodontais
 Protegem o tecido
 Minimiza contaminação e hemorragia pós-operatória
 Cimento de Oxido de zinco e eugenol
o O eugenol pode provocar reação alérgica
 Cimentos sem eugenol (Coe-Pak)
o Costumam ter agente bacteriostático
 Retenção dos cimentos
o Penetração nos espaços interdentais
o Fio dental frouxamente amarrado no dente
 Preparo do curativo
o Mistura dos componentes em placa de vidro ou de papel
o Pode adicionar o conteúdo de uma capsula de tetraciclina em um copo com
água em temperatura ambiente
o Mergulhar a pasta no copo com água e lubrificar os dedos
o Colocar a pasta sobre a ferida
o Tentar unir a parte vestibular do cimento com a parte lingual/palatina
o Falar para o paciente movimentar a língua, bochecha e lábios em toda extensão
da pasta a fim de moldá-la enquanto está mole
o Após endurecer remover os excessos
o Cimento mantido por uma semana
7. Hipersensibilidade dentinária
 Pode ocorrer após a raspagem e alisamento (remove uma porção de cemento delgado)
 Pode desaparecer após um período
 Agentes dessensibilizantes demora algumas semanas para agir
 Informar o paciente:
o A hipersensibilidade aparece devido à exposição da dentina, que é inevitável
quando o cálculo, a placa e seus produtos encobrindo a raiz são removidos.
o A hipersensibilidade desaparece vagarosamente em poucas semanas.
o O controle de placa é importante para a redução da hipersensibilidade.
o Os agentes dessensibilizantes não produzem resultados imediatos e devem ser
usados por vários dias ou mesmo semanas para produzir resultados.
 Ação dos agentes dessensibilizantes: redução dos túbulos dentinários
 Agentes usados no consultório
o Vernizes cavitários
o Agentes anti-inflamatórios
o Tratamentos que obturam parcialmente os túbulos dentinários
 Brunimento da dentina
 Nitrato de prata
 Cloreto de zinco – ferrocianeto de potássio
 Formalina
o Compostos de cálcio
 Hidróxido de cálcio
 Hidróxido de cálcio
o Compostos fluoretados
 Fluoreto de sódio
 Fluoreto estanhoso
o Iontoforese
o Cloreto de estrôncio
o Oxalato de potássio
o Resinas restauradoras
o Agentes de união dentinária
 Informar o paciente para não bochechar ou se alimentar 1 hora após o tratamento
dessensibilizante

TECNICAS CIRURGICAS
Curetagem gengival
 Curetagem: Raspagem da parede gengival de uma bolsa para se remover tecido mole
doente
 Raspagem: Remoção de depósitos da superfície radicular
 Alisamento: Remoção de substância dentária necrótica e infectada
 Indicações
o Tentativa de nova inserção nas bolsas intraósseas, onde uma cirurgia sem
retalho, fechada, está indicada
o Procedimento não definitivo para se tentar reduzir inflamação na impossibilidade
de técnicas cirúrgicas agressivas – problemas sistêmicos
o Método de manutenção em consultas de retorno
 Procedimento
o Não elimina as causas da inflamação (placa e depósitos bacterianos)
o Deve ser precedida pela raspagem e alisamento radicular (terapia básica)
o Anestesia local
o Bordo cortante da cureta voltada para o tecido
 13-14 Gracey – superfícies mesiais
 11-12 Gracey – superfícies distais
 Cureta Columbia Universal 4R-4L
o A cureta é inserida no revestimento interno da parede da bolsa
o A parede da bolsa pode ser sustentada com uma suave pressão digital
o Remover os tecidos inseridos entre a base da bolsa e a crista alveolar com
movimentos de escavação em direção coronária
o Irrigação para remoção de detritos
o Pode ser necessário a sutura das papilas e colocação de cimento cirúrgico

