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Que mor

ANATOMIA PARA-PROTETICA: IMPORTANCIA


EM PROTESE TOTAL
PARA-PROSTHETIC ANATOMY.- IMPORTANCE IN COMPLcrc ocNruRcS

Wirley Gongalves ASSUN AO 1


Marcelo SHIWA²
Humberto GENNARI FILHO³
Marcelo Coelho GOIATO1
Débora de Barros BARBOSA 1
Lucas Fernando TABATA 4

RESUMO
O con hecimento das estrutu ras anatomicas da cavidade oral é fu ndamental para
realizagao do tratamento protético, bean como das alteragoes ocorridas nos tecidos ésseo,
gengival, muscular e nas articulag©es témporo-mandibulares (ATM) com a perda dos dentes. Tais
modificagoes afetam a mastigagao, fonagao, estética e conforto do paciente. Alteragoes
como reabsorgao ossea, hipotonicidade muscular e disfungoes da ATM podem ser
amenizados com um tratamento reabilitador protético adequado. O entendimento destes
processos propicia a realizagao de uma reabilitagao consciente, suprindo as necessidades
e expectativas do paciente e proporcionando satisfagao ao dentista. Assim, na confecgao
dessa protese deve-se respeitar os limites anatomicos e fisiolégicos da atuagao da
musculatu ra envolvida, anal isar a area de rebordo residual, defin indo corretamente a area
chapeavel, diagnosticar a presenga de bridas e torus e no assoalho bucal deve-se
respeitar o freio lingual, as insergoes dos musculos genioglosso e o férnix gengival.
Conhecer e respeitar as estruturas anatomicas é essencial para a obtengao de sucesso
no tratamento de individuos desdentados totais.

UNITERMOS: Protese total, estruturas anatomicas, anatomia.

INTRODU AO processo da mastigagao. Essas alteragoes


acentuam-se proporcionalmente ao tempo em que
O sucesso da protese total esta diretamente se de mora para reabil itar o pacie nte. As
relacionado com sua adaptagao na area basal e modificagoes envolvem os tecidos osseo, gengival,
respeito as estrutu ras an atom icas com eta muscular e as articulagoes temporomandibulares,
envolvidas direta e indiretamente. A area basal é a repercutindo diretamente na mastigagao, fonagao,
base protética onde se adapta a protese total, e estética e conforto do paciente.
compoe-se de osso alveolar, recoberto por As ca ries e as periodontoses sao as
mem bra na, inucosa e su b inucosa. Faz-se principais causas da perda dos dentes, sendo os
necessario que o protesista seja sabedor das traumatismos as causas menos freqdentes. Nos
alteragoes estruturais que ocorrem na cavidade oral casos de extragoes induzidas por caries sew
com a perda dos dentes para que possa usar esse complicagoes periapicais, se nao tiver havido
conhecimento a seu favor na confecgao dessas alteragao da estrutura ossea, o unico elemento
proteses, de tal forma que haja harmonia entre o que interfere é o trauma cirurgico. O processo
aparelho protético e o sistema estomatognatico que cicatricial se desenvolve no tecido sao, sendo
o comporta. possivel prever uma reabsorgao ossea pequena,
A pos a re mogao dos dentes ocorre in com reparagao rapida e mo complicada dos
mudangas em todas as estruturas envolvidas no tecidos moles. O mesmo pode ser dito sobre os

1 - Professor Assistente Doutor do Departamento de Materiais Odontologicos e Protese da Faculdade de Odontologia de


