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ENFERMAGEM EM CENTRO CIRÚRGICO E CONTROLE DE INFECÇÃO

PROFESSOR MINERVINO MARQUES

TURMAS SUBSEQUENTE A E B, 2020-2, MATUTINO

BRASÍLIA, 2021
Etapa 4

Centro Cirúrgico:

• Unidade hospitalar onde são executados procedimentos anestésico-cirúrgicos, diagnósticos e terapêuticos,


tanto em caráter eletivo quanto emergencial.
• O CC, é considerado como cenário de alto risco, onde os processos de trato constituem-se em práticas
complexas, interdisciplinares, com forte dependência da atuação individual e da equipe em condições
ambientais dominadas por pressão e estresse.

• Tem um conjunto de áreas e instalações destinadas à realização de procedimentos anestésicos-cirúrgicos,


recuperação pós-anestésica (RPA) e pós-operatório imediato (POI)

• Tem condições de segurança para o paciente, conforto para equipe que o assiste e condições assépticas ideais
e seguras.
• O CC é considerado como área crítica, ou seja, ambiente em que existe risco aumentado de transmissão de
infecção, pelos procedimentos realizados na unidade.

Com isso, o CC é dividida em 3 áreas:

Não crítica/não restrita:

• Circulação de pessoas é livre, não exigindo cuidados especiais e nem o uso de uniforme privativo;
• Exemplos: Secretaria, elevadores, corredores externos, vestiários, locais de transferência de maca
• Semicrítica/Semirrestrita: Permite a circulação de pessoas e equipamentos, desde que não interfira no
controle e manutenção da assepsia cirúrgica. Deve utilizar: roupa privativa, calçados adequados e gorro.
• Exemplos: Sala de guarda de equipamentos, copa, RPA, sala de conforto

Crítica/Restrita:

• Tem limites bem definidos para circulação de pessoal e equipamentos. Deve utilizar máscara (cobrindo boca e
nariz), touca, calçados adequados e roupa privativa;
• As técnicas de assepsia e as rotinas devem ser rigorosamente controladas e utilizadas.
• Exemplos: Salas de cirúrgicas, corredor internos, etc.

Crítica/Restrita:
• Tem limites bem definidos para circulação de pessoal e equipamentos. Deve utilizar máscara (cobrindo boca e
nariz), touca, calçados adequados e roupa privativa;
• As técnicas de assepsia e as rotinas devem ser rigorosamente controladas e utilizadas.
• Exemplos: Salas de cirúrgicas, corredor internos, etc

Centro Cirúrgico: Localização:

• O centro cirúrgico deve estar localizado em uma área do hospital que ofereça a segurança necessária às
técnicas assépticas, portanto distante de locais de grande circulação de pessoas, de ruído e de poeira.
• Recomenda-se que seja próximo às unidades de internação, pronto-socorro e unidade de terapia intensiva,
de modo a contribuir com a intervenção imediata e melhor fluxo dos pacientes.

Centro Cirúrgico: Estrutura física

• Em geral, o número de salas cirúrgicas corresponde à 5% do total de leitos cirúrgicos, ou uma sala cirúrgica
para cada 50 leitos;
• Cada sala pode conter uma única mesa cirúrgica.
• O tamanho da sala de cirurgia varia de acordo com os equipamentos necessários aos tipos de cirurgia a
serem realizadas.
• Sala de pequeno porte -> 20 metros quadrados;
• Sala de médio porte -> 25 metros quadrados;
• Sala de grande porte -> 36 metros quadrados
Centro Cirúrgico: Estrutura física: Do ponto de vista do planejamento, o centro cirúrgico caracteriza-se por um conjunto de
elementos, que são:

• Vestiários (feminino e masculino);


• Área de conforto/copa;
• Sala de enfermagem;
• Sala médica;
• Expurgo;
• Sala de operação (SO);
• Apoio técnico e administrativo do CC, entre outros.
Portas:

• As portas das salas de cirurgia devem ser largas o bastante para facilitar a passagem de macas e equipamentos
cirúrgicos;
• É indicado o uso de portas do tipo “vaivém” que impeçam o uso das mãos para abri-la.
• O ideal é que se tenha outra porta de acesso à sala apenas para membros das equipes com visor de separação
dos dois ambientes.
Piso:

• Deve ser de superfície lisa, não porosa, resistentes a agentes químicos comuns, sem fendas ou fissuras, não
refletir a luz, impermeável, resistente ao choque, durável, de fácil limpeza, pouco sonoro e principalmente
bom condutor de eletricidade estática para evitar faíscas.
Paredes:

