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3.0. Conclusão...................................................................................................................... 10
Posteriormente, existe a necessidade de que todo este plano de cuidados seja analisado a fim
de se ter conhecimento da qualidade da assistência oferecida, além de fazer uma avaliação
quanto à comunicação entre as equipes do Centro Cirúrgico e das Unidades de Internação do
paciente, no que diz respeito à continuidade dos cuidados de enfermagem prestados ao mesmo,
que teve início na sua admissão (ZAGO, 1993).
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2.0. Cuidados de enfermagem
Os cuidados de enfermagem no período operatório podem ser divididos em três fases: pré, trans
e pós-operatórias. A fase pré-operatória é o período compreendido desde a véspera da cirurgia
até o momento em que é recebido no Centro Cirúrgico (CASTELLANOS & JOUCLAS, 1990)
e nesta fase há o momento pelo qual o enfermeiro do centro cirúrgico vai até a unidade de
internação do paciente, tendo assim oportunidade de conhecê-lo, levantando problemas, como
também necessidades, no intuito de planejar ações de enfermagem (GALDEANO et al, 2003).
SAWADA (1991) por sua vez, define o pré-operatório como um período de detecção das
necessidades físicas e psicológicas do paciente que será submetido a um procedimento
cirúrgico.
A definição do período trans - operatório é dada como sendo a fase que se inicia no momento
da entrada do paciente no centro cirúrgico até sua saída da Sala de Operações (SO) e
encaminhamento à Sala de Recuperação Pós - Anestésica (SRPA) e neste momento, segundo
CASTELLANOS & JOUCLAS (1990) faz-se necessário à realização de uma prescrição de
enfermagem ao final do ato anestésico – cirúrgico. Para GALDEANO et al. (2003) a ansiedade
é identificada em quase metade dos pacientes cirúrgicos.
Por sua vez, o período pós - operatório, inicia-se com a saída do paciente da SRPA até sua alta
hospitalar. Nesta fase, assim como nas outras, pode haver avaliação da assistência de
enfermagem prestada no período pré e trans - operatórios. As primeiras vinte e quatro horas do
pós - operatório constituem uma fase crítica, pois o paciente pode apresentar sérios distúrbios
metabólicos e, além disso, após alta da SRPA deve ser continuada a assistência de enfermagem
nas unidades de internação (PUPULIM & SAWADA, 2002).
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2.2. Pré-operatório mediato
Corresponde às 24 horas anteriores à cirurgia e tem por objetivo preparar o paciente para o ato
cirúrgico mediante os seguintes procedimentos: jejum, limpeza intestinal, esvaziamento
vesical, preparo da pele e aplicação de medicação pré-anestésica.
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próprias para o corte (tonsura) e não com lâminas, pois essas aumentam o risco de
infecção da ferida cirúrgica;
Usar impressos, folhetos, webpages, vídeos, etc para facilitar essas orientações. Como
o paciente cirúrgico recebe orientações de múltiplos profissionais (cirurgião,
anestesista, médicos clínicos e especialistas, enfermeiros etc.), é preciso ter habilidade
para fazer uma orientação colaborativa, evitando controvérsia desnecessárias;
Explicar sobre a cirurgia e anestesia a ser usada, rotina e duração dos procedimentos,
documentos necessários à internação, relatórios, exames e guias que devem ser levados,
jejum e abstinência de bebidas alcoólicas, preparo específico. Pedir para evitar trazer
objetos de valor, para usar roupas e sapatos confortáveis;
Para pacientes de outra cidade, encaminhar para orientação com pessoal administrativo
e assistente social sobre transporte e hospedagem;
2) Consentimento informado
Explicar e resolver sobre o consentimento informado que deve ser assinado pelo paciente e
pelo cirurgião. Essa atribuição é geralmente do médico e do pessoal administrativo. Compete
ao enfermeiro somente checar que foi cumprida. Em alguns serviços, o paciente só é admitido
no bloco cirúrgico ou mesmo no hospital se esse documento estiver assinado.
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3) Orientação sobre continuidade ou suspensão dos medicamentos de uso contínuo
É uma atribuição do cirurgião ou do médico que fez a avaliação de risco cirúrgico. Se o paciente
usa alguns medicamentos e não recebeu orientação sobre medicamentos que deveriam ser
suspensos para a cirurgia, encaminhar especificamente ao médico, cirurgião ou anestesista.
