Você está na página 1de 75

Prof.

Enf Gabriela Lacerd


Clínica Cirúrgica

• A equipe de enfermagem em que atua dentro de uma clinica cirúrgica é importante em


todas as etapas do processo, desde a admissão do paciente no período pré-operatório
até a alta do paciente no período pós-operatório.

• A equipe de enfermagem deve prestar assistência sistematizada e individualizada,


estando atenta para as necessidades do paciente cirúrgico. Estas devem ser observadas
desde o momento de admissão até a alta hospitalar.
Características da clinica cirúrgica
Esta unidade, assim como a clinica médica, deve conter em suas
instalações?

• Quartos privativos (com leito para um paciente) e semi-privativo (com leitos


para dois pacientes);
• Enfermeira com três ou mais leitos, sendo ideal que a quantidade não
ultrapasse quatro;
• Posto de enfermagem com sala de prescrição:
• Copa;
Características da clinica cirúrgica

• Sala de serviço;
• Sala de utilidades;
• Sala para curativos e exames;
• Rouparia;
• Banheiros (sanitários);
• Sala de expurgo;
• Arsenal (deposito de materiais).
Classificação da cirurgia
• Paliativa - visa minimizar os distúrbios orgânicos para melhoria das condições
de saúde do paciente.

• Radical - tratamento cirúrgico realizado para remoção parcial ou total de um


órgão.

• Plástica - tem a finalidade corretiva ou estética.


CLASSIFICAÇÃO DAS CIRURGIAS QUANDO AO TEMPO DE DURAÇÃO

• Porte I: duração de até 2 horas ( ex.: rinoplastia).


• Porte II: duração de 2 a 4 horas ( ex.: gastructomia)
• Porte III: duração de 4 a 6 horas ( ex.: craniotomia).
• Porte IV: duração de acima de 6 horas (ex.: transplante hepático).
Objetivos
• Reduzir a ansiedade do paciente, oferecendo-lhe apoio emocional para o enfrentamento
do ato cirúrgico.

• Detectar possíveis desconfortos ou complicações existentes no período pós-operatório.

• Garantir atendimento integral ao paciente nos aspectos físicos, psíquico e social.

• Manter a saúde e o bem-estar do paciente.

• Oferecer apoio psicológico aos familiares para a redução de ansiedade.

• Fornecer orientações ao paciente quanto á cirurgia, aos cuidados e eventuais duvidas.


PRINCIPAIS TERMINOLOGIAS CIRÚRGICAS

PREFIXOS
Adeno: glândulas. Cisto: bexiga. Hepato: fígado
Angio: vaso Endo: dentro, interno. Histero: útero.
Antero: anterior Enterro: intestino. Lito: cálculos.
Blefaro: pálpebras. Espleno: baço Nefro: rim.
Cole: vias biliares. Estase: redução da circulação. Oftalmo: olho.
Colo: intestino grosso. Gastro: estômago Ooforo: ovário.
Colpo: vagina. Hemo: sangue. orquideo: testículos.
Osteo: osso. Procto: reto, ânus. Rino: nariz.
Salpingo: tubas uterinas. Traqueo: traqueia.
SUFIXOS

SUFIXOS
Cele: hérnia. Centese: punção. Pexia: fixação.
Otomia: abertura. Ostomia: abertura de um órgão Ectomia: remoção total ou parcial
formando um orifício de um órgão.

Plastia: reconstrução Scopia: visualização do interior de Stomia: abertura.


um órgão.
A EQUIPE DE ENFERMAGEM

• A equipe de enfermagem em que atua dentro de uma clinica cirúrgica é


importante em todas as etapas do processo, desde a admissão do paciente no
período pré-operatório até a alta do paciente no período pós-operatório.

