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SAE Enfermagem Perioperató ria

O Processo de enfermagem

1. O processo de enfermagem é a dinâmica das ações sistematizadas e inter-relacionadas


visando à assistência ao ser humano" (Horta,W de A, 1979).
2. “O processo de enfermagem é um processo interativo, de solução de problemas. É um modo
sistemático e individualizado de obter resultados a partir dos cuidados de enfermagem, 
respeitando a autonomia e liberdade do cliente para tomar decisões e se envolver no
processo” (Silvestre). 

COFEN – resolução 272 de 27/8/2002

1. Toda instituição de saúde deverá utilizar o SAE, sistema composto por uma série de passos
integrados que guiam as ações da enfermagem. 
2. Vale ressaltar que, nesta mesma resolução, fica esclarecido que cabe ao enfermeiro, com
exclusividade, a implantação, o planejamento, a organização, a execução e a avaliação do
processo de enfermagem.

Etapas do Processo de Enfermagem COFEN – resolução 272 de 27/8/2002

Consulta de Enfermagem

Compreende o histórico (entrevista), o exame físico, o diagnóstico, a prescrição e a evolução


de enfermagem. Para a implantação da assistência de enfermagem, devem ser considerados
os aspectos essenciais em cada uma das etapas, conforme descriminados a seguir: 

1. Histórico

Conhecer hábitos individuais e biopsicosociais buscando a adaptação do paciente à unidade


e ao tratamento, assim como a identificação de problemas. 

Etapas do Processo de Enfermagem COFEN – resolução 272 de 27/8/2002

Consulta de Enfermagem

Compreende o histórico (entrevista), o exame físico, o diagnóstico, a prescrição e a evolução


de enfermagem. Para a implantação da assistência de enfermagem, devem ser considerados
os aspectos essenciais em cada uma das etapas, conforme descriminados a seguir: 

1. Histórico

Conhecer hábitos individuais e biopsicosociais buscando a adaptação do paciente à unidade


e ao tratamento, assim como a identificação de problemas. 

1. Exame Físico

O enfermeiro deverá realizar as seguintes técnicas: inspeção, ausculta, palpação e


percussão, de forma criteriosa, efetuando o levantamento de dados sobre o estado de saúde
do paciente e anotação das anormalidades encontradas para validar as informações obtidas
no histórico. 

1. Diagnóstico de Enfermagem

O enfermeiro, após ter analisado os dados colhidos no histórico e no exame físico,


identificará os problemas de enfermagem, as necessidades básicas afetadas e o grau de
dependência e fará um julgamento clínico sobre as respostas do indivíduo, da família e da
comunidade aos problemas/processos de vida, vigentes ou potenciais. 

1. Prescrição de Enfermagem

A prescrição de enfermagem é o conjunto de medidas decididas pelo enfermeiro, que


direciona e coordena a assistência de enfermagem ao paciente de forma individualizada e
contínua, objetivando a prevenção, a promoção, a proteção, a recuperação e a manutenção
da saúde

1. Evolução de Enfermagem

É o registro feito pelo enfermeiro após a avaliação do estado geral do paciente. Desse
registro, devem constar os problemas novos identificados, um resumo sucinto dos
resultados, dos cuidados prescritos e dos problemas a serem abordados nas 24 horas
subseqüentes.

1. O SAE contribui, efetivamente, para a melhoria da qualidade da Assistência de Enfermagem


e deve ser aplicado aos pacientes, priorizando, se necessário, os pacientes considerados
críticos. 

1. Tem como base a SAE;


2. Tem como objetivos: 

1. ajudar o paciente e sua família na compreensão do tratamento anestésico-cirúrgico proposto


e no preparo para tal evento
2. Levantar e analisar as necessidades individuais do paciente cirúrgico e planejar a assistência
de enfermagem 
3. Diminuir ao máximo os riscos inerentes ao ambiente específico do CC e da RA
4. Prever, providenciar e controlar os recursos humanos 

ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NAS FASES DA SAEP

1ª FASE – AVALIAÇÃO PRÉ-OPERATÓRIA DE ENFERMAGEM

1. Da véspera da cirurgia até o momento em que o paciente é recebido no CC, considerado


assim 24 horas antes do procedimento anestésico-cirúrgico - pré-operatório imediato. 
2. O enfermeiro do centro cirúrgico antes de se dirigir ao paciente precisa ler o prontuário e se
atentar aos dados referentes ao processo de enfermagem, diagnóstico, exames e a
prescrição médica, assim sua entrevista será objetiva e pertinente ao procedimento cirúrgico.
3. A avaliação deve considerar: o porte da cirurgia, o tipo de anestesia, o estado físico geral do
indivíduo, sua idade, seu peso e altura, seu estado nutricional (período de jejum e
catabolismo), a gravidade da doença cirúrgica, os riscos no transoperatório e possíveis
complicações. 
4. Pesquisar doenças associadas, alergias (iodo, látex e medicações), uso de medicamentos,
fumo, álcool e drogas. Verificar exames pre-operatórios.
5. Verificar as dúvidas e as necessidades do paciente e de sua família em relação ao ato
anestésico-cirúrgico;
6. Realizar exame físico;
7. Realizar o levantamento de problemas e formular o plano de cuidados para o pré e
transoperatório (diagnóstico e prescrição de enfermagem); 
8. Proceder os devidos registros em prontuário.

Preparo pré-operatório imediato

1. Em síntese o pré-operatório imediato é marcado pelos preparos específicos para a cirurgia,


tais como o jejum oral, a tricotomia, a higiene corporal, a remoção de adornos e próteses, o
esvaziamento vesical e intestinal. 

2ª FASE – TRANSOPERATÓRIO e INTRA-OPERATÓRIO

1. Transoperatório compreende desde o momento em que o paciente é recebido no CC até ser


encaminhado para a recuperação anestésica (RA). Envolvida nesta fase, temos a fase do
intra-operatório, que compreende o momento do procedimento anestésico-cirúrgico
propriamente dito, ou seja, do início do processo anestésico até a sua reversão.
2. Dentro do processo de enfermagem, nesta fase se aplica a prescrição de enfermagem
transoperatória com avaliação e evolução. 

1. As ações assistenciais nessa fase devem ser desenvolvidas por toda a equipe de
enfermagem, que pode oferecer ao paciente apoio, atenção, respeito a suas crenças, seus
valores, seus medos e suas necessidades, atendendo-o com segurança, destreza e eficácia. 

1. Receber o paciente no CC, apresentar-se ao paciente, verificar a pulseira de identificação e o


prontuário;
2. Como condutas de segurança, confirmar informações sobre o jejum (a partir de que horário),
as alergias, as doenças anteriores;
3. Encaminhar o paciente à respectiva sala de cirurgia;

1. Colocar o paciente na mesa cirúrgica de modo confortável e seguro;


2. Monitorizar o paciente;
3. Manter o paciente aquecido, com cobertor ou manta térmica (a manta térmica propicia um
aquecimento controlado e mais eficaz); 
4. Auxiliar o anestesiologista durante a indução anestésica;
5. Auxiliar a equipe cirúrgica a posicionar o paciente;
6. Proteger a pele do paciente durante a anti-sepsia com produtos químicos, 
7. Colocar a meia elástica e o massageador nos membros inferiores, como profilático para
Trombose venosa profunda TVP;
8. Realizar o cateterismo vesical, quando necessário;
9. Registrar todos os cuidados de enfermagem prestados diretamente ao paciente e sua
evolução;
10. Rever prescrição transoperatória, alterando-a, se necessário;
11. Manter a família informada sobre o andamento da cirurgia.
12. Preservar a segurança física e emocional do paciente.
13. Realizar prescrição pós-operatória no final do procedimento.

3ª FASE – RECUPERAÇÃO ANESTÉSICA (RA)

1. Esta fase compreende o período desde a chegada do paciente na RA até sua alta para a
unidade de origem. 
1. Damos continuidade à prescrição pós-operatória e à evolução. 

1. Receber o paciente e as principais informações do que aconteceu no transoperatório. 

4ª FASE – VISITA PÓS-OPERATÓRIA DE ENFERMAGEM

1. Pode ser realizada até 48 horas após o término da cirurgia.


2. Verificar as condições do paciente 
3. Saber se as orientações recebidas na visita pré-operatória foram úteis.
4. Ouvir o paciente e familiares reforçando e esclarecendo as orientações recebidas.
5. Fazer uma avaliação do processo e verificar se alguma conduta precisa ser aprimorada ou
modificada.
6. Registrar os dados no prontuário, preferencialmente em impresso próprio

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