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APOSTILA:
NOÇÕES BÁSICAS DE CLINICA
CIRURGICA
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INTRODUÇÃO
1. HISTÓRICO
As primeiras intervenções cirúrgicas, impostas pelas consequências de guerras, nas
amputações de membros. Eram realizadas pelos “cirurgiões barbeiros” a enfermagem esteve
presente no cuidado aos pacientes, como também na limpeza e manutenção do ambiente;
No Séc. XIX os instrumentais precários, matéria-prima imprópria, planta física inadequada.
Foi a partir de 1846 que a história evoluiu com a descoberta da anestesia; e continuou evoluindo
durante todo o século XIX com procedimentos cada vez mais complexos. Os vanços tecnológicos
ocorridos nos últimos anos, a cirurgia passou de técnicas manuais e procedimentos simples para
o uso de computadores e robótica.
2. ENFERMAGEM NO PERIOPERATÓRIO
O Período perioperatório consiste nas três fases que começam e terminam na
sequênciao de eventos da experiência cirúrgica, que incluem:
Fase pré-operatória - começa com a decisão para proceder a intervenção cirúrgica e termina
com a transferência do paciente para a mesa da sala de cirurgia;
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1. CONCEITO
Segundo o Ministério da saúde o CME consiste em: Conjunto de elementos destinados a
recepção e expurgo, preparo, esterilização, guarda e distribuição do material não
caracterizado como de uso único para as unidades de estabelecimento de saúde. Para a
ANVISA, trata-se da unidade funcional destinada ao processamento de produtos para a saúde
dos serviços de saúde
2. LOCALIZAÇÃO
Obrigatório em Unidades de saúde com: CC, centro obstétrico e/ou ambulatorial,
hemodinâmica, emergência de alta complexidade e urgência. Próximo ao: almoxarifado e
lavanderia; ou unidades consumidoras (CC).
3. CLASSIFICAÇÃO DOS ARTIGOS HOSPITALARES
Artigos críticos – entram em contato com tecidos estéreis ou com o sistema vascular e
devem ser esterilizados para uso, pois possuem alto risco de causar infecção.
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Artigos semicríticos – são aqueles destinados ao contato com a pele não intacta ou com
mucosas íntegras. Ex.: equipamentos respiratórios e de anestesia, endoscopia, etc. Requerem
desinfecção de alto nível ou esterilização.
Artigos não críticos – são artigos destinados ao contato com a pele íntegra do paciente.
Ex.: comadres (aparadores), cubas, aparelhos de pressão, entre outros. Requerem limpeza ou
desinfecção de baixo ou médio nível. Deve-se atentar para o risco de transmissão secundária
por parte dos profissionais que lidam com o artigo e entrem em contato com o paciente.
4. ELEMENTOS CONSTRUTIVOS
Planejamento do CME deve estar de acordo com a demanda diária de produtos a serem
processados. Necessita de cinco setores:
• Recepção e limpeza
Local mais contaminado do CME, materiais sujos com sangue, secreções e excreções.
Possuindo uma recepção, local onde o material é recebido para ser processado. Também
possui a área de limpeza, onde é realizada a remoção de sujidades orgânicas e inorgânicas,
tendo por finalidade reduzir a carga microbiana. Pode ser realizado pelo método manual
(água, detergente e acessórios de limpeza) e Método automatizado (usando jato sob pressão
e ultrassônica para objetos de conformação simples).
Água: deve ser NO MÍNIMO potável; para alguns materiais necessário que seja usada
uma água tratada de forma específica (água mole, deionizada, de osmose reversa, destilada);
Detergentes de pH neutro enzimáticos: enzimas lipolítica (lipase), enzima glicolítica
(amilase) e enzima proteolíca (protease);
Detergentes de pH neutro não-enzimático, detergentes alcalinos (proteínas e gorduras) e
detergentes ácidos.
Os materiais precisam ser desmontados e os instrumentais abertos para que TODA a
superfície esteja em contato com o detergente. Primeiro passo é o de separar os itens cortantes,
itens pesados, materiais leves e delicados em cima dos pesados. Em seguida é feita a pré-
limpeza, deve ser aplicar jato de água pra remoção da sujidade grosseira para então iniciar a
limpeza manual: fricção com escovar de cerdas firmes e macias; esponjas para superfícies
lisas (bacias, cuba rim, cúpula e outros.