Aragatuba - UNESP.
2 - Aluno do 4º ano de Odontologia da Faculdade de Odontologia de Aragatuba - UNESP.
3 - Professor Titular do Departamento de Materiais Odontologicos e Protese da Faculdade de Odontologia de Aragatuba - UNESP.
4 - Mestrando do Curso de Pos-Graduagao em Odontologia, Area de Protese Dentaria da Faculdade de Odontologia de
Aragatuba - UNESP.
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casos em que mo haja complicagoes apicais pela Iona da mastigagao (ALDROVANDI 1 1960).
encapsuladas, tais como cistos e granulomas de WOELFEL e PAF FENBARGER³² (1959)
pequeno porte, visto que estes sao extraidos indicaram que alteragoes das resinas acrilicas,
juntamente com o dente ou por meio de manobras decorrentes da expansao de pressa do gesso de
cirdrgicas muito limitadas que, em geral, mo afetam inclusao e de estresse durante a prensagem e
a estrutura das tabuas ésseas e dos septos. Nos polimerizagao, provocando desajustes junto a
casos de extragoes i nd icad as por I esoes fibromucosa de até 0,5mm na regiao posterior da
periodontais de dimensoes consideraveis, que protese nao ocas iona in ma adaptagao ou
produziram a perda de substancia éssea alveolar, desconforto, contudo, quando esse valor atinge
ocorrera grande diminuigao no diametro do processo 0,9mm as préteses mo se adaptam bean.
alveolar residual durante o processo de reparagao Segundo ARIOLI FILHO et at.² (1999) os
(FIGUN e GARINO 12 1994). maiores e menores desajustes ocorrem nas regioes
A preservagao do tecido osseo é de suma posterior e anterior, respectivamente, e existem
importancia na odontologia, visto que quando comportamentos distintos de adaptagao em
existem rebordos planos é dificil obter protese total diferentes areas do palato. No entanto, sua forma
retentiva e estavel (TURANO e TURANO, 4 002). geométrica mo influenciou na adaptagao das
O suporte para a protese superior é dado pelos préteses totais.
ossos maxilares direito e esquerdo e o osso palatino. Para que as préteses totais superiores tenham
Os dois processos palatinos e a lamina horizontal boa retengao, faz-se necessario que suas bases
do osso palatino formam a base do palato duro, estejam bean adaptadas e corretamente estendidas,
provendo consideravel suporte para a prétese total proporcionando eficiente selamento periférico e
superior. Com a perda de todos os dentes naturais, perm itindo adeq uado travamento posterior
ocorre in tra n sformagoes no sistema (TAMAKI,³² 1988).
estomatognatico, modificando seu funcionamento. Segundo KENG e OW19 (1983), a zona de
Nesse momento, faz-se necessario que se respeite selado posterior tern Iinn ites an atom icos e
os pad roes da fisiologia para obter-se uma fisiologicos definidos que, uma vez conhecidos,
reabilitagao satisfatoria. to rna in sua loc a Iizagao e uti I izagao u in
