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ENFERMAGEM P/ CONCURSOS
MÓDULO IV
TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS
Amigo (a)!
Chegamos ao nosso quarto módulo da Apostila de Técnico de Enfermagem para
Concursos.
Nesse módulo abordaremos conteúdos sobre Atuação nos períodos pré‐operatório,
trans‐operatório e pós‐operatório. Materiais e equipamentos básicos que compõem as salas de
cirurgia e recuperação anestésica. Atuação durante os procedimentos cirúrgico‐anestésicos.
Recuperação da anestesia. Rotinas de limpeza da sala de cirurgia. Manuseio de equipamentos:
autoclaves; seladora térmica e lavadora automática ultrassônica. Uso de material estéril.
Noções de controle de infecção hospitalar.
Constam nesse material questões comentadas, bem como a abordagem teórica dos
conteúdos mais cobrados pelas bancas.
É pensando em você e na sua aprovação que nos empenhamos em elaborar aulas
direcionadas e organizadas, já que cada aula aborda teoria e resolução de questões de
determinado tópico do edital.
Boa Aula!
COMENTÁRIOS:
A enfermagem perioperatória e perianestésica aborda os papeis de enfermagem
relevantes para as três fases da experiência cirúrgica:
O conceito de cada fase veremos na análise de cada uma das afirmativas da questão.
Vejamos:
AFIRMATIVA (I): O termo PRÉ-OPERATÓRIO tem início quando se toma a decisão de
se prosseguir com a intervenção cirúrgica e termina com a transferência do paciente para a
mesa da sala cirúrgica. Afirmativa INCORRETA.
AFIRMATIVA (II): O termo INTRA-OPERATÓRIO inclui todo procedimento cirúrgico
até a transferência para a área de recuperação. Afirmativa CORRETA.
AFIRMATIVA (III): O termo PÓS-OPERATÓRIO inclui a admissão do paciente na
recuperação anestésica e continua até o paciente receber uma avaliação de acompanhamento
em casa ou ser transferido para uma unidade de reabilitação. Afirmativa CORRETA.
1
Rosa M. T. L. Manual de instrumentação cirúrgica. Mundial.
mediastino.
Assinale a alternativa que contém a sequência CORRETA.
A) V, F, F. B) V, V, F. C) V, V, V. D) F, F, F. E) F, F, V.
COMENTÁRIOS2:
As cirurgias podem ser classificadas de acordo com o potencial de contaminação.
Vejamos abaixo:
1. Cirurgias limpas: São aquelas realizadas em tecidos estéreis ou passíveis de
descontaminação, na ausência de processo infeccioso e inflamatório local ou falhas
técnicas grosseiras, cirurgias eletivas e traumáticas com cicatrização de primeira
intenção e sem drenagem. Cirurgias em que não ocorrem penetrações nos tratos
digestivo, respiratório ou urinário.
2. Cirurgias potencialmente contaminadas: realizadas em tecidos colonizados por
flora microbiana pouco numerosa ou em tecidos de difícil descontaminação, na
ausência de processo infeccioso e inflamatório e com falhas técnicas discretas no
transoperatório. Cirurgias limpas com drenagem, se enquadram nesta categoria.
Ocorre penetração nos tratos digestivo, respiratório ou urinário sem contaminação
significativa.
2
Brasil. Ministério da Saúde. Portaria nº 930, de 27 de agosto de 1992. Dispõe sobre normas para controle de infecção
hospitalar.
vez que é realizada em tecido estéril, passível de descontaminação, sem haver processo
infeccioso local. Afirmativa Verdadeira.
Afirmativa (II). As cirurgias potencialmente contaminadas são realizadas em
tecidos colonizados por flora microbiana pouco numerosas, em tecidos cavitários com
comunicação com o meio externo ou de difícil descontaminação na ausência de processo
infeccioso local. Afirmativa Verdadeira.
Afirmativa (III). São cirurgias classificadas como limpas: vascular, ortopédicas,
plásticas e de mediastino. Afirmativa Falsa.
Gabarito letra B.
Item D. Necessária – a cirurgia deve ser realizada, ou seja, a decisão não fica por
conta do paciente.
Item E. Emergência – o paciente requer atenção imediata; o distúrbio pode ter risco
para a vida.
O gabarito, portanto, é a letra E.
3
Brasil. Ministério da Saúde. Portaria nº 930, de 27 de agosto de 1992. Disponível em: //htt.
sna.saude.gov.br/legisla/legisla/inf_h/GM_P930_92inf_h.doc
descontaminação, na ausência de processo infeccioso e inflamatório local ou falhas
técnicas grosseiras, cirurgias eletivas e traumáticas com cicatrização de primeira
intenção e sem drenagem. São as cirurgias em que não ocorrem penetrações nos
tratos digestivo, respiratório ou urinário.