Curetagem subgengival. A, Eliminação do revestimento da bolsa. B, Eliminação do


epitélio juncional e do tecido de granulação. C, Procedimento completado.
 Aspectos após raspagem e curetagem
o Imediatamente: gengiva com hemorragia e vermelho brilhante
o Após 1 semana: gengiva reduzida em altura – deslocamento apical na porção da
margem gengival; Gengiva em vermelho escuro
o Após 2 semanas: (com higiene adequada) Contornos e cor gengival normais e
margem bem adaptada ao dente
Gengivectomia
 Indicações
o Eliminação de bolsas supraósseas, independentemente de sua profundidade, se
a parede da bolsa for fibrosa e firme.
o Eliminação de aumento gengival.
o Eliminação de abscessos periodontais supraósseos.
 Contraindicações
o A necessidade de cirurgia óssea ou o exame da forma e morfologia ósseas.
o Situações nas quais a base da bolsa esteja apical à junção mucogengival.
o Considerações estéticas, particularmente na maxila anterior
 Gengivectomia cirúrgica
1. Marcar as bolsas periodontais

2. Incisões na superfície vestibular, lingual e interdentárias


 Bisturis periodontais (gengivotomos de Kirkland – Vestirular e Lingual)
 Gengivotomos de Orban – incisões interdentárias
 Lâminas 15c e 12
 Tesouras
 Iniciada apicalmente a marcação do curso das bolsas e direcionada
coronalmente entre um ponto entre a base da bolsa e a crista óssea
 Incisões interrompidas ou contínuas
 Incisão em bisel – 45º com a superfície do dente, recriar padrão festonado
da gengiva

3. Remover a parede excisada da bolsa, limpar a área e examinar


rigorosamente a superfície radicular.
1.Tecido de granulação;

2.Cálculo e outros depósitos


radiculares;

3. Evidente espaço no qual o


epitélio estava inserido.

4. Curetar tecido de granulação, remover cálculo ou cemento necrótico


5. Cobrir a área com cimento cirúrgico
Gengivoplastia
 Recontornar a gengiva na ausência de bolsas
 Pode ser feita com bisturi periodontal, gengivótomo, brocas diamantadas ou eletrodos
 Afilar a margem gengival, diminuir a gengiva inserida, modelar as papilas interdentárias
Gengivectomia por eletrocirurgia
 Vantagem: permite um contorno adequado e controle de hemorragia
 Desvantagens
o Não pose ser usada em pacientes com marca-passo
o Causa odor desagradável
o Pode causar danos irreparáveis se tocado no osso
o Pode gerar dano tecidual pelo calor gerado e perda de suporte periodontal
o Limitada a procedimentos superficiais
 Técnica
o Eletrodo de agulha
o Corrente mista (cortante e goagulante)
o Movimento de raspagem
o Hemostasia: eletrodo bola

RETALHOS PERIODONTAIS
Classificação com base na exposição óssea após o deslocamento do retalho
 Espessura total (mucoperiósteo)
o Quando cirurgia óssea ressectiva é necessária
Diagrama da incisão de bisel
interno (incisão primária) para o
deslocamento do retalho de
espessura total (mucoperiósteo).
Observe que a incisão termina no
osso, permitindo o deslocamento
de todo o retalho
 Espessura parcial (mucoso) – retalho dividido
o Quando se tem necessidade de reposição apical ou quando não for necessário
expor osso
o Quando o osso é separado do periósteo ocorre uma perda óssea marginal
o O periósteo deixado sobre o osso facilita a sutura
Diagrama da incisão de bisel
interno para deslocamento do
retalho de espessura parcial.
Observe que a incisão termina na
superfície radicular, conservando
o periósteo no osso.

