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ENFERMAGEM

CIRÚRGICA
Introdução
Esta disciplina tem por objetivo apresentar os
conhecimentos teóricos necessários para
conhecer o papel e importância do Centro
Cirúrgico na assistência a saúde, bem como, o
desenvolvimento da assistência de
enfermagem na fase pré-operatória,
perioperatória e pós-operatória na unidade de
clínica cirúrgica.
Clínica Cirúrgica
 A aplicação do processo de enfermagem para o cuidado com
o paciente cirúrgico garantindo uma assistência integral
continuada, participativa e individualizada com o objetivo de
ajudar o paciente e a família, faz parte da assistência de
enfermagem em clínica cirúrgica.

 A enfermagem cirúrgica é aquela que trata dos cuidados


gerais de enfermagem prestados ao paciente no período
perioperatório. Estes cuidados visam minimizar os riscos
cirúrgicos, dar maior segurança ao paciente e reabilitá-lo para
se reintegrar à família e à sociedade o mais rápido possível.
Classificação do Tratamento Cirúrgico
Classificação Cirúrgica – Momento Operatório
Classificação Cirúrgica – Finalidade
Classificação Cirúrgica – Potencial de Contaminação
Classificação Cirúrgica – Porte Cirúrgico
Classificação Cirúrgica – Tempo de Duração
Tempos Cirúrgicos

Diérese

Hemostasia

Exérese

Síntese
Tempos Cirúrgicos

PRIMEIRO: Diérese, que significa dividir, separar ou cortar os tecidos através do


bisturi, bisturi elétrico, tesoura, serra ou laser. (Bisturi, tesouras, trépano)

SEGUNDO: Hemostasia, através de compressão direta com os dedos, uso de


pinças, bisturi elétrico (termocautério) ou sutura para prevenir, deter ou impedir
o sangramento. (Kelly, Kocher, Rochester)

TERCEIRO: Ao se atingir a área comprometida, faz-se a Exérese, que é a cirurgia


propriamente dita.

QUARTO: A etapa final é a Síntese cirúrgica, com a aproximação das bordas da


ferida operatória através de sutura, adesivos e/ou ataduras. agulha de sutura
presa no porta-agulha;
Tempos Cirúrgicos - Diérese
Tempos Cirúrgicos - Hemostasia
Tempos Cirúrgicos - Exérese
Tempos Cirúrgicos - Síntese
Instrumentação Cirúrgica

• Funções/Atribuições do instrumentador: Escolher e


verificar o material específico para o procedimento
cirúrgico. Auxiliar/Instrumentar o procedimento
cirúrgico.

• EPI´s: Paramentação adequada com o uso dos


Equipamentos de Proteção Individual (EPIs).

• Papel da Enfermagem no Contexto da Instrumentação


(Circulação de Sala).
Principais Instrumentais Cirúrgicos
FIOS CIRÚRGICOS com ou sem agulhas, e sua numeração varia de 1 a 5 e de 0-
0 a 12-0 (doze-zero).

Fios absorvíveis : absorvidos pelo organismo após determinado período. O


catgut é de origem animal (do intestino delgado dos bovinos), podendo ser
simples ( 2 a 3 semanas) ou cromado (6 meses.).

Fios não-absorvíveis permanecem encapsulados (envolvidos por tecido


fibroso) nas estruturas internas e nas suturas de pele; devem ser removidos
entre o 7° e o 10° dia de pós-operatório.

O sangramento de capilares pode ser estancado pela aplicação de substância


hemostática no local. (cera para osso - utilizada para estancar o sangramento
ósseo nas cirurgias ortopédicas e neurocirurgias). Outro recurso é o bisturi
elétrico, que pode ser utilizado com a função de coagulação e secção (corte)
dos tecidos, através da aplicação local de descargas elétricas.
Nomenclatura Cirúrgica
 Composta de raiz (identifica a parte do corpo a ser
submetida à cirurgia) somada ao prefixo ou ao sufixo.
Terminologia Cirúrgica - Prefixo

EX (externo, fora)

CIRCUN (ao redor)

CISÃO ( separação)

Exemplo: Exoftalmia (Projeção acentuada do globo Ocular);


Circuncisão ou postectomia (Excisão do prepúcio).
Terminologia Cirúrgica - Sufixo