Uma vez limpos os materiais devem ser enxaguados com água abundante potável ou
tratada. Os materiais precisam ser também inspecionar para conferir a limpeza. E por fim
devem passar pela secagem, manual ou automatizada (termodesifetadora).
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Químicos: agem pelo uso de desinfetantes químicos, como aldeídos (glutaraldeído), ácido
peracético, soluções cloradas e álcool;
Físico-químicos: associa parâmetros físicos e químicos em processos automatizados.
• Preparo e esterilização;
O preparo para esterilização é aplicável para qualquer produto crítico, cuja condição de
esterilidade necessite ser garantida durante o transporte e o armazenamento;
1° Inspeção: observação criteriosa da limpeza e funcionalidade do material;
- 2° Acondicionamento: Material cirúrgico: em caixas, forradas como “tapete” de material
absorvente ou em caixa com furos; instrumentos devem ser colocado abertos e
desmontados, cubas emborcadas.
3º Empacotamento (embalagem): algodão tecido, não tecido (manta de poilpropileno) e
papel grau cirúrcico.
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Classe II: autoclaves com sistema pré-vácuo, teste de Bowie-Dick, verifica se a remoção de
ar da autoclave foi feita, garantindo a distribuição de forma uniforme do vapor. Realizar o
Bowie-Dick, diariamente, antes da primeira carga a ser processada, com a autoclave vazia e
pré-aquecida;
Indicadores biológicos:
São utilizados os esporos para avaliação do sucesso da esterilização;
1ª geração: são tiras ou discos de papel impregnados por esporos, após ser submetidos ao
ciclo de esterilização são encaminhados ao laboratório pra análise, leitura definitiva após 7
dias (mais usado em estufas).
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Local onde todo material processado é armazenado até ser distribuído para os setores
hospitalares para utilização.
5. RECURSOS HUMANOS
Exige do profissional responsável, habilidade e qualificação, assim como frequente
atualização e aprendizado constante. Na equipe deve atuar apenas profissionais que sejam
resguardados por seus Conselhos de Classe (Cofen, Coren) e sejam devidamente capacitados
para atuar nas diversas atividades em CME.
O CME deve contar com um profissional responsável de nível superior, e deve haver
jornada de trabalho exclusiva para este setor. Enfermeiro(a) reúne todas as condições
necessárias para ocupar tal cargo.
As atribuições do profissional responsável são: coordenar todas as atividades, avaliar as
etapas do processo, definir prazos, participar de capacitações e processos de educação
continuada, propor indicadores que avaliem a qualidade do processamento, contribuir para
prevenção de eventos adversos, entre outras.
O técnico e o auxiliar de Enfermagem são profissionais que fazem parte da equipe de
enfermagem do CME, exercendo atividades de nível médio, previstas no POP, sob a
orientação e supervisão do enfermeiro.
O auxiliar administrativo e o mensageiro do CME são o elo entre o ambiente externo
e interno do setor, indispensáveis para a efetiva comunicação com os demais setores da
instituição. Suas atividades envolvem: efetuar pedidos de consumo de produtos; digitar
comunicados, escalas de serviço e férias; digitar listagens de caixas cirúrgica; digitar listagem
de rotinas, entre outros.
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1. CONCEITO
Conjunto de áreas e instalações que permite efetuar procedimentos anestésico-
cirúrgicos nas melhores condições de segurança para o paciente e conforto para a equipe
que assiste.
2. COMPONENTES DO CC
• Vestiários;
• Corredores internos;
• Áreas de escovação;
• Salas cirúrgicas;
• Depósito de materiais e equipamentos;
• Laboratórios de anatomia e radiologia;
• Secretaria;
• Área de recepção de pacientes;
• Sala de conforto com copa;
• Salas de apoio;
• Sala de espera com sanitários.
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3. ÁREAS DO CC
Áreas não restritas: A circulação de pessoas é livre, não exigindo e nem uso de
uniforme privativo. Ex: elevadores, corredores externos que levam ao CC, vestiários,
local de transferência de macas.