• Deve prestar assistência sistematizada e individualizada, estando atenta para


as necessidades do paciente cirúrgico. Estas devem ser observadas desde o
momento de admissão até a alta hospitalar
CARACTERÍSTICAS DA CLINICA
CIRÚRGICA

Deve conter em suas instalações

• Quartos privativos e semi-privativo;


• Enfermeira com três ou mais leitos, sendo ideal que a quantidade não
ultrapasse quatro;
• Posto de enfermagem com sala de prescrição:
• Copa;
• Sala de serviço;
• Sala de utilidades;
CARACTERÍSTICAS DA CLINICA
CIRÚRGICA

• Sala para curativos e exames;


• Rouparia;
• Banheiros (sanitários);
• Sala de expurgo;
• Arsenal (deposito de materiais).
Classificação da cirurgia
De acordo com o momento a ser realizada.

• Emergência - Devem ser realizadas imediatamente.

• Urgência - Devem ser realizadas num período máximo de 24 horas.

• Eletivas - São programadas e realizadas a qualquer momento, sem riscos para


o paciente.

• Diagnostica - procedimento que consiste na remoção de tecido para avaliação


diagnostica.
Classificação da cirurgia
De acordo com o potencial de contaminação

►Cirurgia limpa – Realizada em tecidos estéreis (bexiga), ou


em locais de possível descontaminação (pele),sem processos
infecciosos no local (cirurgias vasculares, de mama, enxertos
de pele, etc.).

• Potencialmente contaminada – Realizadas em tecidos com


flora microbiana pouco numerosa, sem processo infeccioso no
local (Cirurgias gástricas, de vias biliares, feridas traumáticas
de até 10 horas após o ferimento).
Classificação da cirurgia
• Cirurgia contaminada – Realizada em local com flora
microbiana abundante, porém, sem apresentar processo
infeccioso no local.

• Cirurgia infectada – Realizada em qualquer tecido com


processo infeccioso no local.
Especialidades cirúrgicas encontradas na
unidade de internação são:

• Cirurgia geral;
• Cirurgia torácica;
• Cirurgia cardiovascular;
• Cirurgia urológica;
• Cirurgia ginecológica;
• Cirurgia neurológica;
• Cirurgia digestória
• Entre outras.
Ato cirúrgico

• Consiste em uma ação


médica, sendo eletiva ou não,
que pode oferecer durante o
procedimento, riscos a saúde
e ao equilíbrio das funções
orgânicas do paciente.
É a unidade de internação para pacientes que se encontram em período de
pré e pós-operatório.

• Pré-operatório: o paciente é preparado para a cirurgia, sempre


acompanhado por uma equipe especializada.

• Pós-operatório: é o restabelecimento das funções orgânicas do paciente


pôs a cirurgia.
FASES DO TRATAMENTO
CIRÚRGICO
Período pré-operatório
• É o período que antecede a cirurgia, desde o momento de sua indicação
até a transferência do paciente para o centro cirúrgico.

Pode ser dividido em dois momentos:


• Pré-operatório mediato - ocorre no ato da internação do paciente até as
24 horas anteriores à cirurgia.
• Pré-operatório imediato - inicia-se 24 horas antes da cirurgia,
prolongando-se até a transferência do paciente para o centro cirúrgico.
Objetivos

• Reduzir a ansiedade do paciente, oferecendo-lhe apoio emocional para o


enfrentamento do ato cirúrgico.
• Detectar possíveis desconfortos ou complicações existentes no período pós-
operatório.
• Garantir atendimento integral ao paciente nos aspectos físicos, psíquico e
social.
• Manter a saúde e o bem-estar do paciente.
• Oferecer apoio psicológico aos familiares para a redução de ansiedade.
• Fornecer orientações ao paciente quanto á cirurgia, aos cuidados e eventuais
duvidas.
Período Transoperatório ou
Intraoperatório

• Inicia-se com a admissão do paciente no centro cirúrgico, estende-se


durante todo o ato cirúrgico até a transferência para a sala de recuperação
anestésica (RPA).
Período Pós-operatório

• Refere-se ao período em que o paciente é recebido na RPA até o momento de


sua alta hospitalar.

Pode ser divido em dois momentos:

• Pós-operatório imediato (POI): corresponde ás primeiras 24 horas após a


cirurgia e estende-se até 30 dias após a cirurgia.

• Pós-operatório mediato (POM): tem inicio no 31º dia do pós-operatório.