Tomia: Incisão, corte


Stomia: Comunicar um orgão tubular oco, com Ex:
exterior através de uma boca Laparotomia
Ectomia: retitada parcial ou total de um orgão Colostomia
Plastia: reparação plástica Esplenectoma
Pexia: fixação Rinoplastia
Centese: punção de um orgão ou tecido para Nefropexia
drenagem ou coleta de um líquido Laparoscopia
Scopia : visualização de uma cavidade atravéz
de um aparelho especial
Principais Prefixos e Sufixos
Prefixos e Sufixos
Prefixos e Sufixos
Centro Cirúrgico
 O Centro Cirúrgico (CC) é uma área de acesso restrito onde
são realizadas intervenções cirúrgicas. Pode ser instalado em
qualquer área do hospital desde que ofereça as condições e
segurança necessária à técnica asséptica.
 Preferencialmente, o Bloco Cirúrgico (BC) deve estar
localizado proximal a unidade de terapia intensiva e pronto
socorro, unidade de internação e, unidades de apoio/suporte
como CME, farmácia, banco de sangue, laboratório,
almoxarifado, lavanderia, etc; contribuindo assim, para um
melhor fluxo do paciente diariamente, notadamente, em
situações de urgência que necessitem de uma intervenção
cirúrgica de emergência.
Centro Cirúrgico
Centro Cirúrgico
Centro Cirúrgico
Estrutura Física do Centro Cirúrgico
• Área de Espera;
• Recepção de Pacientes /Secretaria;
• Vestiários;
• Sala de Equipamentos;
• Sala de Materiais Esterilizado (Arsenal);
• Lavabos;
• Sala de Enfermagem;
• Sala de Prescrição Médica;
• Sala de Operação;
• Sala de Recuperação Pós-Anestésica (SRPA);
• Expurgo;
• Sala de Conforto;
• Depósito de Material de Limpeza (DML);
• Copa;
• Sala de Gases Medicinais;
• Farmácia Satélite / Sala de OPME / Banco de Sangue.
Estrutura do Centro Cirúrgico
 O piso do centro cirúrgico deve ser resistente, não
poroso e de fácil limpeza, permitir a visualização da
sujeira, ser antiderrapante, não ter emendas, ser pouco
sonoro e não conter ralos.
 As paredes devem ser de cor clara ou fosca para permitir
a visualização de sujeira e não deve ser de azulejos.
 As portas devem ser largas para facilitar a passagem de
macas e equipamentos, possuir visores de vidro para
evitar aberturas a qualquer momento e evitar acúmulo
de sujeira.
Estrutura Física do Centro Cirúrgico
 O centro cirúrgico deve possuir um sistema de ar
condicionado central com o objetivo de controlar a
temperatura e a umidade, promover adequada troca de ar,
remover gases anestésicos e partículas em suspensão.
 Além disso, deve conter sistema de emergência com gerador
próprio e sistema de aterramento para as instalações
elétricas. As instalações fluido-mecânicas no centro cirúrgico
são: o vácuo, oxigênio, ar comprimido e óxido nitroso.
 As lâmpadas na sala de operação devem ser fluorescentes e
é necessário que exista iluminação direta com foco cirúrgico
que deve ter como característica a ausência de sombras, a
redução dos reflexos e eliminação do excesso de calor.
Estrutura Física do Centro Cirúrgico
 As tomadas de 110 e 220 volts devem estar 1,5 m de
distância do chão devidamente identificadas e
alimentadas por circuitos críticos para aparelho portátil
de Raios-X.
 Os lavabos cirúrgicos destinado a degermação de mãos
e antebraços devem possuir profundidade que permita a
realização do procedimento sem o contato com as
torneiras e as borda, conter torneiras com comandos
que dispensem o contato das mãos para o fechamento,
o uso de dispensadores de sabão líquido para
degermação e recursos para secagem das mãos.
Fluxo no Centro Cirúrgico

 O fluxo no interior do Centro Cirúrgico tem como


objetivo impedir o cruzamento de artigos médicos e
instrumentos limpos e esterilizados com os artigos
potencialmente contaminados e não
acondicionados adequadamente, contribuindo
dessa forma para a diminuição da incidência de
infecção.
Acesso e Zoneamento do Centro Cirúrgico
Acesso e Zoneamento do Centro Cirúrgico
Organização do Centro Cirúrgico
 O Centro Cirúrgico é Dividido em:
• Área Não-Restrita: permite a livre circulação. Exemplo: Sala de
Espera Para Pacientes e Acompanhantes, Corredor de Entrada,
Vestiário, Sala de Espera.
• Área Semirestrita: permite a circulação de pessoal autorizado e
equipamentos desde que não haja interferência no processo
asséptico. Uso necessário de EPI´s padrão (privativo, máscara,
touca, protetores de calçados). Exemplo: Corredores do BC, Sala
de Recuperação Pós-Anestésica (SRPA), Expurgo, Arsenal, Sala de
Equipamentos, DML, Copa e Sala de Conforto.
• Área Restrita: Limite de acesso e circulação de equipamentos e
pessoal autorizado utilizando EPI´s adequados (privativo,
máscara, touca, protetores de calçados). Exemplo: Salas
Cirúrgicas, Lavabo, Corredores Intersala.
Higienização e Limpeza do Centro Cirúrgico
Assepsia
Desinfecção
Esterilização
Degermação das Mãos e Antebraço
Antissepsia do Sítio Cirúrgico
Processo Anestésico

Objetivo: Estado de relaxamento, perda da sensibilidade e dos


reflexos, de forma parcial ou total, provocada pela ação de drogas
anestésicas, é evitar a dor e facilitar o ato operatório pela equipe
cirúrgica. Anestesia geral ( inconsciência.)
Anestesia Geral: administra-se o anestésico por via inalatória,
endovenosa ou combinado (inalatória e endovenosa), com o
objetivo de promover um estado reversível de ausência de
sensibilidade, relaxamento muscular, perda de reflexos e
inconsciência devido à ação de uma ou mais drogas no sistema
nervoso.