• Devem ser revestidas de material liso, resistente, lavável e não refletor de luz;
• Pintadas de cores que evitam a fadiga visual, as tintas não devem possuir cheiro;
• Devem ser utilizados cantos arredondados nas paredes

Teto:

• Deve ser de material resistente, lavável, não deve conter ranhuras e não deve ser poroso, para facilitar a
limpeza e impedir a retenção de microrganismos.
Janela:
• Deve ser lacrada e provida de vidro fosco;
• Não deve conter cortina ou persianas;
• Deve permitir entrada de luz natural.
Iluminação:

• Na sala de operação, o objetivo da iluminação é minimizar a tarefa visual das equipes médicas e enfermagem
e oferecer condições para que a operação se processe com precisão, rapidez e segurança.
• Deve-se levar em consideração os seguintes aspectos:
1) Eliminação de sombras e reflexos;
2) Eliminação do excesso de calor no campo operatório;
3) Proteção contra ocasional interrupção devido à falta de energia elétrica.
Instalações elétricas:

• As tomadas devem ficar a 1,5 metros do piso;


• Deve conter sistema de aterramento com a intenção de prevenir choque.
Período da Experiência Cirúrgica

Período Perioperatório: Espaço de tempo que compreende os seguintes períodos:

• Pré-operatório imediato;
• Transoperatório > Intraoperatório;
• Recuperação anestésica (RA);
• Pós-operatório imediato (POI).
Pré-operatório imediato: Período de 24 horas antes do procedimento anestésico-cirúrgico continua até o encaminhamento do
paciente ao CC. Envolve os seguinte cuidados de enfermagem:

• Preparo gastrointestinal;
• Preparo vesical;
• Preparo da pele;
• Medicações;
• Avaliação da equipe, ambiente e paciente para prevenção de infecção.
Pré-operatório imediato – Preparo gastrointestinal:

• O esvaziamento intestinal no pré-operatório diminui o risco de liberação do conteúdo intestinal durante a


cirurgia;
• Pode ser realizado mediante a utilização de laxativos, lavagem intestinal ou ambos;
• Não é indicada a todos os tipos de cirurgia.
• Nas cirurgias abdominais, o não esvaziamento ou sua realização inadequada pode causar dificuldades para a
visualização do campo operatório.
• Deve ocorrer o jejum nos procedimentos eletivos de 6 a 12 horas para evitar vômitos e prevenir a aspiração
de resíduos alimentares por ocasião da anestesia
Pré-operatório imediato – Preparo vesical:

• Recomenda-se o esvaziamento espontâneo da bexiga antes da cirurgia;


• Em cirurgias em que a mesma necessite ser mantida vazia, ou naquelas de longa duração, faz-se necessário
passar a sonda vesical de demora, o que é feito, geralmente, no centro cirúrgico.
Pré-operatório imediato – Preparo da pele:

• O banho rigoroso da região onde será feita a incisão cirúrgica devem ser realizados para diminuir a
possibilidade de contaminação;
• Dependendo da cirurgia, o paciente necessita ser encaminhado para a cirurgia sem pelos na região operatória,
sendo então necessária uma tricotomia da região (no máximo 2 horas antes).

Pré-operatório imediato – Medicação:


• O medicamento pré-anestésico (MPA) é prescrito pelo anestesista com os objetivos de reduzir a ansiedade do
cliente, facilitar a indução anestésica e a manutenção da anestesia;
• Observação: Verificar alergia.
Período transoperatório:

• Compreende desde o momento em que o paciente é recebido na unidade de CC continua até sua saída da sala
operatória;
• O período pós-operatório: Compreende todo o período após a realização do procedimento anestésico
cirúrgico.
• Subdivide-se em três momentos:
1 Recuperação pós-anestésica;
2 Pós-operatório imediato;
3 Pós-operatório mediato.
Observação: Os cuidados serão descritos em outra aula.

Período pós-operatório:

• Compreende todo o período após a realização do procedimento anestésico cirúrgico. Subdivide-se em três
momentos:
1 Recuperação pós-anestésica;
2 Pós-operatório imediato;
3 Pós-operatório mediato.

Nomenclatura cirúrgica: A nomenclatura ou terminologia cirúrgica é o conjunto de termos usados para indicar o procedimento
cirúrgico.

