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Segurança do
paciente cirúrgico
Prof.ª Loreta Lacerda Cáo Toffano
Descrição
Protocolo de cirurgia segura, prevenção de infecção de sítio cirúrgico: conceito e identificação dos cuidados
relacionados à eletrocirurgia e gestão de enfermagem no perioperatório.
Propósito
O conhecimento sobre protocolos relacionados ao cuidado do paciente cirúrgico possibilita uma assistência à saúde
segura e de qualidade em todas as etapas de uma cirurgia.
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Objetivos
Módulo 1
Módulo 2
Módulo 3
Eletrocirurgia
Módulo 4
meeting_room
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Introdução
A estadia do paciente no centro cirúrgico (CC), por mais que breve, sempre apresenta um risco à lesão ou até mesmo a
complicações, seja devido a fatores relacionados à vulnerabilidade, à comorbidade ou ao processo anestésico, seja
devido a diversos procedimentos invasivos que ocorrem em uma sala da operação (SO), sendo de suma importância a
equipe multidisciplinar preparada e qualificada para atuação nessa área.
Entendemos que os pacientes submetidos a um procedimento cirúrgico sempre serão expostos a diferentes riscos.
Logo, todos os profissionais envolvidos precisam estar atentos a qualquer anormalidade, de forma a proporcionar um
ambiente seguro durante toda a permanência do paciente no centro cirúrgico.
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Segundo Carvalho e Bianchi (2007), o procedimento cirúrgico é hoje em dia uma das modalidades terapêuticas utilizadas
para o diagnóstico e o tratamento de muitas doenças.
O ambiente do centro cirúrgico (CC) deve possuir finalidades e objetivos claramente definidos dentro da estrutura
hospitalar, a fim de gerar atendimento diferenciado, segurança e satisfação ao paciente atendido.
Todo paciente cuidado pela equipe de enfermagem deve ser tratado da forma mais segura possível, livre de danos,
porém, no CC, em especial, encontra-se em uma situação única de vulnerabilidade.
Nesse sentido, quando submetido ao processo anestésico, é reduzida de forma considerável a reação a qualquer meio
externo, e grande parte dos cuidados necessários à sua segurança está relacionada à assistência de enfermagem.
A entrada dos pacientes na sala de operação constitui risco para infecção, comprometimento da
integridade da pele, temperatura corporal alterada, déficit no volume de líquidos e lesões
relacionadas ao posicionamento e riscos químicos, elétricos e físicos.
Para melhor compreensão e atuação dos profissionais de enfermagem, devemos conhecer as etapas do processo
cirúrgico. Vejamos quais são!
Período pré-operatório
Este é o período que antecede a cirurgia. É caracterizado pelo preparo do paciente tanto física quanto emocionalmente
para o procedimento cirúrgico.
Período transoperatório
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O período transoperatório começa com a entrada do paciente no CC e termina na admissão da recuperação pós-
anestésica (RPA). É neste momento que ocorre o procedimento cirúrgico.
Período pós-operatório
Este período é dividido em pós-operatório (PO) imediato (até 24 horas após), mediato (de 24h a 7 dias) e tardio (a partir
de 7 dias de PO). Começa na admissão na RPA e se estende até 90 dias após a cirurgia.
No período operatório, são necessários cuidados específicos. Logo, é fundamental que o enfermeiro desenvolva
habilidades e competências de enfermagem cirúrgica para implementar a assistência à saúde de forma efetiva e segura.
Ao longo dos anos, foram elaborados diversos protocolos para estabelecer a máxima segurança do paciente. Em
outubro de 2004, foi lançada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) a Aliança Mundial para a Segurança do Paciente,
que possui alguns desafios globais.
O primeiro desafio global está relacionado às infeções que acometem o paciente e se vinculam diretamente à
assistência prestada. Logo, para os pacientes cirúrgicos, foram elaboradas estratégias para a prevenção dessas
infecções, logo, para os pacientes cirúrgicos, foram elaboradas estratégias para prevenção dessas infecções de forma
generaliza.
O segundo desafio global tem atenção voltada especificamente para o paciente cirúrgico, com o objetivo de aumentar os
padrões de qualidade nos seguintes pontos:
Ainda é uma das causas que levam o paciente cirúrgico a óbito em todo o mundo. Os protocolos criados visam
diminuir drasticamente esses óbitos.
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O conhecimento teórico e prático de toda a equipe é fundamental para fornecer assistência de qualidade e
segurança, evitando lesões ao paciente cirúrgico.
Hoje em dia, ainda há poucos dados que possam ser analisados para auxiliar a criação de estratégias para evitar
óbitos e lesões aos pacientes cirúrgicos. Contudo, com os instrumentos criados, os gestores podem analisar
esses indicadores e tomar providências médicas eficazes.
Mediante esses objetivos, foram criados instrumentos (checklists) para cada período cirúrgico.
Simplicidade
Ser simples e fácil de ler e responder.
Ampla aplicabilidade
Aplicáveis em todos os cenários dentro do CC.