procedimento facil e rapido, com resultados muito
REVISAO DA LITERATURA E DISCUSSAO satisfatorios. No entanto, para se alcangar um
travamento posterior satisfatorio é necessario que
O sistema estomatognatico é constituido por se obtenha uma moldeira individual superior
ossos, componentes neuromusculares, dentes, estendida corretamente em sua margem posterior,
period onto, tecidos mol es e a rticulagoes que envolva o sulco hamular de ambos os lados e
temporomandibulares. Mdltiplas fungoes sao a ma rge in med ia na d eve I oca I iza nd o-se
atribuidas a esse sistema, uma das quais refere-se aproximadamente Smm posteriormente as foveas
a digestao, que se inicia na boca, envolvendo a palatinas.
mastigagao, deglutigao e atividades enzimaticas As foveas palatinas sao pequenas depressoes
sobre o bolo alimentar. Além dessas, inclui-se a visiveis clinicamente no palato mole e representam
comunicagao através da fala, respiragao através da aberturas de ductos de glandulas mucosas que
vias respiratorias superiores e atuagao no controle circundam a regiao. Servem de guia para a
da ingestao de agua e participagao na sensagao de localizagao da margem posterior da protese total,
sede, fundamentais para a vida do individuo pois determinam a localizagao da linha vibratoria,
(DOMITT 10 1999). limite entre as zonas moveis e estacionarias do
A forma geométrica e a profundidade do palato palato (FREITAS et at. US 2002).
podem interferir no sucesso de uma protese total O osso mandibular é impar, médio, simétrico
(TURANO e TURANO,³4 2002). O teto da cavidade e com um aspecto de ferradura. Localiza-se na parte
bucal é formado pela abobada palatina, constituida anterior e inferior da face e possui duas camadas:
por uma parte ossea correspondente as apofises a cortical e a esponjosa, tendo no seu interior o
palatinas dos maxilares e pelas duas laminas canal do nervo alveolar inferior, que vai da lingula da
horizontais dos ossos palatinos, que se unem entre mandibula até o forame mentoniano (TURANO e
si na linha mediana. Uma fibromucosa espessa e TURANO,³* 2002).
firmemente aderida ao esqueleto reveste essa Cabe destacar que no paciente edentulo, o
abobada ossea. tamanho do processo alveolar da mandibula é maior
A fibrom ucosa a present a sua camad a do que o da maxila, entre outros motivos devido a
superficial sempre umedecida e lubrificada pela incorporagao da zona ossea situada nos molares.
secregao de suas células e das pequenas glandulas Essa zona também possibilita uma superficie de
encontradas na camada submucosa. Este tecido é aplica$ao protética mais ampla do que os limites
que sofre o esforgo maior de sustenta$ao da protese apresentados pela parte alveolar dentada. A area
e oferece resisténcia a fricgao funcional, causada total de suporte aproveitavel da mandibula é menor