Objetivos

• Promover o restabelecimento das funções orgânicas do corpo do paciente.


• Prevenir complicações pós-operatórias, como infecções e hemorragias.
• Promover o alívio da dor.
• Proporcionar o atendimento integral ao paciente nos aspectos físicos, psíquico
e social.
• Manter a saúde e o bem-estar do paciente.
• Correspondem á clinica cirúrgica os períodos pré e pós-operatórios, por isso,
este capitulo se concentra nessas fases.
Aspectos importantes na assistência
ao paciente cirúrgico

Termo de consentimento informado:


• É um documento que consiste na autorização do paciente ou
responsável legal para realização do procedimento cirúrgico.

Essa orientação ao paciente é realizada pelo médico e, antes


de assiná-lo, o paciente deverá estar ciente de:
•Tipo de cirurgia;
•Finalidade;
•Riscos de realização e não realização da cirurgia;
•Prognósticos da intervenção.
Aspectos importantes na assistência ao
paciente cirúrgico

• Afira sinais vitais e comunique em caso de qualquer alteração.


• Respeite cultura e valores pessoais do paciente.
• Ofereça apoio ao paciente e promova redução de ansiedade.
• Promova a segurança do paciente realizando administração de medicação pré e pós
operatória, utilizando os nove certos de administração de medicação.
• Coloque pulseira de identificação e sempre a cheque antes da realização de qualquer
procedimento.
• Cheque a manutenção do jejum: o tempo de jeju dependerá do tipo de cirurgia a ser
realizada e deve ser feito de acordo com a prescrição médica.
Aspectos importantes na
assistência ao paciente cirúrgico
• Remova adornos e piercings, pois são condutores de energia e podem ocasionar
queimaduras.

• Remova prótese dentária e entregue-a aos familiares ou siga protocolo institucional.

• Remova esmalte para favorecer avaliação de perfusão periférica.

• Administre medicação pré-anestésica; em geral, é administrada 30 minutos antes da


transferência do paciente para o centro cirúrgico.
Aspectos importantes na
assistência ao paciente cirúrgico
• Previna risco de queda mantendo grades da maca/leito elevadas durante o
encaminhamento para o centro cirúrgico.

• Encaminhe prontuário e exames para centro cirúrgico juntamente com paciente. O


termo de consentimento da cirurgia deve estar preenchido e assino; também deve
constar no prontuário.
Principais Cirurgias

Prof. Enf Viviane Frota


Cirurgia Endócrina

Tireoidectomia
• Procedimento realizado com a finalidade de remover, parcial ou totalmente, a glândula
tireoide.

Indicações

• Tumores benignos ou malignos da tireoide;


• Bócio.
Complicações pós-
operatórias
• Edema de glote;
• Hemorragia;
• Rouquidão ou afonia;
• Hipocalcemia (ocasionada por lesão das glândulas paratireoides);
• Tetania (crise de espasmos dos músculos das mãos e pés causados por distúrbio do
cálcio, normalmente temporária).
Cirurgias do Aparelho Digestório
Gastrostomia

• Procedimento cirúrgico que consiste na abertura do estômago, através da parede


abdominal, para introdução de uma sonda, a fim de construir um canal entre a luz
gástrica e o meio externo, para corrigir déficit alimentar relacionado a patologias
esofagianas, disfagia, entre outros.
• Esse procedimento pode ser definitivo ou temporário.

Indicações
• Estenose importante do estômago provocada por queimadura de substâncias corrosivas;
• Carcinomas;
• Incapacidade neurológica crônica para deglutição.
Gastrectomia

• Cirurgia para remoção parcial ou total do estômago.