Possibilidade de mensuração
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O checklist de cirurgia segura deve ser realizado em três momentos por todos os membros da equipe cirúrgica (equipe
de enfermagem, anestesista e cirurgião), e marcado com um “x” nas opções confirmadas. Vamos entender quais são
esses momentos:
Sign in expand_more
Verificar a identidade do paciente de acordo com a pulseira de identificação, a confirmação verbal do paciente
e o prontuário;
Identificar o sítio cirúrgico conforme marcação na agenda cirúrgica, registro no prontuário e exames;
Confirmar com o paciente o procedimento a ser realizado, com assinatura do termo de consentimento pelo
paciente ou responsável legal;
Verificar segurança anestésica, monitoramento, alergias e riscos.
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Os registros de todas as etapas do procedimento cirúrgico devem ser anotados em prontuário ou impressos específicos
da instituição.
Veja as informações que são abordadas no checklist de cirurgia segura elaborado pela OMS e pela Agência Nacional de
Vigilância Sanitária (Anvisa):
O paciente possui:
Alergia conhecida?
( ) Não ( ) Sim
Para o Cirurgião:
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Para o Anestesiologista:
O nome do procedimento.
A identificação das amostras (ler as identificações das amostras em voz alta, inclusive o nome do paciente).
Atenção: Acréscimos e modificações desta lista para a adaptação à prática local são incentivados.
O protocolo de cirurgia segura deve ser aplicado em todas as unidades de saúde pela equipe do CC, que deve verificar
todos os itens e registrar em impressos específicos de cada instituição de saúde.
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Atividade discursiva
Imagine que você é o enfermeiro de plantão no CC e recebe uma senhora de 70 anos para uma cirurgia ortopédica. Ao
receber a paciente no CC, realiza o checklist de cirurgia segura que foi padronizado na instituição. Durante a conferência,
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percebe que a paciente não havia retirado a prótese dentária no quarto, por conta da vergonha de ficar sem os dentes. E
a rotina é que os pacientes retirem todas as próteses e todos os adornos.
Neste caso, que procedimento deve ser realizado para garantir que esses itens realmente foram retirados?
Exibir soluçãoexpand_more
Assim, como forma de garantir que esses itens realmente foram retirados, os profissionais de enfermagem que
recebem esse paciente realizam a conferência do checklist. Você removerá a prótese dentária, embalará e
identificará, explicando à paciente o motivo pelo qual se deve retirar todos os adornos antes da cirurgia.
Um grande problema que ocorre nos processos cirúrgicos é a retenção de objetos na cavidade cirúrgica, evento que é
100% evitável, quando a equipe cirúrgica está previamente atenta e treinada. O esquecimento de qualquer material
dentro da cavidade pode gerar complicações para o paciente, como infecções generalizadas, obstrução e perfuração de
órgãos, e até a morte.
Para evitar esse erro gravíssimo, é dever da equipe de enfermagem (circulante de sala), instrumentador cirúrgico e
cirurgião realizar a revisão dessa cavidade antes de iniciar o processo de sutura. Ao final do procedimento, é necessário
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verificar se todos os instrumentais cirúrgicos, gazes, compressas e agulhas de fios utilizados foram retirados.
O enfermeiro tem o papel de liderança na implementação de medidas para rotina da checagem, que
devem ser registradas em impressos específicos.
O instrumentador e a equipe de enfermagem devem verificar a quantidade de materiais dentro de cada caixa cirúrgica e
realizar a contagem ao final da cirurgia, bem como fazer o controle de pacotes de gazes e compressas que foram
abertas e quantas foram retiradas ao final do procedimento.
Independentemente do porte e do tipo da cirurgia, incluindo as de emergência e urgência, a contagem do material deve
ser realizada. Se o número de material não for o mesmo do início do procedimento, o cirurgião deverá ser notificado
imediatamente, para realizar nova inspeção na cavidade e solicitar exame de raios X, caso necessário.
Atenção!
Os instrumentos que são desmontáveis devem ser cuidadosamente inspecionados antes e após o uso. Todas as gazes e
compressas que entram em cavidade devem ser do tipo radiopacas, apresentando fita azul, que aparece em raios X,
caso fique dentro da cavidade.
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Segurança do paciente na mesa cirúrgica
Você sabe como posicionar o paciente cirúrgico na mesa de cirurgia de modo que ofereça segurança durante o
procedimento cirúrgico e evite lesões? Confira no vídeo!
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Questão 1
No período pré-operatório, a meta é que o paciente tenha o maior número possível de informações referentes à sua
condição de saúde. Muitos fatores podem levar a complicações. Sobre o sign in, é necessário:
I. Confirmar a identidade do paciente de acordo com pulseira de identificação, confirmação verbal do paciente e
prontuário.
III. Considerar que a assinatura do termo da cirurgia por outra pessoa responsável é um fator de risco para
complicações cirúrgicas.
A I e III.
B I e II.
C I apenas.
D II apenas.
E III apenas.
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De acordo com o sign in, o enfermeiro deve confirmar a identidade do paciente, verificando a pulseira de
identificação, a confirmação verbal do paciente e o prontuário, bem como avaliar as condições do paciente em
relação a procedimento anestésico, monitoramento, alergias e riscos. A questão da assinatura do termo da cirurgia
por outra pessoa responsável não é um fator de risco para a cirurgia.
Questão 2
Para evitar erros durante o procedimento cirúrgico, é dever da equipe de enfermagem (circulante de sala), do
instrumentador cirúrgico e do cirurgião realizar a revisão da cavidade antes do término da cirurgia, verificando a
contagem de
C gazes e compressas.