Classificação com base no posicionamento do retalho após a cirurgia


 Retalho não deslocados: suturados na posição original
 Retalhos deslocados: apical, coronal ou lateralmente
o Os retalhos deslocados apicalmente possuem a importante vantagem de
preservar a porção externa da parede da bolsa e transformá-la em gengiva
inserida. Portanto, esses retalhos atendem o duplo objetivo de eliminar a bolsa e
aumentar a altura da gengiva inserida.
Classificação com base no manuseio da papila
 Convencionais
o Papila interdental dividida abaixo do ponto de contato para permitir o
levantamento dos retalhos vestibular e lingual
o Incisão é geralmente desenhada de forma a manter a morfologia gengival e reter
o máximo possível de papila
o Indicações
 Quando os espaços interdentais são muito estreitos, de tal modo que
impeçam a possibilidade de preservar a papila
 Quando o retalho deve ser deslocado
o Inclui
 Retalho de Widman modificado
 Retalho não deslocado
 Retalho deslocado apicalmente
 Retalho para procedimentos reconstrutivos
 Com preservação das papilas
o Incorpora a papila inteira em um dos retalhos
o Incisões sulculares interdentais
Incisões Horizontais
Três incisões necessárias para

cirurgia a retalho:

A, incisão primária (bisel


interno);

B, incisão secundária (sulcular);

C, incisão terciária (interdental).

Incisões Verticais
 Deve estender até a linha mucogengival
 Alcançar a mucosa alveolar – permite liberação do retalho
 Evitadas na lingual e palatina
 Não devem ser realizadas no centro de uma papila ou sobre a superfície radicular de
um dente
 Feitas nas linhas angulares de um dente
Técnica de Retalho para tratamento de bolsa
 Funções:
o Aumentar o acesso aos depósitos radiculares para raspagem e alisamento
radicular.
o Eliminar ou reduzir a profundidade da bolsa periodontal através da ressecção da
parede da bolsa.
o Ganhar acesso para a cirurgia óssea ressectiva, se necessário.
o Expor a área para executar procedimentos regenerativos.
 Retalho de Widman modificado
o Facilita a instrumentação para a terapia radicular
o Não elimina a profundidade da bolsa mais sim seu revestimento
 Retalho não deslocado
o Acesso à superfície da raiz
o Remove a parede da bolsa (Redução ou eliminação da profundidade da bolsa)
o Procedimento essencialmente excisional da gengiva.
 Retalho deslocado apicalmente
o Acesso à superfície da raiz
o Reposicionamento apical da parede de tecido mole da bolsa (Redução ou
eliminação da profundidade da bolsa)
o Preserva ou aumenta a largura da gengiva inserida por meio da transformação
da parede da bolsa periodontal queratinizada e previamente desinserida, em
tecido inserido
 Incisões:
o 1º Bisel interno
 Widman modificado:
 Perto o contorno da dentição para minimizar a perda da gengiva
inserida queratinizada (a 1 a 2 mm do dente)
 A margem gengival é removida e o retalho é rebatido para se
ganhar acesso para o tratamento radicular
 Retalho deslocado apicalmente
 Casos que apresentam uma quantidade mínima de gengiva
queratinizada
 Incisão feita o mais próximo possível do dente, 0,5 a 1 mm
 Não há necessidade de determinar onde está o fundo da bolsa
periodontal
 Deslocamento apical tem sua posição final é determinada pelo
local da primeira incisão
 Retalho não deslocado
 Incisão iniciada no, ou perto de um, ponto coronário no qual o
fundo da bolsa periodontal é projetado na superfície externa da
gengiva
 Somente se houver suficiente gengiva inserida remanescente
 Referenciais anatômicos, profundidade de sondagem e localização
da junção mucogengival  avaliar a quantidade de gengiva
inserida que permanecerá após o término da cirurgia
 Incisão inicial elimina a bolsa
 Não deve ser muito próxima ao dente
 A colocação correta da margem do retalho na junção dente-osso
durante o fechamento é importante para a prevenção tanto da
recorrência da bolsa como do resultado da exposição óssea.