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que a do maxilar. lsto significa que a capacidade a espessura desta camada com o uso da prétese.
de resisténcia da mandibula as forgas oclusais O binomio epitélio-conjuntivo sofre modificagao
é menor do que a da maxila, sendo portanto, frente a varios agentes etiologicos, tais como injdria
imprescindivel cuidar para que seja utilizado meca ica p rovocada pela prétese,
adeq uad a mente to do su porte d ispon wet hipersensibilidade aos materiais utilizados na
(TURANO e TURANO, 34 2002). confecgao de dentaduras, higiene oral precaria,
A parte anterior da mandibula normalmente deficiéncias nutricionais, habitos orais e alcoolismo
sofre maior reabsorgao sobre a tabua éssea (LANDA, 21 1951).
vestibular, apresentando grande alteragao na No soalho bucal existem trés formagoes
inclinagao quando comparando com o estado anatomicas a serem respeitadas: o freio lingual,
dentado, enquanto que a face lingual da parte as insergoes do mdsculo genioglosso e o fornix
alveolar residual sofre poucas modificagoes. Por ge ng ivol ing u a 1. O forn ix geng ivoling ual é
esse motivo, é freq de nte ness a reg iao relativamente profundo na regiao anterior, pois o
observarmos a forma de‘V” invertido com a aresta mdsculo milohioideo se encontra afastado da borda
mais préxima da face lingual. Na regiao posterior, superior da mandibula, todavia, a medida que se
as linhas obliqua e milo-hioidea determinam uma vai distalizando no arco, o sulco vai se tornando
verdadeira face oclusal. Em muitos casos, ambas cada vez mais raso. O freio lingual corresponde a
as linhas delimitam um canal antero-posterior uma prega de forma semilunar que se estende da
pelo fato de sofrerem modificagoes ligeiras, ponta da lingua, passando pelo soalho bucal e
enquanto que ao nivel dos septos inter-radiculares perdendo-se na face lingual mandibular, exatamente
e intra-alveolares ocorrem grandes reabsorgoes na linha mediana (ALDROVANDI 1 1960).
osseas (FIGUN e GARINO, 12 1994). O férnix vestibular do arco superior como no
A medida que progride a reabsorgao éssea inferior é septado por trés freios, um mediano e
alveolar, o forame mentoniano se aproxima da dois laterais. Eles apresentam desenvolvimento
crista do rebordo. Quando a reabsorgao for mais variavel, podendo ser curto, médio ou longo, e em
enérgica, ele se localiza praticamente sobre a casos extremos prejudicam os movimentos normais
crista do rebordo, o que traz como consequéncia dos labios.
a compressao em sua emergéncia vasculo- Quandodaperdadosdentes, ocorre a reabsorg o
nervosa pela protese, caso mo seja realizado dos processos alveolares com conseqrJente
alivio da base protética nessa regiao, provocando superficializagao dofomix vestibular, que caso mo seja
dor (choques) e o adormecimento ou a anestesia respeitado no ato da moldagem, pode causar o
do labio inferior. comprometimento da estabilidade da protese total.
No caso do canal mandibular, so em casos Norma I mente, as proteses su pe riores por
de grande atrofia ossea é que ele pode ser apresentarem grande retengao mo deslocam-se
comprimido pela protese. Esse canal se estende mesmo quando suas bordas interferem com a agao
de tras para frente, de lateral em sentido medial, da musculatura, provocando injurias na regiao de
mas principalmente de cima para baixo, razao fornix e insergoes musculares nele presentes. No
porque o plano por ele ocupado é cada vez mais arco mandibular, geralmente ocorre o oposto, ou
inferior a medida que se dirige em sentido mesial. seja, a retengao da protese inferior mo é suficiente
Por isso, a possibilidade de contato entre a para resistir as forgas de deslocamento impostas
protese e o canal da mandibula é maior na parte a protese pelas insergoes musculares que tern sua
distal do processo alveolar (FIGUN e GARINO, 12 area de atuagao invadida pelas bordas, o que
1994). movimenta e desestabiliza a protese, induzindo a
Estruturalmente, o tecido gengival que movimentagao, que por sua vez provoca injurias a
reveste o processo alveolar no desdentado é fibromucosa de suporte, permite a entrada de
semelhante ao dentado, estando preso, mas alimento sob a protese, desarranja a oclusao e
menos firmemente ao periosteo dos ossos impede que o paciente utilize-a com o minimo de
adjacentes. No aspecto histologico, a utilizagao conforto necessario.
de proteses totais causam modificagoes teciduais A capacidade de retengao e estabilidade
na mucosa do palato duro (CHOUDHARH e depende das condigoes da area de suporte, tanto
BOUCHERML,² 1964) e (JAN I e BHARGAVA, 17 no que refere ao estado do rebordo alveolar como
1976). do revestimento fibromucoso e tecidos que a
Segundo ROSLINDO et at.² (1990), existe envolvem e, por outro lado, do aproveitamento dos
uma adaptagao funcional da mucosa palatina sob fenomenos fisicos de adesao, coesao, tensao
proteses totais. O comportamento biologico ao superficial e pressao atmosférica (TURANO e
nivel epitelial apresenta uma tendéncia geral a TURANO,³³ 1988).
su bstituigao gradativa da camada cornea cerati Segu ndo CSOGO R e M ICHAM (1970)
n izad a pe I a pa racerati n izada e concomitante existem dois tipos de reten$ao e estabilidade: a
diminuigao progressiva em rela ao estatica e a dinamica. Consideraram estatica a que

