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Precauções para controle e prevenção da infecção no

Centro cirúrgico

Centro Universitário Leonardo da Vinci- UNIASSELVI

Alunas: Ana Carolina Farias e Silva


Bianca Braz dos Santos Pereira
Carla Aparecida da S. Moreira
Verônica de Sousa das Chagas Barbalho

Curso: Instrumentação cirúrgica

RESUMO

O centro cirúrgico é uma área crítica onde são realizados procedimentos complexos e
invasivos para atender aos pacientes. Devido à natureza dessas cirurgias, existe uma
preocupação intensa com os riscos e o controle da contaminação nesse ambiente, tanto
para os profissionais de saúde quanto para os pacientes. As diretrizes para as precauções
padrão foram atualizadas no último documento "Guideline for Isolation Precaution",
publicado em 2007 pelo Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC). Essas
precauções são consideradas essenciais para todos os pacientes, com ênfase especial na
sala de operação. Além disso, discute-se o controle de Infecções de Sítio Cirúrgico
(ISC), reconhecendo os pacientes como possíveis fontes de contaminação e infecção na
sala de operação. Portanto, é crucial seguir as recomendações de precauções padrão para
garantir um ambiente cirúrgico seguro.

Palavra Chave: Centro Cirúrgico.

SUMMARY
The operating room is a critical area where complex and invasive procedures are
performed to care for patients. Due to the nature of these surgeries, there is intense
concern about the risks and control of contamination in this environment. for both
healthcare professionals and patients. The guidelines for standard precautions were
updated in the latest "Guideline for Isolation Precaution" document, published in 2007
by the Centers for Disease Control and Prevention (CDC). These precautions are
considered essential for all patients, with special emphasis in the operating room. In
addition, the control of Surgical Site Infections (SSI) is discussed, recognizing patients
as possible sources of contamination and infection in the operating room. Therefore, it
is crucial to follow standard precautions to ensure a safe surgical environment.

Keywords: Surgical Center.


INTRODUÇÃO

As infecções Relacionadas à Assistência à Saúde (IRAS) estão intimamente


relacionadas ao tema segurança do paciente. Diversas instituições públicas e privadas,
internacionais e nacionais, somam esforços para orientações para prevenções e controle
de infecções, norteando ações básicas e serem adotadas pelos profissionais da saúde.
O Center for Disease Control and Prevention (CDC), dos Estados Unidos, referência
mundial publicou periodicamente GUIDELINE que indicam medidas preventivas para o
controle das infecções. No Brasil, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária
(ANVISA) segue as orientações do CDC que são atualizados com embasamento
técnico-cientifico, trazendo recomendações de medidas preventivas categorizadas por
grau de evidência.
As precações-padrão incluem conjuntos de medidas práticas para prevenção de
infecção devem ser aplicadas em todos os pacientes. Independente da suspeita ou
confirmação da presença de agente infeccioso. Associada aos cuidados da saúde entre
paciente e profissionais. Portanto, essas precações devem ser tomadas quando houver
riscos de contato com sangue, todos os fluidos corpóreos, secreções e excreções (exceto
suor), pele não integra e mucosas. Essas diretrizes têm sido importantes relacionadas
aos cuidados à saúde, especialmente na Unidade de Centro Cirúrgico (UCC). Por três
motivos:
- Na UCC, há possibilidades aumentadas de contato dos profissionais com material
biológico, inerente ao procedimento cirúrgico.
- A UCC tem como particularidade uma alta rotatividade de pacientes sem diagnostico
definido quanto a doenças de alta transmissibilidade.
- As atividades cirúrgica caracterizam-se por inatividade ao corpo biológico do paciente,
com quebras de barreiras protetoras importantes contra microrganismo, especialmente a
pele.
As categorias das precações baseadas na transmissão continuam as mesmas da
diretriz de 1996; contato, gotículas e aerossóis. Elas devem ser tomadas as PP e podem
ser combinadas, caso a doenças, apresenta diversas vias de transmissão.
REFERÊNCIAL TEÓRICO

Para o controle e prevenção da infecção do centro cirúrgico é necessário realizar uma