Anestesia Peridural: o anestésico é depositado no espaço peridural,


ou seja, o anestesista não perfura a duramater. O anestésico se
difunde nesse espaço, fixa-se no tecido nervoso e bloqueia as raízes
nervosas.

Raquianestesia: é indicada para as cirurgias na região abdominal e


de membros inferiores, porque o anestésico é depositado no
espaço subaracnóide da região lombar, produzindo insensibilidade
aos estímulos dolorosos por bloqueio da condução nervosa.
Anestesia Local: infiltra-se o anestésico nos tecidos próximos ao local
da incisão cirúrgica. Utilizam-se anestésicos associados com a
adrenalina, com o objetivo de aumentar a ação do bloqueio por
vasoconstrição e prevenir sua rápida absorção para a corrente
circulatória.

Anestesia Tópica: está indicada para alívio da dor da pele lesada por
feridas, úlceras e traumatismos, ou de mucosas das vias aéreas e
sistema geniturinário

 A Enfermagem no Contexto do Processo Anestésico atua na:


• Provisão e controle dos materiais/equipamentos utilizados.
• Assistência na monitorização, no posicionamento, na indução
anestésica, na intubação e extubação endotraqueal, na CIRCULAÇÃO
DE SALA e nas situações de emergência.
Circulação de Sala de Operação

 A circulação na sala de operação é uma atividade


desenvolvida durante todo o processo anestésico
cirúrgico para garantir condições funcionais e
técnicas para um bom desenvolvimento do
procedimento oferecendo assim mais segurança
para o paciente. Para realizar essa função o
profissional deve estar com toda paramentação
recomendada.
Função do Circulante de Sala
• O circulante deve verificar a cirurgia programada e o nome do
paciente, equipe cirúrgica e anestesiologista, verificar quais os
materiais e equipamentos solicitados e os materiais de rotina
para qualquer procedimento cirúrgico, assim como as
condições de limpeza da sala.

• O circulante deve ainda testar o funcionamento dos


equipamentos sob sua responsabilidade, verificando as
condições de uso, para evitar problemas durante o ato
operatório. Verificar a presença de bancos, hamperes, suporte
de soro, mesa para instrumental e extensões elétricas e
observar se o lavabo está abastecido com escovas estéreis e
soluções para uso e lavagem das mãos.
Montagem e Circulação de Sala Cirúrgica
 Recomendações para a montagem da sala cirúrgica:

• Solicitar ao CME um carro preparado com artigos esterilizados e verificar


a integridade das embalagens e validade dos pacotes assim como
providenciar materiais descartáveis e as medicações. Checar a
necessidade de materiais para o carro de anestesia junto com a
anestesiologista; prover a sala de impressos para registros;
• Realizar higienização das mãos;

• Receber o paciente na recepção e se apresentar. É importante conferir


todos os dados do paciente e checar a pulseira de identificação com os
dados do prontuário além de conferir os exames do paciente e os
cuidados realizados no pré-operatório;
• Instalar oxímetro e monitor cardíaco auxiliando na monitoração do
paciente;
Montagem e Circulação de Sala Cirúrgica
 Recomendações para a montagem da sala cirúrgica:

• Posicionar o paciente no suporte de braço (braçadeira) com cuidado para


que não fiquem hiperestendidos para evitar dores musculares e
articulares no pós-operatório.
• Ajudar o anestesista na indução anestésica e no fornecimento de
materiais como também ajudar a oxigenar o paciente;
• Auxiliar no posicionamento do paciente de acordo com o procedimento
cirúrgico após o paciente estiver anestesiado;
• Auxiliar a equipe cirúrgica a se paramentar (vestir o avental) e na
montagem da mesa de instrumental após o paciente estiver anestesiado;
• Iniciar a abertura dos pacotes com técnica asséptica observando os
integradores internos e comunicar ao enfermeiro qualquer dúvida;
Montagem e Circulação de Sala Cirúrgica
 Recomendações para a montagem da sala cirúrgica:

• Conectar a extremidade da extensão de borracha estéril fornecida pelo


instrumentador à extensão do aspirador elétrico e ligar;
• Ajustar o foco de luz sempre que solicitado, de forma a proporcionar
iluminação adequada ao campo cirúrgico, sem projeção de sombras e
reflexos;
• Observar o gotejamento de soros e hemoderivados, líquidos drenados e
sinais de intercorrências (sinais e sintomas no pós-operatório); controlar
a quantidade do fornecimento de gazes e compressas, para que não
ocorra esquecimento acidental destes materiais no campo operatório;
• Aproximar os hampers da equipe para desprezar compressas, gazes,
embalagens descartáveis, aproximar bancos e pedais dos equipamentos;
Montagem e Circulação de Sala Cirúrgica
 Recomendações para a montagem da sala cirúrgica:

• Manter a sala em ordem durante todo o procedimento cirúrgico e


evitar saídas frequentes da sala e aberturas desnecessárias da porta;
• Manter distância da mesa do instrumentador pra evitar
contaminação;
• Encaminhar, de acordo com o protocolo da instituição, o mais rápido
possível as peças para análise laboratorial, identificando e
acondicionando em recipiente especifico;
• Realizar os registros em impressos próprios, anotando os
medicamentos, soluções, hemoderivados, equipamentos usados,
intercorrências com o paciente, nome do procedimento e da equipe
cirúrgica, bem como início e término da cirurgia.
Montagem e Circulação de Sala Cirúrgica
 Recomendações para a montagem da sala cirúrgica:

• Ao termino da cirurgia, auxiliar a equipe no curativo cirúrgico, na


retirada de aventais cirúrgicos, desligar foco de luz, remover campos e
lençóis úmidos, remover excesso de antisséptico, sangue e secreções
da pele do paciente, vestir o paciente e cobri-lo com lençóis ou
cobertores, retirar a monitoração do paciente após avaliação do
anestesiologista e enfermeiro, organizar o prontuário e auxiliar o
transporte do paciente para a sala de recuperação pós-anestésica;
• Realizar os registros em impressos próprios, anotando os
medicamentos, soluções, hemoderivados, equipamentos usados,
intercorrências com o paciente, nome do procedimento e da equipe
cirúrgica, bem como início e término da cirurgia.
Principais Função do Circulante de Sala
• Integrar a equipe multidisciplinar e garantir realização de cirurgia segura;
• Manter organizada a sala cirúrgica;
• Verificar e adequar temperatura, umidade e luminosidade da sala;
• Testar e garantir o funcionamento d equipamentos e rede de gases;
• Tomar ciência do Mapa Cirúrgico;
• Verificar presença materiais/suprimentos necessários ao ato cirúrgico;
• Preparar sala cirúrgica e o paciente para a cirurgia;
• Auxiliar anestesista durante preparo e ato anestésico;
• Posicionar o paciente na mesa cirúrgica de acordo com cirurgia proposta;
• Garantir medidas de higiene e técnica asséptica no preparo do paciente;
• Circular sala durante o procedimento cirúrgico;
• Monitorizar paciente durante o procedimento garantindo sua segurança.
• Prestar assistência de enfermagem livre de danos;
• Garatir direitos e segurança do paciente;
• Realizar assistência de enfermagem em situação de urgências.
• Repor materiais utilizados durante procedimento cirúrgico.
• Realizar registros devidos em folha de sala.
Posicionamento Cirúrgico
Posicionamento Cirúrgico
 Posições mais utilizadas para acomodar o paciente na mesa cirúrgica:

• Dorsal: nesta posição a coluna vertebral do paciente fica em contato com


o colchão da mesa cirúrgica.
• Ventral: nesta posição o abdome do paciente fica em contato com o
colchão da mesa cirúrgica.
• Decúbito lateral: nesta posição o paciente fica deitado sobre o lado
contrário da área afetada.

Além das posições supracitadas, existe também a posição de


trendelenburg, trendelenburg invertido, litotomia (posição ginecológica),
fowler, semi-Fowler, sins, canivete (kraske), etc.

TODAS POSIÇÕES CIRURGICAS PODEM SER MODIFICADAS de acordo


com as necessidades de cada paciente e do procedimento cirúrgico.
Posicionamento Cirúrgico
Posicionamento – Decúbito Dorsal ou Supina
Posicionamento – Decúbito Ventral ou Prona
Posicionamento – Decúbito Lateral
Posicionamento – Litotomia ou Ginecológica
Posicionamento – Trendelenburg
Posicionamento – Proclive ou Trendelenburg Reverso
Posicionamento – Fowler ou Sentada
Posicionamento – Canivete ou Kraske
Posicionamento – Canivete ou Kraske
Períodos Operatórios
 Define-se período perioperatório como o espaço de
tempo que compreende as três seguintes fases:

• Pré-Operatório

• Intraoperatório

• Pós-Operatório
Período Pré-Operatório
• Pré-operatório: período de tempo desde que é tomada a
decisão da cirurgia até o paciente ser transferido para a sala
de cirurgia. É dividido em:

 Mediato: da primeira consulta até 24 horas antes da


cirurgia. Inclui neste período orientações dadas ao
mesmo antes do internamento. Ex.: jejum, banho,
preparo da papeleta.

 Imediato: procedimentos realizados 24 horas antes da


cirurgia até o encaminhamento para o centro cirúrgico.
Ex.: tricotomia.
Período Intraoperatório

• Intraoperatório: período de tempo desde


quando o paciente é transferido para a mesa da
sala de cirurgia até ser admitido na Sala de
recuperação pós-anestésica.
Período Pós-Operatório
• Pós-operatório: compreende todo período que se
segue após a realização do procedimento anestésico
cirúrgico. É dividido em:

 Mediato: a partir das 24horas após a cirurgia até a


alta hospitalar.