Indicação

• Tumor gástrico;
• Úlcera péptica com hemorragia digestiva;
• Obstrução.
Complicações pós-operatórias

• Hemorragias;
• Deficiência de vitamina B12;
• Pneumonia.
Colostomia

• Procedimento cirúrgico referente á exteriorização do intestino grosso, mais comumente


do cólon transverso ou sigmoide, por meio da parede abdominal, para eliminação de
gases ou fezes.
• O orifício realizado nessa cirurgia recebe o nome de estoma e pode ser permanente ou
temporário.
• Essa cirurgia é feita em pacientes que possuem doenças com as seguintes
características:
Obstrução intestinal

• Quadro clinico: presença de sangue nas fezes, anemia, obstrução intestinal,


perfuração intestinal, diarreias crônicas, cólicas abdominais baixas, distensão
abdominal, perda de peso, cansaço progressivo e anorexia.

Meios de diagnósticos
• toque retal
• sigmoidoscopia
• colonoscopia
• exame de fezes
• exame de sangue
Indicações

• Obstrução provocada por tumores do intestino grosso


• Megacólon
• Anomalias congênitas
• Perfurações intestinais

Complicações pós-operatórias
• Hemorragias;
• Deficiência de vitamina B12;
• Pneumonia.
Indicações

• Obstrução provocada por tumores do intestino grosso;


• Megacólon;
• Anomalias congênitas;
• Perfurações intestinais.
Apendicectomia

• Corresponde a uma cirurgia para remoção do apêndice vermiforme que se encontra


em processo agudo inflamatório.
• Entre algumas complicações, pode ocorrer a peritonite, no caso de o apêndice
supurar.

Indicação

Apendicite (que ocorre por obstrução do apêndice vermiforme, ocasionada por


alimentos, parasitas ou fezes).
Complicações pós-operatórias

• Infecção;
• Abscesso;
• Obstrução intestinal.
Colecistectomia

• Destina-se á remoção cirúrgica da vesícula biliar em caso de colelitíase (cálculos na vesícula


biliar) e/ou Colecistite (infecção da vesícula biliar) associadas ou não á pancreatite; é
realizada via laparoscopia ou convencional.

Indicações
• Colelitíase (cálculo na vesícula biliar);
• Inflamação da vesícula biliar.

Complicações pós-operatórias

• Peritonite;
• Lesões nos ductos biliares;
• Infecção.
Paracentese abdominal
• Consiste na retirada de líquidos da cavidade abdominal, especificamente da cavidade
peritoneal, por meio de punção abdominal.

• O acúmulo de liquido ascético diminui ou desaparece com diuréticos.

• Para conservar as proteínas do paciente, evita-se a paracentese abdominal, que deve ser
realizada somente nos casos em que os diuréticos não diminuam a ascite.

• A remoção de grande quantidade de liquido pode causar hipotensão, oligúria e


hiponatremia (redução de sódio sanguíneo), pois esse liquido contem eletrólitos.

• Por isso, recomenda-se não raras, esse liquido tende a se formar novamente, sendo
necessária nova intervenção.
Indicação

• Ascite (acúmulo de liquido na cavidade abdominal), causando dispneia e mal estar,


exigindo que o paciente fique em decúbito elevado.
• A ascite não diminui com tratamento medicamentoso.

Complicações pós-operatória
• São raras, mas podem incluir hematomas na parede abdominal, hemoperitôneo,
peritonite em caso de perfuração de alça intestinal e choque hipovolêmico em caso de
drenagem abrupta.
Biópsia hepática

• Refere-se á obtenção de amostra de tecido hepático por aspiração com agulha

Indicação

• Tem como finalidade diagnosticar uma doença hepática por estudo histológico do tecido
hepático.

Complicações pós-operatórias
• Dor abdominal;
• Sangramento;
• Ausência de fragmento (sendo necessária nova punção).
Cirurgia bariátrica

• Procedimento cirúrgico que visa á redução do diâmetro da região gástrica. Antes da


cirurgia, o paciente deverá ser acompanhado psicologicamente por profissional
especializado.

Indicação
• Obesidade mórbida;
Jejunostomia

• Consiste na realização de comunicação entre jejuno e região cutânea da parede


abdominal.

Complicações pós-operatórias
• Diarreias;
• Cólicas intestinais.
Indicações

• Tumores esofagianos;
• Pancreatite aguda e traumática;
• Traumas duodenais;
• Gastrectomia total;
• Esofagectomia e duodenotomia.
Ileostomia

• Comunicação do íleo com a parede abdominal, com objetivo de promover a excreção das fazes.