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mantém a protese em posigao quando os mdsculos dentre os componentes musculares, aqueles que
da bochecha, labio e lingua estao em repouso e se relacionam mais diretamente com a retengao e
dinamica a que assegura a fixagao da protese su stentagao dest as pegas (N OCCH I e
q ua ndo e in atividad e fisiolog ica, como na LUCHTEMBERG, 26 001). Os quatros pares de
mastigagao. mdsculos mais fortes unidos a base do cranio e a
No que se refere ao estudo da biomecanica mandibula sao: Masseter, Temporal, Pterigéideo
mandibular com vistas a estabilidade e retengao, a Medial e Pterigoideo Lateral. Esses chamados
relagao entre arco dental e a crista do rebordo é musculos da mastigagao atuam em grupo muito
ainda pouco desenvolvida TAMAKI SOLZ³1 ( 1993). mais do que individualmente, e movimentam a
Segundo KIAUSINIS et at. ²º (1995), a relagao entre mandibula em todos os planos e diregoes, tendo
a crista do rebordo e os arcos dentais, estabelecidos como fulcro a articulagao temporomandibular
através dos planos de cera seguido da montagem (TURANO e TURANO, 34 2002).
dos dentes, ocorre segundo trés padroes: a crista O inuscu to Masseter é u in mdscu to
envolvendo o arco dental (envolvente); a crista e o retangular, espesso, forte, totalmente recoberto pela
rebordo coincidentes (coincidente) e a crista sendo fascia massetérica, que o contem e o protege. O
envolvida pelo arco dental (envolvido). A alta muscu to masseter, por se estender do arco
incidéncia do padrao“envolvido" (760/ nas proteses zigomatico ao ramo da mandibula, cobre quase todo
superiores e 60% nas inferiores) indica que, na o ramo, com excegao do seu processo condilar
maioria dos casos, a crista fica retruida em relagao (MADEIRA,²² 2001). Pode ser dividido em duas
ao arco dental, estabelecido em fu ngao da partes: superficial e profunda. A porgao profunda,
restituigao da estética (KIAUSINIS et at.,²º 1995). Do menor, origina-se da margem inferior e face medial
ponto de vista mecanico isto pode ser um do arco zigomatico, prolonga-se atras até o limite
problema, pois nessa situagao a transmissao das da eminéncia articular. A porgao superficial, maior,
forgas mastigatorias ao tecido osseo ocorrera de tern origem mais anterior na superficie lateral do
forma mo ideal, obliquamente, sobre regioes nao ramo da mandibula. As fibras superficiais tém um
tao capacitadas a suporta-las e absorvé-las de forma componente obliquo. A contragao do musculo
saudavel, sew que isto acelere o processo de masseter pode afetar o angulo disto-bucal da borda
reabsorgao ossea. Segundo BOUCHER et at.,³ da protese total mandibular(TURANO e TURANO,
(1975), a posigao dos dentes artificiais deveria estar 2002).
precisamente igual a dos dentes naturais que eles A agao do mdsculo masseter é a de um
substituem. potente elevador da mandibula, aproximando os
OS lTluSCulos com sua agao integrada pelo maxilares e exercendo pressao sobre os dentes,
sistema nervoso desempenham importante papel especialmente na regiao dos molares. O feixe
na reteng o e estabilidade dessas proteses, influindo superficial exerce pressao, em angulo reto, no plano
nao somente na superficie polida como também na oclusal ascendente posterior dos molares (curva
area basal das proteses totais. de compensagao — curva de Spee). As fibras do
Estabelecendo uma classificagao didatica feixe profundo estarao dirigidas para baixo e para
para a musculatura paraprotética e relacionando a diante se a mandibula estiver em posigao de
agao muscular com o tipo de efeito produzido pela protrusao. A porgao profunda tern, entretanto, um
dinamica contratil, é possivel dividir essa agao em componente de retragao que é importante durante
duas formas: direta e indireta. A forma direta se da o movimento de fecha mento, isto é, u ma
pela atuagao de suas proprias fibras e seus combinagao de elevagao e retrocesso (SICHER,²º
movimentos particulares. Por exemplo, o mdsculo 1977).
bucinador que atua pela contragao de suas fibras O mdsculo Temporal em forma de leque
durante o movimento de abertura da boca, origina-se de uma ampla area na superficie lateral
projetando-se em diregao a linha média, o que cercada pela linha temporal inferior. Nesta area a
poderia determinar o deslocamento mecanico de fossa temporal compreende uma estreita faixa do
uma protese. A forma indireta ocorre quando sao osso parietal, grande parte da escama temporal, a
mobilizados por alguma outra massa muscular, por superficie temporal do osso frontal e a superficie
exemplo, o mdsculo milohioideo, elevando o temporal da asa maior do osso esfenoide. Algumas
assoalho da boca quando é conduzido para cima e fibras podem partir da parte mais posterior da
para frente pela agao dos musculos da lingua superficie temporal ao processo frontal do osso
durante a projegao lingual para fora da boca ou para zigomatico. No osso esfenoide a area de origem
a regiao palatal (CAPUSSELLI e SCHVERTZ,6 1973). estende-se para baixo e inclui a crista infra-
A musculatura para-protética é o conjunto de temporal. Além do mais, muitas fibras originam-se
mdsculos que, quando em agao contratil, podem da aponeurose fundida a superficie interna da fascia
determinar interferéncias na estabilidade de temporal, especialmente na sua parte superior
aparelhos protéticos muco-suportados, sendo que, (DUBRUL, 11 1991).
durante a aplicagao funcional das proteses, sao A protese total mandibular deve terminar