2. CIRURGIAS POTENCIALMENTE CONTAMINADAS: São aquelas realizadas
em tecidos colonizados por flora microbiana pouco numerosa ou em tecidos de
difícil descontaminação, na ausência de processo infeccioso e inflamatório e com
falhas técnicas discretas no transoperatório. Cirurgias limpas com drenagem se
enquadram nesta categoria. Ocorre penetração nos tratos digestivo, respiratório ou
urinário sem contaminação significativa.
3. CIRURGIAS CONTAMINADAS: São aquelas realizadas em tecidos
traumatizados recentemente e abertos, colonizados por flora bacteriana
abundante, cuja descontaminação seja difícil ou impossível, bem como todas
aquelas em que tenham ocorrido falhas técnicas grosseiras, na ausência de supuração
local. Presença de inflamação aguda na incisão e cicatrização de segunda intenção,
grande contaminação a partir do tubo digestivo.
4. CIRURGIAS INFECTADAS: Intervenções cirúrgicas realizadas em qualquer
tecido ou órgão, em presença de processo infeccioso (supuração local), tecido
necrótico, corpos estranhos e feridas de origem suja.
Bem, agora que fizemos essa breve revisão, partiremos para classificação das cirurgias
mencionadas nas alternativas.
Alternativa A: Incisão com secreção purulenta. Cirurgia infectada.
Alternativa B: Cirurgias realizadas no reto. Cirurgia contaminada.
Alternativa C: Cirurgia no sistema musculoesquelético. Cirurgia limpa.
Alternativa D: Cirurgia realizada no trato gastrintestinal. Cirurgia potencialmente
contaminada.
Alternativa E: Cirurgias de traumatismo crânioencefálico abertas. Cirurgia limpa.
Logo, a alternativa que apresenta uma cirurgia potencialmente contaminada é a D.
12. (Prefeitura de Colatina-ES/FUNCAB/2012/RP) Faz parte das atividades de
enfermagem durante a fase pós-operatória:
a) instruir o paciente com outros membros da equipe de enfermagem.
b) estabelecer o acesso venoso.
c) colocar o dispositivo de aterramento no paciente.
d) descrever as limitações físicas.
e) verificar se as contagens de compressas, agulhas e instrumentos estão corretas.
COMENTÁRIOS:
Em geral, são ações de enfermagem no período intraoperatório: (c) colocar o
dispositivo de aterramento no paciente; e (e) verificar, na sala de cirurgia, se as contagens de
compressas, agulhas e instrumentos estão corretas.
É uma ação que pode ser realizada no período pré-operatório ou intraoperatório, a
depender da situação do paciente: (b) estabelecer o acesso venoso.
Em geral, são ações de enfermagem nos períodos pré-operatório, intraoperatório e pós-
operatório: (a) instruir o paciente com outros membros da equipe de enfermagem; e (d)
descrever as limitações físicas.
A alternativa “mais correta“ é a letra D (gabarito da questão). Todavia, também é ação
de enfermagem no período pós-operatório instruir o paciente com outros membros da
equipe de enfermagem. Por isso, essa questão deveria ter sido anulada.
13. (Prefeitura de São Benedito do Rio Preto-MA/ IMA/2014) O senhor T.D.G., 56 anos,
casado, aposentado, é diabético, e apresentou necrose no membro inferior direito, por isso,
foi encaminhado para o centro cirúrgico, pelo cirurgião vascular para amputação do membro,
mas ao dar entrada no centro cirúrgico, teve uma parada cardíaca e faleceu. Quanto ao
período operatório pode-se considerar que o mesmo faleceu no:
a) Pré-operatório imediato.
b) Pós-operatório imediato.
c) Intra-operatório.
d) Transoperatório.
e) Operatório.
COMENTÁRIOS:
Vamos relembrar:
Foco central,
Negatoscópio:aparelho utilizado para a visualização dos raios X, composto por
lâmpada fluorescente e placa de acrílico.
Sistema de canalização de ar e gases
Mesa cirúrgica manual ou automática com colchonete de espuma
Perneiras metálicas
Suporte de ombros e braços,
Arco para narcose
Coxins e talas para auxiliar no posicionamento do cliente.
Esfigmomanômetro
Monitor de eletrocardiograma
Material para intubação traqueal
Equipamentos para ventilação e oxigenação
Aspirador de secreções
Oxímetro de pulso e outros aparelhos especializados.