Objetivos:

• Fornecer por meio da forma verbal ou escrita uma definição do termo cirúrgico;
• Descrever os tipos de cirurgia.
REFERÊNCIA

SOBECC 2017; http://nicsaude.com/assets/terminologia_cirurgica. Pdf


Paramentação e degermação cirúrgica:

• A Paramentação e a Degermação da equipe cirúrgica exigem a realização de procedimentos específicos


executados em passos padronizados e com observação rigorosa dos princípios científicos com atenção para a
biossegurança.
• A infecção do sítio cirúrgico é uma das causas mais comuns de infecção hospitalar. Apesar de se manifestar após
a cirurgia, a maior chance de contaminação é durante a cirurgia, já que os sítios anatômicos são invadidos por
tempo prolongado, com intensa manipulação. Portanto, é durante a cirurgia que o controle de infecção deve
ser redobrado
• A paramentação é um conjunto de barreiras contra a invasão de microrganismos nos sítios cirúrgicos. A
paramentação é um conjunto de barreiras contra a invasão de microrganismos nos sítios cirúrgicos dos
clientes/pacientes e para proteção de exposição dos profissionais a sangue e outros fluidos orgânicos de
clientes.
• Constituem-se de: pró pés, uniforme privativo, gorro, máscara, capote, luvas estéreis e protetor ocular.
• Na paramentação cirúrgica deve utilizar a roupa privativa, gorro, máscara, pró pé, avental (capote) estéril e
luvas estéreis – utilizam somente àqueles que se aproximam do sítio cirúrgico. São eles: Cirurgião, auxiliares e
instrumentador cirúrgico.
• Ao chegar à Unidade o profissional acessa o Centro Cirúrgico pelo vestiário onde vestirá roupa privativa, pró
pé cobrindo os sapatos, máscara cirúrgica e touca cobrindo totalmente o couro cabeludo sem deixar cabelos a
mostra.
• Antes do início da Cirurgia, seguindo os preceitos técnico-científicos a equipe que estará em sítio cirúrgico fará
antes de complementar a paramentação (capote estéril e luvas estéreis) um preparo da pele das mãos e
antebraços – degermação.
Degermação cirúrgica/ Antissepsia cirúrgica:

• A degermação cirúrgica é o ato de escovar e lavar as mãos e antebraços com soluções antissépticas visando a
redução ao máximo de microrganismos nessas áreas;
• Degermação Cirúrgica constitui-se de degermação mecânica (uso da escova) + química (uso de antissépticos
degermantes).
• A degermação cirúrgica é o ato de escovar e lavar as mãos e antebraços com soluções antissépticas visando a
redução ao máximo de microrganismos nessas áreas;
• Degermação Cirúrgica constitui-se de degermação mecânica (uso da escova) + química (uso de antissépticos
degermantes).
• A degermação se justifica porque a pele, normalmente, é habitada por duas populações bacterianas,
transitória e residente. A transitória são microrganismos adquiridos por contato direto com o meio ambiente,
e a residente são microrganismos que vivem e multiplicam-se nas camadas profundas da pele, glândulas
sebáceas e folículos pilosos.
• A flora transitória é facilmente eliminada. Já a flora residente procura-se reduzir ao máximo os
microrganismos existentes.
Posicionamento Cirúrgico do Paciente

• Posição cirúrgica é aquela na qual o paciente é colocado, depois de anestesiado, para que possa ser
submetido ao procedimento cirúrgico.
• Posição cirúrgica é aquela na qual o paciente é colocado, depois de anestesiado, para que possa ser
submetido ao procedimento cirúrgico.

Temos a Escala de avaliação de risco para o desenvolvimento de Lesões decorrentes do Posicionamento cirúrgico do

paciente (ELPO) que identifica os riscos para o desenvolvimento de lesões por pressão durante posicionamento do

paciente na mesa operatória.

Na escala ELPO cada item apresenta cinco subitens, pontuados de 1 a 5, sendo o somatório da escala um valor entre

7 e 35. Considera-se paciente com risco maior para desenvolvimento de lesões (escore de 20 ou acima), e paciente com

risco menor (escore 19 ou abaixo)


Posição Supina ou Decúbito dorsal:

• ➢É utilizada no transporte do paciente e também na indução da anestesia geral;


• ➢Posição mais fácil para o alinhamento corporal e indicada para cirurgias cardiotorácicas, vasculares, cirurgia
geral, ortopedia e transplantes de órgãos/tecidos.

Posição Trendelenburg:

• Variação do decúbito dorsal, em que a parte superior do dorso é abaixada e os pés elevados; ,
• Oferece melhor visualização dos órgãos pélvicos, em procedimentos laparoscópicos de abdômen inferior ou
de pelve ou de cirurgia vascular.