 Imediato: após o termino da cirurgia até as


primeiras 24horas após a cirurgia.

 Tardio: da alta hospitalar até a revisão.


Assistência de Enfermagem
no Pré-Operatório
• Antes da cirurgia o paciente ou responsável deve assinar um termo
de responsabilidade, autorizando o hospital a realizar o
procedimento cirúrgico, que tem por finalidade proteger o
paciente contra uma cirurgia indesejada, proteger o hospital e sua
equipe contra uma ação legal do paciente ou família sobre uma
cirurgia sem consentimento.

• A assistência no pré-operatório objetiva um preparo psicossocial e


físico, identificando assim os fatores físicos como também
emocionais do paciente, pois interferem nas condições para o ato
cirúrgico, podendo comprometer o bom êxito
da cirurgia ou mesmo provocar sua suspensão.
Assistência de Enfermagem - Pré-Operatório
Assistência de Enfermagem - Trans-Operatório
Assistência de Enfermagem no Transoperatório
 Receber o paciente no centro cirúrgico, verificar prescrição
médica e prontuário, conferir a presença de exames laboratoriais;

 Confirmar sobre o jejum, alergias, doenças anteriores e preparos;

 Aferir SSVV e realizar exame físico simplificado;

 Observar nível de consciência;

 Encaminhar o paciente na maca com as grades levantadas, à sala


de operação;

 Receber o paciente no centro cirúrgico, verificar prescrição


médica e prontuário, conferir a presença de exames laboratoriais;
Assistência de Enfermagem no Transoperatório
 Confirmar sobre o jejum, alergias, doenças anteriores e preparos;

 Colocar o paciente na mesa cirúrgica de modo confortável e seguro;

 Monitorar o paciente, verificar os parâmetros; Manter o paciente


aquecido;

 Auxiliar o anestesiologista durante indução anestésica;

 Ajudar equipe cirúrgica a posicionar o paciente para a cirurgia;

 Auxiliar na realização do cateterismo vesical quando necessário;

 Registrar, na ficha de transoperatório todos os cuidados prestados


ao paciente e sua evolução.
O Cuidado de Enfermagem no Pós-operatório
Pós-operatório inicia-se a partir da saída do cliente da sala de
operação e perdura até sua total recuperação. Subdivide-se em:

Pós-operatório imediato (POI): até às 24 horas posteriores à


cirurgia;
Pós-operatório mediato: após as 24 horas e até 7 dias depois; e
tardio, após 7 dias do recebimento da alta.

Objetivos: identificar, prevenir e tratar os problemas comuns aos


procedimentos anestésicos e cirúrgicos, tais como dor, laringite
pós- entubação traqueal, náuseas, vômitos, retenção urinária,
flebite pós-venóclise e outros, com a finalidade de restabelecer o
seu equilíbrio.
Assistência de Enfermagem no Pós-operatório
 Imediato:

• Posicionar adequadamente o paciente no leito;


• Conectar sondas e drenos;
• Manter vias aéreas permeáveis;
• Proporcionar alívio da dor de acordo com medicação
prescrita;
• Verificar SSVV;
• Observar curativo cirúrgico e sangramento;
• Mudança de decúbito.
Assistência de Enfermagem no Pós-operatório

 Mediato:

• Monitorizar SSVV e drenagens;

• Estimular exercícios e respiração profunda;

• Controlar eliminações;
• Realizar curativo;
• Dar orientações quanto à alta hospitalar.
Recuperação Pós-anestésica
SRPA – Sala de Recuperação Pós-anestésica
 Local destinado a receber o paciente no pós-
operatório imediato até que recupere a consciência
e tenha seus sinais vitais estáveis.
 Portaria MS 400/1977 – Dispõe sobre
funcionamento e atribuições da SRPA.
 Cirurgias de alta complexidade e/ou paciente grave,
a recuperação pode ser realizada,
preferencialmente, no CTI.
 Alta/Liberação da SRPA: Anestesista.
SRPA – Cuidados de Enfermagem
VIGILÂNCIA CONSTANTE ATÉ SUA COMPLETA
RECUPERAÇÃO

Estabilidade hemodinâmica

Amplitude respiratória normalizadas

Saturação de O² nos limites normais

Estabilidade da temperatura corporal

Estado de consciente
SRPA – Intercorrências e Complicações
INTERCORRÊNCIAS/COMPLICAÇÕES CIRÚRGICAS
 Principais Intercorrências/Complicações Durante e após o Ato Cirúrgico:

• Hematológica: HEMORRAGIA – PRINCIPAL COMPLICAÇÃO com risco


aumentado no Pós-operatório Imediato (POI) nas primeiras 24 horas.
• Cardiovascular: Parada Cardiorrespiratória (PCR), Insuficiência Cardíaca,
Trombose, Coagulação Intravascular Disseminada;
• Respiratória: Hipóxia, Embolia Pulmonar (EP), Edema Agudo de Pulmão
(EAP), Insuficiência Respiratória Aguda (IRA), Pneumotórax;