Os equipamentos auxiliares são aqueles que podem ser movimentados pela sala, de
acordo com a necessidade:
Suporte de hamper e bacia
Mesas auxiliares
Bisturi elétrico
Foco auxiliar
Banco giratório
Escada
Estrado
Balde inoxidável com rodinhas ou rodízios
Carros ou prateleiras para materiais estéreis, de consumo
Soluções antissépticas
Ainda são necessários diversos pacotes esterilizados contendo aventais (avental com
abertura para a frente), luvas de diferentes tamanhos, campos duplos, campos simples,
compressas grandes e pequenas, gazes, impermeável (para forrar a mesa do instrumentador),
cúpulas grandes e pequenas, cuba rim, bacia, sondas e drenos diversos, cabo com borracha
para aspirador e cabo de bisturi elétrico (pode vir acondicionado em caixas). Outros materiais
esterilizados são as caixas de instrumentais, o estojo de material cortante (pode estar
acondicionado dentro da caixa de instrumentais), bandeja de material para anestesia e fios de
sutura de diferentes números e tipos.
Como materiais complementares: a balança para pesar compressas e gazes, as soluções
antissépticas, esparadrapo, ataduras, pomada anestésica, medicamentos anestésicos e de
emergência, soluções endovenosas do tipo glicosada, fisiológica, bicarbonato de sódio,
solução de álcool hexa-hídrico (Manitol), de Ringer e de Ringer Lactato.
Para a realização do procedimento cirúrgico-anestésico, temos:
O aparelho de anestesia é composto de vários itens integrados entre si com função
básica de administrar gases durante a anestesia inalatória, sendo constituído basicamente de
três componentes, a saber: a secção de fluxo continuo, sistema respiratório e respirador.
O bisturi de argônio é um equipamento utilizado para rapidamente coagular grandes
superfícies sangrantes. Não existe contato entre a ponta do bisturi e a superfície a ser
coagulada, evitando o acúmulo de tecido coagulado na ponta do bisturi, bem como evitando o
deslocamento de coágulos já formados na superfície do fígado. O sangramento e o tempo
cirúrgico são reduzidos significativamente.
O bisturi elétrico (ou eletrocautério) é um equipamento em que a corrente elétrica corta
o tecido humano vaporizando a água da região. A corrente entra no organismo do paciente
através do bisturi e sai por uma placa de metal ou borracha condutora colocada junto ao
corpo.
O laparoscópio é composto por um sistema de lentes para a captação de imagens e de
um de fibra ótica para a transmissão do feixe luminoso oriundo da fonte de luz. O feixe
luminoso permitirá que a imagem do interior da cavidade seja captada. A microcâmera é
acoplada a ele para a recepção de imagens do interior da cavidade abdominal ou torácica.
Quanto maior o calibre do laparoscópio, maior sua resolução.
A manta térmica é utilizada nos pacientes cirúrgicos para evitar a hipotermia, pois a
manutenção de normotermia central no período intra-operatório é recomendável com base em
estudos que demonstram redução das complicações nesses pacientes.
Além dos equipamentos citados, podemos elencar ainda: aspirador cirúrgico, foco
cirúrgico de teto e portátil, mesa cirúrgica, bomba de infusão, desfibrilador cardíaco,
monitor, equipamentos de videocirurgia.
Foco central,
Negatoscópio: aparelho utilizado para a visualização dos raios X, composto por
lâmpada fluorescente e placa de acrílico.
Sistema de canalização de ar e gases
Mesa cirúrgica manual ou automática com colchonete de espuma
Perneiras metálicas
Suporte de ombros e braços,
Arco para narcose
Coxins e talas para auxiliar no posicionamento do cliente.
Logo, o gabarito é a letra D.
O Índice de Aldrete e Kroulik foi criado e validado em 1970. Em 1995 foi submetido a
uma revisão pelos próprios autores. É utilizado, desde sua criação, na avaliação e evolução
dos pacientes no período pós-anestésico pela análise da atividade muscular, da respiração, da
circulação, da consciência e da saturação de oxigênio. A pontuação varia de 0 a 2 pontos para
cada parâmetro, na qual o zero (0) indica condições de maior gravidade, a pontuação um (1)
corresponde a um nível intermediário e, a dois (2) representa as funções restabelecidas. Ao
final de cada avaliação é efetuada a soma desses escores. Um total de oito (8) a dez (10)
pontos indicam que o paciente está em condições de alta da SRPA. Essa somatória é atingida
pela maioria dos pacientes após duas (2) horas de permanência nessa sala.