D agulhas e fios.
Antes de realizar o fechamento da cavidade que foi operada, é dever da equipe médica, do instrumentador e do
circulante de sala realizar a contagem e a conferência de instrumentais cirúrgicos, gazes, compressas e agulhas de
fios.
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É toda infecção que afeta a ferida cirúrgica, podendo se estender em até um ano após o procedimento cirúrgico. Essa
infecção pode ocorrer em qualquer ferida cirúrgica e está relacionada a diversos fatores, como:
Idade do paciente
Estado nutricional
Presença de trauma
Tempo do procedimento cirúrgico
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Para a classificação da ISC, é necessário entendermos o plano anatômico e os tecidos abordados no ato cirúrgico. Para
isso, vamos observar a seguinte imagem:
ISC superficial
Afeta pele e tecido celular subcutâneo. Pode aparecer até 30 dias após a ciruriga.
ISC profunda
Afeta fáscia muscular e músculo. Pode aparecer até 30 dias após a cirurgia ou até 1 ano, se houver colocação de
implantes.
Afeta órgãos e cavidade. Pode aparecer até 30 dias ou até 90 dias após a cirurgia, ou se estender até 1 ano, se houver
colocação de próteses.
Veja a imagem de uma ISC do local de amarração da veia safena magna esquerda após cirurgia cardíaca:
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ISC do local de amarração da veia safena magna esquerda após cirurgia cardíaca.
Assim, as cirurgias passaram a ser classificadas da seguinte maneira (SÃO PAULO, 2006, p. 1):
“Aquela que apresenta o sítio cirúrgico sem sinais de inflamação, sem contato com trato respiratório, alimentar,
genital e urinário. O fechamento deve ser primário com drenagem quando necessária fechada.”
“Aquela que apresenta o sítio cirúrgico [em mucosas], como os tratos respiratório, genital, gastrintestinal ou
urinário.”
“Feridas abertas acidentalmente ou cirurgias com quebra importante de técnica asséptica ou grande
contaminação do trato gastrintestinal. Cirurgias que entram no trato urinário com urina infecciosa ou trato biliar
com bile infectada ou cirurgias em que é achado tecido inflamatório agudo não purulento.”
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“Lesões traumáticas antigas com tecido desvitalizado, corpo estranho, contaminação fecal, quando há
perfuração inesperada de víscera.” Obrigatoriamente, há presença de exsudato purulento.”
Cirurgia limpa
< 2% de ISC
< 10%
Cirurgia contaminada
20%
Contaminação do órgão do local da cirurgia, sem presença de secreção purulenta: cirurgia de vesícula
(colecistectomia) e cirurgia da amígdala (amigdalectomia).
Cirurgias infectadas
30% a 40%
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A partir dessas classificações, fica mais fácil prever o risco de infecção de cada procedimento e utilizar protocolos para
evitar as ISCs e suas consequências.
O enfermeiro deve verificar e analisar esses indicadores para garantir a segurança do paciente. Se não forem adequados,
o profissional de enfermagem deve realizar reunião com os gerentes dos outros setores para traçar estratégias, a fim de
efetivar as ações dos indicadores. Veja:
Tricotomia (tempo)
Verificar horário da tricotomia e Não adequada: se realizada há
de início da cirurgia mais de 2 horas ou fora da
unidade de saúde.
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Avaliar a prescrição do
Duração da antibioticoprofilaxia com
Prontuário do paciente anestesista nas primeiras 24
menos de 24 horas
horas.
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Tabela: Descrição dos indicadores de processo.
Adaptada de Brasil, 2013, p. 21.
Banho pré-operatório
“É uma boa prática clínica o paciente tomar banho antes da cirurgia. Um sabonete simples ou antimicrobiano pode ser
usado para este fim (condicional/evidência moderada).”
Observação
“Comparando diferentes intervalos de tempo (120min, 60min ou 30min antes da incisão), não demonstra diferença
significativa, sendo importante apenas observar a meia-vida do antibiótico para escolher o melhor momento para
administração”.
“Antibióticos orais pré-operatórios combinados com a preparação mecânica do intestino devem ser usados para
reduzir o risco de ISC em pacientes adultos submetidos à cirurgia colorretal eletiva”.
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Tricotomia
“Em pacientes submetidos a qualquer procedimento cirúrgico, cabelos/pelos não devem ser removidos ou, se
absolutamente necessário, devem ser removidos apenas com máquinas de cortar (tricotomizador elétrico) antes do
ato cirúrgico”.
“Soluções antissépticas alcoólicas à base de gluconato de clorexidina para a preparação da pele do sítio cirúrgico em
pacientes que serão submetidos a cirurgias”.
“A preparação das mãos para a cirurgia deve ser realizada, esfregando-as com degermante antimicrobiano apropriado
e água, ou friccionando com preparação alcoólica antes de calçar luvas estéreis. O tempo do procedimento deve ser
de 3 a 5 minutos para a primeira cirurgia do dia, e de 2 a 3 minutos para as cirurgias subsequentes, se realizadas
dentro de 1 hora após a 1ª fricção”.
“Considerar a administração de fórmulas nutricionais orais ou entéricas reforçadas com múltiplos nutrientes, com a
finalidade de prevenir ISC em pacientes com baixo peso que passarão por grandes cirurgias”.