Indicações
• Megacólon tóxico;
• Perfuração do cólon;
• Necrose de intestino em virtude de peritonite;
• Neoplasias do cólon;
• Traumas no cólon;
• Colite ulcerativa.
Transplante hepático

• Consiste na remoção do fígado doente e sua substituição por outro saudável, pela
reconstrução anatômica da rede vascular e das vias biliares.
• Para que a intervenção seja eficaz, é necessária imunossupressão (supressão da
imunidade por meio de medicações, para evitar rejeição do órgão transplantado).
• O órgão doado pode ser de doador morto ou vivo – neste caso, transplante-se um
lóbulo do fígado do doador compatível com o receptor.

Indicações
• Doença hepática crônica avançada;
• Insuficiência hepática;
• Hepatite viral;
• Doença hepática induzida pelo uso de medicamentos hepatotóxicos ou etilismo.
Complicações pós-operatórias

• Dor;
• Infecção;
• Mau funcionamento hepático
Cirurgias cardíacas

Revascularização da artéria coronária

Esta cirurgia tem a finalidade de derivar ou desviar o sangue das artérias coronárias,
mediante enxertos venosos ou a criação de novos condutos (circulação colateral), visando
aumentar o fluxo sanguíneo nas áreas não irrigadas pelas artérias obstruídas.
Revascularização da artéria
coronária
Os procedimentos empregados são:

• Implante de mamária: disseca-se a artéria mamária (um dos ramos da aorta torácica) e
realiza-se o enxerto ligando, por meio dela, a aorta com a coronária.

• Ponte de safena: enxerta-se veia safena (localizada nos membros inferiores – MMII) na
artéria coronária afetada.

• Angioplastia coronariana transluminar percutânea (ATP): tratamento não cirúrgico


em que se posiciona um cateter balonado ou um stent especialmente elaborado para
este procedimento e que, depois de insuflado, diminui o ateroma e, consequentemente,
aumenta o diâmetro interno da artéria.
Revascularização da artéria coronária

Indicações
•Angina;
•Pacientes com doenças coronárias;
•Arteriosclerose;
•Infarto agudo do miocárdio (IAM).
Complicações pós-operatórias
•Hemorragia;
•Derrame pleural;
•Infecção;
•Pneumotórax.
Angioplastia transluminal
percutânea(ATP)
•Introdução de cateter no vaso sanguíneo até que o balão esteja no local obstruído, que,
posteriormente, será inflado, tendo como resultado a desobstrução do vaso.

Indicações
• Doença arterial;
• Angina instável;
• IAM.
Complicações pós-operatórias

•Oclusão coronária aguda;


•Complicações vasculares periféricas;
•Infecção.
Implante de marca-passo artificial

• Procedimento cirúrgico para inserção de marca-passo em virtude de bloqueio


atrioventricular total.

• O marca-passo artificial é um dispositivo responsável pelo envio de impulsos elétricos


que controlam a frequência cardíaca (FC).

• Sua instalação ocorre na região subcutânea torácica, e sua outra extremidade pode
ser introduzida por meio de uma veia calibrosa até o ventrículo direito ou diretamente
no músculo cardíaco.
Indicações
•Bradiarritmias;
•Insuficiência cardíaca;
•Após cirurgias cardíacas abertas;
•IAM;
• Quando os marca-passos naturais não conseguem manter o ritmo cardíaco normal
(nodo sinoatrial, feixes internodais e nodo atrioventricular).
Complicações pós-operatórias

•Pneumotórax;
•Perfuração do músculo cardíaco;
•Hematoma;
•Infecção;
•Arritmias e falha no funcionamento do marca-passo;
•Derrame pleural;
•Deslocamento do aparelho.
Substituição de válvula cardíaca
(prótese)
• Procedimento cirúrgico que consiste na introdução de próteses mecânicas ou
tissulares (tecido biológico) em substituição ás válvulas cardíacas.