Áreas semirrestritas: Permitem a circulação de pessoal e equipamentos, de modo a
não interferir no controle e na manutenção da assepsia cirúrgica. É necessário o uso de
uniforme privativo e uso de calçados adequados. Ex: secretaria, sala de guarda de
equipamentos, farmácia-satélite, copa, sala de conforto.
Áreas restritas: Possuem limites definidos para a circulação de pessoal e
equipamentos, onde se deve estabelecer rotinas próprias para controlar e manter a assepsia
local. Neste ambiente, além do uniforme privativo, é necessário o uso de máscaras
cobrindo a boca e o nariz. Ex: corredor interno, lavabos, salas de cirurgia.
4. ACABAMENTOS DO CC
TODAS as áreas devem ser submetidas a limpeza terminal constate; há necessidade
da utilização de materiais resistentes a desinfetantes e máquinas de lavagem e aspiração,
para o acabamento de pisos e paredes.
Revestimento de pisos/paredes/tetos: uso de acabamentos que tornem a superfície
monolíticas, com o menos número possível de ranhuras e frestas; devem ser utilizados
cantos arredondados entre as paredes e o teto, e entre as paredes e o piso.
Não deve haver tubulação aparentes nas paredes e no teto; A junção entre o rodapé e
o piso não deve possuir ressaltos e deve permitir o acesso dos dispositivos de limpeza;
Uso das chamadas “tintas verdes”: sem cheiro, atóxicas e próprias para áreas restritas.
Recomenda-se o uso de cores frias e tons pasteis, que induzam à tranquilidade e, nos
batentes e “bate-macas”, cores quentes, que quebram a monocromia, além de estimular a
recuperação dos pacientes.
Não são permitidos ralos, apenas nas áreas molhadas (sifões). Recomendável que não
haja janelas nas SO, para manter a privacidade do paciente. Forros devem ser contínuos,
proibido o uso de forros falsos removíveis, exceto nos corredores.
As portas: dimensão de 1,20m x 2,10m, de aço inoxidável, de correr com trilhos
instalados da parte superior, devem possuir visores e possuir dispositivos que permitam
sua abertura sem uso das mãos/antebraços/cotovelos.
5. ILUMINAÇÃO
Artificialmente fria que permita alto grau de reprodução das cores. Deve ser embutida
e ter fácil acesso para manutenção. Fluorescente e incandescente para minimizar fadigas
na visão. A intensidade deve ser mantida nos corredores, lavabos e SO. O foco central
facilita a visualização das estruturas anatômicas, deve ter intensidade dosada.
6. ELETRICIDADE
Instaladas à 1,50 do piso em tubulações entre os forros e as paredes. Tomadas
identificadas e Gerador de emergência. Sistema de ar-condicionado central, promovendo
a movimentação do ar das áreas menos contaminadas para as mais contaminadas. Devem
haver exaustores com grelhas que retenha fiapos e filtros de ar.
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9. TIPOS DE LIMPEZA NO CC
Limpeza preparatória- realizada pelo profissional da enfermagem, pouco tempo antes
de iniciar a montagem da sala para a primeira cirurgia do dia.
Limpeza operatória- realizada pelo profissional da enfermagem durante o procedimento
cirúrgico quando ocorre contaminação do chão com matéria orgânica, na presença de resíduos ou
queda de material.
Limpeza concorrente- após o término de uma cirurgia e antes do início da outra, sendo
responsabilidade dos profissionais de enfermagem (circulante) e do serviço de higiene.
Limpeza terminal- deve ser realizada diariamente após o término do último
procedimento cirúrgico, realizada por profissionais do serviço de higiene.
ANESTESIA
1. CONCEITO
An (privação) e aísthesis (sensação). É a perda total ou parcial da sensibilidade. Implica
na ausência de dor e outras sensações para a realização tanto de cirurgias, quanto de
procedimentos terapêuticos e diagnósticos.
O Anestesiologia é especialidade média atuante na área. É um estado de narcose
(depressão intensa do sistema nervoso central produzida por agentes farmacológicos);
analgesia (ausência da sensibilidade dolorosa), relaxamento e perda de reflexos.
Possui como objetivos:
➢ Suprimir a sensibilidade dolorosa do paciente durante todo o procedimento cirúrgico,
mantendo ou não sua consciência;
➢ Promover relaxamento muscular;
➢ Proporcionar condições ideais de atuação para os médicos cirurgiões.