“Não interromper medicações imunossupressoras antes da cirurgia, com a finalidade de prevenir ISC”.
Oxigenação perioperatória
“Pacientes adultos submetidos à anestesia geral com intubação endotraqueal para procedimentos cirúrgicos devem
receber uma fração de 80% de oxigênio inspirado (FiO2) no intraoperatório e, se possível, no pós-operatório imediato
por 2-6 horas, para reduzir o risco de ISC”.
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“Uso de dispositivos de aquecimento na sala de cirurgia e durante o procedimento cirúrgico para o aquecimento do
corpo do paciente, com a finalidade de reduzir ISC”.
“Utilização de protocolos para o controle perioperatório intensivo da glicemia tanto para pacientes adultos diabéticos
quanto não diabéticos submetidos a procedimentos cirúrgicos, para reduzir o risco de ISC”.
“Utilização de terapia com fluidos guiada por objetivos no intraoperatório, para reduzir o risco de ISC”.
“Tanto campos estéreis de tecido reutilizáveis quanto campos estéreis descartáveis que não sejam de tecido, assim
como aventais cirúrgicos, podem ser utilizados durante cirurgias com o objetivo de prevenir ISC”.
“Utilização de suturas revestidas com triclosan, com a finalidade de reduzir o risco de ISC, independentemente do tipo
de cirurgia”.
Ferida infectada.
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Confira agora a importância da esterilização de materiais a fim de minimizar os casos de infecção. Vamos ao vídeo!
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ISC x esterilização de materiais
Veja a seguir a ISC relacionada às falhas do processo de esterilização dos materiais cirúrgicos processados na CME.
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Questão 1
Como forma de prevenção de infecção de sítio cirúrgico, a Anvisa recomenda que a profilaxia com antibiótico seja
feita em até
D no pré-operatório imediato.
E no pré-operatório mediato.
Conforme preconizado pela Anvisa, para que a profilaxia das ISCs seja eficaz, deve ser administrado antibiótico em
até 60 minutos (1 hora) antes da incisão cirúrgica. Se a profilaxia for realizada muito tempo antes da incisão
cirúrgica, poderá não ter o efeito esperado, e se for realizada no pós-operatório, poderá haver contaminação do sítio
cirúrgico durante o ato cirúrgico.
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Questão 2
(CPCON - Prefeitura de Sapé - PB - Técnico em Enfermagem - 2020) Sobre os tipos de cirurgias, é correto afirmar que
cirurgia limpa é aquela que apresenta o sítio cirúrgico nos tratos respiratório, genital, gastrintestinal
B
ou urinário, como a nefrectomia.
cirurgia limpa é aquela que apresenta o sítio cirúrgico sem sinais de inflamação, sem contato com
C trato respiratório, alimentar, genital e urinário. O fechamento deve ser primário com drenagem,
quando necessária, fechada. Exemplos: angioplastia e revascularização miocárdica.
cirurgia infectada é aquela em que o sítio cirúrgico não apresenta sinais de inflamação, e sim de
D infecção, sem contato com trato respiratório e alimentar, apenas com o reto. Exemplo:
hemorroidectomia.
Conforme a classificação das cirurgias segundo o potencial de contaminação, a cirurgia limpa apresenta o sítio
cirúrgico livre de sinais de inflamação, sem contato com as mucosas do trato respiratório, alimentar, genital e
urinário. Já a cirurgia potencialmente contaminada apresenta o sítio cirúrgico localizado em mucosas como as do
trato respiratório, genital, gastrintestinal ou urinário. A cirurgia contaminada é originária de lesões traumáticas
antigas e apresenta tecido desvitalizado, corpo estranho, contaminação fecal, e quando há perfuração de víscera. E
a cirurgia infectada é aquela em que a área a ser operada tem presença obrigatória de exsudato purulento no sítio
cirúrgico.
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3 - Eletrocirurgia
Ao final deste módulo, você será capaz de relacionar o conceito de eletroterapia aos cuidados
necessários a sua execução.
Bisturi elétrico
Funções do eletrocautério
Com a evolução de tecnologias, cujo objetivo é minimizar lesões e agilizar cirurgias, muitos equipamentos foram criados
ao longo dos anos. Um deles é o eletrocautério ou bisturi elétrico, utilizado na unidade de eletrocirurgia.
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Esse equipamento surgiu da necessidade de agilizar o processo de hemostasia (controle do sangramento de vasos),
proporcionando uma cirurgia mais segura e mais rápida.
Seu papel é transformar a corrente elétrica de baixa frequência em alta frequência, em calor, para poder exercer suas
funções.
Dissecção (corte)
Mesma função do bisturi frio (de lâmina), porém, já realiza por meio do calor a cauterização (redução do sangramento)
de pequenos vasos.
Coagulação
Quando aplicado o calor da ponta do bisturi em um vaso que está sangrando, há um processo de coagulação do sangue
desse vaso, levando à hemostasia.
Fulguração
Realiza uma coagulação superficial, indicada para remover pequenas proliferações celulares cutâneas e manchas.
Como estamos falando de um equipamento eletrizado, pois seu funcionamento depende de corrente elétrica, e sua
aplicação em tecidos ocorre por meio de uma corrente elétrica que aquece a ponteira, o cuidado maior é para evitar
queimaduras, que podem ocorrer durante a utilização do eletrocautério.