As indicações para alta da SRPA são atribuições do médico plantonista, em comum
acordo com o médico anestesiologista assistente. São critérios para alta do paciente da SRPA:
estabilidade dos sinais vitais; retorno do estado de consciência; controle efetivo da dor;
Agora, vejamos uma questão sobre o tema:
25. (HU-UFGD/EBSERH/AOCP/2014) Preencha as lacunas e assinale a alternativa correta.
“O paciente submetido a uma cirurgia sob anestesia geral ou regional encontra-se em estado
de potencial instabilidade cardiorrespiratória, decorrente de alterações fisiológicas e/ou
fisiopatológicas do procedimento anestésicocirúrgico. Assim, deve ser realizado controles
seriados de Sinais Vitais de ___________ minutos na primeira hora do período de
permanência na Recuperação Pós-anestésica, podendo passar de ____________minutos nas
horas subsequentes, desde que o paciente se apresente estável.”
a) 10 em 10 / 60 em 60
b) 05 em 05 / 15 em 15
c) 20 em 20 / 40 em 40
d) 30 em 30 / 45 em 45
e) 15 em 15 / 30 em 30
COMENTÁRIOS:
Na RPA, na primeira hora o controle dos sinais vitais é realizado de 15 em 15
minutos; se estiver regular, de 30 em 30 minutos. Mantida a regularidade do quadro, o
tempo de verificação do controle deve ser espaçado para 1/1h, 2/2h, e assim por diante. Esta
avaliação deve ser contínua até a alta da SRPA. As intervenções de enfermagem focam no
monitoramento e manutenção das vias respiratórias, sistema respiratório, condição
circulatória, estado neurológico e controle da dor.
A partir dos comentários, contatamos que o gabarito da questão é a letra A.
4
Ceará. Universidade Federal do Ceará. Protocolo de anestesiologia: SRPA – Sala de Recuperação Pós-anestésica.
Disponível em:
http://www.meac.ufc.br/arquivos/biblioteca_cientifica/File/PROTOCOLO%20ANESTESIOLOGIA/salarecuperacaoposanestesi
ca.pdf
Alternativa A. Aplicar o índice de Aldrette Kroulik nos pacientes sob sua
responsabilidade. Alternativa CORRETA. Esse índice tem como proposta, a avaliação dos
sistemas cardiovascular, respiratório, nervoso central e muscular dos pacientes, através de
parâmetros clínicos de fácil verificação, como frequência respiratória, pressão arterial,
atividade muscular, consciência e saturação periférica de oxigênio mediante oximetria de
pulso.
5- POSICIONAMENTOS CIRÚRGICOS
O tórax, na posição lateral (sims), permite abordagem operatória nas regiões mais
superiores da cavidade torácica.
Item III. A posição trendelenburg reversa (proclive), como o próprio nome sugere, é
reversa à posição trendelenburg, ou seja, é descrita como aquela que a cabeceira é elevada e
os pés são abaixados. Geralmente é escolhida para oferecer melhor acesso à cabeça e ao
pescoço.
Nessa posição, o paciente é colocado em decúbito dorsal com a cabeça em nível
superior aos pés. Esta posição é usada em alguns tempos cirúrgicos na mamoplastia.
O gabarito, portanto, é a letra D.
Item E. Incorreto. A posição supina é a decúbito dorsal. Por outro lado, a posição
ventral corresponde à posição em que o paciente se encontra com o ventre voltado para a
mesa cirúrgica, favorecendo o acesso às costas, necessário em cirurgias da coluna.
Deste modo, o gabarito é a letra B.
5
Anvisa (disponível em http://www.ccih.med.br/Caderno%20E.pdf)
poderá promover um efeito de corrosão e podem também ocorrer danos em fibras ópticas.
Outra limitação é a não esterilização de óleos e pós, por serem impermeáveis ao vapor, os
quais devem ser esterilizados por calor seco ou radiação.
A esterilização pelo calor seco é feita em estufas elétricas equipadas com termostato e
ventilador, a fim de promover um aquecimento mais rápido, controlado e uniforme dentro da
câmara. A circulação de ar quente e o aquecimento dos materiais se faz de forma lenta e
irregular, requerendo longos períodos de exposição e temperatura mais elevada do que o
vapor saturado sob pressão para se alcançar a esterilização.
Este processo deve se restringir a artigos que não possam ser esterilizados pelo
vapor saturado sob pressão, pelo dano que a umidade pode lhes causar ou quando são
impermeáveis, como vaselina, óleos e pós.
