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Metas Internacionais de Segurança do paciente: Meta 4: Cirurgia Segura.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que, por ano, 234 milhões
de cirurgias são realizadas. Isso significa que uma a cada 25 pessoas serão submetidas a
uma operação. Os procedimentos cirúrgicos possuem a intenção de salvar vidas, porém,
a falha de segurança nos processos de assistência cirúrgica pode causar diversos danos
aos pacientes (COREN, 2022)

Os eventos adversos associados aos procedimentos cirúrgicos merecem atenção


especial, pois podem ser evitados em muitos casos. Os eventos adversos podem
aumentar o tempo de permanência no hospital, o risco de óbito e elevar o custo da
internação. Principais eventos adversos relacionados a procedimentos cirúrgicos:
Retenção não intencional de corpo estranho após cirurgia; Infecções do sítio cirúrgico;
Lesão por pressão (por posicionamento cirúrgico e tempo cirúrgico prolongado);
Realização de procedimento e lado errado do corpo; Realização de procedimento no
paciente errado; Posicionamento cirúrgico inadequado; Problemas no ato anestésico;
Administração incorreta de medicamentos; Óbito ou lesão de paciente associado a
queimadura durante a assistência; Óbito intraoperatório ou imediatamente após em
pacientes ASA I (pacientes saudáveis sem comorbidade prévia) (COREN, 2022)

A assistência cirúrgica é complexa e envolve dezenas de etapas que devem ser


otimizadas individualmente para os pacientes. Para minimizar a perda desnecessária de
vidas e complicações sérias, as equipes operatórias têm dez objetivos básicos e
essenciais em qualquer caso cirúrgico, apoiados pelas orientações para a cirurgia segura
da OMS, a Meta 4. São eles: Paciente certo e o sítio cirúrgico certo; Impedir danos na
administração de anestésicos e proteger o paciente da dor; Reconhecer perda de via
aérea ou de função respiratória que ameacem a vida; A equipe se mantém preparada
para o risco de grandes perdas sanguíneas; Evitar reação adversa ou reação alérgica
sabidamente de risco ao paciente; Possuir métodos para minimizar o risco de infecção
do sítio cirúrgico; Impedir a retenção de compressas ou instrumentos nas feridas
cirúrgicas; Identificar precisamente todos os espécimes cirúrgicos; Manter a
comunicação efetiva para a condução segura da operação; Manter vigilância de rotina
sobre a capacidade, volume e resultados cirúrgicos. (OMS, 2009)
Referencias

Conselho Regional de Enfermagem de São Paulo Segurança do paciente: guia para a


prática / Conselho Regional de Enfermagem de São Paulo. - São Paulo: COREN-SP,
2022. Disponível em:
https://portal.coren-sp.gov.br/wp-content/uploads/2022/05/Seguranca-do-Paciente-
WEB.pdf. Acesso em: 27 de abril de 2023.

Organização Mundial da Saúde. Segundo desafio global para a segurança do paciente:


Cirurgias seguras salvam vidas (orientações para cirurgia segura da OMS) /
Organização Mundial da Saúde; tradução de Marcela Sánchez Nilo e Irma Angélica
Durán – Rio de Janeiro: Organização Pan-Americana da Saúde; Ministério da Saúde;
Agência Nacional de Vigilância Sanitária, 2009. 211 p.: il. ISBN 978-85-87943-97-2.
Disponível em:
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/seguranca_paciente_cirurgias_seguras_salva
m_vidas.pdf. Acesso em: 27 de abril de 2023.

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