Para entendermos como a energia utilizada no bisturi elétrico funciona, devemos pensar que tudo que entra no
organismo deve sair de alguma maneira. Logo, a energia que entra no corpo do paciente por meio da ponta da caneta do
bisturi precisa sair. Essa energia procura algum ponto de saída, que é a placa dispersiva. Se essa placa não estiver no
local correto, a energia poderá sair por outro local, ocasionando uma queimadura.
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Bisturi monopolar
Necessita da utilização de placa dispersora para poder fazer o ciclo de entrada e saída de energia elétrica no paciente.
Bisturi bipolar
Seu ciclo de entrada e saída de energia elétrica é feito por meio da própria caneta do bisturi elétrico.
Unidade de eletrocirurgia
É a conexão entre os outros elementos e a fonte de energia, que converte a energia em monopolar e bipolar. É o cirurgião
que escolhe a intensidade do corte e da coagulação. Nela, conecta-se a placa de dispersão, o pedal ou a caneta de
bisturi. A parte de cor amarela do display é para a regulação do corte do bisturi, e a azul, para a regulação da coagulação,
veja:
O pedal é conectado quando não há caneta acionada na mão. Tem a função de corte e coagulação. Deve ser colocado
na direção do pé do cirurgião.
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As canetas de bisturi podem ser acionadas pelo pedal. Em seu corpo, existem botões para corte e coagulação. São
monopolares ou bipolares e podem ter as ponteiras de diversas formas, de acordo com o local e o procedimento
cirúrgico.
Placa dispersiva
É a placa que será colocada em área adequada no paciente, para dispersar a energia elétrica que entra por meio do
bisturi elétrico. Pode ser de metal ou emborrachada.
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Placa dispersiva.
Para a segurança do paciente, o mais importante item da unidade de eletrocirurgia é a placa dispersiva, pois ela
absorverá a energia elétrica introduzida por meio da caneta de bisturi.
Se a placa não for inserida, ou for colocada em local inadequado ou molhado, o paciente poderá sofrer uma queimadura
de difícil cicatrização. É um dos mais graves acidentes relacionados ao processo cirúrgico.
Essas queimaduras são extremamente graves, pois o processo de lesão ocorre de dentro para fora, queimando todos os
tecidos internos (peritônio, músculos, aponeurose e tecido celular subcutâneo) e a pele.
Na maioria das vezes, é necessária uma nova intervenção cirúrgica para desbridamento e enxerto, e sempre ficam
cicatrizes e sequelas, de acordo com área afetada. Por isso, o cuidado com a colocação da placa dispersiva deve ser
redobrado e verificado por toda a equipe da sala de cirurgia. Observe as imagens:
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Queimadura na região do flanco (à esquerda) e mesa cirúrgica com exposição da parte metálica de formato coincidente com o da queimadura (à direita).
Exemplo
Um bebê teve o rosto queimado durante uma cirurgia. A investigação do ocorrido concluiu que a utilização de
antisséptico inflamável para a limpeza da pálpebra (local da cirurgia) e as fagulhas geradas pelo bisturi elétrico durante o
procedimento fizeram uma explosão, causando grandes queimaduras no rosto da menina de um ano de idade (G1 MG,
2018).
Como já sabemos, quando a placa é colocada em local não adequado, a energia elétrica pode procurar outro local para
se dissipar, gerando a queimadura.
Quando ocorre esse tipo de lesão no paciente cirúrgico, toda a equipe de cirurgia pode ser
processada judicialmente por imperícia e negligência, já que é uma lesão 100% evitável se a
equipe estiver atenta para os cuidados na hora da colocação da placa dispersiva no paciente.
Alguns cuidados devem ser tomados pela equipe de enfermagem na hora da colocação da placa de dispersão no
paciente:
Colocar a placa em local seco, em contato regular e homogêneo, e em áreas com grande massa muscular, como
panturrilha, posterior de coxa e glúteos.
Não colocar a placa em áreas onde há presença de lesões e proeminências ósseas.
Evitar áreas com muitos pelos.
Utilizar gel condutor para aumentar a eficiência do contato.
Colocar a placa após o posicionamento do paciente na mesa cirúrgica, já na posição em que ficará durante a cirurgia.
Inspecionar o fio da placa dispersiva antes de cada uso, para verificar se não há quebras.
Não deixar a pele do paciente ter contato com superfícies metálicas.
Verificar no pré-operatório se o paciente tem alguma prótese metálica. A placa deve ser colocada o mais distante
possível da prótese.
Sempre realizar revisão dos equipamentos antes da cirurgia, bem como se estão todos conectados corretamente na
hora do processo cirúrgico.
Não utilizar soluções inflamáveis na antissepsia do campo cirúrgico. Dar preferência a soluções aquosas.
Esterilizar as canetas de bisturi de acordo com o fabricante.
Treinar periodicamente a equipe sobre a utilização dos equipamentos, bem como quanto à aquisição de novos
instrumentos.
Atenção!
Pacientes que possuem marcapasso devem ter cuidado diferenciado, pois a eletricidade dissipada do bisturi elétrico
pode interferir na programação do marcapasso. Nesse caso, é melhor dar preferência ao uso da caneta bipolar.
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Bisturi elétrico
Você sabe a importância de identificar o local correto da placa dispersiva do bisturi elétrico para evitar lesões de pele por
queimaduras? Assista ao vídeo e entenda.