• Neurológica: Dor, Convulsão, Acidente Vascular Cerebral (AVC);


• Gastrointestinal: Distensão Abdominal, Náuseas, Vômitos;
• Genito-Urinária: Retenção Urinária, Incontinência Urinária, Insuficiência
Renal;
• Imunonológica: Infecção, Sepse.
INTERCORRÊNCIAS/COMPLICAÇÕES CIRÚRGICAS
 Outras Possíveis Intercorrências/Complicações Cirúrgicas:

• Anafilaxia: uma reação alérgica causada em resposta ao uso de


medicamentos, látex ou outras substâncias. Provoca vasodilatação,
hipotensão e constrição brônquica.
• Hipotermia;
• Hipertermia maligna: é um distúrbio muscular hereditário que pode
ser induzido por agentes anestésicos;
• Soluço;
• Desequilíbrios eletrolíticos;
• Desequilíbrios hidroeletrolítico.
PRINCIPAIS COMPLICAÇÕES

•Alteração dos sinais vitais (TPR-


A hipotensão arterial:
PA)
Hidratação rigorosa pela via EV,
Mantendo-se posição de
Hipertermia :retirar os cobertores,
Trendelemburg - para melhorar
resfriar o ambiente, aplicar
o retorno venoso, fornecendo-
compressas frias nas regiões da
lhe oxigênio.
fronte, axilar e ingüinal e medicar
antitérmico, de acordo com a
prescrição;

Hipotermia: o cliente deve ser


agasalhado e sua temperatura
monitorada
 

 
ALTERAÇÕES NEUROLÓGICAS

•a) Dor: Geralmente na região da cirurgia Cefaléia pós Raquianestesia:


•Ações: Decúbito baixo em posição
•afrouxar e/ou trocar os curativos, aliviar a supina,
retenção de urina e fezes, fazer a Hidratação adequada por VO
mudança de decúbito, apoiar segmentos e/ou EV
do corpo em coxins e aplicar compressas Administração de analgésicos
frias ou quentes, escurecer o ambiente e prescritos
diminuir os barulhos, estimulando o
cliente a repousar e/ou proporcionar-lhe
algo que o distraia, por exemplo,
televisão, música, revistas, etc.
Administração de medicação
Sonolência
A sonolência é uma característica muito freqüente no cliente cirúrgico.

Ações: avaliação do nível de consciência deve ser sempre verificada mediante


alguns estímulos (perguntas, estímulo tátil) alterações podem indicar
complicações graves – como, por exemplo, hemorragia interna.

Soluço
Os soluços são espasmos intermitentes do diafragma, provocados pela
irritação do nervo frênico. No pós-operatório, suas causas mais comuns são a
distensão abdominal e a hipotermia.

Ações: aspiração ou lavagem gástrica (na distensão abdominal),


deambulação, aquecimento do cliente hipotérmico e mudança de decúbito.
Outras, orientar o cliente para inspirar e expirar em um saco de papel, porque o
dióxido de carbono diminui a irritação nervosa; ou administrar lhe
metoclopramida (Plasil®) de acordo com a prescrição médica
COMPLICAÇÕES RESPIRATÓRIAS: Limitação na expansão pulmonar
acumulo de secreção traqueobronquica e dificuldade do cliente em elimina-la.

Atelectasia: colabamento dos alvéolos Ações:


pulmonares pela obstrução dos brônquios
por tampão mucoso Manutenção da ventilação
(artificial)
Manifestações: aumento na frequencia Permeabilidade das vias
respiratória Dispnéia, hipoventilação aéreas(Aspiração traqueal
pulmonar, cianose, agitação, alteração de posicionamento adequado)
nível de consiência. Estimulação da tosse,
Estimulação de exercícios
respiratórios,
Realizar neanbulização,
Mudança de decúbito.
PNEUMONIA: Inflamação do parenquima pulmonar (alvéolos) normalmente
provocada por um processo infecciosos, geralmente de origem bacteriana
(Estase pulmonar)

Prevenção:
Manifestações:
Mudança de decúbito
Dor torácica
Promoção de expectoração
Febre
Ações;
Tosse produtiva
Administração de medicação
Calafrios
Higiene corporal
Prostação
Estimular ingesta hídrica
Eliminação de muco purulento
Estimular deambulação
Dispnéia
COMPLICAÇÕES PULMONARES

•Embolia Pulmonar: embolo de Ações:


gordura de ar ou de coagulo sanguíneo Prevenção do quadro de trombo
se desloca através da corrente embolismo
sanguínea ate o ramo de um vaso Exame físico
pulmonar(artéria e veias pulmonares) Realizar exercícios ativos ou
ocasionando obstrução parcial ou total passivos (simples contrações
musculares podera ajudar no
Manifestações: retorno venoso)
Dor aguda no peito Utilizar meias
( comum na fase aguda), Controlar administração de
Dispnéia, medicamento.
Diaforese, Estimular a deambulação e a
Ansiedade mudança de decúbito em intervalos
Agitação regulares)
Alterações de nível de consciência
podendo levar a morte.
COMPLICAÇÕES URINÁRIAS
Complicações urinárias: infecção urinária e a retenção urinária
(bexigoma), é geralmente causada por falhas na técnica de sondagem
vesical e refluxo da urina.
Manifestação: hipertermia, disúria e alterações nas características da
urina.