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exatamente no limite posterior da papila retromolar milo-hioidea. Esta fita fibrosa, condensagao da
ou ligeiramente aquém desse limite. Quando o aponevrose bucinatofaringea, serve de ponto de
musculo temporal se contrai, a distengao das fibras insergao para os mdsculos bucinador e constritor
que constituem o feixe profundo e que terminam na superior da faringe. Mole e depressivel quando a
altura do trigono retromolar deslocam a prétese total boca esta cerrada, torna-se duro e tenso, quando
que se estende demasiadamente nessa area da abertura da boca, podendo deslocar uma
(TURANO e TURANO, 34 002). protese que se estenda além dos limites de sua
O mdsculo pterigoideo medial, apesar de insergao inferior (ALDROVANDI 1 1960).
menor que o masseter, apresenta as mesmas As exostoses sao p rotu be ra ncias
caracteristicas, todavia, sendo sinergista do localizadas que se originam da cortical éssea.
masseter. Tern sua origem na fossa pterigéidea, Freqdentemente, estes crescimentos benignos
relacionando-se lateralmente com o pterigéideo ocorrem na maxila e mandibula. As exostoses orais
lateral e medialmente com o mdsculo tensor do mais comuns sao os forcrs palatino e mandibular
véu do palato. Concomitantemente com sua agao (NEVILLE, ²³ 1998). O forcrs palatino é uma
de elevar a mandibula, ele a desloca ligeiramente exostose comum que ocorre na linha média do
para frente, tal como o faz a parte superficial do palato duro. Sua patogénese tern sido questionada,
masseter (MADEIRA,²² 2001 ). A insergao do discutindo-se uma origem genética ou por fatores
pterigoideo medial pode afetar a extensao posterior ambientais, como o esforgo mastigatorio. Se varios
da borda da protese total mandibular. destes fatores encontram-se presentes, um “limiar”
O musculo pterigoideo lateral é o mais curto é atingido e a condigao se manifestara. Ele pode
dos mdsculos da mastigagao, o unico que se ser classificado de acordo com a sua morfologia
dispoe horizontalmente e também é o dnico que se em forms plano, alongado, nodular e lobular.
relaciona com a articulagao temporomandibular. (NEVILLE, ²³ 1998).
Origina-se de duas cabegas, inferior e superior. A O forcrs mandibular apresenta-se como uma
cabega inferior é larga, desponta da superficie protuberancia éssea ao longo da superficie lingual
externa da placa pterigoidea lateral. A cabega da mandibula, sobre a linha milohioidea, na regiao
superior é menor e tern origem na superficie dos pré-molares. Muitos dos torus mandibulares
infratemporal. A inervagao do musculo pterfigoideo sao nodulos simples, ainda que mdltiplos lobulos
lateral é dada por um ramo do nervo massetérico nao sejam tao incomuns. Muitos pacientes so
ou bucal. O suprimento sanguineo é dado por um percebem a sua presenga quando a mucosa que
ramo da artéria maxilar. O mdsculo puxa a cabega os recobre se torna sucessivamente ulcerada devido
da mandibula e o disco articular para frente, para ao traumatismo (NEVILLE,² 1998). Embora muitos
baixo e para dentro ao longo do declive posterior da forms mandibulares mo necessitem de tratamento
eminéncia articular (DUBRUL, 11 1991). cirdrgico por mo promoverem grandes interferéncias
Outra estrutura de suma importancia para a fisiologicas, existem situagoes para essa indicagao,
protese total a a lingua. Na musculatura extrinseca como por exem plo, nos casos de dor, de
da lingua, o mdsculo genioglosso tern uma agao interferéncia na mastigagao e na estabilidade da
destacada. O cirurgiao dentista deve estar atento protese total. A indicagao para éxerese dessas
para ofato que, na proximidade do ponto de inserg o protuberancias osseas é baseada na anamnese,
ossea deste mdsculo se produz sua maior tensao, exame clinico e radiografico, e a técnica cirdrgica
e é neste local onde se encontra a maior diferenga selecionada dependendo do seu tamanho e forma
de concentragao de forgas entre os periodos de (CUFFARI et at.,³ 2002). Desta forma, os torus
atividade e repouso. Aconselha-se confeccionar pa I ati nos e ma nd ibu I a res torn a in-se,
nessa regiao uma protese de borda mais espessa, freqdentemente, obstaculos na confecgao da
embora quanto mais afastado deste ponto for protese total, sendo nesses casos necessario a
possivel estabelecer o limite da pega sew prejudicar remogao cirdrgica para que se possa acomodar a
a sua retengao, mais esta espessura pode ser base da protese adequadamente, permitindo
reduzida, mo havendo necessidade de aumentar a retengao, estabilidade e conforto ao usuario do
borda em profundidade, pois isto restringira aparelho.
forgosamente a fungao do genioglosso (NOCCHI e A estomatite oral é clinicamente caracterizada
LUCHTEMBERG, 26 2001). Devido a sua grande por reagoes hiperemicas visiveis na fibromucosa de
mobilidade, poténcia muscular e capacidade de muitos usuarios de proteses totais. O fator etiologico
elevagao do soalho bucal, o desrespeito a area de mais frequente é a traumatizagao mecanica
agao da lingua é suficiente para desestabilizar a provocada por proteses desadaptadas associado
protese inferior e provocar o insucesso na a higienizagao deficiente, que proporcionam a
adaptagao do paciente a este aparelho. formagao de placa em ambas superficies de
O ligamento ptérigomandibular é uma estreita sustentagao. Segundo MAEDA et at.,²³ 1979, é
fita fibrosa que vai do gancho da asa interna da razoavel sugerir que a fase visivel de hiperemia na
apofise pterigoide até a parte posterior da crista utilizagao de protese total é precedida de uma