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Questão 1
No centro cirúrgico, a segurança do paciente no período intraoperatório deve ser garantida por meio de medidas de
prevenção de eventos adversos. Entre os cuidados de enfermagem na colocação da placa dispersiva do bisturi
elétrico, recomenda-se
A secar completamente a placa antes de colocá-la no paciente e retirar toda a umidade da pele.
verificar a integridade de fios e conexões da placa no bisturi, e posicionar a placa sob tecido
B
cicatricial longe do sítio cirúrgico.
retirar completamente a umidade da pele e colocar a placa sob saliência óssea, distante do sítio
C
cirúrgico.
verificar a integridade dos fios e conexões da placa no bisturi, e posicionar a placa em área de
D
contato com massa muscular.
Antes de colocar a placa dispersiva do bisturi elétrico, os profissionais de enfermagem devem verificar a integridade
dos fios e conexões, para garantir o bom funcionamento, e posicionar a placa em área de contato com massa
muscular. O local deve estar limpo e seco, longe de extremidades ósseas, e o mais próximo possível da área a ser
operada.
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Questão 2
D unidade de bisturi elétrico, caneta de bisturi monopolar, pedal do bisturi elétrico e placa dispersiva.
unidade de bisturi elétrico, caneta de bisturi elétrico (monopolar ou bipolar), pedal do bisturi elétrico e
E
placa dispersiva.
É necessário conhecer os equipamentos da unidade de eletrocirurgia para evitar possíveis acidentes com o paciente
cirúrgico:
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Cuidar/assistir
Administrar/gerenciar
Ensinar/educar
Investigar/pesquisar
Para a gestão do centro cirúrgico, é necessário que o enfermeiro gestor seja responsável por administrar a unidade,
exercendo as atividades de planejamento, organização, direção e controle de todas as equipes de saúde que trabalham
em conjunto no CC e no gerenciamento de toda assistência que será prestada ao paciente durante sua passagem no CC.
Para realizar todas essas funções, o enfermeiro deve ter, além do conhecimento sobre a enfermagem, saberes de gestão
e administração, para facilitar e dinamizar suas atividades e o fluxo de atendimento da maneira mais eficiente e segura
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possível.
Conforme descrito por Carvalho e Bianchi (2007), as principais competências necessárias para o enfermeiro administrar
o CC com eficiência são:
Conhecer todos os métodos e equipamentos utilizados nos processos cirúrgicos, a fim de garantir o bom
funcionamento e a segurança.
Liderança expand_more
Capacidade de resolver situações imprevistas, em que o enfermeiro decidirá as prioridades das situações, de
forma a sempre privilegiar o bem-estar o paciente.
Como o CC é um ambiente estressante por seu alto nível de complexidade, o enfermeiro deve gerenciar a unidade de
forma eficaz, para não desgastar os membros de sua equipe.
Componentes da equipe
Equipe de enfermagem
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Enfermeiro
Técnico de enfermagem
Também chamado de circulante de sala, é o responsável por organizar a sala operatória, com previsão de materiais e
equipamentos para cada procedimento agendado, bem como por auxiliar toda a equipe durante o ato cirúrgico.
Instrumentador cirúrgico
Profissional que auxilia o cirurgião a realizar o procedimento, fornecendo os instrumentos adequados no tempo
correto, para agilizar e efetivar a cirurgia. É responsável por organizar os materiais antes, durante e após a cirurgia.
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Equipe médica
Assim como a equipe de enfermagem, também compõe a equipe da gestão do centro cirúrgico:
Cirurgião chefe
Cirurgião auxiliar
Anestesista
É o médico responsável por realizar a anestesia do paciente, de acordo com o tipo de procedimento, e fica
encarregado das intercorrências e prescrições medicamentosas nas primeiras 24 horas após a cirurgia.
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Equipe de limpeza
Profissional administrativo
A acreditação hospitalar é essencial como medidor da qualidade da assistência prestada, de forma que as mudanças
necessárias possam ser realizadas, para atender à demanda em saúde da população.
Para auxiliar o enfermeiro na criação do checklist, a Anvisa (BRASIL, 2017, p. 7-9) apresenta a normativa para práticas
seguras nos procedimentos cirúrgicos em serviços de saúde, destacando que esse profissional deve:
Em 2020, a Anvisa criou, a partir das legislações específicas, um roteiro de inspeção para gerenciar as fiscalizações das
unidades de CC e de centro de material e esterilização (CME), com a finalidade de padronizar os relatórios de
funcionamento do setor.
Para facilitar a rotina, o enfermeiro deve adequar o CC e o CME, de acordo com as legislações, estudando-as. São onze
páginas que facilitam a adequação e fiscalização do CC. Veja:
Roteiro Objetivo de Inspeção: Centro Cirúrgico Data:
Unidade de Saúde: Documento: 2
Versão: 1.2
Identificação: Data: Data:Set/2020
Contato: Avaliador:
Marco
Nº Indicador Crit Aval 0 1 2 3 4 5
Regulatório
Existe plano de
Equipe Possui equipe Possui equipe contingência para Equipe
multiprofissiona multiprofissional, multiprofissional, Possui equipe substituição de multiprofissional
Artigos 17, 29 e
Dimensionament l insuficiente mas um único porém o médico multiprofissional pessoal e equipes com capacidade
2 NC 30 da RDC
o da Equipe para o perfil de profissional médico anestesista ou cirurgião dimensionada conforme perfil cirúrgicas em operacional superior
63/2011
atendimento e atua como cirurgião e atende em mais de uma de atendimento e demanda. situações de ao atendimento da
demanda. anestesista. sala, simultaneamente. necessidade do demanda.
serviço.