As estufas são usadas para esterilizar materiais ¨secos¨, como vidraria, principalmente
as de precisão, seringas, agulhas, pós, instrumentos cortantes, gases vaselinadas, gases
furacinadas, óleos, vaselina, etc.
A esterilização acontece quando a temperatura no interior da estufa atinge de 160 ºC a
170ºC, durante 1 a 2 horas (dependendo do equipamento)6, ocorrendo destruição de
microorganismos, inclusive os esporos. Deve-se salientar que a temperatura precisa
permanecer constante por todo esse tempo, evitando-se abrir a porta da estufa antes de vencer
o tempo.
Atualmente, a indicação para a esterilização por meio de calor seco é a esterilização de
óleos e pós. Todavia, para a maioria dos serviços de saúde no Brasil, esses produtos são
facilmente adquiridos já esterilizados. A ANVISA não recomenda a utilização de estufas em
serviços de saúde.
6
Alguns autores relatam que o tempo necessário para esterilização por meio de estufa varia entre duas a uma hora,
quando em temperaturas de 160 º C a 170º C, respectivamente.
35. (HC-UFMG/EBSERH/AOCP/2014) Em relação à limpeza da sala operatória, relacione
as colunas e assinale a alternativa correta.
1. Limpeza terminal.
2. Limpeza preparatória.
3. Limpeza operatória.
4. Limpeza concorrente.
A. Realizada entre uma e outra cirurgia para remoção de sujidades e matéria orgânica
presentes nos instrumentais e acessórios.
B. Durante o procedimento cirúrgico quando ocorrer contaminação do chão com matéria
orgânica ou resíduos.
C. Após o término do último procedimento, iniciando da parte mais limpa para a parte mais
suja. Inclui limpeza do mobiliário, foco, equipamentos de anestesia e mesa de cirurgia.
D. Antes do início da montagem da sala da primeira cirurgia do dia a fim de remover
partículas de poeira dos mobiliários. Utilizar álcool a 70%.
a) 1C – 2D – 3B – 4A.
b) 1A – 2B – 3C – 4D.
c) 1C – 2A – 3B – 4D.
d) 1B – 2C – 3A – 4D.
e) 1C – 2B – 3D – 4A
COMENTÁRIOS:
O processo de limpeza no centro cirúrgico deve cumprir determinadas etapas: pré-
operatória, operatória, concorrente e terminal.
Limpeza pré-operatória: é efetuada geralmente pelo pessoal do plantão noturno e
com o intuito de remover as partículas de poeira depositadas nas superfícies horizontais após
o final da limpeza terminal. Essa remoção deve ser feita uma hora antes do início da primeira
cirurgia da programação a ser realizada.
A limpeza operatória: é a que se executa durante o procedimento cirúrgico, restrita à
contaminação ao redor do campo operatório. As áreas contaminadas com material biológico
como sangue, secreção, muco devem receber cuidados com um agente químico de amplo
espectro, para que não ocorra secagem da superfície e disseminação contaminando o ar, não
se devendo, entretanto, manipular roupas ou lixo durante esse período. O aspecto mais
importante desta limpeza é a remoção mecânica da sujidade.
Limpeza concorrente: é executada no término de cada cirurgia. A equipe cirúrgica ao
deixar a sala de operação deve colocar o avental no hamper e as luvas em local determinado,
para auxiliar o circulante na arrumação da sala para a próxima cirurgia. O hamper deve ser
fechado e levado ao local de acesso à lavanderia. O instrumental deve ser colocado aberto
em caixas pelo instrumentador ainda devidamente paramentado ou pelo circulante de sala,
usando luvas. Em seguida, encaminhado ao expurgo do centro de material o mais cedo
possível para o reprocessamento.
Limpeza terminal: No final do dia, após o término de programação cirúrgica,
executa-se a limpeza terminal do centro cirúrgico. O mobiliário e equipamentos são limpos
com agente adequado, incluindo rodas e gavetas, levando em consideração que a fricção
mecânica é importante para remoção da sujidade. As macas e os carros de transporte também
devem ser limpos. As paredes devem ser lavadas se houver necessidade. O chão deve ser
lavado com água e sabão com o uso da máquina a vácuo.
1-C. Limpeza terminal: Após o término do último procedimento, iniciando da parte mais
limpa para a parte mais suja. Inclui limpeza do mobiliário, foco, equipamentos de anestesia e
mesa de cirurgia.
2-D. Limpeza preparatória: Antes do início da montagem da sala da primeira cirurgia do
dia a fim de remover partículas de poeira dos mobiliários. Utilizar álcool a 70%.