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temperatura elevada. O uso de préteses totais inadequadas forma e posigao do arco dental
durante varios anos é acompanhado por uma artificial levavam a modificagao da face, alterando a
temperatura significativamente elevada na regiao expressao facial. Além disso, WINKLER³ 6 (1979),
da protese maxilar, mas mo na regiao de protese salientou que qualquer alteragao no componente
mandibular. lsto pode estar diretamente relacionado horizontal da Dimensao Vertical (DV), que é de
com a alta incidéncia de palatite nos portadores natu reza trid imensional, infl u encia ria os
de proteses totais, sobretudo naqueles que nao componentes supero-inferiores ou laterais.
removem suas proteses durante o sono. FOURTEAU et at 1 (1979), refere que a triade
No paciente desdentado, as lesoes de preconizada por NELSON,24 1922, é bastante
mucosa oral sao uma frequente complicagao do discutivel, pois a relagao dento-facial estaria sujeita
uso da protese total. Estas lesoes podem se a fatores hereditarios e miscigenagao étnica.
apresentar como reagoes agudas ou cronicas a SWENSON³º (1959), mencionou que as perdas
placa inicrobiana at i presente, reagao aos dentais com periodicidades diferentes, cirurgias pré-
constituintes do material da base da prétese ou protéticas e reabsorgoes fisiologicas alterariam o
injuria mecanica provocada pela mesma (BUDTZ- contorno geral dos rebordos, tornando irregular a
JONGENSEN,³ 1981). As lesoes constituem um area de assentamento da prétese.
grupo heterogéneo com relagao a patogenia. Etas Seg u ndo KAN DELMAN et a I . 18 ( 1 986),
incluem estomatite pela protese, queilite angular, estudos prévios mo foram suficientes para permitir
dlceras traumaticas, hiperplasia por irritagao da uma investigagao completa da influéncia da idade
prétese, rebordo duplos e carcinomas orais ou sexo em sadde oral. A maioria dos relatorios de
(OWALL et at., ²² 1997). prevaléncia de lesoes da mucosa oral em idosos
Quando se confecciona uma protese real esta relacionada a pacientes limitados ao tratamento
adaptada ou ocorre desadaptagao devido ao longo odontologico. Foram constatadas associagoes entre
periodo de uso, pode ocorrera proliferagao do tecido desordens da mucosa oral e envelhecimento, uso
conjuntivo em forma de rolete, alongado, com uma de ta baco e a I cool (Zl M M ERMAN N e
coloragao mais palida que a mucosa normal, ZIMMERMANN,³ 1965), e proteses defeituosas. A
forma ndo u in ba bado no rebordo alveolar idade, género e a desordem da mucosa oral estao
classificado como hiperplasia inflamatoria, que relacionadas com a qualidade fisica, psicologica e
geralmente é assintomatico. Quando ocorre a social do individuo. O estado fisico e a idade relativa
formagao na regiao de soalho bucal, proximo ao do paciente sao os primeiros dados que se deve
rebordo alveolar remanescente, a protese pode ter em conta, por serem os que com maior