O enfermeiro gestor do CC deve ter conhecimento das legislações para adequar a unidade, de modo a realizar uma
gestão integrada com a equipe interdisciplinar, objetivando uma assistência à saúde qualificada e livre de riscos.
Documentações
Para o funcionamento organizado do CC, é necessário ter normas, rotinas e regimentos impressos escritos. Algumas
documentações são:
Regimento expand_more
O regimento do serviço de enfermagem é uma normatização elaborada pelos enfermeiros responsáveis pelo
setor e aprovada pela gerência superior de enfermagem. O objetivo desse regimento é regulamentar o
funcionamento da unidade de CC, abordando estrutura e atribuições de todos da equipe de enfermagem,
hierarquização do setor, direitos e deveres de toda a equipe.
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São instrumentos administrativos da enfermagem elaborados pelo enfermeiro do setor, buscando padronizar e
orientar todas as atividades realizadas dentro do CC. Existem manuais específicos para cada uma das ações
dentro do CC.
O mapa cirúrgico é um documento no qual são registradas as cirurgias que ocorrerão durante o dia. Quem
organiza esse mapa é o enfermeiro gerente do CC. Para isso, ele deve ter conhecimento das cirurgias, bem como
porte, duração, necessidade de materiais e dimensionamento da equipe, para cada cirurgia correr de modo
seguro e efetivo. Além de organizar os horários das cirurgias durante o dia, o mapa evita complicações de falta de
funcionários, cirurgiões estressados e paciente esperando por muito tempo dentro do CC para o procedimento.
Existem diversos impressos que devem ser preenchidos pela equipe do CC, nos quais são registrados todos os
momentos e os acontecimentos do paciente atendido, desde a admissão no CC até a alta para a recuperação
pós-anestésica (RPA).
Recursos humanos
Para que o CC funcione plenamente e de forma segura para o paciente, o dimensionamento dos recursos humanos
dentro da unidade é fundamental. Afinal, a falta de funcionários acarreta sobrecarga dos demais e, consequentemente,
um risco de lesões aos pacientes que estão sob cuidados.
Trabalhar de forma harmoniosa e efetiva com todos os membros de todas as equipes e explicar a função de cada
membro é essencial para uma assistência à saúde qualificada.
É o enfermeiro que gerencia toda a equipe do centro cirúrgico, não o profissional médico!
A Sobecc (2017) recomenda que o dimensionamento da equipe de enfermagem deve ser de 20% de enfermeiros e 80%
de técnicos de enfermagem. Além disso, o número de circulantes de sala deve estar de acordo com o porte da cirurgia.
Porte 1
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Porte 2
Duração de 2,9 horas.
Porte 3
Duração de 4,9 horas.
Porte 4
Duração de 8,4 horas.
Quando dimensionamos adequadamente o quadro de pessoal da enfermagem, possibilitamos que o ato cirúrgico
aconteça em um ambiente seguro, confortável e asséptico, diminuindo os riscos de lesões ao paciente e contribuindo
para um ambiente de trabalho harmonioso.
Outra consideração importante no gerenciamento do CC é a organização da equipe de limpeza da sala operatória (SO). O
enfermeiro deve dimensionar a equipe e o tempo necessário para a limpeza entre cada procedimento.
A Sobecc (2017) recomenda que o intervalo entre cada cirurgia seja de no mínimo 30 minutos para limpeza entre uma
cirurgia e outra. Isso garantirá a limpeza correta e segura para o paciente, bem como a organização da sala para a
cirurgia seguinte.
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A gestão do enfermeiro em um Centro Cirúrgico
Veja a seguir as diversas funções do enfermeiro que gerencia o CC, como pontuar as documentações do CC, assim
como a elaboração do POP do CC.
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Questão 1
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O enfermeiro é o profissional habilitado para gerenciar as necessidades do ato anestésico cirúrgico em todas as
suas etapas. Em relação a essas atribuições, o enfermeiro é responsável por:
A I e II.
B II e III.
C I, II e III.
D II e IV.
E I, III e IV.
O enfermeiro que assume a função de gerente do CC tem diversas funções dentro da unidade:
Participar e elaborar as normas, as rotinas e os procedimentos que serão realizados na unidade por toda a equipe
multiprofissional.
Realizar o planejamento estratégico da equipe de enfermagem no setor, para facilitar o fluxo de cirurgias e evitar
erros durante seu trabalho.
Fiscalizar o cumprimento das normas e regulamentos da instituição e da unidade por todos os profissionais que
ali prestam serviços.
Manter o controle do mapa de cirurgias e do dimensionamento das equipes do setor, organizando o
agendamento das cirurgias de acordo com o dimensionamento das salas operatórias, equipamentos
necessários, materiais extras.
Auxiliar outros profissionais na realização da cirurgia.