Ações: higiene íntima adequada do cliente, bem como técnica asséptica


na passagem da sonda e sempre utilizar extensões, conectores e
coletores esterilizados com sistema fechado de drenagem.

Retenção urinária: medicando o cliente contra a dor, promovendo sua


privacidade, mudando-lhe de posição (se não houver contra-indicação)
e avaliando a presença de dobraduras e grumos nas extensões das
sondas e drenos nas proximidades da bexiga.
COMPLICAÇÕES GASTRINTESTINAIS
a) Náuseas e vômito
Os efeitos colaterais dos anestésicos e a diminuição do peristaltismo
ocasionam distensão abdominal, acúmulo de líquidos e restos alimentares
no trato digestório; em conseqüência, o cliente pode apresentar náuseas e
vômito.

Ações: clientes sem sonda nasogástrica devem ser colocados em decúbito


lateral ou com a cabeça lateralizada para facilitar a drenagem do vômito
pela boca.

Ações: clientes com sonda nasogástrica, abrir a sonda e, mantendo-a


aberta, proceder à aspiração para esvaziar a cavidade gástrica.
Administrar antieméticos, passar a sonda nasogástrica (mantendo- a
aberta) e aspirar mais freqüentemente o conteúdo gástrico, de acordo com
as orientações da enfermeira e/ou médico
Constipação intestinal:
Diminuição do peristaltismo provocada pelo efeito colateral do
anestésico, imobilidade prolongada no leito, quadro inflamatório,
exposição e manipulação do intestino durante as cirurgias abdominais e o
medo da dor. Como resultado, ocorre retenção de fezes acompanhada ou
não de dor, desconforto abdominal e flatulência.

Ação:
movimentação no leito, deambulação precoce, ingestão de líquidos e
aceitação de alimentos ricos em celulose. A aplicação de calor na região
abdominal e a orientação, ao cliente, para que degluta menos ar ao beber
ou ingerir alimentos pode ajudar no retorno do movimento peristáltico e
diminuir o acúmulo de gases. promover sua privacidade para que possa
eliminar os gase, o médico pode prescrever laxante no período noturno
e/ou lavagem intestinal.
Sede
Provocada pela ação inibidora da atropina, perdas sangüíneas
e de líquidos pela cavidade exposta durante o ato operatório,
sudorese e hipertermia.

Ação: A equipe de enfermagem deve observar a presença de


sinais de desidratação (alteração no turgor da pele e da PA e
diminuição da diurese), manter a hidratação por via oral e,
nos clientes impossibilitados de hidratar-se por via oral,
umidificar os lábios e a boca, realizar higiene oral e manter
hidratação endovenosa.
COMPLICAÇÕES VASCULARES
Hemorragia

Primaria: se relaciona com o processo cirúrgico

Intermediaria: primeiras 12 horas de pós operatório

Secundaria: ate 24 horas após a cirurgia

Interna: se faz para o interior de uma cavidade

Externa: a localização do sangramento e visível o sangue se exterioriza

Manifestações:
taquicardia, taquipnéia, acrocianose, hipotensão, choque. 
Ações:

Controlar SV,

Posicionamento

Adequado de acordo com possibilidade,

Supressão do sangramento(compressão dos vasos ou tecidos quando


possível), Cateterismo vesical, sonda nasogástrica, Lavagem gastrica no
caso de hemorragia digestiva, Controlar medicamentos e soluções
administradas incluindo hemoderivados, coleta e amostra de
Exames;
INFECÇÃO DA FERIDA CIRÚRGICA
Caracteriza-se pela presença de secreção purulenta que varia de clara inodora a
pus espesso com odor fétido, com a presença ou não de necrose nas bordas da
ferida.

Quando ocorre um processo inflamatório, normalmente os sintomas se


manifestam entre 36 e 48 horas após a cirurgia, mas podem passar desapercebidos
devido à antibioticoterapia.
Prevenção: preparo pré-operatório adequado, utilização de técnicas assépticas,
observação dos princípios da técnica de curativo e alerta aos sinais que caracterizam
a infecção.