apresentar bascu la, com prim indo o nervo freqdéncia apresentam uma relagao direta com o
mentoniano, dando a sensagao de choque. O trabalho protético. De modo geral, nos pacientes
tratamento dessa lesao quando detectada no inicio senis e com saude debilitada, o grau de éxito,
é a remogao da protese, favorecendo a regressao especialmente com proteses que serao usadas pela
do eritema e do edema, permitindo que o tecido primeira vez é problematico, pois, ao paciente, a
reassuma uma aparéncia normal. Em casos mais protese parece ser um desagradavel corpo estranho
avangados, é realizada a excisao do tecido que o organismo procurara expulsar. Assim, sera
hiperplasico seguido da confecgao de novas necessario um esforgo de adaptagao do paciente.
proteses. Faz-se importante salientar que durante O individuo queja usou ou usa protese total constitui,
o pos-operatorio das remogoes de hiperplasias o de um ponto de vista geral, o melhor tipo de
paciente deve abster-se do uso da protese antiga, paciente, porque ja conhece as dificuldades
sob pena de recidiva da lesao em poucos dias. inerentes a esse tipo de trabalho, ja superou e é
A estética facial traduz a expressao pessoal capaz de apreciar nas devidas proporgoes tais
e momentanea do individuo (FRIGERIO, 16 1993). dificuldades (ALDROVANDI 1 1960). Por outro lado,
Assim, pesq u isad ores descobrira in u ma caso sua experiéncia anterior tenha sido
correlagao entre a forma da face e a do rebordo insatisfatoria, podera ser um fator complicador no
alveolar em edentados completos. Segundo a teoria prognostico do tratamento, uma vez que esse
geométrica de WILLIAMS³ (1914), os dentes paciente, geralmente, apresenta-se indiferente ou
naturais e as faces foram classificadas em trés negativista em relagao ao novo tratamento.
formas basicas: quadrada, triangular e oval. A partir
de entao, os modelos dos dentes passaram a ser CONSIDERA$©ES FINAIS
confeccionados de modo a enquadrar na mesma
classificagao. NELSON²4 (1922), analisando os A correta adaptagao da protese total,
arcos da dentigao natural, constatou uma relagao respeitando as estruturas anatomicas para-
de analogia entre as formas do arco maxilar e a protéticas, é de extrema importancia para que esta
face, sugerindo que a montagem dos dentes fosse tenha estabilidade e retengao, proporcionando
feita em consonancia com a forma do rebordo conforto durante sua utilizagao. Portanto, é
alveolar. BOUCHER et at.,* (1975), observou que imperioso o conhecimento da anatomia para-

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Faculdade de Odontologia de Aragatuba
Rua José Bonifacio, 1193 - Vita Mendonga
CEP: 16015-050 - Aragatuba-SP
Fone: (18) 3636-3245
E-mail: wirley@foa.unesp.br

Recebido para publicar em 13/01/2004


Enviado para analise em 14/01/2004
Aprovado para publicagao em 26/04/2004

Revista Odontolégica de Aragatuba, v.25, n. 1, p. 57-64, Janeiro/Junho,

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