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Protocolos de segurança do paciente:

Identificação do paciente, cirurgia segura; pratica de higiene das mãos, prevenção de quedas,
segurança na prescrição, uso e administração de medicação, e prevenção de ulcera por
pressão.

1. Protocolo de Úlcera por Pressão: 

O surgimento de alterações na pele é comum durante internações longas em hospitais. A


Úlcera por Pressão (UPP) é um exemplo destas lesões decorrente de uma pressão ou fricção
na pele. A UPP pode resultar em:

 Prolongamento da estadia

 Riscos de infecções graves

 Dores

 Sepse

 Mortalidade

 Estas consequências são, em sua maioria, evitáveis. Por esta razão, criou-se o Protocolo com
objetivo de “promover a prevenção da ocorrência de úlcera por pressão (UPP) e outras lesões
da pele”, seguindo 6 etapas:

 Avaliação de úlcera por pressão na admissão de todos os pacientes;

 Reavaliação diária de risco de desenvolvimento de UPP de todos os pacientes


internados;

 Inspeção diária da pele;

 Manejo da Umidade: manutenção do paciente seco e com a pele hidratada;

 Otimização da nutrição e da hidratação;

 Estratégias de monitoramento e indicadores.

  2. Protocolo de Higiene das Mãos:

A higiene das mãos é fundamental no cuidado à saúde, uma vez que o profissional lida com
diferentes pacientes, em diferentes condições e com diferentes necessidades. Esse ato de
segurança refere-se a higienização das mãos a fim de prevenir a transmissão de
microorganismos e doenças.

Assim, o Protocolo expõe os 5 momentos em que a higienização das mãos devem ser feitas:

 Antes do contato com o paciente;

 Antes da realização do procedimento;

 Após a exposição a fluídos corporais;

 Após o contato com o paciente;

 Após o contato com áreas próximas ao paciente.

 Assim, o Protocolo enfatiza a importância em higienizar as mãos com sabonete líquido e água,
ou com preparação alcoólica a fim de de “prevenir e controlar as infecções relacionadas à
assistência à saúde”.

 3. Protocolo de Cirurgia Segura:

Estudos mundiais apontam que, anualmente, uma em cada 25 pessoas passa por um
procedimento cirúrgico grande e um em cada 150 pacientes morre devido a um incidente
hospitalar.

Desta forma o Protocolo foi criado com objetivo de “determinar as medidas a serem
implantadas para reduzir a ocorrência de incidentes, eventos adversos e a mortalidade
cirúrgica”, focando na utilização da Lista de Verificação de Cirurgia Segura da Organização
Mundial da Saúde (OMS), a qual contém três etapas:

 Antes da indução anestésica

 Antes da incisão cirúrgica

 Antes do paciente sair da sala cirúrgica

 4. Protocolo de Segurança na Prescrição, uso e Administração de Medicamentos:

Anualmente, 400 mil eventos adversos evitáveis (relacionados à medicação) são registrados
nos Estados Unidos. Destes incidentes, 7 mil resultam na mortalidade do paciente.
Assim, o Protocolo tem o objetivo de “promover práticas seguras no uso de medicamentos em
estabelecimentos de saúde” a fim de reduzir estes indicadores, por meio do/a:

 Acesso a informação medicamentosa pelos profissionais

 Desenvolvimento de um padrão interno de treinamento

 Padronização dos processos

 Uso de equipamentos tecnológicos

 Educação permanente

 5. Protocolo de Identificação do Paciente:

Nos Estados Unidos, em torno de 850 enfermos recebem transfusão de sangue que era
destinada a outro paciente, sendo que em 3% destes casos, o paciente morre.

Por esta razão o Protocolo busca “garantir a correta identificação do paciente, a fim de reduzir
a ocorrência de incidentes”, garantindo que o paciente certo, receba o tratamento certo no
momento certo.

Neste contexto, sugere-se as seguintes intervenções pelos profissionais:

 Identificação do paciente;

 Educação do paciente/acompanhante/familiar/cuidador;

 Confirmação da identificação do paciente antes de receber o cuidado.

 Para o cumprimento destas diretrizes, o Protocolo reforça a importância da existência de


mecanismos de monitoramento (a curto e longo prazo) nas instituições.

 6. Protocolo de Prevenção de Quedas:

 As quedas dos enfermos resultam em danos em 30 a 50% dos casos, sendo que 6 a 44%
destes danos são graves. Entre as consequências estão:

 Aumento da estadia hospitalar

 Aumento dos custos assistenciais

 Diminuição da credibilidade da instituição

 Complicações legais
Assim o Protocolo pretende “reduzir a ocorrência de queda de pacientes nos pontos de
assistência e o dano dela decorrente”, identificando os fatores físicos e do ambiente
relacionados ao incidente e sugerindo intervenções:

 Avaliação do risco de queda;

 Identificação do paciente com risco com a sinalização à beira do leito ou pulseira;

 Agendamento dos cuidados de higiene pessoal;

 Revisão periódica da medicação;

 Atenção aos calçados utilizados pelos pacientes;

 Educação dos pacientes e dos profissionais;

 Revisão da ocorrência de queda para identificação de suas possíveis causas.

Todos estes Protocolos são sistêmicos e gerenciados, a fim de:

 Aprimorar a comunicação

 Construir uma assistência à saúde segura

 Promover o trabalho em equipe

 Monitorar riscos

Além disso, dentre os Protocolos estruturados pelo Ministério da Saúde, há também a diretriz
que visa a melhoria da comunicação entre profissionais de saúde. Cada organização de saúde
deve estruturar e implantar seus protocolos de prevenção de riscos baseando-se nos riscos
que foram identificados e priorizados (de acordo com ferramentas específicas).

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