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CLÍNICA CIRÚRGICA

AULA 1
PESQUISA
Pesquisar as terminologias cirúrgicas com seus prefixos e sufixos;
Incluir as nomenclaturas que não seguem a regra.
CENTRO CIRÚRGICO

A unidade de Centro Cirúrgico deve ocupar uma área


independente da circulação geral, ficando livre do trânsito de
pessoas e materiais estranhos ao serviço; com mínimo de ruído
possível; possibilitando o acesso livre e fácil de pacientes das
unidades de internação cirúrgicas, pronto socorro e terapia
intensiva.
ESTRUTURA FÍSICA
• Pisos de superfície lisa;
• Paredes lisas, laváveis, anti-acústicas, cantos arredondados e cor
neutra;
• Teto de material lavável;
• Janelas que não permitem a entrada de poeiras e insetos;
• Iluminação com ausência de sombras e reflexos;
• Ventilação com a temperatura e umidade adequadas e renovação do
ar.
EQUIPAMENTOS DO CENTRO CIRÚRGICO

• Equipamentos fixos;
• Armário embutido;
• Oxigênio, ar comprimido e vácuo;
• Foco central e auxiliares;
• Mesas auxiliares e de Mayo para cirurgias;
• Suporte de soro;
• Bisturi elétrico;
• Balde para lixo;
• Hamper.
VESTIÁRIOS MASCULINOS E FEMININOS
Os vestiários devem estar localizados na entrada do Centro
Cirúrgico, de modo que os profissionais e outras pessoas que
venham da área externa, só possam ter acesso ao setor após a
troca de roupa. O vestiário deve conter armários para guardar os
pertences dos usuários e sanitários anexos com lavabos e
chuveiros.
PARAMENTAÇÃO

No intra-operatório a equipe cirúrgica deve estar atenta para a


importância do uso adequado da paramentação com o objetivo de
proteger a área a ser operada da flora liberada pela equipe cirúrgica e
esta da exposição às secreções dos pacientes.
As roupas privativas do centro Cirúrgico devem ser utilizadas
apenas nas áreas semi-restritas e restritas do CC. É terminantemente
proibido sair com as roupas privativas fora do CC.
AVENTAIS

A utilização de avental objetiva a prevenir a dispersão de bactérias no


ar provenientes do pescoço, antebraços e demais áreas expostas da pele
e evitar o contato da pele do cirurgião com sangue fluidos corporais que
possam vir a contaminar suas roupas. Deve ser retirado, com cuidado
para não tocar em locais contaminados, após o término de cada cirurgia
dentro da sala de operação e colocado no hamper para ser levado à
lavanderia. Obrigatório a utilização em todo procedimento cirúrgico.
MÁSCARA

Uso destinado à proteção da equipe cirúrgica frente ao risco de


exposições a respingos de sangue e outros fluidos corporais. Uso
obrigatório na sala de cirurgia. Após o uso, devem ser
cuidadosamente retiradas com a manipulação pelas tiras e
descartadas, uso obrigatório nas áreas restritas do CC.
PROPÉS

Usado para prevenir a transferência de microrganismos através


de sapatos. Não utilizá-los como substitutos de sapatos (risco de
contaminação com perfuro cortantes, sangue ou fluidos corporais).
O uso de sapato fechado é imprescindível. Uso obrigatório nas
áreas semi-restritas e restritas do CC.
GORRO/TOUCA

Reduzem a contaminação microbiana, do campo cirúrgico,


proveniente do cabelo e couro cabeludo. Cobrir totalmente os
cabelos na face e pescoço. Uso obrigatório nas áreas restritas e
semi-restritas do CC.
LUVAS

Luvas cirúrgicas têm a função de proteger o paciente das mãos


do cirurgião e proteger o cirurgião do sangue contaminado. Uso
obrigatório em qualquer procedimento cirúrgico.
É obrigatório o uso de duplo enluvamento para qualquer
procedimento que durar mais de uma hora ou trocar a luva a cada
duas horas de cirurgia (quando não fazer o duplo enluvamento).
USO DE LUVAS

Luvas estéreis Luvas de procedimento


• Procedimentos cirúrgicos; • Punção venosa;
• Parto Normal; • Circulação de sala;
• Procedimentos invasivos; • Limpeza e desinfecção de sala,
• Abcessos; etc.
• Procedimentos vasculares, etc.
IMPORTANTE

• A máscara deve cobrir totalmente a boca e nariz ao entrar na sala de cirurgia;


• O uso de gorros deve cobrir completamente os cabelos da cabeça e face ao
entrar na sala de cirurgia;
• Troca de roupa cirúrgica quando contaminada por material biológico;
• Uso de capote como barreira efetiva contra a penetração de líquidos;
• Quando sair do CC retirar a roupa e recolocar uma limpa se retornar.
ZONA DE RESTRIÇÃO
Não restrita: vestiário, área de transferência e expurgo;

Semi-restrita: Sala de recepção do paciente, RPA, estoque de


material, etc;

Restrita: Corredor de acesso, lavabo e sala de operação.