Questão 2
De acordo com Carvalho e Bianchi (2007), as principais competências necessárias para o enfermeiro administrar o
CC com eficiência são:
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Carvalho e Bianchi (2007) destacam que, para administrar o CC com eficiência, o enfermeiro deve ter:
Competência técnica – Conhecimento técnico e científico sobre como gerir o CC e como este funciona.
Habilidade humana – Saber lidar com o trabalho em equipe, pois atua no dia a dia com uma equipe
multidisciplinar.
Liderança – Liderar o setor pelo qual é responsável e motivar sua equipe a trabalhar de forma efetiva e
harmônica.
Habilidades para tomada de decisões – As situações exigem respostas efetivas e rápidas.
Considerações finais
Como aprendemos, a equipe de enfermagem é fundamental para que a permanência do paciente cirúrgico seja segura e
eficaz; para isso, deve ter conhecimento científico e prático, a fim de desenvolver as competências e habilidades
necessárias.
Os profissionais devem sempre atualizar os conhecimentos na área, pois lidam com muitos equipamentos e tecnologias
inovadoras no campo da saúde, em constante transformação para melhorar performance e segurança.
Identificamos que as lesões ocorridas no paciente cirúrgico são evitáveis e previsíveis. Logo, são de responsabilidade da
equipe cirúrgica e de todos os profissionais de saúde envolvidos, que respondem legal e eticamente por essas lesões.
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headset
Podcast
Para encerrar, ouça acerca da importância das atividades do enfermeiro no CC e CME.
Referências
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MATERIAL E ESTERILIZAÇÃO. Diretrizes de práticas em enfermagem cirúrgica e processamento de produtos para a
saúde. 7. ed. São Paulo: Sobecc, 2017.
BISNOTTO, F. M. B. et al. Queimaduras relacionadas à eletrocirurgia – relato de dois casos. Revista Brasileira de
Anestesiologia, v. 67, n. 5, p. 527-534, 2017.
BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Critérios diagnósticos de infecções relacionadas à assistência à
saúde. 1. ed. Brasília, DF: Anvisa, 2013. (Série Segurança do Paciente e Qualidade em Serviços de Saúde).
BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Nota Técnica GVIMS/GGTES nº 04/2017. Práticas seguras para
prevenção de retenção não intencional de objetos após realização de procedimento cirúrgico em serviços de saúde.
Brasília, DF: Anvisa, 2017.
BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Roteiro objetivo de inspeção: Centro Cirúrgico. Brasília, DF: Anvisa,
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BRASIL. Organização Mundial da Saúde. Segundo desafio global para a segurança do paciente: manual – cirurgias
seguras salvam vidas (orientações para cirurgia segura da OMS). Tradução de Marcela Sánchez Nilo e Irma Angélica
Durán. Rio de Janeiro: OPAS/OMS, 2009.
CARVALHO, R.; BIANCHI, E. R. F. Enfermagem em Centro Cirúrgico e recuperação. Barueri: Manole, 2007.
HOSPITAL diz que fagulha em bisturi elétrico pode ter provocado fogo que causou queimadura em bebê. G1 MG, Belo
Horizonte, 20 set. 2018. Consultado na internet em: 29 mar. 2022.
MATTOS, A. Conheça as diretrizes da OMS para uma cirurgia segura. Rio de Janeiro: PEBMED, 2018.
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17/04/2023, 14:03 Segurança do paciente cirúrgico
MEEKER, M. H.; ROTHROCK, I. C. A. Cuidados de enfermagem ao paciente cirúrgico. 10. ed. Rio de Janeiro: Guanabara
Koogan, 1995.
MOURA, M. L. P. A. Enfermagem em Centro Cirúrgico e recuperação anestésica. 9. ed. São Paulo: Senac, 2008.
OLÍMPIO, M. A. C.; SOUSA, V. E. C.; PONTE, M. A. V. O uso do bisturi elétrico e cuidados relacionados: revisão integrativa.
Revista SOBECC, São Paulo, v. 21, n. 3, p. 154-161, jul./set. 2016.
SÃO PAULO. Secretaria de Estado da Saúde. Coordenação de Controle de Doenças. Centro de Vigilância Epidemiológica
Prof. Alexandre Vranjac. Projeto Estadual de Prevenção de Infecção Cirúrgica. Infecção em sítio cirúrgico. São Paulo:
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SILVA, M. A. A.; RODRIGUES, A. L.; CESARETTI, I. U. R. Enfermagem na Unidade de Centro Cirúrgico. 2. ed. São Paulo:
EPU, 1997.
WORLD HEALTH ORGANIZATION. Global guidelines for the prevention of Surgical Site Infection. Geneve: WHO, 2016.
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Confira o que separamos especialmente para você!
Acesse normatizações, legislações e cursos específicos da área cirúrgica no site: Sobecc – Associação Brasileira de
Enfermeiros de Centro Cirúrgico, Recuperação Anestésica e Centro de Material e Esterilização.
Pesquise o aplicativo de celular sobre posicionamento do paciente em mesa cirúrgica para minimizar os riscos: ELPO na
APP Store.
Acesse as seguintes resoluções, que dispõem sobre boas práticas de segurança para o paciente, serviços e
estabelecimentos de saúde:
Resolução-RDC nº 50/2002
Resolução-RDC nº 63/2011
Resolução-RDC nº 36/2013
https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212sa/03605/index.html# 48/48