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6. ANESTESIA LOCAL
Bloqueia a condução de impulso pelos axônios do sistema nervoso periférico. Essa
técnica nem sempre é executada pelo anestesiologista. Geralmente utilizada a lidocaína, e
pode ser usada por um cirurgião. Pode ser feita por aplicação Tópica (anestésicos locais em
mucosas: oral, nasoesofágica e trato geniturinário) ou Infiltrativa (aplicada no meio intra ou
extravascular, atingindo a região específica).
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1. CONCEITOS
Período perioperatório: três fases que começam e terminam na sequência de eventos da
experiência cirúrgica, que incluem:
Fase pré-operatória - começa com a decisão para proceder a intervenção cirúrgica e
termina com a transferência do paciente para a mesa da sala de cirurgia;
Fase intraoperatória – começa quando o paciente é transferido para a mesa da sala de
cirurgia e termina com a admissão na UCPA/URPA;
Fase pós-operatória – começa com a admissão do paciente na UCPA/URPA e termina
com uma avaliação de acompanhamento no ambiente clínico ou domiciliar.
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Fator Pontos
Terceira Bulha 11
Cirurgia de emergência 4
Cirurgia interpeitoral 3
Cirurgia aórtica 3
4. PRÉ-OPERATÓRIO MEDIATO
Inicia-se com a indicação médica de cirurgia e termina até 24 horas anteriores após a
mesma. Este período de tempo é destinado á preparação do paciente para a cirurgia no qual
são realizados o preenchimento da ficha de consentimento informado e é realizada a
avaliação pré-operatória.
5. CONSENTIMENTO/TERMO INFORMADO OU AUTORIZAÇÃO PARA
CIRURGIA
É a decisão autônoma do paciente acerca da sua submissão a um procedimento cirúrgico;
sendo necessário antes que uma cirurgia não-emergencial aconteça uma vez que se trata de
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ANAFILAXIA
➢ Qualquer momento que o paciente entra em contato com uma substância estranha,
existe o potencial para uma REAÇÃO ANAFILÁTICA;
➢ A anafilaxia é reação alérgica potencialmente fatal e que pode ser desencadeada por
vários agentes etiológicos (MEDICAMENTOS, LÁTEX, ETC);
➢ Observar atentamente: alterações de sinais vitais, e sintomas de anafilaxia (eritema,
edema de glote, etc).
HIPÓXIA, COMPLICAÇÕES RESPITARÓRIAS
➢ Anestesia geral: ventilação inadequada, oclusão de vias aéreas, intubação inadvertida do
esôfago→ HIPÓXIA;
➢ Depressão respiratória por medicamento anestésico;
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AVALIAÇÃO DO PACIENTE:
➢ Vias respiratórias (permeabilidade), função respiratória, função cardiovascular,
coloração cutânea, nível de consciência e capacidade de responder a comandos;
➢ Verificar o sítio cirúrgico, drenagem ou hemorragia; certificando se os tubos de
drenagem estão desobstruídos;
➢ Checar se as linhas de monitoramento estão funcionando;
➢ Verificar quaisquer líquidos IV que estão sendo infundidos: dosagem e velocidade;
➢ Verificar SSVV e avaliar o estado físico geral;
➢ Administrar analgésicos: PRIORIDADE MÁXIMA.
MANTENÇÃO DA VIA RESPIRATÓRIA PÉRVIA
➢ Evitar o ↓ O2 ( hipoxemia) e ↑ CO2 (hipercapnia);
➢ Verificar se a via respiratória estar desobistruida e se a ventilação está normal;
➢ Administrar O2 suplementar (segundo prescrição);
➢ Avaliar: frequência e profundidade ventilatória, facilidade da respiração, saturação de
oxigênio (acima de 95%), e os sons respiratórios;
➢ Se obstrução hipofaríngea (queda da língua), realizar manobra de Heimlich ou uso da
cânula orofaríngea.