parlamentação correta. Isso inclui o uso de um gorro que cubra todo o cabelo, evitando
que ele se torne um meio de atração ou abrigo para microrganismos (MONTEIRO
et. al., 2000). Além disso, é essencial que a equipe realize uma preparação adequada,
incluindo a escovação das mãos. Essa assepsia também está relacionada à desinfecção
da pele. É importante remover todos os acessórios das mãos e pulsos, como anéis,
pulseiras e relógios, após uma correta lavagem das mãos. Em seguida, as mãos devem
ser secas utilizando papel descartável, e esse papel pode ser usado para fechar a torneira,
evitando a contaminação das mãos.
O uso adequado da máscara é fundamental para combater infecções tanto para os
profissionais de saúde quanto para os clientes (MONTEIRO et. al., 2000). Antes de
colocar a máscara, é importante lavar as mãos para evitar a contaminação da mesma. Os
propés devem ser utilizados em todas as áreas restritas do centro cirúrgico. O principal
objetivo do propé é garantir a higienização. Caso o propé esteja sujo ou rasgado, deve
ser imediatamente substituído por um novo.
Para garantir a segurança e prevenir infecções durante procedimentos cirúrgicos, é
imprescindível que todos os materiais a serem utilizados passem por um rigoroso
processo de esterilização. Desde a etapa de limpeza até a esterilização propriamente
dita, é essencial realizar um controle minucioso do material. Além disso, a mesa
cirúrgica deve ser um campo estéril e impermeável, desempenhando um papel
fundamental ao amortecer o impacto dos instrumentos e criar uma barreira eficaz contra
bactérias. Essas medidas são indispensáveis para prevenir a contaminação dos
instrumentos cirúrgicos (ROSA 2009).
De acordo com Psaltikidis (2004), todos os materiais a serem utilizados durante o
procedimento cirúrgico devem ser estéreis. Após a conclusão dos procedimentos, é
essencial realizar uma secagem completa da área utilizando compressas estéreis,
seguindo a mesma sequência. Para garantir a ausência de contaminação no centro
cirúrgico, é importante ressaltar a utilização de vestimentas adequadas, como avental,
luvas de borracha para proteção das mãos e punhos, gorro e propés. Além disso, é
fundamental proceder à remoção adequada dos equipamentos de proteção individual
após a cirurgia, a fim de evitar a contaminação do ambiente circundante.
CONSIDERAÇÕES FINAIS

É de fundamental importância os profissionais de saúde que atuam na UCC


terem conhecimentos sobre os fatores que podem contribuir para desencadear a ISC e
aplicar medidas de preventivas que possam reduzir as taxas de infecção. Entretanto, são
inúmeras variáveis que podem levar a infecção, como o próprio paciente, o pessoal, o
ambiente, os materiais e os equipamentos. Contudo é difícil apontar a causa que
desencadeou a infecção no centro cirúrgico.
A melhor prática de prevenção da infecção no centro cirúrgico é administração de
profilaxia antimicrobiana pré-operatória, escolha do agente antimicrobiana apropriada,
O uso de máscara, parlamentação cirúrgica, do material esterilizado e aos cuidados com
o ambiente da OS controlam o microrganismo exógenos.
Após a conclusão do procedimento cirúrgico, é necessário realizar a remoção do
capote cirúrgico, ainda utilizando as luvas, com auxílio do profissional circulante.
Conforme indicado por Marques (2005), os laços presentes na parte frontal e nas
laterais do capote devem ser desfeitos. O circulante, juntamente com o instrumentador
devidamente paramentado, segura o capote, dobrando-o de dentro para fora, e o descarta
em um recipiente apropriado. É importante ressaltar que, ao remover as luvas, é
necessário ter o mesmo cuidado, pois elas estão contaminadas após a conclusão do ato
cirúrgico.
A preocupação com a infecções é constante em todo o ambiente hospitalar, sendo o
ponto primordial entre todos os profissionais. Deve-se lembrar que as infecções oneram
custos das instituições e dos serviços, ao aumentar o período de hospitalização ou
retardar o retorno às atividades do paciente.
REFERÊNCIAS

BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA). Medidas de Infecção Relacionada a


Assistência à Saúde. Série Segurança do paciente e qualidade dos serviços de saúde. Brasília;
2013.
COMMITTEE, 200. Guideline for Isolation Precautions: Preventing transmission of infections
Agents. In: Healthcare Settings: 2007. Disponível em:
http:cdc.gov/ncidod/dhqp/pdf/isolation2007.pdf. Acessado em: 13/06/2023.

MARQUES, R. G. Cirurgia: Arte e Ciência. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2005.

MONTEIRO, C. E.da C. et al. Paramentação Cirúrgica: avaliação de sua adequação para a


prevenção de riscos biológicos em cirurgias. Parte II: os componentes da paramentação.
Rev.Esc.Enf.USP, v. 34, n. 2, p. 185-95, jun. 2000.

PSALTIKIDIS, E. M. Proposta metodológica para análise dos custos do reprocessamento de


pinças de uso único utilizadas em cirurgia vídeoassistida. São Paulo, 2004. 174 p. Dissertação
(Mestrado) – Escola de Enfermagem, Universidade de São Paulo.

ROSA, M. T. L. Manual de Instrumentação Cirúrgica. Editora Rideel; 3ª Edição; São Paulo; 2009.

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