o 2º Intrasulcular
o 3º Interdental
TECNICAS RECONSTRUTIVAS
 Retalho com preservação de papila e o retalho convencional usando apenas a incisão
sulcular
 Retém a maior quantidade de tecido gengival, inclusive a papila, que é essencial para a
cobertura do enxerto ou membrana

Retalho de widman modificado

Passo 1: A incisão inicial é uma incisão de bisel interno à crista alveolar, começando de 0,5 a 1
mm além da margem gengival. O desenho de incisão segue a margem gengival. Deve-se tomar
cuidado ao inserir a lâmina, de maneira que a papila seja deixada com uma espessura similar
àquela do retalho vestibular remanescente. As incisões verticais relaxantes geralmente não são
necessárias.

Passo 2: A gengiva é rebatida com um descolador de periósteo.

Passo 3: Uma incisão sulcular é feita no fundo da bolsa até o osso, circunscrevendo a porção
triangular de tecido contendo revestimento da bolsa.

Passo 4: Após o retalho ser deslocado, uma terceira incisão é feita nos espaços interdentais
coronários ao osso, com cureta ou bisturi interproximal, e o colar gengival é removido.

Passo 5: Restos de tecido e o tecido de granulação são removidos com uma cureta. As
superfícies radiculares são examinadas, raspadas e alisadas se for necessário. As fibras
periodontais residuais inseridas na superfície do dente não devem ser perturbadas.

Passo 6: A arquitetura óssea não é corrigida, exceto se ela impede uma boa adaptação tecidual
ao colo do dente. Todos os esforços devem ser feitos para adaptar os tecidos interproximal
vestibular e lingual adjacentes, de modo que nenhum osso interproximal permaneça exposto na
hora da sutura. Os retalhos devem ser afinados para facilitar uma íntima adaptação da gengiva
em volta de toda a circunferência do dente e entre si interproximalmente.

Passo 7: Suturas suspensórias contínuas independente são colocadas tanto na vestibular quanto
na palatina e cobertas com cimento cirúrgico periodontal.

Retalho não deslocado

 “gengivectomia de bisel interno”

Passo 1: As bolsas periodontais são medidas com a sonda periodontal, e um ponto sangrante é
feito na superfície externa da gengiva para marcar o fundo da bolsa.

Passo 2: A incisão inicial de bisel interno é feita seguindo o desenho recortado das marcas
sangrantes da gengiva. A incisão usualmente é levada para um ponto apical à crista alveolar,
dependendo da espessura do tecido. Quanto mais espesso for o tecido, mais apical será o ponto
final da incisão. Além disso, o afinamento do retalho deve ser feito com a incisão inicial, porque é
mais fácil de executar neste momento do que mais tarde, com um retalho deslocado solto, que é
difícil de manejar. (O uso desta técnica nas áreas palatinas é considerado na discussão a seguir.)

Passo 3: A incisão secundária, ou sulcular, é feita do fundo da bolsa periodontal para o osso para
desinserir o tecido conjuntivo do osso.

Passo 4: O retalho é rebatido com um elevador de periósteo (dissecção romba) da incisão de


bisel interno. Usualmente não há necessidade das incisões verticais porque o retalho não é
deslocado apicalmente.

Passo 5: A terceira incisão, ou interdental, é feita com um bisturi interdental, separando o


conjuntivo do osso.

Passo 6: A porção triangular de tecido criada pelas três incisões é removida com uma cureta.

Passo 7: A área é desbridada, removendo todos os restos de tecido e o tecido de granulação,


usando-se curetas afiadas.

Passo 8: Após a necessária raspagem e alisamento radicular, a margem gengival deve ficar na
junção raiz-osso. Se isso não ocorrer, devido à localização imprópria da incisão inicial ou à
necessidade inesperada de uma cirurgia óssea, a margem do retalho é novamente recortada,
para permitir que a margem do retalho termine na junção raiz-osso.