MANUTENÇÃO DA ESTABILIDADE CARDIOVASCULAR
➢ Avaliar: estado mental, SSVV, ritmo cardíaco, temperatura, cor e umidade da pele e
débito urinário;
➢ Perviedade dos AVP;
ATENÇÃO PARA SINAIS DE:
➢ Hipotensão e choque hipovolêmico (perda sanguínea): palidez, pele fria e úmida,
respiração rápida, cianose, pulso rápido e fraco, pressão arterial elevada;
➢ Hemorragia, que pode gerar choque;
➢ Hipertensão e arritmias;
➢ Alivio da dor e ansiedade;
➢ Controle de náuseas para evitar o vômito.
MANOBRA DE HEIMLICH:
HIPEREXTENSÃO DA
CABEÇA E TRAÇÃO DA
MANDÍBULA
CÂNULA
OROFARÍNGEA/
GUEDEL
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➢ Avaliar: estado mental, SSVV, ritmo cardíaco, temperatura, cor e umidade da pele e
débito urinário;
➢ Perviedade dos AVP;
➢ ATENÇÃO PARA SINAIS DE:
➢ Hipotensão e choque hipovolêmico (perda sanguínea): palidez, pele fria e úmida,
respiração rápida, cianose, pulso rápido e fraco, pressão arterial elevada;
➢ Hemorragia, que pode gerar choque;
➢ Hipertensão e arritmias;
➢ Alivio da dor e ansiedade;
➢ Controle de náuseas para evitar o vômito.
ALTA DA UCPA
É implementado o Sistema de pontuação de Aldrete e Kroulik. O paciente é avaliado a
intervalos regulares:
15 min→ primeira hora
30 min→ segunda hora
1 hora→ terceira hora
Pontuação de 8-10 na EAK: paciente tem condições clínicas e possibilidade de ser
transferido para a unidade de origem. Deve estar: acordado, responsivo, eupneico,
movimentando os quatro membros e com SSVV estabilizados.
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PÓS-OPERATÓRIO IMEDIATO
Compreende as primeiras 24 horas após a intervenção anestésico-cirúrgica. O tempo na
UCPA ou na UTI estão compreendidos no pós-operatório imediato, nos casos onde o paciente foi
submetido a procedimento ambulatorial e recebeu alta também.
ALTA DIRETAMENTE PARA CASA
Pacientes submetidos a procedimentos a nível ambulatorial passa pela UCPA, e por encontrar-se
basicamente saudável, terá alta diretamente para casa. Antes da alta receberá instruções verbais e
escritas e informações sobre os cuidados de acompanhamento.
ALTA PARA UNIDADE DE ORIGEM (PÓS-OPERATÓRIO HOSPITALIZADO)
Os pacientes admitidos à unidade clínica para cuidados pós-operatório têm múltiplas
necessidades e permanecem internados por um curto intervalo de tempo. O quarto do paciente é
preparado reunindo equipamento e suprimentos necessários (Ex: suporte de soro, oxigênio,
compressas, cuba rim, etc.).
Geralmente o cirurgião conversa com a família depois da cirurgia e relata a condição geral
do paciente. A enfermeira que o receberá revê as intervenções pós-operatórias, admite o paciente
na unidade, realiza uma avaliação inicial e assiste nas necessidades imediatas do paciente.
CUIDADOS DE ENFERMAGEM
Prevenção de complicações respiratórias: ficar atento a sinais e sintomas de complicações
respiratórias; presença de estertores (sons respiratórios anormais) atentar para mobilização e
eliminação de secreções através da tosse, virar-se no leito, realizar exercícios respiratórios;
Deambulação precoce e incentivo a atividade: aumenta o metabolismo, melhora a respiração e
todas as funções orgânicas. O paciente deve ser incentivado a levantar-se no dia da cirurgia, ou
não mais que no primeiro dia de pós-operatório.
Alívio da dor: a dor intensa causa estresse, que afeta negativamente os sistemas cardíaco e
imunológico; além disso o bem-estar do paciente também é afetado. O médico prescreve
medicamentos analgésicos de rotina, porém a efetividade desses medicamentos deve ser sempre
avaliada. Medidas não farmacológicas também podem ser utilizadas, como: adotar uma posição
de conforto, uso de distrações, aplicação de compressas frias ou quentes, massagem, etc.
Avaliar venóclise e drenos: posicionamento, integridade da pele, fixação e perviedade de
cateteres e drenos, presença de sinais flogísticos (calor, dor, rubor e edema).