ÁREA DE ESCOVAÇÃO OU LAVABO

• As torneiras devem abrir e fechar sem o uso das mãos;


• Os tanques devem ter aproximadamente 90cm do chão para
facilitar a mecânica corporal no ato da escovação;
• Deve possuir escovas de degermação e solução antisséptica.
SALA DE CIRURGIA
É a área destinada à realização de intervenções cirúrgicas e endoscópicas.
Preconizam-se duas salas para 50 leitos não especificados ou para 15 leitos
cirúrgicos.
FUNCIONAMENTO DO CENTRO CIRURGICO

• As cirurgias devem ser agendadas com, no mínimo, 24h de antecedência;


• Deve ser feito o mapa cirúrgico na data anterior à da cirurgia e afixá-lo no CC, farmácia, rouparia,
gerência de Enfermagem, banco de sangue, nutrição e diretoria;
• As cirurgias têm tolerância de 30 minutos para possíveis intercorrências;
• Não pode ser permitido porte ou ingestão de gêneros alimentícios no interior da área critica do
centro cirúrgico (central de esterilização, central de material, salas operatórias e corredor
cirúrgico);
• Somente deve ser permitida a entrada de pessoas pertencentes à área de saúde, com a
autorização da chefia do setor e do chefe da equipe cirúrgica;
FUNCIONAMENTO DO CENTRO CIRURGICO

•Não deve ser permitido circular pelo hospital fazendo o uso do conjunto cirúrgico;
•Não é aconselhável o uso do conjunto cirúrgico por cima da roupa comum;
•As malas, maletas e bolsas só poderão entrar na área crítica a pessoas devidamente
paramentadas;
•Não é aconselhada o uso de adereços (brincos, anéis, pulseiras, cordões, etc...), no
interior do centro cirúrgico;
•O cirurgião deve preencher completamente o boletim cirúrgico, incluindo assinaturas
e carimbos dos respectivos integrantes da equipe;
•Qualquer dano propositadamente causado em instrumentos e/ou aparelhos do bloco
cirúrgico será de inteira responsabilidade do causador, devendo este estar ciente de
que o ressarcimento do mesmo será de sua responsabilidade;
FUNCIONAMENTO DO CENTRO CIRURGICO

•A entrada do paciente no bloco cirúrgico só pode ser permitida com a


confirmação da autorização procedimento;
• Os materiais dos postos de enfermagem e CTI deverão ser encaminhados
(previamente limpos) para a esterilização;
• A contagem de materiais pertencentes aos postos de enfermagem e CTI
deve ser feita diariamente;
• As salas cirúrgicas deverão ser arrumadas, pelo menos, 15 minutos antes do
horário agendado, após a confirmação da internação do paciente e a
internação do paciente e a autorização da cirurgia.
A EQUIPE

A equipe que atua no centro cirúrgico estabelece uma coordenação com


as demais equipes e serviços (laboratórios, radiologia, banco de sangue,
etc...), oferecendo assistência adequada às necessidades do paciente;
constitui-se, dessa forma, uma equipe multidisciplinar.
Esta equipe é composta por médicos, cirurgiões, anestesistas, pessoal de
enfermagem (enfermeiro, técnico e auxiliar) e pessoal de limpeza, e tem como
objetivos:
• Proporcionar cuidados ao paciente;
• Buscar a recuperação ou melhora do paciente por meio de uma intervenção
cirúrgica;
• Oferecer segurança e bem estra ao paciente.
MEMBROS DA EQUIPE CIRÚRGICA

• Cirurgião: Conduz a cirurgia da abertura até o fechamento dos tecidos;


• Assistente: Auxilia o cirurgião, permitindo as manobras com maior facilidade;
• Instrumentador: Faz o pedido de material a circulante de sala, prepara as
mesas cirúrgicas e entrega o instrumental ao cirurgião;
• Anestesista: Escolhe e executa a anestesia e controla a algesia durante a
cirurgia;
• Circulante de sala: Atende as solicitações da equipe, prepara a sala e auxilia
nos cuidados com o paciente;
• Enfermeiro: Gerencia as salas, material e equipe.
CME – CENTRO DE MATERIAL ESTERILIZADO
É a área responsável pela limpeza e processamento de artigos e
instrumentais médico-hospitalares. Na CME há o controle, o preparo, a
esterilização e a distribuição dos materiais hospitalares.
Pode ser de três tipos:
• Descentralizada: cada unidade é responsável por preparar e esterilizar os
materiais que utiliza;
• Semi-centralizada: As unidades preparam o material e encaminha para a
esterilização;
• Centralizada: Todo material é preparado pela CME.
ESTERILIZAÇÃO

Quando ocorre destruição de todos os microrganismos através de


agentes químicos e físicos. Tipos:
• Calor úmido;
• Calor seco;
• Radiação;
• Gases;
• Líquidos.
CALOR ÚMIDO – AUTOCLAVE

É o processo mais usado que combina calor, pressão e umidade através de


vapor d’água sob pressão a 121°C, durante cargas de 30 min ou 15 min.
CALOR SECO - ESTUFA
O calor penetra nas substâncias de forma mais lenta que o calor úmido a
temperaturas mais elevadas (170°C em 1h).
MEIO QUÍMICO
Através do óxido de etileno, que é um produto altamente tóxico indicado
para material termossensíveis não danificando o material e tem alto custo,
geralmente é um serviço terceirizado.
MEIO QUÍMICO - GLUTARALDEÍDO
Material usado para desinfecção dos instrumentais, por sua facilidade de
uso. É irritante nas mucosas e tóxicos.
FIM

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