4-A. Limpeza concorrente: Realizada entre uma e outra cirurgia para remoção de sujidades
e matéria orgânica presentes nos instrumentais e acessórios.
7
SOBECC Nacional – SP. Sociedade Brasileira de Enfermeiros de Centro Cirúrgico, recuperação anestésica e
centro de material e esterilização. 4ª ed. – Revisada e Atualizada, 2007.
bacterianos. O processo de desinfecção pode ser físico ou químico. Alternativa
INCORRETA.
Portanto, gabarito letra B.
8
Anvisa (disponível em http://www.ccih.med.br/Caderno%20C.pdf).
elevado de esporos bacterianos.
Assepsia é o conjunto de medidas que utilizamos para impedir a penetração de
microorganismos num ambiente que logicamente não os tem, logo um ambiente asséptico é
aquele que está livre de infecção.
Antissepsia é o conjunto de medidas propostas para inibir o crescimento de
microorganismos ou removê-los de um determinado ambiente, podendo ou não destruí-los e
para tal fim utilizamos antissépticos ou desinfetantes.
Nesses termos, o gabarito da questão é a letra A.
9
Anvisa (disponível em http://www.ccih.med.br/Caderno%20E.pdf).
tem o controle e a garantia desse resultado.
( ) No seu espectro de ação, a desinfecção de alto nível deve incluir a eliminação de alguns
esporos, o bacilo da tuberculose, todas as bactérias vegetativas, fungos e todos os vírus.
( ) Na desinfecção de nível intermediário é esperada ação sobre os esporos bacterianos e
ação média sobre vírus não lipídicos, eliminando a maioria dos fungos e atuando sobre todas
as células vegetativas bacterianas.
a) V – V – F – F.
b) V – V – V – F.
c) F – F – V – V.
d) F – V – F – V.
e) V – F – V – F.
COMENTÁRIOS10:
Vamos analisar cada item para melhor compreensão do tema.
Itens I e II. Corretos. O termo desinfecção deverá ser entendido como um processo de
eliminação ou destruição de todos os microrganismos na forma vegetativa, independente de
serem patogênicos ou não, presentes nos artigos e objetos inanimados. A destruição de
algumas bactérias na forma esporulada também pode acorrer, mas não se tem o controle e a
garantia desse resultado.
Item III. Correto. No seu espectro de ação, a desinfecção de alto nível deve incluir a
eliminação de alguns esporos, o bacilo da tuberculose, todas as bactérias vegetativas,
fungos e todos os vírus. A desinfecção de alto nível é indicada para itens semi-críticos como
lâminas de laringoscópios, equipamento de terapia respiratória, anestesia e endoscópio de
fibra ótica flexível.
Item IV. Incorreto. Na desinfecção de nível intermediário não é esperada ação sobre
os esporos bacterianos e ação média sobre vírus não lipídicos, mas que seja tuberculicida.
Esse nível de desinfecção elimina a maioria dos fungos e atua sobre todas as células
vegetativas bacterianas. Cloro, iodóforos, fenólicos e alcoóis pertencem a este grupo.
10
Anvisa, disponível em: http://www.ccih.med.br/Caderno%20C.pdf.
Por fim, destacamos que, na desinfecção de baixo nível, não há ação sobre os esporos
ou bacilo da tuberculose, podendo ter ou não ação sobre vírus não lipídicos e com atividade
relativa sobre fungos, mas capaz de eliminar a maioria das bactérias em forma vegetativa.
Compostos com quaternário de amônia são exemplos de desinfetantes de baixo nível.
O gabarito da questão, portanto, é a letra B.
12
Moriya T., Módena J. L. P. Assepsia e antissepsia: técnicas de esterilização. Medicina (Ribeirão Preto) 2008;
41 (3): 265-73. Disponível em: http://www.revistas.usp.br/rmrp/article/viewFile/272/273
• Remoção de sujidade visível (orgânica e
LIMPEZA inorgânica) de um artigo e, por conseguinte,
na retirada de sua carga microbiana.
Essa é foi uma questão bem fácil, não é verdade? Logo, o conceito apresentado se
refere a desinfecção.
Gabarito letra A.
O papel kraft está em desuso por conter amido, fungos, corantes e produtos tóxicos.
Além disso, não resiste a umidade, tem efeito memoria, apresenta irregularidades, apresenta
micro furos, é frágil e vulnerável como barreira microbiana após a esterilização.
Passaremos agora para as afirmativas.
Afirmativa 1. INCORRETA. Papel grau cirúrgico, papel Kraft não são utilizados em
autoclave (calor seco), já a caixa de inox pode ser utilizada em estufa.