Verificar ocorrência de infecção de sítio cirúrgico: por meio de presença de sinais flogisticos
e/ou de exame de cultura de secreção.
Troca de curativo da incisão e/ou do dreno: geralmente é usado no local da incisão o curativo
simples, mas pode variar de acordo com o tipo de cicatrização (por primeira, segunda ou terceira
intenção), avaliação do sítio cirúrgico quanto a aproximação das bordas da ferida, integridade das
suturas e grampos, rubor, calor, edema, dor incomum ou drenagem. A área perilesional também
deve ser avaliada, quanto a uma reação ao esparadrapo ou algum traumatismo causado pelas
bandagens. Geralmente o curativo do dreno é reforçado com compressas e gazes esterilizadas
para absorver a drenagem de sangue e/ou líquidos seroso.
Manutenção da temperatura corporal: ainda existe o risco de hipertermia maligna e hipotermia
no período pós-operatório. É comum a presença de calafrios, o paciente deve ser mantido
aquecido, é necessário manter o quarto livre de correntes de ar.
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COMPLICAÇÕES POTENCIAIS
TROMBOSE VENOSA PROFUNDA
É realizado tratamento profilático de rotina para TVP e Embolia Pulmonar. A Heparina é
amplamente utilizada, assim como a Varfarina, como anticoagulante de escolha, em baixa dose
por via subcutânea. Ficar atento a sinais e sintoma de TVP é essencial: dor, cãibra na panturrilha
seguidas de inchação dolorosa de toda perna. A deambulação precoce e exercícios ativos e
passivos com as pernas podem auxiliar na prevenção da trombose.
HEMATOMA
Pode ocorrer sangramento oculto abaixo da pele do sítio cirúrgico, geralmente a
hemorragia cessa de forma espontânea, mas resulta na formação de coágulo (hematoma) dentro
da ferida. Quando o coágulo é pequeno ele será absorvido e não precisará der retirado. Quando
grande, o coágulo causa um abaulamento na ferida, o que retarda a sua cicatrização, portanto
precisa ser removido pelo médico.
INFECÇÃO (SEPSE NA FERIDA)
A exposição dos tecidos orgânicos profundos a patógenos ambientais coloca o paciente
em risco para infecção do sítio cirúrgico, e esse risco aumenta de acordo com o grau de
contaminação da ferida (limpa, potencialmente contaminada, contaminada e infectada).
Geralmente se manifesta após o 5º dia pós-operatório, muitas vezes quando o paciente já recebeu
alta e foi para casa. Os sinais e sintomas incluem: elevação da frequência de pulso e temperatura,
aumento da contagem de leucócitos, inchaço, calor, dor ou secreção na ferida, e dor incisional.
Quando diagnosticada a infecção é necessário que o cirurgião abra a incisão e introduz um dreno.
Em infecções profundas pode ser necessária uma drenagem.
DEISCÊNCIA DA FERIDA E EVISCERAÇÃO
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Posição de litotômia ou
ginecológica
O paciente permanece em
decúbito dorsal, com as pernas flexionadas, afastadas e apoiadas
em perneiras acolchoadas, e os braços estendidos e apoiados em
talas. Exemplo: posição utilizada para realização de cirurgias da
cavidade perianal e ginecológica. - Perineoplástia. -
Hemorroidectomia. - Histerectomia vaginal.
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Posição trendelenburg
É uma variação da posição de decúbito dorsal
onde a parte superior do dorso é abaixada e os
pés são elevados. Exemplo: posição utilizada
em cirurgias de órgãos pélvicos. -
Laparotomia de abdome inferior ou pelve.
Obs: utilizada também para aumento do fluxo
sanguíneo arterial para o crânio e aumento da
pressão arterial.
INTERVENÇÕES DE ENFERMAGEM
➢ Verifique a mesa de operação quanto ao funcionamento adequado.
➢ Reúna auxílios de posicionamento.
➢ Ajude o posicionamento, mantendo o alinhamento corporal adequado.
➢ Coloque faixas de segurança 5 cm acima dos joelhos, com a fivela na lateral do paciente.
➢ Acolchoe e proteja as proeminências ósseas, pontos de pressão e nervos vulneráveis.