Os clientes devem ser orientados quanto aos cuidados, durante o banho, com o
curativo fechado. Nas instituições que têm por rotina trocar o curativo somente
após o 2o dia pós-operatório (DPO), o mesmo deve ser coberto com plástico, como
proteção à água do chuveiro - caso molhe-se acidentalmente, isto deve ser
notificado.
Nas instituições onde os curativos são trocados diariamente, o curativo pode ser
retirado antes do banho, para que o cliente possa lavar o local com água e sabão, e
refeito logo após.
DEISCÊNCIA

Abertura total ou parcial da incisão cirúrgica provocada por


infecção, rompimento da sutura, distensão abdominal, ascite
e estado nutricional precário do cliente.
Ação: lavagem ou irrigação do local com solução fisiológica,
podendo haver a necessidade de o cliente revisar os pontos
cirúrgicos.
A troca do curativo pode ou não ser atribuição da equipe de
enfermagem e o tempo de permanência dos curativos
fechados depende da rotina da instituição ou da equipe
médica. Todos os curativos com saída de secreções
(purulenta, sangüinolenta) devem ser do tipo fechado; nos
casos de sangramento, indica-se o curativo compressivo.
CHOQUE
Manifestações:
Estado inadequação circulatória
Importante hipotensão arterial, baixo
grave(condições orgânicas e
débito cardiaco (exeto no choque
fisiológicas que impossibilitam a
séptico)
manutenção do debito cardíaco
Hipoperfusão tecidual
capaz de atender as necessidades
Importante hipóxia
metabólicas do organismo.
Baixo débito urinário(oligúria)
Taquicardia e bradicardia(achados no
Choque Hipovolêmico: relacionado
choque tardio)
a grande hemorragia
Pulso filiforme
Choque séptico: Infecção
Alterações importante do nível de
Choque Cardiogênico: insuficiência
consiência
cardiaca
Choque neurogênico: alterações
neurológicas
Ações:
Decúbito dorsal ao nível da cabeça; permebilidade das vias aéreas; avaliar dinâmica
ventilatória; Realizar rigoroso balanco hidríco; Monitorizar sinais vitais; Manter
cliente aquecido
Assistência de Enfermagem
 Cuidados com Curativos, Drenos e Cateteres:

• Verificar SSVV;
• Observar sítio de incisão cirúrgica e sítio de inserção de drenos e
cateteres;
• Observar a quantidade e aspecto de drenagem no curativo e/ou
drenos;
• Observar e registrar aspecto, tipo e quantidade da secreção drenada;
• Realizar curativo sempre que necessário;
• Manter curativo limpo e seco;
• Observar presença de sinais flogisticos;
• Ter cuidado ao manipular ou transportar o paciente para não deslocar
drenos.
• Clampear cateteres durante transporte e transferência de leito.
Curativo Cirúrgico
 O curativo tem como objetivo proporcionar ambiente
adequado para cura da ferida operatória, imobilizar a
ferida, absorver drenagem, proteger a ferida
operatória contra a contaminação por microrganismos
e sujeira, promover hemostasia (curativo compressivo)
e fornecer conforto.

 A troca de curativo é normalmente realizada


diariamente e de acordo com a necessidade. Mas,
pode ocorrer a troca em intervalos maiores.
Geralmente o curativo é realizado após o banho.
Curativo Cirúrgico

 Cuidados de Enfermagem:

• Realizar lavagem das mãos corretamente;


• Remover curativo antigo cuidadosamente e observar o aspecto de
drenagem de secreção e características da ferida. ATENTAR PARA
SANGRAMENTOS.
• Ter cuidado para não mexer no dreno e sondas caso eles existam;
• Observar área ao redor da ferida cirúrgica para sinais de irritação
da pele e reação ao esparadrapo;
• Observar a presença de sinais flogísticos no sítio de incisão
cirúrgica.
Curativo Cirúrgico
• Promover a limpeza seguindo as técnicas assépticas. Limpar da
área menos contaminada para mais contaminada, ou seja, da
ferida operatória ou incisão para área ao redor da pele, sempre
em um único sentido, nunca realizar movimentos de vai e vem.
• Nunca utilizar a mesma gaze duas vezes para limpar a ferida;
• Cobrir a ferida operatória com gaze estéril e esparadrapos
antialérgico se disponível na instituição. Reforçar o curativo com
ataduras em caso de grande quantidade de drenagem e realizar
curativo compressivo;
• Manter o curativo limpo e seco;
• Registrar aspecto do curativo, material utilizado e alterações na
ferida operatória;
• Recolher todo material utilizado.
Drenos
 Drenos: São tubos que tem por finalidade drenar
fluidos do interior de uma cavidade ou ferida após um
procedimento cirúrgico. Podem ser de látex,
borracha, plástico e silicone.

• Os tipos de drenos cirúrgicos mais utilizados são:


Dreno Selo D`água; Dreno de Penrose, Dreno
Portovack (Hemovac); Dreno Kehr; Dreno Jackson-
Pratt, etc.
Drenos e Cateteres
 Principais Cuidados de Enfermagem:

• Verificar SSVV e observar se o paciente apresenta Hipertermia;


• Observar o sitio de inserção para presença de sinais flogísticos;
• Inspecionar área do sitio de inserção para sinais de irritação na pele;
• Realizar curativo diariamente seguindo rigorosamente técnica asséptica.
• Manter drenos e cateteres pérveos.
• Manter curativo limpo e seco e utilizar esparadrapo antialérgico
(micropore), se disponível, na instituição;
• Qualquer sinal de infecção comunicar imediatamente;
• Registrar aspecto do curativo e drenagem de secreções observadas.

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