Dependendo da rotina do serviço, essa orientação pode ser dada pelo enfermeiro.
Se a cirurgia for demorar meses, telefonar para o paciente uma semana antes para ver
se tem alguma dúvida.
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Confirmar a reserva de sangue ou plaquetas nos casos prescritos. Geralmente a reserva
de sangue é feita como rotina para cirurgia de grande porte, sobretudo cardíacas e
ortopédicas, e para cirurgia de porte médio quando se antecipa a probabilidade de maior
perda de sangue durante a cirurgia. Pacientes com plaquetopenia (quimioterapia,
depressão medular, púrpura trombocitopênica idiopática, etc.) podem precisar de
transfusão de plaquetas, além de reservar plaquetas para transfusão durante a cirurgia;
Pacientes internados previamente devem ser levados para a sala de cirurgia cerca de 30
a 60 minutos antes do início da anestesia, vestido apenas com avental e gorro
devidamente coberto com cobertores suficientes (atenção ao ar condicionado do bloco
cirúrgico). Pertences e valores ficam com o acompanhante;
Para pacientes internados, os medicamentos a serem dados antes da cirurgia podem ser
prescritos sem horário exato especificado para ser dado quando o bloco cirúrgico avisar
que o horário da cirurgia está confirmado. Essa medicação de sedação ou
antibioticoterapia profilática deve estar preparada para ser dada assim que bloco
cirúrgico avisar. Se for deixada para fazer já no bloco, parte do seu efeito benéfico será
perdido;
Ao receber o paciente no bloco, tratá-lo pelo nome, mas pedir para ele repetir o nome
completo, data de nascimento, ou nome da mãe, o nome do cirurgião responsável, o
tipo de cirurgia que vai fazer e a lateralidade como primeira verificação do Checklist
Cirurgia Segura. Fazer essa checagem junto com o acompanhante. Pedir que o paciente
assinale na própria pele com caneta dermográfica o local da cirurgia para assegurar a
lateralidade, especificidade (qual dedo, por exemplo) ou altura (da coluna, por
exemplo). Perguntar se paciente ou acompanhante tem alguma dúvida ou problema
pendente. Conferi dados na pulseira de identificação e prontuário.
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Antes de dar qualquer sedativo pré-anestésico, confirmar que foi assinado o
consentimento informado e se o paciente tiver alguma dúvida sobre riscos e
alternativas, pedir ao cirurgião que converse novamente com ele;
O paciente externo é encaminhado ao vestiário de pacientes onde deve tirar toda a sua
roupa e vestir o avental próprio, fechado na frente e amarrado atrás (desamarrado antes
de colocar o paciente na mesa cirúrgica) e gorro. Se o paciente for entrar andando no
bloco, providenciar propés para proteger seus pés descalços;
Cuidar para que não fiquem objetos metálicos como prendedores de cabelos ou
medalhas, dentaduras e próteses dentárias móveis, etc. Apenas relatórios médicos,
exames e prontuários ficam com o paciente.
Combinar com os acompanhantes onde devem esperar, conferir com eles os pertences
e roupas do paciente entregues e deixar que se despeçam do paciente.
2.6. Trans-operatório
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2.8. Recepção no Centro Cirúrgico:
Realizar uma breve leitura do prontuário certificando-se sobre os dados de identificação
do paciente e sobre a cirurgia a que ele será submetido;
Observar se todos os cuidados pré-cirúrgicos relacionados ao procedimento foram
devidamente realizados;
Verificar os sinais vitais do paciente, comunicando o médico anestesista ou o
enfermeiro sobre possíveis alterações;
Atentar para a necessidade de retirar esmalte das unhas, adornos ou próteses
(normalmente são retirados antes do paciente deixar a unidade de origem com destino
ao centro cirúrgico);
Colocar no paciente gorro e sapatilhas; as roupas de cama que o cobriam devem ser
trocadas por roupas de cama do próprio centro cirúrgico;
Manter uma recepção calma, tranqüila que traga segurança ao paciente.
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3.0. Conclusão
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Referências bibliográficas
BOFF, L. Saber cuidar: ética do humano - compaixão pela terra. Petrópolis: Ed. Vozes. 1999.
SILVA, F. M.; POTENZA, M. M. Motivos que levam as enfermeiras de centro cirúrgico a não
realizarem uma assistência de enfermagem de forma sistematizada. São Paulo, 15 a 19 de Julho
1993. Anais, p. 195, 1993.
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