RECOMENDAÇÕES
➢ Colocar o paciente em posição cirúrgica após devidamente anestesiado;
➢ Evitar contato de partes do corpo do paciente com superfícies metálicas da mesa, de modo
a prevenir queimaduras pelo uso do bisturi elétrico;
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➢ Cuidar para que os membros superiores e inferiores não fiquem pendentes, apoiando-os
ao longo do corpo ou em suportes, devidamente acolchoadas;
➢ Proceder as manobras de posicionamento sempre em equipe (anestesiologista, cirurgião
ou assistente, circulante de sala e enfermeiro assistencial).
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MAYO
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METZENBAUM
2. Hemostasia:
É o processo que consiste em impedir, deter ou prevenir o sangramento, pode ser feito simultâneo
ou individualmente por meio de pinçamento e ligadura de vasos, eletrocoagulação ou compressão.
A hemostasia começa antes da cirurgia, quando se realizam, no pré-operatório imediato, os
exames de tempo de coagulação e dosagem de pró-trombina.
INSTRUMENTAIS DE HEMOSTASIA
Pinça de Kelly: as ranhuras da
sua parte prensora ocupam
apenas 2/3 da sua extensão. Os
tamanhos variam de 14 a 16 cm,
versões reta ou curva.
Pinça de Halsted (mosquito):
hemostática pequena, de ramos
prensores delicados, prestam-se
muito bem para pinçamento de
vasos de menor calibre, pela sua
precisão. Encontradas nas
versões reta ou curva.
Pinça de Crile: Possuem ranhuras transversais em toda a extensão da sua parte prensora.
Tamanhos variam entre 14 a 16 cm, nas versões reta ou curva.
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Pinça de Kocher: semelhante às de CRILE, têm a face interna da sua parte prensora
totalmente ranhuradas no sentido transversal. Diferem por possuirem "dente de rato" na
sua extremidade. São apresentadas em tamanhos variados, retas ou curvas.
3. Exérese:
Também denominada “cirurgia propriamente dita”. Possui caráter curativo, paliativo,
estético/corretivo, diagnóstico.
4. Síntese:
É a união de tecidos, que será mais perfeita quanto mais anatômica for a separação, para facilitar
o processo de cicatrização e restabelecer a continuidade tecidual por primeira intenção.
INSTRUMENTAIS DE SÍTESE
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INSTRUMENTAIS AUXILIARES
Instrumental auxiliar são não interfere diretamente na ação, apenas cria condições propícias para
a atuação de outros instrumentos.
Inclui as PINÇAS DE
DISSECÇÃO OU
ANATÔMICAS, com e sem
dente, cuja função é imobilizá-
los para que sejam seccionados
ou suturados. As pinças
anatômicas com dente também
podem ser denominadas como
“pinça dente de rato”.
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INSTRUMENTAIS ESPECIAIS
A pinça de
FOERSTER é uma
pinça de longas hastes,
com anéis na extremidade de sua parte prensora,
apropriada para conduzir
pequenas compressas de
gaze. Originalmente
concebidas para utilização na
obstetrícia humana.
Uma pinça muito utilizada na
preensão de tecidos, com
mínima lesão, é a pinça de
ALLIS. Sua porção prensora
possui hastes que não se
tocam, com exceção das
extremidades, curvadas uma
em direção à outra e com
dentículos.
Fios Cirúrgicos
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Os fios de sutura são materiais utilizados durante um ato cirúrgico para a hemostasia definitiva –
através de ligadura dos vasos sanguíneos – e na sutura em diversos órgãos e planos anatômicos
do corpo.
TIPOS
Absorvíveis: São aqueles que após colocados nos tecidos, sofrem a ação dos líquidos orgânicos,
sendo absorvidos após algum tempo.
Origem animal: categute (fabricado do colágeno , extraído do intestino delgado dos bovinos, a
qual passa por processo de limpeza e purificação química).
Origem sintética: ácido poliglicólico (são polímeros dos ácidos pirúvico, lático e glicólico,
metabólitos normalmente existentes no organismo)
Não Absorvíveis: São aqueles que, mesmo sofrendo a ação dos líquidos orgânicos, não são
absorvidos por tecidos fibroso (encapsulados) quando utilizados em estruturas internas, ou
necessitam se removidos, se utilizados nas suturas da pele.