Afirmativa 2. INCORRETA. Tyvek é recomendados para plasma de peróxido de
hidrogênio, mas o papel kraft não é recomendado para uso em plasma de peroxido de
hidrogênio.
Afirmativa 3. INCORRETA. Papel Kraft e tecido não são recomendados para
esterilização por óxido de etileno, já o não-tecido é recomendado.
Afirmativa 4. CORRETA. Caixa de inox de parede fina e papel alumínio são
recomendados para estufa.
Afirmativa 5. CORRETA. Caixa de inox, papel grau cirúrgico e tecido de algodão
são embalagens usadas para esterilização por autoclave.
Estão corretas apenas 4 e 5. Portanto, gabarito letra E.
47. (HU-UFMA/EBSERH/IBFC/2013/IP) Considerando as embalagens e os métodos de
esterilização, leia as frases abaixo e a seguir assinale a alternativa que corresponde à resposta
correta.
I. Uma das características da embalagem ideal é possuir alta memória, facilitando a abertura
dos pacotes.
II. As funções primárias das embalagens são: possibilitar a esterilização do material; manter
a esterilização do material até sua utilização; e permitir a retirada do material de forma
asséptica.
III. O material embalado em tecido de algodão é compatível com o método de esterilização
de vapor sob pressão.
IV. A embalagem do tipo papel grau cirúrgico pode ser utilizada para os métodos de
esterilização a vapor sob pressão e óxido de etileno.
Estão corretas as afirmativas:
a) I, II, III, e IV.
b) II, III e IV apenas.
c) I e II apenas.
d) IV apenas.
e) III apenas.
COMENTÁRIOS
As embalagens utilizadas em artigos de serviços de saúde têm como objetivo manter a
segurança do processo de esterilização do produto no que se refere ao uso pretendido, à vida
útil e as condições de transporte e armazenagem13.
O “sistema de embalagem” refere-se à combinação do sistema de barreira estéril e a
embalagem de proteção:
Sistema de barreira estéril: embalagem primária que previne a entrada de
microrganismos e permite apresentação asséptica do produto, ex: folha de
empacotamento interno.
Embalagem de proteção: embalagem secundária cuja finalidade é proteger e
prevenir danos para o sistema estéril e seu conteúdo, ex: embalagem externa de
13
Manual de Processamento de Artigos em Serviços de Saúde
perfuro cortante, mais de um produto na mesma embalagem etc.
Segundo RDC 15/2012, a embalagem para esterilização de produtos para saúde consiste em
invólucro que permite a entrada e saída do ar e do agente esterilizante e impede a
entrada de microorganismos.
Recomendações:
Lavar antes do primeiro uso;
Lavar após cada uso (restaurar teor de
umidade das fibras);
Estabelecer número máximo de
reprocessamentos;
Realizar testes frequentes de
permeabilidade à água.
Compatível apenas com o processo de
esterilização pelo vapor saturado sob
pressão;
Não indicado para Óxido de Etileno e
Formaldeído por reter grande quantidade
de umidade e resíduos do agente
esterilizante.
Vantagens:
Barreira efetiva contra a penetração de
microrganismos;
Flexível;
Porosidade controlada;
Resistente à ruptura;
Antiestático (não favorece acúmulo de
poeira);
Hidro-repelente;
Biodegradável;
Atóxico e não irritante;
Indicações:
Reciclável.
Vapor Saturado sob Pressão
Óxido de Etileno
Vapor de baixa temperatura e formaldeído
Papel grau cirúrgico
Recomendações:
Vantagens
Indicações
Autoclave
ETO
Plasma Peróxido de Hidrogênio (Sterrad)
Caixas metálicas
Indicadas para estufas – desuso;
Somente podem ser utilizadas em
autoclaves se perfuradas.
http://www.containersystem.com.br/pt_br/site/noticias/ver/16/sistema_de_c
ontencao_regidos_para_esterilizacao_containeres
Não tecido – SMS
Formado por camadas de véus de fibras ou filamentos;
Alta eficiência a tração, rasgos e perfurações;
Repelente a líquidos;
Alta permeabilidade aos agentes esterilizantes;
Excelente barreira contra microrganismos;
Maleabilidade.