Indicações
•Prolapso das válvulas;
•Insuficiência da válvula.
Complicações pós-operatórias

• Arritmias;
• Hemorragia;
• Tromboembolias;
• Tamponamento cardíaco
Safenectomia

• Procedimento cirúrgico para remoção da veia safena.

Indicação

•Varizes nos MMII.

Complicações
•Hemorragias;
•Trombose e embolia
Cirurgias neurológicas - Craniectomia

• Consiste na remoção temporária da parte da calota craniana para tratamento de edema


encefálico.

• A calota craniana pode ser cerrada ou perfurada. Nesse caso, são realizadas pequenas
aberturas circulares com uma broca manual ou com o craniótomo, um instrumento que
permite a conexão da broca para a perfuração óssea.

• Essas aberturas são denominadas orifícios de trepano; são utilizadas, por exemplo,
para remoção de coágulos, introdução de cateter no interior do ventrículo (com
finalidade de medir a pressão intracraniana (PIC) e/ou a derivação liquórica ou
ventricular).
Indicações:

• Ressecção de aneurisma;
• Traumatismo cranioencefálico (TCE);
• Alívio da PIC;
• Tumor intracraniano;
• Abscessos e hematomas intracranianos;
• Tratamento de acidente vascular encefálico (AVE).
Assistência de enfermagem
• Explique os procedimentos pré-operatórios, esclarecendo as principais duvidas do
paciente e familiares.
• Administre medicação, conforme prescrição médica.
• Restrinja ações hídrica e alimentar.
• Comunique queixas de cefaleia ao médico responsável ou ao enfermeiro.
• Execute controle de sinais vitais, principalmente pressão arterial (PA), e comunique ao
enfermeiro em caso de alteração.
• Mantenha o paciente em posição de Fowler para reduzir a PIC.
Cuidados no período pós-operatório

• Monitore os sinais vitais e o nível de consciência do paciente.


• Controle a glicemia, pois os corticosteroides podem desenvolver hiperglicemia.
• Observe, anote e comunique convulsões (podem estar presentes em virtude da
manipulação intracraniana).
• Mantenha controle hídrico – peso (se possível), debito urinário, líquidos intravenosos.
• Mantenha a elevação da cabeceira a 30° para diminuir o edema cerebral e reduzir
PIC.
• Verifique pressão venosa central (PVC), caso o paciente mantenha acesso venoso
central, para controlar os líquidos corporais.
• Avalie a dor, e caso presente, promova o seu alivio.
• Verifique curativos e sinais de infecção.
• Monitore PIC, caso seja inserido cateter.
Cuidados no período pós-operatório

• Realize higiene oral periódica conforme prescrição de enfermagem.


• Aplique medidas para prevenir úlceras por pressão (UPP), riscos e complicações.
• Ofereça suporte nutricional, como alimentação por sonda gástrica.
• Mantenha permeabilidade das vias aéreas.
• Eleve as grades da cama.
• Nos pacientes inconscientes, faça a limpeza ocular com soro fisiológico (SF).
• Infecções (meningite);
• Déficit neurológico (disfunções da linguagem, visuais, motoras, auditivas, entre
outras);
• Trombose venosa profunda (TVP);
• Convulsões.
Hidrocefalia

• Caracterizada pelo aumento no volume de liquido cefalorraquidiano (LCR) causado


por obstruções na circulação liquórica. A hidrocefalia pode ser ocasionada
principalmente por hemorragias ou tumores. Essa obstrução pode causar aumento
da PIC e, por isso, deve receber atenção prioritária quanto ao tratamento. O principal
tratamento está relacionado á drenagem do excesso de LCR através de um cateter
inserido no ventrículo com drenagem para o peritôneo (DVP) ou com drenagem para
o meio externo (DVE).
DVE
• Procedimento cirúrgico utilizado para introduzir um cateter de drenagem no espaço
subaracnóideo do paciente, possibilitando a drenagem do excesso de LCR para um
sistema fechado com saco coletor externo. Esse sistema pode apresentar um dispositivo
que, ligado a um monitor especifico, possibilita a instalação de um sistema de
mensuração da PIC.
• O controle de drenagem nesse sistema ocorre por gravidade, ou seja, quanto mais alto,
menor a drenagem e, quanto mais baixo, maior a drenagem. Essa altura é controlada por
uma escala em mmHg ou cmH²O, determinada pelo neurocirurgião e nivelada com régua
de nível (similar á do PVC) na altura do lóbulo da orelha.
DVP

