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ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM
PERIOPERATÓRIA - SAEP
Profª Enf. Amanda Serpa Martins
Objetivos do SAEP
• Qualidade de assistência;
• Aprimoramento técnico-científico;
• Atenção para uma atenção individualizada e humanizada ao paciente
cirúrgico;
• Avaliar as necessidades individuais do paciente;
• Diminuir riscos inerentes ao ambiente cirúrgico.
Enfermagem Perioperatória
1. Pré-operatória
2. Transoperatória
3. Pós-operatória
Período Pré-operatório
• Não se restringe apenas no ato cirúrgico em si, mas ao conjunto de fatores que
podem interferir na capacidade de o paciente reagir ao procedimento cirúrgico ou á
cicatrização do ferimento.
Propósito da avaliação pré-operatória e risco
cirúrgico
• Durante a cirurgia, o aparelho cardiovascular é sobrecarregado, então
precisa estar em condições que desfavoreçam os riscos de complicações;
• Calcular o risco cirúrgico é importante para diminuir as chances de morte,
de sequelas e de complicações após a operação;
• Dependendo da gravidade da operação, testes simples costumam ser
requisitados, em especial aqueles que monitoram o sistema cardiovascular.
Risco Cirúrgico
• Fatores que influenciam o risco cirúrgico:
Idade;
Doenças crônicas;
Histórico médico e familiar;
Tabagismo;
Obesidade;
Alcoolismo;
O procedimento que será realizado.
Exames de Risco Cirúrgico
Eritrócitos
Hematócrito 35 a 47%
Leucograma
• Leucócitos ou glóbulos brancos tem função essencial na resposta imunológica (RI)
do organismo, no caso, células de proteção. E divide-se em cinco:
- Basófilos: tipo menos comum de leucócitos no sangue. Participam de processos
alérgicos.
- Eosinófilos: responsáveis pelo combate de parasitos e pelo mecanismo da alergia.
- Linfócitos: principais linhas de defesa contra infecções por vírus e contra o
surgimento de tumores. São eles também os responsáveis pela produção dos
anticorpos;
Leucograma
- Monócitos: São ativados tanto em processos virais quanto
bacterianos. Ativados por linfócitos T (Identificar e matar patógenos e
células infectadas);
- Neutrófilos: Participam da resposta imunológica inata, com atuação no
combate a bactérias.
• Valor de referência total em adultos: 4.000 a 11.000 células/mm³
Creatinina e Ureia
• O músculos necessitam de energia para exercer funções. O “combustível” que gera
essa energia é a proteína creatina fosfato, sintetizada a partir das proteínas da
alimentação. É produzida no fígado e armazenada nos músculos.
• O consumo constante da creatina fosfato resulta no lixo metabólico conhecido
como creatinina que é lançado na corrente sanguínea e eliminado na urina através
dos rins.
proteínas ingeridas na dieta → produção de creatina fosfato pelo fígado → consumo
da creatina fosfato pelos músculos para geração de energia → produção de
creatinina → eliminação da creatinina pelos rins.
Creatinina e Ureia
• A ureia é outra substância produzida no fígado, também como resultado da
metabolização de proteínas da alimentação;
• Sua eliminação é também na urina através dos rins;
• Elevação dos níveis de creatinina e ureia são sinais de mau funcionamento dos
rins.
Valores referência creatinina: Mulheres adultas: 0,60 a 1,2 mg/dL;
Homens adultos: 0,70 a 1,3 mg/dL.
A concentração de creatinina varia de acordo com a quantidade de massa corporal.
Valor referência ureia: Para adultos: entre 13 e 43 mg/ dL.
Coagulograma
• Os exames que compõem o coagulograma são:
• Tempo de Sangramento (TS): Esse exame analisa a velocidade com que os
pequenos vasos sanguíneos da pele são capazes de se fechar para interromper
um sangramento. (1 a 3 min)
• Tempo de Ativação da Protrombina (TAP): para medir se a coagulação do
sangue está boa e por quanto tempo o sangue coagula. Converte fibrinogêncio
em fibrina junto as plaquetas. (10 a 14 segundos)
• Tempo de Ativação Parcial da Tromboplastina (TTPA): avaliar como estão
funcionando alguns fatores de coagulação. Gera fibrina (22 a 31 segundos)
Coagulograma
• Um dos meios mais comuns que auxilia na classificação de risco cirúrgico após a
avaliação clínica;
• O sistema ASA é dividido em 6 classes – quanto maior a classificação, maior o risco de
mortalidade durante a cirurgia.
ASA 1 representa um paciente sem distúrbios fisiológicos, bioquímicos ou psiquiátricos
ASA 2 aponta para uma condição leve a moderada, que pode afetar a cirurgia ou
anestesia, mas não compromete a atividade normal do paciente – como hipertensão
controlada
ASA 3 indica um distúrbio que compromete a atividade normal, impactando a anestesia
e a cirurgia – como arritmia
ASA - American Society of Anesthesiologists
ASA 4 mostra uma desordem severa, que pode levar à morte e tem grande
impacto na anestesia e cirurgia – como insuficiência renal
ASA 5 é usada para representar um paciente moribundo, que depende da
operação para sobreviver mais do que 24 horas
ASA 6 indica um paciente com morte cerebral, que terá os órgãos
removidos para doação.
• Esse sistema de classificação tem como foco o risco da operação para o
paciente, considerando a natureza da condição clínica e do procedimento
que será feito.