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Prof.

: Tatiana Souza
PRÉ-OPERATÓRIO: Esta fase tem início quando a intervenção
cirúrgica é decidida e termina quando o cliente estiver na mesa de cirurgia.
É nesta fase que se inicia as orientações de um cuidadoso preparo de
acordo com cada tipo de cirurgia.
O objetivo da assistência é promover o melhor estado físico e psicológico
do cliente, visando evitar complicações no período pós operatório.
O conteúdo do ensino pré-operatório imediato deve incluir informações
sobre, procedimentos para a preparação cirúrgica, a sequencia de eventos
pela qual o cliente será submetido, o tipo de incisão prevista, hora da
cirurgia, medicação pré-anestésica, as expectativas quanto a participação
do cliente, a função dos vários membros da equipe hospitalar como:
cirurgiões, anestesistas, enfermeiros, técnicos de enfermagem, e o próprio
cliente e a finalidade de diversos tipos de procedimentos pós-operatórios de
rotina.
Estas orientações devem ser fornecidas aos clientes pelo: cirurgião ou
enfermeiro da clínica ou centro cirúrgico.
O preenchimento do instrumento de “controle de cuidados pré-operatório
imediato” é obrigatório, e estes dados auxiliarão a equipe do centro
cirúrgico a iniciarem a assistência livre de riscos ao cliente.

Nome: Quarto/Leito: Prontuário:


Cirurgia Prevista data:
Nome do procedimento cirúrgico/ Região:
Itens Ações de Enfermagem SIM NÃO

01 Tipo e hora da Cirurgia

02 Termo de responsabilidade Assinado

03 Preparada a região operatória

04 Está sem adornos

05 Realizada a Higiene corporal e oral

06 Jejum obrigatório

07 Visita do anestesista realizada

08 Ausência de reações após o pré-anestésico. Qual.

09 Rx e exames no prontuário

10 Peso, KG, Altura, Sinais Vitais

11 Sinais vitais antes, 30’ após pré-anestésico


A utilização de medicação pré-anestésica tem como objetivo principal
potencializar a indução anestésica, diminuir a ansiedade e principalmente o
medo.
“Os medicamentos pré-anestésicos devem ser administrados de 45 a 75
minutos antes do início da anestesia”.
É muito importante que a equipe de enfermagem administre essa
medicação precisamente no tempo prescrito, pois seu efeito será reduzido
ou não terá iniciado quando a anestesia começar seu efeito.
TRANS-OPERATÓRIO: Esta fase tem início quando o cliente entra no
centro cirúrgico até sua admissão na sala de recuperação pós anestésica
(SRPA). Esta fase ocorre o ato cirúrgico e toda a preparação que ele
envolve.
Para a realização de uma cirurgia é necessária uma série de preparos e
rituais que irão auxiliar e facilitar nos procedimentos, assim evitando
possível infecção.
Rituais do centro cirúrgico são as rotinas e procedimentos que executados
pela equipe cirúrgica (enfermagem, cirurgiões e anestesistas) para garantir
a qualidade e manutenção da esterilidade do procedimento cirúrgico
independente do tipo de cirurgia a ser realizada.
Relacionado as cirurgias e tipos de cirurgias, temos o que chamamos
de TEMPOS CIRÚRGICOS.
Defini-se como operação cirúrgica um conjunto de gestos manuais ou
instrumentais que o cirurgião executa para a integral realização da cirurgia
seja ela com finalidade diagnóstica, terapêutica ou estética.
Os tempos cirúrgicos se definem em: diérese, hemostasia, exérese e
síntese.
Antes de iniciar o procedimento cirúrgico de acordo com sua
finalidade, devemos montar a mesa cirúrgica, rotina do centro cirúrgico,
mas devemos observar as regras de distribuição dos instrumentais: para os
tempos cirúrgicos, instrumentais para diérese, hemostasia, exérese e
síntese.
Diérese: Separação dos tecidos realizadas por meio de intervenções
manuais. Tem – se diferentes tipos de acordo com o tecido a ser separado,
ou seja, diérese da pele, de aponeurose de músculos e de órgãos
específicos.
O bisturí é um instrumento essencial para a realização da diérese. É
constituido por um cabo de tamanhos e formatos variados, onde se
encaixam diferentes tipos de lâminas (descartáveis). Tesouras utilizadas
são: reta - para corte de fios de sutura, de secção ou curva (MAYO) e a de
dissecção e mais delicada (Metzembaum).
Hemostasia: caracteriza – se pelo conjunto de mecanismos que o
organismo emprega para coibir a hemorragia. Para tal, é formado um
trombo que irá obstruir a lesão na parede vascular. Esse trombo não se
caracteriza por um coágulo de sangue e sim de plaquetas. A coagulação
além de fornecer pequena quantidade de fibrina para o trombo plaquetário,
colabora para sua estabilização.
As pinças hemostáticas: Rochester, Kelly e a Mixter, ou utilizado método
de eletrocoagulação.
Exérese: Momento em que o cirurgião fará o tratamento cirúrgico (tempo
cirúrgico) dependendo de sua finalidade: Curativa, paliativa, estética ou
diagnóstica.

Utiliza-se em algumas cirurgias:


 Afastadores: Farabeuf, Balfour.
Síntese: Procedimento utilizado para aproximar as bordas das feridas
cirúrgicas.
Utiliza-se:
 Agulhas (sutura)
 Fios (sutura específicos para cada tecido).
 Pinças: Dente de rato.
 Porta-agulhas: serve para a condução das agulhas (MAYO, HEGAR,
MATHIEU).
 Preensão: pinça de preensão de alça intestinal ou de Allis (Kocher,
Foerstes, Ballenger, Bachaus)
FASE PÓS-OPERATÓRIO: O período de recuperação pós-anestésica é
considerado crítico, uma vez que o paciente passa por um procedimento
cirúrgico e recebe drogas anestésicas, exigindo vigilância constante da
equipe cirúrgica.
A maior incidência de complicações anestésicas ou pós-operatórias
imediata acontece neste período, sendo que as mais frequentes são as
respiratórias e circulatórias. Os recentes avanços da cirurgia e da anestesia
principalmente com o advento da monitorização invasiva, passaram a
necessitar uma área que ofereça meios de recuperação anestésica cirúrgica
e são visíveis as vantagens de uma unidade de recuperação pós anestésica.
(URPA).

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