• Procedimento cirúrgico usado para introduzir um cateter de drenagem no espaço


subaracnóideo do paciente, garantindo a retirada do excesso de LCR no peritôneo e,
consequentemente, a eliminação pela urina após absorção renal.

Indicações
• As derivações são indicadas para drenagem do excesso de LCR por via peritoneal ou
por via externa. A DVE esta indicada para casos agudos ou quando existem
complicações da DVP, como ventriculite. A DVP está indicada para casos crônicos.
Assistência de enfermagem
Cuidados no período pré-operatório

• Verifique perímetro cefálico diariamente.


• Verifique sinais vitais, dando atenção a PA e frequência respiratória (FR), e
comunique ao enfermeiro em caso de alterações.
• Comunique alterações em reflexos, movimentos corporais e comportamentos, como
agitação ou sonolência.
• Esteja atento a queixas de cefaleias.
Cuidados no período pré-operatório

• Verifique perímetro cefálico diariamente.


• Verifique sinais vitais, dando atenção a PA e temperatura, e comunique ao enfermeiro
em caso de alterações.
• Comunique alterações em reflexos, movimentos corporais e comportamentos, como
agitação ou sonolência.
• Em caso de DVE, controle débito da derivação e altura do coletor de acordo com a
prescrição médica.
• Em caso de DVP, controle débito urinário.
• Avalie fontanela, em caso de lactantes.
Complicações pós-operatórias

• Obstrução do cateter de drenagem;


• Infecção do cateter de drenagem ou na inserção do cateter nos casos de DVE;
• Excesso ou diminuição da drenagem por desnível acidental do coletor, nos casos de
DVE;
• Deslocamento acidental do cateter de drenagem.
Laminectomia

• Corresponde á cirurgia de remoção da lâmina do disco intervertebral, fazendo-se


necessária, geralmente, na região cervical ou lombar. Esta cirurgia é uma das
principais indicações para hérnia de disco, que é uma protuberância da cartilagem,
provocando a compressão das terminações nervosas.
Indicações
• Descompressão da medula espinhal ou nervos, em virtude de alterações de disco
intervertebral;
• Hérnia ou ruptura de disco intervertebral.

Complicações pós-operatórias
• Atrofia muscular;
• Dor;
• Perda de controle dos esfíncteres (uretral/anal).
REFERÊNCIAS

• ARONE, E, M; PHILIPPI, M.I.S. Enfermagem médico-cirúrgico aplicada ao sistema


endócrino. 2, ed, São Paulo; Senac São Paulo, 2005.
• HELFENSTEIN JUNIOR, M, GOLDENFUM, M, ASIENA, C, A. F. Fibromialgia; aspectos
clinicos e ocupacionais. Rev: Assoc. Med. Bras, V 58 n.3, p 358-65, jun 2012, disponível
=S0104-4230201220003300018>.Acesso em: 2 out.2016
• BROUNDY, J. et al. Enfermagem medico-cirurgico. Rio de Janeiro, Reichmann &
Affonsso, 2004.
• COSTA, E. M. et al CTI: atuação, intervenção e cuidados de Enfermagem. São Caetano
do Sul: Yendis, 2008.
• TORTORA, G. J; DERRICKON, B. Princípios de anatomia e fisiologia. 14. Ed. Rio de
Janeiro; Guanabara Koogan, 2016.
• SOCIEDADE BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA, IV Distrezes Brasileiras de Hipertensão.
Arq. Bras. Cardiol., v. 82, supl. IV, p.7-14, 2004. Disponivel em
<http//www.socielo.br/pdf/abc/v82s4/04.pdf>.Acesso em: 26jan. 2016.

Você também pode gostar