Indicações
Autoclave
ETO
Plasma Peróxido de Hidrogênio (Sterrad)
Vapor de Baixa temperatura e formaldeído
Quadro: Tipos de Embalagem e a compatibilidade com o Metódo de Esterilização
Tecido
algodão
Papel grau
cirúrgico
Papel crepado
Tyvek
Não Tecido
SMS
Caixa
metálica
(perfurada)
Contêiner
rígido
alumínio
anodizado
Vidro
refratário
Outra proibição da RDC 15/2012 quanto às embalagens para produtos para a saúde:
Não é permitido o uso de embalagens de papel kraft, papel toalha, papel manilha,
papel jornal e lâminas de alumínio, assim como as embalagens tipo envelope de plástico
transparente não destinadas ao uso em equipamentos de esterilização.
Ainda de acordo com a RDC 15/2012,
(...)
Art. 83 É obrigatória a identificação nas embalagens dos produtos para saúde
submetidos à esterilização por meio de rótulos ou etiquetas.
Art. 84 O rótulo dos produtos para saúde processados deve ser capaz de se manter
legível e afixado nas embalagens durante a esterilização, transporte, armazenamento,
distribuição e até o momento do uso.
Após essa breve e necessária revisão, passaremos para a análise das afirmativas.
Afirmativa (I): Ocupar, no máximo, 80% da capacidade da câmara para favorecer a
boa utilização da capacidade da autoclave e proporcionar espaço livre para a circulação do
vapor na câmara. Afirmativa INCORRETA.
Afirmativa (II): Não há indicação do espaço entre os pacotes e sim, de não apertar os
pacotes para permitir que o vapor alcance todas as faces do pacote. Alternativa
INCORRETA.
Afirmativa (III): Não sobrepor materiais de modo a compactá-los, para permitir que o
vapor alcance todas as faces dos pacotes. Alternativa CORRETA.
Afirmativa (IV): Não posicionar os pacotes encostados nas paredes internas da
câmara, pois essa conduta evita que as laterais encostadas nas paredes não tenham contato
com o vapor. Alternativa CORRETA.
O gabarito corresponde a alternativa C.
Vejamos as questões:
14
Brasil. Ministério da Saúde. Portaria 2.616, de 12 de maio de 1998. Regulamenta as ações de controle de
infecção hospitalar. Disponível em: http://www.ccih.med.br/portaria2616.html
A sequência correta é V, F, V, V. Alternativa correta letra B.
Observação:
Sinais clínicos (febre, hiperemia, dor, calor, calafrios) ou laboratoriais (leucocitose, aumento
dos níveis de Proteína C reativa - PCR quantitativa ou Velocidade de hemossedimentação -
VHS) são inespecíficos, mas podem sugerir infecção.
Tipos:
A. Óssea, Articulação ou Bursa e Espaço Discal.
Nessa tela, o gabarito da questão é a letra D.
56. (Prefeitura de Tangará da Serra – MT/Instituto Cidades/2011) A infecção hospitalar
tem sido a causa de risco de vida para os pacientes, de custos elevados, e de demonstrativo
de ineficiência dos hospitais. Dentre os fatores que influenciam o aparecimento da infecção
hospitalar, podemos citar, EXCETO:
a) Alimentos trazidos de fora do hospital.
b) Esterilização eficiente de instrumental cirúrgico.
c) Flores e objetos trazidos de fora do hospital.
d) Pacientes imunodeprimidos.
COMENTÁRIOS:
A esterilização ineficiente de instrumental cirúrgico influencia o aparecimento da
infecção hospitalar. Assim, o gabarito é a letra B.
13. (Prefeitura de São Benedito do Rio Preto-MA/ IMA/2014) O senhor T.D.G., 56 anos,
casado, aposentado, é diabético, e apresentou necrose no membro inferior direito, por isso, foi
encaminhado para o centro cirúrgico, pelo cirurgião vascular para amputação do membro,
mas ao dar entrada no centro cirúrgico, teve uma parada cardíaca e faleceu. Quanto ao período
operatório pode-se considerar que o mesmo faleceu no:
a) Pré-operatório imediato.
b) Pós-operatório imediato.
c) Intra-operatório.
d) Transoperatório.
e) Operatório.
Gabarito
1. D 7. A 13. D 19. B 25. A 31. B 37. A 43. A 49. E 55. D
2. B 8. C 14. B 20. E 26. B 32. D 38. A 44. A 50. B 56. B
3. A 9. E 15. A 21. D 27. B 33. A 39. C 45. A 51. E 57. C
4. C 10. E 16. E 22. D 28. B 34. C 40. B 46. E 52. B 58. B
5. A 11. D 17. A 23. D 29. D 35. A 41. B 47. B 53. A 59. A
6. B 12. D 18. E 24. E 30. D 36. B 42. C 48. C 54. E 60. D
61. D