Passo 9: Uma sutura suspensória contínua é usada para segurar os retalhos vestibular, lingual ou
palatino. Esse tipo de sutura, utilizando o dente como uma âncora, é vantajoso para posicionar e
segurar as margens do retalho na junção raiz-osso. A área é coberta com cimento periodontal.

Retalho deslocado apicalmente

Passo 1: É feita uma incisão em bisel interno. Para preservar o máximo de gengiva inserida e
queratinizada, ela não deve estar a mais de 1 mm da crista da gengiva e direcionada para a crista
óssea. A incisão é feita seguindo o recorte gengival existente, e não há necessidade de marcar o
fundo da bolsa periodontal na superfície externa da gengiva, porque a incisão não está
relacionada à profundidade da bolsa. Também não é necessário acentuar o recorte nas áreas
interdentais, pois o retalho é deslocado apicalmente, e não colocado interdentalmente.

Passo 2: As incisões sulculares são realizadas, seguidas pelo descolamento inicial do retalho, e
então são efetuadas as incisões interdentais e a remoção da porção de tecido que contém a
parede da bolsa.

Passo 3: As incisões verticais são feitas estendendo-se além da junção mucogengival. Se o


objetivo é um retalho de espessura total, ele é descolado por dissecção romba com um elevador
de periósteo. Se é requerido um retalho de espessura dividida, ele é elevado usando-se
dissecção cortante com um bisturi de Bard-Parker para dividi-lo, deixando uma camada de tecido
conjuntivo, incluindo o periósteo, no osso.

Passo 4: Após a remoção de todo o tecido de granulação, raspagem e alisamento radicular, e


cirurgia óssea, se necessária, o retalho é deslocado apicalmente. É importante que as incisões
verticais e, consequentemente, o afastamento do retalho passem da junção mucogengival, a fim
de proporcionar mobilidade adequada ao retalho para seu deslocamento apical.

Passo 5: Se um retalho de espessura total for realizado, uma sutura suspensória ao redor do
dente evita que o retalho desça para uma posição mais apical do que a desejada, e o cimento
periodontal evita seu movimento para uma direção mais coronária. Um retalho de espessura
parcial é suturado ao periósteo usando-se uma sutura direta em alça ou uma combinação de
sutura em alça e de ancoragem. Uma película sua é colocada sobre o retalho antes de cobri-lo
com o cimento cirúrgico para impedir a introdução do cimento sob o retalho.

Retalhos para cirurgia reconstrutiva

 Retalho com Preservação da Papila

Passo 1: Uma incisão sulcular é feita em volta de cada dente, sem incisões através da papila
interdental.

Passo 2: A papila preservada pode ser incorporada aos retalhos vestibular ou lingual/palatino,
embora sua localização mais comum seja integrada com o retalho vestibular. Neste caso, a
incisão lingual ou palatina consiste em uma incisão semilunar em volta da papila interdental em
sua face lingual ou palatina; esta incisão desce apicalmente da linha angular do dente de tal
maneira que a incisão na papila esteja pelo menos a 5 mm da crista da papila.

Passo 3: Um bisturi de Orban é então introduzido nesta incisão para cortar a metade ou dois
terços da base da papila interdental. A papila é então dissecada da face lingual ou palatina e
afastada intacta com o retalho vestibular.

Passo 4: O retalho é rebatido sem afinamento do tecido.


 Retalho Convencional
Passo 1: Usando uma lâmina n° 12, incise o tecido na base da bolsa periodontal e para a crista
óssea, dividindo a papila abaixo do ponto de contato. Todo esforço deve ser feito no sentido de
manter o máximo tecido possível para subsequentemente proteger a área.
Passo 2: Rebata o retalho, mantendo-o o mais espesso possível sem tentar afiná-lo como na
cirurgia ressectiva. A manutenção de um retalho espesso é necessária para prevenir a exposição
do enxerto ou da membrana, devido à necrose das margens do retalho
CIRURGIA PLASTICA PERIODONTAL

Você também pode gostar