Posição Trendelenburg Reversa ou Proclive:


• Variação da posição supina, em que a parte superior do dorso é elevada e os pés são abaixados;
• Oferece melhor acesso à cabeça e pescoço e permite que a força da gravidade desloque os órgãos abdominais
em direção aos pés. Isso favorece a expansibilidade pulmonar em razão da descompressão diafragmática.
• Utilizada em cirurgias de ombro, neurocirurgias de fossa posterior, plásticas, oftalmológicas, prótese mamária.

Posição de Fowler ou sentada:

• O paciente é colocado na posição supina e o dorso da mesa é elevado, devendo-se utilizar suporte para os pés;
• Pode ser utilizada para cirurgias de ombro e suas articulações, e ainda para neurocirurgias. A posição sentada é
a que menos afeta os movimentos respiratórios.
Posição Litotômica:

• O paciente permanece em decúbito dorsal com os membros inferiores abertos, elevados, formando um
ângulo de 90º como abdômen e apoiados sobre um suporte de pernas;
• Utilizado em procedimentos abdominais e perineais, pélvicos e geniturinários. Utiliza essa posição se for
• estritamente necessária.

Posição de Kraske ou de Canivete:

• Essa posição é uma variação da posição prona. Diferencia-se pela flexão do corpo na região do quadril.
Utilizada em procedimentos proctológicos e algumas cirurgias de coluna.

Posição lateral:

• O paciente é anestesiado na posição supina e posicionado com um dos lados do corpo em contato com a mesa
e o outro lado voltado para cima.

Posição Lateral-Renal:

• Permite abordagem das áreas retroperitoneais. Difere-se da posição lateral pelo uso do coxim alto em região
do flanco do lado em contato com a mesa operatória, para maior exposição a ser operada.

Vídeos de referência: Se estiver acessando este material de forma online basta clicar no link, caso esteja com material
impresso acesse a plataforma www.youtube.com e faça a busca com o título do vídeo.

• https://www.youtube.com/watch?v=zh9-kq_RgJc&ab_channel=MilcaLorena
Unidade de Centro Cirúrgico- Parte 1

• https://www.youtube.com/watch?v=oDNeg82sm3s&ab_channel=MilcaLorena
Estrutura física Unidade de centro cirúrgico- Parte 2

• https://www.youtube.com/watch?v=xlVWjQSxkhI&ab_channel=PreparaEnfermagem-EnfConcursosConcursos
Você sabe a diferença entres os Tempos Cirúrgicos? - Prof.ª Lorena Raizama | INTERVALO DO PLANTÃO

• https://www.youtube.com/watch?v=6UOw0i9f3AI&ab_channel=EnfermagemFlorence
Terminologia Cirúrgica | Principais procedimentos - AULA 1

• https://www.youtube.com/watch?v=K5KfrU1rvdU&ab_channel=CarlosViniciusRodrigues
TÉCNICA ESCOVAÇÃO DAS MÃOS - NOVO!!

• https://www.youtube.com/watch?v=Tbhykaoc7rg&ab_channel=napead
Cuidado de Enfermagem e Segurança do Paciente no Centro Cirúrgico: Paramentação Cirúrgica
Referência:

SOBECC 2017; http://www.sobecc.org.br/entrevista/2

Cirurgia: Conceito, objetivos e classificação

Cirurgias: O procedimento cirúrgico em si, é definido por ser um procedimento invasivo executado conforme métodos
técnicos específicos. O objetivo da cirurgia pode ser:

• Obter tecidos para exames (biópsias);


• Estabelecer diagnósticos (laparotomia exploradora);
• Doenças (retiradas de nódulos);
• Restaurar estruturas danificadas (cirurgias plásticas);
• Aliviar sintomas (cirurgias paliativas).

A partir dessas informações (os possíveis objetivos do procedimento), as cirurgias podem ser classificadas:

• Quanto a urgência;
• Quanto a finalidade;
• Quanto a contaminação;
• Quanto ao porte;
• Quanto ao risco cardiológico

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Referencia

SOBECC 2017; Brunner & Suddarth, Tratado de enfermagem médico-cirúrgica – Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2014.
Tempos cirúrgicos:

A expressão tempos cirúrgico caracteriza a sequência de procedimentos utilizada na manipulação dos tecidos evísceras durante
o ato operatório, sendo identificada por quatro tempos:

1 Diérese;
2 Hemostasia;
3 Exérese;
4 Síntese.
Diérese (dividir, cortar, separar): Constitui a secção tecidual e propicia o campo operatório ou libera estruturas anatômicas. A
diérese pode ser obtida por: ➢Secção; ➢Divulsão; ➢Punção; ➢Dilatação e serração; ➢Curetagem.