Origem animal: seda cirúrgica (extraída do casulo da bicho da seda) .
Origem vegetal: algodão (extraído da fibra do fruto do algodoeiro) e linho (fibras do caule do
linho).
Origem sintética: náilon, perlon, poliéster, polipropileno.
Origem mineral: aço cirúrgico.
Agulhas
A agulha não tem papel no processo de cicatrização. Deve ser suficientemente larga, penetrante
para ultrapassar a resistência tecidual, resistente para não dobrar, mas ao mesmo tempo flexível,
para dobrar antes de quebrar, resistente a corrosão, de tamanho, forma, e calibre apropriados à
aplicação a que se destina. São utilizadas na reconstrução, com a finalidade de transfixar os
tecidos, servindo de guia aos fios de sutura.
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Quanto ao corpo: as
agulhas são retas,
curvas e semi-curvas.
Quanto à ponta: são
cilíndricas (não
cortantes),
espatuladas, rombas ou
triangulares.
Quanto ao
fundo:podem ser
traumáticas ou
atraumáticas.
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POSICIONAMENTO DA EQUIPE
✓ ANESTESISTA
✓ CIRURGIÃO
✓ ASSISTENTE
✓ INSTRUMENT
ADOR
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DESMONTAGEM
O procedimento de desmontagem se refere à remoção dos artigos permanentes e descartáveis
(utilizados ou não) e equipamentos da sala após cada cirurgia, e encaminhar os exames
anatomopatológicos adequadamente, quando for o caso.
A remoção desses artigos também necessita de profissionais habilitados e com conhecimentos
próprios, adquirido por meio de treinamento.
Após a remoção de todo material sujo utilizado na cirurgia, deve-se realizar a limpeza concorrente
de todas as superfícies (mesas, bancos, mesa de operação, foco de luz), com álcool a 70%.
Quando forem utilizados os dispositivos de visco elástico seco, para prevenção de lesões, o
mesmo deve ser limpo com compressa úmida com água e solução degermante (o álcool danifica
este material). Os materiais não utilizados devem ser devolvidos à CME.
Os instrumentais utilizados devem ser colocados em galheteiros de plástico e armazenados dentro
dos carros posicionados nos corredores externos.
Os sacos de lixo removidos devem ser colocados sobre esse carro, assim como os frascos de vidro
utilizados para armazenar as secreções do ato cirúrgico (da aspiração).
Os hamperes devem ser identificados e colocados em gaiolas também posicionadas nestes
corredores externos.
FUNÇÕES DO CIRCULANTE
O circulante de cirurgia é responsável por todas as cirurgias realizadas na sala em que
foi escalado pelo enfermeiro para atuar durante o plantão.Este profissional irá colaborar com a
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Paramentação cirúrgica
A paramentação é o conjunto de barreiras utilizadas contra a invasão de microorganismos
no sítio cirúrgico e para proteção de exposição dos profissionais ao sangue e outros fluidos
orgânicos.
Constitui-se de duas etapas, a realização da antissepsia cirúrgica ou preparo pré-
operatório das mãos (escovação cirúrgica da mão) e a utilização de gorro, máscara, luva estéril, e
opa ou capote estéril. Portanto, a paramentação cirúrgica envolve as técnicas de escovar as mãos,
vestir avental ou opa esterilizado e calçar luvas estéreis.
ANTISSEPSIA CIRÚRGICA DAS MÃOS
Indicada para os profissionais que:
✓ Atuam no centro cirúrgico ou em outros ambientes onde ocorrem procedimentos
invasivos (unidades de hemodinâmica ou de transplantes)
✓ Antes do uso das luvas e roupas, para manusear os materiais esterilizados e realizar a
montagem das mesas cirúrgicas.
Executado com
✓ Escovas e esponjas descartáveis
(uso individual) e que contem
soluções antissépticas
degermantes à base de gluconato
de clorexidina 2% ou
Polivinilpirrolidona Iodado 10%
(PVPI);
Instruções:
✓ Os dedos, as mãos e os antebraços são visualizados como tendo quatro lados e cada lado
deverá ser escovado de forma efetiva;
✓ O número de movimentos recomendados é de 15 para as unhas e 15 para cada área da
pele.
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