Tempos cirúrgicos – Diérese:

 Punção: é a introdução de uma agulha ou trocarte nos tecidos, sem, contudo seccioná-los;
 Secção: segmentação dos tecidos com uso de material cortante - tesoura, bisturi elétrico;
 Divulsão: afastamento dos tecidos nos planos anatômicos, com tesouras de bordas rombas ou afastadores;
 Curetagem: raspagem de superfície de um órgão com o auxílio da cureta;
 Dilatação: processo através do qual se procura aumentar a luz de um órgão tubular;
 Serração: Serras ósseas.
Do ponto de vista físico, a diérese pode ser feita dos seguintes modos:

 Diérese térmica: é aquela realizada com o uso do calor, cuja fonte é a energia elétrica. Exemplo: uso do bisturi
elétrico;
 Diérese por crioterapia – consiste no resfriamento intenso e repentino da área onde vai ser realizada a
intervenção cirúrgica;
 Diérese com raio laser – o aparelho de raio laser consiste de um bisturi que emprega um feixe de radiação
infravermelha de alta intensidade.

Tempos cirúrgicos Hemostasia (Hemo=sangue, stasis=deter):

Conjunto de medidas adotadas pelo cirurgião para prevenir, deter ou coibir o extravasamento sanguíneo no período
intraoperatório. A hemostasia pode ser: ➢Natural ou espontânea; ➢Temporária; ➢Definitiva

 Natural ou espontânea: Fechamento espontâneo dos vasos seccionados em uma incisão;


 Temporária: Diminui ou contém o fluxo sanguíneo durante o ato cirúrgico, e se dá por meio de: pinçamento,
Garroteamento, ação farmacológica, parada circulatória e oclusão endovascular;
 Definitiva: Interrompe de modo definitivo a circulação do vaso, e se dá por meio de ligadura, cauterização, sutura,
obturação e tamponamento.
Além disso, a hemostasia pode ser classificada em:
 Preventiva: pode ser medicamentosa e cirúrgica, sendo que a primeira é baseada nos exames laboratoriais, e a
segunda realizada com a finalidade de interromper a circulação durante o ato cirúrgico, temporária ou
definitivamente;
 De urgência: esta hemostasia é realizada, quase sempre, em condições não favoráveis e com material improvisado,
como, por exemplo, garrotes, torniquetes, compressão digital e manual;
 Curativa: é a hemostasia que se realiza no decorrer da intervenção cirúrgica e pode ser medicamentosa, mecânica,
física ou biológica.
Tempos Cirúrgicos - Exérese (retirada): Procedimento cirúrgico. Etapa em que ocorre remoção cirúrgica de um tecido ou
órgão por mal funcionamento ou doença;

 Representa o tempo mais elaborado da intervenção e exige maiores cuidados da equipe cirúrgica.

Tempos Cirúrgicos - Síntese (junção): Consiste na aproximação das bordas dos tecidos seccionados. Na síntese. a hierarquia
tecidual deve ser respeitada. As condições necessárias para uma boa síntese: Antissepsia local, vascularização adequada, bordas
nítidas, hemostasia perfeita, ausência de corpos estranhos e tecidos necrosados, escolhas de fios apropriados e execução de
técnica correta.

A síntese pode ser feita:

 Cruenta – síntese na qual são utilizados instrumentos apropriados: agulhas de sutura, fios cirúrgicos, etc;
 Incruenta – é a que faz a aproximação dos tecidos com o auxílio de gesso, esparadrapo, ataduras, etc;
 Completa - é aquela em que é feita a aproximação dos tecidos em toda a dimensão da incisão cirúrgica;
 Incompleta – é aquela em que não há aproximação em toda a extensão da ferida, em consequência da colocação
de um dreno em determinado local da incisão cirúrgica;
 Imediata – quando há realização de síntese imediatamente após o traumatismo;
 Mediata – é realizada algum tempo depois da lesão
De modo geral, o processo mais comum de síntese é a sutura, que pode ser: permanente, quando os fios cirúrgicos não são
removidos, e temporária, quando há necessidade de removê-los dias após a colocação.

REFERÊNCIA

SOBECC 2017;

Brunner & Suddarth, Tratado de enfermagem médico-cirúrgica – Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2014.

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